TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Mariangela Gentil Savoia CAISM FCM ISCMSP AMBAN – Ipq – HC - FMUSP...

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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Mariangela Gentil Savoia

CAISM

FCM ISCMSP

AMBAN – Ipq – HC - FMUSP

APORTA

ANSIEDADE

• Emoção de desconforto que os seres humanos experienciam em resposta a um perigo presente que os faz se preparar para uma situação que reduza ou previna a sua ocorrência: sensação de apreensão quanto a algum perigo futuro bem delineado

• Processo passageiro

• Característica permanente de personalidade

• Processos transitórios e/ou predisposições ou traços duradouros de personalidade

O QUE É ANSIEDADE

É um estado emocional composto por 3 aspectos:

• Fisiológico: dores, tremores, contraturas, tensão, calafrios, adormecimento.

• Cognitivo: Nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de

concentração, sensação de estranheza, preocupação, antecipação catastrófica.

•Comportamental: fuga e esquiva ` hipervigilância insonia congelamento

O QUE NOS DEIXA ANSIOSOS?

• A ansiedade é uma reação emocional de defesa frente a sinais de perigo.

• Sinais são: indícios,

prenúncios,

presságios,

avisos

• Exemplo de sinais:

Fumaça é sinal de fogo ?

Vento é sinal de chuva ?

O que nos deixa ansiosos?

Ansiedade inata

Existem situações nas quais todos nós

reagimos com ansiedade (sinais de perigo

universais)

Ansiedade aprendida

Em outras situações, alguns aprenderam a reagir com ansiedade enquanto outros não.

FUNÇÕES DA ANSIEDADE

• Diminuir o desconforto ( impulso)

• Aumentar o grau de vigília

• Ampliar a capacidade de agir em situações de estresse

• Sintoma predominante de um grupo de transtornos

Ansiedade Inata e Aprendida5 tipos de estímulos fóbicos (Gray)

1) intensidade: Estímulos que eliciam reação ansiosa à distância. Visual, auditivo, pelo odor.

2)Novidade: estímulos súbitos. Susto, medo de estranhos, de situações novas.

3)Perigo evolutivo especial: valor adaptativo. Sombra do predador, altura, escuro.

4) Interações sociais.

• Aprendidos por condicionamento

• 4 inatos (universais)

Ansiedade Inata e Aprendida• Sinais universais de perigo:

Exemplo: Barulho

Escuro

Altura

Animais e Insetos

Mudança brusca no ambiente

Contato social

Contato com Estranhos

Os pensamentos podem interferir na ansiedade?

• Sim, nossas reações emocionais são influenciadas pelo modo como interpretamos as situações.

• Se interpretarmos uma situação como ameaçadora

tendemos a ter reações emocionais de acordo com

essa interpretação (Ansiedade), e não de acordo

com o perigo “real” da situação

Quando a ameaça é suscitada por uma “percepção equivocada”, a resposta do “programa de ansiedade” é também inadequada.

Os pensamentos podem interferir na ansiedade?

Situação (qualquer)

Pensamento (interpretação catastrófica)

Emoção (ansiedade)

Comportamento (fuga e esquiva)

Exemplo de pensamento

catastrófico

São bandidos querendo arrombar a porta

Ansiedade

Apenas seu filho chegando em casa

Barulho na porta

Meu filho está chegando

Alegria, satisfação

A ansiedade é uma vivência universal

• Os principais sinais e sintomas da ansiedade patológica são compartilhados pelos indivíduos normais e sujeitos ansiosos

QUANDO A ANSIEDADE SE TORNA UM TRANSTORNO

• Contínuo entre apreensão até ataques de pânico

• Impedimento do comportamento

• Grau de sofrimento

• Frequência

• Intensidade

• Transtornos ansiosos são uma condição na qual a ansiedade, como sintoma diretamente relatado ou observado, está anormalmente elevada ou é desproporcional ao contexto ambiental

• São os transtornos mentais mais freqüentes na população

• Levam a comprometimentos funcionais duradouros (profissional, pessoal)

EVOLUÇÃO CONCEITUAL

• PSIQUIATRIA PRÉ-FREUDIANA:

Não existia um conceito unitário de Ansiedade, cada sintoma era atribuído a uma causa específica.

“Síndrome do coração irritável” (cardiovasculares)“Cólon irritável” (gastrintestinais)“Delírio emotivo” (neurológicas)

EVOLUÇÃO CONCEITUAL

FINAL DO SÉCULO XIX

Início do conceito de Ansiedade (Freud 1894), ao descrever uma síndrome distinta “neurose de ansiedade ou neurose de angüstia” caracterizada por:

*sintomas objetivos ou somáticos e

*sintomas subjetivos (vivências psicológicas)

Neurose de angústia

• 4 grupos de sintomas:

irritabilidade generalizada,

expectativa e apreensão ansiosa crônica (não preocupação) NUCLEAR

ataques de ansiedade e

evitação fóbica secundária

Apreensão x preocupação

• De acordo com Freud:

• A expectativa ansiosa está cronicamente presente porém pode vir à consciência cronicamente sob a forma de preocupações ou de ataques de angústia

Modelo psicanalítico

• Mudanças na psiquiatria americana durante e após a segunda guerra

• Aceitação do trauma como condicionador de doença mental

• Papel político dos grupos organizados e do ativismo social dentro da administração de veteranos

• Surge a primeira DSM em 1952

Evolução conceitual:grupo de St. Luis e DSM-III

• Forte insatisfação no início dos anos 70• Uso de critérios operacionais (RDC, 1972)• Embate teórico final dos anos 70:

necessidade de avançar para classificações mais empíricas (Kraepelin) x décadas de experiência em trabalho psicoterápico psicanalítico

• 1980 DSM III abandona conceito de neurose

APRESENTAÇÕES CLÍNICAS

PAROXÍSTICA (ICTAL)LIVRE FLUTUANTE (TÔNICA)ANSIEDADE GENERALIZADA

FORMAS DE ANSIEDADE

SITUACIONALESPONTÂNEA

(ATAQUES DE PÂNICO)

ESTÍMULOS EXTERNOS(FOBIAS)

ESTÍMULOS INTERNOS(OBSESSÕES)

-Estados ansiosos repetitivos causando sofrimento e/ou prejuízo no funcionamento cotidiano do

Indivíduo, e que não se devem à presença de

outros quadros clínicos.

-Presença de estados emocionais persistentes

nos quais a ansiedade patológica desempenha

papel fundamental

O QUE É UM TRANSTORNO ANSIOSO

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE - DSM IV-R

• Transtorno de Pânico

• Agorafobia

• Fobias específicas

• Fobia social

• Transtorno de Ansiedade generalizada

• Transtorno obsessivo-compulsivo

• Transtorno de Estresse pós-traumático

Qual a frequência do problema?

- Transtornos de Ansiedade 23%

- Transtorno do Pânico 3%

- Fobia Social 13,3%

- Agorafobia 6%

- Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) 2%

- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) 3%

Relevância médico social dos transtornos ansiosos

Custo Social dos Transtornos Ansiosos

DIRETO: demanda desta população pelos sistemas de saúde.INDIRETOS: conseqüências individuais nos casos não tratadosECA: um em cada cinco portadores procura tratamento (80% em CG)Os resultados sugerem forte disfunção vocacional

TRANSTORNO DE PÂNICO

TRANSTORNO DE PÂNICO

• O transtorno de pânico é caracterizado por ataques de pânico inesperados e recorrentes acerca do quais a pessoa se sente constantemente preocupada.

• O ataque de pânico é um período inconfundível de medo intenso ou desconforto, no qual quatro ou mais dos seguintes sintomas aparecem abruptamente e alcançam um pico em dez minutos.

Sintomas

• Palpitações• sudorese• falta de ar• sensação de aperto na

garganta• tremor• náusea e/ou desconforto

intestinal• fraqueza

• Ondas de frio ou calor• Tontura• pressão na cabeça• dor ou pressào no peito• sensação de irrealidade

ou de estar distante de si mesmo

• anestesias e sensação de formigamento

Sintomas

• Dificuldade para relaxar, tremores, dores diversas e inespecíficas

• medo de ter um infarto, medo de ficar louco.medo de perder o controle

• medo de morrer

• Medo de desmaiar• reação de susto a

pequenos estímulos• irritação• insônia• procura ficar em locais

de onde possa sair facilmente caso venha a passar mal

Epidemiologia

• Maior incidência entre as mulheres -

• Primeira manifestação entre 21 e 35 anos

• Raro iniciar após os 40 anos

• Parece não haver variação transcultural

Pânico - Fatores predisponentes

• Fatores emocionais e ambientais estão relacionados e interagindo com uma disfunção biológica básica no momento de eclosão das crises e na sua progressão para o aparecimento do transtorno de pânico. Gentil (1986)

Pânico - Fatores predisponentes

• DSM - ansiedade de separação na infância e perda súbita de suportes sociais.

• Klein (1980) relata a incidência relativamente alta de ansiedade de separação em criança nos pacientes com agorafobia e ataques de pânico

• Yeragami et al. (1989) demonstram a evidência de associação entre ansiedade de separação e transtorno de pânico

Pânico - Fatores predisponentes

• A perda de alguém importante, perda de suporte social, freqüentemente antecede o transtorno de pânico

• Perda relacionada com o ano que antecedeu o primeiro episódio de pânico. Faravelli & Pallanti (1989)

Pânico - Fatores predisponentes

• Relação contígua entre stress psicossocial e o primeiro ataque de pânico. Pollard et al. (1989)

• Eventos estressores tinham impacto significativamente maior nos sujeitos ansiosos do que os sujeitos não ansiosos. Rapee et alli (1990)

Pânico - Fatores predisponentes

• Pacientes de pânico relacionaram maior exposição a stress psicossocial do que os obsessivos compulsivos, não no último ano, que era semelhante, mas durante a vida toda Loof et al .(1989)

• Associações entre a morte da mãe e divórcio/separação dos pais na infância com agorafobia e ataques de pânico. Tweed et al. (1989)

Pânico - Fatores predisponentes

• Shear ( 1990) os mecanismos de desenvolvimento do transtorno de pânico em resposta a stress psicossocial não estão bem elucidados, embora a alta prevalência de stress psicossocial anterior ao primeiro ataque de pânico tenha sido demonstrada e relacionada com a vulnerabilidade do sujeito, os mecanismos de desenvolvimento desta vulnerabilidade não são conhecidos.

Pânico - Fatores predisponentes

• Roth et al. (1992) encontraram maior reatividade a stress nos pacientes com pânico comparados ao grupo controle

• Associação presente nas dificuldades de enfrentamento a eventos estressores, e pelo significado que atribuem a eles. Repertório não apropriado de expressão da resposta ao stress, estratégias de enfrentamento (coping). Savoia (1995)

Pânico

• Ênfase na vulnerabilidade ao estresse e não aos eventos estressantes em si. Klein ( 1990)

• Vulnerabilidade às situações de estresse tem sido demonstrada por Shear (1990) e Bennet & Stirling (1998).

LIFE EVENTS

• Associação freqüente entre esses eventos e a primeira manifestação do pânico

• Perda de suporte social freqüentemente antecede o transtorno do Pânico

• Ênfase na vulnerabilidade ao estresse

• Os eventos diários tem um impacto maior no aumento de ansiedade nos pacientes com pânico. O paciente precisa aprender a programar o stress na sua vida.

Pânico - fatores intervenientes no relato de eventos do passado

• Os pacientes de pânico divergem quanto ao número, tipo e significância do stress psicossocial relatados quando analisados em dois momentos, antes e após tratamento; examinando como cada sujeito não apenas escolhe as alternativas, mas como as analisa e as ordena de acordo com sua significância. Savoia (1995)

Pânico - fatores intervenientes no relato de eventos do passado

• O transtorno de pânico influi na percepção dos relatos do passado, avaliando-os como mais estressantes e ameaçadores. O tratamento efetuado melhora não apenas os sintomas referidos, como também as avaliações cognitivas de suas vidas, com relação inclusive a estratégias de coping utilizadas Savoia (1995)

Pânico - fatores intervenientes no relato de eventos do passado

• O transtorno de pânico influi na avaliação do paciente do seu próprio comportamento no passado, percebendo-o como menos eficaz frente a uma situação estressante.

• Este transtorno influi na percepção de situações e comportamentos passados de maneira negativa.

Pânico - fatores intervenientes no relato de eventos do passado

• A tendência desses pacientes é de analisar os eventos não só como mais estressantes e ameaçadores, mas também de se perceber como menos capaz de enfrentá-los, quando estão "doentes."

Pânico - fatores intervenientes no relato de eventos do passado

• Estudo sobre a avaliação de perfil de personalidade, através do MMPI encontrou valores altos nas escalas relacionadas a sintomatologia do transtorno antes do tratamento . Valores menos patológicos após o tratamento e no grupo de remissão prolongada, menos patológico o perfil avaliado pelo MMPI. Ito et al.(1994)

Pânico - fatores precursores dos ataques

• Ansiedade

• Percepção e sensação de controle

• Expectativa sobre a ocorrência do ataque de pânico

• Percepção de sintomas somáticos

• Kenardy et. al. ( 1992)

• Pacientes com transtorno de pânico, em geral, avaliam negativamente os eventos que ocorrerão no futuro próximo, apresentando uma ansiedade antecipatória. por exemplo, tem um pensamento ou imagem de ter um ataque de pânico na próxima saída de casa, cada vez mais este paciente não sai de casa, ou se sair, busque sempre a companhia de alguém.

• A teoria de que ataques de pânico são resultados de interpretações cognitivas catastróficas que o paciente faz de seus sintomas somáticos tem encontrado apoio na literatura. Holt & Andrews (1988), Rapee et al. (1988) , Argyle (1988

VULNERABILIDADEBIOLÓGICA

ESTRESSEDevido a eventosnegativos de vida

ALARME FALSO

ALARME APRENDIDO

MODELO DE BARLOWMODELO DE BARLOW PARA O TRANSTORNO DEPARA O TRANSTORNO DE PÂNICOPÂNICO ((19881988))

VULNERABILIDADE

PSICOLÓGICA

apreensão ansiosa

enfocando alarmes futuros

Sintomas automáticos ecognitivos de ansiedade tanto

quanto uma variedade de dadossomáticos disparam alarmes

aprendidos de uma formaimprevisível

ASSOCIADOS COMDADOS INTEROCEPTIVOS

POSSÍVEL DESENVOLVIMENTODE EVITAÇÃO AGORAFÓBICADeterminados por fatores culturais,sociais e ambientais e moderados na

presença ou ausência de sinaisde segurança.

Fatores mantenedores

• A disponibilidade de uma ou mais pessoas que ofereçam apoio e proteção, proporcionaria ganhos secundários com o transtorno o que auxiliaria a manutenção.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Hipertireoidismo

• Prolapso da válvula mitral

• Labirintites

• Hipoglicemias

• Fenocromocitomas

TRATAMENTO BIOLÓGICO

• Antidepressivos - tricíclicos (clomipramina, imipramina) / ISRS ( fluoxetina, paroxetina, citalopram)

• Benzodiazepínicos (alprazolam, clonazepam)

PSICOLÓGICO

• Terapia cognitivo comportamental

• Prática de ajuda psicoterápica que se baseia em uma Ciência e uma Filosofia do comportamento caracterizadas por uma concepção naturalista e determinista do comportamento humano.

DESENCADEANTES EXTERNOS

• Esquiva fóbica - Exposição ao vivo ou em imaginação

• Pensamentos disfuncionais - Reestruturação cognitiva

• Estratégias de enfrentamento a estressores inadequadas - manejo de estresse

DESENCADEANTES INTERNOS

• Interpretações catastróficas sensações corporais - Exposição interoceptiva

• Cognições disfuncionais - reestruturação cognitiva e parada de pensamento

• Sensações psicofisiológicas - relaxamento

TRATAMENTO COMBINADO

• A atribuição de progressos à medicação pode diminuir a eficácia da psicoterapia

• Interferência dos efeitos colaterais dos medicamentos no processo terapêutico

• O tratamento farmacológico suprime os ataques de pânico rapidamente

TRATAMENTO COMBINADO

• O tratamento cognitivo-comportamental gradualmente introduz a aquisição de repertórios de enfrentamento adequados

• A adição da psicoterapia a farmacoterapia é o mais indicado

TRANSTORNO DE ANSIEDADE

GENERALIZADA

Transtorno de Ansiedade Generalizada

• Transtorno crônico de ansiedade caracterizado por preocupações irreais ou excessivas ou incontroláveis

CONCEITO

• Ansiedade- "...estado emocional vivenciado com a qualidade subjetiva do medo ou de emoção a ele relacionado... desagradável... dirigida para o futuro... desproporcional... com desconforto somático subjetivo e com alterações somáticas manifestas“ (Aubrey Lewis, 1967).

Ansiedade Generalizada no DSM-IV:

Preocupação caracterizada por ser:• Excessiva

• Difusa

• Incontrolável

• Acompanhada de:– inquietação, irritabilidade

– tensão muscular

– fadiga

– distúrbios do sono

– dificuldades de concentração

• Causa de significante perda da capacidade

• Têrmo surge em 1980 (DSM-IV)

• Contraponto ao conceito de neurose de angústia.

• Categoria residual, diagnóstico por exclusão

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

Barlow et al. Am J Psychiatry 1986;143: 40-44.

Sanderson and Barlow. J Nerv Ment Dis 1990; 178: 588-591.

Você se preocupa excessivamente com as menores coisas?

Apreensão Ansiosa

• Um estado de humor caracterizado por– sentimento negativo– hiper-excitação crônica– senso de descontrole– atenção perigo-orientada

Quadro Clínico

• Sintoma central: preocupação permanente e excessiva com os pequenos problemas do cotidiano

• Tensão motora– tremores, dificuldade de relaxar,

inquietação, fadiga, cefaléia, dores musculares

Quadro Clínico

• Hipervigilância– insônia, irritabilidade, dificuldade de

concentração, antecipações negativas, preocupações excessivas

Quadro Clínico

• Hiperatividade autonômica– taquicardia, hiperpnéia, sudorese, náusea,

boca seca, tontura, urgência miccional, sintomas gastrointestinais (dificuldade de digestão, diarréia)

Hereditariedade estimada para ansiedade generalizada: 30%

Odds ratio = 26 para ansiedade generalida + depressão maior

Kendler et al. Arch Gen Psychiatry 1992; 49: 267-272.Kendler et al. Arch Gen Psychiatry 1992; 49: 716-722.Kendler et al. Arch Gen Psychiatry 1995; 52: 374-383.

informação / evento / imagem (cues ou gatilhos)

Percepção do risco Ansiedade antecipatória

1.Hipervigilância

3. Excitação fisiológica

2. Checagemreasseguramento

aumento da preocupação com alterações percebidas das sensações corporais

interpretação dos sinais corporais como doenças

Massion AO et al. Am J Psychiatry 1993;150:600

Impacto na qualidade de vida

• Pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada– Pensam ter saúde emocional regular ou

baixa

– Tendem a se preocupar excessivamente sobre as experiências rotineiras da vida diária

Kessler RC et al. Arch Gen Psychiatry 1994;51:8DSM-IV. Washington, DC: American Psychiatric Association, 1994:433

Epidemiologia

• Transtorno de ansiedade mais comum na prática médica geral, mais diagnosticado

• Prevalência ao longo da vida

3,6% homens

6,6% mulheres

Epidemiologia

•Relacionada a eventos vitais estressantes

• Prevalência sem depressão na 3a. Idade apenas 1,9%

• Nos 8 principais mercados farmacêuticos, 50 milhões de consultas foram realizadas por transtornos ansiosos, somente 17 a 38% vão a um psiquiatra

• Não psiquiatras não usam drogas complicadas ou com efeitos colaterais inesperados

Evolução Clínica• Início insidioso (adolescência )

• Quadro crônico e flutuante– períodos de agravamento e remissões

parciais

• Piora no pré menstrual

• Maioria é tratada por clínicos gerais, cardiologistas ou gastroenterologistas

Weiller et al. Br J Psychiatry 1998;173 (suppl.34): 8-23.

1.1.973 entrevistas em cinco cidades européias

Estudo da OMS na Clínica Geral

Sublimiar Ansiedade Generalizada 4,1 38 52TAG isolada 4,8 27 52TAG e depressão 3,7 59 72

Ponto de Prevalência

%

Incapacidade Social

%

Reconheci-mento pelo

Clínico Geral%

*Porcentagens lifetime; †P=0.043, chi-quadrado: 4.07; ‡P=0.499, chi-quadrado: 0.457

c/t. dep. maior s/t. dep. maior

Alguma vez hospitalizado†

45% 30%

Alguma veztentou suicídio‡

14% 11%

Transtorno de ansiedade generalizada*

Hospitalização e tentativas de suicídio

Homem Mulher n = 16.037 n = 32.403

Neurose de Ansiedade CID-8 6,7 4,9

Allgulander. Arch Gen Psychiatry 1994; 51: 708-712.*Taxa de Mortalidade Padronizada

Risco de suicídio (TMP*) em pacientes hospitalizados entre 15

e 44 anos de idade

Tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada, alternativas

• Opções não-farmacoterapêuticas incluem:– apoio

– Psicoterapias específicas

• Opções farmacoterapêuticas incluem:– antidepressivos

• TCAs

• SSRIs

• venlafaxina XR

• Prevalência da ansiedade nos serviços de clínica médica: 22,7 a 39,6 %.

• Incidência: 4,3 a 4,7 casos novos por cada 1000 habitantes.

• Crônica: 56% pessoas diagnosticadas em 1952 sintomáticas em 1968 (Canadá).

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA

• Prevalência geral dos transtornos ansiosos na população geral EUA. (1982) ECA.

• Prevalência por 6 meses = 8,9%, prevalência por toda a vida =14,6%. É duas vezes mais freqüente em mulheres. início em jovens, somente 1 em cada 5 indivíduos ansiosos, nos EUA, procuram algum tipo de tratamento.

• National Comorbidity Survey (1994): prevalência por toda a vida =24,9%.

Curso Clínico

• Início no final da adolescência e adultos jovens.

• Insidioso

• Períodos de acalmia e recrudescência (geralmente relacionados a eventos de vida)

• Associação com sintomas depressivos ou presença de depressão

• Acredita-se que fatores genéticos sejam importantes. Um ambiente estressante, particularmente na infância, pode ser um predisponente à ansiedade generalizada. Da mesma forma, que determinadas crenças ou princípios de vida podem predispor um indivíduo à ansiedade.

Relação entre Sintomas Depressivos e os Sintomas de Ansiedade

a) Transtorno de ansiedade e Transtorno depressivo coexistente.

b)b) Ansiedade e Ansiedade e depressão mista.depressão mista.

transtornotranstorno

sintomassintomas

transtorno de ansiedadetranstorno de ansiedade

transtorno depressivotranstorno depressivo

sintomas de ansiedadesintomas de ansiedade

sintomas depressivosintomas depressivo

Adaptado de Stahl SM. J Clin Psychiatry 1993;54 (suppl1):33-38Adaptado de Stahl SM. J Clin Psychiatry 1993;54 (suppl1):33-38

Relação entre Sintomas Depressivos e os Sintomas de Ansiedade

c) Transtorno de ansiedade com sintomas depressivos relacionados com ansiedade.

transtorno de ansiedadetranstorno de ansiedade

sintomas depressivosintomas depressivo

transtorno depressivotranstorno depressivo

sintomas de ansiedadesintomas de ansiedade

Adaptado de Stahl SM. J Clin Psychiatry 1993;54 (suppl1):33-38Adaptado de Stahl SM. J Clin Psychiatry 1993;54 (suppl1):33-38

d)d) Transtorno de ansiedade Transtorno de ansiedade com sintomas depressivos com sintomas depressivos relacionados com depressão.relacionados com depressão.

transtornotranstorno

sintomassintomas

• Abuso e/ ou dependência de Substâncias psicoativas:

– Álcool

– Relaxantes musculares

– Analgésicos e,

– Benzodiazepínicos.

• Dificuldades no trabalho, no convívio social e no estabelecimento de relações afetivas de boa qualidade podem produzir instabilidade e sofrimento. Cria-se então um ciclo no qual o portador teme a instabilidade e a incerteza.

PREJUÍZOS

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOSDSM IV (APA, 1994)

• Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).

• O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

• Está associada a pelo menos 3 dos sintomas:• Inquietação

• Fatigabilidade

• Dificuldade em concentrar-se ou sensações de branco na mente

• Irritabilidade

• Tensão muscular

• Perturbação do sono

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOSDSM IV (APA, 1994)

• O foco da ansiedade ou preocupação não está confinado a um dos aspectos do Eixo I, ex: ataque de pânico.

• A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional

• Não se deve aos efeitos fisiológicos diretos ou uma condição médica geral.

Separação das categorias

• Casos “puros”: exceção

• Depressão+ TAG, Pânico, Fobias, TOC…

• Conceitos de ansiedade, afetivos, humor… difícil delimitação, problemas na construção de instrumentos diagnósticos clínicos e de pesquisa

Resumo

Transtorno de Ansiedade Generalizada é:Transtorno de Ansiedade Generalizada é:• caracterizado por preocupação excessiva e tensão caracterizado por preocupação excessiva e tensão

muscularmuscular• comum e crônico comum e crônico • compartilha o risco genético de depressãocompartilha o risco genético de depressão• responsivo ao tratamentoresponsivo ao tratamento• A maioria dos casos não é tratado A maioria dos casos não é tratado

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