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8/18/2019 Trabalho Final DCI
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Instituto Politécnico de Viseu
Escola Superior de Educação de Viseu
Desporto e Atividade Física
Desportos Coletivos de Invasão
Trabalho realizado por:
Mauro Magalhães
Miguel Marques
Nelson Cardoso
Ricardo Teles
8/18/2019 Trabalho Final DCI
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1. Introdução
2.
Definição de Organização, Princípios, Fases e Processos de jogo
3. Sistema de Jogo
o Sistema de jogo principal (situação de resultado favorável / desfavorável e situação de
igualdade/inferioridade numérica)
o Sistema de jogo alternativo (situação de resultado favorável / desfavorável e situação de
igualdade/inferioridade numérica)
4. Métodos de Jogo
o
Ataque (situação de resultado favorável / desfavorável)
o Defesa (situação de resultado favorável / desfavorável)
5. Fases de Ataque
Construção do processo ofensivo
o Saída de pontapé de baliza;
o Reposição lateral no 1º terço, 2º terço e último terço (3º);
o Criação/construção de ações ofensivas;
Procura de desequilíbrios através da superioridade numérica nos corredores
laterais;
Criação de situações de finalização
Finalização
6. Fases de Defesa
Recuperação defensiva (zona pressionante e trajetória/posicionamento que os jogadores
assumem em campo)
Equilíbrio defensivo (com e sem posse de bola)
Defesa propriamente dita
7. Esquemas táticos
o Cantos ofensivos/defensivos;
o Pontapé de saída.
8/18/2019 Trabalho Final DCI
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Treinar uma equipa de futebol deve implicar o assumir de determinadas
convicções e, consequentemente tomar um conjunto de decisões que serão
determinantes no caminho a percorrer. Antes de qualquer outra tarefa, o treinador deve
fazer uma introspeção acerca das suas ideias de futebol. Dessa autorreflexão devem ficar
claras as ideias de como queremos que a “nossa” equipa jogue, tanto nos aspetos mais
gerais como nos aspetos mais particulares. Quanto maior for a clareza dessas ideias,
mais fácil serão as decisões a tomar e, dessa forma, mais fácil será a gestão do processo
de treino e de jogo. Relativamente a muitos aspetos determinantes é possível e
conveniente encontrar similitudes na lógica de construção da organização das equipas
de futebol. O que nos propomos apresentar, de uma forma breve, são os aspetos
fundamentais na construção da organização do jogo da nossa equipa de futebol.
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Uma equipa de futebol é uma micro-sociedade que tem uma cultura, uma
linguagem, que tem uma identidade e muitas outras coisas próprias. Como tal, deve ser
entendida e tratada numa perspetiva de fenómeno complexo. Modelo de Jogo é uma
ideia / conjetura de jogo constituída por princípios e subprincípios, representativos dos
diferentes momentos e fases do jogo, que se articulam entre si, manifestando uma
organização funcional própria, ou seja, uma identidade.
Tendo em consideração esta definição de Modelo de Jogo a ideia de jogo dotreinador é um aspeto determinante na organização de uma equipa de futebol. Se o
treinador souber claramente como quer que a equipa jogue e quais os comportamentos
que deseja dos seus jogadores, tanto no plano individual como no coletivo, o processo de
treino e de jogo será mais facilmente estruturado e organizado. Assim sendo, é
determinante o treinador, antes de mais, sistematizar ideias, porque só assim pode
maximizar as suas funções. Um outro aspeto relevante na organização de uma equipa de
futebol são os jogadores. É muito importante o treinador ter o mais rápido possível umconhecimento dos seus jogadores ao nível do entendimento e do conhecimento que eles
têm do jogo, assim como, as capacidades e as características específicas de cada um. Este
leque de conhecimento relativo aos seus jogadores é muito importante não para alterar
as suas ideias de jogo e de equipa, mas sim para proceder a algumas adaptações, com o
objetivo de tirar o maior proveito possível dos jogadores que tem e da interação que
pode haver entre eles, ou seja, fazer uma equipa melhor.
Figura 1 – Estrutura da organização do jogo de uma equipa de futebol
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Consideramos princípios de jogo determinadas características e
comportamentos que pretendemos que os nossos atletas e equipa revelem durante o
jogo. Estes princípios de jogo devem assumir-se como comportamentos e padrões de
comportamento que os treinadores desejam que sejam revelados pelos seus jogadores e
pelas suas equipas, nos diferentes momentos do jogo. Em circunstância alguma nos
devemos esquecer que os comportamentos e os padrões de comportamento dos
jogadores e da equipa não devem limitar a criatividade individual e coletiva, devem sim
incentivar comportamentos criativos que se enquadrem nos padrões de comportamento
desejados.
Podemos subdividir o jogo em duas fases fundamentais: o processo ofensivo -
ataque e o processo defensivo – defesa.
Só o processo ofensivo contém em si uma Acão positiva ou, por outras palavras,
um fim positivo, pois só através deste o jogo pode ter uma conclusão lógica - o golo. É
para este objetivo que os jogadores das duas equipas, quando de posse de bola,
direcionam as suas intenções e ações.
O processo defensivo contém em si uma ação negativa, pois, durante o qual a
equipa não poderá concretizar o objetivo do jogo. Assim, este processo deverá ser
encarado como uma forma de recurso, sendo logo abandonada quando se recupera a
posse da bola. Ao conquistar-se uma vantagem importante, o processo defensivo
desempenhou o seu papel e, então, tem que se desenvolver o ataque sob a proteção
dessa vantagem em que a passagem rápida ao ataque é o momento mais brilhante do
processo defensivo.
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O processo ofensivo representa uma das fases fundamentais do jogo de
futebol. Este processo é objetivamente determinado, "pela equipa que se encontra de
posse de bola, com vista à obtenção do golo, sem cometer infrações às leis do jogo"
(Teodorescu, 1984).
Quando determinada equipa está de posse de bola, para além de poder
concretizar o objetivo do jogo - o golo, poderá igualmente controlar o ritmo específico do
jogo; surpreender a equipa adversária através de mudanças contínuas de orientação das
ações técnico-táticas; obrigar os adversários a passarem por longos períodos sem a
posse da bola.
O processo ofensivo começa antes da recuperação da posse da bola. Os
jogadores que não intervenham diretamente na fase defensiva da sua equipa, devem
preparar mentalmente a ação ofensiva, na procura de espaços vazios, que possam ser
utilizados para o empreendimento do ataque e obrigar os seus adversários diretos, a se
preocupem mais com a defesa da sua própria baliza que no ataque à baliza adversária
Tem como objetivos fundamentais: manutenção da posse de bola, criação de
situações de finalização e finalização.
O processo defensivo representa a fase fundamental do jogo, na qual uma
equipa luta para entrar na posse da bola, com vista à realização de ações ofensivas, sem
cometer infrações e sem permitir que a equipa adversária obtenha golo" (Teodorescu,
1984).
O objetivo da defesa é de restringir o tempo e o espaço disponível dos atacantes,mantendo-os sob pressão e negando-lhes a possibilidade de poder progredir no terreno
de jogo. Todos os jogadores independentemente da sua posição deverão pressionar o
mais rapidamente possível o (s) adversário (s). Mantendo a concentração no jogo e a
pressão sobre os atacantes, os defesas estabelecem assim, o primeiro passo para a
recuperação da posse da bola. Os objetivos principais do processo defensivo são:
recuperação da posse de bola e defesa da baliza.
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Sistema de jogo principal:
Situação de resultado favorável e em igualdade numérica:
Situação de resultado desfavorável:
Situação de igualdade numérica:
Situação de inferioridade numérica:
Figura 2: Sistema de jogo principal, em igualdade numérica e com posse de bola
Figura 3: Sistema de jogo principal, em igualdade numérica e sem posse de bola
Nota: Sem posse de bola, forma-se duas linhas de quatro: uma linha constituída
pelos defesas e a outra linha constituída pelos médios. À frente destas linhas ficam os
avançados.
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Situação de resultado favorável e em inferioridade numérica:
Situação de inferioridade numérica:
Figura 4: Sistema de jogo principal, em inferioridade numérica e sem posse de bola
Nota: Sem posse de bola, retiramos um avançado, não alterando as duas linhas de 4
(zona intermédia e defensiva);
Figura 5: Sistema de jogo principal, em inferioridade numérica e com posse de bola
Nota: Com posse de bola desfaz-se a linha de 4 da zona intermedia, dando liberdadeaos médios de alas para avançar no terreno de jogo.
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Sistema de jogo alternativo:
Situação de resultado favorável e em igualdade numérica:
Esquema táticos:
Cantos Defensivos:
Figura 6: Sistema de jogo alternativo, em igualdade numérica e com posse de bola
Figura 7: Sistema de jogo alternativo, em igualdade numérica e sem posse de bola
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Situação de resultado favorável e em inferioridade numérica:
Nota: Com posse de bola retira-se um jogador da linha mais avançada da equipa,
ficando um só avançado por deambular por essa zona do terreno.
Nota: Sem posse de bola retira-se um jogador da linha mais avançada da equipa,
ficando a fechar o corredor lateral do lado em que se retirou o avançado desse lado o
médio ofensivo (nº10).
Figura 8 - Sistema de jogo alternativo, em inferioridade numérica e com posse de bola
Figura 9 - Sistema de jogo alternativo, em inferioridade numérica e sem posse de bola
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Em qualquer um dos sistemas de jogo (principal e alternativo) em situações de
resultado desfavorável quer em igualdade numérica quer em inferioridade numérica
altera-se apenas o método de jogo da equipa. Em último caso e só mesmo perto do final é
que fazemos uma alteração ao sistema de jogo:
- Caso se tenha alterações retira-se um defesa central e coloca-se mais um
avançado em campo;
- Caso não se tenha mais substituições dá-se a instrução ao defesa central
com componentes técnicas mais desenvolvidas e com bom jogo aéreo
mandar avançar no terreno, funcionando como um avançado.
Ataque:
- Resultado favorável: Ataque Organizado;
- Resultado desfavorável: Contra Ataque.
Defesa:
- Resultado favorável: À Zona
- Resultado desfavorável: À Zona
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Figura 10: Primeira possibilidade
Construção do processo ofensivo:
Antes de mais queremos referir que queremos privilegiar um tipo de jogo
apoiado, paciente, em busca de penetrar o último terço pelos corredores laterais.
Saída do pontapé de baliza:o No pontapé de baliza temos 3 possibilidades de saída:
Esta será sempre a primeira opção, por isso não será necessário qualquer tipo
de indicação. Nesta possibilidade queremos que o médio defensivo (nº6) faça um
movimento de aproximação e que o GR tente sair a jogar nele. Se entretanto não for
possível, as referências secundárias serão os defesas centrais (nº4 e 5) que se
encontram ligeiramente abertos.
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Esta possibilidade só se realiza se a primeira possibilidade não se conseguir por
em prática. Quem toma a decisão de que a primeira possibilidade não é possível de
realizar é o GR (têm um visão periférica de toda a estrutura), a equipa toma
conhecimento e organiza-se, conforme a indicação do GR (levanta o braço oposto para o
lado que vai bater). Na figura está a organização do lado direito, o GR vai bater para a
zona onde se encontra o lateral direito (nº2), o interior direito (nº8) e o avançado do
lado direito (nº9) (dentro da circunferência preta). O médio ofensivo (nº10) e o
avançado do lado contrário (nº11) fazem uma aproximação para penetração ou para
ganhar as “segundas bolas” (seta a tracejado). O central do lado de onde foi executado o
pontapé de baliza (nº4), o médio defensivo (nº6) e o medio interior do lado contrario
(nº7) (circunferência azul), terão de ter uma postura agressiva e ativa para ganhar as
“segundas bolas”.
Figura 11: Segunda possibilidade (lado direito)
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O processo repete-se, alternando-se os lados. No lado esquerdo as referências
são o lateral esquerdo (nº3), o médio interior esquerdo (nº7) e o avançado desse lado
(nº9) (circunferência preta). O médio ofensivo (nº10) e o avançado do lado contrário
(nº11) fazem uma aproximação para penetração ou para ganhar as “segundas bolas”. O
central do lado de onde foi executado o pontapé de baliza (nº5), o médio defensivo (nº6)
e o medio interior do lado contrario (nº8) (circunferência azul), terão de ter um postura
agressiva e ativa para ganhar as “segundas bolas”.
Figura 12: Segunda possibilidade (lado esquerdo)
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Reposição lateral no setor defensivo:
Na reposição lateral no setor defensivo quem marca o lançamento é sempre o
lateral do lado de onde a bola saiu. É realizado para a linha e para a frente tendo como
referência dois jogadores, o médio interior do lado do lançamento e o avançado do lado
da bola. Estes vão realizar um movimento de aproximação a linha lateral (seta a
tracejado azul). Uma vez que que estamos perto da nossa baliza, a segurança tem de ser
máxima, por isso o lançamento ou é realizado para cabeça do medio interior (nº7) para
depois o avançado do lado da bola (nº9) segurar e dar continuidade ao jogo, ou para a
movimentação do médio ofensivo (nº10). Ou pode também ser para a cabeça do
avançado (nº9) “pentear” a bola para a movimentação do médio ofensivo (nº10) nas
costas. O processo é igual no lado aposto mas com s jogadores do lado contrário.
Nota: O lateral que realiza o lançamento, dá uma indicação (verbal ou gestual), e
os jogadores realizam as movimentações, todas ao mesmo tempo.
Setor defensivo
Figura 13: Reposição lateral no setor defensivo
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Reposição lateral no setor intermédio:
Na reposição lateral no setor intermédio o lançamento é na mesma realizado
pelo lateral do lado que saiu a bola. Neste setor o lateral tem duas opções de efetuar a
reposição lateral:
- Dirigir para o peito/ pés mais fortes do recetores (circunferência azul);
- Após a troca posicional efetuada entre o avançado desse mesmo lado (nº9) e
do médio ofensivo (nº10), lançar para qualquer um destes jogadores, preferencialmente
para o pé;
Nota: O lateral que realiza o lançamento, dá uma indicação (verbal ou gestual), e
os jogadores realizam as movimentações, todas ao mesmo tempo.
Setor Intermédio
Figura 14:Reposição lateral no setor intermedio
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Reposição lateral no setor ofensivo:
Na reposição lateral no setor ofensivo o lançamento é na mesma realizado pelo
lateral do lado que saiu a bola. Neste setor o lateral tem duas opções de efetuar a
reposição lateral:
- Dirigir para o peito/ pés mais fortes do recetores (circunferência azul) após
movimentação;
- Lançar para o espaço para a entrada do médio interior do lado da bola (nº7),
devendo este lançamento ser dirigido preferencialmente para o pé.
Nota: O lateral que realiza o lançamento, dá uma indicação (verbal ou gestual), e
os jogadores realizam as movimentações, todas ao mesmo tempo.
Setor ofensivo
Figura 15: Reposição lateral no setor ofensivo.
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Criação / construção de ações ofensivas:
Queremos privilegiar um tipo de jogo misto, com passe curto e com variações
rápidas do centro de jogo com passe longo, paciente, em busca de penetrar o últimoterço pelos corredores laterais. É nos corredores laterais que vamos criar desequilíbrios
através da superioridade numérica para “ganharmos” a linha de fundo e
consequentemente surgir cruzamento para finalizarmos.
Zona de penetração
no setor ofensivo
Figura 16: Criação/ Construção de ações ofensivas
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Ligação entre o setor defensivo e o setor intermédio:
Uma vez que privilegiamos um tipo de futebol apoiado, com passes curtos, oportador da bola deve ter sempre 3 linhas passe formando “losangos”. Quando a nossa
equipa estiver em organização ofensiva a tentar ligar o setor defensivo com o
intermédio, pelo um dos corredores, queremos que o lateral do corredor desse
mesmo lado, dê amplitude e que esteja no setor intermédio. Ao invés do outro lateral
que se coloca na linha dos centrais. Quando isto acontecer o médio interior do lado
contrário faz um movimento de afastamento dando amplitude no corredor contrário. A
representação gráfica vai ajudar a perceber:
Figura 17: Ligação entre o setor defensivo e o intermédio pelo corredor lateral
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A bola circula de central para central e entra no setor intermedio através de um
passe de central para lateral, tal como a representação sugere. Quando isto acontece o
médio interior do lado contrário (nº7) dá amplitude e o lateral do corredor contrário
(nº3) junta-se a linha dos centrais, assumindo o seguinte posicionamento:
Nós queremos este posicionamento do médio interior do lado contrário (nº7)
para que, caso a ligação entre setor intermédio e ofensivo, não seja possível pelo
corredor direito, tenhamos uma referência no outro corredor para conseguir tentar
fazer essa ligação.
Quando a ligação entre o setor defensivo e setor intermedio é feita pelo
corredor central, através do médio defensivo ou dos médios interiores, os laterais
mantém-se na mesma abertos. Quando a ligação é feita pelo corredor central a dinâmica
que nós impomos são frequentes permutas entre o médio defensivo (nº6) e o médio
ofensivo (nº10) e entre os médios interiores (nº7 e 8) e o médio ofensivo (nº10) de
forma a confundir os adversários dificultar a marcação.
Figura 18: Ligação entre o setor defensivo e o intermédio pelo corredor lateral
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Ligação entre o setor intermédio e o setor ofensivo:
Nesta fase a nossa filosofia passa por ligar o setor intermédio com os corredores
do setor ofensivo, tal como referimos anteriormente. Aqui apresentam-mos 6 variantesque podem pôr em prática:
O avançado (nº9) faz o movimento de aproximação para vir buscar a bola no pé
e depois inicia o movimento entre o central e o lateral da equipa adversária para ir
buscar a bola no espaço.
Figura 19: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Primeira variante
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O avançado (nº9) faz o movimento de aproximação para vir buscar a bola no pé
para arrastar marcação e o médio ofensivo (nº10) inicia o movimento entre o central e o
lateral da equipa adversária para ir buscar a bola no espaço.
O lateral recebe a bola aberto e procura os movimentos de rotura do médio
ofensivo (nº10) e do avançado do lado contrário (nº11).
Figura 20: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Segunda variante
Figura 21: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Terceira variante
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Após uma variação do centro de jogo, o médio interior (nº8) encontra-se aberto
e cria-se superioridade no corredor com o avançado (nº9) e o lateral (nº2) a entrar de
trás para a frente penetrar o setor ofensivo.
O avançado posiciona-se entre o central e o lateral da equipa adversária, em
busca da triangulação entre com interior desse mesmo corredor.
Figura 22: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Quarta variante
Figura 23: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Quinta variante
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Após uma variação de flanco, o médio interior procura os movimentos de rotura
do avançado do lado contrário (nº11) e do médio ofensivo (nº10).
Criação de situações de finalização
Como foi dito anteriormente, a zona de penetração do setor ofensivo será nos
corredores laterais. Quando se conseguir atingir esta zona, a criação de situações de
finalização será através de cruzamentos para a área. Vão existir três tipos de
comportamento de movimentação após cruzamento. O comportamento vai depender de
quem realiza esse cruzamento. O jogador que realiza o cruzamento tem 4 referências: 1º
poste, 2º poste, marcação de penalti e fora de área.
QUANDO É O LATERAL E O MÉDIO INTERIOR A CRUZAR:
- Avançado do lado contrário (nº11) entra no 1º Poste;
- Médio interior do lado contrário entra ao 2º Poste;
- Médio ofensivo (nº10) ocupa a marca de penalti;
- Avançado do lado da bola (nº9) fora de área para as segundas bolas.
Figura 24: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Sexta variante
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QUANDO É O AVANÇADO A CRUZAR:
- Altera somente o homem que esta fora de área. Passa a ser o Médio interior do
lado do cruzamento a estar fora de área.
Finalização:
Queremos que seja mista de maneira a ser imprevisível. Pode ser através de
cabeceamento ou de remate. O remate pode ser efetuado de fora ou dentro de área.
Quando a nossa equipa ainda estiver com posse de bola, já tem que estar a pensar,
que no momento que a perder (transição defensiva). Não poderá haver desequilíbrios
defensivos. Para isto não acontecer é importante que a reação a perda de bola seja rápida e
agressiva, reduzindo logo o espaço ao adversário para não deixar pensar e definir com
critério, anulando possíveis linhas de passe e que haja determinados jogadores posicionados
corretamente para garantir equilíbrio defensivo. O equilíbrio defensivo é ter a defesa
organizada, ainda antes do ataque, de forma a orientar o adversário para zonas que
consideremos pouco vitais. Esse equilíbrio terá de ser garantido sempre por uma linha de
três jogadores (dois centrais e o lateral do lado contrario onde se perdeu a posse de bola) e
pelo médio defensivo.
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Quando a equipa adversária estiver em organização ofensiva e nós em
organização defensiva, vamos assumir um sistema de jogo de 1-4-2-2 com marcação a
zona e com duas linhas de 4 muito juntas e coesas de maneira a não haver espaço entre a
linha defensiva e linha intermédia. A linha defensiva posiciona-se em linha, na “linha de
30 metros”. O bloco será médio-baixo para depois haver espaço para explorar a
transição ofensiva. O posicionamento dos jogadores terá como objetivo direcionar o
adversário para a nossa zona pressionante onde vamos efetuar a recuperação da
posse de bola.
Como foi referido anteriormente, objetivo é direcionar o adversário para a zona
pressionante mas para isso temos de impedir a penetração e progressão pelo corredor
central. Com isto a única possibilidade de o adversário progredir será o corredor lateral
onde se encontra a nossa zona pressionante.
Zona
pressionante
Zona
pressionante
Linha
dos 30
metros
Figura 25: Fases da Defesa - Zona pressionante
8/18/2019 Trabalho Final DCI
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A transição ofensiva será realizada nas costas da linha defensiva adversária com os
dois avançados a procurarem preferencial o espaço entre o central e o lateral.
Anula as linhasde passe do
adversário
Pressiona o portador da bolaCobertura
Figura 26: Funções dos jogadores na zona pressionante
8/18/2019 Trabalho Final DCI
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- Cantos defensivos
Defesa mista com 6 homens a marcar a zona e com dois homens a marcar os
jogadores mais fortes no jogo aéreo.
Dão um passo a frente, se for batido com o pé esquerda mantendo estrutura. O
processo repete-se no lado oposto. O homem que está posicionado no primeiro poste têm
de estar atento a possíveis combinações. Chamada de atenção ao posicionamento dos
apoios dos homens que estão a marcar a zona (apoios na diagonal – não devem estar nem
paralelos com a baliza nem na perpendicular).
Fora de área para atacar
as segundas bolas.
Posicionar-se no 1º
poste.
Linha de três homens
na pequena área.
Marcação homem-
homem.
Fica a frente, na linha
do meio campo aberto
pronto para a
transição.
Guarda-redes
Figura 27: Canto defensivo (lado esquerdo)
Legenda
8/18/2019 Trabalho Final DCI
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- Cantos ofensivos:
Vamos ter duas possibilidades relativamente aos cantos ofensivos:
Nota: O processo é igual independentemente do lado de onde é batido o canto.
Figura 28: Cantos Ofensivos - Primeira possibilidade
Canto batido para o 2º
poste. Sinal: 2 braços no
ar.
Ficam na linha do meio campo
para evitar possíveis
transições ofensivas
Fica fora de área par finalizar
possíveis “segundas bola”.
Fazem bloqueio aos opositores
que aparecerem a frente para
os colegas de trás finalizarem
sem oposição
Entram por detrás dos colegas
que estão a fazer bloqueio, ao
2º poste.
Entra ao 1º oste.
Salta com o GR para atrapalhar
a sua ação.
Legenda
8/18/2019 Trabalho Final DCI
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Nota: O processo é igual independentemente do lado de onde é batido o canto.
Pontapé de saída
Canto batido ao 2º
poste. Sinal: 1
braço no ar.
Ficam na linha do meio
campo para evitar
possíveis transições
ofensivas
Fica fora de área par finalizarpossíveis “segundas bola”.
Fazem bloqueio aos
opositores que aparecerem a
frente para os colegas de trás
finalizarem sem oposição
Entram por detrás dos
colegas que estão a fazer
blo ueio, ao 2º oste.
Entra ao 2ºposte.
Salta com o GR para
atrapalhar a sua ação.
L
Figura 29: Cantos ofensivos - Segunda possibilidade
Figura 30: Pontapé de Saída
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