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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM OS CAMINHOS DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO INÍCIO DO SÉCULO XX ATÉ OS DIAS ATUAIS NO BRASIL Por: Mônica das Graças Muniz Orientador Prof. MARY SUE PEREIRA Rio de Janeiro 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 2011. 7. 29. · (internet), saindo do ambiente tradicional da sala de aula. O tema deste trabalho é a tecnologia e aprendizagem,

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

OS CAMINHOS DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO

INÍCIO DO SÉCULO XX ATÉ OS DIAS ATUAIS NO

BRASIL

Por: Mônica das Graças Muniz

Orientador

Prof. MARY SUE PEREIRA

Rio de Janeiro

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

OS CAMINHOS DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO

INÍCIO DO SÉCULO XX ATÉ OS DIAS ATUAIS NO

BRASIL

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Tecnologia Educacional

Por: Mônica das Graças Muniz

3

AGRADECIMENTOS

....aos pais, amigos e a todos que sabem

que a luta é grande mais a vitória é certa,

basta crer.

4

DEDICATÓRIA

.....agradeço a Deus, por sua infinita bondade,

paciência, força, perdão,.......

5

RESUMO

A evolução da sociedade e das tecnologias mudou as formas de ensino

aprendizagem da população brasileira, que no início do século XX era limitada às

salas de aula e com os avanços tecnológicos possibilitou a população o acesso à

educação fora desse ambiente; o aluno passou a estudar por rádio, correspondência,

televisão e a internet.

O trabalho procura mostrar as mudanças na forma de ensino no Brasil, que a

partir século XX foi passando por transformações, saindo do ambiente exclusivo das

salas de aula e passando a ser ministrado pelo rádio, correspondência, televisão e no

século XXI a internet. O trabalho mostra como as mudanças ocorridas ajudaram e

ajudam no desenvolvimento educacional brasileiro, evidenciando que o ensino não se

limitou ou se limita somente as salas de aula, mas que ele pode ser ajustado de

acordo com as novas tecnologias educacionais e as necessidades dos alunos.

6

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho, foram pesquisados livros em bibliotecas

universitárias e sites na internet relativos ao assunto, o tema foi disposto em ordem

cronológica do início do século XX até os dias atuais, foram apontadas algumas

instituições que se destacaram nos métodos de ensino aplicado e no seu pioneirismo

e como resultado podemos citar um apanhado de informações relevantes sobre os

avanços no sistema de ensino.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Breve História da Tecnologia

Educacional no Mundo 10

CAPÍTULO II - Breve História da Tecnologia

Educacional no Brasil 17

CAPÍTULO III – Considerações sobre a

Tecnologia Educacional 31

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 41

8

INTRODUÇÃO

A modernidade, como relata Cambi (1999), com seu caráter

revolucionário, veio romper com uma sociedade de ordens, típica da Idade

Média, onde não havia o exercício das liberdades individuais e havia o bloqueio

de qualquer mudança e intercâmbio social. Ela trouxe a revolução geográfica,

econômica, política, social, ideológica, cultural e pedagógica, o homem passou

a ter uma formação mais livre, mais humana, passou a ter um maior contato

com a cultura, a vida social, passou a ser ativo na sociedade, livre das

repressões da Idade Média.

A modernidade trouxe a tecnologia e da tecnologia surgiu o domínio das

ondas eletromagnéticas pelo homem que reduziu o tamanho do mundo e o

transformou em uma “aldeia global”, essa afirmação de Díaz Bordenave (2005),

nos faz imaginar que um mundo sem tecnologia é inconcebível para os quem

vive no século XXI, mas nem sempre foi assim, Diáz Bordenave (2005)

também diz que á alguns anos atrás uma noticia precisava de 4 meses para

chegar da Europa á América do Sul, no mundo atual, podemos ter acesso a

informação em tempo real de qualquer parte do mundo, podemos nos

comunicar com pessoas que vivem em locais muito distantes, seja pela internet

ou telefone, fazer nossas compras sem sair de casa, fazer novos amigos, etc.

A história da tecnologia educacional caminha junto com a modernidade,

com as revoluções e com e evolução das ondas eletromagnéticas,

responsáveis pelo desenvolvimento e evolução dos meios de comunicação que

passaram a ser utilizados para atender as necessidades de informação da

população e também como instrumento de ensino. Como diz Litto (2009), a

criação, implantação e o aperfeiçoamento de novos métodos e tecnologias de

ensino/aprendizagem nos séculos XX e XXI, fizeram com que a educação

fosse levada para grandes continentes populacionais e possibilitou que a

população em geral, tivesse acesso á educação á longa distância, e fizeram da

educação “não mais tão-somente de acordo com critérios quantitativos, mas,

principalmente, com base em noções de qualidade (Juste, 1998), flexibilidade,

9liberdade e critica” (Litto, 2009, p. 2), pois possibilitou as pessoas a terem

acesso a educação por correspondência, rádio, televisão e computador

(internet), saindo do ambiente tradicional da sala de aula.

O tema deste trabalho é a tecnologia e aprendizagem, onde veremos os

caminhos da tecnologia educacional do início do século XX até os dias atuais

no Brasil e mostraremos como a tecnologia educacional tem evoluído e

transformado o modo de ensino/aprendizagem .

Esse trabalho se justifica porque a evolução da sociedade e das

tecnologias mudou as formas de ensino/aprendizagem da população brasileira

que no início do século XX era limitada às salas de aula e com os avanços

tecnológicos possibilitou a população o acesso à educação fora desse

ambiente; o aluno passou a estudar por correspondência, rádio, televisão e a

internet.

O objetivo desse trabalho é salientar como as evoluções tecnológicas

ajudaram e ajudam no desenvolvimento educacional brasileiro, evidenciando

que o ensino não se limitou ou se limita somente as salas de aula, mas que ele

pode ser ajustado de acordo com as novas tecnologias educacionais e as

necessidades do aluno.

10

Capítulo I

Breve História da Tecnologia Educacional no Mundo

Os métodos e tecnologias inovadores (primeiro a correspondência, em

seguida o rádio, televisão e computador), tiveram grande importância na

transformação do modo de ensino/aprendizagem da população, como relata

(LITWIN, 1997, p.42):

“O desenvolvimento das novas tecnologias da informação

e da comunicação constitui um dos fatores-chave para

compreender e explicar as transformações econômicas,

sociais, políticas e culturais das duas últimas décadas [...]

“[...] Certas concepções sobre a reforma do sistema

educacional atribuem a incorporação de novas

tecnologias da informação um efeito determinante na

melhora da qualidade dos processos de ensino e

aprendizagem.”

Peters (2004) relata como uma das primeiras experiências de educação

a distância foram realizadas na área religiosa, ele se refere ao apostolo São

Paulo que escreveu suas epistolas para ensinar os cristão da Ásia Menor e que

para isso ele utilizou a escrita e os meios d transporte para realizar seu

“trabalho missionário sem ser forçado a viajar”. Na era moderna, o primeiro

registro que se tem escrito sobre a transformação do ensino data de 20 de

março de 1728, quando o jornal Boston Gazette publicou o anúncio do

professor de taquigrafia Caleb Phillips, que, dizendo ser professor de um novo

método de Taquigrafia, oferecia aulas de taquigrafia por correspondência

“O anúncio da Gazeta de Boston, que foi a primeira

menção explícita de um ensino a distância de que se tem

notícia, dizia o seguinte:

11“....todas as pessoas neste país, desejosas de aprender

esta Arte, podem, com várias lições enviadas a elas

semanalmente, aprender perfeitamente, como aquelas

que vivem em Boston.” (Cury, 2010?).

A correspondência foi a primeira “tecnologia” usada para que pessoas

pudessem aprender sem estarem dentro de uma sala de aula, sendo

amplamente utilizada. Nesse seguimento, vários cursos surgiram; alguns

exemplos são citados por Litto (2009, p. 3) entre eles: “nos Estados Unidos, em

1891, apareceu a oferta de curso sobre segurança de minas, organizado por

Thomas J. Foster”; os cursos das Universidades de “Oxford e Cambridge, na

Grã-Bretanha, ofereceram curso de extensão”; seguidas das “Universidade de

Chicago e Wisconsin, nos EUA” e o surgimento da Escola Alemã por

Correspondência de Negócios criada em 1924 por Fritz Reinhardt.

Os países em conjunto com as faculdades, passaram a utilizar

correspondência como forma de ensino com o objetivo de oferecer educação

às pessoas que moravam em áreas remotas e que buscavam na educação

uma forma de “melhorar suas condições de vida e sua qualidade”, como cita

Peters (2004), ele também nos fala que a educação por correspondência foi

muito “importante para quem morava longe de seus países de origem, nas

colônias”, onde as pessoas que “não tinham a oportunidade e cursar uma

universidade tradicional, tinham que se preparar sozinhos para os exames

externo da Universidade de Londres” e contavam com “os serviços de várias

faculdades por correspondência”.

“Do início do século XX até a Segunda Guerra

Mundial, várias experiências foram adotadas, sendo

possível melhor desenvolvimento das metodologias

aplicadas ao ensino por correspondência. Depois as

tecnologias foram fortemente influencias pela introdução

de novos meios de comunicação de massa.” (LITTO,

2009, p. 3).

12O rádio aparece logo após a correspondência, como mais um

instrumento tecnológico utilizado no processo de ensino/aprendizagem; ele

surgiu com o desenvolvimento da radiodifusão “(transmissão de ondas de

radiofreqüência que por sua vez são moduladas, estas se propagam

eletromagneticamente através do espaço)” Wikipédia (2011?), e teve grande

aceitação populacional por ser um instrumento de grande abrangência

territorial (desde os grandes centros até as zonas rurais), por sua grande

capacidade de informação, por sua rapidez na difusão da informação e por ter

um baixo custo a papulação passou a ter acesso a informação como receptora

e ouvinte.

Usufruindo dos atributos do rádio, vários países utilizaram desse recurso

para promover uma maior educação para a população, Litto (2009), relata que

surgiu em 1928, na BBC de Londres um curso de educação para adultos por

rádio e Niskier (1999), ressalta alguns projetos importantes da educação pelo

rádio, entre eles o ocorrido na Índia, que em 1929 começou a fazer

“transmissões educativas em circuito aberto” e outros países como os Estados

Unidos, Alemanha, Áustria e Japão. Ele também destaca a educação por rádio

na África, onde o governador do Quênia, Sir. Patrick Reninson em seu

“discurso de inauguração da rádio nova Broadcasting House, em Nairóbi”, diz:

“Embora muitos africanos sejam analfabetos –

acostumaram-se, devido a uma antiga tradição, a ouvir –,

o rádio poderá, dentro da atual conjuntura, preencher

esta deficiência melhor do que qualquer outro meio de

comunicação, no sentido de despertar o povo das trevas

da ignorância para a realidade do saber.” NISKIER, 1999,

p. 214).

Na ocasião da Segunda Guerra Mundial a radiofonia teve grande

importância, pois passou a ser utilizada “como meio de difusão de idéias, de

esclarecimento, de propaganda política, de penetração ideológica e de

13fortalecimento interno” (LITWIN, 1997, p. 42), como exemplo temos o citados

por, sobre o uso do rádio na Alemanha, quando Joseph Goebbels

“[...] com uma concepção totalizadora da propaganda,...

incluiu dentro de sua égide as atividades informativas, a

arte, a cultura escrita e oral e os meios de comunicação.

Estende e amplia seu alcance de modo que a propaganda

chegue à população com freqüência e por diferentes

canais (coloca alto falantes nas ruas e nas fábricas [...].”

(LITWIN, 1997, p. 42).

Durante vários anos o rádio foi absoluto no conceito de informação e

educação, mas “a ciência e a tecnologia da comunicação produzem

constantemente inovações cada vez mais sofisticadas” (BORDENAVE, 2005, p.

30), assim o rádio perdeu sua grande importância quando surgiu a televisão.

O primeiro modelo de televisão surgiu em 1923, quando Vladimir

Zworykin patenteou o tubo iconoscópico para câmaras de televisão, Wikipédia

(2011?), após foram feitos vários aprimoramentos que levou a televisão a ser

utilizada como grande instrumento de comunicação.

A televisão a princípio limitava-se a “retransmitir atos oficiais, desportos

e peças teatrais” (FIORENTINI e MORAES, 2006, p. 75), e teve como um dos

seus primeiros grandes atos o primeiro serviço de transmisão de alta definição

em 1935, realizado pela Alemanha, em 1936, com os jogos olimpicos de Berlim,

houve uma das primeiras grandes transmissões, em 1954 a rede norte-

americana NBC lança e primeira televisão em cores e em 1962 o satélite

Telstar transmite sinais de televisão através do Oceano Atlântico.

A teleducação (transmissões educativas pela televisão), foi e ainda é

umas das tecnologias utilizadas para a disseminação do ensino/aprendizagem,

(FIORENTINI e MORAES, 2006, p. 80), mostram que

14“[...] na Europa, em 1936, esse novo meio de

comunicação priorizou desenvolver técnicas de

transmissão e recepção [...] As bem-sucedidas

transmisões escolares da BBC e os programas de

educação para adultos usados por milhares de pessoas

na Grã-Bretanha tornaran-se referâncias mundiais para a

oferta de educação pela TV... Nos EUA, a TV surgiu em

1939 ligada a interesses comerciais. A obrigatoriedade de

transmitir programação educativa que era exigida em

troca da concessão para operar os canais de propriedade

pública... A televisão fazia o ensino direto e a

complementação de aulas.”

A teleducação surgiu com o objetivo de “compensar as dificuldades do

sistema educacional, especialmente a falta de pessoal nas escolas e a

capacitação de docente”, (LITWIN, 200, p.42) e foi bem aceita na sociedade

devido a modernização das cidades, a explosão demográfica e a necessidade

de maior informação e formação técnica profissional para atender o grande

mercado industrial e comercial em expansão.

Seguindo os avanços tecnológicos, principalmente no campo da

microeletrônica, telecomunicações e informática, chegamos ao uso da

informática como uma tecnologia usada no processo de ensino/aprendizagem.

Os primeiros computadores modernos, movidos a válvulas eletrônicas,

surgiram em 1946 e foram desenvolvidos por John Echert e John Mauchly,

tinham como principal característica a computação digital e mostravam-se

superior aos projetos mecânicos analógicos desenvolvidos até aquele

momento, em 1959, surgiram os computadores por transistores lançados pela

IBM, e tinham como principal característica o seu tamanho reduzido e a

possibilidade de fazer cálculos em microssegundos, em 1964, em surgiram os

computadores com circuito integrado que permitiram que uma mesma placa

armazenasse vários circuitos que se comunicavam com hardwares distintos ao

15mesmo tempo, após 1970, surgiram os microcomputadores e os computadores

pessoais, que tinham como principal característica o tamanho reduzido e o

processamento mais rápido da informação, como exemplo temos o Altair 8800,

os computadores com sistemas operacionais que são utilizados até os dias

atuais.

Os computadores a princípio foram utilizados para satisfazer as

necessidades militares, nos projetos de balística e aviões, após para a

elaboração de cálculos e por fim a informação em grande escala.

A internet, como relata (CASTELLS, 1999, p. 76.), surgiu através da

“fusão singular de estratégia militar, grande cooperação científica, iniciativa

tecnológica e inovação contracultural”. A Agência de Projetos Avançados

(ARPA) do Departamento de Defesa dos EUA e suas inovações na área de

pesquisa tecnológica, possibilitou o desenvolvimento da tecnologia da

comunicação, com o desenvolvimento da tecnologia digital que “permitiu o

empacotamento de todos os tipos de mensagens, inclusive de som, imagens e

dados, crio-se uma rede que era capaz de comunicar seus nós sem usar

centros de controle, (CASTELLS, 1999, p. 76.), essa linguagem digital

possibilitou a uma “comunicação global horizontal”.

As primeiras instituições que usaram a internet como instrumento de

ensino/aprendizagem são mencionados por (CASTELLES, 1999, p.77):

“A primeira rede de computadores que se chamava

ARPANET... entrou em funcionamento em 1º de setembro

de 1969, com seus quatro primeiros nós na Universidade

da Califórnia em Los Angeles, no Stanfort Research

Institute, na Universidade da Califórnia em Santa Barbara

e na Universidade de Utah”.

Os avanços na tecnologia educacional tiveram grande influência no

processo de ensino aprendizagem não somente no exterior como também no

Brasil, que seguindo os padrões de órgãos e instituições internacionais e

procurando desenvolver atividades que satisfizessem as necessidades

16educacionais do país, procurou instituir modelos de ensino satisfizessem as

necessidade educacionais vigentes, que foram a principio incorporadas no

ensino de base, na alfabetização, depois, com uma demanda cada vez maior

foi incorpora da no ensino médio, técnico e nas universidades, como veremos

no próximo capítulo.

17

Capítulo II

Breve História da Tecnologia Educacional no Brasil

Os cursos por correspondência no Brasil tinham os mesmos padrões e

objetivos dos cursos que surgiram nos outros países, os cursos geralmente

atendiam as pessoas que moravam longe dos centros urbanos, não tinham

aceso fácil a instituições de ensino tradicional, buscavam algum tipo de

profissão para que pudessem se estabelecer e o material estudado era enviado

pelo correio.

O Brasil tem seus primeiros relatos sobre o ensino por correspondência,

segundo (Combi, 1999, p. 9), em “pouco antes de 1900”, onde apareciam em

“anúncios de jornais de circulação no Rio de Janeiro”, cursos, a maioria deles,

de datilografia, oferecidos por professores particulares. Ele também nos mostra

que em 1904, escolas internacionais norte-americana, se instalaram no Brasil e

passaram a oferecer cursos “voltados para pessoas que estavam em busca de

emprego, especialmente nos setores de comércio e serviços”.

No seguimento de ensino por correspondência, dois cursos brasileiros

merecem destaque por sua importância na formação de milhares de brasileiros

e por seu pioneirismo, são o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro.

O Instituto Radiotécnico Monitor (Instituto Monitor), criado em outubro de

1939, por Nicolas Goldberg, “foi a escola pioneira no Brasil a desenvolver a

educação a distância como modalidade de estudo” Instituto Monitor (2011) na

época, seu fundador tinha como objetivos “colaborar com o nosso crescimento

interligando o país por meio da comunicação que, naquela época, era

representada pelo rádio” Instituto Monitor (2011).

O desenvolvimento do Instituto Monitor é relatado por Edson Ary (2011):

“[...] o Brasil, a partir do início da década de 30, aquilo que

Bresser Pereira (1985) denominou de “Revolução

18Industrial Brasileira”, [...] significou a transição [...] para o

capital industrial, o rádio constituiu-se no principal veículo

de comunicação do país, necessitando, portanto, de

indivíduos capacitados para operá-lo [...] “ e a

“ industrialização em vários setores da indústria nacional,

resultou no desenvolvimento do setor eletrônico em todo o

território nacional, emergindo daí a urgência em preparar

profissionais com conhecimento para montar e consertar

receptores de rádio. Aproveitando sua experiência e

conhecimento na área, o fundador do Instituto Monitor

passou a oferecer cursos voltados à preparação de

técnicos para atender tal demanda e, como o rádio não

era privilégio apenas de quem morava nos grandes

centros urbanos, e sim o aparelho eletrônico que chegava

também aos mais longínquos cantos do território nacional,

o ensino por correspondência poderia atender as

necessidades do país como um todo.”

Os cursos oferecidos inicialmente tinham por objetivo preparar técnicos

em eletrônica, instalação, concertos e montagem de receptores de rádio, que

tinham sido introduzidos recentemente no país e visavam preparar pessoas

que moravam tanto nos grandes centros urbanos quanto em localidades cujo

acesso era bastante difícil, fornecendo-lhes capacitação necessária para

“mexer” com o rádio. Após o Instituto passou a oferecer outros cursos, visando

atender uma clientela maior e que também precisava de especialização para o

mercado de trabalho, surgindo os cursos de corte e costura, caligrafia,

datilografia, taquigrafia, etc.

O Instituto Monitor mantém suas atividades até os dias atuais,

passou por modernizações em tecnologia educacional e até hoje é um veículo

importante em educação a distancia,

“Ao longo dessa história, mais de 5 milhões de alunos já

se matricularam no Instituto Monitor. Atualmente, são

19mais de 30 mil alunos espalhados em todo o Brasil,

aprendendo uma nova profissão. O Instituto Monitor

passou por muitas mudanças e adaptações para se

adequar aos novos tempos, e continuar oferecendo aos

seus alunos o que há de melhor e mais moderno em

educação” Instituto Monitor (2011).

O segundo curso por correspondência no Brasil foi o Instituto Universal

Brasileiro, fundado em 14 de agosto de 1941 por um “ex-sócioproprietário do

Instituto Monitor,” Edson Ary (2011).

Os cursos oferecidos tinham por objetivos “Nos primeiros anos de

atuação na área do ensino por correspondência no Brasil” Edson Ary (2011), a

formação de profissionais nos “cursos de datilografia, taquigrafia e estenografia,

visando atender às demandas da época.” Edson Ary (2011). Após,

“Acompanhando as demandas do mercado de trabalho

que vinham surgindo no país, o Instituto Universal

Brasileiro foi criando e ofertando novos cursos, como

auxiliar de escritório, caixa, correspondente, secretariado,

português e inglês” Edson Ary (2011).

O Instituto Universal Brasileiro teve e ainda tem, um papel relevante no

ensino no Brasil, e hoje em dia ele usa “além da correspondência, os mais

modernos meios de comunicação (internet, vídeo, teleconferência etc.)”

oferecendo cursos profissionalizantes nas mais diversas áreas e formando

milhares de brasileiros espalhados por todo território nacional.

Pontos importantes sobre a educação por correspondência são

destacados por (Niskier, 1999, p. 173), ele relata que essa modalidade de

ensino e voltada para jovens e adultos que saibam ler, uma vez que todo o

material é impresso e adaptado para o nível de cada receptor; oferece uma

flexibilidade para de estudo; os organizadores precisam de conhecimentos

específicos dos conteúdos para que sejam facilmente assimilados pelos alunos,

precisam de conhecimento na área de comunicação de massa, de psicologia

20da aprendizagem e principalmente de um bom serviço de correios, visto que

todo o estudo será conduzido por ele. Esses pontos foram importante e no

desenvolvimento da educação por correspondência no Brasil e foi muito bem

demonstrado no discurso de Paulo Nathanael, citado por (NISKER, 1999,

p.173-179), onde ele aponta “ponderações sobre o ensino por

correspondência”, como mostrado em uns trechos abaixo:

“[...] os objetivos da EPC, listando-os em número de nove,

a saber:

1 – Servir como instrumento de uma educação

permanente, permitindo que cada indivíduo continue a

progredir segundo suas próprias necessidades e

condições em que vive;

2 – Suprir o sistema educacional do país de um meio

eficaz de ensino, que posa atingir habitantes de regiões

isoladas ou insuficientemente equipadas do ponto de vista

escolar;

3 – Propriciar um atendimento eficiente aos alunos que se

vêem obrigados a mudar de residência, permitindo-lhes

continuar estudando;

4 – Oferecer ao educando um ensino baseado num

conjunto de disciplinas que venham contribuir

efetivamente para atividades que pretende desempenhar;

5 – Promover quando necessária, a complementação dos

estudos já iniciados pelo estudante em cursos regulares;

6 – Guiar e aconselhar o aluno na escolha de um

programa de estudos adaptados ao seu nível de formação,

ritmo de trabalho, tempo livre para dedicar aos estudos;

217 – Oferecer um ensino individualizado que assegure uma

compreensão clara, possibilitando uma visão global da

matéria explorada;

8 – Propiciar ao aluno um método de trabalho para as

disciplinas que estuda, assegurando-lhe um

conhecimento sólido da matéria e quando necessário

permitir uma utilização constante de seus conhecimentos;

9 – Encorajar o aluno a um estudo regular e assíduo,

alimentando seu esforço na troca regular e freqüente de

correspondência, permitindo, dessa forma, que ele se

sinta integrado no trabalho que realiza.”

A correspondência, sem dúvida, fui uma grande percussora em

tecnologia educacional no Brasil, levando muitos brasileiros, em todo território

nacional a educação e a profissionalização, porem outra modalidade de ensino

também passou a fazer parte do processo de ensino/aprendizagem na

educação brasileira, o rádio.

O rádio para fins educativos foi introduzido no Brasil em 1923 por

Edgard Roquete Pinto e um grupo de amigos que fundaram a Rádio Sociedade

do Rio de Janeiro, como relata Niskier (1993, p. 40), ele nos conta que o

programa de rádio foi ao ar no dia 1º de março, era operada pelo

Departamento de Correios e Telégrafos e sua programação era voltada para

“literatura, radiotelegrafia, e telefonia, de línguas, de literatura infantil e outros

de interesse comunitário.”

A partir de 1937, com a criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do

Ministério da Educação, inúmeros programas educativos por rádio foram

implantados no país, como diz (LITTO, 2009, p. 9, 10), entre eles podemos

citar:

“[...] a Escola Rádio-Postal, A Voz da Profecia, criada pela

Igreja Adventista em 1943, como o objetivo de oferecer

22aos ouvintes cursos bíblicos. O Senac iniciou suas

atividades em 1946 e, logo a seguir, desenvolveu no Rio

de Janeiro e me São Paulo a Universidade do Ar, que, em

1950, já atingia 318 localidades.

A Igreja Católica, [...] criou em 1959 algumas escolas

radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação

de Base [...]

Projetos como o Mobral, vinculado ao governo federal,

prestaram grande auxílio e tinham abrangência nacional,

especialmente pelo uso do rádio [...]”

Outro projeto de grande importância na educação por rádio foi o Projeto

Minerva, criado em 1º de setembro de 1970 pelo Serviço de Radiodifusão

Educativa do Ministério da Educação e Cultura, como conta (NISKIER, 1999, p.

216), ele ressalta que o projeto foi ao ar “tendo como escopo legal um decreto

presidencial e uma portaria interministerial (nº408/70) que determinava a

transmissão de programação educativa, em caráter obrigatório por todas as

emissoras de rádio do país”. O projeto tinha como objetivo maior atender “à Lei

nº5.692/71 (Capítulo IV, Artigos 24 a 28) que dava grande ênfase à educação

de adultos”, assim, a educação seria levada para onde a pessoa estivesse e

ajudaria no desenvolvimento das potencialidades do ser humano enquanto

cidadão “participativo e inteligente de uma sociedade”.

As principais características do Projeto Minerva, foram:

“a) Contribuição, para a renovação e o desenvolvimento

do sistema educacional e para a difusão da cultural,

conjugando rádio e outros meios;

b) Planejamento da utilização do tempo estipulado pela

Portaria nº408/70, para a transmissão de cursos e

programas radiofônicos produzidos pelo Serviço de Rádio

Educativo – SER e por outras entidades;

23c) Complementação ao trabalho desenvolvido pelo

sistema regular de ensino;

d) Possibilidade de consecução da educação continuada;

e) Divulgação de programação cultural de acordo com os

interesses da audiência;

f) Prestação de assistência técnica às Secretarias ou

Departamentos de Educação no planejamento, execução,

controle e avaliação da utilização dos horários específicos

da Portaria nº 408/70;

g) Elaboração de textos didáticos de apoio aos programas

instrutivos;

h) Avaliação dos resultados da utilização dos horários da

Portaria nº408/70 pelas emissoras de rádios, de acordo

com as diretrizes do Prontel.” (NISKIER, 1999, p. 217).

O Projeto Minerva realizou em 1971, “em todo o País cursos de

Madureza Ginasial e Capacitação ao Ginasial, além do Primário Dinâmico no

Pará e Moral e Civismo na Guanabara” (NISKIER, 1999, p. 220). Os cursos

eram divididos em 3 categorias: a) recepção organizada – com radiopostos

locais onde os alunos se reuniam e com a presença de um monitor ouviam as

aulas; b) recepção controlada – os alunos ouviam as aulas e periodicamente se

reuniam como o monitor para discutir dúvidas sobre as aulas; c) recepção

isolada – os alunos estudavam isoladamente.

O rádio foi escolhido pelo seu baixo custo no que se refere à aquisição e

manutenção de aparelhos receptores, visto que a maioria dos brasileiros não

possuíam um aparelho de televisão em suas casas, mas a maioria tinha ou

podia ouvir um rádio. Sua aceitação foi comprovada nos cursos realizados em

1971, como citado acima, (NISKIER, 1999, p. 220):

24“De outubro de 1970 a outubro de 1971, o projeto atendeu

a 174.246 alunos, sendo 61.866 de cursos já concluídos e

112.380 nos cursos em andamento. De outubro de 1971 a

dezembro de 1971, 96.939 concluíram os curós, sendo

2.130 em recepção isolada, 1.033 em recepção

controlada e 93.776 atendimentos em 1.948 radiopostos”

A educação pela televisão, “desviou do rádio a atenção dos educadores,

impelindo-a para esse novo meio de comunicação a sua potencialidade e

influência na educação”. (NISKIER, 1993, p. 72).

O Brasil começou a usar a televisão para fins educativos entre a década

de 60 e 70, umas das primeiras medidas realizadas foi a criação do Conselho

Nacional de Telecomunicações (Contel) em 1961, que previa “condições

mínimas para a obtenção de canais por parte das organizações educacionais”

(NISKIER, 1993, p. 46); em 1964, houve a solicitação do MEC a Contel, para a

reserva de canais para televisão educativa; em 1967, o Código Brasileiro de

Telecomunicações, determina que programas educativos deveriam ser

transmitidos pelas emissoras de radiodifusão e pelas televisões educativas; a

portaria 408, de 29 de julho de 1970, obrigava a transmissão de programas

educativos por emissoras comerciais, que deveriam ser transmitidos “5 horas

por semana, sendo 30 minutos diários de segunda a sexta e 75 minutos aos

sábados e domingos, entre 7 e 17 horas” (FIORENTINI e MORAES, 2006, p.

82); em 1972, foi criado o Programa Nacional de Telecomunicações (Prontel),

com o intuito de “integração, em âmbito nacional, das atividades educacionais

através do rádio, da televisão e de outros meios, de forma articulada com o

Programa Nacional de Educação” (NISKIER, 1993, p. 50), o Prontel foi

substituído pelo Centro Brasileiro de TV Educativa (Funtevê), passando a fazer

parte do Departamento de Aplicações Tecnológicas do Ministério da Educação

e Cultura e no início da década de 1990, as emissoras ficaram desobrigadas a

ceder horários diários para a transmissão de programas educacionais.

Algumas instituições contribuíram para o início e o desenvolvimento da

educação pela televisão no Brasil, (NISKIER, 1999 p. 164, 165), cita a

25Universidade de Santa Maria (RS) como pioneira na utilização da TV com fins

educativos, onde em 1958 ela tinha programas voltados para os alunos da

Faculdade de Medicina, ele também destaca a atuação da Fundação Centro

Brasileiro de Televisão Educativa (FCBTVE), criada em 1967, “como principal

núcleo produtor. No ano seguinte, entra no ar a primeira televisão educativa do

Brasil, a TV Universitária - TVU, Canal 11, da Universidade Federal de

Pernambuco, no Recife”. Cabe a ele ainda destacar a criação da Fundação

Padre de Anchieta em 1969, em São Paulo, em 1970 a TV Educativa do

Maranhão (Fundação Maranhense de Televisão Educativa), inicia a

transmissão em circuito aberto do que seria a primeira experiência de TV

escolar no País.

(NISKIER, 1993, p. 72, 73) também destaca a TV Cultura de São Paulo

que foi adquirida pelo Governo, e “passou a ser utilizada pela Fundação Padre

de Anchieta” os objetivos da Fundação era “´promover atividades culturais e

educacionais, do rádio e TV”, e os cursos eram oferecidos nos telepostos e

voltados para o ginasial e de línguas, e “em caráter experimental, foram

implantados cursos relacionados com os objetivos da Educação de Base a

Alfabetização de Adultos”, outro curso destacado foi o da TV Educativa do

Maranhão da Fundação Maranhense de Televisão Educativa, os cursos eram

voltados para o ginasial e teve grande aceitação pelo fato de na época

existirem apenas dois ginásios oficiais na cidade, em seu primeiro ano

“[...] os trabalhos atingiram 10 turmas de 1ª série ginasial

e, no ano seguinte, a 35, em circuito fechado. Cinco anos

depois, 13.000 estudantes freqüentavam os 268 núcleos

estudantis, o que representava uma atuação integrada ao

sistema educacional em nível ginasial [...].”(NISKIER,

1993, p. 73).

Em 1977, era criada a Fundação Roberto Marinho, que em parceria com

a Fundação Padre Anchieta, “assinaram um convênio para a realização de um

projeto pioneiro de teleducação: o Telecurso 2°grau.” Fundação Roberto

Marinho, (2011?), o objetivo do curso era diminuir os índices de analfabetismo

26e o alto índice de evasão escolar, que iam em desencontro ao projeto de

desenvolvimento econômico do país. O curso se tornou o pioneiro no ensino

supletivo a distância no Brasil, além das teleaulas, ele contava com material de

apoio que eram publicados semanalmente e adquiridos nas bancas de jornal. O

telecurso é mantido até os dias atuais pela Fundação Roberto Marinho, passou

por reformulação para atender uma demanda de um público cada vez mais

crescente e mantém sua característica de levar o ensino através de teleaulas,

para pessoas que buscam sua formação.

A introdução do computador no ensino brasileiro se deu através das

universidades e teve seus primeiros relatos a partir de 1966, na UFRJ –

Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde o Departamento de Cálculo

Científico, que deu origem ao Núcleo de Computação Eletrônica, passou a usar

o computador em suas atividades acadêmicas e em 1971, se discutiu na

Universidade de São Carlos o uso do computador no ensino de física, em um

seminário promovido pela instituição e por especialistas da Universidade de

Dartmouth/USA, como relata Moraes (1993). Outras universidades também

foram destaques na época no uso do computador, e desenvolveram

experiências nesse sentido, pode ser citado o uso de computadores de grande

porte como recurso auxiliar do professor para ensino e avaliação em Química

(Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ), o desenvolvimento de

software educativo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS,

as experiências do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia

- LEC, da UFRGS, apoiadas nas teorias de Piaget e Papert, com público-alvo

de crianças com dificuldades de aprendizagem de leitura, escrita e cálculo,

entre outros, como cita (MORAES, 1993, p. 19).

O Brasil, criou a SEI (Secretaria Especial de Informática, ligada ao CSN

(Conselho de Segurança Nacional) em 1979, esse órgão tinha o intuito de

ampliar o desenvolvimento tecnológico do país, e tinha entre suas funções,

coordenar e executar a Política Nacional de Informática e assessorar o MEC

nas políticas e diretrizes para a educação na área de informática.

27No inicio dos anos 80, dois seminários foram importantes aos

destacarem o computador como uma ferramenta no processo de

ensino/aprendizagem. O primeiro foi o I Seminário Nacional de Informática na

Educação, na UNB em 1981, nesse seminário, uma equipe intersetorial foi criada

com o objetivo de planejar as primeiras ações para o desenvolvimento da

informática no país, essa equipe era composta pelo MEC, SEI, CNPq – Conselho

Nacional de Pesquisa e FINEP – Secretaria Especial de Informática da

Presidência da República, o segundo foi II Seminário Nacional de Informática na

Educação, na UFBA em 1982, que tinha o objetivo “coletar subsídios para a

criação de centros-piloto, a partir de reflexões de especialistas das áreas de

Educação, Psicologia, Informática e Sociologia.” (MORAES, 1993, p. 20).

O levantamento desses dois seminários, fez surgir em 1983, através de uma

comissão criada pelo SEI, o projeto EDUCOM, o projeto “consistia na implantação

de centros-piloto em universidades públicas, voltados à pesquisa no uso de

informática educacional, à capacitação de recursos humanos e à criação de

subsídios para a elaboração de políticas no setor.” Tavares, (2011?)

Os objetivos do projeto EDUCON são destacados por Lyrio, (2011?)

“Objetivo Geral: estimular o desenvolvimento da pesquisa

interdisciplinar voltada para a aplicação das tecnologias

de informática no processo ensino-aprendizagem.

Objetivos Específicos: Implantar o Núcleo de Pesquisa e

Desenvolvimento de Informática na Educação, com a

finalidade de auxiliar na promoção de pesquisa científica e

tecnológica e de estabelecer diretrizes operacionais para

a implantação dos centros-piloto. Promover a implantação

de cinco centros-piloto em instituições de reconhecida

capacidade científica e tecnológica, nas áreas de

Informática na Educação. Capacitar os recursos humanos

envolvidos na implantação e implementação do Projeto

Educom, com a finalidade de atender às necessidades do

28setor de Informática na Educação, suprindo-os das

competências técnico-científicas necessárias para o

exercício de sua atividade profissional. Acompanhar e

avaliar as experiências desenvolvidas pelos centros-piloto

participantes do experimento. Disseminar os resultados

produzidos pelos centros-piloto. “

A experiência adquirida com o projeto EDUCON possibilitou a criação

em 1989 o MEC a instituir através da Portaria Ministerial n. 549/89, o Programa

Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, com o objetivo de

"[...] desenvolver a informática educativa no Brasil, através

de atividades e projetos articulados e convergentes,

apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e

atualizada, de modo a assegurar a unidade política,

técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e

investimentos envolvidos..” (MORAES, 1993, p. 25).

O projeto resultou no ensino de informática em todos os graus de ensino

e na educação especial, gerou uma melhor infra estrutura e um melhor

desenvolvimento dos centros de pesquisa, melhor capacitação dos professores,

uma maior e melhor distribuição geográfica e infra estrutura dos núcleos,

desenvolvimento nacional das pesquisas voltadas para projetos educacionais,

desenvolvimento tecnológico e ampliação dos recursos humanos voltados para

a os objetivos tecnológicos educacionais.

O PRONINFE alcançou seus objetivos e após quase dez anos de

existência e com sólidas experiências, deu lugar ao PROINFO – Programa

Nacional de Informática na Educação que surgiu em abril de 1997 e foi uma

iniciativa da Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC), e do Conselho

Nacional de Secretarias Estaduais da Educação (CONSED).

Os objetivos do PROINFO foram destacados por Tavares (2011), como

sendo:

“1) melhorar a qualidade do processo de ensino-

aprendizagem nas escolas públicas, através de igualdade

29no acesso instrumentos tecnológicos e desenvolvimento

de atividades apropriadas de aprendizagem partindo da

realidade regional. Busca-se a melhoria do processo de

construção do conhecimento, através da diversificação

dos espaços do conhecimento, dos processos e das

metodologias empregadas;

2) possibilitar a criação de uma nova ecologia cognitova

nos ambientes escolares mediante a incorporação

adequada de novas tecnologias da informação pelas

escolas, diminuindo o espaço existente entre a cultura

escolar e a cultura extra-escolar;

3) propiciar uma educação voltada para o

desenvolvimento cientifico e tecnológico, para a

criatividade, a agilidade na resolução de problemas, o

raciocínio o manejo da tecnologia e para um maior

conhecimento técnico por parte do educando;

4) educar para uma cidadania global numa sociedade

tecnologicamente desenvolvida.”

A inserção da informática no processo de ensino-aprendizagem, veio

reforçar a construção de novos métodos de ensino no país. Gradativamente

vem-se construindo uma política de educação que com o auxilio das novas

tecnologias, tem levado o ensino a diversos locais, desde os mais longínquos

até os grandes centros. A melhoria na qualidade de ensino tem sido

fundamental para o desenvolvimento e incentivo de projetos voltados para a

área educacional.

A tecnologia é vista como uma inovação por Litwin (2001), ela diz que se

queremos progresso e uma educação para o futuro o caminho está na

tecnologia e ao citar Colom Cañellas (1994), que vê o uso da informática como

uma forma de integração da sociedade, onde ele diz:”

“Esta desempenhará um papel diferente do

desenvolvimento até o presente. Parece estar aí para

proporcionar o desenvolvimento de possibilidades

30individuais [...] utilizando a informática o homem alcança

novas possibilidade e estilos de pensamento inovador

jamais posto em prática, o que quer dizer que o ambiente

organizador, em vez de alienação, procuras novas

perspectivas e revitalização das múltiplas capacidades

mentais que possui o homem... A tecnologia vai

transformando também nossas mentes porque de alguma

maneira temos acesso aos dados, mudamos nosso

modelo mental da realidade e nossa representação do

mundo, já que chegamos a mais informação [...]”

(LITIWIM, 2001, p. 29).

31

Capítulo III

Considerações Sobre a Tecnologia Educacional

Os livros mencionam que a palavra técnica é de origem do verbo grego

tictein, que tem como significado “criar, produzir, conceber, dar a luz”, eles

destacam que para os gregos a palavra tictein tinha um contexto “mais amplo,

não se restringindo apenas a equipamentos e instrumentos físicos, mas

incluindo toda uma relação com o meio e seus efeitos e não deixando de

questionar o “como” e o “porque” (TAJRA, 2002, p. 42). Para os gregos e

técnica era algo que envolvia desde o pensamento de sua produção, os meios

de como produzir, até o produto totalmente produzido. Essa definição de

técnica é bem explicada por (LITWIN, 2001, p. 25):

“Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles

esclarece que a techné é um estado que se ocupa do

fazer que implica uma verdadeira linha de raciocínio. A

techné compreende não apenas as matérias-primas, as

ferramentas, as máquinas e os produtos, como também o

produtor, um sujeito altamente sofisticado do qual se

origina todo o resto.”

O significado da palavra técnica teve seu sentido restrito na Revolução

Industrial, nela a técnica passou a designar o produto que era produzido e não

todo os processo de idealização e produção.

“Para a mentalidade moderna, a técnica é simplesmente o

conjunto de matérias-primas, ferramentas, máquinas e

mecanismos que são necessários para produzir um objeto

utilizável. O julgamento definitivo do valor de uma técnica

é operativo: baseia-se na eficiência, habilidade e custo”.

(LITWIN, 2001, p. 25, apoud, Boochin, MURRAU, 1993).

32 A palavra tecnologia define atualmente de forma mais ampla o sentido

da palavra técnica (techné), ela passa a ser mais do que uma ferramenta em

um processo de produção, ela “separa o pensar do fazer, a explicação da

aplicação, o racional do instrumental e define a relação entre ambos os

aspectos como uma relação unidirecional e linear”. (LITWIN, 2001, p. 26).

Tecnologia, falando de forma geral, é todo o que facilita a interação entre

o meio ambiente e a pessoa, vemos a tecnologia na descoberta do fogo, da

roda, da fala, da escrita, do papel, da imprensa, do combustível, das máquinas,

da eletricidade e dos meios de comunicação.

A tecnologia voltada para a área educacional engloba todo um conjunto

de “ferramentas” que facilita o processo de ensino-aprendizagem, ela sai do

contexto de uma sala de aula convencional, onde o aluno é somente um

receptor de informação e passa utilizar meios que facilitem a aprendizagem,

levando o ensino para além das salas de aulas, para tal, são usados recursos

como a correspondência, o rádio, a televisão, o computador e a internet.

Sancho (2001), destaca dois conceitos de tecnologia educacional, que

definem bem a abrangência e a importância da tecnologia no processo de

ensino-aprendizagem, primeiro ele destaca o conceito da Comissão sobre

Tecnologia Educacional dos Estados Unidos em 1970, contendo a seguinte

declaração:

“É uma maneira sistemática de projetar, levar a cabo e

avaliar o processo de aprendizagem e ensino em termos

objetivos específicos, baseados na pesquisa da

aprendizagem e na comunicação humana, empregando

uma combinação de recursos humanos e materiais para

conseguir uma aprendizagem mais afetiva.” (SANCHO,

2001, p. 53, apoud, TICKTON, 1970, p. 21),

a segundo definição é a da UNESCO, que após quatorze anos de pesquisa,

formulou um conceito sobre o que seria a tecnologia educacional:

33“a) Originalmente foi concebida como uso para fins

educativos dos meios nascidos da revolução das

comunicações, como os meios audiovisuais, televisão,

computadores e outros tipos de hardware e software.

b) Em seu sentido novo e mais amplo, como modo

sistemático de conceber, aplicar e avaliar o conjunto de

processos de ensino aprendizagem, levando em

consideração, ao mesmo tempo, os recursos técnicos e

humanos e as interações entre eles, como forma de obter

educação mais efetiva.” (SANCHO, 2001, p. 53, apoud,

UNESCO, 1984, p. 43-44).

Em seu artigo, Thomas (2009), mostra que tecnologia pensada nos dias

de hoje, nos remete a pensar em equipamentos eletrônicos, como vídeo,

computadores, Internet, etc., apesar delas estarem totalmente em destaque

nos dias atuais, ele ressalta que seu conceito é muito mais abrangente, ele diz

que “tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para

que os alunos aprendam.”, ele nos mostra que

“O giz que escreve na lousa é tecnologia de comunicação

e uma boa organização de escrita facilita e muito a

aprendizagem, A forma de olhar, de gesticular, de falar

com os outros, isso também é tecnologia. O livro a revista

e o jornal são tecnologias fundamentais para a gestão e

para aprendizagem e ainda não sabemos utilizá-las

adequadamente, O gravador, o retroprojetor, a televisão,

o vídeo também são tecnologias importantes e também

muito mal utilizadas, em geral.” (THOMAS, 2009).

Os conceitos mostram que a tecnologia educacional, não engloba

somente o uso de um artefato tecnológico no processo de ensino-

aprendizagem, ele também tem que envolver uma aprendizagem realmente

34significativa. Em seu artigo Ferreira e Ventura (2011), citando Grinspun (1999),

relatam que a educação tecnológica tem que

“[...] formar um individuo, na qualidade de pessoa

humana, mais crítico e consciente para fazer a História do

seu tempo com a possibilidade de construir novas

tecnologias, fazer uso da crítica e da reflexão sobre sua

utilização de forma mais precisa, e ter as condições de,

convivendo com o outro, e participando da vida em

sociedade, transformá-la em uma sociedade mais justa e

humana [...]”

Litwin (2001) propõe uma melhor conceitualização de tecnologia

educacional para os dias atuais, onde o termo engloba as várias etapas do

desenvolvimento da tecnologia, envolvidas pelas áreas da psicologia da

aprendizagem, pela teoria da comunicação, pela teoria de sistemas ou pela

união de todas elas, ela relata que:

“Entendemos a Tecnologia Educacional como o corpo de

conhecimentos que, baseando-se em disciplinas

científicas encaminhadas para as práticas do ensino,

incorpora todos os meios a seu alcance e responde à

realização de fins nos contextos sócio-históricos, que lhe

conferem significação.

A Tecnologia Educacional, assim como a Didática,

preocupa-se com as práticas do ensino, mas

diferentemente dela inclui entre suas preocupações o

exame da teoria da comunicação e dos novos

desenvolvimentos tecnológicos: a informática, hoje em

primeiro lugar, o vídeo, a TV, o rádio, o áudio e os

impressos, velhos ou novos, desde livros até cartazes, Ao

tratar de delimitar seu objetivo, entre os suportes teóricos

35tem que se acrescentar as teorias da comunicação com o

exame dos pressupostos. [...]” (LITWIN, 2001, p. 13).

A tecnologia educacional, auxilia de forma significativa no processo de

aprendizagem, cabe aos responsáveis articularem maneiras que facilitem a

inclusão desse processo na realidade de ensino que estão inseridos. Não

basta adequar espaços físicos montando laboratórios e usando equipamentos

de ultima geração, os professores também devem se preparar para utilização

dos instrumentos como apoio fundamental para as disciplinas ministradas,

satisfazendo assim as necessidades dos alunos e as escolas devem exercer o

papel de mediadora, para que essa incorporação seja harmônica, que não seja

de forma instrumentalista, mas sim como integradora efetiva entre a educação

e esses meios, tornando-se presente e participante na construção de uma nova

sociedade.

36

Conclusão

A história da tecnologia educacional caminha junto com a modernidade e

com as revoluções tecnológicas que passaram ser a utilizadas como

instrumento de ensino e passaram a atender as necessidades de informação

da população acarretando em um grande benefício e ao progresso no processo

de ensino-aprendizagem.

A tecnologia educacional mostra-se fundamental na relação entre a

tecnologia e a educação, elas ao se unirem formam um conjunto harmônico e

dinâmico no processo educacional, ela é resultante da aplicação do

conhecimento científico e organizado à solução ou encaminhamento de

soluções para problemas educacionais.

A tecnologia educacional possibilitou que as salas de aula saíssem de

sua ambiente tradicional e se estendessem para o local mais adequado para

que os alunos buscassem sua formação, possibilitou a utilização de novos

meios, apoios e ferramentas que passaram a ser utilizados pelos professores e

pelos alunos para que pudessem aprender.

O Brasil caminhou junto com a tecnologia educacional, levando o ensino

e a profissionalização pra além das salas de aula convencionais, a atendendo

uma demanda crescente de mão de obra que surgia com o processo de

industrialização do país.

A tecnologia educacional proporcionou as escolas a possibilite de

formação de um ser em permanente crescimento, com um ensino livre para a

percepção e a criatividade, fazendo com que a função da escola consistesse

em ensinar a pensar, a dominar a linguagem (inclusive a eletrônica), ensinar a

pensar criativamente. O significado na educação pós-moderna, passou a ser

mais importante do que o conteúdo , buscando-se mais a intersubjetividade e

a pluralidade e menos a igualdade e a unidade. Entretanto, tal educação não

37nega os conteúdos, ao contrário, trabalha pela transformação deles em

significados.

Logo, o educador se torne-se criativo e conhecendor interiormente dos

processos de criação e passou a perceber quando o aluno esta pensando

criativamente, assim o professor passou a gregar a educação com a tecnologia.

Essas transformações passaram a ser fundamentais para construção de

uma inteligência coletiva, privilegiando práticas pedagógicas ativas voltadas ao

aprendizado participativo e colaborativo, que cultivem hábitos de interação e

investigação em todos os níveis de idade e escolaridade, em diversos

ambientes educacionais, passando a ser estimulantes e disseminar a cultura

de informação.

As transformações na educação levaram as legislações brasileiras a

evoluíram gradativamente na formação de leis que possibilitassem o acesso a

educação por todas as camadas da população, incluindo o ensino tradicional e

os com auxilio das tecnologias educacionais, desde a Constituição de 1934

onde se discutiu pela primeira vez os rumos da educação no pais, chegando a

formulação da Lei de Diretrizes e Bases, essas reformas educacionais, nas

últimas décadas, têm visado o acesso e a oportunidades educacionais para

garantir aos alunos necessitados condições de eficiência escolar.

O Brasil ainda esta em processo de evolução tecnológica, isto é, está se

adaptando as novas tecnologias e gerando meios para que elas possam ser

incluídas no processo de ensino, mas isso acontece de forma muito gradativa e

não atinge a toda a população e muito menos a todo território nacional,

No Brasil ainda existem barreiras extremante importantes a serem

enfrentadas, uma delas é a sua grande densidade territorial, que dificulta

consideravelmente o acesso a uma educação mais justa, democratizada e

evoluída, outra é que faltam ainda professores preparados para utilizar essas

ferramentas em sua prática pedagógica buscando um aprendizado mais

dinâmico e significativo.

38 A democratização e o acesso ao ensino no país está caminhando de

forma gradativa, apesar de não atender a toda a população, mas constitui um

meio auxiliar de imprescindível importância para que chegue ao alcance das

pessoas que moram no locais mais distantes ou que não possuem um tempo

hábil para freqüentar as salas de aula, a tecnologia educacional esta presente

para superar essa etapa no desenvolvimento do ensino juntamente com os

esforços governamentais e as mobilização do órgão de ensino.

39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 10

CAPÍTULO II 17

CAPÍTULO III 31

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 41