Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · como objeto de...

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO

SOCIAL ESPECIALCURSO

Módulo III (Parte I):Provisões da Proteção Social Especial

Serviços de Média Complexidade

Facilitadora: Cyntia Medeiros

TERRITÓRIO

O território é muito mais do que a paisagem física ou o perímetro que delimita uma comunidade, bairro ou cidade.

O território é o espaço recheado pelas relações sociais passadas epresentes, a forma específica de apropriação e interação com o ambientefísico, as ofertas e as ausências de políticas públicas, as relações políticas eeconômicas que o perpassam, os conflitos e os laços de solidariedade neleexistentes.

Isto significa dizer que, em grande medida, as potencialidades ouvulnerabilidades de uma família ou indivíduo são determinadas peloterritório no qual ela está inserida. Como conseqüência destaperspectiva, é necessário que o território em si também seja encaradocomo objeto de intervenção/atuação da política de Assistência Social, paraalém das ações desenvolvidas com as famílias e indivíduos.

PARTICULARIDADES DO TERRITÓRRIO

Devemos considerar que o território é o espaço recheado pelas relaçõessociais passadas e presentes, a forma específica de apropriação einteração com o ambiente físico, as ofertas e as ausências de políticaspúblicas, as relações políticas e econômicas que o perpassam, os conflitose os laços de solidariedade nele existentes.

Isto significa dizer que, em grande medida, as potencialidades ouvulnerabilidades de uma família ou indivíduo são determinadas peloterritório no qual ela está inserida.

Elaboração de diagnóstico

O diagnóstico é uma análise interpretativa que possibilita a leiturade uma determinada realidade social. A partir desta leitura, omunicípio conhece melhor as necessidades e demandas doscidadãos.

O diagnóstico socioterritorial possibilita aos responsáveis eoperadores da política de assistência social a apreenderem asparticularidades do território sob o qual estão inseridos edetectarem as características e dimensões das situações deprecarização que vulnerabilizam e trazem riscos e danos aoscidadãos, à sua autonomia, socialização e ao convívio familiar.

QUAIS INFORMAÇÕES DEVEMOS CONSIDERAR?

Em muitas situações, é comum encontrar diagnósticos que focam apenasem questões socioeconômicas mais amplas, como educação e saúde,questões que são importantes, mas não dialogam diretamente com oplanejamento específico da Assistência Social, por isso, é importanteressaltar que os diagnósticos socioterritoriais no âmbito da Assistênciadevem se preocupar em levantar informações úteis para a própriaAssistência, como situações de trabalho infantil, idosos dependentes,situações de violação de direitos, entre outros.

• Informações espacializadas dos riscos e vulnerabilidades;• informações das demanda de serviços de proteção social básica e deproteção social especial;• informações espacializadas referentes ao tipo e volume de serviços efeti-vamente disponíveis e ofertados à população dentre outras.

• Identificação das necessidades;• Detecção dos problemas prioritários e respectivas causalidades;• Recursos e potencialidades locais, que constituem reais oportunidadesde desenvolvimento.

É importante...

que os municípios incorporem a utilização da base de dados doCadastro Único de Programas Sociais – CadÚnico – como ferramentapara construção de mapas de vulnerabilidade social dos territórios, paratraçar o perfil de populações vulneráveis.

Diagnóstico Socioterritorial

Planejamento

O planejamento é uma característica inerente à atividadehumana. A mais simples tarefa de sair diariamente para otrabalho exige desde a divisão do tempo entre as rotinasdomésticas, de higiene pessoal, alimentação e escola dos filhosaté a opção pelo meio de transporte a ser utilizado, a definição dotrajeto e previsão de possíveis imprevistos com o trânsito.

O hábito dos dias e o percorrer do calendário, que pode parecercondição automática, exige do ser humano um complexo exercíciode premeditação, de organização prévia, de controle edistribuição dos recursos disponíveis.

Neste contexto, o planejamento caracteriza-se como ferramenta detrabalho utilizada por um conjunto de atores envolvidos para tomardecisões e organizar ações de modo a promover as transformaçõesdesejadas na realidade da organização ou da sociedade.

Importante...• planejamento é a sua compreensão enquanto Processo;

• o produto de um processo de planejamento é o plano. Não se deve confundi-los;

• plano é um instrumento de orientação que reúne as conclusões do processo deplanejamento. É um composto de várias declarações. Declarações estas que buscamdefinir com a maior precisão possível o que se pretende exatamente e como alcançar oproposto;

• o processo de planejamento proporciona a participação e a aprendizagem a todos osenvolvidos e promove a pactuação de um projeto coletivo mediante a tomada conjuntade decisão;

• no âmbito das organizações e das políticas, um processo de planejamento se dásempre num contexto de mudança.

Os operadores da política, técnicos e gestores, têm a responsabilidadede materializar no cotidiano a proteção social como direito decidadania.

A reflexão sobe os fluxos e processos de trabalho na gestão e nosserviços nos auxilia a definir com maior clareza o que deve ser feito,como deve ser feito e por quem deve ser feito, mas só faz sentidodefinir:

“que” “como” “quem” “para que”

E nesse sentido, os objetivos perseguidos no cotidiano, e amaterialização do SUAS pela prática de seus operadores, devem estarorientados pela afirmação da idéia de garantia de direitos, não demaneira abstrata, mas como direito efetivo as proteções definidaspela LOAS, pela PNAS e pela Tipificação Nacional dos ServiçosSocioassistenciais.

Destaca-se que o processo de planejar não pode prescindir das definições referentes às seguintes etapas:

objetivos gerais e específicos;diretrizes e prioridades;ações estratégicas correspondentes para sua implementação;metas;resultados e impactos esperados;recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários;mecanismos e fontes de financiamento;cobertura da rede prestadora de serviços;indicadores de monitoramento e avaliação;espaço temporal de execução;proatividade do trabalho social no território.

• Plano Municipal de Assistência Social que é realizado a cada 4 anos;

• Pacto de Aprimoramento do SUAS (2014 – 2017)

• Plano Decenal da Assistência Social (2016 – 2026)

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Média Complexidade

Vínculos Fragilizados

CREAS

CENTRO POP

Alta Complexidade

Vínculos Rompidos

UNIDADES DE ACOLHIMENTO

O que é a Proteção Social Especial de Média Complexidade?

A Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidade organiza aoferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado querequerem maior estruturação técnica e operativa, comcompetências e atribuições definidas, destinados ao atendimento afamílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, porviolação de direitos. Devido à natureza e ao agravamento destassituações, implica acompanhamento especializado, individualizado,continuado e articulado com a rede.

CREAS MUNICIPAL

• Pública

• Abrangência Municipal

• CofinanciamentoFederal

CREAS REGIONAL

• Pública

• Abrangência Regional

• CofinanciamentoFederal e/ou Estadual

• Fortalecer a Rede

• Apoiar tecnicamente os municípios

CENTRO POP

• Pública

• Abrangência Municipal

• CofinanciamentoFederal

• Atendimento para População em situação Rua

Competências do CREAS

O papel do CREAS no SUAS define suas competências que, de modogeral, compreendem:

ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuadopara famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, porviolação de direitos, conforme dispõe a Tipificação Nacional deServiços Socioassistenciais;

A gestão dos processos de trabalho na Unidade, incluindo acoordenação técnica e administrativa da equipe, o planejamento,monitoramento e avaliação das ações, a organização e execuçãodireta do trabalho social no âmbito dos serviços ofertados, orelacionamento cotidiano com a rede e o registro de informações,sem prejuízo das competências do órgão gestor de assistência socialem relação à Unidade.

Não compete ao CREAS:

Ocupar lacunas provenientes da ausência de atendimentos quedevem ser ofertados na rede pelas outras políticas públicas e/ouórgãos de defesa de direito;

Ter seu papel institucional confundido com o de outras políticasou órgãos, e por conseguinte, as funções de sua equipe com as deequipes interprofissionais de outros atores da rede, como, porexemplo, da segurança pública (Delegacias Especializadas, unidadesdo sistema prisional, etc), órgãos de defesa e responsabilização(Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e ConselhoTutelar) ou de outras políticas (saúde mental, etc.);

Assumir a atribuição de investigação para a responsabilizaçãodos autores de violência, tendo em vista que seu papel institucionalé definido pelo papel e escopo de competências do SUAS.

É importante destacar...

O reconhecimento do papel e a delimitação das competências doCREAS podem ser fortalecidos com o mapeamento da rede econstrução de fluxos e protocolos intersetoriais de atendimento,com definição de papéis e responsabilidades. Esta construção pode,inclusive, contribuir para identificar lacunas e, até mesmo, conflitosde papéis e competências na rede.

É importante que o órgão gestor de Assistência Social sejaprotagonista na construção, junto ao órgão gestor das demaispolíticas e órgãos de defesa de direitos, de fluxos de articulação eprotocolos de atendimento intersetorial a famílias e indivíduos narede, os quais incluam o CREAS.

Eixos norteadores do trabalho social no CREAS

1. Atenção especializada e qualificação do atendimento:

desenvolvimento de intervenções mais complexas; conhecimentose habilidades técnicas mais específicas; conjunto de atençõesespecíficas, de acordo com suas Singularidades; equipe profissionalseja interdisciplinar; equipe profissional seja interdisciplinar;prevenção do agravamento das situações atendidas; ações decapacitação e educação permanente, momentos de integração emequipe, trocas de experiência, estudos de caso e assessoria deprofissional externo, dentre outras estratégias

2. território e localização:

o território permite compreender a forma como as relações sociaisse materializam num determinado espaço, as oportunidades e aexposição a riscos, que conformam potencialidades evulnerabilidades próprias da dimensão territorial.

Assim, as situações de risco pessoal e social, por violação dedireitos, que incidem nas famílias e indivíduos sofrem influência ese expressam diferentemente nos territórios, de acordo com asrealidades sociais, econômicas, políticas e culturais de umdeterminado contexto.

3. Acesso a direitos socioassistenciais:

• Atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausente deprocedimentos vexatórios e coercitivos;

• Acesso à rede de serviços com reduzida espera e de acordo com anecessidade;

• Acesso à informação, enquanto direito primário do cidadão,sobretudo àqueles com vivência de barreiras culturais, de leitura ede limitações físicas;

• Ao protagonismo e à manifestação de seus interesses;

• À convivência familiar e comunitária;

• À oferta qualificada de serviços.

4. Centralidade na família:

visa compreender, em um determinado contexto, como seconstroem e se expressam as relações familiares entre seusmembros.

Essa perspectiva não visa responsabilizar a família e seuscomponentes no tocante às vicissitudes que vivenciam no seucotidiano, mas contextualizar a situação vivida e recolocar o papeldo Estado como provedor de direitos por meio das políticas sociais,fornecendo instrumentos de apoio e sustentação necessários paraa proteção social das famílias.

A centralidade na família implica, ainda, reconhecer que esta podese configurar como um espaço contraditório, onde o lugar daproteção pode ser também o da violência e da violação dedireitos.

5. Mobilização e Participação Social

No que diz respeito às intervenções no território, pode-se destacarações como campanhas intersetoriais de mobilização para aprevenção e o enfrentamento de situações de risco pessoal e social,por violação de direitos, organizadas a partir de um esforço coletivoda rede, envolvendo a sociedade civil organizada, as diversas políticase os órgãos de defesa de direitos.

Quanto à participação social dos usuários, ressalte-se que esta devetambém orientar e permear o trabalho social no CREAS, uma vez queconstitui importante instrumento para o conhecimento e a defesacoletiva de direitos e, por conseguinte, para o exercício doprotagonismo. Nessa direção, cabe destacar as possibilidades: dosusuários participarem e/ou organizarem associações, movimentossociais e populares, comissões locais dentre outros.

6. Trabalho em Rede

O trabalho em rede tem como objetivo integrar as políticas sociais,na sua elaboração, execução, monitoramento e avaliação, de modo asuperar a fragmentação e proporcionar a integração das ações,resguardadas as especificidades e competências de cada área.

Monitoramento e Avaliação no CREAS

Coordenação do CREAS e o órgão gestor de Assistência Social tem afunção de monitorar e avaliar as ações realizadas, aperfeiçoando e/ouredimensionando as mesmas, no sentido de qualificar a prestação do(s) serviço (s) ofertado (s).

Medidas que podem qualificar o processo de monitoramento eavaliação do CREAS:•Padronização dos instrumentais de registro e coleta de dados einformações;• Desenvolvimento de ferramentas para armazenamento,sistematização e análise dos dados e informações;•Seleção/construção de indicadores, a partir dos objetivos daUnidade e do (s) Serviço (s) ofertado (s);•Participação dos usuários no processo de monitoramento eavaliação, com possibilidades de realizar proposições;•Integração com as ações da vigilância socioassistencial.

Registro de informações

• O registro de informação constitui procedimento a ser adotadopelo CREAS para gerar conhecimento e instrumentalizar a gestão, omonitoramento e a avaliação;

• Deve ser realizado por meio de instrumentais que permitamarmazenar um conjunto de informações pertinentes ao trabalhosocial desenvolvido;

• Recomenda-se que seja organizado de forma padronizada einformatizada;

• Observação de questões éticas: necessidade de sigilo eprivacidade;

• Importância de atentar-se para as recomendações dos conselhosde categoria profissional.

Registro de informações Em linhas gerais, o registro de informação no CREAS divide-se em:

Registros para monitorar e avaliar ações e serviços

• Importante meio para conhecer e analisar situações de risco pessoal esocial existentes no território e atendidas no CREAS;• Enviadas com organização e periodicidade ao órgão gestor, sobretudopara subsidiar a área de Vigilância Socioassistencial, que retroalimentará oCREAS com o conhecimento produzido em seu âmbito;• Necessárias ao preenchimento de sistemas de âmbito municipal,estadual, federal, a exemplo do Censo SUAS/CREAS;• Importante observar o disposto na Resolução CIT nº 4, de maio de 2011– institui parâmetros nacionais para o registro das informações relativasaos serviços ofertados nos CRAS e nos CREAS;• Possibilita a gestão da informação, contribuindo para a qualificação dasofertas da Unidade e a consolidação do SUAS

Registros sobre o acompanhamento familiar/individual

• Contribui para a organização e sistematização das informações decada situação acompanhada;• Deve ser restrita à equipe do CREAS, de modo a preservar o sigiloe a privacidade necessária.

Para este registro, pode-se adotar diferentes instrumentais, dentreos quais:

Prontuários Plano de Acompanhamento Individual e/ou FamiliarRelatórios

Planejamento do Trabalho no CREAS

O trabalho interdisciplinar, base da atuação do CREAS, requer a adoçãode estratégias que possibilitem a participação e o compartilhamentode concepções por todos os componentes da equipe. Nesse sentido, éfundamental considerar os distintos olhares e contribuições dasdiferentes áreas de formação, além da experiência profissional de cadaintegrante e sua função no CREAS.

CoordenaçãoTécnicos de Nível

MédioTécnicos de Nível

Superior

Trabalho Social

• Reuniões de Equipe:

tem como objetivo debater e solucionar os problemas identificadosno trabalho, de natureza técnica-operativa ou de relacionamentointerprofissional.

Dentre outros aspectos, estes momentos também devem serutilizados para se avaliar e reavaliar as ações desenvolvidas naUnidade, para planejar e organizar atividades de atendimento,revisar instrumentos de registro utilizados e as sistemáticas depreenchimento, monitorar as ações e os resultados obtidos,reorganizar fluxos internos de trabalho, discutir e definir estratégiasde articulação e de trabalho em rede, dentre outros aspectos.

•Estudo de Casos:

tem como objetivo reunir a equipe para estudar, analisar e avaliar asparticularidades e especificidades das situações atendidas, de modoa ampliar a compreensão e possibilitar a definição de estratégias emetodologias de atendimento mais adequadas, além de serviços darede que deverão ser acionados, tendo em vista o aprimoramento dotrabalho.

•Supervisão e assessoria de profissional externo

A supervisão e assessoria de profissional externo permite umamaturação da equipe em relação ao processo de trabalho, bemcomo pode promover espaço de troca de experiência eaprendizagem que conduza à maior clarificação e transparência dasfunções e possibilidades de atuação de cada profissional.

É um momento de reflexão do grupo que pode ser utilizado para oaperfeiçoamento profissional, das metodologias de trabalho edo acompanhamento especializado pela equipe do CREAS.

Controle Social e o CREAS

Aos Conselhos de Assistência Social cabe realizar o controle social doCREAS, ou seja, acompanhá-lo e fiscalizá-lo desde a sua implantação,de modo a garantir o seu pleno funcionamento nas diversaslocalidades.

Observada a intersetorialidade do CREAS com outras políticaspúblicas e órgãos de defesa de direitos, ao CAS cabe, ainda, articular-se com os conselhos das demais políticas públicas e os conselhos dedireitos existentes, com o objetivo de fortalecer a integração dasações de acompanhamento a famílias e indivíduos em situação derisco pessoal e social, por violação de direitos.

Objetivos da atenção ofertada nos serviços

•O fortalecimento da função protetiva da família;

•A construção de possibilidades de mudança e transformação empadrões de relacionamento familiares e comunitários com violação dedireitos;

•A potencialização dos recursos para a superação da situaçãovivenciada e a reconstrução de relacionamentos familiares,comunitários e com o contexto social, ou construção de novasreferências, quando for o caso;

•O empoderamento e a autonomia;

•O exercício do protagonismo e da participação social;

•O acesso das famílias e indivíduos a direitos socioassistenciais e àrede de proteção social;

• A prevenção de agravamentos e da institucionalização.

Estrutura FísicaPara promover uma acolhida adequada e escuta qualificada aos usuários, oambiente físico do CREAS deve ser acolhedor e assegurar espaços para arealização de atendimentos familiar, individual e em grupo, em condições desigilo e privacidade.

Equipamentos e MateriaisDisponibilização de equipamentos e recursos materiais essenciais que todaUnidade deve dispor e, ainda, equipamentos e materiais desejáveis quepossam contribuir para qualificar as ações e assegurar a sua efetividade.

Equipe TécnicaOs recursos humanos constituem elemento fundamental para a efetividadedo trabalho e para a qualidade dos serviços prestados pelo CREAS. Avinculação dos profissionais com a família/indivíduo constitui um dosprincipais elementos que qualificam a oferta do trabalho socialespecializado.

3.3 – Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos – PAEFI

De acordo com o disposto na Tipificação Nacional de ServiçosSocioassistenciais, é o serviço de apoio, orientação e acompanhamento afamílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ouviolação de direitos.

Compreende atenções e orientações direcionadas para:

promoção de direitos;preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários esociais e; fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto decondições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de riscopessoal e social.

O atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade,potencialidades, valores, crenças e identidades das famílias. Oserviço articula-se com as atividades e atenções prestadas àsfamílias nos demais serviços socioassistenciais, nas diversaspolíticas públicas e com os demais órgãos do Sistema de Garantiade Direitos. Deve garantir atendimento sistemático, continuado eprovidências necessárias para a inclusão da família e seusmembros em serviços socioassistenciais e/ou em programas detransferência de renda, de forma a qualificar a intervenção erestaurar direitos.

Quem são os usuários do PAEFI?

Os usuários deste serviço são famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por ocorrência de:

Violência Física, psicológica e negligência;

Violência Sexual: abuso e/ou exploração sexual;

Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medidas sócio-educativas ou medidas de proteção;

Tráficos de pessoas;

Situação de rua e mendicância;

Abandono;

Vivência de trabalho infantil;

Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;

Outras formas de violação de direitos decorrentes dediscriminação/submissões a situações que provocam danos eagravos a sua condição de vida e os impedem de usufruirautonomia e bem estar;

Descumprimento de condicionalidades do PBF e do PETI emdecorrência da violação de direitos.

Objetivos:

-Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de sua funçãoprotetiva;

-Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviçospúblicos, conforme necessidades;

-Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as condições de autonomiados usuários;

-Contribuir para romper com padrões violadores de direitos no interior dafamília;

-Contribuir para a reparação de danos e da incidência de violação de direitos;

-Prevenir a reincidência de violações de direitos.

Unidade de oferta: exclusivamente no CREAS Formas de acesso: Encaminhamento da rede socioassistencial e de outraspolíticas públicas, órgãos de defesa de direitos, dentre outros. - Demandaespontânea.

Trabalho social especializado

Consiste em procedimentos técnicos realizados pelos profissionaisdo CREAS, de caráter continuado e planejado, por período de tempodeterminado, no qual, via de regra, faz-se necessário oestabelecimento de vínculos entre usuários e o serviço e requer adefinição de objetivos a serem alcançados, a partir das situações,demandas e potencialidades identificadas.

Nesse processo, as aquisições alcançadas pela família/indivíduodevem ser registradas e avaliadas em conjunto com os mesmos.

Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de

plano individual e/ou familiar

Acesso à documentação

pessoal

Orientação sociofamiliar

Diagnóstico Socioeconômico

Monitoramento e Avaliação do

Serviço

Orientações e encaminhamentos

Identificação da família extensa

ou ampliada

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Trabalho interdisciplinar

Referência e contra-referênciaOrientação

jurídico-social

Dimensões complementares do trabalho social especializado

ACOLHIDA

Acolhida inicial dos (as) usuários (as)

-Recepção acolhedora por parte dos profissionais compostura de não discriminação de qualquer natureza.

-Compreensão da situação e das demandas apresentadas.

- Início da construção de vínculos.

Postura acolhedora durante o período deAcompanhamento

- Essencial a toda a equipe, em todos os momentos daintervenção profissional. Refletida na:

- Na organização democrática.

- Na valorização da participação dos usuários.

- No respeito e consideração das suas trajetórias de vida.

Acompanhamento Especializado (Familiar e/ou Individual)

Pressupõe:

Atendimentos continuados (Individual, familiar, em grupos) eparticularizados

Construção participativa do Plano de Acompanhamento.

Espaço de acolhida, escuta qualificada e reflexão.

Estímulo à ampliação da conscientização sobre contexto familiar ecomunitário.

Empoderamento e fortalecimento da capacidade protetiva;

Fortalecimento de vínculos e construção de novas possibilidadesde relacionamentos familiares e comunitários, assim como acesso adireitos e às diversas políticas públicas.

Fortalecimento da participação social.

Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar

-Construído de forma participativa junto com os (as) usuários (as).

- Deve ser flexível, dinâmico e repactuado sempre que necessário.

-Reconhecimento da especificidade de cada situação atendida.

-Reflete necessidades e demandas dos (as) usuários (as) , bem comometas e objetivos traçados que se pretenda alcançar.

Metodologias e técnicas possíveis ao acompanhamento

-Entrevista Individual e/ou Familiar

- Atendimento Individual e/ou Familiar

-Orientação e Atendimento em Grupo

-Orientação jurídico-social

-Estudos de Caso

-Oficinas e Atividades de Convívio e Socialização

- Ações de Mobilização e Participação Social - Encaminhamentos monitorados - Registros de Informações no Serviço

ARTICULAÇÃO EM REDE

Encaminhamentos monitorados (rede socioassistencial; órgãos dedefesa de direitos; rede das demais políticas públicas – saúde,educação, trabalho etc.; encaminhamento para inclusão no CadastroÚnico para Programas Sociais e outros).

Pactuação de fluxos e protocolos.

Acompanhamento dos encaminhamentos realizados.

Comunicação permanente com outros partícipes da rede (reuniões,discussão de casos, realização de atividades em parceria).

Mobilização da rede e da sociedade: participação em campanhasde prevenção e enfrentamento.

ARTICULAÇÃO EM REDE

Rede de articulação nos territórios:

CRAS e outras unidades e serviços da rede socioassistencial;

Serviços socioassistenciais de Acolhimento;

Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – AEPETI.

Serviços de saúde mental e demais serviços da rede de Saúde.

Órgãos de Defesa de Direitos;

Educação e demais políticas públicas;

Instituições de Ensino Superior;

ONGs que atuam na defesa de direitos;

Movimentos Sociais, dentre outros.

Órgãos de defesa de direitos que compõem a rede de articulação do CREAS:

•Conselho Tutelar;

•Poder Judiciário;

•Ministério Público;

•Defensoria Pública;

•Delegacias/Delegacias Especializadas;

•Serviços de assessoramento jurídico e assistência judiciária;

•ONGs que atuam com defesa de direitos, a exemplo dos Centros de Defesa.

IMPACTO SOCIAL ESPERADO

Contribuir para:

- Redução das violações dos direitos socioassistenciais, seusagravamentos ou reincidência;

- Orientação e proteção social a Famílias e indivíduos;

- Acesso a serviços socioassistenciais e das políticas públicassetoriais;

- Identificação de situações de violação de direitos socioassistenciais;

- Melhoria da qualidade de vida das famílias.

3.4 – Serviço Especializado em Abordagem Social

Caracterização

O que: trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique,nos territórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual decrianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras.

Onde: praças, entroncamento de estradas, fronteiras, espaçospúblicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensacirculação de pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus,trens, metrô e outros.

Para quem: crianças, adolescentes, jovens, adultos , idosos e famíliasque utilizam espaços públicos como forma de moradia e/ousobrevivência.

Unidades de oferta: CREAS ou unidade referenciada; Centro POP

Proteção social proativa;

EscutaArticulação da

redeConhecimento

do território

Orientações e encaminhamentos

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Informação, comunicação e defesa de direitos

Geoprocessamento e georeferenciamento de

informações

Objetivos

Construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições deacesso à rede de serviços e à benefícios assistenciais;

Identificar famílias e indivíduos com direitos violados, a naturezadas violações, as condições em que vivem, estratégias desobrevivência, procedências, aspirações, desejos, e relaçõesestabelecidas com as instituições;

Promover ações de sensibilização para divulgação do trabalhorealizado, direitos e necessidades de inclusão social eestabelecimento de parcerias;

Promover ações para a reinserção familiar e comunitária.

O serviço deve buscar a resolução de necessidades imediatas epromover a inserção na rede de serviços socioassistenciais e dasdemais políticas públicas na perspectiva da garantia dos direitos.

Ações e estratégias necessárias

Identificação e avaliação das demandas;

Processo gradativo de aproximação para vinculação a serviços;

Trabalho integrado com outras áreas – atuação conjunta. Por ex:saúde;

Mapeamento dos territórios e locais onde se observam situações derisco pessoal e social;

Conhecimento sobre as ofertas existentes nos territórios (serviços,benefícios etc.) para informar aos (as) usuários (as);

Identificação de redes sociais de apoio que as pessoas dispõem noslocais onde convivem;

Estreita articulação com o Centro POP e serviços de acolhimento,e com o CREAS e Conselho Tutelar nos casos de crianças eadolescentes;

Orientações e encaminhamentos para documentação pessoal einclusão no Cadastro Único para Programas Sociais;

Excepcional cadastramento das pessoas em situação de rua nosespaços públicos;

Intervenções na perspectiva preventiva – disseminação decampanhas, orientações, sensibilização.

Crianças e Adolescentes

Comunicar ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária competente paraaplicação de medidas protetivas, sempre que necessário;

Identificar junto à criança/adolescente os motivos que conduziram à saídade casa e trabalhar pela busca ativa de familiares/pessoas de referência erede social de apoio que possam contribuir para a retomada do convívio econstrução do processo de saída da situação de rua. (considerar os registrosde famílias que procuram por crianças/adolescentes desaparecidos);

Sensibilizar a família para acompanhamento no PAEFI/CREAS e/outrabalhar para a gradativa vinculação a serviço de acolhimento, junto ao CTe autoridade judiciária;

Trabalho infantil – articular para a inserção no SCFV

O Trabalho da abordagem social tem o objetivo maior de prevenirsituações mais complexas e o agravamento da situação de risco a quecrianças e adolescentes já se encontrem expostas.

No processo de aproximação gradativa, ao longo do desenvolvimento dotrabalho de abordagem social, a equipe deverá esclarecer o seu papel eaproximar-se para a constituição de vínculos de confiança, buscandotornar-se uma referência no espaço da rua.

É importante que a equipe não perca de vista o momento em que cadausuário se encontra, respeitando decisões e escolhas. Por isto, aabordagem deverá ser qualificada e, em muitos casos, persistente,utilizando diversos meios e estratégias que permitam ao (a) usuário (a)vislumbrar novas possibilidades e projetos de vida, que os mobilize paraadesão às alternativas disponíveis na rede.

Acesso: por identificação da equipe do serviço.

IMPACTO SOCIAL ESPERADO

Contribuir para:

- Redução das violações dos direitos socioassistenciais, seus agravamentos ou reincidência;

- Proteção social a famílias e indivíduos;

- Identificação de situações de violação de direitos;

- Redução do número de pessoas em situação de rua.

3. 5 – Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento demedida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação deServiços à Comunidade (PSC)

Quais são as medidas socioeducativas emmeio aberto?

As medidas socioeducativas em meio aberto, previstas no art. 112 doEstatuto da Criança e do Adolescente (ECA), são aplicáveis a adolescentesautores de atos infracionais com idade entre 12 a 18 anos incompletos.

Configuram-se em resposta à prática de ato infracional, devendo ter umcaráter educativo, e não punitivo. O art. 112 do ECA afirma: “Verificada aprática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar aoadolescente as seguintes medidas em meio aberto: I - advertência; II -obrigação de reparar o dano; III - prestação de serviços à comunidade; IV -liberdade assistida;

Algumas dessas medidas têm sua execução nos Centros deReferência Especializada de Assistência Social (CREAS) por meio doServiço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento deMedida Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA, e de Prestaçãode Serviços à Comunidade - PSC;

A Liberdade Assistida está prevista no art. 118 do ECA e implica,por um período de no mínimo seis meses, em restrição de direitos,mas mantém o adolescente no meio familiar e comunitário,acompanhado por um técnico de referência.

A Prestação de Serviços à Comunidade está prevista no art. 117 doECA e consiste na realização por parte do adolescente de serviçoscomunitários gratuitos e de interesse geral, como atividades emhospitais, escolas, creches, entidades e organizações de AssistênciaSocial, com duração máxima de seis meses.

3. 5 – Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)

tem por finalidade prover atenção socioassistencial eacompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento demedidas socioeducativas em meio aberto, determinadas judicialmente.

Deve contribuir para o acesso a direitos e para a resignificação devalores na vida pessoal e social dos (as) adolescentes e jovens.

Para a oferta do serviço faz-se necessário a.observância da responsabilização face ao ato infracional praticado, cujos direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações e normativas específicas para o cumprimento da medida

Na sua operacionalização é necessário a elaboração do PlanoIndividual de Atendimento (PlA) com a participação do (a)adolescente e da família, devendo conter os objetivos e metas aserem alcançados durante o cumprimento da medida,perspectivas de vida futura, dentre outros aspectos a seremacrescidos, de acordo com as necessidades e interesses do (a)adolescente.

O acompanhamento social ao (a) adolescente deve ser realizado deforma sistemática, com freqüência mínima semanal que garanta oacompanhamento contínuo e possibilite o desenvolvimento doPIA.

Atividades essenciais para o desenvolvimento do PIA

Matrícula e frequência escolar; Preparação para o mercado de trabalho em cursoprofissionalizantes; Atendimento as necessidades de saúde; Inclusão em atividades de cultura, esporte e lazer; Sensibilização da família do/a adolescente para participação naelaboração e acompanhamento do PIA.

USUÁRIOS: Adolescentes de 12 a 18 anos incompletos, ou jovensde 18 a 21 anos, em cumprimento de medida socioeducativa deLiberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade,aplicada pela Justiça da Infância e da Juventude ou, na ausênciadesta, pela Vara Civil correspondente e suas famílias.

Formas de acesso: encaminhamento da vara da infância e dajuventude ou, na ausência desta, pela vara civil Correspondente

OBJETIVOS:

- Realizar acompanhamento social a adolescentes durante ocumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida e dePrestação de Serviços à Comunidade e sua inserção em outros serviçose programas socioassistenciais e de políticas públicas setoriais;

- Criar condições para a construção/reconstrução de projetos de vidaque visem à ruptura com a prática de ato infracional;

- Estabelecer contratos com o (a) adolescente a partir daspossibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido e normas queregulem o período de cumprimento da medida socioeducativa;

- Contribuir para o estabelecimento da autoconfiança e a capacidadede reflexão sobre as possibilidades de construção de autonomias;

- Possibilitar acessos e oportunidades para a ampliação do universoinformacional e cultural e o desenvolvimento de habilidades ecompetências;

- Fortalecer a convivência familiar e comunitária.

Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de

plano individual e/ou familiar

Acesso à documentação

pessoal

Orientação sociofamiliar

Diagnóstico Socioeconômico

Monitoramento e Avaliação do

Serviço

Orientações e encaminhamentos

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Trabalho interdisciplinar

Proteção social proativaProdução de orientações

técnicas e materiais informativos

IMPACTO SOCIAL ESPERADO

Contribuir para:

- Vínculos familiares e comunitários fortalecidos;- Redução da reincidência da prática do ato infracional;- Redução do ciclo da violência e da prática do ato infracional.

3.6 – Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

Definição...As pessoas em situação de rua de acordo com o Decreto Nº7.053/2009 “...

considera-se população em situação de rua o grupo populacionalheterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculosfamiliares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradiaconvencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e asáreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de formatemporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimentopara pernoite temporário ou como moradia provisória.”

3.6 – Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

Serviço ofertado para pessoas que utilizam as ruas como espaço demoradia e/ou sobrevivência.

Tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadaspara o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva defortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares queoportunizem a construção de novos projetos de vida.

Onde deve ser ofertado?

O Centro de Referência Especializado para População em Situaçãode Rua é a unidade pública e estatal, lócus de referência eatendimento especializado à população adulta em situação de rua,no âmbito da Proteção Social Especial de Média Complexidade doSUAS.

O equipamento deve garantir:Espaço para a realização de atividades coletivas e/oucomunitárias, higiene pessoal, alimentação e espaço para guardade pertences, conforme a realidade local, com acessibilidade emtodosseus ambientes, de acordo com as normas da ABNT.

Usuários/as: Jovens, adultos, idosos (as) e famílias que utilizam asruas como espaço de moradia e/ousobrevivência.

Formas de acesso:

- Encaminhamentos do Serviço Especializado em AbordagemSocial, de outros serviços socioassistenciais, das demais políticaspúblicas setoriais e dos demais órgãos do Sistema de Garantia deDireitos;- Demanda espontânea.

Impacto social esperadoContribuir para:

- Redução das violações dos direitos socioassistenciais, seusagravamentos ou reincidência;- Proteção social a famílias e indivíduos;- Redução de danos provocados por situações violadoras dedireitos;- Construção de novos projetos de vida.

3.7– Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias

Serviço para a oferta de atendimento especializado a famílias compessoas com deficiência e idosos (as) com algum grau dedependência, que tiveram suas limitações agravadas por violaçõesde direitos, tais como:

exploração da imagem; isolamento ou confinamento; atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da família;falta de cuidados adequados por parte do cuidador;alto grau de estresse do cuidador; desvalorização da potencialidade/capacidade da pessoa;dentre outras que agravam a dependência e comprometem odesenvolvimento da autonomia.

A intervenção será sempre voltada a diminuir a exclusão socialtanto do dependente quanto do cuidador, a sobrecargadecorrente da situação de dependência/prestação de cuidadosprolongados, bem como a interrupção e superação das violaçõesde direitos que fragilizam a autonomia e intensificam o grau dedependência da pessoa com deficiência ou pessoa idosa.

OBJETIVOS:

- Promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida;

- Desenvolver ações especializadas para a superação das situaçõesvioladoras de direitos;

-Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários do serviço,

-assegurando o direito à convivência familiar e comunitária;

- Promover acessos a benefícios, programas de transferência de rendae outros serviços socioassistenciais, das demais políticas públicassetoriais e do Sistema de Garantia de Direitos;

-Promover apoio às famílias na tarefa de cuidar, diminuindo a suasobrecarga de trabalho

TRABALHO SOCIAL ESSENCIAL AO SERVIÇO:

Acolhida; escuta; informação, comunicação e defesa de direitos;articulação com os serviços de políticas públicas setoriais; articulaçãoda rede de serviços socioassistenciais; articulação interinstitucionalcom o Sistema de Garantia de Direitos; atividades de convívio e deorganização da vida cotidiana; orientação e encaminhamento para arede de serviços locais; referência e contra-referência; construção deplano individual e/ou familiar de atendimento; orientaçãosociofamiliar; estudo social; diagnóstico socioeconômico; cuidadospessoais dentre outros.

Formas acesso:

- Demanda espontânea de membros da família e/ou dacomunidade;- Busca ativa;- Por encaminhamento dos demais serviços socioassistenciais e dasdemais políticas públicas setoriais;-Por encaminhamento dos demais órgãos do Sistema de Garantia deDireitos.

UNIDADE: Domicílio do usuário, centro-dia, Centro de ReferênciaEspecializado de Assistência Social (CREAS) ou UnidadeReferenciada.

CONTRIBUIR PARA:

• Acessos aos direitos socioassistenciais;

• Redução e prevenção de situações de isolamento social e de

abrigamento institucional.

• Diminuição da sobrecarga dos cuidadores advinda da prestação

continuada de cuidados a pessoas com dependência;

• Fortalecimento da convivência familiar e comunitária;

• Melhoria da qualidade de vida familiar;

• Redução dos agravos decorrentes de situações violadoras de

direitos;

• Proteção social e cuidados individuais e familiares voltados ao

desenvolvimento de autonomias

3.8 – Ações Estratégicas do PETI

2011: O PETI é incorporado na LOAS, como programa de “...caráter

intersetorial, integrante da PNAS, que, no âmbito do SUAS, consolida

ações que compreendem:

TrabalhoTransferência de renda às famílias;

social com famílias;

Oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes.

2013/2014:

Reordenamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de

Vínculos - novos parâmetros para o financiamento e maior aderência

do Serviço às realidades locais;

Redesenho do PETI: maior aderência do Programa ao novo cenário

do trabalho infantil e ao estágio de estruturação do SUAS

• Sensibilização

• Mobilização Social

• Campanhas

• Audiências Públicas

I - Informação e Mobilização

• Busca Ativa:

• Notificação Integrada

• Registro CADÚNICO

II - Identificação

• Transferência de Renda

• Inserção em Serviços de Assistência Social, Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, e Trabalho p/ as famílias

III - Proteção

• Identificação

• Atendimento criança, adolescente e família;

• Metas pactuadas

V - Monitoramento

Parceiros/Atores: MDS, MTE, MS, MEC, SDH, MPT, MPE’s, MJ, MTur, MDA, MF (Receita

Federal) e articulação com a CONAETI

• Fiscalização e autuação do empregadores

• Aplicação de Medidas protetivas à família

IV - Defesa e Responsabilização

Plano Nacional dePrevenção e Erradicaçãodo Trabalho Infantil eProteção ao AdolescenteTrabalhador

Carta de Constituição deEstratégias em Defesa daProteção Integral dosDireitos da Criança e doAdolescente

Agenda Intersetorial do PETI

A Agenda Intersetorial do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

compreende as ações das políticas públicas setoriais (assistência social,

saúde , educação, trabalho, direitos humanos e outras), em conjunto

com os atores que compõem a rede do território, para contribuir com a

prevenção e a erradicação do trabalho infantil nos estados e municípios.

DIAGNÓSTICO

PLANEJAMENTO

COMPROMISSOS PACTUADOS

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