Treinamento de força para populações especiais

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Treinamento de Força para populações especiais

Prof. Dr. Luis Mascarenhas

Introdução

Q d f l d í i fí i d i

Introdução

Quando falamos de exercício físico deixamos claro que pode ser feito por qualquer pessoa, com ou sem doença crônica, Porém certas condições clínicas podem exigir Porém certas condições clínicas podem exigir diferenças na programação destinadas a ma imi ar a eficácia e a e itar c m licaçõesmaximizar a eficácia e a evitar complicações.

Ribeiro, 2004

CardiopatiasCardiopatias

F li d 10 652 i i dForam realizadas 10.652 cirurgias derevascularização do miocárdio e/ou troca valvar durante o período de janeiro a junho de 2008 (DATASUS )

T d lid d

Reabilitação cardíaca reduz em 26% a

Taxa de mortalidade nacional de 7,93%

mortalidade.

Tipos mais comuns de cardiopatiasTipos mais comuns de cardiopatias

Prescrição do exercício para pacientes cardíacos

Programa para paciente internadog p p

Programa para pacientes externosg p p

Reabilitação Cardiovascular, Pulmonar e

A RCPM f d l d

Metabólica (RCPM)A RCPM faz parte do esquema geral de tratamento médico. Cabe ao coordenador/responsável médico a liberação do paciente para iniciar as atividades liberação do paciente para iniciar as atividades e a alta de cada fase da reabilitação, sempre em sint nia c m médic assistente d em sintonia com o médico assistente do paciente.

Tales , Diretrizes da SBC (2006)

Fase 1

Aplica-se ao paciente internado É o passo inicial em

Fase 1

Aplica-se ao paciente internado. É o passo inicial em direção a uma vida ativa e produtiva. Atualmente deve incluir os pacientes submetidos às pintervenções coronárias percutâneas (ICP) por técnica de balão ou implante de stent, cirurgias para valvopatia, cirurgias para cardiopatia congênita transplante cirurgias para cardiopatia congênita, transplante cardíaco, paciente com angina do peito de caráter estável e paciente com fatores de risco para doença

á coronária. Esta fase destina-se também aos diabéticos, hipertensos portadores de síndrome metabólica hipertensos, portadores de síndrome metabólica, nefropatas crônicos e pneumopatas crônicos, internados devido descompensação clínica.

Tales , Diretrizes da SBC (2006)

Fase 1

A fase 1 inicia-se após o paciente ter sido considerado

Fase 1

A fase 1 inicia-se após o paciente ter sido considerado compensado clinicamente, como decorrência da otimização do tratamento clínico e/ou utilização de

di i i i procedimento intervencionista. Devem predominar a combinação de exercício físico de baixa intensidade técnicas para o controle do de baixa intensidade, técnicas para o controle do estresse e programas de educação em relação aos fatores de risco. A duração desta fase tem decrescido nos anos recentes, em decorrência de internações hospitalares mais curtas É ideal que a equipe de profissionais seja mais curtas. É ideal que a equipe de profissionais seja composta por médico, fisioterapeuta, enfermeiro, nutricionista e psicólogo.

Tales , Diretrizes da SBC (2006)

Fase 1

T d fi i i d id

Fase 1

Todos os profissionais devem ter sido submetidos a treinamento em RCPM. O programa nesta fase objetiva que o paciente tenha alta hospitalar com as melhores tenha alta hospitalar com as melhores condições físicas e psicológicas possíveis, m niciad de inf rmações referentes a estil municiado de informações referentes ao estilo saudável de vida, em especial no que diz respeito ao processo de RCPM.

Tales , Diretrizes da SBC (2006)

Classificação das atividades pacientes

Cl 1

internadosClasse 1

- Sentar na cama com assistência- Ficar em pé ao lado da cama

S d 15 30 2 3 - Senta-se na cadeira por 15 a 30 minutos, 2 a 3 vezes ao dia

Classificação das atividades pacientes

Cl 2

internadosClasse 2

- Senta-se na cama independentemente,p- Fica em pé independentemente,

R l d d d ê - Realiza atividades de auto-assistência (banheiro sentado)

- Caminha no quarto até o banheiro (com assistência)assistência)

Classificação das atividades pacientes

Cl 3

internadosClasse 3

- Fica sentado e em pé independente,p p- Realiza atividades de auto-assistência

(banheiro sentado e em pé)(banheiro sentado e em pé).- Caminha no saguão (9-18 metros), 3 vezes ao

dia.

Classificação das atividades pacientes

Classe 4

internadosClasse 4

- Realiza auto-assistência e toma banhoCaminhadas no saguão (40 e 60 metros) 3 a 4 - Caminhadas no saguão (40 e 60 metros), 3 a 4 vezes ao dia.

Classe 5 e 6 C i h d d 70 150 t 3 4 - Caminhadas de 70 a150 metros, 3 a 4 vezes ao diaCaminhadas independentes na unidade 3 a 6 - Caminhadas independentes na unidade, 3 a 6 vezes ao dia.

Prescrição

I t id d

Prescrição

Intensidade:o TEP inferior a 13 (escala de 6-20)o Pós Infarto do miocárdio:

FC inferior 120bpm- FC inferior 120bpm- FC repouso+ 20 btm (limite superior arbitrário)o Pós cirurgia: - FC repouso+ 30 btm (limite superior arbitrário)- FC repouso+ 30 btm (limite superior arbitrário)o Até a tolerância se assintomático.

ACSM, 2007

Prescrição

D ã l d 20 i

Prescrição

Duração total de 20 minutos:o Sessões intermitentes com duração de 3 a 5 ç

minutosPeríodo de repouso:o Período de repouso:

- Conforme vontade do paciente,- Duração de 1 a 2 minutos,

E l i t ã d - Em geral mais curtas que a sessão de exercício.

ACSM, 2007

Prescrição

F ê i

Prescrição

Frequência:o Mobilização precoce: 3 a 4 vezes ao dia (dias ç p (

1° e 3°)Mobilização subsequente: 2 vezes por dia ( a o Mobilização subsequente: 2 vezes por dia ( a partir do 4° dia)Progressão:

o Inicialmente aumentar até 10 minutos e depois o Inicialmente aumentar até 10 minutos e depois adequar ao paciente.

ACSM, 2007

Teste 6 minutos de caminhada realizado no 5 dia pós operatório pós-operatório.

Tempo de alta

Atividade física pré operatório auxilia no menor

Tempo de alta

Atividade física pré-operatório auxilia no menor tempo de internação e complicações pós-operatóriooperatório59% dos pacientes sedentários no período pré-

eratóri a resentaram c m licações ósoperatório apresentaram complicações pós-operatórias em comparação a 31% dos ativos. O d i ã i O tempo de internação entre pacientes que não praticavam atividade física e os que

ti t d i i f i ti t praticavam antes da cirurgia foi, respectivamente, 15 e 11 dias.

RBCC (2007)

Programa para paciente externos

Obj i

Programa para paciente externos

Objetivo:o Retorno as atividades diárias e recreativas. o Desenvolver e implementar um programa de

exercícios seguro e efetivoexercícios seguro e efetivo.o Participar de múltiplas atividades a fim de

promover o condicionamento físico.o Transferência do treinamento para o o Transferência do treinamento para o

cotidiano.

Fase 2 - pacientes externos

É i i h i l

Fase 2 pacientes externos

É a primeira etapa extra-hospitalar. Inicia-se imediatamente após a alta e/ou alguns p gdias após um evento cardiovascular ou descompensação clínica de natureza descompensação clínica de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica. Duração prevista: três a seis meses, podendo em algumas situações se estender por mais g ptempo.

Fase 2 - pacientes externos

P d f i f

Fase 2 pacientes externos

Pode funcionar em estrutura que faça parte do complexo hospitalar ou outro ambiente próprio para a prática de exercícios físicos (clube esportivo, ginásio de esportes, sala de ( p , g p ,ginástica etc.).A e i e ideal de e incl ir médic A equipe ideal deve incluir médico, fisioterapeuta, professor de educação física, enfermeiro, nutricionista e psicólogo.

Fase 2 - pacientes externos

F i õ i i d l

Fase 2 pacientes externos

Funciona com sessões supervisionadas pelo fisioterapeuta e/ou professor de educação física. O programa de exercícios deve ser O programa de exercícios deve ser individualizado, em termos de intensidade, d raçã fre üência m dalidade de duração, freqüência, modalidade de treinamento e progressão.

Fase 2 - pacientes externos

S d i i

Fase 2 pacientes externos

Sempre devem existir recursos para a correta determinação da freqüência cardíaca e verificação de pressão arterial, Eventual verificação da saturação de oxigênio Eventual verificação da saturação de oxigênio, determinação da glicemia e monitoração eletr cardi ráficaeletrocardiográfica.

Fase 2 - pacientes externos

A bili ã f i i l

Fase 2 pacientes externos

A reabilitação nesta fase tem como principal objetivo contribuir para o mais breve retorno do paciente às suas atividades sociais e laborais, nas melhores condições físicas e , çemocionais possíveis.

Prescrição do Treinamento de

Fase 2 preferencialmente posterior a 2 semanas

Resistência Fase 2 – preferencialmente posterior a 2 semanas de trabalho aeróbio. U d f i lá i i l Uso de faixas elásticas ou manguitos leves e pesos livres leves como também polia de parede.Larga amplitude de movimentos.Podem ser iniciados 2 a 3 semanas após o infarto

Cuidados na Fase 2

E i b lh i id

Cuidados na Fase 2

Evitar o trabalho com pesos resistidos (moderados ou intensos).Evitar tração sobre o esterno dentro de 3 meses pós-cirurgiameses pós cirurgia.Ou áreas cirúrgicas

Fase 3 - pacientes externos

D ã i i 24

Fase 3 pacientes externos

Duração prevista: seis a 24 meses. Destina-se a atender imediatamente os pacientes liberados da fase 2, mas pode ser iniciada em qualquer etapa da evolução da iniciada em qualquer etapa da evolução da doença, não sendo obrigatoriamente se üência das fases anteri resseqüência das fases anteriores.Pacientes de baixo risco que não participaram q p pda fase 2 são bons candidatos.

Fase 3 - pacientes externos

A supervisão de exercícios deve ser feita por

Fase 3 pacientes externos

A supervisão de exercícios deve ser feita por profissional especializado em exercício físico ( f d d ã fí i / (professor de educação física e/ou fisioterapeuta).O principal objetivo é o aprimoramento da condição física, mas deve ser considerada também a necessidade de promoção de bem estar (melhora da qualidade de vida) e demais ( q )procedimentos que contribuam para a redução do risco de complicações clínicas.ç p ç

Fase 4 - pacientes externos

É d l d d

Fase 4 pacientes externos

É um programa de longo prazo, sendo de duração indefinida, muito variável. As atividades não são necessariamente supervisionadas supervisionadas, A manutenção do programa de exercícios físicos e às preferências dos pacientes em relação às atividades desportivas recreativas. p

Fase 4 - pacientes externos

Os pacientes são submetidos a testes

Fase 4 pacientes externos

Os pacientes são submetidos a testes ergométricos, cuja periodicidade não deve exceder a um ano exceder a um ano, Devem ser avaliados e orientados na prática, sem re e ssí el c m al mas sessões sempre que possível com algumas sessões supervisionadas de exercícios.O bj i i i i d f ã Os objetivos principais desta fase são o aumento e a manutenção da aptidão física. Não há obrigatoriedade de que esta fase seja precedida pela fase 3.

Fase 4 - pacientes externos

A i d bili ã d

Fase 4 pacientes externos

A equipe da reabilitação deve propor a programação de atividades que seja mais apropriada, prescrevendo a carga de exercícios que atenda às necessidades individuais.qDeve ser considerada a possibilidade de ati idades em r a r eitand r atividades em grupo, aproveitando, por exemplo, o calendário de atividades educacionais dirigidas à população.

Prescrição do Treinamento de

Fases 3 e 4

Resistência Fases 3 e 4Sugere-se serie única para fase 3:

o Tórax e flexão de tronco,o MMIIo MMSS

Prescrição tradicional do treinamento:Prescrição tradicional do treinamento:3 vezes por semana – 3 series de 8 a 15 repetiçõesrepetiçõesEsforço percebido entre 11 e 14 (Borg)

Prescrição do Treinamento de Resistência

Padrões, diretrizes e declarações de princípios acerca do treinamento de resistência.Pacientes cardíacos

Series e repetições

Estações Frequência

AHA (1995) 1 serie; 10-15 repetições

8-10 exercícios 2-3 dias/semana

AACVPR (1999) 1 serie; 12-15 repetições

8-10 exercícios 2-3 dias/semana

AHA, ACSM (2000) 1 serie; 10-15 repetições

8-10 exercícios 2-3 dias/semana

Cuidados

E i ã d

Cuidados

Evitar tensão sustentada.

Manobra de valsalva.

Cuidados com o período de repouso.p p

Maximizar treinamento resistido voltados a endurance.

Reabilitação não supervisionada

T d i d

Reabilitação não supervisionada

Tendo em vista a escassez de centros estruturados de reabilitação.Deve ser considerada a possibilidade de que a RCPM seja aplicada por meio de programa de RCPM seja aplicada por meio de programa de reabilitação não supervisionada (RCPM-NS).Adoção da RCPM-NS mantém a necessidade da prescrição individualizada de exercícios.p

Reabilitação não supervisionada

Acompanhada de demonstrações práticas em

Reabilitação não supervisionada

Acompanhada de demonstrações práticas, em sessões formais (recomenda-se pelo menos duas) de condicionamento físico nas quais sejam de condicionamento físico, nas quais sejam contempladas todas as etapas que compõem uma sessão padrão de exercício com as etapas de sessão padrão de exercício, com as etapas de aquecimento, parte principal e desaquecimento-relaxamento (volta à calma)relaxamento (volta à calma).O atendimento na RCPM-NS visa principalmente à adoção e manutenção da prática adequada de à adoção e manutenção da prática adequada de exercícios físicos.

Guimarães, (2004)

Pollock etal. 2000

Benefícios do treinamento resistidoVariáveis Benefício

COMPOSIÇÂO CORPORAL

Benefícios do treinamento resistido

COMPOSIÇÂO CORPORAL

Densidade mineral óssea Aumenta

Percentual de gordura Diminui

Massa magra Aumenta

Força muscular Aumenta

METABOLISMO da GLICOSE

Insulina / glicose Diminui

Nível basal de insulina Diminui

Sensibilidade insulínica Aumenta

LIPIDEOS e LIPOPROTEINAS

HDL Aumenta

LDL Diminuiu

Triglicerídeo Diminui

DINÂMICA CARDIOVASCULAR

VO2 max AumentaVO2 max Aumenta

Metabolismo basal Aumenta

Pressão arterial basal diminuiWise, 2010

Qual tipo de treinamento é mais efetivo?

Treinamento aeróbio (A)Treinamento aeróbio (A)Treinamento resistido (B)Treinamento resistido (B)Treinamento combinado A+B

Feiereisen et al (2007)

vv

Feiereisen et al (2007)

Feiereisen et al (2007)

Feiereisen et al (2007)

Conclusão:Co c usão:o 03 series o 10 repetiçõeso 70%-75% de 1 RMo 70% 75% de 1 RMo Repetições rápidaso Recuperação de 90 segundos

Contra-indicação da prática esportiva

Angina

Contra indicação da prática esportiva

AnginaArritmia descontrolada,Hipertensão pulmonar,Hipertensão pulmonar,Febre ou doenças sistemáticas,Hipertensão arterial (PAS>180 ou PAD>100)Hipertensão arterial (PAS 180 ou PAD 100)Hipotensão (queda de >20 mmHG PAS) com tontura ou leve dor de cabeça.Síndrome de MarfanTromboseAlta intensidade de treinamento resistido (80%-100% de 1-RM) em paciente com retinopatia

Wise, 2010

Com liberação médica

Di b l id d

Com liberação médica

Diabetes em qualquer idade,Hipertensão descontrolada (PAS>160 e ou p (PAD>100).Baixa capacidade funcional (>4 METs)Baixa capacidade funcional (>4 METs).Limitações músculo esqueléticas.Indivíduos que tenha implante marca-passo ou desfibriladoresdesfibriladores.

Wise, 2010

Condições em que devemos evitar o

Paciente com cirurgia realizadas no esterno

treinamento resistidoPaciente com cirurgia realizadas no esterno.Paciente com infecção.Paciente que tenha de realizar novo Paciente que tenha de realizar novo procedimento de Stent ou angioplastia.Trabalho de MMSS em pacientes com marcaTrabalho de MMSS em pacientes com marca-passo ou desfibriladores (evitar compressão)Paciente com desfibriladores dever realizar Paciente com desfibriladores dever realizar atividade 10-15 bpm abaixo do recomendado.Paciente com hipertrofia do miocárdio evitar Paciente com hipertrofia do miocárdio evitar treinamento resistido ou com baixa carga.

Wise, 2010

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