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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
OS CAMINHOS DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO
INÍCIO DO SÉCULO XX ATÉ OS DIAS ATUAIS NO
BRASIL
Por: Mônica das Graças Muniz
Orientador
Prof. MARY SUE PEREIRA
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
OS CAMINHOS DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO
INÍCIO DO SÉCULO XX ATÉ OS DIAS ATUAIS NO
BRASIL
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Tecnologia Educacional
Por: Mônica das Graças Muniz
3
AGRADECIMENTOS
....aos pais, amigos e a todos que sabem
que a luta é grande mais a vitória é certa,
basta crer.
5
RESUMO
A evolução da sociedade e das tecnologias mudou as formas de ensino
aprendizagem da população brasileira, que no início do século XX era limitada às
salas de aula e com os avanços tecnológicos possibilitou a população o acesso à
educação fora desse ambiente; o aluno passou a estudar por rádio, correspondência,
televisão e a internet.
O trabalho procura mostrar as mudanças na forma de ensino no Brasil, que a
partir século XX foi passando por transformações, saindo do ambiente exclusivo das
salas de aula e passando a ser ministrado pelo rádio, correspondência, televisão e no
século XXI a internet. O trabalho mostra como as mudanças ocorridas ajudaram e
ajudam no desenvolvimento educacional brasileiro, evidenciando que o ensino não se
limitou ou se limita somente as salas de aula, mas que ele pode ser ajustado de
acordo com as novas tecnologias educacionais e as necessidades dos alunos.
6
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho, foram pesquisados livros em bibliotecas
universitárias e sites na internet relativos ao assunto, o tema foi disposto em ordem
cronológica do início do século XX até os dias atuais, foram apontadas algumas
instituições que se destacaram nos métodos de ensino aplicado e no seu pioneirismo
e como resultado podemos citar um apanhado de informações relevantes sobre os
avanços no sistema de ensino.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Breve História da Tecnologia
Educacional no Mundo 10
CAPÍTULO II - Breve História da Tecnologia
Educacional no Brasil 17
CAPÍTULO III – Considerações sobre a
Tecnologia Educacional 31
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 41
8
INTRODUÇÃO
A modernidade, como relata Cambi (1999), com seu caráter
revolucionário, veio romper com uma sociedade de ordens, típica da Idade
Média, onde não havia o exercício das liberdades individuais e havia o bloqueio
de qualquer mudança e intercâmbio social. Ela trouxe a revolução geográfica,
econômica, política, social, ideológica, cultural e pedagógica, o homem passou
a ter uma formação mais livre, mais humana, passou a ter um maior contato
com a cultura, a vida social, passou a ser ativo na sociedade, livre das
repressões da Idade Média.
A modernidade trouxe a tecnologia e da tecnologia surgiu o domínio das
ondas eletromagnéticas pelo homem que reduziu o tamanho do mundo e o
transformou em uma “aldeia global”, essa afirmação de Díaz Bordenave (2005),
nos faz imaginar que um mundo sem tecnologia é inconcebível para os quem
vive no século XXI, mas nem sempre foi assim, Diáz Bordenave (2005)
também diz que á alguns anos atrás uma noticia precisava de 4 meses para
chegar da Europa á América do Sul, no mundo atual, podemos ter acesso a
informação em tempo real de qualquer parte do mundo, podemos nos
comunicar com pessoas que vivem em locais muito distantes, seja pela internet
ou telefone, fazer nossas compras sem sair de casa, fazer novos amigos, etc.
A história da tecnologia educacional caminha junto com a modernidade,
com as revoluções e com e evolução das ondas eletromagnéticas,
responsáveis pelo desenvolvimento e evolução dos meios de comunicação que
passaram a ser utilizados para atender as necessidades de informação da
população e também como instrumento de ensino. Como diz Litto (2009), a
criação, implantação e o aperfeiçoamento de novos métodos e tecnologias de
ensino/aprendizagem nos séculos XX e XXI, fizeram com que a educação
fosse levada para grandes continentes populacionais e possibilitou que a
população em geral, tivesse acesso á educação á longa distância, e fizeram da
educação “não mais tão-somente de acordo com critérios quantitativos, mas,
principalmente, com base em noções de qualidade (Juste, 1998), flexibilidade,
9liberdade e critica” (Litto, 2009, p. 2), pois possibilitou as pessoas a terem
acesso a educação por correspondência, rádio, televisão e computador
(internet), saindo do ambiente tradicional da sala de aula.
O tema deste trabalho é a tecnologia e aprendizagem, onde veremos os
caminhos da tecnologia educacional do início do século XX até os dias atuais
no Brasil e mostraremos como a tecnologia educacional tem evoluído e
transformado o modo de ensino/aprendizagem .
Esse trabalho se justifica porque a evolução da sociedade e das
tecnologias mudou as formas de ensino/aprendizagem da população brasileira
que no início do século XX era limitada às salas de aula e com os avanços
tecnológicos possibilitou a população o acesso à educação fora desse
ambiente; o aluno passou a estudar por correspondência, rádio, televisão e a
internet.
O objetivo desse trabalho é salientar como as evoluções tecnológicas
ajudaram e ajudam no desenvolvimento educacional brasileiro, evidenciando
que o ensino não se limitou ou se limita somente as salas de aula, mas que ele
pode ser ajustado de acordo com as novas tecnologias educacionais e as
necessidades do aluno.
10
Capítulo I
Breve História da Tecnologia Educacional no Mundo
Os métodos e tecnologias inovadores (primeiro a correspondência, em
seguida o rádio, televisão e computador), tiveram grande importância na
transformação do modo de ensino/aprendizagem da população, como relata
(LITWIN, 1997, p.42):
“O desenvolvimento das novas tecnologias da informação
e da comunicação constitui um dos fatores-chave para
compreender e explicar as transformações econômicas,
sociais, políticas e culturais das duas últimas décadas [...]
“[...] Certas concepções sobre a reforma do sistema
educacional atribuem a incorporação de novas
tecnologias da informação um efeito determinante na
melhora da qualidade dos processos de ensino e
aprendizagem.”
Peters (2004) relata como uma das primeiras experiências de educação
a distância foram realizadas na área religiosa, ele se refere ao apostolo São
Paulo que escreveu suas epistolas para ensinar os cristão da Ásia Menor e que
para isso ele utilizou a escrita e os meios d transporte para realizar seu
“trabalho missionário sem ser forçado a viajar”. Na era moderna, o primeiro
registro que se tem escrito sobre a transformação do ensino data de 20 de
março de 1728, quando o jornal Boston Gazette publicou o anúncio do
professor de taquigrafia Caleb Phillips, que, dizendo ser professor de um novo
método de Taquigrafia, oferecia aulas de taquigrafia por correspondência
“O anúncio da Gazeta de Boston, que foi a primeira
menção explícita de um ensino a distância de que se tem
notícia, dizia o seguinte:
11“....todas as pessoas neste país, desejosas de aprender
esta Arte, podem, com várias lições enviadas a elas
semanalmente, aprender perfeitamente, como aquelas
que vivem em Boston.” (Cury, 2010?).
A correspondência foi a primeira “tecnologia” usada para que pessoas
pudessem aprender sem estarem dentro de uma sala de aula, sendo
amplamente utilizada. Nesse seguimento, vários cursos surgiram; alguns
exemplos são citados por Litto (2009, p. 3) entre eles: “nos Estados Unidos, em
1891, apareceu a oferta de curso sobre segurança de minas, organizado por
Thomas J. Foster”; os cursos das Universidades de “Oxford e Cambridge, na
Grã-Bretanha, ofereceram curso de extensão”; seguidas das “Universidade de
Chicago e Wisconsin, nos EUA” e o surgimento da Escola Alemã por
Correspondência de Negócios criada em 1924 por Fritz Reinhardt.
Os países em conjunto com as faculdades, passaram a utilizar
correspondência como forma de ensino com o objetivo de oferecer educação
às pessoas que moravam em áreas remotas e que buscavam na educação
uma forma de “melhorar suas condições de vida e sua qualidade”, como cita
Peters (2004), ele também nos fala que a educação por correspondência foi
muito “importante para quem morava longe de seus países de origem, nas
colônias”, onde as pessoas que “não tinham a oportunidade e cursar uma
universidade tradicional, tinham que se preparar sozinhos para os exames
externo da Universidade de Londres” e contavam com “os serviços de várias
faculdades por correspondência”.
“Do início do século XX até a Segunda Guerra
Mundial, várias experiências foram adotadas, sendo
possível melhor desenvolvimento das metodologias
aplicadas ao ensino por correspondência. Depois as
tecnologias foram fortemente influencias pela introdução
de novos meios de comunicação de massa.” (LITTO,
2009, p. 3).
12O rádio aparece logo após a correspondência, como mais um
instrumento tecnológico utilizado no processo de ensino/aprendizagem; ele
surgiu com o desenvolvimento da radiodifusão “(transmissão de ondas de
radiofreqüência que por sua vez são moduladas, estas se propagam
eletromagneticamente através do espaço)” Wikipédia (2011?), e teve grande
aceitação populacional por ser um instrumento de grande abrangência
territorial (desde os grandes centros até as zonas rurais), por sua grande
capacidade de informação, por sua rapidez na difusão da informação e por ter
um baixo custo a papulação passou a ter acesso a informação como receptora
e ouvinte.
Usufruindo dos atributos do rádio, vários países utilizaram desse recurso
para promover uma maior educação para a população, Litto (2009), relata que
surgiu em 1928, na BBC de Londres um curso de educação para adultos por
rádio e Niskier (1999), ressalta alguns projetos importantes da educação pelo
rádio, entre eles o ocorrido na Índia, que em 1929 começou a fazer
“transmissões educativas em circuito aberto” e outros países como os Estados
Unidos, Alemanha, Áustria e Japão. Ele também destaca a educação por rádio
na África, onde o governador do Quênia, Sir. Patrick Reninson em seu
“discurso de inauguração da rádio nova Broadcasting House, em Nairóbi”, diz:
“Embora muitos africanos sejam analfabetos –
acostumaram-se, devido a uma antiga tradição, a ouvir –,
o rádio poderá, dentro da atual conjuntura, preencher
esta deficiência melhor do que qualquer outro meio de
comunicação, no sentido de despertar o povo das trevas
da ignorância para a realidade do saber.” NISKIER, 1999,
p. 214).
Na ocasião da Segunda Guerra Mundial a radiofonia teve grande
importância, pois passou a ser utilizada “como meio de difusão de idéias, de
esclarecimento, de propaganda política, de penetração ideológica e de
13fortalecimento interno” (LITWIN, 1997, p. 42), como exemplo temos o citados
por, sobre o uso do rádio na Alemanha, quando Joseph Goebbels
“[...] com uma concepção totalizadora da propaganda,...
incluiu dentro de sua égide as atividades informativas, a
arte, a cultura escrita e oral e os meios de comunicação.
Estende e amplia seu alcance de modo que a propaganda
chegue à população com freqüência e por diferentes
canais (coloca alto falantes nas ruas e nas fábricas [...].”
(LITWIN, 1997, p. 42).
Durante vários anos o rádio foi absoluto no conceito de informação e
educação, mas “a ciência e a tecnologia da comunicação produzem
constantemente inovações cada vez mais sofisticadas” (BORDENAVE, 2005, p.
30), assim o rádio perdeu sua grande importância quando surgiu a televisão.
O primeiro modelo de televisão surgiu em 1923, quando Vladimir
Zworykin patenteou o tubo iconoscópico para câmaras de televisão, Wikipédia
(2011?), após foram feitos vários aprimoramentos que levou a televisão a ser
utilizada como grande instrumento de comunicação.
A televisão a princípio limitava-se a “retransmitir atos oficiais, desportos
e peças teatrais” (FIORENTINI e MORAES, 2006, p. 75), e teve como um dos
seus primeiros grandes atos o primeiro serviço de transmisão de alta definição
em 1935, realizado pela Alemanha, em 1936, com os jogos olimpicos de Berlim,
houve uma das primeiras grandes transmissões, em 1954 a rede norte-
americana NBC lança e primeira televisão em cores e em 1962 o satélite
Telstar transmite sinais de televisão através do Oceano Atlântico.
A teleducação (transmissões educativas pela televisão), foi e ainda é
umas das tecnologias utilizadas para a disseminação do ensino/aprendizagem,
(FIORENTINI e MORAES, 2006, p. 80), mostram que
14“[...] na Europa, em 1936, esse novo meio de
comunicação priorizou desenvolver técnicas de
transmissão e recepção [...] As bem-sucedidas
transmisões escolares da BBC e os programas de
educação para adultos usados por milhares de pessoas
na Grã-Bretanha tornaran-se referâncias mundiais para a
oferta de educação pela TV... Nos EUA, a TV surgiu em
1939 ligada a interesses comerciais. A obrigatoriedade de
transmitir programação educativa que era exigida em
troca da concessão para operar os canais de propriedade
pública... A televisão fazia o ensino direto e a
complementação de aulas.”
A teleducação surgiu com o objetivo de “compensar as dificuldades do
sistema educacional, especialmente a falta de pessoal nas escolas e a
capacitação de docente”, (LITWIN, 200, p.42) e foi bem aceita na sociedade
devido a modernização das cidades, a explosão demográfica e a necessidade
de maior informação e formação técnica profissional para atender o grande
mercado industrial e comercial em expansão.
Seguindo os avanços tecnológicos, principalmente no campo da
microeletrônica, telecomunicações e informática, chegamos ao uso da
informática como uma tecnologia usada no processo de ensino/aprendizagem.
Os primeiros computadores modernos, movidos a válvulas eletrônicas,
surgiram em 1946 e foram desenvolvidos por John Echert e John Mauchly,
tinham como principal característica a computação digital e mostravam-se
superior aos projetos mecânicos analógicos desenvolvidos até aquele
momento, em 1959, surgiram os computadores por transistores lançados pela
IBM, e tinham como principal característica o seu tamanho reduzido e a
possibilidade de fazer cálculos em microssegundos, em 1964, em surgiram os
computadores com circuito integrado que permitiram que uma mesma placa
armazenasse vários circuitos que se comunicavam com hardwares distintos ao
15mesmo tempo, após 1970, surgiram os microcomputadores e os computadores
pessoais, que tinham como principal característica o tamanho reduzido e o
processamento mais rápido da informação, como exemplo temos o Altair 8800,
os computadores com sistemas operacionais que são utilizados até os dias
atuais.
Os computadores a princípio foram utilizados para satisfazer as
necessidades militares, nos projetos de balística e aviões, após para a
elaboração de cálculos e por fim a informação em grande escala.
A internet, como relata (CASTELLS, 1999, p. 76.), surgiu através da
“fusão singular de estratégia militar, grande cooperação científica, iniciativa
tecnológica e inovação contracultural”. A Agência de Projetos Avançados
(ARPA) do Departamento de Defesa dos EUA e suas inovações na área de
pesquisa tecnológica, possibilitou o desenvolvimento da tecnologia da
comunicação, com o desenvolvimento da tecnologia digital que “permitiu o
empacotamento de todos os tipos de mensagens, inclusive de som, imagens e
dados, crio-se uma rede que era capaz de comunicar seus nós sem usar
centros de controle, (CASTELLS, 1999, p. 76.), essa linguagem digital
possibilitou a uma “comunicação global horizontal”.
As primeiras instituições que usaram a internet como instrumento de
ensino/aprendizagem são mencionados por (CASTELLES, 1999, p.77):
“A primeira rede de computadores que se chamava
ARPANET... entrou em funcionamento em 1º de setembro
de 1969, com seus quatro primeiros nós na Universidade
da Califórnia em Los Angeles, no Stanfort Research
Institute, na Universidade da Califórnia em Santa Barbara
e na Universidade de Utah”.
Os avanços na tecnologia educacional tiveram grande influência no
processo de ensino aprendizagem não somente no exterior como também no
Brasil, que seguindo os padrões de órgãos e instituições internacionais e
procurando desenvolver atividades que satisfizessem as necessidades
16educacionais do país, procurou instituir modelos de ensino satisfizessem as
necessidade educacionais vigentes, que foram a principio incorporadas no
ensino de base, na alfabetização, depois, com uma demanda cada vez maior
foi incorpora da no ensino médio, técnico e nas universidades, como veremos
no próximo capítulo.
17
Capítulo II
Breve História da Tecnologia Educacional no Brasil
Os cursos por correspondência no Brasil tinham os mesmos padrões e
objetivos dos cursos que surgiram nos outros países, os cursos geralmente
atendiam as pessoas que moravam longe dos centros urbanos, não tinham
aceso fácil a instituições de ensino tradicional, buscavam algum tipo de
profissão para que pudessem se estabelecer e o material estudado era enviado
pelo correio.
O Brasil tem seus primeiros relatos sobre o ensino por correspondência,
segundo (Combi, 1999, p. 9), em “pouco antes de 1900”, onde apareciam em
“anúncios de jornais de circulação no Rio de Janeiro”, cursos, a maioria deles,
de datilografia, oferecidos por professores particulares. Ele também nos mostra
que em 1904, escolas internacionais norte-americana, se instalaram no Brasil e
passaram a oferecer cursos “voltados para pessoas que estavam em busca de
emprego, especialmente nos setores de comércio e serviços”.
No seguimento de ensino por correspondência, dois cursos brasileiros
merecem destaque por sua importância na formação de milhares de brasileiros
e por seu pioneirismo, são o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro.
O Instituto Radiotécnico Monitor (Instituto Monitor), criado em outubro de
1939, por Nicolas Goldberg, “foi a escola pioneira no Brasil a desenvolver a
educação a distância como modalidade de estudo” Instituto Monitor (2011) na
época, seu fundador tinha como objetivos “colaborar com o nosso crescimento
interligando o país por meio da comunicação que, naquela época, era
representada pelo rádio” Instituto Monitor (2011).
O desenvolvimento do Instituto Monitor é relatado por Edson Ary (2011):
“[...] o Brasil, a partir do início da década de 30, aquilo que
Bresser Pereira (1985) denominou de “Revolução
18Industrial Brasileira”, [...] significou a transição [...] para o
capital industrial, o rádio constituiu-se no principal veículo
de comunicação do país, necessitando, portanto, de
indivíduos capacitados para operá-lo [...] “ e a
“ industrialização em vários setores da indústria nacional,
resultou no desenvolvimento do setor eletrônico em todo o
território nacional, emergindo daí a urgência em preparar
profissionais com conhecimento para montar e consertar
receptores de rádio. Aproveitando sua experiência e
conhecimento na área, o fundador do Instituto Monitor
passou a oferecer cursos voltados à preparação de
técnicos para atender tal demanda e, como o rádio não
era privilégio apenas de quem morava nos grandes
centros urbanos, e sim o aparelho eletrônico que chegava
também aos mais longínquos cantos do território nacional,
o ensino por correspondência poderia atender as
necessidades do país como um todo.”
Os cursos oferecidos inicialmente tinham por objetivo preparar técnicos
em eletrônica, instalação, concertos e montagem de receptores de rádio, que
tinham sido introduzidos recentemente no país e visavam preparar pessoas
que moravam tanto nos grandes centros urbanos quanto em localidades cujo
acesso era bastante difícil, fornecendo-lhes capacitação necessária para
“mexer” com o rádio. Após o Instituto passou a oferecer outros cursos, visando
atender uma clientela maior e que também precisava de especialização para o
mercado de trabalho, surgindo os cursos de corte e costura, caligrafia,
datilografia, taquigrafia, etc.
O Instituto Monitor mantém suas atividades até os dias atuais,
passou por modernizações em tecnologia educacional e até hoje é um veículo
importante em educação a distancia,
“Ao longo dessa história, mais de 5 milhões de alunos já
se matricularam no Instituto Monitor. Atualmente, são
19mais de 30 mil alunos espalhados em todo o Brasil,
aprendendo uma nova profissão. O Instituto Monitor
passou por muitas mudanças e adaptações para se
adequar aos novos tempos, e continuar oferecendo aos
seus alunos o que há de melhor e mais moderno em
educação” Instituto Monitor (2011).
O segundo curso por correspondência no Brasil foi o Instituto Universal
Brasileiro, fundado em 14 de agosto de 1941 por um “ex-sócioproprietário do
Instituto Monitor,” Edson Ary (2011).
Os cursos oferecidos tinham por objetivos “Nos primeiros anos de
atuação na área do ensino por correspondência no Brasil” Edson Ary (2011), a
formação de profissionais nos “cursos de datilografia, taquigrafia e estenografia,
visando atender às demandas da época.” Edson Ary (2011). Após,
“Acompanhando as demandas do mercado de trabalho
que vinham surgindo no país, o Instituto Universal
Brasileiro foi criando e ofertando novos cursos, como
auxiliar de escritório, caixa, correspondente, secretariado,
português e inglês” Edson Ary (2011).
O Instituto Universal Brasileiro teve e ainda tem, um papel relevante no
ensino no Brasil, e hoje em dia ele usa “além da correspondência, os mais
modernos meios de comunicação (internet, vídeo, teleconferência etc.)”
oferecendo cursos profissionalizantes nas mais diversas áreas e formando
milhares de brasileiros espalhados por todo território nacional.
Pontos importantes sobre a educação por correspondência são
destacados por (Niskier, 1999, p. 173), ele relata que essa modalidade de
ensino e voltada para jovens e adultos que saibam ler, uma vez que todo o
material é impresso e adaptado para o nível de cada receptor; oferece uma
flexibilidade para de estudo; os organizadores precisam de conhecimentos
específicos dos conteúdos para que sejam facilmente assimilados pelos alunos,
precisam de conhecimento na área de comunicação de massa, de psicologia
20da aprendizagem e principalmente de um bom serviço de correios, visto que
todo o estudo será conduzido por ele. Esses pontos foram importante e no
desenvolvimento da educação por correspondência no Brasil e foi muito bem
demonstrado no discurso de Paulo Nathanael, citado por (NISKER, 1999,
p.173-179), onde ele aponta “ponderações sobre o ensino por
correspondência”, como mostrado em uns trechos abaixo:
“[...] os objetivos da EPC, listando-os em número de nove,
a saber:
1 – Servir como instrumento de uma educação
permanente, permitindo que cada indivíduo continue a
progredir segundo suas próprias necessidades e
condições em que vive;
2 – Suprir o sistema educacional do país de um meio
eficaz de ensino, que posa atingir habitantes de regiões
isoladas ou insuficientemente equipadas do ponto de vista
escolar;
3 – Propriciar um atendimento eficiente aos alunos que se
vêem obrigados a mudar de residência, permitindo-lhes
continuar estudando;
4 – Oferecer ao educando um ensino baseado num
conjunto de disciplinas que venham contribuir
efetivamente para atividades que pretende desempenhar;
5 – Promover quando necessária, a complementação dos
estudos já iniciados pelo estudante em cursos regulares;
6 – Guiar e aconselhar o aluno na escolha de um
programa de estudos adaptados ao seu nível de formação,
ritmo de trabalho, tempo livre para dedicar aos estudos;
217 – Oferecer um ensino individualizado que assegure uma
compreensão clara, possibilitando uma visão global da
matéria explorada;
8 – Propiciar ao aluno um método de trabalho para as
disciplinas que estuda, assegurando-lhe um
conhecimento sólido da matéria e quando necessário
permitir uma utilização constante de seus conhecimentos;
9 – Encorajar o aluno a um estudo regular e assíduo,
alimentando seu esforço na troca regular e freqüente de
correspondência, permitindo, dessa forma, que ele se
sinta integrado no trabalho que realiza.”
A correspondência, sem dúvida, fui uma grande percussora em
tecnologia educacional no Brasil, levando muitos brasileiros, em todo território
nacional a educação e a profissionalização, porem outra modalidade de ensino
também passou a fazer parte do processo de ensino/aprendizagem na
educação brasileira, o rádio.
O rádio para fins educativos foi introduzido no Brasil em 1923 por
Edgard Roquete Pinto e um grupo de amigos que fundaram a Rádio Sociedade
do Rio de Janeiro, como relata Niskier (1993, p. 40), ele nos conta que o
programa de rádio foi ao ar no dia 1º de março, era operada pelo
Departamento de Correios e Telégrafos e sua programação era voltada para
“literatura, radiotelegrafia, e telefonia, de línguas, de literatura infantil e outros
de interesse comunitário.”
A partir de 1937, com a criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do
Ministério da Educação, inúmeros programas educativos por rádio foram
implantados no país, como diz (LITTO, 2009, p. 9, 10), entre eles podemos
citar:
“[...] a Escola Rádio-Postal, A Voz da Profecia, criada pela
Igreja Adventista em 1943, como o objetivo de oferecer
22aos ouvintes cursos bíblicos. O Senac iniciou suas
atividades em 1946 e, logo a seguir, desenvolveu no Rio
de Janeiro e me São Paulo a Universidade do Ar, que, em
1950, já atingia 318 localidades.
A Igreja Católica, [...] criou em 1959 algumas escolas
radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação
de Base [...]
Projetos como o Mobral, vinculado ao governo federal,
prestaram grande auxílio e tinham abrangência nacional,
especialmente pelo uso do rádio [...]”
Outro projeto de grande importância na educação por rádio foi o Projeto
Minerva, criado em 1º de setembro de 1970 pelo Serviço de Radiodifusão
Educativa do Ministério da Educação e Cultura, como conta (NISKIER, 1999, p.
216), ele ressalta que o projeto foi ao ar “tendo como escopo legal um decreto
presidencial e uma portaria interministerial (nº408/70) que determinava a
transmissão de programação educativa, em caráter obrigatório por todas as
emissoras de rádio do país”. O projeto tinha como objetivo maior atender “à Lei
nº5.692/71 (Capítulo IV, Artigos 24 a 28) que dava grande ênfase à educação
de adultos”, assim, a educação seria levada para onde a pessoa estivesse e
ajudaria no desenvolvimento das potencialidades do ser humano enquanto
cidadão “participativo e inteligente de uma sociedade”.
As principais características do Projeto Minerva, foram:
“a) Contribuição, para a renovação e o desenvolvimento
do sistema educacional e para a difusão da cultural,
conjugando rádio e outros meios;
b) Planejamento da utilização do tempo estipulado pela
Portaria nº408/70, para a transmissão de cursos e
programas radiofônicos produzidos pelo Serviço de Rádio
Educativo – SER e por outras entidades;
23c) Complementação ao trabalho desenvolvido pelo
sistema regular de ensino;
d) Possibilidade de consecução da educação continuada;
e) Divulgação de programação cultural de acordo com os
interesses da audiência;
f) Prestação de assistência técnica às Secretarias ou
Departamentos de Educação no planejamento, execução,
controle e avaliação da utilização dos horários específicos
da Portaria nº 408/70;
g) Elaboração de textos didáticos de apoio aos programas
instrutivos;
h) Avaliação dos resultados da utilização dos horários da
Portaria nº408/70 pelas emissoras de rádios, de acordo
com as diretrizes do Prontel.” (NISKIER, 1999, p. 217).
O Projeto Minerva realizou em 1971, “em todo o País cursos de
Madureza Ginasial e Capacitação ao Ginasial, além do Primário Dinâmico no
Pará e Moral e Civismo na Guanabara” (NISKIER, 1999, p. 220). Os cursos
eram divididos em 3 categorias: a) recepção organizada – com radiopostos
locais onde os alunos se reuniam e com a presença de um monitor ouviam as
aulas; b) recepção controlada – os alunos ouviam as aulas e periodicamente se
reuniam como o monitor para discutir dúvidas sobre as aulas; c) recepção
isolada – os alunos estudavam isoladamente.
O rádio foi escolhido pelo seu baixo custo no que se refere à aquisição e
manutenção de aparelhos receptores, visto que a maioria dos brasileiros não
possuíam um aparelho de televisão em suas casas, mas a maioria tinha ou
podia ouvir um rádio. Sua aceitação foi comprovada nos cursos realizados em
1971, como citado acima, (NISKIER, 1999, p. 220):
24“De outubro de 1970 a outubro de 1971, o projeto atendeu
a 174.246 alunos, sendo 61.866 de cursos já concluídos e
112.380 nos cursos em andamento. De outubro de 1971 a
dezembro de 1971, 96.939 concluíram os curós, sendo
2.130 em recepção isolada, 1.033 em recepção
controlada e 93.776 atendimentos em 1.948 radiopostos”
A educação pela televisão, “desviou do rádio a atenção dos educadores,
impelindo-a para esse novo meio de comunicação a sua potencialidade e
influência na educação”. (NISKIER, 1993, p. 72).
O Brasil começou a usar a televisão para fins educativos entre a década
de 60 e 70, umas das primeiras medidas realizadas foi a criação do Conselho
Nacional de Telecomunicações (Contel) em 1961, que previa “condições
mínimas para a obtenção de canais por parte das organizações educacionais”
(NISKIER, 1993, p. 46); em 1964, houve a solicitação do MEC a Contel, para a
reserva de canais para televisão educativa; em 1967, o Código Brasileiro de
Telecomunicações, determina que programas educativos deveriam ser
transmitidos pelas emissoras de radiodifusão e pelas televisões educativas; a
portaria 408, de 29 de julho de 1970, obrigava a transmissão de programas
educativos por emissoras comerciais, que deveriam ser transmitidos “5 horas
por semana, sendo 30 minutos diários de segunda a sexta e 75 minutos aos
sábados e domingos, entre 7 e 17 horas” (FIORENTINI e MORAES, 2006, p.
82); em 1972, foi criado o Programa Nacional de Telecomunicações (Prontel),
com o intuito de “integração, em âmbito nacional, das atividades educacionais
através do rádio, da televisão e de outros meios, de forma articulada com o
Programa Nacional de Educação” (NISKIER, 1993, p. 50), o Prontel foi
substituído pelo Centro Brasileiro de TV Educativa (Funtevê), passando a fazer
parte do Departamento de Aplicações Tecnológicas do Ministério da Educação
e Cultura e no início da década de 1990, as emissoras ficaram desobrigadas a
ceder horários diários para a transmissão de programas educacionais.
Algumas instituições contribuíram para o início e o desenvolvimento da
educação pela televisão no Brasil, (NISKIER, 1999 p. 164, 165), cita a
25Universidade de Santa Maria (RS) como pioneira na utilização da TV com fins
educativos, onde em 1958 ela tinha programas voltados para os alunos da
Faculdade de Medicina, ele também destaca a atuação da Fundação Centro
Brasileiro de Televisão Educativa (FCBTVE), criada em 1967, “como principal
núcleo produtor. No ano seguinte, entra no ar a primeira televisão educativa do
Brasil, a TV Universitária - TVU, Canal 11, da Universidade Federal de
Pernambuco, no Recife”. Cabe a ele ainda destacar a criação da Fundação
Padre de Anchieta em 1969, em São Paulo, em 1970 a TV Educativa do
Maranhão (Fundação Maranhense de Televisão Educativa), inicia a
transmissão em circuito aberto do que seria a primeira experiência de TV
escolar no País.
(NISKIER, 1993, p. 72, 73) também destaca a TV Cultura de São Paulo
que foi adquirida pelo Governo, e “passou a ser utilizada pela Fundação Padre
de Anchieta” os objetivos da Fundação era “´promover atividades culturais e
educacionais, do rádio e TV”, e os cursos eram oferecidos nos telepostos e
voltados para o ginasial e de línguas, e “em caráter experimental, foram
implantados cursos relacionados com os objetivos da Educação de Base a
Alfabetização de Adultos”, outro curso destacado foi o da TV Educativa do
Maranhão da Fundação Maranhense de Televisão Educativa, os cursos eram
voltados para o ginasial e teve grande aceitação pelo fato de na época
existirem apenas dois ginásios oficiais na cidade, em seu primeiro ano
“[...] os trabalhos atingiram 10 turmas de 1ª série ginasial
e, no ano seguinte, a 35, em circuito fechado. Cinco anos
depois, 13.000 estudantes freqüentavam os 268 núcleos
estudantis, o que representava uma atuação integrada ao
sistema educacional em nível ginasial [...].”(NISKIER,
1993, p. 73).
Em 1977, era criada a Fundação Roberto Marinho, que em parceria com
a Fundação Padre Anchieta, “assinaram um convênio para a realização de um
projeto pioneiro de teleducação: o Telecurso 2°grau.” Fundação Roberto
Marinho, (2011?), o objetivo do curso era diminuir os índices de analfabetismo
26e o alto índice de evasão escolar, que iam em desencontro ao projeto de
desenvolvimento econômico do país. O curso se tornou o pioneiro no ensino
supletivo a distância no Brasil, além das teleaulas, ele contava com material de
apoio que eram publicados semanalmente e adquiridos nas bancas de jornal. O
telecurso é mantido até os dias atuais pela Fundação Roberto Marinho, passou
por reformulação para atender uma demanda de um público cada vez mais
crescente e mantém sua característica de levar o ensino através de teleaulas,
para pessoas que buscam sua formação.
A introdução do computador no ensino brasileiro se deu através das
universidades e teve seus primeiros relatos a partir de 1966, na UFRJ –
Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde o Departamento de Cálculo
Científico, que deu origem ao Núcleo de Computação Eletrônica, passou a usar
o computador em suas atividades acadêmicas e em 1971, se discutiu na
Universidade de São Carlos o uso do computador no ensino de física, em um
seminário promovido pela instituição e por especialistas da Universidade de
Dartmouth/USA, como relata Moraes (1993). Outras universidades também
foram destaques na época no uso do computador, e desenvolveram
experiências nesse sentido, pode ser citado o uso de computadores de grande
porte como recurso auxiliar do professor para ensino e avaliação em Química
(Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ), o desenvolvimento de
software educativo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS,
as experiências do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia
- LEC, da UFRGS, apoiadas nas teorias de Piaget e Papert, com público-alvo
de crianças com dificuldades de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo,
entre outros, como cita (MORAES, 1993, p. 19).
O Brasil, criou a SEI (Secretaria Especial de Informática, ligada ao CSN
(Conselho de Segurança Nacional) em 1979, esse órgão tinha o intuito de
ampliar o desenvolvimento tecnológico do país, e tinha entre suas funções,
coordenar e executar a Política Nacional de Informática e assessorar o MEC
nas políticas e diretrizes para a educação na área de informática.
27No inicio dos anos 80, dois seminários foram importantes aos
destacarem o computador como uma ferramenta no processo de
ensino/aprendizagem. O primeiro foi o I Seminário Nacional de Informática na
Educação, na UNB em 1981, nesse seminário, uma equipe intersetorial foi criada
com o objetivo de planejar as primeiras ações para o desenvolvimento da
informática no país, essa equipe era composta pelo MEC, SEI, CNPq – Conselho
Nacional de Pesquisa e FINEP – Secretaria Especial de Informática da
Presidência da República, o segundo foi II Seminário Nacional de Informática na
Educação, na UFBA em 1982, que tinha o objetivo “coletar subsídios para a
criação de centros-piloto, a partir de reflexões de especialistas das áreas de
Educação, Psicologia, Informática e Sociologia.” (MORAES, 1993, p. 20).
O levantamento desses dois seminários, fez surgir em 1983, através de uma
comissão criada pelo SEI, o projeto EDUCOM, o projeto “consistia na implantação
de centros-piloto em universidades públicas, voltados à pesquisa no uso de
informática educacional, à capacitação de recursos humanos e à criação de
subsídios para a elaboração de políticas no setor.” Tavares, (2011?)
Os objetivos do projeto EDUCON são destacados por Lyrio, (2011?)
“Objetivo Geral: estimular o desenvolvimento da pesquisa
interdisciplinar voltada para a aplicação das tecnologias
de informática no processo ensino-aprendizagem.
Objetivos Específicos: Implantar o Núcleo de Pesquisa e
Desenvolvimento de Informática na Educação, com a
finalidade de auxiliar na promoção de pesquisa científica e
tecnológica e de estabelecer diretrizes operacionais para
a implantação dos centros-piloto. Promover a implantação
de cinco centros-piloto em instituições de reconhecida
capacidade científica e tecnológica, nas áreas de
Informática na Educação. Capacitar os recursos humanos
envolvidos na implantação e implementação do Projeto
Educom, com a finalidade de atender às necessidades do
28setor de Informática na Educação, suprindo-os das
competências técnico-científicas necessárias para o
exercício de sua atividade profissional. Acompanhar e
avaliar as experiências desenvolvidas pelos centros-piloto
participantes do experimento. Disseminar os resultados
produzidos pelos centros-piloto. “
A experiência adquirida com o projeto EDUCON possibilitou a criação
em 1989 o MEC a instituir através da Portaria Ministerial n. 549/89, o Programa
Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, com o objetivo de
"[...] desenvolver a informática educativa no Brasil, através
de atividades e projetos articulados e convergentes,
apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e
atualizada, de modo a assegurar a unidade política,
técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e
investimentos envolvidos..” (MORAES, 1993, p. 25).
O projeto resultou no ensino de informática em todos os graus de ensino
e na educação especial, gerou uma melhor infra estrutura e um melhor
desenvolvimento dos centros de pesquisa, melhor capacitação dos professores,
uma maior e melhor distribuição geográfica e infra estrutura dos núcleos,
desenvolvimento nacional das pesquisas voltadas para projetos educacionais,
desenvolvimento tecnológico e ampliação dos recursos humanos voltados para
a os objetivos tecnológicos educacionais.
O PRONINFE alcançou seus objetivos e após quase dez anos de
existência e com sólidas experiências, deu lugar ao PROINFO – Programa
Nacional de Informática na Educação que surgiu em abril de 1997 e foi uma
iniciativa da Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC), e do Conselho
Nacional de Secretarias Estaduais da Educação (CONSED).
Os objetivos do PROINFO foram destacados por Tavares (2011), como
sendo:
“1) melhorar a qualidade do processo de ensino-
aprendizagem nas escolas públicas, através de igualdade
29no acesso instrumentos tecnológicos e desenvolvimento
de atividades apropriadas de aprendizagem partindo da
realidade regional. Busca-se a melhoria do processo de
construção do conhecimento, através da diversificação
dos espaços do conhecimento, dos processos e das
metodologias empregadas;
2) possibilitar a criação de uma nova ecologia cognitova
nos ambientes escolares mediante a incorporação
adequada de novas tecnologias da informação pelas
escolas, diminuindo o espaço existente entre a cultura
escolar e a cultura extra-escolar;
3) propiciar uma educação voltada para o
desenvolvimento cientifico e tecnológico, para a
criatividade, a agilidade na resolução de problemas, o
raciocínio o manejo da tecnologia e para um maior
conhecimento técnico por parte do educando;
4) educar para uma cidadania global numa sociedade
tecnologicamente desenvolvida.”
A inserção da informática no processo de ensino-aprendizagem, veio
reforçar a construção de novos métodos de ensino no país. Gradativamente
vem-se construindo uma política de educação que com o auxilio das novas
tecnologias, tem levado o ensino a diversos locais, desde os mais longínquos
até os grandes centros. A melhoria na qualidade de ensino tem sido
fundamental para o desenvolvimento e incentivo de projetos voltados para a
área educacional.
A tecnologia é vista como uma inovação por Litwin (2001), ela diz que se
queremos progresso e uma educação para o futuro o caminho está na
tecnologia e ao citar Colom Cañellas (1994), que vê o uso da informática como
uma forma de integração da sociedade, onde ele diz:”
“Esta desempenhará um papel diferente do
desenvolvimento até o presente. Parece estar aí para
proporcionar o desenvolvimento de possibilidades
30individuais [...] utilizando a informática o homem alcança
novas possibilidade e estilos de pensamento inovador
jamais posto em prática, o que quer dizer que o ambiente
organizador, em vez de alienação, procuras novas
perspectivas e revitalização das múltiplas capacidades
mentais que possui o homem... A tecnologia vai
transformando também nossas mentes porque de alguma
maneira temos acesso aos dados, mudamos nosso
modelo mental da realidade e nossa representação do
mundo, já que chegamos a mais informação [...]”
(LITIWIM, 2001, p. 29).
31
Capítulo III
Considerações Sobre a Tecnologia Educacional
Os livros mencionam que a palavra técnica é de origem do verbo grego
tictein, que tem como significado “criar, produzir, conceber, dar a luz”, eles
destacam que para os gregos a palavra tictein tinha um contexto “mais amplo,
não se restringindo apenas a equipamentos e instrumentos físicos, mas
incluindo toda uma relação com o meio e seus efeitos e não deixando de
questionar o “como” e o “porque” (TAJRA, 2002, p. 42). Para os gregos e
técnica era algo que envolvia desde o pensamento de sua produção, os meios
de como produzir, até o produto totalmente produzido. Essa definição de
técnica é bem explicada por (LITWIN, 2001, p. 25):
“Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles
esclarece que a techné é um estado que se ocupa do
fazer que implica uma verdadeira linha de raciocínio. A
techné compreende não apenas as matérias-primas, as
ferramentas, as máquinas e os produtos, como também o
produtor, um sujeito altamente sofisticado do qual se
origina todo o resto.”
O significado da palavra técnica teve seu sentido restrito na Revolução
Industrial, nela a técnica passou a designar o produto que era produzido e não
todo os processo de idealização e produção.
“Para a mentalidade moderna, a técnica é simplesmente o
conjunto de matérias-primas, ferramentas, máquinas e
mecanismos que são necessários para produzir um objeto
utilizável. O julgamento definitivo do valor de uma técnica
é operativo: baseia-se na eficiência, habilidade e custo”.
(LITWIN, 2001, p. 25, apoud, Boochin, MURRAU, 1993).
32 A palavra tecnologia define atualmente de forma mais ampla o sentido
da palavra técnica (techné), ela passa a ser mais do que uma ferramenta em
um processo de produção, ela “separa o pensar do fazer, a explicação da
aplicação, o racional do instrumental e define a relação entre ambos os
aspectos como uma relação unidirecional e linear”. (LITWIN, 2001, p. 26).
Tecnologia, falando de forma geral, é todo o que facilita a interação entre
o meio ambiente e a pessoa, vemos a tecnologia na descoberta do fogo, da
roda, da fala, da escrita, do papel, da imprensa, do combustível, das máquinas,
da eletricidade e dos meios de comunicação.
A tecnologia voltada para a área educacional engloba todo um conjunto
de “ferramentas” que facilita o processo de ensino-aprendizagem, ela sai do
contexto de uma sala de aula convencional, onde o aluno é somente um
receptor de informação e passa utilizar meios que facilitem a aprendizagem,
levando o ensino para além das salas de aulas, para tal, são usados recursos
como a correspondência, o rádio, a televisão, o computador e a internet.
Sancho (2001), destaca dois conceitos de tecnologia educacional, que
definem bem a abrangência e a importância da tecnologia no processo de
ensino-aprendizagem, primeiro ele destaca o conceito da Comissão sobre
Tecnologia Educacional dos Estados Unidos em 1970, contendo a seguinte
declaração:
“É uma maneira sistemática de projetar, levar a cabo e
avaliar o processo de aprendizagem e ensino em termos
objetivos específicos, baseados na pesquisa da
aprendizagem e na comunicação humana, empregando
uma combinação de recursos humanos e materiais para
conseguir uma aprendizagem mais afetiva.” (SANCHO,
2001, p. 53, apoud, TICKTON, 1970, p. 21),
a segundo definição é a da UNESCO, que após quatorze anos de pesquisa,
formulou um conceito sobre o que seria a tecnologia educacional:
33“a) Originalmente foi concebida como uso para fins
educativos dos meios nascidos da revolução das
comunicações, como os meios audiovisuais, televisão,
computadores e outros tipos de hardware e software.
b) Em seu sentido novo e mais amplo, como modo
sistemático de conceber, aplicar e avaliar o conjunto de
processos de ensino aprendizagem, levando em
consideração, ao mesmo tempo, os recursos técnicos e
humanos e as interações entre eles, como forma de obter
educação mais efetiva.” (SANCHO, 2001, p. 53, apoud,
UNESCO, 1984, p. 43-44).
Em seu artigo, Thomas (2009), mostra que tecnologia pensada nos dias
de hoje, nos remete a pensar em equipamentos eletrônicos, como vídeo,
computadores, Internet, etc., apesar delas estarem totalmente em destaque
nos dias atuais, ele ressalta que seu conceito é muito mais abrangente, ele diz
que “tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para
que os alunos aprendam.”, ele nos mostra que
“O giz que escreve na lousa é tecnologia de comunicação
e uma boa organização de escrita facilita e muito a
aprendizagem, A forma de olhar, de gesticular, de falar
com os outros, isso também é tecnologia. O livro a revista
e o jornal são tecnologias fundamentais para a gestão e
para aprendizagem e ainda não sabemos utilizá-las
adequadamente, O gravador, o retroprojetor, a televisão,
o vídeo também são tecnologias importantes e também
muito mal utilizadas, em geral.” (THOMAS, 2009).
Os conceitos mostram que a tecnologia educacional, não engloba
somente o uso de um artefato tecnológico no processo de ensino-
aprendizagem, ele também tem que envolver uma aprendizagem realmente
34significativa. Em seu artigo Ferreira e Ventura (2011), citando Grinspun (1999),
relatam que a educação tecnológica tem que
“[...] formar um individuo, na qualidade de pessoa
humana, mais crítico e consciente para fazer a História do
seu tempo com a possibilidade de construir novas
tecnologias, fazer uso da crítica e da reflexão sobre sua
utilização de forma mais precisa, e ter as condições de,
convivendo com o outro, e participando da vida em
sociedade, transformá-la em uma sociedade mais justa e
humana [...]”
Litwin (2001) propõe uma melhor conceitualização de tecnologia
educacional para os dias atuais, onde o termo engloba as várias etapas do
desenvolvimento da tecnologia, envolvidas pelas áreas da psicologia da
aprendizagem, pela teoria da comunicação, pela teoria de sistemas ou pela
união de todas elas, ela relata que:
“Entendemos a Tecnologia Educacional como o corpo de
conhecimentos que, baseando-se em disciplinas
científicas encaminhadas para as práticas do ensino,
incorpora todos os meios a seu alcance e responde à
realização de fins nos contextos sócio-históricos, que lhe
conferem significação.
A Tecnologia Educacional, assim como a Didática,
preocupa-se com as práticas do ensino, mas
diferentemente dela inclui entre suas preocupações o
exame da teoria da comunicação e dos novos
desenvolvimentos tecnológicos: a informática, hoje em
primeiro lugar, o vídeo, a TV, o rádio, o áudio e os
impressos, velhos ou novos, desde livros até cartazes, Ao
tratar de delimitar seu objetivo, entre os suportes teóricos
35tem que se acrescentar as teorias da comunicação com o
exame dos pressupostos. [...]” (LITWIN, 2001, p. 13).
A tecnologia educacional, auxilia de forma significativa no processo de
aprendizagem, cabe aos responsáveis articularem maneiras que facilitem a
inclusão desse processo na realidade de ensino que estão inseridos. Não
basta adequar espaços físicos montando laboratórios e usando equipamentos
de ultima geração, os professores também devem se preparar para utilização
dos instrumentos como apoio fundamental para as disciplinas ministradas,
satisfazendo assim as necessidades dos alunos e as escolas devem exercer o
papel de mediadora, para que essa incorporação seja harmônica, que não seja
de forma instrumentalista, mas sim como integradora efetiva entre a educação
e esses meios, tornando-se presente e participante na construção de uma nova
sociedade.
36
Conclusão
A história da tecnologia educacional caminha junto com a modernidade e
com as revoluções tecnológicas que passaram ser a utilizadas como
instrumento de ensino e passaram a atender as necessidades de informação
da população acarretando em um grande benefício e ao progresso no processo
de ensino-aprendizagem.
A tecnologia educacional mostra-se fundamental na relação entre a
tecnologia e a educação, elas ao se unirem formam um conjunto harmônico e
dinâmico no processo educacional, ela é resultante da aplicação do
conhecimento científico e organizado à solução ou encaminhamento de
soluções para problemas educacionais.
A tecnologia educacional possibilitou que as salas de aula saíssem de
sua ambiente tradicional e se estendessem para o local mais adequado para
que os alunos buscassem sua formação, possibilitou a utilização de novos
meios, apoios e ferramentas que passaram a ser utilizados pelos professores e
pelos alunos para que pudessem aprender.
O Brasil caminhou junto com a tecnologia educacional, levando o ensino
e a profissionalização pra além das salas de aula convencionais, a atendendo
uma demanda crescente de mão de obra que surgia com o processo de
industrialização do país.
A tecnologia educacional proporcionou as escolas a possibilite de
formação de um ser em permanente crescimento, com um ensino livre para a
percepção e a criatividade, fazendo com que a função da escola consistesse
em ensinar a pensar, a dominar a linguagem (inclusive a eletrônica), ensinar a
pensar criativamente. O significado na educação pós-moderna, passou a ser
mais importante do que o conteúdo , buscando-se mais a intersubjetividade e
a pluralidade e menos a igualdade e a unidade. Entretanto, tal educação não
37nega os conteúdos, ao contrário, trabalha pela transformação deles em
significados.
Logo, o educador se torne-se criativo e conhecendor interiormente dos
processos de criação e passou a perceber quando o aluno esta pensando
criativamente, assim o professor passou a gregar a educação com a tecnologia.
Essas transformações passaram a ser fundamentais para construção de
uma inteligência coletiva, privilegiando práticas pedagógicas ativas voltadas ao
aprendizado participativo e colaborativo, que cultivem hábitos de interação e
investigação em todos os níveis de idade e escolaridade, em diversos
ambientes educacionais, passando a ser estimulantes e disseminar a cultura
de informação.
As transformações na educação levaram as legislações brasileiras a
evoluíram gradativamente na formação de leis que possibilitassem o acesso a
educação por todas as camadas da população, incluindo o ensino tradicional e
os com auxilio das tecnologias educacionais, desde a Constituição de 1934
onde se discutiu pela primeira vez os rumos da educação no pais, chegando a
formulação da Lei de Diretrizes e Bases, essas reformas educacionais, nas
últimas décadas, têm visado o acesso e a oportunidades educacionais para
garantir aos alunos necessitados condições de eficiência escolar.
O Brasil ainda esta em processo de evolução tecnológica, isto é, está se
adaptando as novas tecnologias e gerando meios para que elas possam ser
incluídas no processo de ensino, mas isso acontece de forma muito gradativa e
não atinge a toda a população e muito menos a todo território nacional,
No Brasil ainda existem barreiras extremante importantes a serem
enfrentadas, uma delas é a sua grande densidade territorial, que dificulta
consideravelmente o acesso a uma educação mais justa, democratizada e
evoluída, outra é que faltam ainda professores preparados para utilizar essas
ferramentas em sua prática pedagógica buscando um aprendizado mais
dinâmico e significativo.
38 A democratização e o acesso ao ensino no país está caminhando de
forma gradativa, apesar de não atender a toda a população, mas constitui um
meio auxiliar de imprescindível importância para que chegue ao alcance das
pessoas que moram no locais mais distantes ou que não possuem um tempo
hábil para freqüentar as salas de aula, a tecnologia educacional esta presente
para superar essa etapa no desenvolvimento do ensino juntamente com os
esforços governamentais e as mobilização do órgão de ensino.
39
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