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----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO UM.-------------
----ATA NÚMERO DOIS.-----------------------------
----Aos vinte e dois dias do mês de Novembro de
dois mil e treze, nesta cidade de Estarreja e
Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte e
horas e trinta e cinco minutos, reuniu a Assem-
bleia Municipal de Estarreja em sessão extraordi-
nária, sob a Presidência do senhor José Eduardo
Alves Valente de Matos, Presidente da Assembleia
Municipal e com a presença dos membros eleitos:
José Gonçalo Sarmento de Rebocho Silva e Costa –
PS; Carlos Augusto Oliveira Valente - PPD/PSD-
CDS-PP; Diamantino Alberto Garrido Correia – PS;
Arminda Paula Moutela Brandão - PPD/PSD-CDS-PP;
António Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV);
Patricia Raquel da Silva Garrido Rodrigues Couto
– PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS-
PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP;
Ricardo Jorge Lopes Fernandes – PS; Alexandra
Adelaide Pires Mortágua - PPD/PSD-CDS-PP; Luís
Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá
Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hélder Fernando
de Matos Rodrigues - PPD/PSD-CDS-PP; Lúcia Maria
de Almeida Araújo – PS; Miguel Ângelo de Almeida
Fragoso Santos - PPD/PSD-CDS-PP; Joana Raquel
Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António
Marques pereira – PS; António Manuel da Silva
Esteves - PPD/PSD-CDS-PP; Rui Jorge de Oliveira
Pinho e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares –
CDU (PCP-PEV) e os Presidentes das Juntas de Fre-
guesia de: Avanca, Beduído e Veiros; Canelas e
Fermelã; Pardilhó, Salreu, com a seguinte ordem
do dia:------------------------------------------
----1.- Eco-Parque Empresarial de Estarreja: fi-
xação de preço para alienação de lote – “Inoxan-
tuã – Instalações em Inox, Lda”;-----------------
----2.- Isenção de taxas de ocupação de espaço
público com esplanadas no Município de Estarre-
ja;----------------------------------------------
----3.- Estabelecimento anual da “Taxa Municipal
de Direitos de Passagem” (TMDP), a aplicar no ano
de 2014, sob proposta da Câmara Municipal;-------
----4.- Fixação das Taxas do IMI – Imposto Muni-
cipal sobre Imóveis para vigorar no ano de 2014,
sob proposta da Câmara Municipal;----------------
----5.- Lançamento de Derrama relativa ao exercí-
cio económico de 2013, e fixação da respectiva
taxa, sob proposta da Câmara Municipal;----------
----6.- Fixação da Taxa de participação do Muni-
cípio no IRS – 2014, sob proposta da Câmara Muni-
cipal;-------------------------------------------
----7.- Eleição de Presidente da Junta de Fregue-
sia para integrar a Assembleia Distrital de Avei-
ro, em representação das Juntas de Freguesia;----
----8.- Designação de quatro pessoas para a CPCJ
- Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, na
sua vertente alargada;---------------------------
----9.- Eleição de membro da Assembleia Municipal
para integrar o Conselho da Comunidade do ACeS do
Baixo-Vouga;-------------------------------------
----10.- Designação de um membro da Assembleia
Municipal de cada partido para integrar o Conse-
lho Municipal da Juventude;----------------------
----11.- Eleição de quatro membros da Assembleia
Municipal para integrar a Assembleia Intermunici-
pal da CIRA – Comunidade Intermunicipal da Região
de Aveiro;---------------------------------------
----12.- Eleição de membro da Assembleia Munici-
pal para integrar a Comissão Municipal de Trânsi-
to;----------------------------------------------
----13.- Constituição de Comissões da Assembleia
Municipal de Estarreja;--------------------------
----14.- Conhecimento de compromissos plurianuais
do 2º e 3º trimestre/2013, conforme LCPA - Lei
dos Compromissos e Pagamentos em Atraso;---------
----15.- Conhecimento do Relatório da IGF - Ins-
peção Geral de Finanças.-------------------------
----Estiveram presentes, o Senhor Presidente da
Câmara e os seguintes Vereadores: Adolfo Figuei-
redo Vidal, João Carlos Teixeira Alegria, Rosa
Maria Lopes Bandeira Simão Correia, Catarina
Ascensão Nascimento Rodrigues, Fernando Manuel
Mendonça Albergaria Matos e Madalena Maria Trin-
dade Coelho Balça.-------------------------------
-----
----Declarada aberta a reunião pelo senhor Presi-
dente, acompanhado pelo primeiro e segunda Secre-
tários da Mesa, deu início aos trabalhos para que
esta reunião foi expressamente convocada. -------
----O Presidente da Mesa informa que efectuou uma
reunião preparatória com os líderes eleitos das 3
forças políticas, para organização desta Assem-
bleia Municipal, cuja colaboração agradece. No
início desta sessão, recebeu, nos termos regimen-
tais, a comunicação da constituição de Grupos
Municipais da CDU e da Coligação PPD/PSD-CDS-PP,
ficando apenas a faltar o PS. Refere que o Regi-
mento já está no link e que será bom todos lerem,
no tocante aos direitos e deveres, dado que é
muito importante nos trabalhos, pedindo em nome
da Mesa a colaboração de todos. Pede que todos
actualizem também os seus dados, para que se pos-
sa comunicar via e-mail. Sobre as actas, sua sim-
plificação e cumprimento com o que consta no
Regimento, estas serão o “resumo do essencial”,
sem gravação, tal qual acontece nas reuniões da
Câmara, e quem quiser que a sua intervenção cons-
te deverá de seguida submetê-la à Mesa.----------
-------Continuando, questiona se concordam com a
introdução do Voto de Pesar pelo falecimento do
Eng. António Manuel Oliveira Saramago, ocorrido
enquanto membro desta Assembleia. Dado o unânime
assentimento, foi apresentado o seguinte Voto de
Pesar pela Coligação.----------------------------
----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -
“A Assembleia Municipal de Estarreja, reunida em
22 de novembro de 2013, apresenta um VOTO DE
PESAR, pelo falecimento da ilustre e reputada
figura da sociedade estarrejense, António Manuel
Oliveira Saramago, de 66 anos de idade, falecido
no passado dia 4 de outubro. António Saramago,
nascido em Salreu em 08/02/1947, para além de
reconhecido profissional e conceituada figura
pública, nutria dedicação especial à família, ao
mesmo tempo que na sua atividade profissional,
desenvolveu enorme atividade em prol de muitas
coletividades e instituições do concelho. No
âmbito social e político, ocupou diversos cargos
em várias instituições da comunidade estarrejen-
se. Destacamos as funções de membro desta Assem-
bleia, na qual participou durante três mandatos
sucessivos, tendo falecido ainda enquanto seu
membro efetivo. Na Assembleia Municipal de Estar-
reja, como na vida, deu sempre exemplo de compe-
tência, empenho, seriedade, respeito pelos outros
e rigor na sua atuação. Assim, delibera esta
Assembleia aprovar este voto de pesar e apresenta
sentidas condolências à família e a todos os que
profundamente sentem a sua ausência”. -----------
--------
----Colocado à votação, foi deliberado, por una-
nimidade exarar o Voto de Pesar e dele dar conhe-
cimento à Família enlutada.----------------------
----O Presidente da Mesa informa os Grupos Muni-
cipais sobre os tempos de intervenção previamente
ponderados, sendo 30 minutos para cada ponto,
distribuídos por 15+10+5 (Coligação, PS e CDU) e
10 minutos para a Câmara Municipal, apelando ao
sentido conciso dos oradores. -------------------
----Informa ainda que, dado serem operacionais ou
electivos, propõe que todos os pontos sejam apro-
vados em minuta, para efeitos de execução imedia-
ta, exceto os pontos 14 e 15, que são meramente
informativos. Colhido o unânime assentimento da
Assembleia, ficou deliberado que referidos os
pontos, caso disso, serão aprovados em minuta. --
----1.- Eco-Parque Empresarial de Estarreja:
fixação de preço para alienação de lote – “Ino-
xantuã – Instalações em Inox, Lda”;--------------
---
----ANTONIO AMADOR ESTEVES (CDU): – Em interven-
ção escrita – “Gostaria em meu nome e da CDU cum-
primentar a todos e desejar que a legislatura
decorra num ambiente democrático de participação
livre com propostas de trabalho que levem ao
desenvolvimento do nosso concelho e das suas
populações. Mas...Sr. Presidente... tal como a
Inoxantuã necessita de um novo lote para o seu
crescimento, também a CDU, com mais 2 elementos
eleitos nesta Assembleia necessita de mais tempo
para que os seus eleitos exponham as ideias, as
preocupações e os projectos dos cidadãos que
representam. Tal com a Inoxantuã pretende alargar
o seu espaço de negócio e aumentar o n.º de fun-
cionários e para isso se predispõe a pagar a
quantia de 20,01 €/m2 pelo novo lote, a CDU , não
entende como é possível, numa Assembleia que é
legalmente o fórum de debate democrático do con-
celho de Estarreja, apenas lhe seja atribuída o
ridículo tempo de cinco minutos para o período
de antes da ordem do dia, se a população do con-
celho deu à CDU um grande crescimento em votos e
mandatos. E porque razão se restringe o período
antes da ordem do dia a 40 minutos quando o regi-
mento prevê até 60m.? Sr. Presidente, Tal com a
Câmara Municipal, deliberou, e bem, baixar o pre-
ço do lote à Inoxiantuã, para o seu desenvolvi-
mento e consequentemente trazer mais riqueza e
postos de trabalho para Estarreja, também a CDU
necessita e reivindica o direito à palavra e dar
assim o seu contributo para o crescimento do nos-
so concelho. Sr. Presidente - Concordamos e con-
cordaremos sempre com a baixa do preço da venda
dos lote do Ecoparque e até pensamos que se deve
ir mais longe isto é baixar mais , sempre que uma
empresa que traga emprego, se queira instalar. E
já agora empregos com direitos e justa remunera-
ção aos trabalhadores. Tal como a Câmara munici-
pal, à data presidida por V.Exª, teve audácia e o
bom senso de diminuir o custo do lote, também a
CDU apela agora, ao bom senso e espírito democrá-
tico do presidente e da maioria circunstancial
PPD/CDS para que em futuras reuniões de líderes
parlamentares, se retire a chamada lei da rolha,
e para tanto invocarei pela voz do nosso épico,
ao qual estou certo não renegam admiração e res-
peito, para que tal como ele, invocou às Tágides
para que o seu poema fosse épico e grandioso,
assim também apelo que os seus versos iluminem e
abram a razão à coligação PPD/CDS e dê a esta
assembleia um estatuto de verdadeira democracia.
“Dai-me uma fúria grande e sonorosa, e não de
agreste avena ou frauta ruda, Mas de tuba canora
e belicosa, Que o peito acende e a cor ao gesto
muda;” Com apelo em verso estou certo que o bom
senso prevalecerá. Quanto à Inoxantuâ, e porque o
comprador deve ter concordado, a CDU vai votar a
favor da proposta da Câmara Municipal”. ---------
------------------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Reconhece que está
dentro dos regulamentos e como tal votará a
favor.-------------------------------------------
--
----Passou-se de seguida à votação, obtendo-se o
seguinte resultado: zero votos contra; dezanove
votos a favor e sete abstenções do PS (Diamantino
Correia, Joel Pereira, Rui Silva, Lúcia Araújo,
Ricardo Fernandes, Patrícia Couto e Miguel Men-
donça), num total de 26 Membros presentes.-------
----2.- Isenção de taxas de ocupação de espaço
público com esplanadas no Município de Estarre-
ja;----------------------------------------------
----RICARDO JORGE FERNANDES (PS): – Intervenção
escrita “Duas notas prévias: - Em primeiro lugar,
gostaria de referir que, embora não seja meu apa-
nágio, redigi a presente intervenção. Como se
trata da minha primeira intervenção nesta Assem-
bleia Municipal, tenho o objetivo que a mensagem
esteja imbuída de clareza e objetividade, ultra-
passando redundâncias e atenuando um tipo de dis-
curso mais vago, complexo e, potencialmente, mais
longo. Provavelmente defeito de formação e pro-
fissão. - Em segundo lugar, aproveito a minha
intervenção para, além de saudar os presentes,
apelar para que o presente mandato da Assembleia
Municipal de Estarreja se oriente pela discussão
de ideias e perspetivas com o respeito, elevação
e dignidade que este fórum merece. Com certeza, é
objetivo de todos nós contribuirmos de forma
construtiva para o desenvolvimento do município,
pautando a nossa ação por uma fiscalização res-
ponsável do trabalho do Executivo Camarário e
pela coerência das nossas posições e ideias para
Estarreja. Relativamente ao ponto da ordem de
trabalhos que me traz aqui, referente à Isenção
de taxas de ocupação de espaço público com espla-
nadas no Município de Estarreja, queremos subli-
nhar que, atendendo ao quadro atual de grande
dificuldade que o país vive, é consensual e
importante que se dinamizem medidas de apoio à
economia, especialmente a setores da atividade
económica que sofrem diretamente com a perda de
poder de compra da população, caso dos cafés,
restaurantes, bares, entre outros. Com efeito,
preconizamos a criação de mecanismos que atenuem
as dificuldades destes estabelecimentos comer-
ciais de restauração e similares, quer no campo
da dimensão financeira intrínseca e individual,
quer no que se refere ao papel importante que têm
no prisma da valorização e atração turística e na
dinamização do espaço público do município de
Estarreja. Neste sentido e de uma forma global, é
com agrado que verificamos que a proposta apre-
sentada em reunião de Câmara do dia 9 de Maio de
2013 pelos vereadores do Partido Socialista, foi
integrada no plano de ação do Executivo Camará-
rio.A proposta inicial do Partido Socialista,
agora traduzida parcialmente na proposta em dis-
cussão, é entendida como uma ação evidente de
apoio aos comerciantes, ao comércio local e um
sinal de reconhecimento da importância da dinâmi-
ca económica que pode ser proporcionada por este
tipo de atividades económicas. Contudo, apesar do
nosso parecer global favorável, a proposta agora
apresentada está assente num conjunto de proble-
mas operacionais e funcionais que são importantes
referir. Convém relembrar que a proposta hoje em
discussão foi apresentada inicialmente em reunião
de Câmara do dia 9 de Maio de 2013 pelos vereado-
res eleitos do Partido Socialista. De forma
incompreensível, apenas 3 meses depois foi consi-
derada e votada e, só agora, 7 meses depois, é
colocada à discussão na Assembleia Municipal.
Questionamo-nos seriamente acerca do atraso da
avaliação da referida proposta… Paralelamente,
verificamos que esta proposta distorce parcial-
mente os pressupostos e o espírito da proposta
feita pelo Partido Socialista. Para além das
“operações de cosmética” feitas ao texto inicial,
identificam-se alguns problemas de conteúdo bem
mais importantes. Se a proposta do Partido Socia-
lista tinha na sua génese a preocupação com a
débil situação atual do comércio local no nosso
município, o Executivo Camarário, no texto que
redige, assenta os seus principais pressupostos
num quadro de potencial turístico e de qualidade
de espaço público, disfarçando o real estado das
coisas. Isto, quer pensemos no comércio, quer
olhemos para a dinâmica turística e para o espaço
público! No fundo, o executivo camarário está a
tentar sair “airosamente” de um cenário que não
previu e cujos efeitos receia! Talvez esta ideia
justifique o adiamento da incorporação da propos-
ta inicial de 9 de Maio de 2013… E o facto de,
somente depois do Verão, estarmos a discutir uma
proposta de isenção de taxas para esplanadas em
sede de Assembleia Municipal. O parecer favorável
do Partido Socialista nesta matéria, surge no
intuito do processo não sofrer mais entraves,
redundâncias de protagonismo político e atos
desesperados do executivo para aparecer “alinha-
do” junto dos comerciantes. Porém, os problemas
não se ficam por aqui… São muito mais do que ape-
nas questões meramente políticas… Na nossa pers-
petiva, existe um desajustamento global dos fato-
res de ponderação exigidos aos estabelecimentos,
principalmente quando analisamos o padrão de com-
portamento do poder local e o seu exemplo no quo-
tidiano. Senão vejamos:- Como é que um município
pode exigir aos comerciantes “salvaguarda dos
equilíbrios ambientais, urbanísticos, arquitetó-
nicos e estéticos”, quando permite o estado de
desleixo na limpeza das vias públicas, quando
reduz a capacidade de recolha dos resíduos sóli-
dos urbanos e quando demonstra um conceito esté-
tico variável ao longo do tempo, visível, por
exemplo, na variedade de tipos de passeios cons-
truídos no município? - Como é que um município
pode exigir aos comerciantes que as suas esplana-
das tenham uma “garantia de segurança e fluidez
do tráfego de viaturas e peões”, quando, em
outros casos, tem dois pesos e duas medidas? -
Como é que um município pode exigir aos comer-
ciantes “adoção de mobiliário urbano de qualidade
em termos de desenho e materiais”, quando os
comerciantes já passam por tantas dificuldades
financeira e quando a Câmara coloca adornos,
acrílicos e supostas esculturas de forma aleató-
ria nas rotundas e noutros equipamentos? Em suma,
quem demonstra um conceito de gestão do espaço
público tão distorcido, não dá, certamente, o
melhor exemplo, nem as garantias mínimas para
exigir o que quer que seja aos nossos comercian-
tes. Concomitantemente, gostaria de sublinhar que
este tema em discussão é muito mais complexo que
aparenta. Isto, porque o dinamismo do comércio
local não se fomenta apenas com a isenção das
taxas de esplanada e, muito menos, com eventos
avulsos, feiras, noites brancas, entre outras
iniciativas… Os problemas da competitividade do
comércio local (e neste caso, da atração de novos
estabelecimentos e manutenção dos já existentes)
devem ser identificados e corrigidos muito mais a
montante. Paralelamente a todos os problemas
levantados, a dinâmica do comércio local de
Estarreja (ou falta dela), padece de outras ques-
tões centrais que devemos referir, que se encon-
tram posicionadas em temáticas de espectro mais
largo e que refletem comportamentos a médio pra-
zo. Permitam-me que aponte algumas ideias:- Não
se conseguirá dinamizar o comércio local quando
este está enquadrado num espaço público de pouca
qualidade e onde os padrões de exigência nos pro-
cessos de regeneração urbana não quase nulos. A
dinâmica comercial não se coaduna com a persis-
tente falta de limpeza nas nossas ruas, com o
crescente número de edifícios degradados e devo-
lutos, com as lacunas ao nível da gestão dos
espaços verdes e com a falta de visão integrada
para aquilo que se entende como espaço público de
qualidade.-Num segundo momento, é importante
referir que a debilidade do comércio local em
Estarreja não é um problema novo. Mesmo que algu-
mas vozes se levantem e ponham em causa a fiabi-
lidade dos dados dos Anuários Estatísticos e do
Recenseamento Geral da População do Instituto
Nacional de Estatística, que recordo ser a enti-
dade oficial de recolha e divulgação de informa-
ção estatística do país que nos merece o total
respeito, os dados disponíveis reforçam esta lei-
tura.Apesar dessas mesmas vozes também possam
colocar, igualmente e forma momentânea, as dife-
rentes competências dos geógrafos do nosso país,
o que os dados Instituto Nacional de Estatística
nos mostram é um claro decréscimo de 25,79% do
total de empresas no município entre 2001 e 2011,
sendo mais grave na perspetiva isolada da indús-
tria transformadora, com a eliminação de cerca de
31,4% das empresas. Se analisarmos apenas o setor
do comércio por grosso e a retalho, de alojamen-
to, restauração e similares, para o período com-
preendido entre 2004 e 2011, verificamos uma
diminuição destes estabelecimentos de cerca de
906 identificados em 2004 para 782 em 2011, o que
perfaz uma variação negativa de aproximadamente
13,7%. Partindo do pressuposto que os dados do
INE não estão errados como alguns defendem, o
problema é mais complexo e não é, definitivamen-
te, novo. Por último, é também essencial que se
apontem algumas incongruências que surgem no
enquadramento e contexto da proposta em discus-
são.Com efeito, surgem questões de elevada impor-
tância… - Como é que um Executivo Camarário, mes-
mo baseando-se numa proposta da sua oposição
política, “embandeira” a isenção de taxas de
esplanada para os estabelecimentos comerciais do
município e, ao mesmo tempo, compactua com aumen-
tos vertiginosos da eletricidade e água para os
comerciantes? - Como é que uma Câmara Municipal
vem agora em auxílio destes estabelecimentos,
esquecendo-se, quase de forma esquizofrénica, que
num passado recente selou um contrato danoso de
fornecimento de água com a ADRA? Dificultando o
quotidiano de toda a população e dos estabeleci-
mentos comerciais em particular. Se é certo que o
executivo camarário propõe a isenção das referi-
das taxas, também é evidente que são cúmplices
nesta escalada de subida dos custos energéticos
no nosso concelho. Se as opções não tivessem sido
estas, certamente que a fatura energética dos
comerciantes seria bem menor e a competitividade
do comércio local em Estarreja estaria num pata-
mar bem mais favorável. Para terminar e em jeito
de síntese, é importante frisar que a valorização
do comércio dito tradicional e do espaço urbano
associado, deve estar intimamente relacionado
(como defende o meu colega e amigo Professor Dou-
tor José Alberto Rio Fernandes, Professor Cate-
drático da Faculdade de Letras da Universidade do
Porto e especialista em questões associadas ao
comércio local e espaço urbano), à qualidade do
espaço público, aos efetivos processos de regene-
ração urbana e à valorização do turismo de forma
integrada. Neste sentido, Exmo. Sr. Presidente da
Câmara Municipal de Estarreja, para combater o
definhamento do nosso comércio local, deverá ser
incorporada uma visão mais prospetiva e uma lei-
tura mais estratégica dos processos de desenvol-
vimento económico e territorial à escala local. A
medida que hoje discutimos, independentemente do
que ela representa pontualmente para o comércio
local no nosso município, tem vários problemas de
fundo que refletem uma clara falta de planeamento
estratégico. Desta forma, é central que façamos o
exercício de pensar como estes elementos podem
contribuir para a elevação do nome e dinâmica de
Estarreja num contexto de valorização do comércio
local, mas também numa perspetiva mais alargada,
de desenvolvimento local”.-----------------------
----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA
CÂMARA): – Esclarece o percurso da proposta e que
depois da vinda dos técnicos, esta foi aprovada
por unanimidade.---------------------------------
----Passou-se de seguida à votação, tendo o mesmo
sido aprovado, por unanimidade dos presentes.----
----3.- Estabelecimento anual da “Taxa Municipal
de Direitos de Passagem” (TMDP), a aplicar no ano
de 2014, sob proposta da Câmara Municipal; ------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Coloca algumas
questões e refere que a redução é populista, aca-
bando por beneficiar os que mais podem. ---------
----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA
CÂMARA): – Refere que a Câmara optou por fazê-lo
na óptica de desagravar os cidadãos onde for pos-
sível. É um sinal positivo.----------------------
----Colocado à votação, foi o mesmo aprovado, por
unanimidade dos presentes.-----------------------
----4.- Fixação das Taxas do IMI – Imposto Muni-
cipal sobre Imóveis para vigorar no ano de
2014,sob proposta da Câmara Municipal;-----------
----AMÉRICO RODRIGUES SOARES(CDU): – Em interven-
ção escrita – “Começo por desejar a todos os ele-
mentos desta Assembleia, as maiores felicidades e
que o vosso empenhamento resulte na concretização
dos projectos que todos acalentamos para que
Estarreja seja um concelho democrático, próspero
e onde haja justiça social. É meu privilégio
estar nesta Assembleia, mais uma vez, sinal de
que alguma coisa mudou em Estarreja. Mudou o sen-
tido de voto, tendo a Oposição saído reforçada
nestas últimas eleições. Todavia Sr. Presidente,
creio que se começou mal, pois, fazendo minhas as
palavras do meu camarada António Esteves, começou
com atropelos ao Regimento desta Assembleia, ten-
tando tirar o pio à Oposição. Espero que isto
seja sol de pouca dura, como diz o nosso povo e
nunca é tarde para se arrepiar caminho! Passando
ao ponto 4 da Ordem do Dia - Sr. Presidente, a
Fixação de Taxas do IMI aprovada pela coligação,
mais não é do que meter a mão no bolso do contri-
buinte. Com a Taxa IMI de 2013 a pagar em 2014 a
Câmara de Estarreja impõe a taxa de 0,4% sobre o
valor tributável dos prédios urbanos avaliados
conforme o CIMI, sendo de 0,3 a 0,5% os limites
impostos na lei. Para os prédios urbanos não ava-
liados em termos do CIMI, a Câmara propõe a taxa
de 0,8%, sendo de 0,5 a 0,8% os limites impostos
pela lei para estes casos. Não conhecemos ainda o
Orçamento para 2014, mas a manter-se a linha do
último ano, tudo indica que os níveis praticados
para o IMI, são desnecessários. Os valor mínimo
exigido pela lei, ou seja, 0,3 ou 0,5%, conforme
os casos, seria mais que suficiente. Não vai
haver investimento e o acréscimo de receita é
para pagar a dívida. Isto meus senhores, mais não
é do que uma nova tributação do poder central,
mas desta vez, da iniciativa da Câmara Municipal
de Estarreja. Já não basta os assaltos do gover-
no! Enquanto em muitas autarquias, por exemplo em
Lisboa e Porto, vão adoptar a taxas mínimas para
o IMI, para assim ajudarem as famílias a sobrevi-
ver à barbárie do governo Coelho & Portas, Estar-
reja faz o que sempre fez, mantém os níveis de
IMI a um nível que na actual situação, se torna
incomportável, metendo a cabeça na areia, como o
avestruz, prosseguindo a sua política autista e
de desrespeito por aqueles que sofrem. Sr. Presi-
dente, se se quisesse ser solidário com os muní-
cipes de Estarreja, tinha-se proposto o valor de
0,3% para a taxa urbana IMI e mesmo assim, aumen-
tava a receita de 2013. Todos sabemos que os pré-
dios urbanos ou já foram ou vão ser reavaliados
nos termos do CIMI e que dessa avaliação resulta
um aumento brutal do valor patrimonial tributá-
vel. Isto quer dizer, que mesmo que a Câmara
aprovasse o valor de 0,3% para a Taxa Urbana do
IMI, a receita a cobrar em 2014, seria maior do
que a receita cobrada em 2012. Poderei fazer con-
tas que demonstram a veracidade das minhas afir-
mações, se o desejarem. Muito rapidamente… se o
valor patrimonial aumentar para o dobro, os 0,3%
passam a representar 0,6% tendo como referência
os valores de 2011. É por decisões destas que
Estarreja se despovoa e envelhece. Só cá ficam os
velhos e aqueles que de tão débeis que estão, já
não conseguem fugir! Durante a recente campanha
eleitoral, a CDU abordou este tema e então dizía-
mos: O nosso objectivo é evitar o definhar de
Estarreja, é evitar que Estarreja se despovoe e
envelheça. Com grande pesar, constamos que Estar-
reja vem seguindo um rumo de esvaziamento e enve-
lhecimento, o rumo da morte lenta, e isto devido
a uma política autárquica errada. O IMI de 0,4%,
mais elevado que nos restantes concelhos do dis-
trito de Aveiro, é uma das causas do êxodo que se
verifica. Com base nos sensos de 2001 e de 2011,
conclui-se: - A população do concelho passou de
28 182 para 27 119, decresceu portanto. - O índi-
ce de envelhecimento (número de pessoas com mais
de 65 anos por cada 100 pessoas com menos de 15
anos) aumentou, passando para 126,1, valor que
apenas é ultrapassado nos concelhos do distrito
de Aveiro mais próximos de Estarreja, por Sever
de Vouga e Oliveira do Bairro. Isto mostra clara-
mente que a gente nova foge de Estarreja! Porquê?
Porque Estarreja é um concelho caro para se
viver, não oferece emprego nem condições que
fixem a população. Sr. Presidente, o povo de
Estarreja na situação actual de crise que o
governo lhe criou com a sua política ultralibe-
ral, não tem possibilidade de defesa, não tem
possibilidade de pagar tantos impostos e a Câma-
ra, que na campanha eleitoral prometeu “Querer
Mais na reabilitação urbana da cidade, fixando
moradores e rejuvenescendo o comércio local”, tem
a obrigação de os ajudar. Para meter a mão nos
bolsos, já temos o governo. À Câmara não se exige
que lhe siga o exemplo. Antes pelo contrário! É
por tudo isto, que a CDU votará contra esta fixa-
ção das Taxas do IMI”. --------------------------
----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Questionou
sobre os proprietários dos prédios rústicos em
área florestal e defende que a taxa de prédios
urbanos deverá ser a mínima, em especial dos rea-
valiados neste ano. -----------------------------
----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -
Em intervenção escrita – “Antes de mais, e na
sequência dos comentários que têm surgido acerca
da distribuição de tempos, gostaria apenas de
referir, que a Coligação venceu as últimas elei-
ções autárquicas, elegendo 4 de 7 vereadores e 13
dos 26 membros desta assembleia. Em próxima ses-
são, o executivo trará a esta Assembleia, para
aprovação, o orçamento e as GOP para 2014. Nessa
altura, legitimamente, muitos irão levantar a voz
para exigir investimentos importantes nas suas
freguesias, ou a realização de investimentos
estruturantes para o Município. Neste cenário de
crise instalada, para além de critério na reali-
zação de investimentos, é necessário assegurar
que o Município possui os meios financeiros
necessários para pagar esses investimentos. Daí
que as receitas do IMI, da Derrama, da participa-
ção do IRS … sejam importantes para constituir a
almofada financeira necessária. Num quadro de
rigor financeiro, num quadro de crise que a todos
toca, o município, sabendo da intenção do governo
em efetuar cortes nas transferências do Estado
para as autarquias (para Estarreja, pensa-se que
sejam cerca de 185.000 €), tenta manter o nível
de receitas por forma a assegurar a realização de
investimentos e a manter a boa saúde financeira.
Nesse sentido, prudentemente, o Município opta
por manter as taxas de IMI ao nível do ano ante-
rior, o que SALIENTE-SE, não corresponde a taxas
máximas, mas a uma taxa intermédia. No caso dos
prédios avaliados, como sabemos, a lei permite
cobrar entre 0.3 e 0.5 e a taxa que nos é propos-
ta é de 0.4. Depois, através de um conjunto de
decisões politicas, o município tenta incentivar
o arrendamento (com a redução das taxas em 20%),
ou penalizar, majorando, a taxa aos proprietários
de prédios degradados, de prédios devolutos, e de
prédios em ruína ou ainda prédios rústicos com
áreas florestais ao abandono. Pese o expectável
aumento da receita a arrecadar, saliento que, de
acordo com a lei, o aumento da receita associada
a este imposto está alocada ao abatimento da
divida. Por outro lado, estando o Orçamento de
Estado ainda em discussão, admite-se que as nego-
ciações em sede de especialidade possam introdu-
zir alterações que provoquem a queda desta recei-
ta dos Municípios. Saliento, finalmente, que ao
contrário do que se refere, nem todos os prédios
estão, infelizmente, avaliados pelo que a propos-
ta do Município, parece-nos uma proposta equili-
brada, sensata e prudente. A terminar, lamentar o
tom utilizado pela oposição para justificar o
voto contra, tendo optado por utilizar termos
pouco apropriados para classificar a decisão
política do executivo”.--------------------------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Referiu sobre a
competitividade do concelho, comparando com
outros concelhos. -------------------------------
--
----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA
CÂMARA): – Reconhece que o IMI é sempre uma ques-
tão sensível, o município para se desenvolver
precisa de ter verbas e dá alguns esclarecimentos
sobre as sucessivas e crescentes diminuições das
receitas. ---------------------------------------
----Passou-se de seguida à votação, obtendo-se o
seguinte resultado: treze votos contra do PS e
CDU e treze votos a favor da COLIGAÇÃO PPD/PSD-
CDS-PP, tendo o Presidente, nos termos do artº 44
do Regimento da Assembleia Municipal, usado o
voto de qualidade face ao empate, sendo o ponto
aprovado. ---------------------------------------
----5.- Lançamento de Derrama relativa ao exercí-
cio económico de 2013, e fixação da respectiva
taxa, sob proposta da Câmara Municipal;----------
----LUIS MIGUEL MENDONÇA (PS): – Refere que o PS
sempre propôs que houvesse isenção para valores
inferiores a 150.000€ e só lamenta o sinal ser
dado só às empresas e não às famílias. ----------
----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-PP):
- Refere que esta medida é um sinal para as
pequenas empresas e embora seja simbólico, esta
taxa não terá um impacto muito significativo, mas
é um sinal positivo. ----------------------------
----Colocado à votação, o mesmo foi aprovado por
unanimidade dos presentes.-----------------------
----6.- Fixação da Taxa de participação do Muni-
cípio no IRS – 2014, sob proposta da Câmara Muni-
cipal;-------------------------------------------
----CARLA CABIQUE MARTINS (CDU): – Em intervenção
escrita – “Em relação à taxa de IRS proposta pela
Câmara Municipal e por motivo de coerência com o
que defende o nosso partido, não poderemos votar
a favor da referida proposta. Quando, na campanha
eleitoral a coligação se tentou demarcar das
políticas de austeridade do governo da mesma
coligação, e da mesma forma ia apregoando que o
importante, são as pessoas e não os partidos, nós
sempre defendemos que as pessoas encabeçam listas
que representam os partidos que as apoiam, aqui,
mais uma vez, temos a prova de que as ditas pes-
soas não estão desligadas dos seus partidos nem
das suas políticas, pois o aumento de impostos
por parte do governo, é aqui defendido e agrava-
do. O ataque efetuado por este governo PSD/CDS a
todos os trabalhadores portugueses é uma constan-
te, as politicas cegas de austeridade, são com-
pletamente desfasadas das necessidades do nosso
país, e verificamos aqui, que a coligação que
governa a nossa autarquia corrobora com esse ata-
que. A fixação da taxa de 5% de participação do
Município no IRS, vem acentuar os motivos de
abandono da população do concelho. Somos, segundo
os Censos, o concelho que mais população perdeu,
assim, perguntamos como poderemos atrair popula-
ção, tendo as taxas máximas permitidas por lei.
Considerando que as populações de muitos conce-
lhos, tomando como exemplo, Almada, Setúbal, Sei-
xal, Lisboa, beneficiam de um desconto de 2,5% no
IRS, e tendo ao seu dispor, ainda assim, serviços
públicos mais abrangentes e de melhor qualidade,
questionamos a necessidade de agravar ainda mais
as contribuições dos Munícipes de Estarreja. Mais
uma vez é uma questão de harmonia com as políti-
cas deste governo, se o primeiro-ministro apela à
emigração dos nossos jovens, Estarreja tem polí-
ticas coincidentes com os princípios do governo,
levando assim ao êxodo da nossa população e à
penalização daqueles que aqui vivem. A nossa
posição de coerência na defesa de quem nos ele-
geu, é o nosso Voto Contra”. --------------------
-------
----RUI JORGE SILVA (PS): – Em intervenção escri-
ta – “Os membros da AM do Partido Socialista nes-
te caso da taxa de IRS só podem votar contra. A
Câmara Municipal devia dar aos munícipes que ain-
da recentemente os escolheram, um sinal de claro
apoio e compreensão face às dificuldades porque
passam os cidadãos, na atual conjuntura económi-
ca. A justificação alegada pela atual vereação da
coligação sobre a preocupação com a «saúde finan-
ceira do município», e que levou à opção pelo
valor máximo permitido por lei daquilo que pode
“retirar” aos cidadãos do município em sede de
IRS não pode ser invocada quando, tendo por base
um plano “ambicioso” se nomeiam mais vereadores a
tempo inteiro ou quando se nomeiam membros para o
gabinete da presidência. Numa breve análise pode-
mos constatar que por exemplo a exemplo de outras
questões tão fulcrais como as que os dados dos
censos podem demonstrar, este executivo mantêm a
tendência contrária da maioria dos concelhos
vizinhos e infelizmente não é só no IRS: - Águeda
– 2%|Ovar-3%|Albergaria à Velha – 4%| Aveiro –
4,3% com a Lei das Finanças Locais, em vigor des-
de 2007, os municípios passaram a beneficiar de
uma fatia de 5% da receita do IRS cobrado pelo
Estado central. A legislação permite que as
autarquias abdiquem desse dinheiro, ou de parte,
a favor dos contribuintes do concelho. Desta for-
ma, a câmara municipal deixa de ter receita para
o seu orçamento anual, mas a fatura fiscal das
famílias é aliviada nessa mesma proporção. Vários
municípios têm usado o mecanismo – conjugado com
outros apoios a famílias –, em políticas de fixa-
ção de residentes, por exemplo. Como os vereado-
res do Partido Socialista já tinham referido em
reunião de Câmara e que tem vindo a ser referido
em anos anteriores: “a Câmara perde aqui, uma vez
mais, uma extraordinária oportunidade de demons-
trar que está ao lado das pessoas e que os muní-
cipes – já de si massacrados pelas políticas do
governo que tanto lhes tem tirado – é que estão
no centro das suas preocupações”.Infelizmente em
Estarreja tal não acontece. Quando se opta por
aplicar uma taxa máxima sobre o IRS dos seus
munícipes, a atual Câmara só dá um sinal, um
sinal de que se preocupa mais com os meios do que
com a forma, e assim serão os munícipes que vota-
ram neste executivo, tal como os que não votaram,
a “dar” 5% do seu IRS para que as ambições de
outros sejam suportadas”.------------------------
----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-
PP): - Em intervenção escrita – “Como referi em
anterior intervenção, no atual cenário de crise,
para além de rigor na realização da despesa, é
necessário assegurar a disponibilização dos meios
financeiros necessários para pagar os investimen-
tos que se pretendem realizar. Daí que a correta
fixação dos impostos e taxas municipais seja
importante para constituir uma boa almofada
financeira. A lei 02/2007 de 15 de Janeiro, assi-
nada pelo ex-primeiro ministro José Sócrates,
aprova a lei das Finanças locais, permite aos
municípios participarem até 5% do IRS apurado a
cada contribuinte. A informação que nos é presen-
te diz-nos que, grosso modo, os munícipes estar-
rejenses em 2013 pagaram IRS (referente a 2012)
de aproximadamente 13 M €. Desses, 12,3 M € caí-
ram nos cofres do estado, e um pouco menos de
700.000 € vieram para o Município. Tudo isto para
dizer que embora 1 € seja 1 €, o certo é que em
cada 100 € de IRS pago, 95 € ficam nos cofres do
Estado e apenas 5 € caiem nos cofres do Municí-
pio. Baixar a taxa em 1%, no exemplo referido,
era manter nos bolsos dos contribuintes 1 € e só
“sacar”, como gosta de dizer a oposição 4 €. Num
período em que o OE cada vez transfere menos
dinheiro para os Municípios, o executivo não
deve, de ânimo leve, abrir mão das receitas que a
LEI lhe permite arrecadar. A prudência, particu-
larmente nesta fase de incerteza, aconselha a
ponderar muito bem todas as decisões. Mais uma
vez lamentar o tom que a oposição teima em utili-
zar, nomeadamente a tal palavra “sacar”. A pala-
vra só poderia ser utilizada, se a decisão não
estivesse de acordo com a lei. Lamentar também o
facto de o PS, mais uma vez, teimar em não acei-
tar democraticamente a vontade popular. Permita-
me, Sr. presidente, ler o último parágrafo da
declaração de voto do PS:”Ao aplicar o valor
máximo que pode ir buscar ao IRS dos seus muníci-
pes, a atual Câmara demonstra que a sua preocupa-
ção é mais por si própria e pelos seus políticos
no poder, do que pelos cidadãos que – ironia da
democracia! - ainda recentemente os escolheram.
Ainda há um mês os Estarrejenses se pronunciaram
e já se questiona a sua sapiência. Os Estarrejen-
ses não são ignorantes, o que se passa é que a
população confiou, confia na coligação QUERER
MAIS – PSD/CDS-PP, ou como alguém disse, “prefe-
riu, prefere MAIS … do mesmo”!!! ----------------
------------------------------DIAMANTINO MANUEL
SABINA (PRESIDENTE DA CÂMARA): – Refere que é a
prudência face aos encargos que transitam para
2014 que faz com que não se mexa nesta taxa. ----
-------------------------Passou-se de seguida à
votação obtendo-se o seguinte resultado: treze
votos contra do PS e CDU e treze votos a favor da
COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-PP, tendo o Presidente, nos
termos do artº 44 do Regimento da Assembleia
Municipal, usado o voto de qualidade face ao
empate, sendo o ponto aprovado. -----------------
--------------------------7.- Eleição de Presi-
dente da Junta de Freguesia para integrar a
Assembleia Distrital de Aveiro, em representação
das Juntas de Freguesia; -------Os cinco Presi-
dentes de Junta de Freguesia apresentaram como
candidato José Gabriel Tavares, Presidente da
Freguesia de Canelas e Fermelã. -------Passou-se
de seguida à votação secreta, obtendo-se o
seguinte resultado: zero votos contra; 18 votos a
favor e oito votos brancos, tendo sido eleito por
maioria José Gabriel Tavares. ------------8.-
Designação de quatro pessoas para a CPCJ - Comis-
são de Protecção de Crianças e Jovens, na sua
vertente alargada;-------------------------------
Apresentada uma lista com dois elementos da Coli-
gação PPD/PSD-CDS-PP: – Alexandra Pires Mortágua
e Manuel do Nascimento Valente de Almeida e Sil-
va; um elemento do PS – Lúcia Maria de Almeida
Araújo e um elemento da CDU – Carla Sónia Cabique
Martins. ----------------------------------------
----Dado o unânime assentimento à designação. ---
----9.- Eleição de membro da Assembleia Municipal
para integrar o Conselho da Comunidade do ACeS do
Baixo-Vouga;-------------------------------------
----ANTONIO AMADOR ESTEVES (CDU): – Refere que
houve consenso que ficasse o Dr. Hélder Rodri-
gues. -------------------------------------------
----Passou-se de seguida à votação por voto
secreto, obtendo-se o seguinte resultado: onze
votos contra e 15 votos a favor, tendo sido elei-
to por maioria, Hélder Fernando de Matos Rodri-
gues.--------------------------------------------
----10.- Designação de um membro da Assembleia
Municipal de cada partido para integrar o Conse-
lho Municipal da Juventude; ---------------------
----Indicados os seguintes elementos: PPD/PSD:-
Joana Raquel Figueiredo Líbano; CDS-PP:– Carlos
Augusto Oliveira Valente; PS:– Joel António Mar-
ques Pereira; CDU:– Carla Sónia Cabique Martins.-
----Dado o unânime assentimento à designação.----
----JOSE GONÇALO COSTA (PS): - Refere que ante-
riormente o Conselho nunca reunia a tempo e horas
e que este seja constituído o quanto antes. -----
----11.- Eleição de quatro membros da Assembleia
Municipal para integrar a Assembleia Intermunici-
pal da CIRA – Comunidade Intermunicipal da Região
de Aveiro;---------------------------------------
----Apresentada uma lista com dois elementos da
coligação PSD/PSD-CDS-PP:– Carlos Albérico Alves
e José da Luz Matos; um elemento do PS – Ricardo
Jorge Fernandes e um elemento da CDU – António
Amador da Silva Esteves.-------------------------
----Colocada a referida lista à votação, a mesma
foi aprovada, por unanimidade.-------------------
----12.- Eleição de membro da Assembleia Munici-
pal para integrar a Comissão Municipal de Trânsi-
to;----------------------------------------------
----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PSD-CDS-
PP):- Sugere José António Pereira Marques, Presi-
dente da Freguesia de Beduído e Veiros. ---------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Sugere José Jorge
Valente Borges, Presidente da Junta de Freguesia
de Avanca.---------------------------------------
----Fica designado como lista A – José António
Pereira Marques e como lista B – José Jorge
Valente Borges.----------------------------------
------Passou-se de seguida à votação por voto
secreto, obtendo-se o seguinte resultado: Lista
A: - treze votos; Lista B:– doze votos; um em
branco. Foi eleito por maioria o José António
Pereira Marques. O eleito propõe que fique como
suplente José Jorge Borges. Foi unanimemente
aceite o proposto.-------------------------------
----------------13.- Constituição de Comissões da
Assembleia Municipal de Estarreja; --------------
---------------Sobre a composição das Comissões a
constituir, o Presidente da Mesa explicou o acor-
do prévio e que presidirá às Comissões a criar e
estas integrarão mais 6 elementos, sendo 3 da
Coligação PSD/PSD-CDS-PP, 2 do PS e 1 da CDU.----
--------------Dado o unânime assentimento à com-
posição.--------Sobre a criação de Comissões,
comunicou o consenso prévio sobre duas, assim a
constituir: -
----COMISSÃO PERMANENTE:-------------------------
----Pela Coligação PSD/PSD-CDS-PP:- Membros efec-
tivos:- Carlos Augusto Oliveira Valente, Carlos
Albérico de Amorim Alves e José Augusto da Luz
Matos. Membros Suplentes:- Joana Raquel Figueire-
do Líbano e Helder Fernando de Matos Rodrigues;—
----Pelo PS:- Membros Efectivos: Diamantino Cor-
reia e Patrícia Couto. Membro Suplente:- Lúcia
Maria Araújo;------------------------------------
----Pela CDU:- Membros Efectivos:- Américo Soa-
res. Membro suplente:- Carla Cabique Martins.----
----COMISSÃO DE ECONOMIA E FINANÇAS:-------------
----Pela Coligação PSD/PSD-CDS-PP: Membros efec-
tivos:- Arminda Paula Moutela Brandão, Carlos
Albérico de Amorim Alves e Miguel Ângelo de
Almeida Fragosos Santos. Membros Suplentes:- Ale-
xandra Adelaide Pires Mortágua e António Manuel
da Silva Esteves;--------------------------------
----Pelo PS: Membros efectivos:- Miguel Mendonça
e Rui Jorge Silva. Membro suplente:- Joel Marques
Pereira;-----------------------------------------
----Pela CDU:- Membro efectivo:- António da Silva
Esteves. Suplente:- Carla Cabique Martins.-------
----Estas Comissões foram constituídas por unani-
midade. -----------------------------------------
----JOSÉ GONÇALO COSTA apresenta uma proposta da
criação da Comissão do Associativismo. ----------
----Pelas vinte e três horas os trabalhos são
interrompidos, para os Grupos Municipais analisa-
rem a referida proposta.-------------------------
----Retomados os trabalhos, é posta à votação
para a criação, com a seguinte constituição:-----
------COMISSÃO DE ASSOCIATIVISMO:----------------
-- ----Coligação PPD/PSD-CDS-PP: – Alexandra
Pires Mortágua, António Manuel Esteves e Hélder
de Matos Rodrigues;------------------------------
---------PS – José Gonçalo Costa e Patrícia Cou-
to;--------CDU – Carla Cabique Martins. ---------
-----------Dado o unânime assentimento à consti-
tuição.------14.- Conhecimento de compromissos
plurianuais do 2º e 3º trimestre/2013, conforme
LCPA - Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atra-
so;-------------Não havendo intervenções, a
Assembleia Municipal tomou conhecimento das lis-
tagens apresentadas pela Câmara Municipal, con-
forme deliberações nºs 200, 230 e 277, de 11 de
Julho/13, 8 de Agosto/13 e 10 de Outubro/13. ----
-----------------------15.- Conhecimento do Rela-
tório da IGF - Inspeção Geral de Finanças.-------
------------------ ----JOSE GONÇALO COSTA (PS):-
Refere que a lei não foi cumprida, dando-se a
conhecer só depois das eleições autárquicas. Faz
alguns comentários sobre o relatório, referindo
que deve haver responsabilidades políticas. -----
----------------------JOSÉ DA LUZ MATOS
(COLIGAÇÃO PPD/PSD-CDS-PP): - Comenta que o rela-
tório é de 2008/2011 e não vê como isso iria
influenciar as eleições. Refere que estes relató-
rios são comuns e servem para detectar e corrigir
problemas. Do prazo, a Chefe de Divisão assumiu o
lapso. ------------------------CARLOS ALBÉRICO
ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): - Em intervenção escri-
ta – “Acho que já foi QUASE tudo dito!!! Só gos-
taria de referir que o PS em declaração de voto
refere que “o anterior executivo se AUTO-ELOGIOU”
(relativamente à situação financeira da câmara).
No entanto, não foi só o anterior executivo a se
AUTO-ELOGIAR. Publicamente, o GM do PS nesta
assembleia e os vereadores do PS no último execu-
tivo fizeram o mesmo. Vereadores que tinham aces-
so privilegiado às contas do Município e apesar
de oposição não hesitaram em elogiar o executivo.
Efetivamente, aquando da discussão nesta Assem-
bleia em 30/04/2013, das contas do exercício de
2012, o grupo Municipal do Partido Socialista,
através de Guilherme de Pinho Ferreira, apresen-
tou uma declaração de voto que subscrevia e cor-
roborava a declaração de voto do PS na Câmara
Municipal. Nessa declaração de voto, gostaria de
salientar o seguinte: “Registar como aspetos
positivos a diminuição global da divida e do ser-
viço da dívida e, nesse particular, destacar o
esforço de rigor e dedicação que o vereador Abí-
lio Silveira tem destacado à gestão financeira da
Câmara Municipal. As contas apresentadas … permi-
tem pensar que não obstarão e poderão ser mesmo,
nalguns aspetos, um ponto de partida para novas
conquistas. E é por isso justo, neste particular,
enaltecer o papel do vereador do pelouro.” Fica
pois a minha SURPRESA. Este documento, não con-
traria nada. Mas a contrariar, contraria não só o
AUTO-ELOGIO do anterior executivo, mas também os
ELOGIOS feitos pela própria oposição ao anterior
executivo. Isto é, as contas não mudaram porque
houve um relatório da IGF. Continuam a ser boas!
Apenas mudou o PS de atitude, contrariando-se e
desdizendo-se. Pior, mostrando oportunismo sem
memória, nem fundamento. É assim que querem ser
alternativa?”--------------------------------
----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Propõe que
se veja numa próxima Assembleia o que foi dito
pela Câmara para corrigir. Faz entretanto algumas
comparações entre o que diz a Câmara e o que diz
o relatório. ------------------------------------
----JOSÉ EDUARDO DE MATOS (Presidente da AM): - A
Câmara tem sempre um responsável máximo, mesmo
delegando competências, que também neste caso é o
Presidente. De 2002 a 2013 é ele próprio. A Câma-
ra recebe inúmeras notificações com prazos, que
os Serviços controlam e informam, sendo este um
desses casos. As contas são conhecidas e elogia-
das. Inspecionar é diferente de gerir. Aconselha
a ler o artigo no Jornal de Estarreja de Abílio
Silveira e apresenta dados sobre a gestão e os
bons resultados da Câmara. ----------------------
----RICARDO JORGE FERNANDES(PS):– Questiona se o
relatório foi dado a conhecer nos 10 dias de lei.
----LUIS MIGUEL MENDONÇA (PS): – Questiona se
José Eduardo Matos teve conhecimento do relató-
rio. --------------------------------------------
----JOSÉ EDUARDO DE MATOS (Presidente da AM):-
Respondeu a ambos, sendo o circuito interno
conhecido. Não faz sentido a teoria de que o
anterior executivo adiou o dar a conhecer, pois
procedeu como nos anteriores relatórios ou pra-
zos.---------------------------------------------
----Não havendo mais assuntos a analisar ou deci-
dir, o Presidente da Assembleia deu por encerra-
dos os trabalhos, eram zero horas e cinco minu-
tos. --------------------------------------------
----Para constar e devidos efeitos, se lavrou a
presente ata que, depois de submetida a aprovação
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