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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TI APLICADA A ARMAZENAGEM
Por: Jaqueline Duarte de Mendonça
Orientador
Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves D. SC.
Rio de Janeiro
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
TI APLICADA A ARMAZENAGEM
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
conclusão de curso de “Lato Sensu” em Logística
Empresarial
Por: Jaqueline Duarte de Mendonça
3
AGRADECIMENTOS
A Deus por estar sempre ao meu lado
em todos os momentos de minha vida.
Aos meus pais por me ajudarem e me
incentivarem a todo o momento.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho àqueles que
contribuíram direta ou indiretamente
para a confecção desta monografia.
5
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo central a importância da implantação
dos sistemas de armazenagem nas empresas. Podemos observar a eficiência,
eficácia e agilidade em todos os processos relacionados a logística das
companhias.
Atualmente, não se concebe empresa sem gerenciamento mediante
meios informatizados. É evidente que empresas de pequeno porte e também
de médio porte não podem adotar um sistema de gerenciamento informatizado
na amplitude do aqui preconizado e analisado. Os benefícios gerados pela
informatização motivaram as Consultorias do ramo a desenvolverem e
oferecerem uma série de softwares de gerenciamento de estoques,
plenamente exeqüíveis e adaptáveis a esses tipos de empresas.
Os Capítulos falam respectivamente sobre: Considerações Iniciais,
Warehouse Management System, Warehouse Control System e ERP.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - Warehouse Management System 08
CAPÍTULO II -Warehouse Control System 11
CAPÍTULO III –WCS X WMS 16
CAPÍTULO IV – Enterprise Resource Planning Software 20 CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA 27
ANEXOS 28
ÍNDICE 31
7
INTRODUÇÃO
A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais da Logística e tem
passado por profundas transformações nos últimos anos. Essas mudanças
refletem-se na adoção de novos sistemas de informação aplicados à gestão da
armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de
produtos e até mesmo na revisão do conceito do armazém como uma
instalação com a principal finalidade de estocar produtos (FLEURY et al,
2000).
Este estudo tem por objetivo demonstrar a importância da utilização dos
sistemas de armazenagem nas empresas e os benefícios da adequação nessa
tecnologia.
No Capítulo I será a consideração inicial sobre o trabalho como um
todo. No Capítulo II entraremos no assunto do Sistema WMS e no Capítulo III
comentaremos sobre o Sistema WCS e para finalizar, no Capítulo IV sobre o
Sistema ERP.
8
CAPÍTULO I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Uma das grandes chaves para aumentar a competitividade no atual
ambiente de negócios é a satisfação e o sucesso do cliente. A Logística
Integrada busca atingir esta satisfação através da integração das funções,
tanto as internas à organização quanto as pertencentes à sua cadeia produtiva
e um dos processos-chave que dão suporte à Logística Integrada é a
Distribuição Física. Ela é responsável pelo destino do produto final desde a
saída da linha de produção até a entrega ao cliente, onde a atividade de
Armazenagem está ganhando importância frente às atuais mudanças do
mercado.
“O processo de armazenagem representa, em
geral, a terceira força entre os direcionadores de custos
logísticos, perdendo apenas para o transporte e igualando-
se à manutenção de estoques” (RAGO, 2002).
Através de uma eficiente administração da armazenagem é possível a
redução de estoques, a otimização da movimentação e da utilização do
armazém, o atendimento rápido ao cliente e à linha produtiva, a redução do
índice de material obsoleto, precisão e acuracidade das informações etc. Com
isto é possível diminuir custos, melhorar a integração do processo de
armazenagem com os demais processos da organização e melhorar o
atendimento ao cliente.
Para alcançar estes objetivos, foram criados os Sistemas de Gestão de
Armazém (Warehouse Management Systems – WMS e Warehouse Control
9
System – WCS), softwares que recebem as informações pertinentes ao
armazém e, de acordo com as necessidades da organização, geram respostas
para uma melhor movimentação, armazenagem, separação e expedição dos
produtos.
“O WMS é o sistema de informações que planeja,
programa e controla as operações do armazém. Abrange
todas as funções, desde a chegada do veículo ao pátio, o
recebimento dos materiais, passando pela estocagem,
separação de pedidos, reposição e controle de estoques,
inventário, programação e controle de embarque e
liberação de caminhões”. (RAGO, 2002).
Atualmente, não se concebe empresa sem gerenciamento mediante
meios informatizados. É evidente que empresas de pequeno porte e também
de médio porte não podem adotar um sistema de gerenciamento informatizado
na amplitude do aqui preconizado e analisado. Os benefícios gerados pela
informatização motivaram as Consultorias do ramo a desenvolverem e
oferecerem uma série de softwares de gerenciamento de estoques,
plenamente exeqüíveis e adaptáveis a esses tipos de empresas.
Segundo Viana (2002), ao implementar sistema informatizado integrado
para Administração de Materiais, a empresa deve adequá-lo a uma filosofia de
gerenciamento, para o qual há necessidade de enfatizar os seguintes módulos:
a) Sistema de Informações
(a.1)Informações para os Usuários
(a.2)Informações para a Gestão
10
(a.3)Informações para Compras
(a.4)Informações para o Almoxarifado
(a.5)Informações para o Inventário
b) Cadastramento on-line de dados dos Materiais de uso da empresa
c) Atualização Automática dos níveis de estoque para materiais
enquadrados no crescimento vegetativo de consumo
d) Atualização e consultas on-line
e) Emissão de gráficos comparativos e estatísticos, e de relatórios
gerenciais e operacionais.
f) Licitação automática de reposições para material de estoque
g) Licitação de compra on-line para materiais não de estoque
h) acompanhamento e controle das compras
i) Registro e atualização de cadastro de fornecedores
j) Registro, controle e acompanhamento dos processos de recebimento
de materiais.
k) Controle de estoque
l) Requisição de material on-line
11
CAPÍTULO II
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM 2.1 Características
Algumas das características mais relevantes sobre o WMS são a
identificação do melhor local para guardar uma mercadoria, de acordo com as
suas características; os furtos e roubos ficam mais visíveis e fáceis de
controlar; a entrega ao cliente ou à linha de produção é mais rápida; o WMS
avalia as mudanças assim que ocorrem e fornece acesso imediato à nova
informação.
2.2 Funções As principais funções do sistema WMS são: controlar o Inventário; controlar o
Lote; controlar o FIFO - "First-In-First-Out"; atualizar "On-line" o estoque;
controlar Divergências; grande capacidade de Previsão; endereçamento
Automático; reconhecer as Limitações Físicas dos Endereços; otimizar a
Locação/Colocação do Estoque; auxiliar no Projeto de Ocupação da
Embalagem; Programar a mão-de-obra necessária; analisar o Desempenho da
mãos-de-obra; analisar a Produtividade da mão-de-obra; parametrizar a
Consolidação do "Picking List"; determinar a Rota de Separação; determinar a
Melhor Seqüência de Paradas na Separação; formar "Kits" ; preparar
Documentos de Expedição; possuir Banco de Dados com Taxas de Fretes
Programar a Manutenção dos equipamentos; apresentar Relatórios do
"Status"do Veículo; auxiliar no Projeto do Layout de Armazenagem; determinar
a Prioridade de Descarga; gerenciar o Pátio.
Alguns fatores, tais como recursos, nível de automação, tipo de produto
e de mercado, variedade de produtos oferecidos etc., são determinantes para
12
a implementação de softwares WMS, pois, a solução deve estar adequada ao
problema e os investimentos justificados.
Muitas vezes, sistemas simples de informação podem fazer uma boa
gestão do armazém.
2.3 Objetivos
-Redução do nível de estoque
-Melhoria no nível de serviço junto ao cliente em virtude do real conhecimento
do que existe disponível em estoque.
-Melhor utilização do espaço físico.
Cabe ressaltar que o alcance destes objetivos só será 100% conhecido após
completa implementação do WMS no CD.
2.4 Níveis de WMS
Há muita variedade de produtos que levam o nome WMS, mas há três
níveis de tecnologia de WMS.
Os localizadores de estoque são os produtos de WMS mais simples,
executando as funções mais básicas.
Os Sistemas de Controle de Armazém (WCS = Warehouse Control
Systems) são produtos de nível intermediário, executando a localização e o
controle de estoque, mais os relatórios de desempenho e trabalho executado.
As atividades direcionadas pelo sistema também são executadas por um WCS.
Um WMS completo executa todas as funções anteriormente
mencionadas, acrescidos de mais capacidades de gerenciamento de tarefas e
apoio à tomada de decisão.
13
2.5 Benefícios Esperados Os principais benefícios esperados são: acuracidade de inventário; melhoria na
ocupação do espaço; redução de erros; redução das necessidades de papel
eliminação de inventários físicos; melhoria no controle de carga de trabalho;
melhoria no gerenciamento operacional; apoio aos processos eletrônicos de
coleta de dados; apoio aos processos de aumento de valor agregado ao cliente
redução do tempo perdido com esperas; redução do tempo morto dos recursos
de movimentação; otimização do percurso de separação de pedidos;
estocagem otimizada através de localização pela curva ABC de giro; aumento
da densidade de estocagem, diminuindo distâncias a serem percorridas
resumindo: maior velocidade, menor custo, menos recursos.
2.6 Metas de implantação de um sistema WMS
Rastreabilidade das operações: todos os recebimentos, envios,
separações são registrados em tempo real com a possibilidade de identificar
de qual terminal saiu à ordem e a realização da tarefa permitindo estudos de
desempenho e o histórico das operações realizadas no centro de distribuição.
Picking (separação dos pedidos): através de métodos adaptados e
desenvolvidos ao perfil da empresa (FIFO3, LIFO4) é possível armazenar as
mercadorias em áreas específicas, dividindo o centro de distribuição em
blocos, níveis, ruas e colunas. É através de um planejamento condizente da
separação de mercadorias que conseguimos prever quais equipamentos serão
necessários para a movimentação de cargas e como podemos otimizar o
processo em situações hipotéticas de desabastecimento ou excesso de
estoque.
Outra grande vantagem do WMS é a eliminação da contagem física de
produtos durante a coleta (o que diminui significativamente o tempo gasto) e a
eliminação de documentos em papel (tecnologias são bem menos suscetíveis
14
a erros na hora de leitura e interpretação de dados embutidos em códigos de
barras, sistemas de voz e terminais de rádio freqüência).
§ Cálculo de Embalagem e emissão de etiquetas/listas: um sistema
WMS deve conter software agregado que calcula qual a embalagem mais
propicia para acondicionar as mercadorias que devem ser enviadas ao cliente
e também capaz de emitir etiquetas e listas de conteúdo com peso bruto,
líquido, dimensões de cada caixa.
§ Controle de rotas: a administração desse recurso é muito importante para
Minimizar o custo total de atendimento, levando em conta inúmeras variáveis
(prioridade do consumidor, localização geográfica, escolha do melhor veículo
de transporte, conhecimento de estradas, etc). Também devem ser
observados casos específicos de alguns pedidos poderem ser retirados de
uma rota e encaixados em outra.
• Controle de lotes e situações de controle de qualidade: o sistema
Fundamentalmente deve manter o registro das informações dos lotes de
fabricação e informar a situação de cada produto em sua unidade de
armazenagem, em termos de aprovação, rejeição, quarentena, inspeção ou
outras situações de bloqueio exigidas pelas características do item ou do
processo. Se o lote é classificado por número de série o sistema deve permitir
a rastreabilidade das transações fazendo referência àquele número.
Atualmente, a implantação de sistemas WMS é justificada pela necessidade de
vantagens competitivas e pela busca incessante de redução de custos, na qual
citamos sistemas de Inteligência artificial, maior qualificação dos profissionais
envolvidos no processo, melhor aproveitamento de espaço físico e circulação
das mercadorias.
15
Por serem transmissores de informações em tempo real e apresentarem
a possibilidade de sincronização com clientes e fornecedores necessitam de
aprimoramento constante para sempre relatar informações úteis e corretas.
16
CAPÍTULO III
WAREHOUSE CONTROL SYSTEM
3.1 Conceito de WCS
WCS é um software que dá importância à localização do material em
um endereço no armazém, eliminando a necessidade de locais fixos para a
armazenagem, permitindo a estocagem onde quer que haja espaço dentro
do armazém.
O sistema de controle WCS é o produto de muitos anos de pesquisa e
experiência prática em armazém e centro de distribuição automatizado e
controle. A capacidade chave do sistema WCS controla uma relação de tempo
real da automatização, da manipulação do material, o aumento da produção e
do desempenho, a utilização dos métodos mais eficientes para páletes e
encaminhamento de item.
3.2 Função
Eles fornecem informações em tempo real diretamente a gestão a
fim de lhes permitir tomar as medidas necessárias em um ambiente que
nunca é constante. A mistura de encomendas num armazém em qualquer
dia pode variar considerar habilmente. O armazém gerente necessita de
passar as pessoas de uma área para outra a manipular a 'hot spots'. A
WCS fornece gerenciamento com a visibilidade e as ferramentas para gerir
os sistemas e as pessoas a implantar-lhes da forma mais eficaz para obter
17
o produto certo para fora da porta, no momento certo, em um ininterrupto
de fluxo constante.
O Sistema WCS é baseado em computador pessoal e foi projetada para
tratar todos os aspectos físicos de um armazém ou Centro de distribuição,
incluindo equipamento de manipulação de material, estoque local de
mapeamento, localização circulação inter-controle, de roteamento inter-zona, a
atribuição de ações expeça, todos com interface operador ilimitado.
Equipamentos de manuseio de materiais inclui controle de guindastes,
caminhões, transportadores, carrosséis e outros equipamentos, utilizando rede
de comunicação de rádio ou infravermelhos links.
Este sistema não está interligado com nenhum sistema da empresa,
sendo assim para o funcionário emitir o picking list, ele deve entrar no
sistema e digitar o número do pedido. Com este, o sistema identifica as
mercadorias que constam no pedido e conseqüentemente direciona de
onde deve ser retirada cada mercadoria.
3.3 Características
• Flexibilidade limitada do hardware. Estes sistemas foram tipicamente
projetados para trabalhar com plataformas de computador específicas.
• Relatório de administração de mão-de-obra e estocagem limitada. Existem
relatórios padrões muito básicos.
• Opções de customização limitadas. Para reduzir os custos, pouco se
customiza o sistema às necessidades do usuário. Geralmente, a
customização disponível está voltada à modificação de campos e nomes de
banco de dados.
• Estes sistemas geralmente são oferecidos por organizações com uma base
instalada limitada, ou mesmo, nenhuma base instalada.
18
• Funcionalidade do software mais verticalmente orientada. O software é
projetado, geralmente, como uma unidade integral e não pode ser
implementada de forma modular.
• Custos reduzidos de hardware e software. Com funcionalidade reduzida,
customização limitada e escolha limitada das opções de hardware, os
custos de hardware e software são então reduzidos em relação aos WMS.
Não oferecem relatórios de administração detalhados e não exploram
dinâmica da radio freqüência com intercalação de tarefas.
3.4 Comparação entre WCS & WMS
WMS – Todas as informações são interligadas e acessadas através de uma
única base de dados e com a implementação do WMS tudo é automático,
desde operação de NF e picking list, a conferência é automática, o próprio
sistema preenche tudo.
WCS – Não é automático, é um software para gerenciamento e controle de
estoque, espaço, equipamentos, mão de obra na produção e CD
WCS –Não emite sugestões de armazenagem em locais parcialmente
ocupados. Isto significa na prática que existem espaços ociosos,
simultaneamente a corredores sendo utilizados como local de armazenagem.
WMS – o problema de “falta de espaço” tende a ser minimizado com a entrada
do WMS, pois o sistema fará sugestões para estocagem em locais
parcialmente estocados, assim que os materiais chegarem ao CD e, com isso
uma melhor ocupação de espaço.
WCS - Não permite um controle de lotes e posteriormente um rastreamento
dos produtos.
19
WSM – Permite o controle, para as empresas isso é um “plus” no
entendimento ao cliente. Pois é possível identificar quem comprou o que e
quando.
WMS – Melhora as operações do armazém, através do eficiente
gerenciamento de informações e conclusão das tarefas, com alto nível de
controle e acuracidade do inventário. Reduz custo e serviço ao cliente.
WCS - É um sistema de controle do armazém é de nível intermediário,
executando a localização e o controle de estoque de um localizador de
estoque, não é tão completo quanto o WMS.
20
CAPÍTULO IV
ENTERPRISE RESOURCE PLANNING SOFTWARE
Para começarmos a entender o ERP, é importante sabermos que ele
não possui nenhuma ligação direta com a sua sigla. Esqueça a palavra
planejamento, ele não faz isso, e esqueça a palavra recurso, um termo
descartável. Mas lembre-se da parte empresarial. Serve para integrar todos os
departamentos e funções de uma companhia em um simples sistema de
computador que pode servir a todas necessidades particulares de cada uma
das diferentes seções.
É um grande desafio construir um único programa de software que
supra as necessidades do departamento financeiro, assim como dos
trabalhadores de recursos humanos e também do depósito e é isso que o ERP
faz. Cada um desses departamentos, tipicamente, possui seu próprio sistema
de computador, cada um aperfeiçoado para cada necessidade, para a forma
de trabalho de cada departamento. O ERP combina todos eles juntos em um
só programa de software integrado que trabalha com um banco de dados
comum. Dessa forma, os vários departamentos podem mais facilmente dividir
informações e se comunicar entre si.
Essa abordagem integradora pode dar um grande retorno financeiro se
as companhias instalarem o software adequadamente. Pegue o pedido de um
cliente como exemplo: tipicamente, quando um cliente faz um pedido, aquele
pedido começa uma jornada em papel, de um lugar para outro na empresa,
sendo digitado e redigido em vários computadores ao longo do caminho. Toda
essa jornada causa atrasos e perdas de pedidos, e cada digitação, em um
diferente sistema, é convidativo a erros. Ao mesmo tempo, nenhuma
21
companhia sabe realmente em que estágio um pedido se encontra em um
determinado momento porque não há como o departamento financeiro, por
exemplo, entrar no computador do depósito para ver se o item foi embarcado.
"Você terá que ligar para o depósito", é a resposta familiar dada aos frustrados
consumidores.
4.1 Como o ERP pode melhorar a performance de uma empresa?
ERP automatiza as tarefas envolvendo a performance de um processo,
tal qual a finalização de um pedido, o qual envolve pegar o pedido de um
cliente, enviá-lo e cobrá-lo. Com o ERP, quando um representante recebe o
pedido de um cliente, ele ou ela, tem todas as informações necessárias para
completá-lo. Todas as pessoas na empresa vêm o mesmo visor e têm acesso
a um único banco de dados que guarda o novo pedido do cliente. Quando um
departamento termina a sua parte em um pedido, este é enviado
automaticamente para o próximo departamento via ERP. Para saber em que
ponto está um pedido, em um determinado momento, é só checar no ERP.
Com sorte, o processo se move como um raio dentro da organização, e os
clientes recebem seus pedidos mais rapidamente que antes. O ERP consegue
aplicar essa mesma mágica à maioria dos processos empresariais, tal qual
manter os funcionários informados sobre seus benefícios ou sobre decisões
financeiras em geral.
Esse, pelo menos, é o sonho do ERP. A realidade é bem mais dura.
Vamos retornar aos pontos tratados anteriormente. Aquele processo talvez não
tenha sido eficiente, mas ele foi simples. O departamento financeiro fez o seu
trabalho, o depósito fez o seu trabalho e se algo deu errado fora das paredes
do departamento, esse problema é sempre de outra pessoa. Com o ERP essa
história muda sensivelmente: os representantes que recebem os pedido dos
clientes, não são mais meros digitadores colocando o nome de alguém em um
22
computador e batendo na tecla retornar. O monitor do ERP faz deles pessoas
de negócio. Ele vai desde o crédito do cliente, passa pelo departamento
financeiro e vai até o fluxo de trabalho do depósito.
O cliente pagará em dia? Nós seremos capazes de embarcar o produto
em tempo? Essas são perguntas que os representantes de vendas nunca
tiveram que fazer antes e que afeta o cliente e todos os outros departamentos
da empresa. Mas não são apenas os representantes que terão que acordar. As
pessoas no depósito, que estavam acostumadas a manter as datas na cabeça
ou em pedaços de papel, precisam colocar toda informação on-line agora. Se
eles não fizerem isso, os representantes de venda verão baixos níveis de
produtos no monitor e falarão aos clientes que seus pedidos não estão
disponíveis no estoque. Comprometimento, responsabilidade e comunicação
nunca foram tão testadas antes.
4.2 Quanto tempo leva um projeto de ERP
Instalar o ERP não foi um processo fácil para as companhias que o
fizeram. Não se engane quando vendedores de ERP dizem que o tempo de
implantação, em média, é de três ou seis meses. As implementações que
foram feitas em um curto tempo (porque seis meses é um curto tempo), todas
foram realizadas em pequenas empresas, ou foram limitadas a pequenas
áreas da empresa, ou apenas usaram as partes financeiras do programa ( no
qual o ERP é apenas um caro sistema de contabilidade). Para fazer o ERP
certo, a forma como você faz negócio terá que mudar, bem como a forma
como as pessoas trabalham. E esse tipo de mudança não acontece sem dor. A
não ser que a maneira como você negocia esteja indo extremamente bem,
pedidos são embarcados no período certo, a sua produtividade é maior do que
a dos seus concorrentes, seus clientes estão completamente satisfeitos, sendo
que, nesses casos, não há nenhuma razão para pensar em instalar o ERP.
23
O importante é não se focar no tempo que levará a sua implantação, já
que transformações reais com o ERP normalmente levam entre um e três anos
em média, mas sim entender porque você precisa dele e como você pode
utilizá-lo para aumentar seus negócios.
4.3 Como o ERP melhorará os meus negócios
Há três razões principais pelas quais firmas adotam o ERP:
- Para integrar dados financeiros: Como o CEO tenta entender a
performance geral da companhia, ele ou ela pode encontrar diferentes
versões da verdade. O financeiro tem os seus números, vendas tem
outra versão, e as diferentes unidades podem, cada uma, ter a sua
própria versão do quanto eles podem contribuir para a receita. O ERP
cria uma única versão da verdade que não pode ser questionada porque
todos estão usando o mesmo sistema.
- Para uniformizar o processo de manufatura: Empresas de
manufatura, especialmente aquelas com um grande apetite por fusões e
aquisições, geralmente descobrem que diferentes unidades da empresa
usam diferentes métodos e sistemas de computador. Uniformizar esses
processos, usando um único e integrado sistema de computador pode
economizar tempo, aumentar a produtividade e reduzir gastos.
- Para uniformizar as informações de RH: Principalmente em firmas
com múltiplas unidades de negócio, o departamento de Recursos
Humanos talvez não tenha um único e simples método para
acompanhar o tempo dos empregados e comunicá-los sobre seus
benefícios e serviços. O ERP pode fazer isso.
24
4.4 O ERP irá se adequar ao meu jeito de negociar
É difícil para as empresas entenderem se a forma delas negociarem se
adapta ao padrão ERP antes de todos os cheques de pagamento terem sido
assinados e a implementação ter começado. A razão mais comum pela qual as
empresas fogem dos projetos multimilionários do ERP é porque elas
descobrem que o software não suporta algum dos importantes processos dos
seus negócios. Nesse momento, só há duas coisas a serem feitas: mudar o
processo para se adaptar ao software, o qual significará mudanças profundas
nas formas de se fazer negócio, o que apesar de ser positivo para a
produtividade da empresa, mexe em papéis de pessoas importantes e com
responsabilidades e que apenas poucas empresas têm coragem para fazer.
Ou, mudar o software para que este se adapte ao processo, o que diminuirá a
velocidade do projeto e provavelmente deturpará o sistema.
Não é necessário dizer que a mudança para o ERP é um projeto que
necessita fôlego. Além de orçar pelo custo do software, executivos financeiros
devem planejar o preço da consultoria, as adaptações, testes de integração e
uma longa lista de outros gastos antes que os benefícios do ERP comecem
aparecer.
4.5 Quando receberei o retorno do ERP - e de quanto será este retorno
Não espere revolucionar seus negócios com o ERP. A implantação dele
requer uma reorganização na forma como as coisas funcionam mais
internamente na sua empresa do que externamente com clientes, fornecedores
ou parceiros. Mas, para quem tem paciência, esse é um projeto com retorno
garantido. Um estudo feito em 63 empresas que adotaram o sistema descobriu
que os benefícios costumam aparecer em média oito meses depois da
instalação do novo sistema, ou seja, em 31 meses. Após esse período, a
média de economia anual com o sistema ERP é em torno de U$1.6 milhões.
25
4.6 O custo escondido do ERP
Embora diferentes empresas encontrem diferentes problemas durante o
orçamento, aqueles que implantaram o ERP concordam que certos custos são
normalmente maiores que outros. A partir das experiências estudadas, pode-
se dizer que os gastos mais significativos ocorrem nas áreas: de treinamento,
integração e teste; de conversão e análise de dados; consultorias, na
substituição de pessoal - com a constante implementação; e, também, com a
depressão "pós-ERP".
De qualquer forma, os benefícios que podem ser obtidos se a empresa
tiver maturidade para aceitar as mudanças e se adequar a elas, são bem
maiores que as desvantagens. O ERP é um avanço que com certeza agrega
valor a uma empresa.
26
CONCLUSÃO
O objetivo principal deste trabalho foi à análise dos resultados
alcançados pela implantação dos Sistemas de Gestão nas empresas.
Para alguns armazéns, especialmente instalações com poucos SKUs,
um localizador de estoque ou WCS pode ser o produto adequado. Entretanto,
instalações muito grandes e que desempenham tarefas mais difíceis, como
cross docking e outros serviços de valor agregado, podem exigir o WMS
completo. Definir a funcionalidade planejada do armazém auxiliará na escolha
do software adequado.
Sistemas de gestão de armazém e sistemas de controle de estoque não
devem ser confundidos.
O controle de estoque está alocado no nível de dados, no qual negócios
cotidianos estão organizados. A gestão do armazém está alocada no nível da
execução e está relacionado às atividades dentro do armazém e para um
melhor uso dos recursos (capital e humano).
27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FLEURY, P.F.; WANKE, P. & FIGUEIREDO, K.F. Logística Empresarial: A
Perspectiva Brasileira. SP: Atlas, 2000.
VIANA, João José. Administração de Materiais. SP: Atlas, 2002.
HONDA, H. & PEREIRA, L. C. G. LOG&MAN Logística, Movimentação e
Armazenagem de Materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano
XXIII, Setembro, n.143, p.18.
RAGO, S.F.T.. LOG&MAN Logística, Movimentação e Armazenagem de
Materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002, Ano XXIII, Setembro,
n.143, p.10-11.
http://www.cel.coppead.ufrj.br/fs-public.htm, - ícone de Estratégias de
Picking na Armazenagem – Rio de Janeiro – 1999, acesso em 03/04/2002.
http://www.dreamule.org:8088/artigos_traduzidos, ícone arquivos – Rio
de Janeiro – acesso em 18:21 do dia 19/11/2008
http://www.cbsconsulting.com.br/erp.htm, ícone arquivos – Rio de
Janeiro – acesso em 16/01/2009
28
ANEXOS
29
ANEXO 1
Sistema de WCS
Fonte: http://www.whsystems.com
30
ANEXO 2
Sistema de ERP
FONTE: http://www.cbsconsulting.com.br/erp.htm
31
ÍNDICE
CAPÍTULO I
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 08
CAPÍTULO II
WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM 14
2.1 Características 11
2.2 – Funções 11
2.3 – Objetivos 12
2.4 – Níveis de WMS 12
2.5 – Benefícios Esperados 13
2.6 Metas de Implantação de um Sistema WMS 14
CAPÍTULO III
WAREHOUSE CONTROL SYSTEM
3.1 – Conceito de WCS 16
3.2 – Função 16
3.3 – Características 17
3.4 – Comparação entre WCS x WMS 18
CAPÍTULO IV
ENTERPRISE RESOURCE PLANNING SOFTWARE
4.1 – Como o ERP pode Melhorar a performance
da Empresa 21
4.2 –Quanto tempo leva um projeto de ERP 22
4.3 –Como o ERP melhorará os meus negócios 23
4.4 –O ERP irá se adequar ao meu jeito de Negociar 23
4.5 – Quando Receberei o retorno do ERP 24
4.6 – O Custo Escondido do ERP 24
32
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 27
ANEXOS 28
ÍNDICE 31
33
EVENTOS CULTURAIS
Recommended