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OLGA MARIA DA SILVA GOMES ABREU
ROTA CULTURAL EM
PAÇOS DE FERREIRA
Paços de Ferreira, Outubro 2006
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
Resumo: Património e turismo são duas realidades que convergem no quotidiano de vários
actores responsáveis pela elaboração e veiculação de discursos relacionados com uma
pretensa necessidade de preservar a “autenticidade” de rituais, festas, tradições e demais
referentes culturais que, mediante um processo de valorização e activação, se transformam
em recursos turístico-patrimoniais.
No âmbito deste trabalho, o qual se compromete a elaborar uma Rota Cultural em Paços de
Ferreira (RCPF), contemplará um estudo direccionado para a vertente da importância do
turismo no desenvolvimento regional, bem como o impacto económico do mesmo e a
importância dos recursos humanos como contributo para o desenvolvimento da área em
estudo.
Para a concretização deste trabalho, foi necessária a pesquisa de informação precisa e
detalhada sobre os temas citados, a fim de se poder compreender em que medida o turismo
de Paços de Ferreira contribui para o seu próprio desenvolvimento.
Através de um estudo aprofundado relativo à oferta que o concelho possui, que se traduz
num poder de atracção para aqueles que visitam o local, será possível avaliar em que
medida é que a oferta se adequa à procura turística do concelho de Paços de Ferreira.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
Índice
I Introdução-------------------------------------------------------------------------------------------- 1
II Metodologia ---------------------------------------------------------------------------------------- 1
III Revisão Bibliográfica----------------------------------------------------------------------------- 2
3.1 A Importância do Turismo no Desenvolvimento Regional ---------------------------- 2
3.2 Condicionalismos do Desenvolvimento Turístico Regional --------------------------- 3
3.3 O carácter do Turismo no Desenvolvimento Regional --------------------------------- 3
3.4 Força Competitiva do Turismo ------------------------------------------------------------ 5
IV Enquadramento do Vale do Sousa-------------------------------------------------------------- 7
V Enquadramento de Paços de Ferreira------------------------------------------------------------ 8
VI A Oferta e a Procura Turística no Concelho de Paços de Ferreira ------------------------ 11
6.1 A Oferta Turística--------------------------------------------------------------------------- 11
6.1.1 Alojamento Turístico ---------------------------------------------------------------- 11
6.1.2 Estabelecimentos de Restauração -------------------------------------------------- 13
6.1.3 Entretenimento Nocturno ----------------------------------------------------------- 13
6.1.4 Espaços de Recreio e Lazer--------------------------------------------------------- 14
6.1.5 Paisagens ------------------------------------------------------------------------------ 14
6.1.6 Distribuição dos Recursos Culturais----------------------------------------------- 14
6.1.7 Transportes e Acessibilidades ------------------------------------------------------ 16
6.2 Procura Turística---------------------------------------------------------------------------- 17
VII O cruzamento da Rota do Românico do Vale do Sousa (RRVS) com a Rota Cultural de
Paços de Ferreira (RCPF)--------------------------------------------------------------------------- 19
VIII Analise Swot ----------------------------------------------------------------------------------- 20
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
8.1 Oportunidades------------------------------------------------------------------------------- 20
8.2 Pontos Fracos-------------------------------------------------------------------------------- 21
8.3 Pontos Fortes -------------------------------------------------------------------------------- 21
8.4 Ameaças ------------------------------------------------------------------------------------- 22
IX Metodologia -------------------------------------------------------------------------------------- 22
9.1 Problema: - A Existência de Uma Rota Cultural em Paços de Ferreira ------------- 22
9.2 A Amostra ----------------------------------------------------------------------------------- 22
9.3 Recolha de Dados--------------------------------------------------------------------------- 23
9.4 Análise de Dados --------------------------------------------------------------------------- 23
X Uma Rota para Paços de Ferreira --------------------------------------------------------------- 24
10.1 Os Monumentos --------------------------------------------------------------------------- 26
10.2 As Actividades----------------------------------------------------------------------------- 27
10.3 Uma proposta de Rota -------------------------------------------------------------------- 28
XI Conclusão----------------------------------------------------------------------------------------- 29
Bibliografia ------------------------------------------------------------------------------------------- 31
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
Índice de anexos
Anexo I – Quadro Restaurantes
Anexo II – Imagens Parques de Lazer
Anexo III – Quadro Recursos Culturais do Concelho de Paços de Ferreira
Anexo IV – Os Artesãos do Concelho
Anexo V – Quadro de Festas e Romarias do Concelho
Anexo VI – Breve Explicação dos Modelos de Rota
Anexo VII – Questionários
Anexo VIII – Listagem de Associações
Anexo IX – Listagem dos 21 Monumentos
Anexo X – Rota Especializada do Percurso 1
Anexo XI – Carta Desportiva Concelho paços de Ferreira
Anexo XII – Breve Discrição dos Monumentos: Dólmen de Lamoso, Citania de
Sanfins, Bouça das Fervenças, Museu Arqueológico, Museu Municipal, Capela de S.
Francisco, Pombeiro Ribavizela, Igreja de S. Vicente de Sousa, Torre de Vilar.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
Índice de Gráficos
Gráfico I – Variação da População Residente no Vale do Sousa (1940-2001)---------- 10
Gráfico II – Pirâmide Etária do Concelho de Paços de Ferreira (2001)----------------- 10
Gráfico III – Indicadores Demográficos do Concelho de Paços de Ferreira (2001)--- 11
Gráfico IV – Procura turística no Centro de informação Turística de Paços de
Ferreira (2004-2006) ------------------------------------------------------------------------------- 18
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
Índice de Quadros e Figuras
Quadro I – Oferta de Alojamento Paços de Ferreira --------------------------------------- 12
Quadro II – Oferta de Restauração em de Paços de Ferreira, por freguesias -- Anexo I
Quadro III – Oferta de Bares e Discotecas, por freguesias -------------------------------- 13
Quadro IV – Oferta de Espaços de Recreio e Lazer, por freguesias --------------------- 14
Quadro V – Monumentos que Integram a Rota do Românico do Vale do Sousa ----- 19
Figura I – Mapa da Região do Vale do Sousa ------------------------------------------------- 7
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
1
I Introdução
Apesar do turismo ser um tema de extrema importância para ser estudado, uma vez que é
um dos principais sectores que contribui para o desenvolvimento de uma região, existem
vários factores que o dificultam.
Deste modo, os trabalhos executados têm como objectivo a recolha exaustiva de
documentos, para que num acumulado de informação se possa extrair a informação
essencial para que cada vez mais se possa conhecer e identificar o fenómeno do turismo
como um importante factor de desenvolvimento.
Para isso, é necessário uma pesquisa bibliográfica, de artigos científicos devidamente
reconhecidos por autores conceituados sobre o tema, em variados centros e instituições
especificamente capacitados para nos dar resposta sobre um tema tão vasto que é o
Turismo.
Contudo, pela natureza da área em estudo, na procura de alguns dados estatísticos e até
mesmo bibliografia científica para abordar o estudo, são encontradas algumas limitações, a
fim de se poder melhor avaliar a área, neste caso o concelho em estudo.
II Metodologia
As sociedades actuais cada vez mais se apercebem dos benefícios do turismo e da sua
importância para promover o desenvolvimento socio-económico no contexto local,
regional e nacional, uma vez que é um sector capaz de se afirmar como o principal motor
de desenvolvimento de uma região. Embora o turismo seja encarado como sendo uma
indústria, não tem características únicas e específicas que definam os seus padrões e
parâmetros. É por se relacionar com todas as esferas económicas, que o turismo é tão
importante para uma região ou país, proporcionando um desenvolvimento em todas as
áreas (Forte, 1998, pp. 89-99).
O presente trabalho parte de uma avaliação de diversas temáticas identificadas como
fundamentais para a qualificação turística deste concelho, convergindo para uma avaliação
da sua oferta e procura turística de modo a que seja possível chegar a uma definição
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
2
estratégica dos atributos desta área / destino – como eco de uma adequada articulação
oferta / motivação.
Como sustentação da criação da RCPF irá ser realizada uma pesquisa de carácter
exploratório sob a forma de inquérito de resposta fechada a personalidades em diversas
áreas de actuação no concelho de Paços de Ferreira, com o objectivo de obter informações
no sentido de esclarecer algumas dúvidas que possam surgir na elaboração da Rota
Cultural de Paços de Ferreira.
III Revisão Bibliográfica
3.1 A Importância do Turismo no Desenvolvimento Regional
Já é quase comum dizer-se que nos dias de hoje existe uma actividade económica com
potencial e capacidade para se assumir como motor de desenvolvimento de qualquer
cidade, região ou país, sendo essa actividade o Turismo (Forte, 1998, pp. 89-99).
Segundo Melo (2003, pp 31-33), ao turismo pode-se atribuir um importante lugar na
economia essencialmente pelo seu papel em três vectores: primeiro o social porque garante
às populações a melhoria da qualidade de vida, segundo o económico ao contribuir para a
solução de problemas económicos e como factor de dinamização da economia global e por
último o territorial porque contribui para compensar ou atenuar os desequilíbrios regionais.
Pelas suas características, o turismo é claramente uma indústria que poderá ter uma
contribuição decisiva para atenuar as assimetrias que subsistem no território nacional,
sendo entendido como um instrumento de estreita conexão que deve existir entre o
desenvolvimento regional e o desenvolvimento nacional, na medida em que os efeitos
económicos e sociais do turismo, verificados numa determinada região, se repercutem no
seu todo nacional (Marques, 2000).
Sendo o turismo um fenómeno essencialmente regional e com características que o
diferenciam das demais actividades económicas, qualquer esforço para o seu
desenvolvimento implica estarem garantidas condições básicas ao nível das infra-
estruturas, equilíbrio ecológico, financiamento e comercialização, por forma a serem
minimizados os riscos que lhe estão associados. Por outro lado, esta actividade necessita de
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
3
ser planificada e integrada no desenvolvimento regional, embora com um tratamento ao
nível de indicadores e instrumentos de análise específico (Silva, 1988).
Para além disso, a valorização e fortalecimento do turismo passa também pela defesa do
património histórico, pela preservação e melhor aproveitamento dos monumentos, pelo
enriquecimento dos valores tradicionais, desde a arquitectura regional ao folclore,
passando pela gastronomia e pela defesa dos recursos naturais e, também, neste aspecto, é
necessário ter uma perspectiva de desenvolvimento regional (Cunha, 1997).
3.2 Condicionalismos do Desenvolvimento Turístico
No entanto, há que ter em consideração que uma opção de desenvolvimento turístico
regional se tem de sujeitar a alguns condicionalismos, de entre os quais:
1. “O turismo não pode ser encarado como uma panaceia. Para o turismo ser consistente é
indispensável a existência de valores mínimos que o justifiquem;
2. Na maior parte das regiões, o turismo não é a actividade alternativa de desenvolvimento
e, nestes casos, as actividades turísticas devem ser concebidas como estímulo e adjuvantes
e não como base principal;
3. Os equipamentos e os modelos de desenvolvimento turístico têm de ser programados em
função das características e valores regionais e não pela adopção de modelos alheios;
4. O turismo tem de respeitar os recursos naturais e culturais existentes e ser factor de
valorização” (Cunha, 1997, p. 286).
Dispondo de condições e recursos naturais invejáveis, com a construção de diversas infra-
estruturas, a actividade turística começa a impor-se como um sector económico de relevo.
Ao longo dos tempos, o seu crescimento disparou, situando-se hoje como uma das mais
importantes vertentes da economia, sendo em algumas regiões, a principal actividade
económica, enquanto que noutras áreas, é vista como opção para combater o atraso e
isolamento em que há desde muito se encontram (Figueira, 1993, pp. 29-34).
3.3 O Carácter do Turismo no Desenvolvimento Regional
O desenvolvimento regional beneficia com o turismo, provocando benefícios directos e
indirectos para o sector. Contudo é necessário haver medidas de planeamento turístico
integrado, como forma de levarem a cabo uma acção coerente e racional, tendo por base o
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
4
tratamento científico desta actividade, sendo com certeza uma via para o desenvolvimento
regional (Silva, 1988).
Deste modo, a participação do turismo no desenvolvimento regional pode assumir o
carácter de:
a) “Desenvolvimento integrado – quando o turismo surge como um promotor dominante
do processo de desenvolvimento sem, contudo, o monopolizar;
b) Desenvolvimento catalítico – quando as actividades turísticas surgem como
estimuladoras do desenvolvimento, assumindo um papel complementar;
c) Desenvolvimentos císticos – quando as actividades turísticas podem ser úteis ao
desenvolvimento regional e constituírem um meio de diversificação da actividade
económica, mas não o influenciam” (Cunha, 1997, p. 284).
Foi no decorrer do ano de 1970, que com vista a tornar o sector do turismo um instrumento
de efectivo desenvolvimento regional, se começou a desenhar um modelo turístico
«alternativo» ou «integrado». Propunha-se então o desenvolvimento turístico baseado na
mobilização efectiva dos diferentes recursos locais/endógenos (mão-de-obra, capital,
gestão, ambiente...), sustentado por articulações com os diversos domínios da vida regional
e em harmonia com os valores culturais e o ambiente das regiões de acolhimento. Muitas
destas ideias passariam a participar na formulação da política turística de grande número
de regiões e nas respectivas estratégias de desenvolvimento endógeno (regional). Assim,
neste novo contexto, o sector deixaria de ser entendido apenas como instrumento de
crescimento da economia nacional para passar a ser visto como factor de desenvolvimento
regional (Feio, 1991,pp. 408-426).
Desta forma, o turismo só poderá, de forma eficaz, garantir a defesa dos seus recursos se
tratado como o somatório de pequenas partes de um corpo que na sua diferenciação é e
deve ser assumido como um povo, uma região e uma cultura. As dificuldades impostas
pela concorrência, o acesso a meios financeiros, a capacidade para ganhar autonomia nas
decisões e poder para as impor perante a administração central, conduzem-nos
objectivamente para caminhos de cooperação, esforço conjunto, de unidade e não de
dispersão (Figueira, 1993, pp. 29-34).
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
5
Segundo Cooper (2003), o turismo faz uso de recursos locais, em muitos casos
subaproveitados com fracas potencialidades de utilização económica ou renovável, pelo
que permite uma exploração mais eficaz das potencialidades da região. Paralelamente,
constitui um factor de diversificação da estrutura económica regional, multiplicando as
oportunidades de emprego e aumentando, consequentemente, o produto e o nível de vida
das populações locais. Assim, o turismo tem demonstrado que consegue produzir
importantes efeitos multiplicadores na economia regional, promovendo a dinamização e
modernização do tecido económico e garantindo ao mesmo tempo os limiares críticos
necessários à criação de infra-estruturas e equipamentos.
Contudo, numa perspectiva de desenvolvimento através dos fundos da CEE,
nomeadamente do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), poderá
contribuir decisivamente para a atenuação das assimetrias, a mobilização dos recursos
endógenos e a criação de emprego, articulando acções com as autarquias locais e o poder
central, tendo em vista o desenvolvimento regional (Governo Civil Braga, 1985, p. 61).
3.4 Força Competitiva do Turismo
No caso português, a maior ou menor força competitiva do turismo passa pela capacidade
em valorizar as nossas diferenças e transformá-las em vantagens comparativas. A base
mais profunda da motivação turística é o apelo da diferença que, por sua vez, provoca a
ânsia da descoberta que, em todos os tempos, caracterizou o comportamento do homem
(Cooper, 2003).
Cunha (1997) salienta que, as razões a que levam a que o turismo seja um motor de
desenvolvimento regional, e simultaneamente de expansão económica, são de vária ordem,
tal como o facto de estar intrinsecamente ligado às especificidades de cada região, uma vez
que só é viável quando existem valores locais que garantam uma vocação turística. Assim,
o turismo é uma actividade que num processo de desenvolvimento regional resulta do
aproveitamento do património e valores locais, concentrando-se nos valores endógenos.
Por isso, são estes valores que estão na base do aproveitamento turístico de uma região que
lhe concede a capacidade de gerar riqueza.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
6
Para além disso, o turismo tem a capacidade de operar uma transferência de rendimentos
das regiões mais desenvolvidas para as menos desenvolvidas e ocasiona uma exportação de
bens e serviços no interior da região, que de outro modo se não verificaria, estimulando
assim o desenvolvimento económico da região. A nível regional, obriga e justifica a
construção de infra-estruturas e de equipamentos que servem não só a população local,
bem como aquelas que visitam a região, uma vez que a construção de vias de
comunicação, instalação de estabelecimentos bancários e outros, a partir de certa
dimensão, e em função do desenvolvimento turístico, leva a que a população local seja
beneficiária desses equipamentos. E por último, contribui para a dinamização e
modernização da produção local (Cunha, 1997).
No caso europeu, a problemática centra-se agora na solução dos desequilíbrios regionais à
escala comunitária, devendo-se assegurar a eficácia económica do conjunto, estimulando a
competição/complementaridade, sem que todavia se perca de vista o objectivo da coesão
social, da preservação ambiental e diversidade cultural. Por outras palavras, trata-se de
assegurar o dinamismo económico do todo pelo aproveitamento da diversidade das
especificidades locais. Por estes motivos, vem sendo dedicada redobrada atenção ao
turismo como instrumento de desenvolvimento regional, designadamente em áreas sem
grande tradição no sector (Cooper, 2003).
Actualmente, a aposta é num plano de demonstração de como crescimento e
desenvolvimento são questões diferenciadas ou, de outra forma, de como um crescimento
sem regras pode comprometer seriamente o desenvolvimento sustentado, equilibrado, de
um sector económico ou de uma região. “O exemplo do Algarve serve para ilustrar aquilo
que não se pode nem deve fazer, quer em defesa da actividade turística, quer em opções de
desenvolvimento regional” (Figueira, 1993, pp. 29-34).
Num plano de desenvolvimento turístico, a Vale do Sousa e Paços de Ferreira nunca
poderão ter como opção caminhos que os conduzam à descaracterização da sua identidade
cultural e patrimonial. Por isso mesmo, nunca poderá impor-se como um grande destino de
massas, o que liquidaria a curto prazo o que os poderá tornar diferentes. A região do Vale
do Sousa tem de estar associada à defesa desses valores que, em si mesmos, podem
constituir uma oferta diferenciada e de qualidade para a captação de múltiplos segmentos
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
7
de correntes turísticas interessadas na sua cultura, no seu património, na sua gastronomia e
também no ambiente. (Figueira, 1993, pp. 29-34).
Em suma, é no turismo que uma região pode ter os caminhos que o conduzam a um
desenvolvimento regional que permita combater o isolamento, a desertificação económica
e humana e o empobrecimento da sua população. Para além disso, e articulando-se com as
autarquias locais e administração central, o turismo é um sector que possui meios para
melhorar não só a área territorial, liquidando as assimetrias existentes, bem como ao
mesmo tempo conseguir aumentar o padrão de qualidade de vida da população. Contudo, é
possível afirmar que embora o turismo constitua hoje inegavelmente um elemento de
desenvolvimento, não pode entretanto assumir-se como uma opção exclusiva ou deter um
excessivo peso na economia de qualquer região, uma vez que como qualquer outro sector,
ao tentar alcançar os seus objectivos, consequentemente provoca impactos tanto positivos
como negativos para a região.
IV Enquadramento do Vale do Sousa
A região do Vale do Sousa, que congrega os
concelhos de Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousada,
Paços de Ferreira. Paredes e Penafiel, situa-se numa
zona de transição entre a Área Metropolitana do
Porto e o interior da Região Norte, integrando-se na
NUT III do Tâmega. O Vale do Sousa confina a
norte com o Vale do Ave, a sul com o Entre Douro e
Vouga, a poente com a Área Metropolitana do Porto
e a nascente com o Baixo Tâmega.
Os seis concelhos integram um conjunto de 144
freguesias, que abrangem uma área de 767.1 Km2,
representando 3.6 do total da região Norte, o que
implica uma densidade populacional de 427
habitantes por Km2.1
1 VALSOUSA. Comunidade urbana do Vale do Sousa. Mãos á obra
Figura I - Mapa Região do Vale do Sousa 11Figura1
Fonte: Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, (p 25)
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
8
Se as características naturais são relevantes para o desenvolvimento turístico, dado que
fornecem informação essencial para o tipo de desenvolvimento turístico que deverá ser
programado, não são menos importantes as acessibilidades internas e externas, dado que
contribuem de forma significativa para a “atractividade” dos locais (Epralima, 2003).
A proximidade do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), o acesso Oeste/Este, entre
Porto e Amarante, por Auto – Estrada, com atravessamento do Vale do Sousa (Paredes e
Penafiel), a A42 que liga Paços de Ferreira ao Porto que serve uma parte da região do Vale
do Sousa. A linha ferroviária que permite ligar o eixo Paredes/Penafiel ao Porto. São
condições de acessibilidade externa e interna no Vale do Sousa que facultam vários modos
de aceder e fruir a Rota do Românico, apesar dos constrangimentos que ainda se verificam
e que são particularmente expressivos ao nível das ligações
Globalmente, a localização relativa do Vale do Sousa revela algumas desvantagens
decorrentes da influência do crescimento urbano e industrial do Noroeste de Portugal mas,
simultaneamente, torna evidentes diversas vantagens competitivas.
V Enquadramento de Paços de Ferreira
Freguesia sede: Santa Eulália, distrito e bispado do Porto.
Couto dependente da Vila de Ferreira, ficando anexado. D. Manuel deu-lhe foral, em
Lisboa, a 15 de Setembro de 1514 2, (Foral da antiga Vila de Ferreira - couto ou mosteiro -
e não Paço de Ferreira - honra).
Paços de Ferreira foi couto dos frades Cruzios de S. Pedro de Ferreira e depois do bispo do
Porto. Houve nesta região um mosteiro dos Templários, fundado em 1120 por D. Sueiro
Viegas que em 1319 passou a ser dos Cruzios. O bispo do Porto, D. João de Azevedo
anexou este convento, in perpetuum, à mesa pontifical da Catedral do Porto, em 1475, por
Bula do Papa Sixto IV.
Em 1811 Paços de Ferreira era honra do Minho, com juiz ordinário, sendo da comarca,
provedoria e diocese do Porto e tendo por donatário o bispo do Porto. Dez anos depois é
concelho da comarca do Porto, mas divisão eleitoral de Penafiel, com 1 freguesia de 162
2 Livro dos forais Novos do Minho, fl.58, coluna 2
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
9
fogos e 490 habitantes. (As honras e coutos, talvez depois de 1790, ano em que foram
abolidas, ou pela constituição de 1820, passaram à designação comum de concelho).
Em 1832 é dado como concelho da comarca de Penafiel e província do Douro, neste
mesmo ano já não aparece o concelho de Ferreira (Couto), mas o de Paço de Ferreira,
teriam sido, devido à sua reduzida dimensão anexados ao concelho de Aguiar de Sousa. No
entanto, em 1835 as freguesias de Couto de Ferreira e de Paços de Ferreira são
incorporadas no julgado de Santa Eulália de Barrosas e desanexadas do concelho de
Aguiar de Sousa. Em 1836, através do decreto 6 de Novembro, assinado por D. Maria II,
Paços de Ferreira reaparece como Concelho na comarca de Penafiel, com 2417fogos.3
O surgimento do novo concelho aparece numa altura em que a actividade essencial da sua
população era a agricultura, complementada com algumas actividades artesanais em que a
cestaria, a tanoaria, os teares, as moagens, os tamanqueiros, os funileiros e os fogueteiros
se destacavam. A pouco e pouco, muito mercê do mercado próximo do Porto e dos acessos
fáceis àquela cidade, vão aumentando e proliferando os pequenos ofícios, lentamente
transformados em fábricas. E o trabalho da madeira é, em Paços de Ferreira uma actividade
que radica nesta incipiente actividade industrial do final do século XIX. Já em 1920, em
Freamunde, exista uma importante Fábrica de Mobiliário Escolar, anunciadora de uma
pujança industrial que a segunda metade do século XX veio a confirmar.4
Pertencente ao distrito e diocese do Porto, situa-se na região do Vale do Sousa, dista cerca
de 25 km da cidade do Porto e é constituído por 16 freguesias, ocupando perto de 70 Km2.
Integrado numa zona intermédia entre o litoral desenvolvido e o interior carenciado, Paços
de Ferreira ocupa, na área de maior tradição industrial da região Norte, uma posição
estratégica, de fronteira com as principais concentrações industriais da região: a Norte e
Oeste, a bacia têxtil algodoeira do Vale do Ave, a Sudoeste, a Área Metropolitana do Porto
e a Sul e a Leste, centros como Penafiel, Paredes e Lousada, no Vale do Sousa.
Mas se o concelho de Paços de Ferreira se afirma nos dias de hoje, pela sua modernidade e
pelo seu dinamismo económico, ele mantém pergaminhos históricos evidentes,
3 Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, pp 125-130) 4 Roteiro Turístico. Terras do Sousa. Edição Ader-Sousa
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
10
fundamento de uma identidade cultural inegável. E algumas estruturas culturais como o
Museu do Móvel, o Museu da Citânia de Sanfins e a própria Citânia, afirmam valores
patrimoniais do concelho para além das suas fronteiras.
Paços de Ferreira foi dos
concelhos do Vale do
Sousa que maior aumento
populacional registou,
desde a década de 40 que
o aumento registado foi de
183% conforme se
verifica no gráfico que se
segue.
No que diz respeito aos grupos etários Paços de Ferreira, tem assim como os restantes
concelhos do Vale do Sousa, o seu maior numero de habitantes na faixa dos 25 aos 64 anos
com (54%), seguido do grupo etário dos 0 aos 14 anos (21.7%), 15-24 anos (15.9%) e
finalmente o grupo com menos população dos 65 a 85 anos ou mais (8.5%)
Conforme se pode ver no gráfico que se segue relativo
aos indicadores demográficos, Paços de Ferreira regista a
‘taxa de natalidade e de fecundidade’ mais elevada de
todo o Agrupamento de Municípios do Vale do Sousa,
superior à média da sub-região do Tâmega. Os índices de
envelhecimento e de dependência de idosos deste
concelho são os menores de todo o Vale do Sousa e
inferiores à média da sub-região do Tâmega. Em
contrapartida é em Paços de Ferreira que a ‘taxa de
mortalidade’ apresenta os valores mais reduzidos de todo
o Vale do Sousa5.
5 Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, p. 50
Gráfico I – Variação da população residente no Vale do Sousa (1940-2001)
Fonte: Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, p. 38
Gráfico II – Pirâmide etária
Fonte: Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, p. 45
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
11
Em jeito de conclusão da caracterização de Paços de Ferreira, verifica-se que é um
concelho com uma população
maioritariamente jovem e
adulta, a qual manifesta um
especial interesse pelo
desenvolvimento da região em
que se insere, uma vez que
cada vez mais se preocupam
com a formação dos recursos
humanos do concelho. Este é
um factor de extrema
importância, visto que se
interliga directamente com a qualidade da oferta. Se os recursos humanos tiverem
formação profissional adequada e assim prestarem um serviço de qualidade, servirá como
um contributo de peso a destacar na oferta turística do concelho de Paços de Ferreira.
VI A Oferta e a Procura Turística no Concelho de Paços de Ferreira
6.1 A Oferta Turística
A análise ao sector turístico manifesta-se indispensável para que, de uma forma mais
detalhada, possamos estar conscientes das potencialidades do concelho em questão, para
que se possa incidir nos mesmos e tomar medidas para o seu melhoramento.
6.1.1 Alojamento Turístico
Num qualquer estudo efectuado, é sempre determinante analisar a situação estatística
referente à parte turística da região, uma vez que cada vez mais as regiões apostam no
desenvolvimento turístico para assim conseguirem promover as regiões e
consequentemente alcançar o lucro desejado e progressivamente dinamizar a região. O
quadro seguinte apresenta o número de unidades existentes no concelho de Paços de
Ferreira.
Gráfico III – Indicadores demográficos do Concelho de Paços de Ferreira (2001)
Fonte: Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, p. 50
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
12
De lamentar é o facto de ter constatado
a existência de apenas um Hotel de
***. Paço de Ferreira tem dois Hotéis
Rurais com óptimas condições não só
físicas mas também paisagísticas. As
casas de Turismo de Espaço Rural,
cada vez mais se afirmam como uma
alternativa de oferta de alojamento que
se diferencia enquanto forma de
prestação de serviços.
Para além da análise quantitativa em
Paços de Ferreira que nos permite
verificar a distribuição espacial da
oferta pelo concelho, bem como
conhecer o tipo de oferta de alojamento existente, manifesta-se igualmente importante uma
análise sobre o tipo de serviços prestados nas unidades, bem como as características do
tipo do alojamento existente, de forma a que melhor se possa avaliar, quantitativamente e
qualitativamente a oferta, para que após a análise seja possível avaliar os serviços que têm
por objectivo satisfazer os clientes, cada vez mais exigentes, nos empreendimentos
turísticos (Epralima, 2003).
Efectivamente, o serviço prestado nos empreendimentos turísticos, são factores que têm
uma influência directa sobre o resultado final da experiência de viagem dos turistas, sendo
momentos que marcam a memória daqueles que visitam o concelho. Assim, após a visita
aos empreendimentos turísticos do concelho e respectiva constatação dos serviços que
dispõem aos seus clientes, os principais resultados a retirar são, o facto de haver falta de
instalações para pessoas com mobilidade condicionada, bem como a maioria dos
empreendimentos não disponibilizar serviço de baby sitter ao dispor do cliente.
Na análise aos serviços de animação de Paços de Ferreira, em visitas às instalações e
análise de informação disponível sobre os mesmos, verifica-se que o concelho apresenta
uma situação favorável nos estabelecimentos de alojamento, a qual se verifica pelas
Designação Freguesia
Hotel
A Nossa Pensão*** Paços de Ferreira
Hotel Rural
Quinta da Vista Alegre Freamunde
Quinta do Pinheiro Freamunde
TER
Casa de Rosende Raimonda
Quinta do Alves Arreigada
Quinta do Engenho Eiriz
Quinta do Sistelo Paços de Ferreira
O Ramalhete Frazão
Quadro I - Oferta de Alojamento Paços de Ferreira
Fonte: Brochuras Promocionais, 2006.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
13
condicionantes físicas dos próprios estabelecimentos. No entanto com excepção da piscina
ao ar livre e o court de ténis, a oferta de equipamentos de animação é insignificante em
quase todos os empreendimentos da hotelaria.
6.1.2 Estabelecimentos de Restauração
Em termos de restauração e gastronomia, o concelho de Paços de Ferreira tem ao dispor
uma vasta variedade de estabelecimentos de restauração com iguarias gastronómicas,
características da região.
Tal como evidencia o Quadro nº 26, Paços de Ferreira tem uma vasta variedade de
estabelecimentos de restauração (48 restaurantes)7 espalhados pelas várias freguesias. De
realçar, “ A Nossa Pensão”, no centro de Paços de Ferreira uma vez que se trata do mais
bem conceituado e mais procurado restaurante do concelho. Para além deste existem outros
restaurantes, os quais primam pela qualidade das saborosas iguarias da gastronomia que
confeccionam.
6.1.3 Entretenimento Nocturno
Paços de Ferreira possui ao dispor
dos turistas espaços onde estes
possam terminar o seu fim de dia ou
mesmo entrar pela noite dentro de
uma forma divertida e descontraída.
Os estabelecimentos que se
encontram descritos no quadro nº 3
ao longo do ano fazem diversas festas
temáticas em função da época do ano.
Da análise do quadro podemos
constatar que a oferta de
entretenimento nocturno em Paços de
Ferreira é variada e diversificada.
6 Anexo1: Quadro II - Estabelecimentos de Restauração 7 Segundo informações da Câmara Municipal de Paços de Ferreira
Recurso Freguesia Bar Adhoc Paços de Ferreira Bar Discoteca Elitis Paços de Ferreira Cascos de Rolha Bar Paços de Ferreira MI.KA.DU. – Bar/ Café Paços de Ferreira Bar Discoteca Dezassete Plus Paços de Ferreira Portagem Bar Paços de Ferreira Discoteca El Danúbio Penamaior Discoteca Ovnis Modelos Discoteca VCI Freamunde Must Café Figueiró Dani Bar Frazão
Quadro III - Oferta de Bares e Discotecas, por freguesias
Fonte: Brochuras Promocionais, 2006.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
14
6.1.4 Espaços de Recreio e Lazer
A criação de espaços de recreio e lazer surge da necessidade da melhoria das condições de
vida das populações, no entanto estes espaços podem também ser motivo de selecção para
os turistas. O quadro seguinte
(IV) apresenta os espaços de
recreio e lazer.
A criação destes espaços8 surge
da necessidade de fazer face aos
desequilíbrios que se verificam
na organização do território.Com
este tipo de espaços muito se tem
contribuído para a promoção
cultural das regiões e do seu
espólio cultural e ao mesmo
tempo impulsiona-se a troca de
conhecimentos e experiências. Nestes espaços podem-se desenvolver vário tipo de
actividades que podem ser desde a prática de desportos até aos piquenique passando pela
leitura andar de barco enfim variadíssimas actividades que podem ser desenvolvidas no
sentido da criação de um produto turístico.
6.1.5 Paisagens
Paços de Ferreira possui quatro pontos de referência no que respeita a observação das suas
paisagens que são o Alto da Senhora do Socorro na freguesia de Codessos, a Citânia de
Sanfins na freguesia de Sanfins, o Monte do Coração de Jesus na freguesia de Freamunde e
o Monte do Pilar na freguesia de Penamaior.
6.1.6 Distribuição dos Recursos Culturais
As novas tendências do turismo têm tentado alcançar um importante desenvolvimento dos
espaços turísticos, através de fórmulas diferenciadoras que os tornem mais competitivos. É
neste sentido, que os recursos turísticos territoriais, como “matéria-prima” da actividade
turística e como elementos pertencentes ao sistema turístico, têm sido avaliados com base
8 Anexo 2 Imagens dos Parques de Lazer
Denominação Freguesia Espaço Internet Paços de Ferreira Pavilhão Desportivo Municipal Paços de Ferreira Piscinas Municipais Paços de Ferreira Pista de Patins em Linha Paços de Ferreira Court Tennis Paços de Ferreira Mini Golf Paços de Ferreira Centro Equestre de Freamunde Freamunde Centro Hipico Meixomil Parque Urbano Paços de Ferreira Parque de Lazer da Freguesia de Freamunde Freamunde Parque de Lazer da Freguesia de Ferreira Ferreira Parque de Lazer da Freguesia de Meixomil Meixomil Parque de Lazer da Freguesia de Seroa Seroa
Quadro IV: Oferta de Espaços de Recreio e Lazer, por freguesias.
Fonte: Câmara Municipal de Paços de Ferreira, 2006
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
15
nos índices de preferência das pessoas que visitam os locais. Uma Estratégia de
Desenvolvimento para o Turismo em Paços de Ferreira Como resposta a uma tentativa de
revitalização dos meios, é necessário considerar o turismo como uma alternativa e não
como um instrumento que facilite um novo marco de desenvolvimento. Assim, as
actividades turísticas estão necessitadas de modelos de desenvolvimento turístico
adequados às suas características naturais paisagísticas, monumentais, artesanais, bem
como culturais, que permitam, através da sua coesão, um desenvolvimento equilibrado e
sustentável da área em questão. É neste sentido, que o desenvolvimento turístico deve ser
integrado nessas novas estruturas, potenciando todos os elementos que compõem o seu
sistema e entre eles os recursos territoriais turísticos. No concelho, existe um vasto
património cultural de inegável qualidade apresentando-se como elemento potencializador
de todos os recursos9
Relativamente ao património arquitectónico civil, é de destacar CASA DE ROSENDE,
situada na freguesia de S. Pedro da Raimonda, Uma das mais antigas e imponentes casas
da região, construída nos sécs. XVII e XVIII, embora com origem muito mais remota, pois
aparece já referenciada no séc. X. A casa sobressai, pela sua dimensão e valor
arquitectónico, de um notável conjunto de casa que lhe ficam próximas. Na capela do séc.
XIX existe um raro conjunto de frescos votivos. Possui jardins magníficos com belos
exemplares de camélias, e está rodeada de pomares, vinhas e um frondoso parque,
formando um conjunto capaz de proporcionar agradáveis horas de lazer
Quanto ao património arqueológico, existe na freguesia de Lamoso, nas proximidades do
lugar de Condominhas, um Dolmén a sua construção data do III milénio A.C.
permanecendo como o único no concelho cientificamente divulgado desde os finais do
século XIX até a primeira metade dos anos sessenta. Classificado como Imóvel de
interesse público pelo Dec. Nº47508, de 24.01.1967.
A Citânia de Sanfins situada nas freguesias de Sanfins de Ferreira e Eiriz, com uma área
amuralhada de cerca de 15 hectares e com cerca de 180 construções habitacionais já a
descoberto, constitui o maior povoado castrejo em escavação, cuja edificação se situa no
século II A.C. Classificada como Monumento Nacional pelo Dec. Nº35817, de 20.08.1946.
9 Anexo 3 Quadro Recursos Culturais do Concelho de Paços de Ferreira
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
16
No que respeita ao património arquitectónico religioso muitos são os edifícios dignos de
visita no entanto dois são dignos de destaque, a Igreja de S. Pedro de Ferreira localizada na
freguesia de S. Pedro de Ferreira, é um exemplo típico de um estabelecimento eclesiástico
de raiz agrária. Trata-se de uma construção do românico rural que remonta ao último
quartel do século XII. Considerado monumento nacional pelo Dec. Nº14985, de 3/02/1927.
E a Capela de São Francisco situada na freguesia de Freamunde que se encontra em vias de
classificação, despacho de 11.09.2000.
Sem dúvida que o património arquitectónico é um recurso de extrema importância para
qualificar e diversificar a oferta de uma região, contudo não menos importantes são os
restantes recursos culturais, como o artesanato e as festas, feiras e romarias existentes no
concelho. Assim sendo, no que respeita ao artesanato10, vários são os ofícios que os
artesãos desenvolvem, como tecelagem; malhas; cestaria e esteiraria, bordado, trabalhos
em madeira, trabalhos em pedra, mobiliário de Verga ou similar, pintura, trabalho em
metal, cerâmica / olaria, pirotecnia, moagem tradicional, calçado /tamanqueiro, costura,
arte de estofador, ferreiro
Por fim, as festas, feiras e romarias são igualmente eventos de grande importância para o
turismo e desenvolvimento, uma vez que atrai os turistas ao concelho para momentos de
grande alegria e animação11. De destacar, são as festas Sebastianas em Freamunde que se
fazem no 2º domingo de Julho. de cariz religioso, a Feira dos Capões, em freamunde a 13
de Dezembro, a Capital do Móvel trata-se de uma feira de mobiliário que tem lugar entre a
ultima semana de Agosto e a primeira de Setembro.
6.1.7 Transportes e Acessibilidades
De acordo com a análise feitas aos recursos do concelho de Paços de Ferreira e após
sucessivas visitas ao local de estudo, verifica-se que em termos de acessibilidades o
concelho apresente uma boa rede, contudo o aspecto negativo a apontar, é o facto de ter
uma má rede de transportes públicos para servir a população local e os turistas que dela
necessitem para se deslocarem.
10 Anexo 4 Quadro dos Artesãos do Conselho 11 Anexo 5 Quadro das Festas e Romarias do Concelho
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
17
O Concelho é servido por uma empresa de transportes – Auto Viação Pacense – que
efectua carreiras diárias a partir do centro do Concelho para o Porto e também para os
concelhos limítrofes. Estas carreiras são de horários fixos, sendo que para o Porto existem
várias entre as 6.30 horas e as 20.00 horas.
Para o turista se movimentar em Paços de Ferreira (Concelho) o mais indicado será o
automóvel, e para quem necessitar de alugar existem duas empresas de aluguer de
automóveis que são a “Europcar” e a “Atlas” sedeadas no centro da cidade.
Em suma, numa análise geral, o concelho de Paços de Ferreira é composto por recursos em
bom estado físico, mas com casos específicos em que é urgente uma intervenção por parte
de quem é devido, para que de facto se consiga cada vez mais qualificar a oferta turística
do concelho e assim conseguir satisfazer as necessidades, desejos e motivações daqueles
que escolhem o concelho de Paços de ferreira. Assim, é o seu conjunto que é necessário
qualificar e proteger, uma vez que a procura turística destaca-se não só pelos negócios que
aqui se fazem, pelos monumentos, mas também pela sua beleza natural.
6.2 PROCURA TURÍSTICA
A procura turística de uma qualquer área em estudo manifesta-se de extrema importância,
uma vez que a partir dos dados recolhidos sobre a procura, é possível analisar o estado
turístico do local específico, concluindo se satisfaz as necessidades, desejos e motivações
dos turistas, exercendo um poder de atracção que faça com que no momento de partida
manifeste vontade de regressar um dia. Os resultados apurados constituirão importantes
indicadores que ajudarão, o sector público e o sector privado que operam no Turismo, a
reformular e direccionar os produtos turísticos, no sentido de prestar serviços com uma
qualidade crescente.
Uma análise da procura turística de uma região, neste caso do concelho de Paços de
Ferreira faria todo o sentido mesmo para dar seguimento ao quadro apresentado
relativamente ao alojamento, no entanto após várias pesquisas não foram encontrados
elementos suficientes para que se possam tirar conclusões relativamente a este ponto. No
entanto existem estatísticas relativamente á procura no Centro de Informação Turística de
Paços de Ferreira que se traduz no gráfico IV que se segue.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
18
Gráfico IV – Movimento de Turistas no Posto de Turismo de Paços de Ferreira
0 200 400 600 800 1000 1200Janeiro
Março
Maio
Julho
Setembro
Novembro
200620052004
Fonte: CITC (centro informação turística de Paços de Ferreira)
Através do gráfico IV relativo ao movimento de turistas no posto de turismo podemos ver
claramente o fenómeno da sazonalidade, embora não tenhamos dados para verificar as
variações, uma vez que se verifica um pico de procura turística nos meses de Agosto e
Setembro, em detrimento dos restantes meses. No que respeita à nacionalidade, não
existem números para se poder fazer análise pormenorizada no entanto verifica-se que
predomina a visita de turistas de nacionalidade portuguesa, seguidos dos espanhóis.
Os dados apresentados, revelam que, não tem havido uma análise da procura turística,
numa perspectiva de conhecimento do perfil do turista bem como a quantidade de
visitantes. No entanto, a evolução do sector turístico tem demonstrado que é fundamental
conhecer a imagem construída pelos consumidores sobre o destino seleccionado, que muito
poderá contribuir para encontrar soluções para os problemas como a sazonalidade entre
outros.
Concluindo, entende-se ser necessário, estabelecer uma estratégia através da qual seja
possível conhecer os comportamentos dos visitantes, seja por tipo de produtos ou serviços
consumidos, seja por local de origem e desta forma, posicionar Paços de Ferreira.
Assim, é necessário apostar num produto turístico, o qual se define como uma combinação
de prestações e ofertas, tangíveis e intangíveis, que proporcionam ao turista uma satisfação
e desfrute em resposta às suas expectativas e motivações. (Pardellas, 2002, pp. 9-13).
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
19
VII O Cruzamento da RRVS com a RCPF
A Rota do Românico do Vale do Sousa compreende 21 objectos de arquitectura Românica,
abrangendo os seis concelhos que fazem parte da Comunidade Urbana do Vale do Sousa.
Estes objectos encontram-se distribuídos por dois eixos, o dominante e o complementar,
sendo que no eixo dominante encontram-se onze objectos patrimoniais que evidenciam
valores mais relevantes da arte românica ou que são portadores de uma memória histórica
assinalável e os restantes dez no eixo complementar. Quadro V – Monumentos que Integram a Rota do Românico do Vale do Sousa
Eixo Dominante Eixo Complementar Igreja do Mosteiro de Pombeiro de Ribavizela (Felgueiras) Monumento funerários de Sobrado (Marmoiral) (Cast.de Paiva)
Igreja de S. Salvador de Unhão (Felgueiras) Igreja de Santa Maria de Airães (Felgueiras)
Igreja de S. Vicente de Sousa (Felgueiras) Igreja Velha de S. Mamede de Vila Verde (Felgueiras)
Igreja de Santa Maria de Meinedo (Lousada) Igreja do Salvador de Aveleda (Lousada)
Torre de Vilar (Lousada) Ponte de Vilela (Lousada)
Igreja de S. Pedro de Ferreira (Paços de Ferreira) Ponte de Espindo (Lousada)
Igreja de S. Pedro de Cête (Paredes) Ermida de Nossa Senhora do Vale de Cête (Paredes)
Igreja de S. Salvador de Paço de Sousa (Penafiel) Torre/Castelo de Aguiar de Sousa (Paredes)
Igreja de S. Gens de Boelhe (Peanfiel) Igreja de S. Miguel de Entre-os-Rios (Penafiel)
Igreja de S. Miguel de Gândara/Cabeça Santa (Penafiel) Memorial da Ermida, em Irivo (Penafiel)
Igreja de S. Pedro de Abragão (Peanfiel)
Fonte: Relatório final – Plano de Acção para a Implementação e Dinamização Turística e Cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, pp. 161,162)
A rota está estruturada em dois percursos que se diferenciam em três tipos de rota12, a rota
genérica (tipo A); rota alargada (tipo B) e a rota especializada (Tipo C). a existência destes
tês modelos de rota tem como principal objectivo a flexibilidade em relação aos 21
objectos patrimoniais, ao publico alvo e em relação aos produtos turísticos que dela podem
resultar.
Segundo o (Plano de Acção para Implementação e Dinamização Turística e Cultural da
Rota do Românico do Vale do Sousa, 2004, p.162), os percursos que sejam fruídos num
modelo de viajem e estadia mais prolongada e, consequentemente, mais exploratória dos
valores patrimoniais deste território, combinam aqueles dois “eixos” de objectos românicos
com um terceiro conjunto que se designa por “suplementar” a que integra diversos outros
12 Anexo 6 Breve Explicação dos Modelos de Rota
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
20
elementos (igrejas, capelas, solares, citânias, megalíticos, etc.), independentemente da
exigência da sua identidade românica, deixando ao critério dos visitantes ou dos
operadores turísticos, que definam e comercializem programas associados á Rota, a
escolha mais adequada destes, proporcionando um campo mais abrangente á aplicação uma
“geografia variável” na definição de percursos.
Neste sentido surgiu a ideia de uma Rota Cultural em Paços de Ferreira (RCPF) que
pretende prolongar a Rota Especializada do Percurso 1 com visita a outros monumentos
em Paços de Ferreira que embora não sejam românicos se podem considerar
“suplementares” á RRVS.
VIII Analise Swot
A Análise SWOT é a principal forma de validar a estratégia definida para a revitalização
de um território. O objectivo da auditoria é condensar uma série de informações positivas e
negativas acerca do concelho, para que assim se possa iniciar uma estratégia que vá de
encontro ao seu desenvolvimento.
Esta análise do concelho de Paços de Ferreira, pretende criar uma base de partida para que
posteriormente, organizando as ideias e apurando os elementos da análise, se possa avançar
com propostas concretas de actuação para combater as debilidades detectadas.
8.1 OPORTUNIDADES
• Boa localização face aos aeroportos de Porto e Vigo;
• Proximidade regional com pólos turísticos importantes – nomeadamente Braga,
Guimarães, Porto, podendo desenvolver-se alguma complementaridade na
promoção e captação dos fluxos de visitantes;
• Mão-de-obra jovem, o que torna possível uma melhor e mais rápida
qualificação profissional;
• Investimentos em Animação Turística como mais valia local;
• Potenciação da promoção turística e seus principais produtos turísticos;
• Oferta de estabelecimentos de animação nocturna com funcionamento todo o
ano • Atracção de receitas que podem ser reinvestidas na região, nomeadamente
na preservação e conservação dos seus recursos naturais e culturais;
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
21
• Criação de percursos pedestres,
• Tendência para a valorização de aspectos relacionados com a natureza;
• Aposta na oferta de novos produtos turísticos, potenciando os recursos
endógenos;
• Aproveitar o investimento público para o sector do turismo,
8.2 PONTOS FRACOS
• Destino turístico de passagem;
• Destino turístico de Negócios
• Fraca qualificação dos recursos humanos nos vários sectores de actividade,
incluindo o sector do turismo;
• Algumas agressões paisagísticas;
• Falta de informação sobre a oferta turística existente;
• Carências na promoção e informação turística, especialmente de material
promocional especializado;
• Poucas empresas de animação
• Deficiente estruturação da oferta e da sua requalificação, com carências em
equipamentos e actividades de animação;
• Falta de indicação e sinalização dos pontos de interesse turístico no terreno
• Falta de acesso, competência no atendimento nos postos de turismo
• Falta de acesso aos pontos de interesse turístico, quer por via de horários
incompatíveis ou por via de desconhecimento e ausência de acompanhamento
• Falta de documentos em língua estrangeira e baixa qualidade de informação
8.3 PONTOS FORTES
• Riqueza e diversidade de recursos naturais • Qualidade e valor da paisagem;
• Qualidade dos recursos culturais – património, artesanato, gastronomia;
• Boas acessibilidades;
• O número de visitantes tem vindo a aumentar.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
22
8.4 AMEAÇAS
• O aumento significativo do número de visitantes pode vir a exceder a
capacidade de carga do concelho, trazendo problemas;
• A procura é cada vez mais exigente, relativamente a alternativas de animação,
qualidade dos serviços, qualidade da informação, tornando-se imperativo a
qualificação da oferta;
• Possibilidade de o destino ser preterido a favor de outros em proximidade, com
uma oferta de maior qualidade e mais oportunidades de actividades;
Em suma, a forte concorrência entre os diversos destinos, obriga à procura de um
equilíbrio dinâmico entre as expectativas do turista que procura o mercado/destino
português e a qualidade do produto oferecido, de forma a garantir a sua fidelização. Desta
análise, fica subjacente a noção de que há muito a fazer, nomeadamente, o incremento da
formação profissional, a diversificação dos pacotes turísticos com o incremento das
actividades culturais e desportivas e a eliminação da dependência de um número reduzido
de mercados emissores. Só assim será possível modernizar a imagem de Paços de Ferreira
e promover o aumento da competitividade do turismo em Portugal.
IX Metodologia
9.1 Problema: - A Existência de Uma Rota Cultural em Paços de Ferreira
O problema de estudo é testar até que ponto a criação de uma Rota Cultural em Paços de
Ferreira fará sentido cruzando-a com a Rota Românico do Vale do Sousa. Tendo em conta
que o objectivo destas duas Rotas será o desenvolvimento da Região, e que o património
será a sua âncora.
9.2 A Amostra
Como método de amostra optou-se por uma amostra não probabilística que segundo Mattar
(2001) é aquela em que a selecção dos elementos da população para compor a mostra
depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador no campo. Não há nenhuma
hipótese conhecida de que um elemento qualquer da população venha a fazer parte da
amostra.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
23
Assim a amostra para este estudo trata-se de uma amostra não probabilística por
julgamento, uma vez que foram seleccionados casos típicos da população da pesquisa
representativos desta. A selecção da amostra foi feita tendo em conta o contacto que á
posteriori estas pessoas possam vir a ter com as Rotas em causa. Para tal foram realizados
oito inquéritos a representantes do alojamento, restauração, AEPF,13Câmara Municipal de
Paços de Ferreira (Vereador do Turismo), funcionários dos museus.
9.3 Recolha de Dados
A recolha consistiu na realização de questionários14 de resposta fechada, através dos quais
foram colocadas questões relacionadas não só com a RRVS mas também com os
monumentos de Paços de Ferreira e os seus públicos. Os questionários foram realizados
entre os dias 10 e 16 de Outubro de 2006.
9.4 A Análise de Dados
Da análise aos questionários chega-se á conclusão de que a maioria da população inquirida
tem conhecimento da RRVS considerando-a muito importante para o desenvolvimento
turístico e económico da Região. No entanto julgo que muito há a fazer no que respeita á
divulgação deste projecto.
Relativamente á pergunta 3 (Quais os principais obstáculos ao sucesso da RRVS), a
maioria respondeu a falta de circuitos turísticos e a fraca informação junto dos actores
locais vindo em terceiro lugar a falta de unidade politica na região. No que respeita á falta
de produtos turísticos a RCPF pode ser uma opção mas não basta é necessário a existência
de vários produtos para satisfazer as necessidades/expectativas dos turistas. A fraca
informação é de facto um problema que se verifica para tal é necessário a criação de uma
estratégia para colmatar esta lacuna. Já a falta de unidade politica julgo ser um obstáculo
mais difícil de contornar pois as rivalidades entre os vários municípios da região já se
encontram enraizadas no entanto pode ser que com esta nova geração de Presidentes haja
uma mudança de atitude.
13 AEPF – Associação Empresarial de Paços de Ferreira 14 Anexo 7 Questionários
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
24
No que diz respeito á capacidade de atracção turística e cultural dos monumentos
seleccionados, a Citânia de Sanfins e o Museu Arqueológico foram considerados pelos
inquiridos como os mais importante, seguidos pela Igreja de S. Pedro de Ferreira e pelo
Museu do Móvel. A Citânia de Sanfins e o Museu Arqueológico funcionam como uma
âncora na RCPF uma vez que se tratam dos monumentos mais visitados do concelho.
Segundo os inquiridos o perfil do turista que visita Paços de Ferreira, no que respeita á
geografia são predominantemente originários da Região Norte do país e Espanhóis da
Galiza. As classes sócio económicas são a média e a média alta com habilitações literárias
ao nível da licenciatura. Relativamente ao perfil do turista existe a necessidade de um
estudo mais aprofundado no sentido de melhor direccionar os produtos.
Os turistas vêm a Paços de Ferreira (segundo os inquiridos), atraídos por em primeiro lugar
e por unanimidade a capital do Móvel, seguida pelas Festas Sebastianas. O facto de a
Capital do Móvel atrair muitos turistas deve ser aproveitado no sentido de direccionar o
turista de negócio para a visita á RRVS e á RCPF.
Relativamente á imagem turística de Paços de Ferreira a mais “votada” foram os negócios
seguidos pelos monumentos e em terceiro lugar a gastronomia. Paços de Ferreira deve criar
produtos turísticos tendo em conta estas três áreas (negócios, monumentos, gastronomia)
Como medidas estratégicas para o desenvolvimento turístico de Paços de Ferreira a
resposta com maior número de escolha foi a criação de produtos turísticos, seguida da
promoção dos monumentos e em terceiro lugar a informação detalhada e cuidada ao turista
e á população.
X Uma Rota para Paços de Ferreira
Os actores locais de Paços de Ferreira detêm um papel preponderante no desenvolvimento
do concelho, uma vez que, em associativismo15, exercem uma força determinante na
composição do produto turístico regional. Para isso, importa desenvolver, em processo
colectivo, uma linha de pensamento estratégico que parta das orientações de política para o
15 Anexo 8 Listagem de Associações
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
25
estabelecimento de consensos, de forma a construir estratégias que facilitem o
desenvolvimento do território em estudo (Gaspar, s/d).
Todas as entidades enunciadas16, quer sejam associações de desenvolvimento,
empresariais, profissionais ou outras, intervêm em comum, nas estratégias para a
dinamização do concelho. No decorrer das acções de desenvolvimento, está sempre
presente o facto de que manter ou recuperar a cultura popular, característica autêntica das
populações, é um factor essencial, uma vez que as identidades das populações são
características únicas de um território. No entanto, muitas vezes, esta importância não é
tida em conta por parte das entidades responsáveis pelo desenvolvimento de uma região
nomeadamente o poder politico. Os actores locais tem de estar informados para que desta
forma possam não só participar activamente nas diferentes actividades mas também para
que passem uma imagem positiva junto dos turistas, assim sugere-se ao poder politico de
Paços de Ferreira a organização de um evento no sentido de informar todos os actores
locais sobre a RRVS e das suas potencialidades no desenvolvimento turístico do concelho.
A RRVS é em si uma mais valia para a região do Vale do Sousa e poderá também ser para
cada um dos seis municípios que desta região fazem parte, no entanto vamo-nos cingir ao
concelho de Paços de Ferreira.
Paços de Ferreira tem apenas 1 monumento (Igreja de S. Pedro de Ferreira) dos 2117 que
desta rota fazem parte, á priori seria uma desvantagem para o concelho no entanto este
monumento é um ex-libris da arquitectura românica em Portugal, e portanto de visita
“obrigatória”. Assim sendo, sugere-se um prolongamento da RRVS no seu percurso 1 da
rota especializada18 ao qual se vai chamar RCPF. Esta rota pretende que os turistas visitem
não só a Igreja de S. Pedro de Ferreira mas também outros monumentos que embora não
estejam na RRVS porque não se tratam de monumentos de arquitectura românica no
entanto são também monumentos dignos de visita.
Com a pretensão de levar a que os turistas pernoitem em Paços de Ferreira por uma ou
mais noites elaborou-se uma rota a qual para além de prever a visita a vários monumentos
16 Ver Anexo 8 17 Anexo 9 Listagem dos 21 monumentos 18 Anexo 10 Rota Especializada do percurso 1
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
26
prevê também actividades distintas dependendo da época do ano em que seja efectuada a
visita.
10.1 Os Monumentos
Após um estudo dos monumentos existentes em Paços de Ferreira sugere-se a visita aos
seguintes locais:
Dólmen de Lamoso19 Situado nas proximidades do lugar de Condominhas, freguesia de
Lamoso, a sua construção data do III milénio A.C
Citânia de Sanfins Situada nas freguesias de Sanfins de Ferreira e Eiriz, com uma área
amuralhada de cerca de 15 hectares e com cerca de 180 construções habitacionais já a
descoberto, constitui o maior povoado castrejo em escavação, cuja edificação se situa no
século II A.C.
Bouça das Fervenças a cerca de 800 metros Norte fora do povoado, monumento
classificado “Penedo das Ninfas”, com uma inscrição latina que identifica os habitantes da
citânia – Fidueneae e a Deusa Cosunea, sua divindade. Também o Penedo das Ninfas está
classificado Imóvel de interesse público pelo Dec. Nº39175 de 17.04.1953.
Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins Instalado no Solar dos Brandões, edifício do
século XVIII de arquitectura Barroca, situado na freguesia de Sanfins na proximidade da
Citânia de Sanfins e integrado num conjunto de interesse histórico local.
Museu Municipal – Museu do Móvel Tendo como principal objectivo assumir-se como
centro interpretativo do concelho desde as origens do seu povoamento até à idade
contemporânea.
Capela de S. Francisco situada na freguesia de Freamunde, teria sido inicialmente um
oratório, a seu tempo demolido para ser erigida a capela e a casa hospício em 1937, de
acordo com a inscrição na fachada.
Para que a visita não se cinja á visita de monumentos, existem no concelho diversas
actividades que se podem fazer para tornar esta Rota mais atractiva. Fazendo com que os
Turistas levem do vale do Sousa não só o conhecimento dos seus monumentos mas
também experiências positivas que façam com que estes regressem e também que
recomendem esta Rota. Assim dependendo da época do ano em que seja feita a visita
várias são as experiências colocadas á disposição dos turistas.
19 Ver Anexo12
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
27
10.2 As Actividades
Teatro - Dependendo do número de visitantes o Grupo Teatral Freamundense poderá
representar para os turistas uma das suas peças. Este grupo tem colaborado com
associações do concelho bem como com as escolas levando até elas peças teatrais. De
Freamunde existem já em finais do séc. XIX noticias nos jornais como uma intensa
actividade da “trupe dramática de Freamunde, tendo nesta altura sido distinguidos actores,
várias peças foram interpretadas até 1963 ano em que foi formado o Grupo Teatral
Freamundense (GTF), que a 22 de Dezembro se estreou com a Peça Gandarela, desde
então e até aos dias de hoje nunca mais pararam e vários têm sido os prémios recebidos ao
longo dos anos, tendo mesmo representado Portugal no exterior.
Música - Existem no concelho vários grupos de índole musical capazes de animar os
turistas que se dirijam ao Vale do Sousa e Paços de Ferreira. Estes grupos estão dispostos a
participar em iniciativas no sentido de animar a RCPF.
Desporto - Para a prática de desportos existem no concelho várias infra-estruturas20 que
permitem a execução de vários desportos que passam pela equitação, natação, tennis,
futebol, entre muitos outros.
Eventos - Dependendo da época do ano em que for feita a visita vários são os eventos
culturais, religiosos ou profanos que o turista pode visitar dos quais se destacam:
- Capital do Móvel (feira e exposição de moveis) existem duas edições durante o ano sendo
uma em Abril e a outra em Agosto.
- Feira do livro de Paços de Ferreira realiza-se no início do mês de Junho
- Festa da Cidade de paços de Ferreira, que se realiza em conjunto com a tradicional festa
do Corpo de Deus no mês de Junho
- Festas Sebastianas realizam-se no 2º Domingo de Julho, estas festas contém uma vertente
religiosa com a missa e a procissão, e uma vertente profana com as bandas de música,
folclore, grupos de musica, cortejo alegórico que tem lugar na 2ªfeira á noite nos quais
participam os carros alegóricos, o samba de Ovar, as matronas, grupos de bombos. As
vacas-de-fogo são também presença assídua em todas as noites de festa e claro fogo de
artifício das mais variadas formas.
- Exposição Internacional de Artesanato de Freamunde
- Feira dos capões em Freamunde realiza-se a 13 de Dezembro, embora diversos
documentos atestem a existência da Feira dos Capões na Vila de Freamunde, desde o séc.
XV, a sua institucionalização oficial só se fez por provisão do Rei João V, a 13 de Outubro 20 Anexo 11 Carta Desportiva do Concelho de Paços de Ferreira
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
28
de 1719. Nesta feira o turista pode não só visitar a feira onde pode adquirir a mais variada
paleta de produtos e claro está o capão, mas também pode participar no concurso
gastronómico “Capão á Freamunde”que se realiza no dia 12 organizado pela Confraria do
Capão. Para além destas actividades pode também ver-se nesta feira exposição equestre
onde estão presentes diversas raças e demonstrações equestres por parte de grupos de
cavaleiros. (CMPF, Agenda de acontecimentos, nº 14)
10.3 Uma proposta de Rota
Em função dos monumentos apresentados e das actividades vários percursos podem ser
elaborados tendo em conta a época do ano e também o perfil do turista assim em jeito de
exemplo passo a apresentar uma proposta de Rota.
Dia 121
• Igreja do Mosteiro de Pombeiro Ribavizela
• Igreja de S. Vicente de Sousa
• Almoço
• Torre de Vilar
• Igreja de S. Pedro de Ferreira
• Estadia em alojamento escolhido
• Jantar
• Concerto Orfeão Eiriz na Igreja de S. Pedro de Ferreira
Dia 2
• Museu Municipal paços de Ferreira
• Capela S. Francisco
• Almoço Capão á Freamunde num dos restaurantes já vencedores do concurso
gastronómico
• Dólmen de Lamoso
• Citânia de Sanfins
• Penedo das Ninfas
• Museu Arqueológico
• Peça de teatro no interior do Museu Arqueológico
21 Anexo 12 Breve discrição dos monumentos Pombeiro Ribavizela; Torre de Vilar; Igreja de S. Vicente de Sousa; Torre de Vilar.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
29
• Jantar
Fim da visita
XI Conclusão
Apesar do Vale do Sousa ser uma região de fortes potencialidades, ainda são necessárias
várias iniciativas para o desenvolvimento da actividade turística na região O facto de
agregar várias paisagens, é fácil apreender que é possuidora de muitos atributos para o seu
desenvolvimento, sendo por isso necessária uma gestão planeada de estratégias de
desenvolvimento e a criação de sinergias para que, apostando nos recursos endógenos se
possa atingir a dinamização da região.
Assim, a protecção e valorização do património local, o desenvolvimento económico e
social dos habitantes, a melhoria da qualidade de vida, o controlo de fluxos de visitantes e
melhoria da qualidade da oferta e infra-estruturas de apoio ao turismo, são os objectivos da
Carta Europeia do Turismo Sustentável que têm de ser tomados como pontos de honra no
desenvolvimento do Vale do Sousa. Desta forma, torna-se fundamental avaliar o que esta
parte do território nacional oferece, reflectir sobre as questões do ambiente que com
frequência são desprezadas e discutir a correcta utilização dos recursos no planeamento e
ordenamento do território.
Por isso, apesar das limitações com que a Região se defronta, em relação à falta de
formação dos recursos humanos, bem como à carência de algumas infra-estruturas, a
Região do Vale do Sousa será certamente um destino cada vez mais procurado por turistas,
cuja motivação vai de encontro à cultura, natureza, lazer e claro os negócios.
Após efectuado todo o estudo, é visível que se torna cada vez mais importante e necessário
disponibilizar informação o mais completa e eficiente possível acerca do concelho de
Paços de Ferreira, de forma a ir ao encontro de uma procura selectiva e exigente do
visitante. Esta informação passa por uma estratégia de marketing e promoção turística, a
qual é feita através de material informativo que deverá visar a informação acerca dos
equipamentos de apoio que existem. Numa óptica de cumprimentos destes objectivos e de
uma melhor organização do produto, seria importante que o concelho se propusesse a
actuações estratégicas, de forma a que articulando os actores locais e regionais públicos e
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
30
privados e conseguindo os investimentos necessários, o concelho de Paços de Ferreira
consiga atingir a dinamização e desenvolvimento pretendido da actividade turística.
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
31
Bibliografia Agenda de Acontecimentos, nº 14, Câmara Municipal de Paços de Ferreira CENTRO DE ESTUDOS TURÍSTICOS DO VALE DO LIMA (2003), Plano Estratégico para o turismo no Vale do Lima – relatório de progresso, Epralima, Vale do Lima COOPER, Chris et al (2003), Turismo: princípios e práticas, 2ª edição, Ed. Bookman, São Paulo Comunidade Urbana do Vale do Sousa, Mãos á Obra CORREIA, António (2005), Freamunde. Apontamentos para uma Monografia CUNHA, Licínio (1997), Economia e Política do Turismo, McGraw Hill, Alfragide DINIS, Manuel Vieira, (1985), Ermidas e Capelas de Paços de Ferreira DHV – Consultores (2004) Plano De Acção Para Implementação E Dinamização Turística E Cultural Da Rota Do Românico Do Vale Do Sousa, Tomo I, II, III. FEIO, P. et al (1991), O Turismo nas políticas recentes de desenvolvimento regional – o caso português, Finisterra – Revista Portuguesa de Geografia, vol. XXVI, Centro de Estudos Geográficos, Lisboa, pp. 408-426 FIGUEIRA, Carlos Luís (1993), O Turismo e Desenvolvimento Regional, Poder Local, nº126, pp.29-34 FORTE, Atílio (1998), A vertente empresarial da estratégia de promoção turística, Turismo: Uma Actividade Estratégica, Ministério da Economia, Economia e Prospectiva, Gabinete de Estudos e Prospectiva Económica, voII, nº4, Lisboa, pp. 89 – 99 GOVERNO CIVIL DE BRAGA (1985), O Distrito de Braga - actividades económicas, poder local, turismo, projectos de desenvolvimento, Braga, p. 61 MARQUES, Miguel Carvalho (2000), Novos produtos no sector do turismo: produtos urbanos e rurais, Actas do Seminário Novas Estratégias para o Turismo, AEP – Associação Empresarial de Portugal, Porto MELO, António (2003), A Qualidade dos Serviços e a Gestão das Empresas Turísticas, Trás-os-Montes Empresarial, NERVIR - Associação Empresarial, Vila Real, Ano 9 N. 14, Dezembro, pp. 31-33 Paços de Ferreira, História de Um Guerreiro, Agiane Editores, 1995 PARDELLAS, Xulio X. (2002), Abordagem sobre a Actividade Turística nas Cidades do Eixo Atlântico, pp. 9-13, 51-59
Rota Cultural Em Paços de Ferreira
32
PEREIRA, Ricardo (2005), Romarias do Concelho de Paços de Ferreira-Religiosidade e Cultura Popular, Escola Profissional Vértice. Câmara Municipal de Paços de Ferreira SILVA, João (1988), O turismo e o desenvolvimento regional – algumas reflexões, Cadernos Municipais – Revista de Acção Regional e Local, Lisboa, pp. 52-53
Índice de anexos
Anexo I – Quadro Restaurantes
Anexo II – Imagens Parques de Lazer
Anexo III – Quadro Recursos Culturais do Concelho de Paços de Ferreira
Anexo IV – Os Artesãos do Concelho
Anexo V – Quadro de Festas e Romarias do Concelho
Anexo VI – Breve Explicação dos Modelos de Rota
Anexo VII – Questionários
Anexo VIII – Listagem de Associações
Anexo IX – Listagem dos 21 Monumentos
Anexo X – Rota Especializada do Percurso 1
Anexo XI – Carta Desportiva Concelho paços de Ferreira
Anexo XII – Breve Discrição dos Monumentos: Dólmen de Lamoso, Citania de
Sanfins, Bouça das Fervenças, Museu Arqueológico, Museu Municipal, Capela de S.
Francisco, Pombeiro Ribavizela, Igreja de S. Vicente de Sousa, Torre de Vilar.
Anexo I Quadro Restaurantes do Concelho de Paços
de Ferreira
Quadro II - Oferta de Restauração em de Paços de Ferreira, por freguesias
RESTAURANTES
Recurso Freguesia Recurso Freguesia Recurso Freguesia Restaurante Citânia
Paços de Ferreira
Restaurante Chinês King Hong
Paços de Ferreira
Restaurante O Marceneiro
Paços de Ferreira
Pizaria Traviatta
Paços de Ferreira
Self-service Bico D' Obra
Paços de Ferreira
Restaurante A Nossa Pensão
Paços de Ferreira
Restaurante D`Kantos
Paços de Ferreira
Churrasqueira Pacense
Paços de Ferreira
Snack Bar Niagara Paços de Ferreira
Restaurante O Penta
Paços de Ferreira
Restaurante Ponte Nova
Paços de Ferreira
Restaurante Mário Paços de Ferreira
Restaurante Água Mole
Paços de Ferreira
Restaurante Elitis
Paços de Ferreira
Restaurante Tons de Café
Paços de Ferreir
Adega Regional O Tatana
Carvalhosa
Restaurante Pinheiral
Carvalhosa
Restaurante São Domingos
Carvalhosa
Marisqueira O Tarasco
Figueiró Restaurante Portos
Figueiró Restaurante Casa de Campo
Figueiró
Restaurante Caseirinho dos Leitões
Frazão Restaurante Leitões do Calvário
Frazão Restaurante Calvário Frazão
Restaurante Pinheiral
Seroa Restaurante Quinta da Igreja
Freamunde
Restaurante Adega Regional
Freamunde
Churrasqueira Nogueira
Framunde Restaurante Lago
Framunde Restaurante Bombeiros Voluntários
Freamunde
Restaurante Casa Cancela
Freamunde
Restaurante Casa dos Frangos
Freamunde
Restaurante A Parrilhada
Freamunde
Restaurante Estádio
Freamunde
Restaurante O Gusto
Freamunde
Restaurante Ponto de Encontro
Freamunde
Restaurante A Presa
Freamunde
Restaurante Quinta do Pinheiro e Parada
Freamunde
Restaurante Roseira Brava
Framunde
Restaurante NINI
Sanfins Restaurante O Lago dos Cisnes
Sanfins Restaurante Quinta da Pedreira
Eiriz
Restaurante Charrua
Eiriz Restaurante Quinta da Pedreira
Eiriz Restaurante O Montanha
Eiriz
Restaurante Regional Solar de Ferreira
Ferreira
Fonte: Câmara Municipal de Paços de Ferreira, 2006.
Anexo II Imagens Parques de Lazer
Anexo III Quadro Recursos Culturais do Concelho de
Paços de Ferreira
Recurso Freguesia Igreja Paroquial Arreigada Capela do Anjo da Guarda Arreigada Capela de Santa Cristina Arreigada Ponte de Vila Boa Arreigada Lagareta Romana no lugar de Cimo de vila Arreigada Conjunto de Moinhos ao longo do rio ferreira Arreigada Igreja Matriz e largo envolvente Carvalhosa Capelas do Santíssimo Sacramento de Nossa Senhora da Saúde
Carvalhosa
Capela do Senhor do Bonfim Carvalhosa Capela do Senhor do Lírio (do escuro) Carvalhosa Capela de Santa Luzia Carvalhosa Ponte Velha da Botica (Joanina) Carvalhosa Casa Vieira de Matos Carvalhosa Casa da Botica Carvalhosa Casa de Bande Carvalhosa Casa do Fontão ou Casa de S. Bento Carvalhosa Sepultura Romana (S. Roque) Carvalhosa Igreja Paroquial e Calvário Codessos Castro de Capelo Vermelho Codessos Capela N.ª Sª do Socorro Codessos Capela de Nossa Senhora do Livramento Codessos Conjunto da Casa da Devesa Codessos Casa da Portela de Cima Codessos Igreja Matriz e cruzes da Via sacra Eiriz Cruzeiro do Senhor do Roubado Eiriz Quinta do Paço Eiriz Capela de Santa Cruz Eiriz Capela da nossa Senhora da Assunção Eiriz Capela da nossa Senhora dos remédios e Ermida de S. Gonçalo
Eiriz
Conjunto rurais de Cacães e do lugar de Vila Verde
Eiriz
Capela de Sto. António Eiriz Igreja de S. Pedro de Ferreira Ferreira Cruzeiro de S. Tiago Ferreira Santuário de S. Tiago e Capela de Nossa Senhora da Luz
Ferreira
Castro de S. Domingos Ferreira Casa e portão dos Pachecos Ferreira Conjuntos rurais em Moinhos de Baixo e Quintela.
Ferreira
Capela de Nossa Senhora de Todo o Mundo Figueiró Cruzeiro Velho Figueiró Casa da Igreja Figueiró Quinta da Parada Figueiró
Quinta de Vila tinta Figueiró Igreja Paroquial Frazão Casa da Praça Frazão Capela de S. Brás Frazão Casa do Bentes (S. Brás) Frazão Vila Formosa Frazão Mamoa das Castanheiras no lugar do Taio. Frazão Capela de Santo António Freamunde Capela de S. Francisco Freamunde Capela de Nossa Senhora do Rosário Freamunde Igreja Matriz e alminhas Freamunde Conjunto edificado de Pessoa Freamunde Igreja Matriz Lamoso Fachada da Casa do Souto Lamoso Ermida de Santa Maria Lamoso Dólmen de Lamoso Lamoso Casa Rural (lugar Cavaleiros) Lamoso Casa Rural (lugar Condominhas) Lamoso Capelas de Santo Ovídeo Meixomil Capela da Santíssima Trindade e Cruzeiro Meixomil Conjunto rural edificado no largo da Igreja Paroquial
Meixomil
Conjunto rural do Fontelo Meixomil Casa do Cancelo e outras do lugar da Trindade Meixomil Casa Dr Paraíso Meixomil Capela de S. Tiago Modelos Casa de Santo António Modelos Conjunto edificado rural do lugar da Aldeia Modelos Levada velha no rio Ferreira Modelos Museu Municipal Paços de Ferreira Castro de S. Domingos Paços de Ferreira Casa da Torre Paços de Ferreira Casa de Coquêda (Vila Maria) Paços de Ferreira Pelourinho Paços de Ferreira Igreja Matriz Penamaior Largo da Feira do Cô Penamaior Capela de Santa Marinha Penamaior Ermida da Nossa Senhora do Pilar e Cristo Rei Penamaior Casa do Padrão Penamaior Conjunto edificado rural de Inveja Penamaior Casto de Busto Penamaior Igreja Paroquial (Talha) Raimonda Capela de Santo Amaro Raimonda Castro de S. Gonçalo Raimonda Casa da Torre de Baixo Raimonda Casa de Rosende Raimonda
Conjunto da casa de Santo António e da Casa da Velha
Raimonda
Casa e Capela do Outeiro Raimonda Casa da Quinta da Reguenga Raimonda Museu Arqueológico (Solar dos Brandões) Sanfins de Ferreira Citânia e Castro de Sanfins Sanfins de Ferreira Igreja Velha Sanfins de Ferreira Casa de Cid Sanfins de Ferreira Casa de Vila Cova Sanfins de Ferreira Ermida de Nossa Senhora da Guia Sanfins de Ferreira Conjunto rural de Bustelo Sanfins de Ferreira Quinta da Fervença Sanfins de Ferreira Penedo das Ninfas Sanfins de Ferreira Arte Rupestre(Pinoucos) Sanfins de Ferreira Necrópole de Isqueiros Sanfins de Ferreira Igreja Velha Seroa Capela do Senhor do Calvário e Padrão Seroa Miradouro no Bairro da Cadeia Central do Norte. Seroa
ANEXO IV
Os Artesãos do Concelho
Artesão Artesanato Freguesia
Manuel Maia Funilaria Seroa
Antonino Sousa Ribeiro Pintura/Cerâmica/Olaria Freamunde
Luís da Silva Gomes Cestaria esteiraria Eiriz
Manuel Ferreira Sousa Cestaria esteiraria Sanfins
Adília Ferreiro Ribeiro Malhas Ferreira
Albertina Pacheco Barbosa Malhas Ferreira
Francisco Mota Ferreira Malhas Ferreira
Laura Pereira Fernandes Malhas Ferreira
Lucília do Carmo Carvalho Malhas Ferreira
Maria Celeste Nogueira leal Malhas Ferreira
Maria da Glória Ribeiro Malhas Ferreira
Maria da Glória Peixoto Malhas Ferreira
Maria da Rocha Ribeiro Malhas Ferreira
Maria da Glória Peixoto Malhas Ferreira
Maria da Rocha Ribeiro Malhas Ferreira
Maria da Silva Martins Malhas Ferreira
Maria do Carmo Pinto Malhas Ferreira
Maria Felismina Pacheco Malhas Ferreira
Maria Goreti Ferreira Malhas Ferreira
Maria José Martins Pacheco Malhas Ferreira
Maria Júlio Pacheco Moreira Malhas Ferreira
Maria Madalena Couto Malhas Ferreira
Maria Manuela Abreu Malhas Ferreira
Maria Manuela Barbosa Malhas Ferreira
Maria Palmira leal Meireles Malhas Ferreira
Rosa da Purificação Rocha Malhas Ferreira
Sofia Moreira Pacheco Malhas Ferreira
Maria Odete Cerradas Malhas Paços de Ferreira
Margarida de Guimarães Empalhador Meixomil
Maria Beatriz Carneiro Empalhador Meixomil
Maria Celeste Ribeiro Neto Empalhador Ferreira
Maria de Fátima Neto Silva Empalhador Ferreira
Maria da Carmo Gomes Empalhador Ferreira
Maria Emília Dias da Sousa Empalhador Ferreira
Maria Júlia Carvalho Dias Empalhador Ferreira
Maria Laura Ribeiro Gomes Empalhador Ferreira
Maria Manuel Neto da Silva Empalhador Ferreira
Sara Cristina Nunes Gomes Empalhador Ferreira
Manuel António Silva Maia Tanoeiro Seroa
Adelaide Ferreira Machado Tecelagem Sanfins
Maria Augusta Mendes Brito Tecelagem Paços de Ferreira
Maria Martins Ferreira Tecelagem Eiriz
Alfredo da Silva Alves Escultura Madeira Ferreira
Joaquim Dias Veiga Matos Escultura Madeira Freamunde
José Carlos Coelho Escultura Madeira/Granito Carvalhosa
Joaquim Moreira Martins Talha Para móveis Ferreira
Manuel Alves da Silva Restauro de Mobiliário Arreigada
José Fernandes Brito Latoeiro Figueiró
José Machado Pacheco Latoeiro Freamunde
Joaquim Gomes Neto Cantonário Eiriz
Margarida Santos Oliveira Bordado Sanfins
Maria Gomes da Costa Bordado Eiriz
Maria José Ferreira de Brito Bordado Paços de Ferreira
Maria Jesus Ferreira Souto Crochet Paços de Ferreira
Anexo V
Quadro de Festas e Romarias do Concelho
Arreigada Festividade Data Festa do Anjo da Guarda 2º Domingo de Maio Festa da Sra. dos Remédios Setembro
Carvalhosa Festa de S. Tiago 25 Agosto Festa de Nossa Senhora do Rosário Ùltimo Domingo Agosto
Codessos Romaria de Nossa Senhora do Socorro
1º Domingo de Setembro
Festa de S. João 23 e 24 de Junho Eiriz
Romaria de S. Gonçalo Último domingo de Julho Festa de Sto. António 13 de Junho Festa de S. João Evangelista 27 de Dezembro Festa do Corpo de Deus Junho
Ferreira Festa de S. Tiago 25 de Julho Festa da Senhora da Luz 1º Domingo mais próximo de
8 de Setembro
Figueiró Festa de Nossa Senhora de Todo o Mundo
15 Agosto
Festa do Corpo de Deus Junho Frazão
Romaria de Nossa Senhora das Candeias e Festa de São Brás
Início de Fevereiro
Festa de S. João 23 e 24 de Junho Festa de Nossa Senhora da Piedade 1º Domingo de Julho Festa de Nossa Senhora de Fátima Agosto
Freamunde Festa de S. José 19 de Março Festa de Santo António 13 de Junho Festas Sebastianas 2º Domingo de Julho Festa da Imaculada Conceição 8 de Dezembro Romaria de Santa Luzia 13 de Dezembro
Lamoso Festa de Nossa Senhora da Hora 40 dias após a Páscoa
Meixomil Festa de Santo Ovídeo 9 de Agosto Festa da Imaculada Conceição 8 de Dezembro Festa da Santíssima Trindade Maio
Modelos Festa de S. Tiago 25 de Julho
Paços de Ferreira
Festa do Corpo de Deus Junho
Penamaior
Romaria e Festa de Nossa Senhora do Pilar
15 de Agosto
Festa de Nossa Senhora da Hora
21 Novembro
Raimonda Festa de S. Pedro 29 de Junho
Festa de Santo Amaro 15 de Janeiro Sanfins de Ferreira
Festa de S. Sebastião Fins de Janeiro Romaria da Senhora da Guia 1º Domingo de Agosto
Festa do Corpo de Deus Junho Seroa
Festa do Corpo de Deus Junho Festa de S. Mamede Último fim-de-semana de Agosto
Anexo VI
Breve Explicação dos modelos de Rota
Rota Genérica (Tipo A) Rota Genérica (Tipo A)
Públicos alvo relacionados com as motivações culturais, que procuram produtos de turismo
cultural, que podem ser fruídos no contexto de estadias curtas, frequentemente realizadas
em fins-de-semana, mini-férias ou “pontes” (short-breaks), bem como na
complementaridade de estadias realizadas em áreas próximas do Vale do Sousa (ex. Porto,
Guimarães, Braga, etc.).
Rota baseada nos objectos “dominantes”, com inclusão parcial dos “complementares”.
Estadia indicativa de 2 dias: percurso 1XXII: um dia; · percurso 2XXIII: um dia.
Rota Alargada (Tipo B)
Públicos alvo mais alargados, que procuram a fruição de uma Rota Temática mas
combinando-a com a exploração de outros atractivos turísticos, quer do património
cultural, quer ligados ao ambiente e às paisagens ou à animação. Trata-se de um tipo de
Rota correspondente a estadias mais longas e envolvendo uma fruição ampla de atractivos
turísticos, em que o património românico pode constituir o eixo orientador do itinerário
mas com um desempenho eventualmente parcial na satisfação turística dos visitantes
envolvidos.
Rota estruturada em função dos objectos patrimoniais “dominantes” e “complementares”
(românicos) mas alargada aos que se designam por “suplementares”, na óptica de uma
fruição turística alargada que poderá assumir uma “geografia variável”, em função dos
interesses específicos de cada visitante ou grupo de visitantes.
Estadia indicativa de 4 dias: · percurso 1: dois dias; · percurso 2: dois dias.t
Rota especializada (Tipo C)
Públicos alvo com interesses especializados em torno do património cultural,
particularmente do românico, quer sejam “admiradores” deste, quer se trate de turistas ou
visitantes do Vale do Sousa que optam pela realização, em um dia, de uma Rota Temática
contemplativa e interpretativa do património românico. Nesta óptica de
complementaridade, este tipo de Rota do Românico articula-se potencialmente com o
Touring que se desenvolve em combinação com destinos próximos, como o Porto, o eixo
Braga/Guimarães ou o espaço envolvente do Douro.Rota centrada numa selecção de oito
XXII Ver anexo 9 XXIII Ver anexo 9
objectos patrimoniais românicos (do eixo considerado dominante) que revelam a
excepcionalidade do destino “Vale do Sousa”, enquanto espaço do românico no Noroeste
Português e Peninsular.
Estadia indicativa de 1 dia: percurso 1 (seleccionado): manhã; percurso 2 (seleccionado)
tarde.XXIV
XXIV Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, pp. 162,163)
Anexo VII
Inquéritos
Anexo VIII
Listagem de associações
Associação Abrir Resolver o Futuro Rua Rainha D. Leonor (Gal. Bibliot. Municipal) Apart. 175 4595-909 Paços de Ferreira
Associação de Socorros Mútuos Freamundense Largo dos Socorros Mútuos 4590-Freamunde
Associação Desportiva e Cultural de
Penamaior Varziela 4595-359 Penamaior
Nossa Âncora
Rua da Cultura
4590- Freamunde
Associação Ornitológica do Concelho de Paços de Ferreira
Avª. dos Templários 4590-508 Paços de Ferreira
Associação Recreativa e Cultural de Sobrão
Avª de Sobrão, 100 4595-278 Meixomil
Assembleia Freamundense
Rua da Paz 4590- Freamunde
Banda Musical de Paços de Ferreira
Rua Capitão da Praça 4590- Paços de Ferreira
Associação Musical de Freamunde
Rua Alberto das Elviras 4590-391 Freamunde
Associação Recreativa e Cultural de Moínhos
Rua de Moinhos, 188 4595-160 Frazão
Associação e Desportiva e Cultural
de Frazão
Rua de Repiade 4595-176 Frazão
Associação Sebastianas de Freamunde 4590- Freamunde
Clube Recreativo de Freamunde
Rua do Comércio
4590-Freamunde
Corpo Nacional de Escutas
Agrup. 765 Seroa
S. Mamede 4595-456 Seroa
Direcção da Vespa Clube Freamunde
Freamunde 4590-Freamunde
Clube Ornitológico de Freamunde
Rua das Sebastianas,42
Casa do Benfica de Freamunde
Clube Cultural e Recreativo da Trindade
4590-391 Freamunde
Freamunde 4590-Freamunde
Rua Central da Trindade,116 4595-280 Meixomil
Direcção do Centro Equestre de Freamunde
Bussacos 4590-299 Freamunde
Direcção do Clube de Pesca e caça
de Freamunde
Rua Prof. Franc. Valente 4590-357 Freamunde
Clube Desportivo e Cultural
Juventude Pacense
Rua Antero de Figueiredo 4590-537 Paços de Ferreira
Clube Recreativo 3 de Fevereiro
Rua do Carvalho, 183 4595-108 Frazão
Confraria do Capão
Quinta do Pinheiro 4590-390 Freamunde
Direcção Artes e Letras de
Freamunde
Apartado 36 4594-908 Freamunde
Direcção do Grupo Teatral Freamundense
Largo da Associação de Socorros Mútuos
4590-Freamunde
Direcção do Centro de Cicloturismo
de Frazão
Rua Recta Romil, 377 4595-144 Frazão
Direcção do Clube de Karaté de Freamunde
Apart. 140
Freamunde 4594-908 Freamunde
Orfeão de Paços de Ferreira
Apartado 171 4594- Paços de Ferreira
Direcção Orfeão de Eiriz
Cabo 4595-073 Eiriz
Fórum Freamundense
Rua da Cultura 4590-Freamunde
Motoclube de Paços de Ferreira
Avª dos
Grupo Cultural e Desportiva
Grupo Desportivo Águias de Eiriz
Templários, 301 4590-508 Paços de Ferreira
Leões da Citânia
Ribas 4595-380 Sanfins
Costa 4595-076 Eiriz
Direcção Habipaços
Cooperativa de Habitação 4590-Paços de Ferreira
Direcção os Bravos
Vivenda Cândida, 370 4590-Modelos
Futebol Clube de Paços de Ferreira
Bairro do Outeiro 4590-Paços de Ferreira
Grupo Desportivo e Cultural 1º de Maio Aldeia Nova 4590-226 Figueiró
Grupo Desportivo Cultural de
Carvalhosa 4590- Carvalhosa
Grupo Desportivo e Cultural 1º de Maio Aldeia Nova 4590-226 Figueiró
Grupo Desportivo
Leões da Seroa
Bouças Novas
4595-596 Seroa
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de
Freamunde Rua André Cº Almeida, 78 Apart. 39 4590-389 Freamunde
Lions Clube de Paços de Ferreira 4590- Paços de Ferreira
Obra social D. Silvia Cardoso Rua Rainha D. Leonor 4590-612 Paços de Ferreira
Obra social D. Silvia Cardoso Rua Rainha D. Leonor 4590-612 Paços de Ferreira
Obra social D. Silvia Cardoso Rua Rainha D. Leonor 4590-612 Paços de Ferreira
Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo das Escolas de Arreigada Rampa da Escolas, 17 4595-012 Arreigada
J . O . C – Juventude Operária Católica Rua da Agra , 7 4590-Codessos
Núcleo Sportinguista de Freamunde Rua do Comércio 4590-Freamunde
Anexo IX
Listagem dos 21 Monumentos
Lista codificada de objectos patrimoniais que integram os percursos da RRVS (D – Lista codificada de objectos patrimoniais que integram os percursos da RRVS Dominantes; Complementares)
Lista Codificada de objectos patrimoniais que integram os percursos da RRVSXXV
(D- Dominantes; C- Complementares)
Percurso 1 (De Pombeiro a S. Pedro de Ferreira)
D01 – Igreja do Mosteiro de Pombeiro de Ribavizela
D02 – Igreja de S. Vicente de Sousa
D03 – Igreja de S. Salvador de Unhão
C01 – Igreja de Santa Maria de Airães
C02 – Igreja Velha de S. Mamede de Vila Verde
D04 – Torre de Vilar
C03 – Ponte de Vilela
C04 – Igreja do Salvador de Aveleda
D05 – Igreja de Santa Maria de Meinedo
C05 – Ponte de Espindo
D06 – Igreja de S. Pedro de Ferreira
Percurso 2 (De Cête a S. Pedro de Abragão e Terras do Paiva)
D07 – Igreja de S. Pedro de Cête
C06 – Ermida de Nossa Senhora do Vale de Cête
C07 – Torre / Castelo de Aguiar de Sousa (Percurso Complementar)
D08 – Igreja de S. Salvador de Paço de Sousa
C08 – Memorial da Ermida (Irivo)
D09 – Igreja de S. Miguel de Gândara (Cabeça Santa)
D10 – Igreja de S. Gens de Boelhe
D11 – Igreja de S. Pedro de Abragão
C09 – Igreja de S. Miguel de Entre-os-Rios
C10 – Monumento Funerário do Sobrado (Marmoiral) (Percurso Complementar)
XXV Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 165)
Anexo X
Rota Especializada do Percurso 1
Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 174)
Anexo XI
Carta desportiva do Concelho de Paços de Ferreira
Anexo XII
Breve discrição dos monumentos:
Dólmen de Lamoso
Citânia de Sanfins
Bouça das Fervenças
Museu Arqueológico
Museu Municipal
Capela de S. Francisco
Pombeiro Ribavizela;
Igreja de S. Vicente de Sousa;
Torre de Vilar.
Dólmen de Lamoso Situado nas proximidades do lugar de Condominhas, freguesia de
Lamoso, a sua construção data do III milénio A.C.. permanecendo como o único no
concelho cientificamente divulgado desde os finais do século XIX até a primeira metade
dos anos sessenta. E se a construção de tão importantes monumentos funerários dos nossos
primeiros agricultores não supõe necessariamente um ordenamento social fortemente
hierarquizado, implica, pelo menos, a utilização de formas de cooperação organizada para
o cumprimento de tarefas que, no mínimo simbolicamente, assumiam um sentido
colectivo. Trata-se de um dólmen possuidor de mamoa e com câmara poligonal composta
por nove esteios, imbricados, com um comprimento de 2.30m. por 2.80m. de largura e
ainda com tampa de cobertura, e um corredor com cerca de 3m. de comprimento e
composto por oito esteios, quatro de cada lado, com uma tampa ainda in situ sobre os
esteios. Classificado como Imóvel de interesse público pelo Dec. Nº47508, de 24.01.1967.
Citânia de Sanfins Situada nas freguesias de Sanfins de Ferreira e Eiriz, com uma área
amuralhada de cerca de 15 hectares e com cerca de 180 construções habitacionais já a
descoberto, constitui o maior povoado castrejo em escavação, cuja edificação se situa no
século II A.C. Impressiona pela sua grandeza e vasta panorâmica que dela se abarca, toda a
região de Entre-Douro-e-Minho, que terá sido factor estratégico do desenvolvimento deste
importante povoado. A zona escavada põe em evidência uma apreciável organização, com
arruamentos, bairros e respectivos pátios. Balneário, edifício singular destinado a banhos
públicos que sobressai pelo seu aparato e técnica construtiva: forno de aquecimento, sala
de sauna e pedra formosa, uma antecâmara de arrefecimento e tanques de emersão.
Classificada a Citânia como Monumento Nacional pelo Dec. Nº35817, de 20.08.1946.
Bouça das Fervenças a cerca de 800 metros Norte fora do povoado, monumento
classificado “Penedo das Ninfas”, com uma inscrição latina que identifica os habitantes da
citânia – Fidueneae e a Deusa Cosunea, sua divindade. Também o Penedo das Ninfas está
classificado Imóvel de interesse público pelo Dec. Nº39175 de 17.04.1953.
Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins Instalado no Solar dos Brandões, edifício do
século XVIII de arquitectura Barroca, situado na freguesia de Sanfins na proximidade da
Citânia de Sanfins e integrado num conjunto de interesse histórico local. O Museu
apresenta-se como uma referência à arqueologia do Noroeste Peninsular, constitui um
investimento na memória colectiva num tempo em que, mais que nunca, é necessário
reflectir sobre o passado, para se compreender, nesta viragem de milénio, toda a extensão
do desafio que a proximidade do futuro representa. Os materiais recolhidos nas escavações
têm permitido uma compreensão muito completa dos povos que habitaram a Citânia,
podendo destacar-se um conjunto de material lítico, que inclui prisões de gado, mós pias,
soleiras ombreiras, quatro aras, destacando-se a estátua de guerreiro e gravura com cena de
caça ao veado. A cerâmica recolhida constitui uma numerosa colecção de formas e
fragmentos de vasos. Dos vários Castros e Necrópoles do concelho, encontramos bilhas,
tigelas pratos jarros e produtos importados para satisfazer necessidades diversas, sobretudo
representadas por cerâmicas romanas, imitações, vidros e objectos de adorno que
documentam comercial inter-regional e de longa distância.
Museu Municipal – Museu do Móvel Tendo como principal objectivo assumir-se como
centro interpretativo do concelho desde as origens do seu povoamento até à idade
contemporânea. Inaugurado a 6 de Novembro de 2001 e instalado no nobre edifício, que
até 20 de Maio de 1997 foi câmara Municipal, propõe-se prosseguir e aprofundar o
cumprimento dos programas sócio-culturais da Autarquia, como instituição destinada a
preservar, investigar, expor e divulgar os seus valores patrimoniais, em comunicação
permanente com a comunidade. As suas colecções pretendem identificar a herança de uma
sociedade rural, que foi progressivamente modelando um território aparentemente
circunscrito com os seus montes, os seus campos, os seus rebanhos e o seu artesanato, mas
sempre interligado por múltiplas relações de curta, média e longa distância, com que se
teceram mais de seis milénios de história colectiva. Sublinhando os seus momentos
exponenciais, como se tratasse da leitura sumária de um corte estratigráfico ou da
observação do nascimento e desabrochar duma árvore frondosa, onde se vai destacar o
desenvolvimento de um ramo, industrial, como insígnia do progresso concelhio.
As ferramentas expostas constituem a sequência da transformação da matéria-prima, a
madeira, até alguns dos seus possíveis destinos, como a construção e, em particular, o
mobiliário. Dentro do mobiliário, destaca-se o mobiliário escolar que permite
simultaneamente olhar a constituição de um espaço específico para o ensino e a
aprendizagem das crianças e para a forma como essa educação era concebida pelos
pedagogos e assimilada pela sociedade.
Capela de S. Francisco situada na freguesia de Freamunde, teria sido inicialmente um
oratório, a seu tempo demolido para ser erigida a capela e a casa hospício em 1937, de
acordo com a inscrição na fachada. Posteriormente o seu corpo teve reformulação e
ampliação. È de arquitectura cuidada mas a sua maior valia patrimonial encontra-se no na
excelente série de imagens que guarda, com destaque para a Senhora do Rosário e da
Imaculada Conceição, do séc. XVII e S. Domingos e Santo António do séc. XVIII. Existe
na parte traseira da capela um relógio de sol que se pensa ter sido ali colocado aquando da
sua construção. Esta capela é possuidora de uma das jóias raras do país, trata-se de um
órgão de tubos construído no início do séc. XIX, possivelmente por um organeiro de nome
Manuel de Sá Couto. Ao fim de mais de dois séculos, no ano 2000 foi reparado no sentido
de valorizar tão rico património, um dos poucos órgãos de tubos do género existente no
país. Património em vias de classificação, Despacho de 11.09.2000.
Igreja do Mosteiro de Pombeiro de Ribavizela26, beneditino, antigo panteão dos Sousas,
Monumento Nacional, a Igreja tem utilização cultual e as dependências anexas têm
utilização residencial e agrícola.
- Propriedade do Estado, a Igreja está afecta ao IPPAR, localizando-se em Pombeiro de
Ribavizela, no Lugar do Mosteiro. A Igreja está aberta ao público
- Condições de acesso: N.D. / Implantação: em meio rural, num vale, isolado e dominando
a paisagem circundante
- Da época românica mantém-se, no essencial, a estrutura das três amplas naves, com arcos
diafragma e três tramos, bem como o falso transepto. A cabeceira, tripartida, conserva os
dois absidíola(s) originais, enquadrando uma Capela-mor barroca. A fachada conserva o
carácter imponente da fundação românica, com um nartex profundo onde se abre um portal
da segunda metade do século XII de quatro arquivoltas, de toros e capitéis historiados. Este
nartex, refeito no período barroco, é enquadrado pelas duas imponentes torres, à maneira
borgonhesa, e encimado por uma grande e elaborada rosácea.
Igreja de São Vicente de Sousa27, de um antigo Mosteiro rural, Monumento Nacional, de
utilização cultural.
26 Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 182) 27 Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 183)
- Propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial, situa-se em Sousa, no Lugar de Passal.
- Condições de acesso: N.D. / Implantação: em zona rural, a meia encosta, tendo adossada
uma construção mais moderna. O conjunto está inserido dentro de um adro murado.
- A Igreja fazia parte de um conjunto conventual, cuja construção se concluiu no século
XIII. O templo apresenta uma estrutura muito simples, com um corpo rectangular com
cobertura de madeira, tendo a cabeceira primitiva sido substituída pela actual, da época
moderna. O portal principal, inserido num corpo avançado gabletado, apresenta três pares
de colunas e quatro arquivoltas, desenvolvidas em profundidade, com capitéis e impostas
de decoração vegetalista, próxima da de Paço de Sousa, com bases bolbosas e em que um
dos pares de colunas é octogonal.
Torre de Vilar28, Torre senhorial, residencial/defensiva, Imóvel de Interesse Público, sem
qualquer utilização actual.
- Propriedade privada, situa-se em Lousada, entre Vilar de Torno e Alentém, no Lugar da
Torre
- Condições de acesso: N.D.
- Implantação: rural, sobre uma pequena elevação isolada no meio de campos e vinhedos
- Típica torre senhorial do período feudal, com funções defensivas e simbólicas, a sua data
de construção não deve ser anterior ao século XIII. De planta quadrangular, em silharia de
granito bem aparelhado, tem uma altura de cinco andares. O acesso faz-se por uma porta
simples de arco de volta perfeita, conservando diversas seteiras de feição românica, bem
como duas janelas rectangulares, rasgadas em data posterior. O interior encontra-se
totalmente oco, sem as estruturas de madeira que constituiriam os diversos níveis de p Igreja do Mosteiro de Pombeiro de Ribavizela29, beneditino, antigo panteão dos Sousas,
Monumento Nacional, a Igreja tem utilização cultual e as dependências anexas têm
utilização residencial e agrícola.
- Propriedade do Estado, a Igreja está afecta ao IPPAR, localizando-se em Pombeiro de
Ribavizela, no Lugar do Mosteiro. A Igreja está aberta ao público
- Condições de acesso: N.D. / Implantação: em meio rural, num vale, isolado e dominando
a paisagem circundante
28 Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 184) 29 Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 182)
- Da época românica mantém-se, no essencial, a estrutura das três amplas naves, com arcos
diafragma e três tramos, bem como o falso transepto. A cabeceira, tripartida, conserva os
dois absidíola(s) originais, enquadrando uma Capela-mor barroca. A fachada conserva o
carácter imponente da fundação românica, com um nartex profundo onde se abre um portal
da segunda metade do século XII de quatro arquivoltas, de toros e capitéis historiados. Este
nartex, refeito no período barroco, é enquadrado pelas duas imponentes torres, à maneira
borgonhesa, e encimado por uma grande e elaborada rosácea.
Igreja de São Vicente de Sousa30, de um antigo Mosteiro rural, Monumento Nacional, de
utilização cultual.
- Propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial, situa-se em Sousa, no Lugar de Passal.
- Condições de acesso: N.D. / Implantação: em zona rural, a meia encosta, tendo adossada
uma construção mais moderna. O conjunto está inserido dentro de um adro murado.
- A Igreja fazia parte de um conjunto conventual, cuja construção se concluiu no século
XIII. O templo apresenta uma estrutura muito simples, com um corpo rectangular com
cobertura de madeira, tendo a cabeceira primitiva sido substituída pela actual, da época
moderna. O portal principal, inserido num corpo avançado gabletado, apresenta três pares
de colunas e quatro arquivoltas, desenvolvidas em profundidade, com capitéis e impostas
de decoração vegetalista, próxima da de Paço de Sousa, com bases bolbosas e em que um
dos pares de colunas é octogonal.
Torre de Vilar31, Torre senhorial, residencial/defensiva, Imóvel de Interesse Público, sem
qualquer utilização actual.
- Propriedade privada, situa-se em Lousada, entre Vilar de Torno e Alentém, no Lugar da
Torre
- Condições de acesso: N.D.
- Implantação: rural, sobre uma pequena elevação isolada no meio de campos e vinhedos
- Típica torre senhorial do período feudal, com funções defensivas e simbólicas, a sua data
de construção não deve ser anterior ao século XIII. De planta quadrangular, em silharia de
granito bem aparelhado, tem uma altura de cinco andares. O acesso faz-se por uma porta
simples de arco de volta perfeita, conservando diversas seteiras de feição românica, bem
30 Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 183) 31 Fonte: Relatório final – Plano de acção para a implementação e dinamização Turística e cultural da Rota do Românico do Vale do Sousa (2004, p. 184)
como duas janelas rectangulares, rasgadas em data posterior. O interior encontra-se
totalmente oco, sem as estruturas de madeira que constituiriam os diversos níveis de
pavimento.
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