TODA AÇÃO GERA UMA REAÇÃO“

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“ TODA AÇÃO GERA UMA REAÇÃO“

UC Saúde Única

Grande nevoeiro

Londres - 1952

T1:E4 "Ato Divino"T1:E4 "Ato Divino"

Impacto ambiental causado

pela queima de

combustíveis fósseis na

indústria e nos transportes –

ocasionou a morte de 12 mil

pessoas e 100 mil doentes

ATIVIDADE: TEMPESTADE DE IDÉIAS

Em grupo, pensar no título dessa aula ‘Toda ação gera uma reação’ e contextualizar com as percepções sobre o

curta metragem ‘Ilha das flores’, o vídeo com o recorte da série ‘The Crown’ e as duas reportagens apresentadas em

aula. A partir das discussões, elaborar uma possível ação de mobilização comunitária para cada uma das situações e

apresentar para a turma.

DESASTRES NO BRASIL E NO MUNDO

1945Bombas de Hiroshima e Nagasaki

1984

1986/7

1991

2000

2004

2010

2011

2015

2019

1945 a 2019

Vazamento em fábrica de agrotóxico em Bhopal/india. Incêndio da Vila Socó em Cubatão-

SP. Explosão de Chernobyl na Ucrânia. Exposição ao Césio 137 em Goiânia - GO

Explosão de poços de petróleo no Kuwait.

Vazamento de óleo na Baía de Guanabara - RJ

Tsunami na costa da Indonésia que afetou 13 países na região.

Vazamento de petróleo por explosão no Golfo do México

Chuvas na região serrana do Rio de Janeiro

Crime ambiental com o rompimento da barragem em Brumadinho - MG

Rompimento de barragem de rejeitos em Mariana-MG

Fonte: Adaptado Jornal Unicamp, 2017

Para refletir

“Hoje em dia, o ser humano apenas tem diante

de si três grandes problemas que ironicamente

foram provocados por ele próprio: a

superpovoação, o desaparecimento dos recursos

naturais e a destruição do meio ambiente.

Triunfar sobre esses problemas, vistos sermos

nós a sua causa, deveria ser a nossa mais

profunda motivação.”

Jacques Yves Cousteau (1910-1997) oceanógrafo e pesquisador francês.

Imagem : NASA employee/Public Domain

Desastres

Desastre é o resultado de eventos adversos,

naturais, tecnológicos ou de origem antrópica, sobre

o cenário vulnerável exposto a ameaça, causando

danos humanos, materiais ou ambientais e

consequentes prejuízos econômicos.

Desastres mistos: quando ações ou omissões

humanas contribuem para intensificar, complicar

e/ou agravar desastres naturais.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Regional, 2020; UFSC, 2009

CatástrofePara a Organização Mundial de

Saúde (OMS):

É um fenômeno súbito demagnitude suficiente paranecessitar de ajuda externa.

O atendimento pré-hospitalarconstitui um desequilíbrio entre osrecursos disponíveis e osprescindíveis para o atendimento

Fonte: SIATE/CBPR – Portal Saúde Direta

Qual impacto na interface da saúde

única?

https://www.youtube.com/watch?v=PoDHRa8zd-g

Catástrofes

Simples Triagem e Rápido Tratamento

Triagem, tratamento e transporte:

Para que estes três princípios básicos sejam plenamente atendidos é

necessário que haja comando, comunicação e controle, que são pontos

relevantes , indispensáveis para o sucesso do atendimento.

Fonte: Conteúdo do slide fornecido UFRJ/HUGG

3

Impactos socioambientais em função do rompimento de

barragens de rejeitos minerais.

O caso do Córrego do feijão, Brumadinho, MG, BR.

PANORAMA DOS DESASTRES EM BARRAGENS DE MINERAÇÃO EM MG

ANO EMPRESA MUNICÍPIO BREVE DESCRIÇÃO

1986 Itaminas Itabirito Rompimento de Barragem: 7 óbitos.

2001 Mineração Rio Verde Nova Lima Rompimento de Barragem: assoreamento do córrego taquara e 5 óbitos.

2006 Rio Pomba Cataguases Miraí Vazamento de 1.200.000 de m3 : mortandade de fauna e flora e

interrupção de captação de água.

2007 Rio Pomba Cataguases Miraí Rompimento de Barragem (2.280.000 m3 ): 4.000 desalojados.

2008CSN Congonhas Rompimento de vertedouro: 40 famílias desalojadas

2014 Herculano Mineração Itabirito Rompimento de Barragem: 3 óbitos.

2015 Samarco S.A Mariana Rompimento de Barragem (34.000.000 m3 ): 19 óbitos (12 terceirizados,

1 prestador de serviço, 1 funcionário e 5 moradores)

2019 Vale Brumadinho Mais de 250 óbitos; Perdas socioambientais incalculáveis

Fonte: Santos & Wanderley (2016). Dependência de barragem, alternativas tecnológicas e a inação do Estado: repercussões sobre o monitoramento de barragens e o licenciamento do

Fundão. Zonta, M; Trocate, C. A Questão Mineral no Brasil, 2, 87-139

Análise Socioespacial de Impactos ambientais por rompimento de barragens.O caso de Brumadinho

Impactos Socioambientais

Impactos Econômicos

• Origem Regional

• Origem Local

IMPACTO DE ORIGEM LOCAL

Impacto Consequência

Perdas de atividades econômicas de

subsistência como plantações de folhosas

População sem meios de sobrevivência

Perdas de atividades econômicas comerciais

População sem renda, sem poder de compra

Turismo

Diminuição drástica do turismo na região em

função do medo e receio de doenças

IMPACTO DE ORIGEM

REGIONAL

Impacto Consequencia

Diminuição na produção de hortifrúti

Aumento do preço de folhosas na grande Belo Horizonte

Produtores rurais que utilizam da água do Rio Paraopeba –

Proibição do uso em função da contaminação

Diminuição de renda e comprometimento de

sobrevivência na unidade familiar

Comprometimento no abastecimento de água em

parte de Belo Horizonte

Período da seca + comprometimento da captação de água do Paraopeba, ocorre o

aumento da taxa (R$) do consumo de água

IMPA

CTO

S SO

CIO

AM

BIE

NTA

IS

DOENÇAS CAUSA TEMPORALIDADE

Dengue / Febre amarela / Leptospirose/ Cólera /

Esquistossomose (Barriga d'água) / Diarreia (coliformes

fecais)

Diminuição de predadores (herpetofauna e avefauna) e

comprometimento do sistema de saneamento

público. Contaminação dos recursos hídricos em função da decomposição de corpos

humanos e animais com excesso de matéria orgânica e

minerais

Curto e médio prazo

Doenças crônicas

cardiovasculares, hipertensão,

diabetes (suprimento permanente de remédios) e insuficiência renal

(hemodiálise)

Reduzido acesso a serviços de saúde, pode agravar doenças crônicas já existentes entre os atingidos . Consumo de água

com elementos minerais solúveis como chumbo,

manganês

Curto e médio prazo

IMPA

CTO

S SO

CIO

AM

BIE

NTA

IS

DOENÇAS CAUSA TEMPORALIDADE

Saúde mental . Suicídio / Depressão / Ansiedade /

Câncer / Distúrbios neurológicos / Stress.

Efeitos psíquicos decorrentes do desastre. Perda do elo

com a região, ruptura brusca do ambiente

Longo prazo

Processos alérgicos, principalmente cutâneos e

respiratórios / Silicose

A lama dos rejeitos seca e pode gerar exposição à

“poeira rica em ferro e sílica”.Médio e longo

IMPACTO NO SOLO

• Grande quantidade de elementos minerais

concentrados e arrastados com a massa de solo e água.

Ex: Cadmio, Chumbo, Níquel, manganês, Arsênio

IMPACTO NA ÁGUA SUPERFICIAL

• Aumento da turbidez e consequente diminuição de entrada de luz

solar fazendo com que ocorra perda de fitoplâncton;

• Redução de oxigênio dissolvido (OD);

• Soterramento de invertebrados e peixes - (decomposição

bacteriana aeróbia);

• Mortandade (sufocamento) da vida aquática (peixes, moluscos e

crustáceos) em função da redução de OD;

• Odores (decomposição bacteriana anaeróbia).

IMPACTO NO AR

Particulados (erosão eólica da lama seca

“poeira rica em ferro e sílica”.

IMPACTO NA ÁGUA DO SUBSOLO

• Aumento de carga orgânica (decomposição

de animais e corpos humanos)

• Aumento de metais pesados

IMPACTO NA FAUNA

• Mortandade de animais silvestres de espécies

da Mata Atlântica.

• Muitos destes são predadores naturais de

pragas. A exemplo, da fauna aquática, peixes e

sapos, principais predadores do mosquito Aedes

aegypti

• Redução de habitat da avifauna e muitas

espécies são predadores de roedores (ratos) -

Leptospirose

IMPACTO NA FLORA

Redução de fotossíntese

Redução da Taxa de umidade

Relativa do ar

Redução da taxa de infiltração

Espécies Cd (Cadmo)

Cr (Cromo)

Cu (Cobre)

Ni (Níquel)

Pb (Chumbo)

Sn (Estanho)

Zn (Zinco)

Hg (Mercúrio)

Fe (Ferro)

Al (Alumínio)

As (Arsênio)

Mandi Prata 4,456 9,491 9,926 4,569 5,472 4,368 12,763 5,257 43,645 32,216 3,769

Mandi amarelo 4,267 8,763 9,422 3,986 5,118 3,867 12,496 6,389 42,862 30,024 3,477

Piau 5,235 10,652 12,987 5,653 6,251 4,226 14,447 8,427 50,489 35,511 5,322

Limite permitido para

consumo humano 0,017 0,026 0,040 0,020 0,018 0,016 0,400 0,035 0,7000 0,300 0,012

Observações:• Consumo de peixes com elevado teor de metais pesados contamina o ser humano, sendo estes acumulados no organismo, principalmente nas vísceras,

estômago, intestino e bexiga

• O acúmulo de metais pesados como Hg, Cd e As, além das vísceras podem acumular no cérebro, podendo causar derrame e ou levar a AVC

• Todas as amostras analisadas não tiveram um teor menor que 200 vezes mais que o limite permitido para o consumo de peixe, chegando a 443 vezes

mais de As no peixe Piau.

Análise Elaborada pela Universidade Federal de Viçosa

Amostras recebidas em 22/06/2019 – Rio Paraopeba - Juatuba

Cedente: Prof. Luis Carlos Gouvea UFV/Florestal

Analisadas em 15/07/2019

Leito de rio com baixa deposição de sedimentos

O mesmo rio com alta deposição de sedimentos

Quase todos organismos eliminados!!!

Argila em suspensão

impede penetração da luz

Organismos ligados às rochas

são arrastados pela areia e espalhados ao longo do fundo

Muitos locais para

pequenos peixes

Bactérias, protozoários e larvas

de insetos ligados às rochas

Penetração de luz,

fotossíntese de algas

Organizando as ideias!!

Mapa mental refere-se às construções pessoais, realizadas individualmente.

Mapa conceitual é construído em equipe e diz respeito às ideias coletivas ou compartilhadas.

Os Mapas Conceituais (MC) consistem em uma metodologia de estudo, que visa a incorporação de novos conhecimentos (conceitos) à rede de informações pré-existentes no sistema cognitivo do estudante, através da representação gráfica das relações existentes entre esses conceitos.

Estrutura de um Mapa Mental

Mapa Mental para caracterizar o sol

Mapa Mental para apresentar características de frutas

Mapa Mental para planejar a rotina familiar

ATIVIDADEMontando um mapa conceitual

Construir um mapa conceitual a partir do impacto

socioambiental ocorrido em Brumadinho - MG

Utilize como ideias norteadoras:causas, consequências, doenças,

profissionais envolvidos

Apresentar o mapa conceitual para a turma

discutindo as ideias abordadas

FICA A DICA!!!

Práticas em educação ambientalEste vídeo traz uma palestra ministrada pela professora Márcia Lapa Frasson, na qual ela conta sua experiência de 30 anos de trabalho em educação ambiental. https://www.youtube.com/embed/fq4SM4a4Kyg

O livro Atendimento Pré-Hospitalar/MúltiplasVítimas & Catástrofes surge em um momentoque certamente irá colaborar para opreenchimento da grande lacuna que aindatemos na literatura médica brasileira no que serefere ao atendimento Pré-Hospitalar/MúltiplasVítimas/Catástrofes.

Refletindo e concluindo

Que tipo de planeta queremos para nós e para as gerações futuras?Que atitudes devemos tomar no âmbito individual e coletivo para

minimizar a degradação dos recursos naturais?

Uma coisa é certa: quanto mais conhecimento a respeito dasimplicações da ação humana sobre o ambiente, maiores asprobabilidades de tomarmos decisões acertadas.

Referências

•BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson. Ciências: os seres vivos. 7º ano. São Paulo:Editora Ática, 2008.•BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Editora Biruta, 2009.•BIZZO, Nélio. Mais Ciências no Ensino Fundamental: metodologia de ensinoem foco. São Paulo: Editora do Brasil, 2009.•MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Caracterização do Estado da Arte emBiotecnologia Marinha no Brasil .Disponível em:http://www.mct.gov.br/upd_blob/0214/214212.pdf> acesso em julho de 2012.•MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Biodiversidade. Disponível em :http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-global/impactos> Acesso em 12de julho de 2012.•PORTO, Amélia.; RAMOS, Lízia.; GOULART, Sheila. Um olhar comprometido como ensino de ciências. Belo Horizonte: Editora FAPI, 2009.•POZZO,J.I. CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: doconhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5 ed. Porto Alegre:Artmed,2009.•TRIVELLATO, José, at al. Ciências Natureza e Cotidiano. 7º ano. São Paulo: FTD,2006.

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