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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ANÁLISE FINANCEIRA DE BALANÇOS
Por: MARTA GLORIA JANINA D’ANDREA
Orientador
Prof. Luiz Cláudio Lopes
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ANÁLISE FINANCEIRA DE BALANÇOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Auditoria e
Controladoria
Por: . Marta Gloria Janina D’Andrea
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, irmãos e a toda minha
família que, com muito carinho e apoio,
não mediram esforços para que eu
chegasse até esta etapa de minha
vida.
4
DEDICATÓRIA
.....dedico este trabalho primeiramente a
Deus, aos meus pais e meus irmãos pelo
incentivo, cooperação e apoio, em todos
os momentos desta e de outras
caminhadas.
5
RESUMO
A Análise de Balanços objetiva extrair informações financeiras e
econômicas das Demonstrações Financeiras dentro de uma organização. A
empresa de acordo com as regras contábeis, fornece uma série de dados, que
representam suas demonstrações contábeis. A Análise de Balanços
transforma esses dados em informações para a tomada de decisões em
relação a alternativa de investimentos.
A Análise de Balanços preocupa-se com as demonstrações contábeis
financeiras das quais essas, precisam ser transformadas em informações para
que se possa concluir se a empresa vem sendo bem ou mal administrada, se
tem condições de ser concedido crédito, se tem recursos ou não de pagar as
suas dívidas das, se ou não lucrativa, eficiente ou ineficiente, se ira falir ou
continuará operando.
Através das principais Demonstrações Contábeis, como o Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício extraem-se índices
de três períodos para observar a situação da empresa.
6
METODOLOGIA
A metodologia a ser usada nesse trabalho estará em concordância
com o escopo de estudo,através dos meios mais adequados no intuito de ser
atingido o objetivo, seguindo um conjunto de etapas planejadas previamente.
Assim sendo, essa pesquisa será feita através estudo teórico-empírico
que terá como ponto de partida uma pesquisa bibliográfica e documental sobre
a importância da análise de balanços, baseado em livros especializados nessa
área e sites da internet.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - Demonstrações Financeiras 10
1.1 Balanço Patrimonial 11
1.2 Demonstrações do Resultado do Exercício 11
1.3 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos 12
1.4 Demonstrações das Mutações do Pat.Liquido 12
1.5 Notas Explicativas 13
CAPÍTULO II - Análise das Demonstrações Financeiras 14
2.1 Cálculo dos Indicadores 14
2.1.1 Quocientes de Estrutura de Capitais 15
2.1.2 Quociente de Liquidez 17
2.1.3 Quociente de Rentabilidade 19
2.2 Alavancagem 20
CAPÍTULO III – Análise Vertical e Horizontal 17
3.1 Análise Vertical 18
3.2 Análise Horizontal 18
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 23
8
ANEXOS 29
ÍNDICE 30
FOLHA DE AVALIAÇÃO 32
9
INTRODUÇÃO
A análise das demonstrações contábeis faz com que a contabilidade
venha ter um teor mais analítico, tendo como se obter conclusões econômicas
e financeiras de uma empresa. Com as análises das evoluções da empresa é
possível projetar situações que a empresa pode vivenciar num futuro próximo.
Segundo Marazzo (2008, p.39): “ a análise das demonstrações visa extrair
informações para a tomada de decisão. O perfeito conhecimento do significado
de cada conta facilita a busca de informações precisas”
Segundo Assaf Neto (2003, p.48): “ A análise de balanço visa relatar,
com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição
econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução
apresentada e a tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de
balanços extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura
(projetada) de uma empresa”.
Sendo assim, entender como estrutura e analisar as demonstrações
contábeis é de grande importância para a administração do negócio.
As principais demonstrações financeiras são: Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados ou mutações do PL) e Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos (DOAR).
10
CAPÍTULO I
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
É de fundamental importância entender as demonstrações contábeis
ou também chamadas de demonstrações financeiras para administrar bem o
negócio em que a empresa está inserida. As demonstrações financeiras
representam um canal de comunicação da empresa com diversos usuários
internos e externos. Elas permitem uma rápida visão intuitiva da situação da
empresa, um ponto de partida para análises posteriores e também servem de
bases para planejar os negócios e elaborar os orçamentos internos. (GITMAN,
2002).
Existem quatro demonstrações financeiras básicas: Balanço
Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos (DOAR).
A Lei dasSociedades por Ações (Lei nº 6.404) determina a estrutura
básica das quatro demonstrações referidas anteriormente.
A legislação fiscal tornou essas determinações obrigatiroas também
para os demais tipos de sociedades. Por essa razão, todas as empresas, no
Brasil, divulgam suas demonstrações financeiras sob forma previstana Lei das
S.A.
11
1.1 Balanço Patimonial
O Balanço patrimonial é a representação da situação patrimonial,
estática, da empresa, em determinado momento. Nele estão representados os
bens, direitos e obrigações, o Ativo – as aplicações - e o Passivo – os
recursos. O critério geral de agrupamento das contas no balanço, tanto para o
ativo como para o Passivo, baseia-se no grau decresente de liquidez, de
vencimento (realização ou exigibilidade).
A grande importância do balanço reside na visão que ele fornece das
aplicações de recursos feitas pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos
são devidos a terceiros (Passivos). Isso evidencia o nível de endividamento, a
liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e
outras análises a serem vistas no decorrer deste trabalho.
1.2 Demonstração do Resultado do Exercício
O objetivo dessa demonstração é “fornecer um resumo financeiro dos
resultados das operações da empresa durante em período específico”
(GITMAN, 2002, p. 71).
É apresentada de forma dedutiva (vertical), iniciando-se com a Receita
Bruta (total), da qual são deduzidos os custos correspondentes, originando o
Resultado Bruto; a seguir, são deduzidas as despesas operacionais para
atingir-se o Lucro Operacional, ao qual serão adicionados ou subtraídos os
valores correspondentes aos resultados não operacionais, apurando o
Resultado do Exercício antes da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL) e do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).
12
Finalmente, é deduzido o valor da provisão para a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido, da Provisão para o Imposto de Renda e das
Participações nos Lucros, chegando-se, assim, ao Resultado Final, que será
denominado Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício.
A Contabilidade, com os dois relatórios, o Balanço Patrimonial e a
Demonstração do Resultado do Exercício, um completando o outro, atinge a
finalidade de mostrar a situação patrimonial e econômico-financeira de
empresa.
1.3 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos
A DOAR é um instrumento valioso para o analista. Mostra a
movimentação dos recursos em termos de Variação do Capital Circulante
Líquido, detalhando as diversas fontes e aplicações de recursos que o
afetaram. Esta demonstração vem sendo substituída pela Demonstração do
Fluxo de Caixa, que melhor se adapta ao objetivo de transparência e
detalhamento dessas modificações.
Por meio dessa demonstração o analista pode saber se a empresa
gerou recursos em suas operações, se imobilizou recursos no período, se
obteve novas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas
fizeram novos aportes de capital.
1.4 Demontrações das Mutações do Patrimônio Liquido
A elaboração dessa demonstração é facultativa para a maioria das
companhias e, quando apresentada, substitui a obrigatoriedade da
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, onde mostram as
retenções de lucros, as distribuições de lucros aos sócios, os ajustes de
13
exercícios anteriores, saldos ainda não destinados etc. É obrigatória a
publicação dessa demonstração para as companhias de capital aberto,
instituições financeiras, seguradoras e algumas outras empresas.
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é mais importante
que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois para fins de
análise, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é mais
informativa e mostra as movimentações ocorridas com as contas integrantes
do Patrimônio Líquido, com base no saldo inicial do exercício anterior até o
saldo final do exercício, contendo, portanto, além da demonstração da conta
Lucros ou Prejuízos Acumulados, a demonstração do que ocorreu com as
demais contas do Patrimônio Líquido: Capital Social, Reserva de Capital,
Reserva de Reavaliação e Reserva de Lucros.
1.5 Notas Explicativas
As demonstrações financeiras devem ser complementadas com Notas
Explicativas, que em muitos casos exigem quadros demonstrativos auxiliares
para melhor esclarecer aos interessados pelo Balanço da empresa.
As Notas Explicativas são elaboradas para destacar e interpretar
detalhes importantes, informações adicionais sobre fatos passados, presentes
e futuros, significativos nos negócios, e resultados da empresa, enfim,
explicam as demonstrações para terceiros e procuram garantir transparência
aos itens que possam necessitar de maior detalhamento.
Ressalte-se, por fim, que o levantamento do balanço dá-se após o
encerramento das contas de receitas e despesas, com a apuração dos
resultados, que são incorporados ao próprio balanço, em que sua destinação
já vem indicada.
14
CAPITULO II
ANÁLISES DE BALANÇOS
A análise das demonstrações financeiras é um estudo da situação
financeira e patrimonial de uma empresa ou entidade, em resumo, consiste
num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis objetivando extrair
informações que servirão para tomada de decisões.
As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a
empresa, e o administrador financeiro precisa analisar estes dados para que
possam ser transformados em informações que proporcionarão uma visão
clara do desempenho e perspectivas da empresa, identificando seus pontos
fortes e fracos e possibilitando tomar decisões que intensifiquem estes pontos
fortes e minimizem os pontos fracos.
2.1 Cálculo dos Indicadores
A análise dos indicadores financeiros e econômicos propicia ao
administrador financeiro informações adicionais de grande importância,
possibilitando a ele gerenciar a execução orçamentária, financeira e
patrimonial, além de fornecer resultados com significativa margem de
segurança.
Os indicadores têm como função medir o desempenho da empresa no
que se refere a sua liquidez, o seu ciclo operacional, ao seu grau de
endividamento, sua rentabilidade e atividade. O cálculo é feito com base nas
informações financeiras apresentadas no Balanço Patrimonial e na
Demonstração do Resultado do Exercício da empresa.
15
2.1.1 Quocientes de Estrutura de Capitais
Esta análise tem o objetivo de indicar a participação do montante de
recursos de terceiros utilizados pela empresa com relação ao seu capital
próprio.
Em geral, o administrador financeiro está mais preocupado com os
empréstimos a longo prazo, onde acarreta mais juros. Os credores também se
preocupam com o grau de endividamento da empresa e a capacidade de
pagamento de suas dívidas, pois quanto mais endividada a empresa estiver,
maior será a probabilidade de não honrar seus compromissos com seus
credores.
As principais medidas de endividamento e estrutura são descritas a
seguir:
Participação de Capitais de Terceiros: também pode ser chamado de
Grau de Endividamento, indica quanto à empresa adquiriu de Capitais de
Terceiros para cada 1 (uma) unidade monetária de Capital Próprio investido,
ou seja, neste índice pode verificar a proporção entre os Capitais de Terceiros
(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e o Patrimônio Líquido (Capital
Próprio) utilizado pela empresa.
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação
Capital de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões
financeiras da empresa ou maior dependência a esses Terceiros.
Do ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para
empresa trabalhar com Capitais de Terceiros, se a remuneração para esses
capitais for menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios.
16
Fórmula: Capitais de Terceiros/ PL x 100
Interpretação: quanto menor melhor.
Composição de Endividamento: indica quanto da dívida total da
empresa deverá ser pago a curto prazo, isto é, as obrigações a curto prazo
comparadas com as obrigações totais.
Fórmula: PC/CT X 100
Interpretação: quanto menor melhor, pois não haverá maior pressão para a
empresa gerar recursos para honrar seus compromissos.
Imobilização do Patrimônio: Quanto a empresa aplicou no Ativo
Permanente para casa $ 100 de Patrimônio Liquido. O ideal em termos
financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Liquido suficiente para cobrir o
Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela – CCP – Capital Circulante
Próprio – suficiente para financiar o Ativo Circulante.
Fórmula:: AP/PL x 100
Interpretação: quanto menor, melhor
Imobilização dos Recursos Não Correntes: Indica que percentual de
Recursos não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.
“Uma consideração importante é que este índice não deve em regra
ser superior a 100%. Ainda que a empresa quase tenha necessidade de Ativo
17
Circulante, deve ser sempre existir um pequeno excesso de Recursos não
Correntes, em relação as imobilizações, destinado ao Ativo Circulante.”
(Matarazzo, 2008, p.160)
Fórmula: AP/PL + ELP X 100
Interpretação: quanto menor, melhor.
2.1.2 Quocientes de Liquidez
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da
empresa. “São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as
Dividas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa.”
(Matarazzo, 2008, p. 164).
Liquidez Geral: é a capacidade financeira da empresa de pagar todas
suas dívidas de curto e longo prazo.
Fórmula: AC+RLP/PC+ELP
Interpretação: quanto maior melhor. Este quociente reflete mais uma situação
de solvência do que de liquidez, pois a integral conversão dos Ativos de Curto
Prazo e Longo Prazo em Caixa, para pagamento de todas as obrigações de
curto e longo prazo.
Liquidez Corrente: mostra a posição no caso de utilização total do seu
Ativo Circulante para pagamento total do seu Passivo Circulante.
Fórmula: AC/PC
18
Interpretação: quanto maior melhor, desde que possa ser comprovado que a
rotação dos componentes do Ativo Circulante seja mais rápida que a dos
componentes do Passivo Circulante.
Liquidez Seca: é a capacidade financeira da empresa em honrar suas
dívidas em curtíssimo prazo (Passivo Circulante), valendo-se de seus ativos
mais líquidos. Os estoques são excluídos por representarem bens que não têm
data definida de realização financeira, pois se trata dos ativos de menor
liquidez, que ainda necessitam ser processados (manufaturados) e vendidos,
havendo o risco de que o ciclo operacional não seja completado por alguma
razão.
Fórmula: Disponível + Aplicações Financeiras + Clientes de rápida
conversibilidades em dinheiro/ PC
Interpretação: quanto maior melhor, desde que possa ser comprovado que a
rotação dos componentes de Ativo Circulante, exclusive os Estoques, seja
mais rápida que a dos componentes do Passivo Circulante. Podemos
considerar este índice como o mais importante dos índices de liquidez, pois ele
demonstra a capacidade da empresa em pagar suas obrigações em curto
prazo com apenas os ativos de liquidez rápida.
Liquidez Imediata: também chamada de instantânea ou absoluta, é a
capacidade financeira da empresa em pagar suas obrigações de curto prazo
(Passivo Circulante), utilizando-se de suas disponibilidades em Caixa, Bancos
e Aplicações Financeiras em curtíssimo prazo.
Fórmula: Disponível/PC
19
Interpretação: quanto maior melhor, sendo igual ou superior a 1, o que deve
ser um caso raríssimo nessa situação, pois com muito dinheiro nas
disponibilidades é sinal de má administração financeira, onde este dinheiro
poderia ser aplicado nas instituições financeiras para rendimento maior em
longo prazo ou em outros investimentos da empresa.
2.1.3 Quocientes de Rentabilidade
Os índices de rentabilidade visam avaliar os resultados auferidos pela
empresa, ou seja, mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é,
quanto rendeu os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da
empresa.
As principais bases de comparação adotadas para o estudo dos
resultados empresariais são o Ativo Total, o Patrimônio Líquido e as Receitas
de Vendas. Os resultados normalmente utilizados, por sua vez, são o Lucro
Operacional (lucro gerado pelos ativos) e o Lucro Líquido (após o Imposto de
Renda). Todos esses valores financeiros devem estar expressos em moeda de
mesmo poder de compra.
As principais medidas de rentabilidade são descritas a seguir:
Giro do Ativo: indica quanto à empresa vendeu para cada unidade monetária
de investimento total.
Fórmula: Vendas Líquidas/Ativo
Interpretação: quanto maior melhor.
20
Margem Líquida: indica quanto à empresa obtém de lucro para cada
unidade monetária vendida. A Margem Líquida é uma medida bastante citada
para indicar o sucesso da empresa em termos da lucratividade sobre vendas.
Fórmula: Lucro Líquido/Vendas Líquidas x 100
Interpretação: quanto maior melhor.
Rentabilidade do Ativo: mede a eficiência da administração na geração
de lucros com seus Ativos Totais.
Fórmula: Lucro Líquido/Ativo x 100
Interpretação: quanto maior melhor.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: mensura o retorno dos recursos
aplicados na empresa por seus proprietários, ou seja, para cada unidade
monetária de Recursos Próprios (Patrimônio Líquido) investido na empresa,
mede-se quanto os proprietários auferem de lucro.
Fórmula: Lucro Líquido/Patrimonio Líquido Médio x 100
Interpretação: quanto maior melhor.
2.1 Alavancagem
Alavancagem é o resultado do uso de ativos de recursos de custos
fixos para aumentar os retornos aos sócios. Normalmente, aumentos na
21
alavancagem resultam em um crescimento no retorno e no risco, ao passo que
diminuições na alavancagem resultam em diminuição no retorno e no risco.
A seguir os três tipos básicos de alavancagem:
− A Alavancagem Operacional se preocupa com a relação entre as
Vendas e seus Lucros antes do juros e do imposto de renda (LAJIR
, que significa o Lucro Operacional);
− A Alavancagem Financeira se preocupa com a relação entre o
LAJIR e seus resultados por ação sobre as ações ordinários ,
Lucro por Ação (LPA);
− A Alavancagem Total se preocupa com a relação entre as Vendas
e os Lucro por Ação (LPA).
Alavancagem Operacional:
Segundo Gitmann (2002 p. 374) , “Alavancagem Operacional: uso
potencial de custos fixos operacionais para aumentar os efeitos das mudanças
nas vendas sobre os lucros da empresa antes dos juros e do imposto de
renda”.
O grau de alavancagem operacional (GAO) é a medida numérica da
alavancagem operacional da empresa, que expressada pela seguinte fórmula:
GAO = variação percentual no LAJIR/ variação percentual nas vendas
Interpretação: Sempre que o resultado maior do que 1, existe a Alavacagem
Operacional.
22
Alavancagem Financeira:
Segundo Gitmann (2002 p. 377) , “Alavancagem Financeira: potencial
uso de custos fixos financeiros para maximizar os efeitos das variações em
lucros antes dos juros e do imposto de renda nos lucros por ação da empresa”.
O Grau de Alavancagem Financeira (GAF) é a medida numérica da
alavancagem financeira da empresa, que expressada pela seguinte fórmula:
GAF = percentagem de variação no LPA / percentagem de variação no LAJIR
Iterpretação: Sempre que o resultado maior do que 1, existe a Alavacagem
Financeira.
Alavancagem Total:
Segundo Gitmann (2002 p. 380) , “Alavancagem Total: o potencial para
usar custos fixos operacionais e financeiros para maximizar os efeitos das
variações nas Vendas sobre o LPA - Lucro por Ação da empresa”.
O Grau de Alavancagem Total (GAT) é a medida numérica da
alavancagem total da empresa, que expressada pela seguinte fórmula;
GAF = percentagem de variação no LPA/ percentagem de variação nas
Vendas ou GAT = GAO x GAF
Iterpretação: Sempre que o resultado maior do que 1, existe a Alavacagem
Total.
23
CAPITULO III
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
“A Análise de Balanços deve partir d geral para o particular Assim,
inicia-se a análise propriamente dite (após o trabalho de preparação –
padronização) com o cálculo de índices. Em seguida se aplica a Análise
Vertical/ Horizontal.
Os índices podem informar, por exemplo, que uma empresa esta com
alto endividamento. A Análise Vertical/ Horizontal aponta qual o principal credor
e como se alterou a participação de cada credor nos últimos dois exercícios.
Ou, então, os índices indicam que a empresa teve reduzida sua margem de
lucro; a Análise Vertical/ Horizontal apontará, por exemplo, que isso se deveu
ao crescimento desproporcional das despesas administrativas.” (Matarazzo,
2008, p.243)
3.1 Análise Vertical
A Análise Vertical (AV) é também chamada de estrutura ou
composição ou percentual. É uma técnica de suma importância para avaliar a
estrutura de composição de itens do balanço e sua evolução no tempo.
Consiste em estabelecer a participação (em %) de cada item em relação ao
total de seu grupo ou, na maioria das vezes, pelo total geral.
O coeficiente ou a porcentagem é à medida que indica a proporção de
cada componente em relação ao todo.
Calculando-se a participação de cada componente do Ativo ou
Passivo e Patrimônio Líquido em relação ao total do Ativo ou total do Passivo,
24
o mesmo é feito para os elementos da Demonstração dos Resultados do
Exercício em relação à Receita Operacional Líquida da empresa, expressando
a participação em porcentagem.
Neste sentido, o objetivo da Análise Vertical (AV) é avaliar, em termos
relativos, as partes que compõem o todo e compará-las no caso de análise de
dois ou mais períodos sociais.
Em cada ano, para calcularmos os percentuais da coluna da Análise
Vertical (AV), dividimos o valor da rubrica que queremos calcular pelo valor-
base e multiplicamos por cem. O valor-base do Balanço Patrimonial é no Ativo
o seu Total e no Passivo o seu Total e na Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE) é a Receita Líquida de Vendas.
3.2 Análise Horizontal
A Análise Horizontal (AH) também conhecida como análise de
evolução, permite observar as oscilações dos valores expressados pelos
componentes patrimoniais ou de resultados através do confronto de uma série
histórica de períodos. Ela identifica as evoluções e tendências de cada conta
das demonstrações.
Ao desenvolver esta análise é adotado um período base, na maioria
dos casos considera-se o primeiro exercício, e são estabelecidas evoluções
dos demais exercícios comparativamente com o período base. Estas
evoluções são apresentadas em porcentagem.
Com a utilização desta análise, o administrador financeiro terá uma
visão detalhada de cada item dos demonstrativos contábeis no decorrer do
25
tempo e poderá visualizar tendências futuras tendo condições de corrigir
eventuais desvios dos objetivos propostos.
26
CONCLUSÃO
O estudo das finanças empresariais pode parecer bastante complexo,
repleto de fórmulas e estruturas jurídicas complicadas. Porém, a base do
raciocínio financeiro já faz parte do ser humano e baseia-se no pensamento
fundamentalista.
Apesar dos modelos complexos que são criados e de todas as novas
teorias, o objetivo central das finanças empresariais, tomando como por base o
fundamentalismo, é orientar as ações de uma empresa com o objetivo de obter
lucros.
Todos esses conhecimentos apresentados nesta pesquisa garantem
ao administrador financeiro e ao contador uma visão clara e fundamentalista
da situação financeiro-econômica da empresa. Com estas análises financeiras
é possível fornecer suporte ao administrador da empresa para tomar decisões
com mais segurança, aproveitando todos os recursos disponíveis dela.
O administrador financeiro e o contador precisam estar interligados
com todos os departamentos da empresa. Buscar conhecimentos de todos os
processos para que suas análises sejam coerentes e de acordo com as
condições que a empresa apresenta.
O gestor financeiro tendo todos os conhecimentos dos processos da
empresa, da estrutura e análise das demonstrações financeiras, é necessário
ainda estar interado sobre as mudanças no mercado financeiro. O mercado
financeiro muda constantemente e para proteger a empresa destas mudanças
27
e buscar beneficiar-se com elas é preciso que o gestor financeiro esteja muito
bem informado sobre todas as mudanças neste mercado.
Com todos os conhecimentos apresentados nesta pesquisa e com
informações sobre o mercado financeiro, o gestor financeiro garante suporte
total para o administrador da empresa tomar decisões seguras que
desencadearão grandes retornos financeiros para a empresa.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo:
Harbra, 2002.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Contabilidade introdutória. 9 ed. São Paulo: Atlas,
1998.
MATARAZZO, Dante Camine. Análise financeira de balanços: abordagem
básica e gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Silvério; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade básica. 10 ed.
São Paulo: Frase, 2002.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
29
ANEXO 1
30
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - Demonstrações Financeiras 10
1.6 Balanço Patrimonial 11
1.7 Demonstrações do Resultado do Exercício 11
1.8 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos 12
1.9 Demonstrações das Mutações do Pat.Liquido 12
1.10 Notas Explicativas 13
CAPÍTULO II - Análise das Demonstrações Financeiras 14
2.1 Cálculo dos Indicadores 14
2.1.1 Quocientes de Estrutura de Capitais 15
2.1.2 Quociente de Liquidez 17
2.1.3 Quociente de Rentabilidade 19
2.2 Alavancagem 20
CAPÍTULO III – Análise Vertical e Horizontal 23
3.1 Análise Vertical 23
3.2 Análise Horizontal 24
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 28
31
ANEXOS 29
ÍNDICE 30
FOLHA DE AVALIAÇÃO 32
32
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
Recommended