Slides de Algodao 2015-2 Parte I

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Cultivo do Algodoeiro

Prof. João Araujo

UFRRJ

2015

Cultivo do Algodoeiro

Breve Histórico das Fibras Texteis

•Pré-história: pele de animais para proteger

do frio;

•Alternativa as fibras de animais: algodão e

linho

•Egito, Índia e Peru: vestígios 2000 a.C.

Homem de Neandertal, com

Roupas de Pele no Período

Paleolítico

Um pouco de história

- O algodoeiro é conhecido desde 8 mil anos A. C..

- A Índia é tida como centro de

origem do algodoeiro. - Indígenas transformavam o

algodão em fios e tecidos na época do descobrimento do Brasil.

Algodão no mundo:

- Produção de algodão em pluma

- Maiores produtores :

China,

Estados Unidos,

Índia

Brasil.

Algodão no mundo:

Algodão no mundo:

Algodão no mundo:

http://www.abrapa.com.br/estatisticas.asp#conab

Milhões de toneladas

SAFRA

2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16

TOTAL MUNDIAL 25,453 27,847 26,667 26,283 26,203 23,924 Principais Países

INDIA 5,865 6,239 6,205 6,770 6,507 6,371

CHINA 6,400 7,400 7,300 6,929 6,480 5,411

USA 3,942 3,391 3,770 2,811 3,553 3,114

PAKISTAN 1,948 2,311 2,002 2,076 2,305 2,050

BRAZIL 1,960 1,877 1,310 1,734 1,508 1,478

UZBEKISTAN 0,910 0,880 1,000 0,940 0,940 0,921

OTHERS 4,429 5,749 5,080 5,023 4,911 4,578 ICAC – Cotton This

Month

Atualizado em

14/07/2015

Produção Mundial Últimas 6 safras - Million Metric Tons

Algodão no Brasil:

Nas últimas três safras, com volume médio

próximo de 1,7 milhão de toneladas de pluma,

O país se coloca entre os cinco maiores

produtores mundiais, ao lado de países como

China, Índia, EUA e Paquistão.

O Brasil é o terceiro país exportador

E o primeiro em produtividade em sequeiro.

O cenário interno também é promissor: somos o

quinto maior consumidor, com quase 1 milhão

toneladas/ano.

Histórico do Algodão no Brasil:

• 4,1 milhões de hectares plantados no Brasil;

• 3,2 milhões de algodoeiros arbóreos no Nordeste;

• Sistema exploração familiar ou em parceria;

• Mecanização de poucas etapas do cultivo;

• Colheita manual

• Pouca utilização de insumos modernos;

• Baixa produtividade;

• Agricultura empresarial apenas, nas regiões Sul e Sudeste

Cotonicultura no final do secúlo XX

Algodão no Brasil:

30.000 ha

Localização da produção em 1981

Algodão no Brasil:

30.000 ha

Localização da produção em 2006

Algodão no Brasil:

Zoneamento para Transgênico

Distribuição dos cultivos (Área em ha)

Algodão no Brasil:

Maiores produtores nacionais

MT e BA

juntos possuem 81,5% da área plantada no

Brasil.

PERSPECTIVAS DA COTONICULTURA NO BRASIL

Áreas 2007 e projeção 2015

0

200

400

600

800

1000

1200

MT

BA

GO

MS

SP

PR

MG

TO,M

A,PI,D

F

NO

RDESTE

Áre

as -

1.0

00 h

a

2007

2015

Importância:

- 81 países cultivam o algodoeiro,

- liderados pela China, E.U.A. e

Índia.

- O Brasil é o 3º. Maior exportador,

- US$25 bilhões/ano investidos na cadeia.

- 4% do PIB nacional e 13,5% do PIB

industrial.

Exportações Brasileiras

Fonte: Análise das Informações de Comércio Exterior - Alice

Atualizado em 14/07/2015

País Janeiro a Julho/15 Janeiro a Julho/14 Variação Relativa

Valor Quant. Valor Quant. Valor Quant.

US$ Mil t US$ Mil t US$ Mil t

INDONÉSIA 84.454,00 56.557,00 95.515,00 49.227,00 -11,58 14,89

CORÉIA DO SUL 48.307,00 30.178,00 41.273,00 21.273,00 17,04 41,86

TURQUIA 43.566,00 30.593,00 11.533,00 6.211,00 277,75 392,56

VIETNÃ 44.824,00 29.700,00 20.589,00 10.621,00 117,71 179,63

MALÁSIA 43.602,00 27.764,00 15.659,00 8.168,00 178,45 239,91

CHINA 44.976,00 26.946,00 68.974,00 34.955,00 -34,79 -22,91

PAQUISTÃO 19.503,00 13.096,00 1.204,00 614,00 1.519,85 2.032,90

TAILÂNDIA 19.359,00 12.169,00 11.781,00 6.008,00 64,32 102,55

TAIWAN 17.843,00 11.831,00 16.879,00 8.739,00 5,71 35,38

EQUADOR 7.676,00 5.674,00 5.966,00 3.206,00 28,66 76,98

BANGLADESH 8.151,00 5.348,00 3.688,00 1.888,00 121,01 183,26

JAPÃO 7.661,00 4.154,00 6.116,00 3.151,00 25,26 31,83

ITÁLIA 2.279,00 1.495,00 388,00 199,00 487,37 651,26

ÁFRICA DO SUL 576,00 1.350,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub-total 392.777,00 256.855,00 299.565,00 154.260,00 31,12 66,51

OUTROS 9.507,00 6.234,00 11.355,00 6.076,00 -16,27 2,60

Total 402.284,00 263.089,00 310.920,00 160.336,00 29,39 64,09 Fonte: Análise das

Informações de Comércio

Exterior - Alice

Atualizado em 13/08/2015

Safra 2013/2014

Preços atrativos.

Produtividade média 1.511Kg/ha.

ALGODÃO NO BRASIL – SAFRA 2013/2014

Área cultivada

(ha) Produção de pluma (ton)

Brasil 1.123.140,48 1.705.197,99

Uso do algodoeiro:

Aproveitamento:

-Fibra (35% do peso da produção).

- Caroço (65%).

- O caroço (semente): - Rico em óleo (18-25%). - 20-25% de proteína bruta. - O óleo é refinado e destinado

à alimentação humana e fabricação de margarina e sabões.

Botânica:

Botânica:

Característica da planta:

- Ereta, anual ou perene.

- Raiz principal cônica, pivotante, profunda e com pequeno número de raízes secundárias grossas e superficiais.

Botânica:

Característica da planta:

Botânica:

Caule:

- Herbáceo ou lenhoso. - Altura variável. - Ramos vegetativos: 4 a 5, na parte de inferior. - Ramos frutíferos:

variável, na parte superior.

Botânica:

Folhas:

- Pecioladas.

- Cordiformes.

- Consistência coriácea ou não.

- Inteiras ou recortadas (3 a 9

lóbulos).

Botânica: Flores:

- Hermafroditas. - Axilares. - Isoladas ou não. - Cor creme nas recém-abertas (que passam a rósea e purpúreo). - Com ou sem mancha purpúrea na base interna. - Abertura: a cada 3-6 dias.

Botânica: Frutos:

- “Maçãs“, quando verdes.

- “Capulhos“, após a abertura.

- Cápsulas de deiscência (abertura)

longitudinal.

- 3 a 5 lojas cada uma, encerrando 6

a 10 sementes.

Botânica:

Maçã :

Capulho:

Botânica: Sementes

Sementes

Botânica:

Características comerciais da fibra:

- Comprimento.

- Finura.

- Maturidade.

- Resistência.

Botânica: Cultivares diferenciam-se quanto ao:

- Tamanho da fibra:

- Curta, média e longa.

- Ciclo:

- Curto (120-150 dias) ou ciclo

longo (150-180 dias).

- Porte:

- Alto ou baixo.

Zoneamento Agroclimático

Planta de Clima Tropical;

Exige:

muito calor,

muita luminosidade e

umidade regular no solo

Condições Edáficas

Fenologia

Época de Plantio e Colheita

Preparo do solo:

Eliminação total da “soca”.

Restos da planta colhida, o mais

rapidamente possível, por

incorporação ou quimicamente.

Colheita Manual Colheita Mecanizada

Preparo do solo:

Recomenda-se a utilização de

grades leves (até 2 gradagens) e

incorporação com arado (preferencialmente

“aiveca”).

Portaria da Ministério da Agricultura (n.º

75 de 16 de junho de 1993, n.º 77 de 23 de

junho de 1993 e n.º 116 de 16 de junho de

1994).

Destruição da Soca

Destruição da Soca

Bicudo-do-algodoeiro

Preparo do solo:

Deve-se evitar ao máximo o uso da grade aradora pesada na movimentação do

solo; deve-se optar pelo uso inicial da grade leve (para triturar ervas/restos de

cultura) e seguido de aração (preferentemente com arado de aiveca).

Essa ação visa conservar o solo, permitir maior infiltração de água no solo e facilitar

o controle de ervas daninhas. Uma ou duas gradagens podem se seguir ( a 2ª

próximo ao plantio).

A movimentação do solo deve ser feita quando os torrões quebrem-se com

facilidade quando apertados entre os dedos.

Preparo do solo:

Calagem (correção do solo):

Antecedência ao plantio (120 dias) deve-se retirar amostras de solo da área de plantio, enviar para laboratório de solos para obtenção de resultados de análise e recomendações para aplicação de corretivos de solo (calcários, outros) e adubos em geral.

Havendo necessidade de uso de calcário aplicar:

1) metade da dose antes da aração e

2) a segunda metade antes da 1ª gradagem.

Teor de magnésio acima de 1,0 meq./100cm3 não há necessidade de usar calcários magnesianos ou dolomíticos;

Preparo do solo: Adubação:

N - deve ser fornecido ao algodoeiro na ocasião do plantio e fracionado (2-3 vezes) em cobertura até 40 dias após emergência.

P- a planta requer grandemente o fósforo entre 30 e 50 dias,

K- entre 30 e 50 dias e em torno de 90 dias,

Mg -a partir de 35 dias,

S - em torno de 50 dias e 80 dias após a

emergência.

Preparo do solo: Adubação:

Seguir as recomendações da análise de solos;

Parcelada:

plantio (1/3)

em coberturas – (1/3 dos 25 aos 30 dias e 1/3 aos 45 dias pós emergência).

Obs: no plantio deve ser colocada a 5cm de profundidade e ao lado da semente; já na adubação de cobertura é aplicada a uma distância de 15 a 25cm da planta e incorporada ao solo (cultivador).

O superfosfato simples e sulfato de amônio ou potássio suprem as necessidades de enxofre.

Plantio Centro-Sul: DEZ a JAN

Nordeste: JAN a MAR

Semeadura População de plantas:

200.000 a 320.000 plt/ha.

Espaçamento:

0,75 m entre linhas.

(Colhedoras!)

Profundidade:

5 a 6 cm.

Cultivares: Características de uma boa cultivar:

Produtividade elevada (200 a 300 arrobas/ha).

Alto rendimento de fibras (38 a 41%).

Ciclo normal a longo (150 a 180 dias de ciclo).

Maturidade acima de 82%.

Teor de fibras curtas inferior a 7%.

Comprimento de fibras acima de 28,5 mm.

Cultivares: FIBRA BRANCA (SAFRA 2010/2011):

cultivares de algodão de fibra branca da EMBRAPA BRS

269 – Buriti e BRS 293, dentre muitos outros

Regiões de Cerrado – abrangendo os Estados de Mato

Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,

Rondônia, Maranhão e Piauí

Cultivares:

COLORIDOS

Para a produção na Região Nordeste: BRS Rubi,

BRS Safira, BRS Verde e BRS Topázio.

A principal vantagem:

fato de serem mais valorizadas no

mercado;

além de reduzirem os custos da indústria e

serem ecologicamente corretas, uma vez

que dispensam as fases de preparo para

tingimento, o que requer a utilização de

produtos químicos. Isso reduz o consumo de

água e energia, bem como a quantidade de

efluentes a serem tratados.

Práticas Culturais

Controle de plantas invasoras:

- Período crítico de competição:

dos 15 aos 56 DAE

Práticas Culturais

Controle de invasoras:

Controle de invasoras:

Vários produtos registrados:

Pré-Emergência

Pós-Emergência

Alachlor, Alachlor+Trifluralin, Amônio;

Glufosinato, Clethodim, Clomazone,

Cyanazine, Diuron, Diuron + MSMA, Diuron +

Paraquat, Fluazifop;

P- Butil, Linuron, MSMA, Norflurazon, Oxadiazon, Oxyfluorfen, Paraquat, Pendimethalin, Propaquizafop, Pyrithiiobac;

Sodium, Sethoxidin e Trifluralin.

Controle de invasoras:

Controle de invasoras:

Controle de invasoras:

Estratégia:

Controle de invasoras: Problemas:

Controle de invasoras: Problemas:

Controle de invasoras:

Cuidado:

Práticas Culturais Manejo da irrigação:

Mais de 60% do cultivo do algodoeiro no mundo é em

regime de irrigação.

Embora considerado uma planta resistente à seca, sua

exploração só sob regime de sequeiro, não se tem mostrado

compensadora,, refletindo-se em baixa produtividade.

No Brasil, a cotonicultura irrigada começa a ganhar espaço,

porque, além de garantir a estabilidade da produção, ainda

possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se

comparados com os da agricultura de sequeiro.

Práticas Culturais Manejo da irrigação:

Práticas Culturais Manejo da irrigação:

Mais de 60% do cultivo do algodoeiro no mundo é em regime de irrigação. Isto porque, embora

o algodoeiro seja considerado uma planta resistente à seca, às vezes, sua exploração só sob

regime de sequeiro, não se tem mostrado compensadora, haja vista a ocorrência de veranicos

durante o seu ciclo fenológico, quando a umidade no solo não é suficiente para atender às

necessidades hídricas da planta, refletindo-se em baixa produtividade.

No Brasil, a cotonicultura irrigada começa a ganhar espaço, porque, além de garantir a

estabilidade da produção, ainda possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se

comparados com os da agricultura de sequeiro.

Os principais métodos utilizados na irrigação do algodoeiro

são:

irrigação por superfície;

irrigação por aspersão;

a irrigação localizada está em fase de expansão.

Em média, a quantidade de água necessária para atender o

algodoeiro é de 700 mm a 1300 mm.

No semi-árido do Nordeste brasileiro, o consumo de água

pelas plantas para cultivares, desenvolvidas pela EMBRAPA

ALGODÃO, de ciclo curto (100-120 dias) e médio (130-150

dias) varia de cerca de 450 mm a 700 mm.

Práticas Culturais Manejo da irrigação:

Mais de 60% do cultivo do algodoeiro no mundo é em regime de irrigação. Isto porque, embora

o algodoeiro seja considerado uma planta resistente à seca, às vezes, sua exploração só sob

regime de sequeiro, não se tem mostrado compensadora, haja vista a ocorrência de veranicos

durante o seu ciclo fenológico, quando a umidade no solo não é suficiente para atender às

necessidades hídricas da planta, refletindo-se em baixa produtividade.

No Brasil, a cotonicultura irrigada começa a ganhar espaço, porque, além de garantir a

estabilidade da produção, ainda possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se

comparados com os da agricultura de sequeiro.

Importante: as necessidades hídricas da cultura variam com os

estádios fenológicos: mínima, no estádio inicial, após a emergência,

e máxima, entre a floração e a frutificação;

se houver déficit hídrico neste estádio de desenvolvimento, poderá

ocorrer redução de produtividade de até 50%.

Um amplo suprimento hídrico pode resultar num crescimento

vegetativo rápido, enquanto a insuficiência de água retardará ou

deterá o crescimento;

Um suprimento adequado de água, em equilíbrio com os demais

fatores de produção, estimula tanto o crescimento dos ramos

vegetativos como o dos ramos frutíferos, resultando em elevadas

produtividades.

O potencial de rendimento do algodoeiro submetido a um manejo de

irrigação racional é superior a 3.000 kg de algodão em caroço/ha.

Práticas Culturais Manejo da irrigação:

Mais de 60% do cultivo do algodoeiro no mundo é em regime de irrigação. Isto porque, embora

o algodoeiro seja considerado uma planta resistente à seca, às vezes, sua exploração só sob

regime de sequeiro, não se tem mostrado compensadora, haja vista a ocorrência de veranicos

durante o seu ciclo fenológico, quando a umidade no solo não é suficiente para atender às

necessidades hídricas da planta, refletindo-se em baixa produtividade.

No Brasil, a cotonicultura irrigada começa a ganhar espaço, porque, além de garantir a

estabilidade da produção, ainda possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se

comparados com os da agricultura de sequeiro.

Conclusão:

A irrigação, principalmente a mecanizada, pode, em alguns

casos, triplicar a produção, quando comparada à de sequeiro;

Um fator determinante na economia de trabalho, de água e de

energia, em áreas irrigadas, é a determinação da época de

supressão das irrigações de forma a não comprometer o

rendimento nem a qualidade da fibra do algodoeiro;

Adicionalmente, promove o amadurecimento fisiológico precoce

das plantas e antecipa a queda das folhas, o que, no caso da

colheita mecânica, pode dispensar o uso de desfolhantes.

Práticas Culturais

Aplicação de fitorreguladores:

REGULAM:

- Crescimento, desfolhação e maturação.

Efeitos nas Plantas

Reguladores de Crescimento

POR QUE?

Plantas acima de 1,5m de altura, dificultam:

Colheita mecanizada;

O controle de pragas e

Ocasionam sombreamento das partes mais baixas da planta resultando no apodrecimento de maçãs.

Efeitos nas Plantas

Reguladores de Crescimento

Efeitos nas Plantas

Efeitos nas Plantas

Ações dos Fitorreguladores

Algumas Estratégias

Resumo