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PROCESSO:
PARECER:
INTERESSADO:
EMENTA:
C.E.E.T.E.P.S.
Exp. ~~.R.(,; .
SE (iJi aJ:Sl~?~r:'. ... A """'.. v /717
RUbr~ 1"1."" '_0>_ . ....:..!..---1 -----;:::::::.:"'
PROCURADORIA GERAL D~-ESTA~~~-= PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
GDOC 1000058-714806/1999
PA n.o 71/2015
DENISE VENDRUSCULO CONTI
SERVIDOR PBLICO. CONTAGEM DE TEMPO. Requisitos constitucionais. Tempo de efetivo exerccio no cargo. Artigo 6, inciso IV, da Emenda Constitucional nO 41/2003 . Servidora investida em cargo de comisso no reservado a servidores de carreira e que nunca esteve no efetivo exerccio do cargo efetivo titularizado. Inviabilidade de se transpor as concluses aladas no Parecer PAno 20/2013. Hiptese ftica distinta.
1. Nstes autos de processo nico de contagem de
tempo, solicitou a interessada a expedio de Certido de Tempo de Contribuio
para fins de abono de permanncia (fls. 154), cujo competente documento foi
expedido e acostado s fls . 161 e vo.
o
.',
A 'I V
I C.E.E.TE.P.S.
Exp .~,/..!il .
efEt~- ... Rubrica SW:PrW~r V I ~ . ,
~ ~
PROCURADORIA GERAL DO ES PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
dvida concernente ao cmnprimento dos 5 (cinco) anos de efetivo exerccio, exigido
nas regras de transio, considerando a peculiar situao funcional da interessada
(Informao CLP n 374/2015, fls. 164/166).
3. Cuida-se de servidora investida no cargo de . J. 0, Zl"i\
Controladora de Pagamento de Pessoal l, em 31/10/1986, e que em 22/12/1994 r~ " '-.Pj\\j,~
tomou posse, "por oficio", no cargo efetivo de Oficial Administrativo, da Secretaria
de Estado da Educao, cargo este que somente veio a ser transferido para a' ~~ Secretaria da Fazenda em 25/04/2014. Registra o rgo, assim, que "a interessada, "':\~C\Jv7J'
b al .t: ,. d " ~Gl . &4'(1 so o aspecto re e concreto, nunca entrou no eletivo exerclclO o seu cargo . ~~~'(C\'1~i'
. 0 3.1. Conquanto no se desconhea os termos da
Instruo UCRH nO 03/2010, no qual h orientao no sentido de que "o afastamento
para ocupar cargo comissionado em outra Pasta no configura efetivo, exerccio no
cargo efetivo", pondera o rgo de recursos hmnanos fazendrio que " possvel a
aplicao do entendimento externado no Parecer PA n 20/2013, 'quanto
possibilidade de contar, como tempo de efetivo exerCcio no cargo efetivo para os
fins constitucionais, o tempo de exerccio de cargo em Lcomisso pois as atribuices
deste ~m carter complementar s atribuies do c~gSL.efet~yo. , gcu2ado"' . Em
remate, traa mn paralelo dos cargos, na seguinte conformidade:
1 - Semelhanas: i - tanto ao Controlador de
Pagamento de Pessoal quanto ao Oficial
Administrativo, exigida a concluso do 2 grau; ii -
muito embora no haja previso lega} das atribuies
do cargo de Controlador (hoje Assistente de
Administrao e Cntrole do Errio), elas guardam
similitude com as do cargo de Oficial Administrativo
2
\ ... ./
C.E.ETEP.S.
.;fL 1-:-}3 f tS . _ _ -.",~~~;>o> _ _ -" 1.....-____ ....
PROCURADORIA GERAL DO ESThDO--~!;=:::: PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
pois, na prtica, ambos desempenham, frisamos,
"atribuies de ordem administrativa-operaciona1"; e
2 - Diferena: o cargo de Assistente de Administrao
e Controle do Errio exclusivo do Quadro de
Pessoal da Secretaria de Estado da Fazenda.
4. Nesses tennos, a dvida foi submetida ao
exame da Consultoria Jurdica que serve a Pasta, que concluiu pela viabilidade de se
aplicar no caso concreto o entendimento aprovado pelo Procurador Geral do Estado
no Parecer PAnO 20/2013 ante as infonnaes prestadas pela rea tcnica na direo
de que as atribuies do cargo em comisso exercidas pela interessada "so
similares, se no paralelas, quelas estipuladas para o cargo efetivo" (Parecer n
349/2015, fls. 167/169).
5. Considerando, contudo, a necessidade de
tratamento unifonne da matria, bem ainda a adoo de entendimento em sintonia
com a So Paulo Previdncia, rgo autrquico previdencirio gestor do Regime
Prprio de Previdncia Social, entendeu a Consultoria Jurdica de origem alar o
assunto Subprocuradoria Geral do Estado da rea da Consultoria Geral que, por
sua vez, encaminhou os autos a esta Procuradoria Administratva para anlise e
manifestao (fls. 170).
o relatrio do essencial. Opinamos.
6. Questiona-se, em sntese, o alcance da locuo
"cinco anos de efetivo exerccio no cargo", empregada no inciso IV do artigo 6 da
Emenda Constitucional nO 41, de 19 de dezembro de 2003. I C . f.: . E . T. ~~'-:;:S-:-
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I S '."~ ... ,,E:...:' - r,1 C:J:\
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C.E.E.T.E.P.S.
SfJi'i !----~-_i
Rubrica /) . ~ ", A ~ 1JY ----.-i"h. " i .-----~_. --_._.
PROCURADORIA GERAL DO EsrAon.. Cf:"~7fj PROCURADORIA ADMINISTRATIVA ...... " -:::. __ .... ~.:-::::'::_:-..~:.:-:
7. Consignamos, preliminannente, que j de
longa data vem sendo construda jurisprudncia administrativa acerca da recorrente
expresso, agasalhada pelo constituinte em diversos momentos ao longo do texto
constitucionaL No contexto das regras ~e aposen...~d?~~, evocamos as anotaes
consignadas no Parecer PA n 20/2013 (Dr. DEMERVAL FERRAZ DE ARRUDA . ---==== JUNIOR), aprovado em todas as escalas hierrquicas da Instituio, do qual colhemos
o seguinte excerto:
a norma constitucional em apreo exige, ao lado dos
requisitos de idade e tempo de contribuio, tempo de
efetivo exerccio DO cargo e, no, simplesmente,
tempo no cargo. A distino nos parece fundamental
desde que aprovado o Parecer PA-3 D.o 70/1993, que
primeiro identificou o sentido jurdico do vocbulo ~ --efetivo com o sentido vulgar de real, posio mais
tarde reiterada noutros tantos pareceres desta
Especializada, particularmente no que tange s regras
de aposentadoria (v., por exemplo, os Pareceres PA
D.o 5/2006 e D.o 274/2006, bem como o aditamento
feito pela Chefia da Procuradoria Administrativa ao
ParecerPA D.o 4412012).1
8. O subscritor do opinativo, contudo, ressalta
que tal raciocnio comporta temperamentos, justamente com o objetivo de no colher
servidores que, de fato, no abandonam "o exerccio real das atribuies de seu posto
de origem", mas to somente exercem fun~~. _cJl1Plementares s incumbncias e
responsabilidade de seu cargo.
I Convm registrar, outrossim, que a locuo "cinco anos de efetivo exerccio no cargo" (artigo 6, IV, EC nO 41/2003) tem conotao distinta dos "cinco anos no cargo efetivo" a que alude o artigo 40, 1, m e o artigo 3, lI, da EC n 47/2005, como se extrai dos Pareceres PAno 5/2006 1{ vi~ ?~p~c?1f(l~-:-i:"'. s . Assessoria de Gabinete do Procurador Geral do Esta~o) e PAno 105/2003 die a~
\ ..... /
C.E.E.T.EPS.
9. E o caso ftico tratado no Parecer PA n
20/2013 respaldava essa concluso, uma vez que se examinou o exerccio de funes
gratificadas reservadas ao quadro do Magistrio, na fonna da Lei Complementar
nO 836, de 30 de dezembro de 1997, para fms de cumprimento dos cinco anos de
efetivo exerccio no cargo. E, no contexto dessas premissas fticas, concluiu o
parecerista que tais funes no caracterizariam um "plexo unitrio e autnomo de
competncias". Com muita propriedade, asseverou
que nem sempre o servidor titular de cargo de
provimento efetivo designado para funo pblica -
normalmente retribuda por gratificao ou pro labore
- abandona com isso o exerccio real das atribuies
de seu posto de origem. Isto porque, assim como
existem funes na Administrao que encerram um
conjunto autnomo de competncias, outras h cujo
contedo ocupacional apenas .complemen.!~r das
atribuies dos cargos de quem as vem a preencher.
So todas, para a Constituio vigente, junes de
confiana, embora ainda se distingam, no
ordenamento infraconstitucional, sob o ponto de vista
da suficincia de sua composio formal.
(grifos e destaques no original, sem a transcrio das
notas de rodap)
10. Ora, a consulta fonnulada pela origem, objeto
de anlise do presente parecer, circunscreve-se a situao diversa.
11. Com efeito, cuida-se de servidora investida
em cargo em comisso - Controlador de Pagamento de Pessoal I - no reservado a
5 I t ..
C.EE.T.E.P.S.
( \!"'. nn/ ,O. Folha: v U U 1J :;: Data:=n:r.J1ilL2TIr6~
~ Rbrica: servidores de carreira. Nos tennos da Lei Complementar Estadual noL100, de lS-cll .-
dezembro de 1992, exigia-se para o provimento de tal cargo:
Artigo 6-Para o provimento dos cargos adiante
mencionados exigir-se-o cumulativamente:
VI -para os de Controlador de Pagamento de
Pessoal L'
a) certificado de concluso do curso de 2 grau ou
equivalente; e
h) comprovada experincia profissional na rea de
administrao de pessoal, de, no mnimo, 1 (um)
ano;2
12. A Lei Complementar Estadual n 1.123, de 10
de julho de 2010, alterou a denominao do cargo para Assistente de Administrao
e Controle do Errio, mantendo, contudo, os mesmos requisitos de investidura3 o
que se confere nos artigos 1 e 3 desse diploma:
Artigo ]O - Os dispositivos adiante relacionados
passam a vigorar com a redao que segue:
I - os incisos VI, VII e VI!! do artigo 6 da Lei
Complementar n 700. de 15 de dezembro de 1992:
"Artigo 6 - .......... o o. o . o o o o o o o o o o o o o. o o o o . o o o . o. o o 00 o o o o " o o ..
VI - para os de Assistente de Administrao e
Controle do Errio I-
a) certificado de concluso do ensino mdio ou
equivalente;
2 O anterior diploma normativo (a revogada Lei Complementar Estadual n 462, de 4 de junho de 1986) continha os mesmos requisitos.
3 , no mnimo, espantosa a Iterao promovida LCE nO 70011992, dado que este diploma foi expressamente revogado pela LCE nO 1.122, de 30/06/2010 (artigo 43, alnea "d").
6 ,'.
o I;
\.../
C.E.E.T.EPS
b) comprovada experincia proftssional na rea -J atuao de, no mnimo, 1 (um) ano;
VII - para os de Assistente de Administrao e
Controle do Errio lI, 111 e IV:
a) certificado de concluso do ensino mdio ou
equivalente;
b) comprovada experincia profissional na rea de
atuao de, no mnimo, 2 (dois) , 3 (trs) e 4 (quatro)
anos, respectivamente;
Artigo 3_ As classes de Controlador de Pagamento
de Pessoal I a IV e de Controlador de Pagamento de
Pessoal Chefe, enquadradas na Escala de
Vencimentos - Comisso, de que trata o inciso 111 do
artigo r da Lei Complementar nO 700. de 15 de dezembro de 1992, do Quadro da Secretaria da
Fazenda e das Autarquias, ficam com as
denominaes alteradas, respectivamente, para
Assistente de Administrao e Controle do Errio I a
IV e Assistente de Administrao e Controle do Errio
Chefe.
Pargrafo nico - Os ttulos dos servidores
abrangidos por este artigo sero apostilados pela
autoridade competente.
13. Ademais, no logramos localizar no
ordenamento jurdico a norma que prev ser esse cargo exclusivo (ou especfico) do
quadro da Secretaria da Fazenda. Ao revs, reza o pargrafo 2 do artigo 4 da
LCE nO 700/1992, verbis:
7
C.E.E.T.EP ~
EXP.S0!JG.,. I . . _ 10 .... \., ~ ~'h / 1 -) f.( seM ubrica S ~d "A:~ ..... _---J. . .....: ... ;.;.. .....
-----..:..7."'---1 y~~) PROCURADORIA GERAL DO ESTAD}~"-:~:~-;~::::::=
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
2 - As classes indicadas nos incisos VII e XII deste
artigo, bem como as de Controlador de Pagamento de
Pessoal II a IV e de Diretor Tcnico de Servio
Contbil prevista no Subanexo 2 do Anexo IL que
integra esta lei complementar, podero vir a ser
institudas no mbito das Autarquias do Estado,
desde que compatveis com sua estrutura
~c ~ c .-'-;;-::-". -;n~Q~-
organizacional e a natureza de trab IhOlgzR.y.cfttr.i?.::-I~.IC A: f Ih d' , . A F. I:: I DO se- es O lSposto no para o-:anth:.lr.~>'-~'_' __ J
(destacamos) E.lp. O O 56! 'i 6
O 1- ..... r) f) ~) Folha: 1 U li V Lj: :;, . Dala: :D7]JJJIJDIr -Rbr:~: ~
14. Ainda que assim no fosse, fato que (i) se -- -
trata de um cargo de provimento em comisso e, como todo cargo, deve encerrar um
conjunto autnomo de competncias e responsabilidades (artigo 5, lI, LCE
180/1978), marcado pela relao de fidcia e vocacionado s atribuies de
assessoramento, chefia ou direo (artigo 37, V, CR/88); e (ii) por no ser reservado
a servidores de carreira, no se pode relacionar tal conjunto autnomo de
competncias e responsabilidades s atribuies do cargo efetivo titularizado pela
interessada.
15. Assim, investida no cargo comissionado puro
de Controlador de Pagamento de Pessoal desde 31 de outubro de 1986 (fls. 3) at o
momento, segundo indicam os autos, parece-nos difcil sustentar que a interessada
exerceu apenas funes complementares s atribuies de seu cargo de origem,
na linha da fundamentao desenvolvida pelo insigne prolator do Parecer PAn
20/2013.
8
, I l
C.E.E.T.EPS.
Se~~f---~~ '
PROCESSO:
PARECER:
INTERESSADA:
EMENTA:
C.E.E.TE.P.S I EXP.~~' !
"g,It'. . . l.'I.. ~(~~, j/",'. " 11' r:,, ~ \t 'fJ8t ...... r~~ ! f y 1, s;f.\ -- ~ . ..:-t t ::-; " . i.,)V ~ Rubrica /) 1 i ~ ""'- ' ......:......~ _.~ .... . ".H.".W~.
JI- I; ...-J-, .
. _~ I ._~:._ .. -::~:(i::~~!::~~~~ PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
PA D.o 20/2013
Myltes Mara Pereira Vello
SERVIDOR PBLICO. PROFESSOR. ESTGIO PROBATRIO E APOSENTADORIA VOLUNTR.(A. CONTAGEM DE TEMPO. Tempo de efetivo exerccio no cal'go. Designao para funo pblica com atribuies meramente complementares s do cargo de provimento efetivo que d azo estabilidade e aposentadoria voluntria. Cmputo do tempo de designao como de efetivo exerccio para os fins constitucionais. Possibilidade, em tese. Inteligncia dos artigos 6, IV, da Emenda , Constitucional n.o 41/2003, e 41, caput, do corpo permanente da Constituio da Repblica, Hiptese em que, no mais, as funes do cargo efetivo ocupado pelo servidor e aquelas para as quais foi designado constituem, igualmente, funes de magistrio, segundo O entendimento do Supremo Tribunal Federal. Inocorrncia de afa~tamento das atribuies do cargo.
Nem sempre o servidor titular de cargo de provimento efetivo designado para funio pblica - normalmente retribuda por gratificao OI/ pro labore - abandona com isso o exerccio real das al7'ibuies de seu posto de origem. Isto porque, assim como existem funes 110 Administrao que encerram um conjunto autnomo de competncias, outras h cujo contedo ocupacional apenas complementar das atribuies dos cargos de quem as vem a preencher. so todC/S, para a Constituio vigente, fimes de confiana, embora ainda se distingam, no ordenamento infraconstituconal, sob o ponto de vista da suficincia de sua composiio formal.
1. Destes autos de processo de contagem de
tempo de servio consta que a interessada foi nomeada para cargo pblico de
Professor de Educao Bsica TI, com data de exerccio em 8.2.2011 (fls, 89), mas
exerceu, de 9.2.2011 (fls, 87) a 22.1.2012 (fls. 93) a funo de Vice-Diretor de
CEE.TEPS
~~ ~.~ It': ""il~~3 .. ;.~~ < ' \ < / /'
G~~ < .... ~v. ..... ! .,'" .r. '.. "K/ ~~' R b < i . c I L I
.,r----,
6. Conquanto a interessada no o diga, os
elementos dos autos permitem supor que ela, hoje contando mais de vinte e dois anos
de contribuio e cinquenta e dois de idade (fls. 98), pretende apostnt~~~p.6~.T:.Er~~~;~ I meados de 2016 com proventos integrais pela regra transitria do a"tigo !:L~ ~:~~.~.:?_S~ ...... _ ... , Emenda Constitucional 11. 41/2003, deste teor: Exp. OO:~6/16
"Art. 6 Ressalvado o direito
aposentadoria pelas 110rmas estabelecidas pelo mt.
40 da Constituio Federal ali pelas regras
estabelecidas pelo art. r desta Emenda, o servidor da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios. includas suas autarquias e fundaes,
que tenha ingressado no servio pblico at a data de
publicao desta Emenda poder aposentar-se com
proventos integrais, que correspondero totalidade
da remunerao do se7"Vidor no cargo efetivo em que
se der a aposentadoria, na forma da lei, quando,
observadas as redues de idade e tempo de
contribuio contidas no 5 do art. 40 da
Constituio Federal, vier a preencher,
cumulativamente, as seguintes condies:
l-sessenta anos de idade, se homem, e cinqZlenta e
cinco anos de idade, se mulher,-
11 - trinta e cinco anos de contribZlio, se homem, e
trinta anos de contribuio, se mulher,-
111 - vinte anos de efetivo exerccio no servio pblico;
e
3 /'
! I
I ~ !
C. fi. E. T. E. p~ s . . ~ .. P. /~ .. - j'.J C.\ I IV dez anos de carreira e cinco (f110S e ejetIf;,D,:: 7.': p ! f1 ,. ..:; .
.. miolo no co'go em que" d" a opruenl :~~iO" ~;-;~' :'";-;: --I I Folha: O O O O li ' ! I _ .. ,_.",,_ .. _. ___ _ I D~I.;\-fl2_.AGQ-~n1 ' -
7. Por antever o preenchimento das elxf~il8fu.s . Z:01 )
constitucionais de idade e tempo de contribuio para a obteno da aposentadoria
especial docente, a dvida suscitada pela Administrao a partir da provocao da
servidora envolve, precisamente, o requisito estabelecido na parte final do inciso IV
acima transcrito, isto , o decurso de "cinco anos de efetivo exerccio no cargo em
que se dar a aposentadoria". A persistir a designao da interessada para, a funo
de Professor Coordenador, poderia ela computar esse tempo - e tambm aquele
durante o qual ocupou a funo de Vice-Diretor de Escola - como de efetivo
exerccio no cargo de Professor de Educao Bsica II?
8. Numa primeira aproximao, tenderamos
resposta negativa, e por uma razo singela: a norma constitucional em apreo exige,
ao lado dos requisitos de idade e tempo de contribuio, tempo de efetivo exerccio
no cargo e, no, simplesmente, tempo no cargo. A distino nos parece fundamental
desde que aprovado o Parecer PA-3 n.O 70/!!93, que primeiro identificou o sentido
juridico do vocbulo efetivo com o sentido vulgar de real, posio mais tarde
reiterada noutros tantos pareceres desta Especializada, particularmente no que tange
s regras de aposentadoria (v., por exemplo, os Pareceres PA n.o 5/2006 e n.O
274/2006, bem como o aditamento feito pela Chefia da Procuradoria Administrativa
ao Parecer PA 0.0 44/2012).
9. Assim, se formos seguir letra o que a
Instituio responsvel pela advocacia do Estado tem frisado e refrisado acerca do
conceito da expresso efetivo exerccio, teramos de reconhecer que o tempo de
exerccio de outra funo pblica pelo titular de cargo no poderia, em nenhuma
hiptese, ser considerado "tempo de ejetivo exerccio no cargo em que se dar a
4 /
.~
aposentadoria", na medida em que o inciso IV do artigo 6 da Emenda n.O 41/2003
no se contenta com o mero transcurso temporal iniciado com a investidura do
servidor, seno exige um temp qualificado pelo exerccio real das atribuies
inerentes ao cargo ocupado.
10. Esse raciocnio, embora geralmente vlido,
tem, contudo, suas limitaes. que nem sempre o servidor titular de cargo de
provimento efetivo designado para funo pblica - normalmente retribuda por
gratificao ou pro labore - abandona com isso o exerccio real das atribuies de
seu posto de origem. Isto porque, assim como existem funes na Administrao que
encerram um conjunto autnomo de competncias, outras h cujo contedo
ocupacional apenas complementar das atribuies dos cargos de quem as vem a
preencher. So todas, para a Constituio vigente, fimes de confianaI, embora
ainda se distingam, no ordenamento infraconstitucional, sob o ponto de vista da
suficincia de sua composio formal.
11. A figura da funo gratificada foi outrora
definida por J. CRETELLA JNIOR como a "desempenhada pelo funcionrio como
extenso das atribuies prprias ao seu cargo e carreiraH2 A ideia de extenso, a,
implica que o servidor conduzido funo transporta consigo as atribuies
normais de seu cargo, apenas para exerc-las em circunstncias ampliadas ou
especiais. No por acaso, entre ns, a gratificao sempre correspondeu ao
desempenho de um servio normal em condies extraordinrias3 e chegou a ser
prevista, no Estatuto dos Funcionrios do Estado de So Paulo, como retribuio
I Afora as contrataes temporrias a que se refere o artigo 37, IX, da Constituio da Repblica, no se tolera mais a admisso de pessoal para o exerccio de funes no contidas em cargos ou empregos que no sejam as de direo, chefia e assessoramento e que, como tal, caracterizam-se como funes de confiana (a esse respeito, v. MARlA SVLVIA ZANELLA Dl PIETRO, Direito administrativo, 238 ed. So Paulo: Editora Atlas, 2010, pp. 518-521). 2 Tratado de direito administrativo, vol. IV. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1967, p. 333. 3 A retribuio pelo desempenho de servios comuns ou normais em condies extraordinrias justamente o que caracteriza toda gratificao, como ensinava HEL V LOPES MEIRELLES em seu Direito I Administrativo Brasileiro. C . E . E. . T . E . P. s. 1-
S. P./;. - l\i Cf' i I 1----,,-,:\, F E ': : '-~, .. 9'-"-+'-1
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Exp. on::01~;) f 5 u ,. " I (
Forha: J O O O /18 i I D~t3:=nnu[[2m6~i t Ruor:cr-;~: ~ !
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C.E.E.T.EP.S.
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C.E.E.TE.P.S.
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C.E.E.TE.p.S.
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~l:..--J'- '--~t PROCURADORIA GERAL DO ESTAD@~:;::'~~ S:'7 ',:~,~~:;;;::.7.::~J;
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA I
"Artigo 4. o - O Quadro do Magistrio constitudo das
seguintes classes:
1 - classes lle docentes: a) Professor Educao Bsica
J - SQC-1J e SQF-L' b) Professor Educao Bsica II
- SQC-II e SQF-J;
11 - c/asses de suporte pedaggico: a) Diretor de
Escola - SQC-lI; b) Supervisor de Ensino - SQC-J/; c)
Dirigente Regional de Ensino - SQC-l
Artigo 5, o - Alm das classes previstas no artigo
anterior, haver na unidade escolar pOJ.1os de
t1'flballto destinados s funes de Professor
Coordenlulore s fUlles de Vice-Diretor de Escol",
naforma a ser estabelecida em regulamento.
1~ - Pelo exerccio da funo de Vice-Diretor de
Escola, o docente recebel', alm do vencimento ou
salrio do seu cargo ou da sua funo-atividade, a
retribuio correspondente diferena entre a carga
horria semanal desse mesmo cargo ou funo-
atividade e 40 (quarenta) horas semanais, na forma a
ser estabelecida em regulamento.
2~ - Pelo exerccio da fzmo de Profess01'
Coordenador, o docente receber, alm do
vencimento ou salrio do seu cargo ou da sua funo-
atividade, a ,'etribuio con'espondente diferena
entre a carga horria semanal desse mesmo cargo ou
funo-atividade e ai 40 (quarenta) horas, naforma a
ser estabelecida em regulamento."
8
I !
C.E.E.TEP.S.
-3Ffl1 . ! C.E. c oTo E. P.S. . 15. N~se dla~aSO, o D~creto tad~lfJ.~;~. H '~ ;:::;I:~'.)~ A "
43.409, de 26 de agosto de 1998, com a redaao que lhe f 01 dada p lG-JJ Gl:etb'.. ... "" "'''_'_j Estadual n.O 57.670, de 22 de dezembro de 2011, estabeleceu seguinte: !EXP. O 056 ! 1 S I
I n n r,tJ r::"2'~ Foihl: U J U i J ! . Dat;>.=~a2'.lG[:i1&::: I I RL!bricT ' . iU-: ._--_.:.::-.:::=--==:::::::.~
"Altigo 2 - A designao para o exerccio das
atribuies de Vice-Diretor de Escola recair em
docente que se encontre vinculado rede estad\)al
de ensino e que preencha os seguintes requisitos:
I - seja portador de, pelo menos, um dos ttulos abaixo
relacionados:
a) diploma, devidamente registrado, de licenciatura
plena em Pedagogia;
b) diploma decurso de ps-graduao em nvel de
Mestrado ou Doutorado, na rea de Educao;
c) certificado de concluso de curso, devidamente
aprovado pelo Conselho Estadual de Educao, de
ps-graduao em nvel de Especializao, na rea de
formao de especialista em Educao (Gesto
Escolar), com carga horria de, no mnimo, 800
(oitocentas horas);
II - tenha, no mnimo, 5 (cinco) anos de experincia
no Magistrio;
1lI - pertena, de preferncia, unidade escolar em
que se dar a designao."
(g.n.)
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA ADMINISTRATIVA
16. E a Resoluo n,088, de 19 de dezembro de
2007, da Secretaria de Estado da Educao, que "dispe sobre a funf g1~t~~~ii~E"(6'~~""" de professor coordenador", alterada pela Resoluo 11, 53, de 24 de j U1mO d~!z!n.o ; , ~:) O I assim disps: r~-----" " - "----1
IExP. S 6 ; '16 n li n n c': jf~" Foiha: v u u V .J Rubnr,a: 1 D~ta:.:-=nTIlitL.'{.lJ.16-,
"Artigo 4 - So requisitos de habi ftaif - .----
llocente exercer as atribuies de Profess'or
Coordenador:
1- ser portador de diploma de licenciatw'a plena;
II - contar, no mnimo, com 3 anos de experincia
docente na rede pblica de em";no do Estado de So
Paulo;
111- ser efetivo 011 ocupante (te flmo-atil'itIl1tle
abrangido pelo 2~ do artigo 2~ ela Lei
Complemental' },010, de 1,6.2007, na unidade
escolar em que pretende ser Professor Cool'denado7';
} - A experincia docente, de que trata o inciso II
deste artigo, dever inclui/', preferencialmente,
docncia nas sries/anos do segmento/nvel de ensino
da Educao Bsica referente ao posto de rabalho
pretendido.
2 - Na inexistncia de candidato que atenda a
qualquer um dos requisitos previstos no inciso 111
deste artigo, poder ser designado, pal'a o posto de
h'abalho de Professor Coordenador, docellte efetivo
011 docente OClIptlllte l/e flll,iib-atividade abrangido
pelo 2~ do aI'figo 2~ da Lei Complementar
10
C.E.E.T.EPS.
Exp.~;./.J~ . I ~ .. ___ ~~. . .. P. . ~\~ ",.-~
Sf.\II\ "b~'* "j , /~~)' Y3l / ~- ' IV
PROCURADORIA GERAL DOESTADO'~'~'- i
Processo: SE n 16471/1995 -(GDOC 1000172-582507/2000)
Interessada: Myrtes Mara Pereira Vello
Manifesto-me de acordo com o Parecer PA n 20/2013, que mereceu a aquiescncia da Chefia da. Procuradoria Administrativa (fi. 130).
Remetam-se os autos ao Procurador Geral do Estado, com proposta de aprovao da pea jurdico-opinativa em tela
& a
Processo: SE n 16471/1995 - (GnOC 1000172-582507/2000)
Interessada: Myrtes Mara Pereira Vello _ '--'--11
C. E. E ::"!':':!3S-' Assunto: Contagem de Tempo. Aposentadoria. Efetivo exc !rcet'1>.P.!. ~ ~ ;:C P .. : f
~~~~.~ ? i .') ;~,--1 . t=======================+==E;qt.==c=cd.l.:.~" i . ir~S r.' ~_. I ,
FOlh;J: li 0 O U ~) 0 I Oati: .. qn-t ' .. ---_._- I Rbrica: -A.G.1[.2Q.16 .. t- I
-:::::-::::-:;:-----. I
Na esteira da manifestao da Chefia da Procuradoria Administrativa, secundada pelo Subprocurador Geral do Estado da rea da Consultoria Geral, aprovo, por seus prprios e jurdicos fundamentos, o Parecer PA nO. 20/2013.
Restituam-se os autos Secretaria da Educao, por intermdio de sua Consultoria Jurdica.
GPG, =+ de maio de 2013.
PROCURADOR GERAL DO ESTADO
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