View
0
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Universidade de Ribeirão Preto
Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL
Ribeirão Preto 2013
Nome/Código da IES Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP / 208 Caracterização da IES Entidade sem fins lucrativos, certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social Estado São Paulo Município Ribeirão Preto MARÇO / 2013
Reitora
Profª Elmara Lúcia de Oliveira Bonini Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
Profª Me. Sonia Maria Camargo dos Santos Profª Drª Neide Aparecida de Souza Lehfeld Profª Me. Carmen Silvia Gonçalves Lopes
Diretoria de Assuntos Comunitários e Estudantis Srª Carolina Bonini Ribeiro Porto
Diretoria de Projetos Estratégicos Profª Me. Vanessa França Bonini Panico
Diretoria Administração e Finanças Srª Alicia Maria Bonini Ribeiro
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 1
1. CONJUNTURA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR ....................................................... 2
2. O PAPEL DA UNIVERSIDADE ............................................................................... 5
3. CONTEXTO DA UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO ............................... 8
3.1. Histórico ................................................................................................................. 8
3.2. Contexto Atual ...................................................................................................... 9
3.3. Missão .................................................................................................................. 11
3.4. Visão ..................................................................................................................... 11
4. ESTRUTURA ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA ............................................ 12
4.1. Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE) .......................................... 13
5. DIRETRIZES PARA O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO ................... 15
5.1. Diretrizes pedagógicas gerais ............................................................................. 15
5.2. Diretrizes para o ensino ...................................................................................... 16
5.2.1. Diretrizes para o ensino de graduação ...................................................... 16
5.2.2. Diretrizes para o ensino da pós-graduação ............................................... 16
5.2.3. Diretrizes para a educação a distância ...................................................... 17
5.3. Diretrizes para a pesquisa .................................................................................. 18
5.4. Diretrizes para a extensão .................................................................................. 18
6. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS ........... 20
6.1. Da graduação ....................................................................................................... 21
6.1.1. Metodologia de elaboração dos projetos pedagógicos .............................. 26
6.1.1.1. Princípios metodológicos ..................................................................... 26
6.1.1.2. Perfil de egresso .................................................................................... 28
6.1.1.3. Competências a serem desenvolvidas ................................................. 28
6.1.1.4. Seleção de conteúdos ............................................................................ 28
6.1.1.5. Processo de avaliação ........................................................................... 29
6.1.1.6. Sistema de créditos ............................................................................... 30
6.1.1.7. Estágios Curriculares – Central de Estágio ....................................... 31
6.1.1.8. Programa de Monitoria ....................................................................... 35
6.1.1.9. Programa de Iniciação Científica ....................................................... 36
6.1.2. Acompanhamento de Egressos ................................................................... 37
6.2. Da Pós-Graduação .............................................................................................. 38
6.2.1. Lato Sensu ..................................................................................................... 38
6.2.2. Residência Médica ....................................................................................... 41
6.2.3. Stricto Sensu ................................................................................................. 42
6.3. Da Educação a Distância .................................................................................... 47
7. O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA NA UNAERP .......... 49
8. ESTRUTURAÇÃO DO CORPO DOCENTE E CAPACITAÇÃO
PEDAGÓGICA .................................................................................................................. 51
8.1. Estruturação do corpo docente .......................................................................... 51
8.2. Capacitação e apoio pedagógico aos docentes .................................................. 51
9. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS ..................................................................... 54
9.1. Administrativo .................................................................................................... 54
9.2. Docente ................................................................................................................. 57
10. SERVIÇO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ALUNO ........................... 60
11. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................................... 61
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 64
LISTA DE ABREVIATURAS
AERP – Associação de Ensino de Ribeirão Preto
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CNE/CES – Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior
CNE/CP – Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CONIC – Congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa
CPA – Comissão Própria de Avaliação
CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
DACE – Diretoria de Assuntos Comunitários e Estudantis
DAF – Diretoria de Administração e Finanças
DEPE – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
DIPRO – Diretoria de Projetos Estratégicos
EAD – Educação a Distância
GR – Gabinete da Reitoria
HEB – Hospital Electro Bonini
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IES – Instituição de Ensino Superior
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MBA – Master in Business Administration
MEC – Ministério da Educação
NUEGRE – Núcleo de Egressos da Universidade de Ribeirão Preto
PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional
PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PIBITI – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico
e Inovação
PPI – Projeto Pedagógico Institucional
RN – Resolução Normativa
SEAP – Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Aluno
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
TI – Tecnologia da Informação
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
1
APRESENTAÇÃO
A Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão, ao apresentar a atualização do Projeto
Pedagógico Institucional (PPI) para o período de 2013-2017, está socializando à
comunidade acadêmica e à sociedade em geral a linha filosófica, técnico-científica,
didático-pedagógica e política que referenda a concepção da Universidade de Ribeirão
Preto sobre educação superior e o processo de formação profissional que cada curso de
graduação e de pós-graduação se imbuem para definição de suas próprias metas, objetivos
e ações.
O Projeto Pedagógico Institucional tem a finalidade de direcionar o Plano de
Desenvolvimento Institucional, bem como orientar os gestores da Universidade em todos
os seus níveis e segmentos em termos de perspectivas futuras e indicativos para avaliação-
diagnóstica.
Neste sentido, a Comissão Própria de Avaliação da Universidade foi protagonista
no processo de elaboração e revisão do documento ora apresentado, congregando os
esforços e subsídios da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão.
2
1. CONJUNTURA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Na conjuntura atual, o Brasil se vê às voltas com o problema de sedimentar a
formação acadêmica, superando a defasagem do aluno proveniente de camadas sociais de
baixa renda, o qual constitui segmento expressivo dos milhares de estudantes matriculados
no ensino superior brasileiro. O novo Plano Nacional de Educação (PNE, 2011 - 2020) tem
metas para elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida
para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta (MEC, 2010).
Considera-se, assim, que o esforço de implementação do PNE deva ser o principal objetivo
do País na próxima década, uma vez que maiores avanços na Educação ainda são
esperados.
Espera-se também que o novo Plano Nacional de Educação estabeleça uma rede de
colaboração entre o governo e a sociedade para, prioritariamente, promover uma
significativa mudança na educação, tendo como meta a conquista da qualidade. Nesse
sentido, o PNE tem estratégias positivas que tratam de fomentar estudos e pesquisas que
analisem a necessidade de articulação entre formação, currículo, pesquisa e mundo do
trabalho, considerando a realidade socioeconômica do Brasil.
Dados do Censo do Ensino Superior (MEC/INEP, 2012) apontam as projeções
para o futuro do segmento, sob o impacto da crise financeira internacional dos últimos
anos e as alternativas para lidar com as questões que podem definir o perfil da educação
superior: a inclusão de mais jovens na graduação, a redução dos índices de evasão e
inadimplência, a nova configuração do mercado e contínua a expansão da educação a
distância e dos cursos superiores de tecnologia.
A par da evasão e da necessidade de se construir instrumentos para sua reversão,
coloca-se o desafio as Instituições de Educação Superior Privadas de ampliar, desenvolver
e enraizar a cultura científica no interior das mesmas, responsáveis por mais de dois terços
da formação universitária de jovens e adultos brasileiros.
As circunstâncias econômicas, sociais e até mesmo culturais no Brasil, impactadas
pela conjuntura mundial dos novos paradigmas emergentes, em conjunto com as políticas
governamentais implementadas para a estruturação do sistema de ensino superior, têm
forçado o encaminhamento de medidas que afunilam a educação superior brasileira. No
mundo globalizado de hoje, as transformações que acontecem de forma cada vez mais
rápida, em todas as dimensões - política, econômica, social e científica - provocam
3
repercussões em todas as organizações, e de maneira especial na universidade que, apesar
da condição privilegiada de detentora e formadora de uma elite intelectual, não tem
conseguido prover soluções para a sua auto-realização e legitimidade. Essa instituição,
pelo seu caráter milenar e pelas suas funções de produção e disseminação do
conhecimento, deve analisar todo esse complexo de transformações, procurando adaptar-se
nas suas funções de ensino, pesquisa e extensão.
Ao se traçar um diagnóstico da situação das universidades brasileiras, deve-se
enfatizar que o problema não é simplesmente de conjuntura interna, mas estrutural,
condicionado pelo cenário mundial. Questões como: a desarticulação entre o ensino da
graduação e da pós-graduação, a divisão entre ciclo básico, técnico e profissional, as
sequelas nos processos de ensino-aprendizagem e a evasão, têm sido discutidas pelas e nas
Instituições de Educação Superiores Públicas e Privadas, que encontram dificuldades em
manter a qualidade da educação.
Enquanto que o crescimento do número de matrículas na graduação presencial
estabilizou-se, na educação a distância e tecnológica eles estão em processo ascendente. As
duas modalidades são consideradas alternativas promissoras para a inclusão de mais jovens
na graduação, não enquanto substituição ao bacharelado presencial, mas como uma
necessária diversificação, considerando-se as novas profissões e demandas de mercado.
Para se ter uma ideia de como a questão deve mobilizar o segmento, os dados do Censo de
2012 (MEC/INEP) revelam que as instituições de ensino superior privadas representam
88,3% das vagas disponíveis no ensino superior no Brasil. De qualquer forma, a evasão
continua a ser um sério problema para IES públicas e privadas .
Citando novamente o Plano Nacional de Educação, outra meta se refere a elevar a
qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas
instituições de educação superior. No entanto, consideramos que a qualidade do corpo
docente está associada ao desenvolvimento de uma cultura acadêmica e científica nas
Universidades.
Desse modo, os professores têm sido responsáveis pela formação de grupos de
estudo e implantação de projetos de pesquisa, atuando como fomentadores da iniciação
científica e participando de eventos acadêmico-científicos nacionais e internacionais, bem
como pela estruturação de publicações periódicas ou seriadas através de produção
científica. Promovendo, enfim, uma intensa atividade de construção científica que tem
deixado de ser um atributo apenas do setor público. Pode-se afirmar que o ensino superior
4
privado tornou-se uma realidade incontestável. Em seu bojo, professores e pesquisadores
buscam com persistência sedimentar a atividade de pesquisa rigorosa e socialmente
comprometida.
Segundo o Plano Nacional de Graduação, a qualidade da educação superior,
especificamente a da graduação, pressupõe o desenvolvimento permanente,
acompanhamento e avaliação de quatro pilares principais: projeto pedagógico institucional
e de curso, recursos humanos (corpo docente, técnico-administrativo e corpo discente),
infraestrutura e gestão institucional/acadêmica (PNE/MEC, 2012). Esse conjunto está
necessariamente integrado à missão e planejamento institucional, cujos desdobramentos
estarão articulados ao projeto de desenvolvimento regional/nacional. Assim, a atuação de
todo o conjunto de IES do país pode e deve refletir uma política nacional de educação,
ciência e tecnologia.
Para os programas de ensino de graduação, os Projetos Políticos Pedagógicos dos
Cursos passam a abordar a construção de um novo perfil profissional, integrando formação
técnica à humana e ética, possibilitando ao educando a perspectiva de autonomia relativa
ao trato com o conhecimento. A adequada articulação de uma sólida visão humanística
com os processos de desenvolvimento científico e tecnológico amplia o campo da
consciência e das práticas políticas, como parte de um exercício profissional relacionado a
práticas cidadãs e, consequente, compromisso com demandas sociais (DEMO, 2011).
5
2. O PAPEL DA UNIVERSIDADE
Em um contexto de profundas, rápidas e constantes mudanças, já não se concebe
mais uma formação que possa ser estável a ponto do indivíduo não necessitar de
capacitação/atualização ao longo do exercício profissional. Assim, cursos de graduação
não devem voltar-se à perspectiva de uma profissionalização estritamente técnica, mas
propiciar o desenvolvimento de competências de longo prazo e a construção de uma
relação com o conhecimento que leve à efetiva leitura e ação críticas sobre seus
fundamentos. Trata-se, assim, de propiciar o domínio sobre os modos de produção do saber
e estabelecer uma base sólida para a aquisição contínua e eficaz de conhecimentos
específicos, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a habilidade de aprender e recriar
permanentemente.
Atualmente, a expansão da educação superior privada tem superado a pública em
todos os países e, cada vez mais, fontes alternativas de renda são necessárias para a
sustentabilidade deste mercado educacional, para novos ingressos de estudantes e fontes de
renda para pesquisa.
Surgem maiores oportunidades de intercâmbios culturais e acadêmicos entre
estudantes, em níveis nacional e internacional, como também a facilidade de
complementação de estudos entre as universidades que possuem uma rede global de
relações, essas são estabelecidas de acordo com as facilidades e necessidades, ampliando a
comunicação, a relação intercultural e a internacionalização dos processos educativos.
Os movimentos entre as culturas e os países estão crescendo e novas relações estão
sendo estabelecidas; os polos de poder e comerciais estão se movimentando entre oriente e
ocidente, e as fronteiras estão cada vez mais abertas. Esses fatores configuram as atuais
relações internacionais e redefinem o papel da educação e das relações entre as instituições
de educação superior.
O interesse das instituições, nesse panorama, é o de potencializar as suas
capacidades como promotoras de novos conhecimentos. Isto, requer recrutar estudantes de
outros países com capacidade acentuada e com condições de melhorar qualitativamente o
nível de pesquisa e de ensino das universidades e dos interesses internos de cada país. Há o
interesse de preparar esses estudantes globalmente para que retornem aos seus países e
para que sejam capazes de transformar as condições de vida e da qualidade acadêmica de
sua origem.
6
Muitas nações acreditam que as relações internacionais são foco para a geração de
novos conhecimentos. A partir disso, muitos problemas globais como a geração de novas
fontes de energia, a instabilidade climática, a falta de água, a poluição desenfreada e a falta
de recursos sustentáveis podem ser resolvidas com as relações estabelecidas entre os
países. Tal situação indica aos governos e às instituições a necessidade do compromisso no
estabelecimento e no estreitamento da dimensão internacional com maior urgência e
seriedade.
Nesse sentido, a Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP tem maximizado seus
esforços na realização de convênios e acordos de cooperação internacionais com diversas
Instituições em muitos países no mundo. Em parceria com o governo federal através do
Programa “Ciência sem Fronteiras”, estudantes de graduação e pós-graduação da
UNAERP estão viajando para complementação de seus estudos e realização de pesquisas
em outros países.
Segundo Demo (2000, p. 52), "aprende melhor quem descobre mais e mais
profundos padrões, de tal modo que possa compor-se mais facilmente e, sobretudo, mais
criativamente com a dinâmica dos processos. Nesse sentido, a aprendizagem está
principalmente na habilidade de estabelecer conexões, revê-las e refazê-las".
O sentido de autonomia universitária (art. 207 da Constituição da República
Federativa do Brasil) requer que esta não aceite ser colocada a serviço de um único
segmento social. A Universidade precisa, de modo crítico e dialético, situar-se na
sociedade. De um lado, contribui para o desenvolvimento tecnológico contemporâneo,
formando quadros e gerando conhecimento para esta sociedade concreta. De outro, a
universidade está a serviço de uma concepção radical e universal da cidadania. Enquanto
promotora da cidadania universal, orientará parte significativa de sua produção de saber
pelos interesses mais amplos da sociedade. Aí se destaca a interação que a universidade
deve estabelecer com toda a diversidade da realidade social, investindo nas experiências
particulares, locais e regionais.
Com relação a sua função social, tendo em vista a socialização do conhecimento,
a Universidade deve propiciar o acesso democrático a esse conhecimento, orientando-se
não só pelos desafios das inovações tecnológicas, mas também pela questão ética que diz
respeito a toda a dimensão da existência humana. Parece fundamental que a Universidade,
por todas as suas ações, busque o equilíbrio entre vocação técnico-científica e vocação
humanizadora. Por esta razão, a universidade com sua competência em oferecer formação
7
técnica, científica e política às lideranças nacionais, apresenta-se como indispensável para
o crescente processo de democratização e de construção de uma cidadania plena na
sociedade brasileira. Tal fato decorre da importância da informação e do conhecimento
técnico-científico na configuração das relações sociais no mundo e da essencialidade do
ensino na difusão social destes instrumentos de contato com a realidade. Nesta perspectiva,
a universidade deve reafirmar o seu tradicional papel de instituição formadora de cidadãos
para o mundo do trabalho, para se transformar, principalmente, em instância promotora da
cultura.
A autonomia universitária, instituída e legalmente normatizada pela Constituição
Federal de 1988 apresenta-se como principio fundamental. Somente a existência de um
espaço verdadeiramente livre para pensar, criticar, criar e propor alternativas às
concepções prevalentes em cada momento sócio-histórico assegura o dinamismo
necessário ao acompanhamento e à representação de uma realidade em constante
transformação.
No que concerne ao ensino superior em seus diversos níveis, a autonomia
universitária, em oposição às percepções corporativas e tecnocráticas, se traduz
concretamente na possibilidade de apresentar soluções próprias para os problemas da
educação superior. Essas soluções passam, evidentemente, por experimentar novas opções
de cursos e propostas pedagógicas. Entretanto, a universidade autônoma não pode se
distanciar dos interesses sociais. A liberdade acadêmica, desejável e indispensável, deve
encontrar a sua contrapartida em um processo de avaliação permanente, que aborda os
indicadores que valorizem dialeticamente a vitalidade dinâmica da transformação com a
priorização e perenidade do compromisso social.
8
3. CONTEXTO DA UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
3.1. Histórico
A cidade de Ribeirão Preto dista 319 quilômetros da capital do Estado de São
Paulo, com uma altitude de 518 m, cujo clima é tropical com verão chuvoso e inverno
seco. A temperatura oscila entre a mínima de 17o C e a máxima não costuma ultrapassar os
37o C.
Conta com uma população estimada de 619.746 habitantes, segundo projeção do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2012 (censo demográfico IBGE
de 2010), considerados 330.000 como sendo a população economicamente ativa, conforme
dados da Secretaria Municipal de Planejamento. Em 2007, abrigava 18.723
estabelecimentos comerciais (varejistas, atacadistas e automotivos), 11.078 prestadoras de
serviços e 2067 indústrias1.
Localizada no nordeste paulista, já foi a eldorado do café, a capital da cultura com
suas majestosas apresentações de ópera no Theatro Pedro II e, mais recentemente, é
famosa pelos seus indicadores econômicos. Junto com sua riqueza, nela brotaram escolas,
faculdades e universidades que têm participação direta no desenvolvimento da cidade.
Já na década de 1920, a região de Ribeirão Preto era uma das mais prósperas de
São Paulo. Como a intenção era descentralizar o ensino universitário para o interior do
Estado, comportava a escola que a AERP começava a implantar.
Em 1924, quando um grupo de profissionais idealistas criou a Associação de
Ensino de Ribeirão Preto, o interior do Estado não tinha ainda nenhuma instituição de
ensino superior. Quem queria formar-se nas poucas profissões universitárias que havia na
época precisava dirigir-se a São Paulo ou a outros centros maiores.
Uma dessas instituições, a Sociedade Escola de Pharmácia e Odontologia, criada
em 1924, foi responsável pela implantação do primeiro curso superior da região. Em 1928,
a Sociedade passou a chamar-se AERP – Associação de Ensino de Ribeirão Preto - e
continuou sua trajetória de pioneirismo. Com a AERP, a região de Ribeirão Preto deu o
primeiro passo para transformar-se em um centro educacional e consolidar-se como um
dos maiores pólos de ensino superior do interior do país.
As Faculdades de Farmácia e Odontologia e os cursos de magistério, científico e
clássico abriram a sequência de novos cursos que foram sendo gradativamente
9
implantados. No final da década de 1950 foi criada a Faculdade de Direito “Laudo de
Camargo”.
Em 1971, a Associação instalou-se no atual campus da Ribeirânia, numa área de
110 mil metros quadrados. Nessa época, os cursos de Engenharia Química e Serviço Social
já estavam implantados e a Universidade já se encaminhava para implantar novos cursos.
A partir daí vieram, ano após ano, outros cursos, com propostas inovadoras e voltados a
suprir demandas sociais e do mercado profissional.
Em 1985, a instituição foi reconhecida como Universidade de Ribeirão Preto.
Naquele ano, 20 cursos de graduação já eram oferecidos, além do Colégio Tecnológico.
Com o respaldo e tradição da UNAERP Ribeirão Preto, a Associação de Ensino
instalou um novo campus, em outra região do Estado. No Guarujá, a UNAERP também é a
primeira universidade da cidade. O campus foi inaugurado em junho de 1999 e os seis
primeiros cursos foram inaugurados em 2000. Em 2001, a UNAERP Guarujá implantou
outros cursos, entre eles a tradicional Faculdade de Direito “Laudo de Camargo”.
No Guarujá, a UNAERP está instalada numa área de 30 mil metros quadrados,
sendo projetada para receber 5 mil alunos. A presença da Universidade na cidade beneficia
toda essa região, gerando serviços à população, aprimoramento e qualificação profissional,
além de proporcionar um novo dinamismo à cidade.
3.2. Contexto Atual
A UNAERP oferece cursos nas três áreas do saber: saúde, exatas e humanas,
congregando aproximadamente 8 mil estudantes e 440 professores. Desenvolve
aproximadamente 200 projetos de pesquisa e de 29 programas de extensão com apoio de
laboratórios, recursos tecnológicos avançados, biblioteca e intercâmbio com os principais
centros, institutos e empresas de pesquisa e tecnologia do mundo.
Aliando ensino, pesquisa e prestação de serviço à comunidade, hoje a UNAERP
caracteriza-se como um polo educativo gerador de cultura e com grande responsabilidade
no crescimento de sua região.
A mesma filosofia de integrar-se às demandas sociais e econômicas regionais que
norteiam a UNAERP Ribeirão orienta as ações da UNAERP Guarujá. Os cursos da área de
saúde, por exemplo, fazem parcerias com hospitais e entidades comunitárias diversas.
Ganham com isso os alunos que passam a ter campos para estágios e vivências
1Disponível em: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/. Acessado em 13/12/2012.
10
profissionais e a comunidade que recebe serviços e atendimento qualificados. Desta forma,
através do ensino e dos programas de serviços e pesquisas, a instituição movimenta a
cidade, contribui para o desenvolvimento social, cultural e político, além de gerar
demandas para empregos diretos e indiretos, criando novas fontes de riqueza para o
município.
A UNAERP procura manter um intercâmbio constante com a sociedade do seu
entorno. Sempre que oportuno, estabelece parcerias com grupos de excelência da região e
do país para incentivar e fortalecer suas pesquisas e atividades de extensão, buscando cada
vez mais cumprir suas metas de desenvolvimento para melhor formar profissionais
integrados à realidade regional e nacional.
O campus Ribeirão Preto conta também com o Hospital Electro Bonini - HEB, cuja
proposta é desenvolver áreas de excelência em diversas especialidades médicas e de saúde.
No subsolo 02 estão instaladas as áreas de apoio do hospital como a Central de
Esterilização, SAME, Nutrição, Rouparia, Almoxarifado, Diretorias Clínicas, Técnica e
Operacional, além do Laboratório de Análises Clínicas e a piscina de hidroterapia que
atende a Clínica de Fisioterapia. No subsolo 01 funciona, através de uma parceira com a
Unimed de Ribeirão Preto, o Núcleo de Atenção a Saúde (concentrando os Serviços de
Medicina Preventiva, UNILAR - Cuidados Domiciliares e DSO - Departamento de Saúde
Ocupacional) que visa oferecer programas que atuam na prevenção de doenças e promoção
da saúde dos beneficiários da Unimed de Ribeirão Preto, através de um planejamento de
saúde individual e coletivo, em complemento às orientações e tratamentos médicos. O
andar térreo está preparado para atender pacientes que necessitam de consultas
especializadas, conta com consultórios equipados para os atendimentos médicos, além dos
atendimentos de pré e pós consulta de enfermagem, orientação farmcêutica, uma área para
a coleta de exames de análises clínicas, sala de urgência e serviço de diagnóstico por
imagem. No 1º andar estão instalados os consultórios e a farmácia hospitalar. No último
andar, tem-se o Centro Cirúrgico com três salas equipadas para realizar cirurgias de
diversas especialidades, além de uma sala de pequenos procedimentos, leitos de
recuperação anestésica, apartamentos para internação dos pacientes e vários consultórios
de apoio.
11
3.3. Missão
“Gerar e difundir conhecimentos que promovam e contribuam para o
desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, fundamentados em princípios éticos e
cristãos, com liberdade de pesquisa, inovação do ensino e da extensão, mantendo a
constante interação com contextos nacionais e internacionais”.
A UNAERP busca manter um contínuo desenvolvimento, onde o ensino, a
pesquisa e a extensão, de forma integrada, sempre serão a base de sua sustentação
enquanto instituição de educação superior. Os docentes estimulam a criatividade, o espírito
crítico, a descoberta e a liberdade de expressão, junto aos alunos, além de compartilharem
seus conhecimentos uns com os outros, numa perspectiva interdisciplinar. Através de sua
filosofia pedagógica, A UNAERP não está somente preocupada com a relação entre teoria
e prática, mas também com a produção e com o desenvolvimento de inovadores processos
científicos e tecnológicos, dispositivos e equipamentos, hardware e software, arte, métodos
e ferramentas de gestão e trabalhos literários.
3.4. Visão
“A Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP será reconhecida como uma
universidade de referência nacional e internacional baseada na sua tradição de inovação,
superação de desafios, colaboração interdisciplinar, qualidade dos seus cursos e pela
prestação de serviços à comunidade, indo ao encontro das necessidades sociais e de
mercado”.
Esta visão reconhece que a educação superior no Brasil é desafiada sempre pelas
necessidades da sociedade, da cultura e do mercado e, neste novo século. A UNAERP
deverá estar posicionada para aceitar estes desafios, bem como a responsabilidade de se
manter como uma referência dos avanços da educação, inovação tecnológica e científica,
expressando a sua criatividade na busca de fomentar uma atmosfera de motivação
intelectual, inovação e empreendedora.
12
4. ESTRUTURA ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA
A administração superior da Universidade de Ribeirão Preto é composta por
instâncias que trabalham integradas, coordenando todas as atividades desenvolvidas nos
dois campi. São os Conselhos Superiores, Chancelaria, Reitoria, Grupo Gestor e Diretorias
(Figura 1).
Figura 1. Estrutura acadêmico-administrativa da UNAERP
O Conselho Universitário é o órgão deliberativo, consultivo e normativo máximo
da Universidade em assuntos de política institucional de Ensino, Pesquisa e Extensão.
O Conselho de Administração é o órgão colegiado consultivo para assuntos
administrativo-financeiros.
A Chancelaria exerce jurisdição superior da UNAERP, podendo vetar decisões
que possam afetar os princípios que norteiam a instituição.
A Reitoria é o órgão executivo que coordena e supervisiona as atividades da
Universidade. É exercida pelo reitor e coadjuvada pelo Grupo Gestor.
13
O Grupo Gestor é o órgão executivo de coordenação e supervisão da UNAERP, e
é constituído por uma equipe multiprofissional e pelos diretores da universidade.
Completam essa estrutura as Diretorias: de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE),
de Administração e Finanças (DAF), de Assuntos Comunitários e Estudantis (DACE) e de
Projetos Estratégicos (DIPRO). Cada uma dessas diretorias constitui um órgão executivo
da administração intermediária, responsável pela superintendência das atividades
acadêmicas, didático-científicas e administrativas da universidade, atuando de forma
integrada horizontal e verticalmente.
A elaboração e o direcionamento do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), assim
como as atividades pedagógicas desenvolvidas, são de competência da DEPE, que será
detalhada a seguir:
4.1. Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE)
A Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão foi concebida como órgão dedicado
ao cultivo da ciência e do ensino nos níveis de graduação, tecnológicos e de formação
específica em nível superior e pós-graduação lato e stricto sensu. A DEPE congrega
cursos e programas coordenados e orientados por uma equipe de representantes das
atividades–FIM em termos executivos, e por um Colegiado de cada área de saber que
congrega os cursos. As áreas de saber são: Ciências Humanas e Sociais; Ciências de Saúde
e Ciências Exatas, Naturais e Tecnologia, conforme ilustra a Figura 2.
O objetivo da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão é promover a integração
com as demais diretorias, buscando o desenvolvimento da Universidade e a otimização dos
recursos. Aos coordenadores de ensino, pesquisa e extensão cabe a elaboração e
coordenação do Plano de Ação da DEPE, consolidando o trabalho em equipe, o espírito
institucional, a missão da Universidade e a responsabilidade por resultados. Também lhe
compete a gestão dos órgãos e grupos de trabalho que compõem a área de sua
responsabilidade, fiscalizando a observância do regime escolar e o cumprimento das
políticas e normas de procedimentos aplicáveis às atividades e programas em cada área.
A DEPE adota mecanismos para que o docente tenha condições de trabalho
favoráveis ao desenvolvimento de suas atividades, provendo, em conjunto com os
coordenadores de curso, programas de capacitação pessoal e recursos materiais e
tecnológicos necessários.
14
O Coordenador de cada curso tem condições de trabalho que permitem o
desenvolvimento de suas atividades para uma atuação competente e inovadora,
compatibilizando especialidades com ações polivalentes, para incentivar o investimento em
atualização para melhoria do padrão de desempenho. Na Figura 2 apresenta-se a Estrutura
administrativa da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE)
Figura 2. Estrutura administrativa da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE)
15
5. DIRETRIZES PARA O ENSINO, A PESQUISA E A EXTENSÃO
5.1. Diretrizes pedagógicas gerais
Para alcançar a excelência no ensino, prioriza-se a constante atualização dos
Projetos Pedagógicos dos cursos, envolvendo a reformulação curricular e a atualização dos
conteúdos programáticos. Toma-se como parâmetro o resultado do processo de avaliação
das disciplinas, decorrente do processo de Avaliação Institucional e das Diretrizes
Curriculares Nacionais. Tais diretrizes devem incentivar uma sólida formação geral,
necessária para que o futuro graduado possa vir a superar desafios de renovadas condições
de exercício profissional, de produção do conhecimento e desenvolvimento da cidadania
responsável. Essas definições devem ser construídas coletivamente, com participação de
todo o corpo docente, de alunos egressos, da comunidade científica e profissional externa,
do corpo discente e dos grupos que se relacionam com o respectivo horizonte de formação.
No contexto do Projeto Pedagógico de cada curso, é ressaltada a adoção do princípio
pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, como eixo específico e
fundamental. Assim, a Universidade de Ribeirão Preto tem como diretrizes pedagógicas
gerais:
- Ampliar a abrangência de atuação da Universidade, utilizando-se de métodos
inovadores, de tecnologias disponíveis e de formação a distância e continuada,
criando novos cursos de graduação e de pós-graduação em áreas prioritárias
no estado de São Paulo e fora dele.
- Estimular grupos de trabalhos interdisciplinares, multiprofissionais e
interinstitucionais, principalmente voltados a processos educativos em defesa,
promoção dos direitos humanos, inclusão social, educação ambiental e
igualdade étnico-racial.
- Dar prioridade a ações sinérgicas que potencializam as competências internas
da comunidade técnico-acadêmica institucional.
- Consolidar o quadro de pessoal docente e técnico-administrativo, segundo os
princípios da probidade e valorização dos recursos humanos observando-se a
legislação que regula as relações de trabalho no país.
- Firmar o processo de autoavaliação institucional com o objetivo de garantir a
excelência de seus procedimentos e de seus resultados.
16
5.2. Diretrizes para o ensino
O ensino, aliado à filosofia curricular e suas respectivas propostas, deve estar
integrado organicamente, para que se perceba, com nitidez, a realização do princípio
pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, os níveis de formação
científica dos docentes e suas experiências que referenciam o respectivo Projeto
Pedagógico.
5.2.1. Diretrizes para o ensino de graduação
- Promover um ensino reflexivo, sustentado por vivências das práticas sociais,
formando o cidadão competente, crítico e solidário.
- Promover a efetiva execução de projetos pedagógicos orientados por perfis e
suas competências.
- Favorecer oportunidades de aprendizagem teórico-prática sobre a defesa e
promoção dos direitos humanos, educação ambiental, inclusão social e
igualdade étnico-racial.
- Estimular a atuação do docente-pesquisador comprometido profissionalmente
com a Instituição e com o desenvolvimento do acadêmico.
- Adequar o tempo e os espaços acadêmicos a práticas inovadoras e
diversificadas como apoio ao constante aperfeiçoamento do ensino de
graduação.
- Promover estudos para a renovação e aperfeiçoamento do processo seletivo de
acesso à Universidade.
- Disponibilizar o parque tecnológico com ferramentas que aperfeiçoem e
agilizem os procedimentos acadêmicos.
- Realizar estudos para efetivação de programas de educação a distância, como
forma de ampliar o universo de atendimento da Universidade.
5.2.2. Diretrizes para o ensino da pós-graduação
- Constituir a pós-graduação stricto sensu com o objetivo preferencial para
ampliação do atendimento da Universidade e aproveitamento da sua massa
crítica e potencialidades.
- Efetivar a pós-graduação com prioridade para integração da pesquisa e
graduação, revitalizando as práticas acadêmicas da Universidade.
17
- Promover o estabelecimento de relações em parceria e cooperação com
programas de pós-graduação de instituições universitárias e de pesquisa do
país e fora dele.
- Melhorar constantemente as condições de suporte ao desenvolvimento da pós-
graduação.
- Criar um sistema gerencial de pós-graduação capaz de procedimentos e
processos compatíveis com a natureza dos programas e com a legislação
vigente.
- Dar legitimidade aos programas de pós-graduação, mediante uma organização
administrativa processual capaz de assegurar um padrão de qualidade.
- Implantar programas de formação continuada no estado de São Paulo e fora
dele.
5.2.3. Diretrizes para a educação a distância
Na UNAERP, a educação a distância (EAD) mostra-se como nova ferramenta de
fortalecimento da qualidade de ensino que a Instituição oferece. Exige-se, portanto, uma
nova concepção do ensino, em que se busca, por meio da tecnologia da informação,
desenvolver novas formas de interação entre instituição e sociedade, sempre na busca da
eficiência na qualidade de ensino.
Assim, a UNAERP tem como diretrizes principais para a EAD:
- Ampliar o conhecimento dessa modalidade de ensino na Universidade, por
meio de difusão racional de informações e da própria estrutura instalada junto
aos cursos e Diretorias;
- Ampliar o oferecimento dessa modalidade de ensino, de forma organizada e
com devido suporte, por meio de disciplinas semipresenciais oferecidas em
todos os cursos;
- Oferecer cursos a distância, mantendo a mesma qualidade do ensino
promovido pela Instituição nos cursos presenciais já oferecidos;
- Subsidiar os cursos presenciais, com o oferecimento de plataformas virtuais
para suporte de disciplinas presenciais;
- Integrar os campi Ribeirão Preto e Guarujá, por meio da educação a distância;
- Ampliar a busca de novos alunos para a Instituição, por meio de cursos de
pós-graduação (lato sensu) oferecidos a distância;
18
- Promover a atualização constante dos recursos materiais e humanos voltados
para a educação a distância;
- Promover a gestão do ambiente de aprendizagem dispondo de ferramentas
para gestão pedagógica, tecnológica, administrativa e financeira;
- Promover a interação síncrona, assíncrona, democratização da informação,
socialização do conhecimento e a inclusão digital, através do uso de
tecnologias de comunicação como TV Digital, teleconferência,
videoconferência e outras tecnologias.
5.3. Diretrizes para a pesquisa
- Identificar e estabelecer linhas prioritárias de pesquisa, nas áreas de saber
trabalhadas na UNAERP, em que a exigência de ser socialmente relevante se
alie à necessária liberdade de criação e construção do conhecimento.
- Apoiar a formação e consolidação de grupos de pesquisa, integrados às linhas
prioritárias da Universidade.
- Intensificar e diversificar as formas de publicação e divulgação da produção
científica, das tecnologias desenvolvidas e das criações artísticas na
Universidade de Ribeirão Preto.
- Buscar fontes alternativas de recursos para apoio ao desenvolvimento das
produções acadêmicas.
- Adequar as condições de infra-estrutura e suporte à atividade de investigação
científica.
- Consolidar e dinamizar a Comissão de Ética em Pesquisa.
- Estruturar o Conselho Editorial, por área de conhecimento, para o
aperfeiçoamento das publicações.
- Assegurar a participação sistemática e regular dos docentes em eventos
científicos e culturais nacionais e no exterior.
5.4. Diretrizes para a extensão
- Conceber a extensão como a prática social da Universidade de caráter
indissociável do ensino e da pesquisa.
19
- Estimular programas multidisciplinares, multiprofissionais junto à
comunidade externa, voltados a ações afirmativas de defesa e promoção dos
direitos humanos e igualdade étnico-racial.
- Ampliar ações educativas, em parceria com a comunidade, que contribuam
para a valorização de uma sociedade sustentável com respeito à diversidade
biológica e sociocultural e melhoria da qualidade de vida do cidadão.
- Implantar programas regulares de educação continuada, estimulando a volta
de seus egressos e profissionais em exercício para atualização necessária.
- Posicionar a Universidade como espaço privilegiado de manifestação artística
e cultural em todas as suas expressões, incentivando a inclusão social.
- Incentivar grupos de artistas, descobrir novos talentos internos e levar à
sociedade as expressões artísticas como forma de divulgação e de integração
da Universidade com a sociedade.
20
6. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
O Projeto Pedagógico se constitui em um instrumento de orientação para a
administração e gestão acadêmicas, tanto da Instituição enquanto seu projeto maior, quanto
de cada um de seus cursos. Tem seu ponto de partida na própria realidade da Instituição ou
de seus cursos, considerando a história, vocação e inserção regional. Como instrumento
balizador para o fazer universitário, tanto o projeto maior da Instituição, quanto o dos
cursos, são concebidos coletivamente. A competência no trato com as questões relativas a
cada Projeto Pedagógico é essencial para que uma Instituição de Ensino Superior dê
respostas apropriadas aos desafios que hoje se apresentam à educação superior.
O processo de elaboração de um Projeto Pedagógico é um importante para a
mudança e o desenvolvimento institucional (VEIGA, 2002). Quando adequadamente
conduzido, é capaz de mobilizar toda a instituição e de concentrar os esforços comuns na
direção de metas coletivamente construídas. O Projeto Pedagógico é a expressão de uma
filosofia da educação e de uma concepção de formação profissional sintonizada com o
momento atual do Brasil e do mundo.
O processo de elaboração, implementação e monitoramento/avaliação do Projeto
Pedagógico é considerado aspecto central da Universidade de Ribeirão Preto, sendo
conduzido pelo Núcleo Docente Estruturante de cada curso, capacitado para essa
responsabilidade. Esse núcleo é coordenado pela Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão,
por meio da Coordenação de Graduação, que orienta e conduz à mobilização de conceitos
e relações essenciais, observando-se as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e em
alguns cursos as considerações instituídas pelos conselhos de classe, de modo a construir
um referencial para o tratamento das questões práticas envolvidas em todo o processo, de
acordo com cada perfil de formação profissional.
Todos os projetos pedagógicos construídos e/ou revisados passam por uma análise
crítica dos colegiados de suas respectivas áreas de conhecimento, com parecer
circunstanciado. Após discussões sobre o perfil profissional desejado, da matriz curricular,
ementário e bibliografia, esses projetos são aprovados ou reformulados para posterior
aceitação.
21
6.1. Da graduação
Nos Quadros de 1 a 4 são apresentados os cursos de graduação presenciais
oferecidos no campus Ribeirão Preto.
Nos Quadros de 5 a 8 são apresentados os cursos de graduação oferecidos no
campus Ribeirão Preto.
No Quadro 9 são apresentados os cursos de graduação na modalidade a distância
oferecidos nos campi Ribeirão Preto e Guarujá.
Quadro 1 – Cursos de Graduação da área de Humanas oferecidos no campus Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/ Reconhecimento / Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Administração
Decreto 62.349 - 05/03/68
Decreto 71.468 - 05/12/72
Portaria 476 de 24/11/11
04 (2009) 04 (2009)
Direito
Decreto 50.490 - 28/04/61
Decreto 56.925 - 06/10/65
Portaria 124 de 10/07/12
03 (2009) 03 (2009)
Jornalismo Decreto 72.387 – 25/06/73
Decreto 79.240 - 11/02/77 03 (2009) 03 (2009)
Música –
Licenciatura
Resolução Consun 03/05
Portaria 1.811 – 23/12/09
Portaria 286 – 27/12/12
03 (2011) 04 (2011)
Publicidade e
Propaganda
Decreto 72.387 – 25/06/73
Decreto 79.240 - 11/02/77 03 (2009) 03 (2009)
Relações
Internacionais e
Comércio Exterior
Resolução Consun 03/05
Portaria 12 – 06/03/12 02 (2009) 03 (2009)
Serviço Social
Decreto 1.429 – 26/10/62
Decreto 59.101 – 23/08/66
Portaria 01 – 09/01/12
04 (2010) 05 (2010)
22
Quadro 2 – Cursos de Graduação da área de Saúde oferecidos no campus Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Ciências
Farmacêuticas
------------
Portaria 1.163 -31/07/92
Portaria 01 – 09/01/12
03 (2010) 04 (2010)
Enfermagem
Resolução Consun 03/00
Portaria 3.799 – 18/11/04
Portaria 01 – 09/01/12
03 (2010) 04 (2010)
Fisioterapia
------------
Portaria 79 -04/02/91
Portaria 01 – 09/01/12
03 (2010) 04 (2010)
Medicina Parecer CNE 377/97
Portaria 712 - 17/04/03 04 (2010) 03 (2010)
Educação Física -
Bacharelado
Decreto 67.274 – 28/09/72
Decreto 71.896 – 14/03/73
Portaria 01 – 09/01/12
03 (2010) 03 (2010)
Educação Física -
Licenciatura
Decreto 67.274 – 28/09/72
Decreto 71.896 – 14/03/73
Portaria 286 – 27/12/12
03 (2011) 04 (2011)
Nutrição
Parecer CNE 377/97
Portaria 1.424 – 09/05/02
Portaria 01 – 09/01/12
03 (2010) 03 (2010)
Odontologia
------------
Portaria 1.152 – 10/07/91
Portaria 933 – 22/07/10
04 (2010) 04 (2010)
Psicologia
Resolução Consun 12/95
Portaria 1.017 – 22/05/01
Portaria 415 – 14/10/11
03 (2009) 03 (2009)
23
Quadro 3 – Cursos de Graduação da área de Exatas oferecidos no campus Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/ Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Engenharia Civil Resolução Consun 06/10 - -
Engenharia da
Computação
Resolução Consun 03/00
Portaria 770 – 24/03/06
Portaria 286 – 27/12/12
02 (2011) 03 (2011)
Engenharia de
Produção
Resolução Consun 03/05
Portaria 317 – 27/12/12 - -
Engenharia Química
------------------
Portaria 81 – 04/02/91
Portaria 317 – 27/12/12
03 (2011) 04 (2011)
Sistemas de
Informação
------------------
Portaria 1153 – 10/07/91
Portaria 317 – 27/12/12
03 (2011) 03 (2011)
Quadro 4 – Cursos de Graduação da área de Tecnologia oferecidos no campus Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Curso Superior de
Tecnologia em
Biotecnologia
Resolução Consun 07/04
Portaria 205 - 27/02/07 - -
Curso Superior de
Tecnologia em
Produção
Sucroalcooleira
Resolução Consun 07/04
Portaria 174 - 22/02/07 - -
Quadro 5 – Cursos de Graduação da área de Humanas oferecidos no campus Guarujá. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Administração
Decreto 62.349 - 05/03/68
Decreto 71.468 - 05/12/72
Portaria 475 - 24/11/11
03 (2009) 03 (2009)
24
Direito
Decreto 50.490 - 28/04/61
Decreto 56.925 - 06/10/65
03 (2009) 03 (2009)
Pedagogia
Resolução Consun – 01/99
Decreto 74163 - 11/06/74
Portaria 286 – 27/12/12
03 (2011) 04 (2011)
Relações
Internacionais e
Comércio Exterior
Resolução Consun - 03/2005
Portaria 151 – 20/08/12
02 (2009) 02 (2009)
Serviço Social
-----------------------
Portaria 13 – 13/01/10
Portaria 01 – 09/01/12
04 (2010) 03 (2010)
Publicidade e
Propaganda
Decreto 72.387 – 25/06/73
Decreto 79.240 - 11/02/77
03 (2009) 03 (2009)
Quadro 6 – Cursos de Graduação da área de Saúde oferecidos no campus Guarujá. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/ Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Enfermagem
Resolução Consun - 05/2000
Portaria 3799 - 18/11/04
Portaria 250 – 03/06/2013
02 (2010) 03 (2010)
Fisioterapia
Resolução Consun - 05/2000
Portaria 79 – 04/02/91
Portaria 01 – 09/01/12
02 (2010) 03 (2010)
Educação Física –
Bacharelado
Resolução Consun - 05/2000
Portaria 71.896 – 14/03/73
Portaria 01 – 09/01/12
04 (2010) 04 (2010)
Educação Física –
Licenciatura
Resolução Consun - 05/2000
Portaria 71.896 – 14/03/73
Portaria 286 – 27/12/12
03 (2011) 04 (2011)
25
Quadro 7 – Cursos de Graduação da área de Exatas oferecidos no campus Guarujá. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Engenharia Civil Resolução Consun - 03/2011 - -
Engenharia de
Produção Resolução Consun - 03/2011 - -
Quadro 8 – Cursos de Graduação da área de Tecnologia oferecidos no campus Guarujá. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Curso Superior de
Tecnologia em Gestão
Ambiental
Resolução Consun - 03/2005
Portaria 480 – 30/11/11
Portaria 01 – 09/01/12
03 (2010) 03 (2010)
Curso Superior de
Tecnologia em Gestão
Portuária
Resolução Consun - 04/2006
Portaria 487 – 22/12/11
- -
Curso Superior de
Tecnologia em
Logística
Resolução Consun - 03/2008
Portaria 431 – 24/10/11
- -
Quadro 9 – Cursos de Graduação na modalidade a distância oferecidos no campus Ribeirão Preto e Guarujá. Ribeirão Preto, 2013.
Curso Autorização/Reconhecimento/ Renovação CONCEITO
ENADE CONCEITO
CPC
Gestão da Produção
Industrial
Resolução Consun - 02/08
Portaria 42 – 15/02/13 03 (2011) 03 (2011)
Pedagogia Resolução Consun - 02/08
Portaria 42 – 15/02/13 03 (2011) 04 (2011)
26
6.1.1. Metodologia de elaboração dos projetos pedagógicos
A partir da compreensão de Projeto Pedagógico como um instrumento de
balizamento para o fazer universitário, concebido coletivamente no âmbito da Instituição, a
Universidade de Ribeirão Preto enseja a construção da intencionalidade para o
desempenho do seu papel social, centrando-se no ensino, mas articulando-se estreitamente
aos processos de pesquisa e extensão.
A Universidade de Ribeirão Preto mantém seu plano para atendimento às
diretrizes pedagógicas orientadas a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN),
tendo os Projetos Pedagógicos dos cursos como o núcleo do seu Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI), considerando os seguintes critérios:
6.1.1.1. Princípios metodológicos
Em 1994, a Universidade de Ribeirão Preto iniciou um processo de adequação e
reconstrução dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. Atenta às mudanças que
ocorreriam no cenário nacional da educação, a UNAERP, definiu a metodologia a ser
utilizada neste processo, “Abordagem Estratégica da Universidade”, que é mantida até
hoje, através da qual seus projetos pedagógicos são implementados. Respeitando as
especificidades de cada área e de cada curso, a Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
elaborou um roteiro de entrevista para acompanhamento contínuo da execução do Plano de
Ensino na Universidade de Ribeirão Preto. O uso do recurso metodológico do
questionamento, da problematização, sintetizada nas perguntas visa provocar o grupo, para
estabelecer um desafio que leve a uma reflexão e produção. Nesse sentido, as questões
propostas orientam a discussão para o que é imprescindível no acompanhamento dos
planos de ensino.
Através do registro das entrevistas com os professores, levanta-se a realidade de
cada curso, identificando as fraquezas e propondo ações que auxiliem o professor a
alcançar êxito nas suas atividades acadêmicas. Assim, garante-se uma linguagem
pedagógica comum a todas as áreas, esclarecendo-se, ao mesmo tempo, tarefas e modos de
atuação do Coordenador de cada curso que responde pelo ensino de graduação.
A flexibilização dos currículos é um ponto fundamental nesta metodologia, onde
se evidencia a importância de se buscar e de se construir uma estrutura curricular que
permita incorporar outras formas de aprendizagem e formação presentes na realidade
27
social. À Instituição cabe dar direção ao processo formativo, pautado no seu Projeto
Pedagógico, levando em consideração os princípios éticos e políticos fundamentais para o
exercício da cidadania, da democracia e da responsabilidade para com o meio ambiente.
Com o processo de flexibilização da estrutura curricular, compreende-se que seus
componentes devem possibilitar ao aluno buscar a própria direção de seu processo
formativo.
Nesse contexto, o princípio da flexibilização contempla maior e melhor
movimentação interna do acadêmico por meio da organização e ampliação de atividades,
envolvendo as seguintes ações:
a) ampliação e diversificação da oferta de componentes curriculares optativos;
b) fomento às atividades complementares, de caráter técnico, científico e artístico-
culturais, envolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão;
c) busca de maior fluidez e dinamização no percurso acadêmico, pela
minimização dos pré-requisitos;
d) incentivo e apoio às atividades de intercâmbio e mobilidade acadêmica;
e) diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem, especialmente através da
ampliação e articulação dos programas de qualificação da formação discente
(PET-Saúde; Monitoria; Novos Talentos, dentre outros).
Nessa perspectiva, a articulação ensino-pesquisa-extensão também constitui-se
como princípio fundante na metodologia proposta. Busca-se valorizar o ensino com
pesquisa, a problematização da realidade, a intervenção e sua contribuição social. Trata-se
de destacar a importância da diversidade contextual, da prática como ponto de partida para
a apreensão da teoria e da intervenção como síntese. Nesse sentido, e na perspectiva de
superação da simples tarefa de compor uma matriz curricular a partir de agrupamento de
disciplinas isoladas, as proposições curriculares definidas pelo Núcleo Docente
Estruturante (NDE) de cursos devem deixar claro o modo como pretendem articular o
ensino, a pesquisa e a extensão, como princípio da ação educativa.
A partir dos princípios metodológicos elencados, entende-se que a organização
curricular identifica a “espinha dorsal” de cada área de conhecimento e de atuação
profissional, com perspectivas concretas acerca da articulação teoria e prática. E do mesmo
modo, deve considerar os múltiplos espaços em que se desenvolvem as atividades
acadêmicas, compreendida como a convivência com a pluralidade das áreas de saber e de
formação, com as diferenças sociais, intelectuais, culturais e étnico-raciais, com a cultura
28
educacional inclusiva, com questões e temas relativos à cidadania, ética e cultura e com as
diversas formas de concretizar o processo de produção, transmissão e socialização do
conhecimento.
Portanto, a diversidade de componentes curriculares assume então a característica
de viabilizar, na sua plenitude, não apenas o Projeto Pedagógico específico do curso em
questão, em determinada realidade social, mas também os valores fundamentais por ele
preconizados. Com isso, as atividades realizadas na Instituição, ou fora dela, no meio
acadêmico, profissional ou social, somente poderão ser incorporadas à medida que se
integrarem aos referenciais fundamentais da estrutura curricular.
6.1.1.2. Perfil de egresso
Os Projetos Pedagógicos são elaborados e implementados sob a supervisão e
orientação da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão – Coordenação de Graduação e
Divisão de Avaliação, Regulação e Supervisão de Cursos, com a articulação entre as
Diretorias Administrativa e Financeira e de Assuntos Comunitários e Estudantis. Assim, os
perfis de egressos são trabalhados e estabelecidos através de diagnóstico com identificação
das determinações legais, do levantamento dos novos desafios para o profissional a ser
formado, do campo e instrumentos de atuação profissional, da ética e também do projeto e
situação da própria instituição com suas políticas de ensino e características e prestígio dos
profissionais que nela atuam.
6.1.1.3. Competências a serem desenvolvidas
Adotamos o conceito de competência numa perspectiva multicultural crítica, ou
seja, que implica na mobilização de conhecimentos, atitudes e valores que se traduzem em
tomadas de decisões historicamente situadas. Tal decisão implica vontade, escolha,
intencionalidade, e, portanto, valores, constituindo-se na dimensão ética da competência,
que também se aprende, que também é aprendida. Assim, a partir do perfil do profissional
que se pretende formar em cada área, são estabelecidas as competências, em atendimento
inclusive às Diretrizes Curriculares Nacionais.
6.1.1.4. Seleção de conteúdos
Os conteúdos são selecionados a partir das competências estabelecidas,
desenvolvendo habilidades e atitudes. Ao elaborar os planos de ensino, o professor se
29
orienta pelas competências, formula objetivos que expressam desempenhos esperados e
aborda os pontos essenciais do currículo. Tais objetivos devem levar o aluno do nível de
conhecimento ao de aplicação e solução de problemas. Esse conjunto metodológico de
ações tem como pano de fundo a perspectiva da interdisciplinaridade enquanto atitude
imprescindível para a seleção e organização dos conteúdos. A interdisciplinaridade pode
promover rupturas e modificar a cultura da prática educativa uma vez que implica em
assumir uma nova visão da realidade e dos fenômenos num paradigma de conhecimento e
de ciência que ultrapassa o modelo tradicional de ensino e aplicacionista de conhecimento,
a partir de duas ou mais diferentes áreas de conhecimento que se integram para tal.
6.1.1.5. Processo de avaliação
O processo de avaliação da aprendizagem é um processo contínuo, gradativo,
cumulativo e interdisciplinar, incluindo elementos para que o aluno possa fazer uma
reflexão do que foi visto e estudado, além de oferecer uma oportunidade de atualizar e
recuperar conteúdos que deixou de aprender. Os docentes são orientados a integrar as
disciplinas da matriz curricular e, assim formular a avaliação considerando o perfil
estabelecido em cada curso. Assim, o sistema de avaliação deve garantir que o profissional
egresso possa desenvolver as habilidades e competências definidas para cada curso como
essenciais para a atuação profissional. Seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais, a
Universidade de Ribeirão Preto decidiu adotar formas de avaliação que favoreçam o
desenvolvimento multidisciplinar e não a segmentação do conhecimento, verificando
desempenho e progressão ao longo do processo de aprendizagem.
Os critérios de avaliação para aprovação do aluno em cada uma das disciplinas,
unidades temáticas e módulos, segundo o estabelecido no Regimento Interno da
Universidade são:
• Uma nota de avaliação parcial com peso 4 e outra de avaliação final com peso
6. As provas ocorrem em períodos definidos no calendário escolar com datas e
horários definidos pela coordenação de cada curso e registrados pela Divisão
de Acompanhamento e Registro Acadêmico. Além das avaliações constantes
no calendário escolar, os professores devem realizar outras modalidades de
avaliação, de acordo com os objetivos didáticos do plano de ensino de cada
disciplina. Todos os conteúdos devem ser objeto de avaliação periódica,
enquanto durar o desenvolvimento do Projeto Pedagógico do Curso.
30
• A média final para aprovação é igual ou superior a 5,0.
• A frequência mínima necessária para aprovação é de 75% das aulas previstas
no semestre.
Ainda de acordo com o Art. 78 do Regimento Interno:
§ 1°A avaliação da aprendizagem é feita por disciplina, abrangendo aspectos de
frequência e aproveitamento, eliminatórios por si mesmos, e, expressada
numericamente em escala de zero a dez;
§ 2° O Conselho Universitário regulamenta os procedimentos, critérios e outros
aspectos gerais de avaliação comuns a todos os cursos;
§ 3° Os Colegiados de Curso regulamentam os procedimentos, critérios e outros
aspectos específicos das disciplinas de cada curso, singularmente considerados.
Não se aplica ao Processo de Avaliação da Universidade de Ribeirão Preto, o
sistema de recuperação.
De acordo com a Resolução n° 04/2012 do Conselho Universitário, que dispõe
sobre a oferta de disciplinas em Regime Especial de Estudos, aplicada exclusivamente a
alunos que tiverem possibilidade de concluir o curso em até um ano letivo:
O aluno reprovado em disciplina que não for oferecida institucionalmente nos
dois semestres subsequentes à reprovação e/ou nesse mesmo período, em disciplinas
oferecidas, mas em que haja impossibilidade de frequência em razão de choque de horário,
terá a possibilidade de cursá-la(s) em Regime Especial de Estudos, com exceção das
disciplinas práticas dos cursos da área da Saúde. Entende-se por Regime Especial de
Estudos um programa de estudo dirigido com acompanhamento sistemático do
coordenador do curso, no qual poderão ser utilizadas diversas metodologias pedagógicas
de ensino, respeitando os períodos de realização das avaliações regimentalmente
estabelecidas pela Universidade. Ressalta-se, que essa resolução não se aplica ao Curso de
Medicina devido às características da metodologia de ensino utilizada.
6.1.1.6. Sistema de créditos
O sistema de matrículas é semestral e se dá por disciplina, permitindo que o aluno
possa compor seu horário, sob a orientação do coordenador do curso e observando sempre
os perfis intermediário e final estabelecidos para cada curso.
31
De acordo com o Estatuto da Universidade de Ribeirão Preto, artigo 45, “o
currículo pleno de cada curso abrange uma sequência de disciplinas, organicamente
estruturadas, cuja integralização nos prazos previstos para cada curso, dá direito à
correspondente diplomação”.
As disciplinas que compõem as matrizes curriculares são organizadas e
selecionadas epistemologicamente para permitir uma formação científica e humanística
sólida e uma preparação técnica de caráter profissionalizante. O conjunto orgânico de
todos os componentes do Projeto Pedagógico concorre para a eficaz formação do aluno.
6.1.1.7. Estágios Curriculares – Central de Estágio
O estágio é o primeiro canal para a ligação entre os eixos de formação teórico-
práticos. É um exercício técnico, social, cultural e atitudinal que permite aplicar
conhecimentos através da vivência em situações reais da futura profissão. O
desenvolvimento do estágio apresenta-se como uma possibilidade de vivenciar um
processo de aprendizagem, permitindo a criação de estratégias individuais para habilidades
e competências, frente a demandas reais do exercício profissional.
Na Universidade de Ribeirão Preto, as primeiras ideias referentes à criação de
uma Central de Estágio surgiram na Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão - DEPE, em
meados do ano 2001, objetivando normatizar procedimentos referentes às questões dos
estágios curriculares da Universidade.
A DEPE formalizou a proposta da Central de Estágio, ainda nesse ano, tendo por
atividade inicial o desenvolvimento de uma pesquisa com os coordenadores de cursos para
avaliar os diversos procedimentos adotados com relação ao trâmite e assinatura de
convênios e termos de compromissos de estágio. Constituída como um órgão normativo, a
Central de Estágio padroniza a documentação dos estágios curriculares da Instituição e
presta apoio às coordenações de cursos.
O órgão também divulga oportunidades de estágio e promove contato permanente
com os agentes de integração para captação de vagas. A preocupação maior da Central de
Estágio é o real cumprimento da legislação de estágio e a correta orientação dos cursos
para que os alunos possam estar sempre direcionados a campos de estágio que sejam
compatíveis com sua área de saber, objetivando sempre a complementação educacional e o
contato com o mercado de trabalho.
32
Eixos Articuladores
Os eixos articuladores do trabalho da Central de Estágios são as Diretrizes para a
Atividade de Estágios da UNAERP, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de
graduação e a legislação federal sobre estágios.
Objetivos do estágio na Universidade de Ribeirão Preto
São objetivos do Estágio na Universidade de Ribeirão Preto:
• Criar um campo de experiências e conhecimentos que constitua a
possibilidade de articulação teoria-prática e que estimule a inquietação
intelectual dos alunos;
• Desenvolver habilidades, hábitos e atitudes pertinentes e necessários para a
aquisição das competências profissionais;
• Incentivar o interesse pela pesquisa e pelo ensino;
• Colaborar para o exercício do papel profissional e da cidadania plena;
• Criar um espaço de transição entre a vida estudantil e a vida profissional,
atenuando o impacto dessa transformação, base de emancipação e autonomia;
• Propiciar, por meio da diversificação dos espaços educacionais, a ampliação
do universo cultural dos estagiários.
Missão da Central de Estágios
Propor políticas para a implantação, acompanhamento e avaliação da atividade de
estágio na Universidade, mediando a sua relação com o mundo do trabalho e orientar as
unidades acadêmicas no cumprimento das diretrizes para a atividade de estágio e sua
legislação.
O Regulamento da Central de Estágio, instituído pela Portaria GR nº 39/02 prevê
nos Artigos 1° e 2° as finalidades e objetivos da Central de Estágio:
Artigo 1º - São Finalidades da Central de Estágio:
- Assegurar o cumprimento da Lei 6.494/77 que legisla sobre os estágios de
estudantes de estabelecimento de ensino superior;
- Normatizar procedimentos com relação ao funcionamento, documentação e
fluxos relativos à Central de Estágio;
- Prestar informações ou avaliar resultados junto aos órgãos externos e internos
da Instituição, quando solicitado;
33
- Estabelecer contato permanente com as Empresas e/ou Instituições que
possuem convênios com a Universidade e que oferecem estágio a vários
cursos;
- Estabelecer contato permanente com agentes de integração públicos e
privados, entre os sistemas de ensino e os setores de produção/serviços.
Artigo 2º - São Objetivos da Central de Estágio:
- Acompanhar o desenvolvimento dos núcleos e/ou áreas de estágio dos cursos
de graduação (Campus Ribeirão Preto e Campus Guarujá);
- Prestar apoio e fornecer informações às coordenações, bem como aos
supervisores de núcleos de estágios dos diversos cursos de graduação;
- Elaborar relatórios contendo informações gerais referentes ao
desenvolvimento de estágios nos Campi da Universidade, subsidiando as
ações da DEPE, quando necessário, nas solicitações efetuadas pelo MEC;
- Propor Programas de estágios, aprimoramento e outros para alunos recém-
formados.
Diretrizes para o estágio
1. Os planejamentos curriculares devem estimular e assimilar os estágios, sejam
eles obrigatórios ou não, prevendo formas de supervisão, orientação e
avaliação da atividade;
2. O produto das atividades de estágio será objeto do debate acadêmico amplo
das unidades, extrapolando os limites das disciplinas de supervisão;
3. A escolha de campos de estágio levará em conta as possibilidades de
vivências profissionais enriquecedoras, por meio da pluralidade de
experiências profissionalizantes. Programas de estágio que exponham os
alunos a tarefas repetitivas e que signifiquem a simples substituição de mão
de obra profissional colocam em risco o processo ensino-aprendizagem;
4. Os estágios carregam, em si, a possibilidade de articulação ensino, pesquisa e
extensão, no estreitamento das relações com a sociedade, aprofundando a
inserção crítica da Universidade na realidade social que constitui objeto de
intervenção das diversas áreas profissionais;
34
5. As atividades de estágio trazem contribuições concretas para as unidades
concedentes, cabendo à Universidade a sistematização desses produtos e sua
disponibilização.
Compete aos Coordenadores de Cursos:
- Acompanhar e avaliar o desempenho dos programas de estágios e sua
compatibilização com o projeto pedagógico do curso;
- Atender às diretrizes estabelecidas no regulamento;
- Observar e seguir a legislação, Lei nº 6.494 de 07 de setembro de 1977,
Decreto 87.497 de 18 de agosto de 1982, Lei nº 8.859 de 23 de março de
1994, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 e Lei nº 11.788 de 25 de
setembro de 2008, compatibilizando ao Projeto Pedagógico o
encaminhamento de alunos aos campos de estágio;
- Atentar às exigências dos respectivos Conselhos Profissionais no que diz
respeito às questões de estágio;
- Assegurar o cumprimento dos convênios de estágio e a presença de
supervisores de campo para acompanhamento dos alunos;
- Prestar informações à Central de Estágio, atualizando o sistema de
informações sobre estágios, semestralmente.
Compete à Coordenação da Central de Estágios:
• Organizar, gerir e efetuar encaminhamentos referentes à documentação dos
Convênios realizados entre a Universidade e Empresas e/ou Entidades
concedentes de campos de estágio;
• Acompanhar o desenvolvimento dos núcleos e áreas de estágio do Campus de
Ribeirão Preto e Campus Guarujá;
• Divulgar assuntos pertinentes aos campos de estágio, bem como vagas
oferecidas diretamente à Central de Estágio;
• Assessorar coordenadores e supervisores de cursos nos assuntos relativos ao
estágio;
• Prestar informações à DEPE e aos órgãos internos e externos da Instituição,
quando solicitadas.
35
6.1.1.8. Programa de Monitoria
O exercício da monitoria deve propiciar condições que favoreçam o
desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos dos cursos de graduação, por meio de
colaboração nas atividades de ensino, articuladas com as atividades de pesquisa e de
extensão, da disciplina objeto da monitoria. Tal exercício se faz em uma disciplina
específica, sempre em colaboração com a atividade de ensino.
São objetivos da monitoria:
- estimular no aluno regular de graduação, que apresente rendimento escolar
geral comprovadamente satisfatório, o interesse pela atividade docente e de
pesquisa;
- propiciar e intensificar a cooperação do corpo docente e discente, nas
atividades de ensino, pesquisa e extensão;
- oferecer ao aluno formação e treinamento na área de ensino e na iniciação
científica;
- contribuir para a melhoria do ensino de graduação.
São funções do monitor:
- colaborar nas atividades de ensino, sob a orientação do professor responsável
pela disciplina;
- auxiliar o professor na preparação e realização de trabalhos de dinâmica de
grupo e aulas práticas;
- auxiliar grupos de estudos de alunos de graduação;
- facilitar o relacionamento e colaborar com a integração entre alunos e
professores na execução dos planos de ensino;
- colaborar com o processo pedagógico da disciplina para o qual será
selecionado;
- dedicar-se às atividades previstas pelo plano de trabalho definido em conjunto
com o docente responsável;
- colaborar com a integração entre os alunos e a Universidade e seus órgãos;
- desenvolver tarefas de pesquisas e de extensão condizentes com seu grau de
conhecimento;
- colaborar com a Universidade em suas atividades acadêmicas;
36
- apresentar relatório semestral de suas atividades à Coordenação do Curso,
devidamente supervisionado e assinado pelo professor responsável;
São atribuições do professor/orientador responsável:
- de comum acordo com o candidato a monitor, elaborar um Plano de
Atividades a ser desenvolvido durante o período de vigência da monitoria e
submetê-lo à aprovação da Coordenação do Curso, que o encaminhará à
Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão – Coordenação de Graduação que
dará a aprovação final;
- orientar, acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas pelo monitor;
- controlar a frequência do monitor;
- propor o afastamento do monitor se julgar que o mesmo não cumpre a
contento as atividades programadas.
6.1.1.9. Programa de Iniciação Científica
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) é um
programa voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa
de estudantes de graduação do ensino superior. Proporciona ao discente, orientado por
pesquisador qualificado, a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa, além de
estimular o desenvolvimento do pensar científico e da criatividade, decorrentes das
condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa.
Durante o desenvolvimento do seu projeto de iniciação científica, os alunos
podem ser vinculados a grupos de pesquisas experientes e podem exercitar e estimular o
pensamento cientificamente. O PIBIC também propicia a preparação de recursos humanos
para programas de pós-graduação. Dessa forma, aprimora o processo de formação de
profissionais para o setor produtivo.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica sob a responsabilidade
da Coordenação de Pesquisa e Pós-graduação Stricto Sensu da Universidade que,
anualmente apresenta relatórios ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico para a obtenção de novas quotas de bolsas de IC e IT. O programa PIBIC foi
instituído, em 2000, pela Profª Drª Neide Aparecida de Souza Lehfeld, bolsista
Produtividade do CNPq e Procuradora Institucional, atualmente, a Universidade conta com
29 Bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
37
sendo 25 Bolsas PIBIC/CNPq e 04 Bolsas PIBITI/CNPq, quotas de bolsas do programa
Ciência sem Fronteiras, 12 bolsas PET CAPES e 19 Bolsas de Iniciação Científica
Institucional. As quotas do CNPq têm período de vigência de doze meses, iniciando-se no
mês de agosto de cada ano. O valor mensal das bolsas é estipulado conforme a tabela do
referido órgão de fomento. A quota é distribuída por um Comitê Assessor externo
composto por docentes com bolsa produtividade do CNPq e docentes da UNAERP, de
acordo com critérios estabelecidos pelos editais, que contemplam também o mérito
acadêmico do aluno, baseando-se na Resolução Normativa 017/2006 (CNPq) referente ao
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC - CNPq. Este mesmo
Comitê Assessor acompanha o desenvolvimento dos bolsistas através de relatórios
semestrais e participação no Congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa (CONIC) da
UNAERP, sendo os bolsistas incentivados a apresentar seus trabalhos.
Para concorrer à bolsa, é fundamental que os candidatos não tenham nenhum tipo
de vínculo empregatício nem qualquer outra forma de bolsa. Além disso, é importante que
o candidato tenha disponibilidade para se dedicar, com êxito, às atividades acadêmicas e de
pesquisa.
6.1.2. Acompanhamento de Egressos
O Núcleo de Egressos da Universidade de Ribeirão Preto – NUEGRE – é uma
iniciativa que reúne os ex-alunos de graduação, cursos sequenciais e de pós-graduação que
obtiveram seus diplomas ou certificados de conclusão na UNAERP, visando à manutenção
de sua proximidade com a Universidade, bem como à criação de mecanismos que
promovam a plena integração dos egressos à vida acadêmica, científica, profissional e
cultural da Universidade. Através de um meio de comunicação moderno e ágil, o Núcleo
permite que o aluno faça parte de uma rede de benefícios e receba informações das
atividades desenvolvidas no campus.
Dentro das mais diversas áreas e cursos da Universidade de Ribeirão Preto, são
disponibilizados serviços e atividades específicas para os interesses relacionados à área de
formação do egresso da Universidade.
São objetivos do NUEGRE:
- Viabilizar interesses dos egressos em termos de acesso dos mesmos aos cursos
de graduação, pós-graduação e extensão promovidos e mantidos pela
38
Universidade, e, da mesma forma, garantir o acesso à Biblioteca e demais
instalações da Universidade.
- Promover, organizar e oferecer cursos de educação continuada.
- Criar visibilidade dos egressos da UNAERP perante meios empresariais e a
sociedade em geral, buscando sua valorização.
- Estabelecer meios para viabilizar a prestação de serviços como apoio
profissional e facilitação social aos egressos.
- Posicionar-se em relação às políticas macroeconômicas de interesse das
categorias dos egressos, no sentido de contribuir junto à comunidade para
gerar crescimento/desenvolvimento da economia e maior demanda de trabalho
das categorias profissionais.
- Elaborar, manter e atualizar o cadastro de egressos da UNAERP, mantendo
um canal de relacionamento entre os mesmos.
- Zelar pelo vínculo profissional e afetivo do egresso e sua confiança para com a
UNAERP, estimulando sua participação em atividades da Universidade .
- Conhecer o perfil do egresso por meios de pesquisa
- Intermediar o contato entre o egresso e as empresas
- Gerenciar informações de interesse dos egressos.
- Propiciar a participação dos egressos em projetos sociais, beneficiando a
sociedade como um todo por favorecer a inclusão e a permanência do aluno
carente na Universidade.
- Manter relacionamento com entidades congêneres no Brasil e Exterior.
6.2. Da Pós-Graduação
6.2.1. Lato Sensu
Os cursos de pós-graduação lato sensu caracterizados pela especialização são
voltados ao aprimoramento acadêmico e profissional, com duração máxima de dois anos e
com caráter de educação continuada. Têm carga horária mínima de 360 horas, não
computando o tempo de estudo individual ou em grupo sem assistência docente e o tempo
destinado à elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso.
Nesta categoria estão os cursos de especialização, de aperfeiçoamento e
designados como MBA (Master in Business Administration) ou equivalentes, que são
39
oferecidos pela UNAERP. O critério de seleção para o ingresso nesses cursos é definido de
forma independente em cada área, sendo geralmente composta de uma avaliação e/ou de
uma entrevista, no qual a única exigência formal a ser cumprida pelo interessado se refere
à posse de um diploma de nível superior.
A oferta desses cursos independe de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento por parte da CAPES, porém deve atender às exigências da Resolução
CNE/CES nº 1, de 8 de junho de 2007, principalmente quanto ao credenciamento da
instituição junto ao MEC. Geralmente têm um formato semelhante ao dos cursos
tradicionais, com aulas, seminários e conferência, ao lado de trabalhos de pesquisa sobre os
temas concernentes ao curso.
Tais cursos têm finalidades muito variadas, que podem incluir desde o
aprofundamento da formação da graduação em determinada área - como as especializações
dos profissionais da área de saúde - ou temas mais gerais que proporcionam um diferencial
na formação acadêmica e profissional. Estes cursos não exigem que o aluno apresente
previamente um projeto de estudos, embora haja a obrigatoriedade da apresentação de uma
monografia ou trabalho de conclusão de curso.
Em síntese: os cursos de pós-graduação lato sensu são uma modalidade de pós-
graduação mais voltada às expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional, com o
caráter de educação continuada.
No Quadro 10 apresenta-se a relação de curso do pós-graduação lato sensu
oferecidos pela UNAERP.
Quadro 10 – Relação dos Cursos de Pós-graduação lato sensu oferecido pela UNAERP no ano de 2013. Ribeirão Preto. Área Curso Campus Início Término
Educação Física Treinamento Desportivo Ribeirão Preto 10/03/2012 15/09/2013 Bases Fisiológicas Aplicadas ao Personal Ribeirão Preto 10/03/2012 15/09/2013 Bases Fisiológicas Aplicadas ao Personal Ribeirão Preto 06/04/2013 23/08/2014 Psicologia Saúde Mental Ribeirão Preto 26/03/2012 14/08/2013 Psicologia do Trânsito Ribeirão Preto 30/03/2012 28/09/2013 Psicopedagogia Clínica Ribeirão Preto 30/03/2012 15/12/2013 Psicopedagogia Clínica Ribeirão Preto 30/08/2013 20/03/2015 Odontologia Endodontia - Ribeirão Preto Ribeirão Preto 15/05/2012 22/06/2013 Endodontia - Ribeirão Preto Ribeirão Preto 02/08/2013 10/08/2014 Implantodontia - Ribeirão Preto Ribeirão Preto 06/03/2013 08/08/2015 Fisioterapia Cardiorrespiratória Adulto e Infantil - Ribeirão Preto 12/04/2013 05/07/2014 Dermato-Funcional Ribeirão Preto 16/03/2012 04/05/2013 Farmácia Farmácia Hospitalar e Clínica - Ribeirão Preto 19/5/2012 8/3/2014 Gestão Industrial Farmacêutica Ribeirão Preto 24/3/2012 7/12/2013 Gestão em Saúde Ribeirão Preto 8/3/2014 7/3/2015 Gestão em Saúde Guarujá 8/3/2014 7/3/2015 Farmacologia Clínica Ribeirão Preto 24/3/2012 7/12/2013
40
Farmacologia Clínica Ribeirão Preto 6/4/2013 6/12/2014 Cosmetologia Ribeirão Preto 5/5/2012 23/11/2013 Gestão Estratégica na Farmácia
Comunitária Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica na Farmácia Comunitária
Guarujá 8/3/2014 7/2/2015
Enfermagem Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família
Ribeirão Preto 13/4/2012 29/6/2013
Urgências, Emergências e Terapia Intensiva
Ribeirão Preto 30/3/2012 25/5/2013
Urgências, Emergências e Terapia Intensiva
Ribeirão Preto 12/4/2013 24/5/2014
Auditoria nas Organizações da Saúde Ribeirão Preto 13/4/2012 15/6/2013 Serviço Social Políticas Públicas: Estratégias para
Elaboração e Gestão de Projetos Sociais Ribeirão Preto 16/3/2012 26/10/2013
Políticas Públicas: Estratégias para Elaboração e Gestão de Projetos Sociais
Guarujá 11/3/2013 25/6/2014
Educação Tecnologias na Educação Ribeirão Preto 8/3/2014 13/12/2014 Tecnologias na Educação Guarujá 8/3/2014 13/12/2014 Alfabetização e Letramento Ribeirão Preto 8/3/2014 13/12/2014 Alfabetização e Letramento Guarujá 8/3/2014 13/12/2014 Educação Infantil Ribeirão Preto 8/3/2014 12/12/2014 Educação Infantil Guarujá 8/3/2014 12/12/2014 Filosofia Ética e Filosofia Política Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015 Ética e Filosofia Política Guarujá 8/3/2014 7/2/2015 Comunicação Gestão Estratégica de Marketing Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015 Gestão Estratégica de Marketing Guarujá 8/3/2014 7/2/2015 Direito Direito Processual Guarujá 19/4/2012 31/10/2013 Multiprofionais Auditoria nos Serviços de Saúde Guarujá 10/9/2013 23/8/2014 Exatas Banco de Dados Ribeirão Preto 23/3/2013 26/4/2014 Automação e Instrumentação Ribeirão Preto 23/3/2013 26/4/2014 Desenvolvimento de Sistemas para
Internet Ribeirão Preto 16/3/2013 10/5/2014
Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação
Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação
Guarujá 8/3/2014 7/2/2015
MBA Direito e Gestão Educacional Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015 Gestão Estratégica de Negócios
Empresariais Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica de Negócios Empresariais
Guarujá 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica de Micro e Pequenas Empresas
Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica de Micro e Pequenas Empresas
Guarujá 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica em Logística Empresarial
Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica em Logística Empresarial
Guarujá 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica de Projetos Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015 Gestão Estratégica de Projetos Guarujá 8/3/2014 7/2/2015 Gestão Estratégica em Inteligência de
Negócios Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015
Gestão Estratégica em Inteligência de Negócios
Guarujá 8/3/2014 7/2/2015
Gestão do Planejamento e Controle da Produção
Ribeirão Preto 27/4/2013 8/2/2014
Gestão do Planejamento e Controle da Guarujá 8/3/2014 25/7/2015
41
Produção Finanças Empresariais e Gestão de Risco Ribeirão Preto 8/3/2014 7/2/2015 Finanças Empresariais e Gestão de Risco Guarujá 8/3/2014 7/2/2015 Gestão Estratégica de Pessoas Guarujá 15/9/2012 1/3/2014 Gestão Estratégica de Meio Ambiente,
Porto e Cidade Guarujá 24/9/2013 27/11/2014
6.2.2. Residência Médica
O Programa de Residência Médica da UNAERP foi implantado em 2004 e é
credenciado junto ao Ministério da Educação e à Comissão Nacional de Residência Médica
(CNRM). Está integrado ao Curso de Medicina e oferece atualmente cinco cursos: Clínica
Médica, Cirurgia Geral, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Medicina de Família e
Comunidade. Conta com infraestrutura completa que inclui laboratórios, clínicas e
biblioteca e campos práticos de atuação e aprendizagem: o Hospital Electro Bonini (HEB),
o Hospital Beneficência Portuguesa de Ribeirão Preto e a UPA Região Leste (Unidade de
Pronto Atendimento), todos no município de Ribeirão Preto.
O Hospital Beneficência Portuguesa é referência em nível secundário e terciário
para pacientes da cidade e região, com o qual a UNAERP mantém convênio. Outra
unidade é a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), do Distrito Leste, onde o Programa de
Residência atua também por meio de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde e o
Sistema Único de Saúde (SUS).
Já o Hospital Electro Bonini foi construído e instalado no campus universitário,
inaugurado em março de 2003, está habilitado para oferecer atendimentos em nível
secundário. Ele é referência no atendimento secundário do Distrito Leste de Ribeirão Preto,
região que abrange mais de 150 mil moradores, permite atendimento em diversas
especialidades como neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, geriatria, nefrologia,
ginecologia, endocrinologia, gastroenterologia, dermatologia, alergia e imunologia,
cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia pediátrica, proctologia, pediatria,
pneumologia, reumatologia e urologia.
O Hospital possibilita a realização de cirurgias nas especialidades de
otorrinolaringologia, oftalmologia, cirurgia geral, proctologia, vascular, urologia e
ginecologia para pacientes do SUS, além de participar de diversos mutirões de cirurgias
por meio de parcerias com as Secretarias Estadual e Municipal da Saúde. Essas parcerias
são estabelecidas pela UNAERP com o objetivo de consolidar o Sistema Único de Saúde
no âmbito municipal, promovendo a descentralização de determinadas ações e serviços de
42
saúde para reforçar a atenção básica, secundária e a vigilância em saúde no território
Distrito Leste.
6.2.3. Stricto Sensu
A Universidade de Ribeirão Preto conta, atualmente, com cinco Programas de
Pós-Graduação Stricto Sensu, sendo: um mestrado acadêmico, dois mestrados profissionais
e dois programas com mestrado acadêmico e doutorado.
Programa de Pós-Graduação em Direito – Nível Mestrado Acadêmico – O
primeiro Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade foi reconhecimento
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em 1999.
Objetiva promover profunda reflexão acerca do papel social dos Direitos Coletivos, com o
compromisso de efetivar a cidadania e meios de tratamento igualitário para todos os
titulares de um determinado direito. No Quadro 11 há as áreas de concentração, as linhas
de pesquisa e as ementas do programa.
Quadro 11 – Área de concentração, linhas de pesquisa e ementas do programa de Mestrado em Direito da UNAERP. Ribeirão Preto, 2013.
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO
LINHAS DE PESQUISA
EMENTAS
Direitos Coletivos
e Cidadania
Concreção
dos Direitos
Coletivos e
Cidadania
Investiga-se a fundamentação e a justificação de
novos direitos e novos sujeitos coletivos, suas
formas de atuação e seus papéis na definição e
formulação de políticas públicas, assim como
interfaces dessa atuação com a necessária
reconstrução e reformulação da cidadania por meio
do direito. O recorte epistemológico emprestado a
essa linha de pesquisa não está centrado, portanto
na investigação dos direitos coletivos "em espécie",
que se constituirão como objeto de investigação,
para que se possam alcançar os objetivos delineados
nesta linha de pesquisa. Temas emergentes
associados a novos atores e formas de atuação,
organização social, terceiro setor, movimentos
sociais, grupos de interesse, redes sociais,
responsabilidade social das empresas, são
pertinentes a essa linha, voltada à caracterização e
construção da identidade do que sejam "direitos
coletivos”.
43
Proteção e
Tutela dos
Direitos
Coletivos
Na Linha de Pesquisa Proteção e Tutela jurisdicional
investigam-se:
i. tendências no processo de reconhecimento desses
sujeitos e direitos coletivos;
ii. formas adequadas de lhes atribuir legitimidade
processual e protegê eficazmente, pela liquidação
e/ou pelos efeitos da coisa julgada;
iii. mecanismos jurídicos e atuação do Judiciário no
sentido de lhes atribuir maior efetividade, quer por
meio da tutela jurisdicional ou meios alternativos de
solução de conflitos, seja por formas de proteção
extrajurídicas, privadas e/ou públicas para, desta
forma, assegurar-lhes espaço consentâneo na
reconstrução da cidadania.
Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Níveis Mestrado Acadêmico e
Doutorado – o Mestrado em Odontologia, com área de concentração em Endodontia, foi
reconhecido pela CAPES em 1999, e o Doutorado no ano de 2004, quando o Mestrado
obteve conceito 4 na avaliação trienal. No final de 2012, após consolidação do Programa
com conceito 5 em duas trienais consecutivas, a CAPES deferiu a criação de uma nova
área de concentração: a Implantodontia. Tem como objetivo capacitar profissionais para a
docência crítica e a pesquisa, rompendo a barreira da especialidade e criando compromisso
com a integração multidisciplinar e interdisciplinar. No Quadro 12 há as áreas de
concentração, as linhas de pesquisa e as ementas do programa.
Quadro 12 – Área de concentração, linhas de pesquisa e ementas dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Odontologia da UNAERP. Ribeirão Preto, 2013.
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO
LINHAS DE PESQUISA EMENTAS
Endodontia e
Implantodontia
Propriedades
mecânicas, físico-
químicas e
antimicrobiana dos
materiais utilizados em
Endodontia e
Implantodontia
Ao estudar as propriedades que os
materiais idealmente devem possuir,
torna-se possível estabelecer os
parâmetros de pesquisa que possibilitem o
desenvolvimento de novos produtos, bem
como avaliação daqueles já existentes no
mercado. Esta linha de pesquisa visa
estudar as propriedades mecânicas, físico-
químicas e antimicrobianas dos
instrumentos e materiais endodônticos,
bem como dos implantes e componentes
protéticos.
O paradigma endodôntico vigente é
44
Preparo biomecânico
do canal radicular
baseado na limpeza, desinfecção e
obturação dos canais radiculares. Assim o
objetivo dessa linha é avaliar a capacidade
de limpeza e desinfecção de diferentes
soluções irrigantes associadas a diferentes
técnicas e fatores.
Patologia aplicada à
Endodontia e à
Implantodontia
Avaliação dos aspectos histomorfológicos e
patológicos relacionados à evolução
reacional geral e específica inerentes à
Endodontia e à Implantodontia; com
ênfase nos fenômenos inflamatórios e
reparativos envolvendo o ciclo biológico
dos tecidos pulpar e ósseo, bem como as
etapas da sua regeneração.
Técnicas e
instrumentos utilizados
na Odontologia e sua
inter-relação com a
Endodontia e
Implantodontia
Esta linha tem como objetivo a avaliação
de técnicas e instrumentos utilizados em
diferentes áreas da Odontologia e que
podem apresentar interface com a
Endodontia e Implantodontia. Entender
estes aspectos é de grande importância
para propiciar um contexto de integração
multidisciplinar e interdisciplinar no
processo de pesquisa.
Projeto Isolado
Formação pedagógica na Pós-Graduação -
Possibilidade de transformação da ação
docente
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia – Níveis Mestrado Acadêmico
e Doutorado – o Mestrado em Biotecnologia foi reconhecido pela CAPES em 2001, e o
Doutorado em 2008, quando o Mestrado consolidou a sua avaliação trienal com conceito 4.
É destinado à formação de profissionais com domínio em tecnologias inovadoras para o
desenvolvimento de processos e de produtos biotecnológicos de uso estratégico na
agroindústria, indústrias farmacêutica, química e biomédica. No Quadro 13 há as áreas de
concentração, as linhas de pesquisa e as ementas do programa.
Quadro 13 – Área de concentração, linhas de pesquisa e ementas dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Biotecnologia da UNAERP. Ribeirão Preto, 2013.
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO
LINHAS DE PESQUISA EMENTAS
Biotecnologia
Aplicada à Saúde
Bioprospecção, cultivo
in vitro e biologia
molecular
As linhas de pesquisa abrangem
projetos para o desenvolvimento de
produtos e processos tais como:
45
Farmacologia,
Toxicologia e Controle
de Qualidade de
Biomoléculas
Genômica Funcional
- Validação de fitomedicamentos;
- Monitoramento químico da
produção de moléculas bioativas
de plantas e microorganismos;
- Toxinas e inibidores de toxinas
de animais e plantas;
- Micropropagação de plantas
isentas de fitopatógenos para
uso agrícola e recuperação de
áreas degradadas.
Biotecnologia Aplicada
à Agroindústria e ao
Meio Ambiente
-Preservação e Uso
Sustentável dos
Recursos Genéticos
-Processos
Biotecnológicos
Industriais
-Genômica Funcional.
- Desenvolvimento de métodos
de diagnose e controle de
doenças de plantas;
- Processos fermentativos para a
produção de biofertilizantes e
fitomedicamentos;
- Desenvolvimento de sistemas
computacionais para uso
agroindustrial, farmacêuticos e
biomédicos.
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental – Nível Mestrado
Profissional – no ano 2000, a UNAERP teve o reconhecimento do seu primeiro Mestrado
Profissional, ligado ao Curso de Engenharia Química com o objetivo de buscar alternativas
tecnológicas viáveis no contexto das Ciências Ambientais e da Engenharia. No Quadro 14
há as áreas de concentração, as linhas de pesquisa e as ementas do programa.
Quadro 14 – Área de concentração, linhas de pesquisa e ementas do programa de Mestrado Profissional em Tecnologia Ambiental da UNAERP. Ribeirão Preto, 2013.
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO
LINHAS DE PESQUISA
EMENTAS
Tecnologia
Ambiental
Avaliação do
impacto
Ambiental.
Avaliação de impactos ambientais. Gerenciamento e
gestão ambiental. Aplicação de técnicas
computacionais e desenvolvimento de novas
metodologias em problemas ambientais em geral.
Modelamento matemático em simulação, otimização
e processamento de sinais.
46
Controle de
poluição da
água.
Monitoramento de fontes de emissão de efluentes
líquidos. Tratamento de efluentes líquidos.
Equipamentos de depuração de líquidos. Análise
microbiológica. Desenvolvimento de sistemas
informatizados para monitoramento, tratamento de
dados e controle.
Controle de
poluição do
ar.
Monitoramento de fontes de emissão de efluentes
gasosos. Tratamento de efluentes
Gasosos. Estudo de agentes carcinogênico presentes
em efluentes gasosos. Monitoramento dos poluentes
do ar na região de Ribeirão Preto. Equipamentos de
limpeza de gases.
Controle de
poluição do
solo.
Monitoramento e controle das fontes de emissão de
resíduos sólidos. Tratamento de resíduos sólidos.
Tratamento de resíduos de análises químicas.
Aplicação de técnica de sensoriamento remoto para
o estudo do uso agrícola de áreas de afloramento.
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Educação – Nível Mestrado
Profissional – reconhecido pela CAPES em 2011, a Pós-Graduação em Saúde e Educação
tem abordagem multidisciplinar e envolve corpo docente dos cursos de Enfermagem,
Fisioterapia, Medicina, Administração, Sistemas de Informação, Engenharia de
Computação, Psicologia, Ciências Farmacêuticas e Serviço Social, com o objetivo de
propiciar reflexões e aprimoramento de habilidades relacionadas à prática cotidiana,
incorporando novas tecnologias de atendimento à população, com foco na atenção
humanizada, a partir da experiência convalidada e reconhecida na comunidade científica.
No Quadro 15 apresenta-se a área de concentração, a linha de pesquisa e as ementas do
programa.
Quadro 15 – Área de concentração, linhas de pesquisa e ementas do programa de Mestrado Profissional em Saúde e Educação da UNAERP. Ribeirão Preto, 2013.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO
LINHA DE PESQUISA
EMENTAS
47
Ensino em
Ciências da Saúde
Educação
Permanente
em Saúde
Objetiva a pesquisa e construção de conhecimento
na área de formação de recursos humanos, além de
instrumentalizar metodologias e elementos para a
formulação, elaboração e gerenciamento de
programas de educação permanente em saúde.
Nesse sentido, visa a reflexão e formulação de novas
metodologias e o uso da tecnologia da informação e
comunicação nos processos de educação
permanente em saúde. Entende-se educação
permanente, nesse contexto, como o conceito
pedagógico, no setor da saúde, capaz de promover
as relações entre formação e gestão setorial,
desenvolvimento institucional e controle social em
saúde, ou seja, priorizando o ensino, as ações e os
serviços de atenção à saúde.
6.3. Da Educação a Distância
A Educação a Distância (EAD) se apresenta, dentro da Instituição de Ensino,
como uma modalidade que vem somar valores já sedimentados e fundamentais. Apresenta-
se com plano pedagógico coerente e consonante com as diretrizes de ensino, metodologia
de aula (interação docente-discente), corpo docente comprometido e qualificado, estrutura
administrativa competente e instalações adequadas. Na realidade, essa modalidade é
fundamental para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma quebra
de paradigma, em que se proporciona ao docente, instrumentos flexíveis para a realização
de seu trabalho, sem detrimento da qualidade, pois auxilia no processo ensino-
aprendizagem e dinamiza o acesso à Universidade.
A EAD pode também significar o fim das distâncias geográficas, econômicas,
sociais, culturais e psicológicas, que representam muitas vezes os principais entraves ao
acesso a uma formação continuada por parte dos educandos. Assim como, em outras
formas de ensino-aprendizagem, essa tem vantagens e limitações e não pode ser vista como
substituta da educação presencial. São processos que devem caminhar juntos, contribuindo
para a formação de um sistema educacional coeso e consistente, capaz de planejar ações
efetivas no desenvolvimento da sociedade.
À medida que novos desafios educacionais exigem do educador a formação de
competências sociais, liderança, iniciativa, capacidade de tomar decisões, autonomia no
48
trabalho, habilidade de comunicação, o novo educador precisa aprender os novos códigos
instrumentais para leitura de um novo mundo em permanentes mudanças.
Cabe à Universidade possibilitar a construção de novos conhecimentos,
informações, instrumentos, conteúdos de aprendizagem e, através das novas tecnologias de
informação e comunicação, disseminá-los e processá-los no sistema educacional.
Essas exigências e desafios são atendidos através de um Projeto Pedagógico de
Educação a Distância, desvelado como um processo de formação humana que se organiza
e desenvolve metodologicamente, diferente do modelo presencial no que concerne ao
tempo e espaço. A educação a distância permitirá que o educando, mesmo estando distante
do ponto de emissão do conhecimento, amplie enormemente o leque geográfico de
abrangências do efeito educativo.
As novas tecnologias permitem os contatos interpessoais e acesso as informações
em tempo real, quase sem limitações de tempo e espaço. Esse recurso tecnológico aplicado
a educação a distância modifica, principalmente, os papéis do professor e do aluno, o foco
do aprender no lugar do ensinar e a distinção entre informação e conhecimento.
A construção do conhecimento é realizada no dia-a-dia, de uma nova maneira,
com conteúdos específicos. Estamos, portanto, diante de uma nova pedagogia, em que o
ensino e a aprendizagem estão centrados na tela e no novo papel do professor, a quem cabe
a função de orientar, de ser sempre o orientador de aprendizagem.
49
7. O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA NA UNAERP
A experiência aqui relatada circunscreve-se numa primeira fase à Universidade de
Ribeirão Preto sob a iniciativa da sua Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão que,
durante o ano de 1998, procurou formar uma política de desenvolvimento da prática da
pesquisa científica na instituição. Esta, apesar de existente há mais de duas décadas
principalmente capitaneada por estudos na área da química e biotecnologia, ainda não
tinham sido consideradas de maneira formal e explicitamente, às diretrizes para se
conseguir institucionalizar o conhecimento científico obtido, nucleando-se racionalmente
grupos de pesquisa para se alcançar o objetivo maior de implantação de programas de pós-
graduação stricto sensu na universidade.
Reafirmando, toda universidade deve estar ancorada em três pilares básicos:
ensino, pesquisa e extensão. Tendo como missão a construção e disseminação do
conhecimento científico, numa dimensão sócio-política operacionalizar seus processos
formativos e profissionais, projetos pedagógicos voltados à formação de bacharéis,
tecnólogos, licenciados e pesquisadores que atuarão como cidadãos competentes na
organização e na transformação da sociedade em geral, numa sociedade mais justa,
democrática e igualitária.
Segundo depoimentos coletados com a Coordenação de Pesquisa e Pós-graduação
Stricto Sensu, a concepção da pesquisa como uma prática não significa restringi-la ao
operacional e/ou mesmo à aplicação de teorias por mais essenciais que sejam. Argumentou
que, na verdade, estão se apoiando num referencial teórico e filosófico crítico que muitos
autores já conceituaram, tais como os estudiosos pertencentes a escolas filosóficas e
teóricas, sócio-históricas e fenomenológicas dentre outras.
Nesse sentido, Demo (1992, p.100) afirma que “uma das expectativas mais
significativas que a sociedade deposita na universidade é a formação de elite intelectual
duplamente capaz: como profissional científico e como cidadão de vanguarda não pode
ser obtida à revelia da aprendizagem acadêmica, através de atividades paralelas muitas
vezes embutidas na extensão, mas principalmente na própria construção científica da
profissão”.
Assim, a Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão – Coordenação de Pesquisa e
Pós-graduação Stricto Sensu valorizou a difusão clara de uma política de desenvolvimento
da pesquisa científica na universidade pretendendo criar também todo um processo de
50
gestão e execução dessa política, sem se desvincular da qualidade formal, a qual não se
concretiza sem a dimensão política e vice-versa.
Para a definição e formulação dessa política foram delineados os seguintes passos
metodológicos:
- mapeamento de todos os projetos de pesquisa em desenvolvimento na
Universidade. Identificação de linhas de pesquisa, número de pesquisadores
envolvidos, titulação, produção científica já existente e socializada, prazos e
orçamentos para a realização dos projetos.
- delineamento do custeio absorvido pela Universidade para a execução dos
projetos de pesquisa, isto é, composto por custos relacionados ao pagamento
de horas/pesquisa ao docente pesquisador, aquisição de insumos e apoio à
participação de eventos científicos nacionais e internacionais.
- levantamento das agências de fomento que mantêm relacionamento e parceria
com a universidade, para apoio financeiro técnico-científico dos projetos de
pesquisa.
- Identificação de outros meios e órgãos públicos existentes no país que
possuem orçamento para financiamento de pesquisas científicas das
universidades para informação geral aos pesquisadores.
- definição de linhas de pesquisa, observando-se a convergência dos temas e
problemas pesquisados na Universidade por áreas de conhecimento.
- realização de workshops com os pesquisadores para a reflexão sobre o
diagnóstico elaborado pela DEPE – Coordenação de Pesquisa e Pós-graduação
Stricto Sensu sobre a pesquisa na Universidade e para a definição de diretrizes
de trabalho.
- avaliação das áreas potencialmente favoráveis à elaboração dos planos
pedagógicos de programas de pós-graduação stricto sensu para a implantação
dos mestrados na Instituição.
- estímulo aos pesquisadores e coordenadores de curso em geral para a
elaboração de propostas de cursos de especialização nas suas respectivas
áreas, observando-se as demandas da sociedade.
51
8. ESTRUTURAÇÃO DO CORPO DOCENTE E CAPACITAÇÃO PEDAGÓG ICA
8.1. Estruturação do corpo docente
A Universidade conta atualmente com um total de 432 docentes (CENSO, 2012)
em exercício nos diversos cursos, nos campi Ribeirão Preto e Guarujá. A cada ano, a
UNAERP vem aumentando a proporção de mestres e doutores em seu quadro docente.
Uma das características da UNAERP quanto ao corpo docente é o alto índice de
permanência de professores em seu quadro, o que revela uma tendência da Instituição de
manter um quadro estável de docentes. No Quadro 16 é apresentado o perfil dos docentes
da Instituição considerando o quesito titulação.
Quadro 16 – Perfil dos Docentes (Titulação). Ribeirão Preto, 2013.
Titulação Quantidade Percentual Especialista 63 14,58% Mestre 191 44,22% Doutor 178 41,20%
Total 432 100% Fonte: Relatório Consolidado da IES no CENSO 2012.
Na visão dos gestores, a Universidade vem investindo em seu corpo docente, que
se apresenta com 36,81% de doutores, 50,93% de mestres e 12,26% de especialistas
(CENSO, 2012). Sabe-se, porém, que apenas a titulação não é suficiente para o
aprimoramento do projeto pedagógico. Dessa maneira, torna-se necessário propor
atividades com o objetivo de traçar características importantes para o perfil docente. A
importância do processo de ensino-aprendizagem reside no fato de que o processo se
realiza através de um trabalho conjunto entre professor e aluno, onde o professor define os
objetivos que devem ser alcançados, orientando os alunos e fazendo-os participar de
tarefas e atividades que lhes proporcionem uma aprendizagem significativa (TAVARES;
ALARCÃO, 2001). Assim, a prática docente coaduna-se com as diretrizes explicitadas no
Projeto Pedagógico dos Cursos e no Projeto Pedagógico Institucional.
8.2. Capacitação e apoio pedagógico aos docentes
As transformações sociais, os avanços e a disseminação das tecnologias de
informação e comunicação trouxeram novos desafios à educação (GIMENO SACRISTÁN,
52
1999; MORIN, 2001; SANTOS, 2013). O conhecimento e o domínio de diferentes
tecnologias tornam-se recursos fundamentais para qualquer cidadão. A busca de constante
atualização requer autonomia intelectual para que o sujeito possa gerir seu próprio
aperfeiçoamento profissional. As transformações profundas e rápidas no mundo do
trabalho e na cultura, no contexto contemporâneo, exigem modificações no modo da
universidade orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos, de modo que se
torne uma educação de caráter permanente (aprender a aprender). Tal educação
permanente foi abordada no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o séc. XXI (DELORS, 2012), aprovada na Conferência da UNESCO, em
Genebra, e reforçada na Conferência Mundial do Ensino Superior em Paris, no ano 2000.
Nesse sentido, o Programa Permanente de Capacitação Pedagógica Docente
reveste-se de fundamental importância, pelo modo de entender o papel dos professores na
transformação da universidade, em termos da construção do Projeto Pedagógico e do
currículo específico dos cursos, de sua organização e dos processos avaliativos decorrentes
(MASETTO, 2012).
Frente a essas considerações, a UNAERP institucionalizou, em 2002, o Programa
Permanente de Capacitação Pedagógica Docente, bem como uma Comissão especializada
para o seu desenvolvimento. Tal programa está sob a responsabilidade da DEPE -
Coordenação de Graduação.
O Programa Permanente de Capacitação Docente tem as seguintes funções:
- elaborar diagnósticos sobre as necessidades de capacitação pedagógica dos
docentes da UNAERP;
- definir prioridades e estabelecer planos de ação para o atendimento das
necessidades identificadas;
- realizar atividades de capacitação pedagógica de docentes (recém-admitidos à
Universidade e em serviço), tais como: mini cursos, jornadas, atendimento
personalizado, assessoria aos cursos, entre outros;
- estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação das atividades do
Programa e de seu impacto sobre a qualidade do ensino ofertado pela
Instituição;
- trabalhar em conjunto com a Comissão Própria de Avaliação, analisando os
procedimentos metodológicos utilizados no processo de autoavaliação
institucional.
53
As Jornadas Pedagógicas constituem-se em espaços de formação docente, que
visam a estimular a integração do professor no Projeto Pedagógico dos Cursos, bem como
levá-lo a refletir sobre suas práticas docentes. As Jornadas Pedagógicas podem ser
desenvolvidas através de cursos, seminários, reuniões técnicas, mini cursos, e workshops.
Além das Jornadas, também ocorrem as Reuniões Pedagógicas de Planejamento
Semestral dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação, sob a responsabilidade de cada
coordenação de curso, com a orientação e supervisão da Diretoria de Ensino, Pesquisa e
Extensão – Coordenação de Graduação. Essas reuniões são previstas no calendário
acadêmico e são desenvolvidas em toda a universidade, para a elaboração dos planos de
ação de cada curso.
54
9. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS
A Universidade tem definido um Plano de Cargos e Salários que estabelece
princípios e diretrizes para os cargos administrativo e docente, considerando ainda que a
administração dos Recursos Humanos deva ser dinâmica e aprimorada quando necessário
para adequar-se às contingências de mercado e estratégias da IES.
9.1. Administrativo
A Política Salarial tem por finalidade orientar o programa de Administração
Salarial, visando de modo eficiente atrair, reter e motivar os Recursos Humanos
necessários ao preenchimento do quadro de colaboradores da UNAERP, através de uma
estrutura internamente justa e competitiva no mercado de trabalho e atender as
necessidades futuras e imediatas da Instituição.
Cabe à Coordenação de Recursos Humanos a definição de procedimentos para a
gestão de Cargos e Salários dos Colaboradores nos diversos níveis hierárquicos, assim
como as alterações que se fizerem necessárias, tendo como base o equilíbrio interno das
responsabilidades e os movimentos que o mercado exigir, em relação à criação,
reclassificação e extinção de cargos.
Os Salários serão administrados com base na realidade local onde esta localizada
cada Unidade de Negócio (Ribeirão Preto ou Guarujá). A Tabela Salarial será alterada por
ocasião de Convenções Coletivas, Acordos, imposição do mercado, determinação legal ou
por liberalidade da empresa.
Políticas do Sistema de Salários
• Manter o início das faixas a níveis competitivos em relação ao mercado, de
forma a atrair mão de obra qualificada, assim como, retê-la na Instituição.
• Manter competitivos os salários em relação às práticas de mercado, fazendo
aferição uma vez ao ano, através da contratação de pesquisas de mercado.
• Funcionários com o mesmo cargo e salário poderão ser distinguidos pela
antiguidade, sendo que o funcionário com mais de dois anos de casa receberá
0,5% do salário nominal, limitado ao teto da faixa salarial do seu cargo.
55
• Possibilitar o melhor aproveitamento dos colaboradores que se destacarem
através de seu desenvolvimento profissional e comprometimento com suas
funções.
• Administrar casos excepcionais, detectados no Recrutamento e Seleção de
candidatos.
Políticas de Enquadramento
• O enquadramento ocorrerá para alinhar o Salário do Colaborador ao valor
inicial da Faixa Salarial.
• A Diretoria Administrativa Financeira determinará prioridades em relação à
verba disponível e o tempo necessário para o devido enquadramento.
Políticas para Mérito
• O percentual para concessão de mérito está limitado a 15% ou 1 Step, não
podendo exceder o limite superior da faixa salarial, na qual o cargo estiver
inserido. O Colaborador deverá estar ocupando o cargo há 01 (um) ano no
mínimo.
• O aumento por mérito somente será concedido após 6 (seis) meses do
último aumento real: Enquadramento, Promoção ou Mérito.
• Os aumentos por Mérito devem ser seletivos, por diferenciar aqueles que
realmente se destacam nas equipes, além de terem grande impacto nos
investimentos da Unidade de Negócio, portanto, poderão ser concedidos
dentro de verba específica determinada pela Diretoria Administrativa
Financeira para tal fim.
Política de Promoção
• Promoção – (Progressão Vertical) aumento salarial concedido aos
Colaboradores que passarem a exercer atividades de um Cargo classificado
num Grupo Salarial superior, em relação ao Cargo ocupado anteriormente.
• A promoção somente se dará quando o Colaborador estiver efetivamente
exercendo as atividades do novo Cargo, gerado por demissão, transferência
ou criação de um cargo, portanto, não devendo ocorrer em caráter transitório
(cobertura de férias, auxílio doença, afastamento temporário, entre outros).
56
• O percentual para concessão de Promoção está limitado a 20%, não
podendo exceder o limite superior da Faixa Salarial. Nas situações em que o
percentual acima não for suficiente para atingir o limite inferior da faixa,
deve ser aplicado o percentual limite até o devido enquadramento com
intervalos de 60 dias.
• O percentual de Promoção poderá ser eventualmente alterado por decisão da
Diretoria Administrativa Financeira.
• A Promoção somente será concedida, no mínimo após 1 (um) ano da última
promoção e no mínimo 6 (seis) meses após o último aumento por Mérito.
• O período de treinamento na função, não deverá ser superior a 03 (três)
meses, quando deverá ser executada a alteração de Cargo e Salário do
Colaborador.
• O Salário a ser estabelecido na Promoção, necessariamente não precisa
recair sobre o salário inicial do novo cargo, portanto, podendo ser um dos
“Steps” existentes na Faixa Salarial.
Política de Reclassificação de Cargo
• Reclassificação de Cargo: concedido a Cargo que teve suas atividades e
responsabilidades alteradas em função de reorganização da área,
implantação de nova tecnologia e/ou processos.
• Ocorrerá quando houver alteração significativa das atividades do Cargo,
cujo reflexo o enquadre em Grupo Salarial diferente do atual, quer por
aumento de Responsabilidades e Complexidade, quer por diminuição e/ou
simplificação de processo.
Recrutamento e Seleção
Esta política tem por finalidade orientar e regulamentar a contratação de novos
Colaboradores e o aproveitamento da mão de obra interna e externa para preenchimento
das vagas em aberto na UNAERP.
A área de Recursos Humanos atuará em conjunto com a de Segurança do Trabalho
na integração do novo funcionário na organização, conforme procedimentos praticados
pela UNAERP.
57
Quadro de acesso/carreira
Sistema que define os possíveis trajetos de carreira, que o ocupante de um Cargo
pode seguir dentro das várias alternativas produzidas existentes na UNAERP, tendo como
parâmetro à semelhança de atividades ou requisitos básicos - experiência e formação -
requeridos para a ocupação do Cargo.
O Aproveitamento Interno consiste na preferência de uma avaliação interna entre
Colaboradores que apresentam potencial profissional para ocuparem outros níveis e/ou
Cargos.
A trajetória de carreira pode ser tanto nos sentidos Vertical ou Horizontal:
• Vertical – quando há mudanças de Cargos, cujos níveis de Responsabilidade e
Complexidade das novas atividades a serem exercidas são maiores que as
anteriores.
• Horizontal – quando o Colaborador amplia o campo de conhecimentos,
realizando atividades de Cargos administrados no mesmo Grupo Salarial. Esta
possibilidade não configura uma Promoção, mas a ampliação de
conhecimentos, habilidades e competências, propiciando desenvolvimento
diferenciado e uma maior exposição a futuros Aproveitamentos Internos.
Níveis de responsabilidades e decisões
Os níveis de operação da Organização para a gestão das Responsabilidades e
Decisões estão assim, constituídos:
REITORIA – DIRETORIA – COORDENADORES – SUPERVISORES –
OPERAÇÕES TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS.
9.2. Docente
A Universidade possui um Estatuto da Carreira Docente que considera as
atividades de magistério, vinculadas de forma indissociável ao ensino, a pesquisa e a
extensão, e as inerentes à administração universitária, exercida pelo professor.
A carreira docente é regida pelos artigos da Consolidação das Leis do Trabalho –
CLT e sindicato da categoria profissional, demais legislações pertinentes, como o Estatuto
da Associação de Ensino de Ribeirão Preto – AERP, o Regimento Geral da UNAERP e a
58
Legislação do Ensino Superior, e no que couber em disposições complementares baixadas
por autoridade competente.
A Comissão Central de Avaliação de Docente (CCAD) é órgão consultivo da
Reitoria nas questões relativas à política de pessoal docente.
O Plano de Carreira Docente, do qual fazem parte todos os docentes que
ingressaram no Quadro de Carreira Docente da Instituição, é constituído de três categorias
funcionais, conforme o Quadro 17, cada categoria funcional é classificada em dois níveis (I
e II). A progressão de nível se efetua de acordo com o tempo de serviço na Instituição,
titulação e produtividade docente.
Quadro 17 – Categorização do Plano de Carreira da UNAERP. Ribeirão Preto, 2013.
Categoria Titulação Nível
Assistente Especialista I II
Mestre I II Doutor I II
Adjunto Mestre I II Doutor I II
Titular Doutor I II
A promoção horizontal ocorrerá por mérito, independentemente de vaga, ou após
interstício de dois anos de efetivo exercício do magistério em cada nível.
A promoção vertical dar-se-á por vacância e tem como critério a meritocracia e o
tempo na UNAERP, após parecer da CCAD.
O Pessoal Docente de Ensino Superior da UNAERP está sujeito à prestação de
serviços semanais, dentro dos seguintes regimes:
I. Regime TP – Tempo Parcial, de 20 (vinte) a 30 (trinta) horas semanais de
trabalho, devendo o professor possuir tarefas em sala que requeiram pelo
menos 70% (setenta por cento) do tempo contratual;
II. Regime TI – Tempo Integral, com 40 (quarenta) horas semanais de trabalho,
devendo o professor assumir tarefas em sala de aula, que requeiram pelo menos
50% (cinquenta por cento) do tempo contratual;
III. Horista – docentes que trabalham em regime hora-aula, e se dedicam somente
as atividades de ensino.
59
A UNAERP proporciona aos seus colaboradores docentes programas de fomento
para desenvolvimento de suas atividades, denominado Plano Permanente de Treinamento e
Aperfeiçoamento para a Capacitação Docente.
60
10. SERVIÇO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO ALUNO
O Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Aluno (SEAP) foi implantado em março
de 2000 e conta com psicólogas que atendem os alunos de graduação da universidade.
As ações desenvolvidas pelo SEAP são:
- Aconselhamento Psicológico: A abordagem adotada é a Terapia Cognitiva-
Comportamental. O modelo cognitivo propõe que os transtornos psicológicos
decorrem de um modo distorcido ou disfuncional de perceber os
acontecimentos influenciando o afeto e o comportamento; assim, uma mesma
situação tem significados diferentes para diferentes pessoas, considerando
características individuais e história pessoal. A terapia cognitiva busca
produzir mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente, com o
propósito de promover mudanças emocionais e comportamentais duradouras.
O contrato de atendimento psicológico proposto pelo SEAP é de no máximo
14 sessões, por um período de 2 meses para desenvolver uma terapia breve,
atendendo suas principais necessidades de maneira focal.
- Orientação Vocacional: A orientação vocacional é uma tentativa de
reintegração do aluno que busca uma outra escolha de curso, visto que está
insatisfeito com a escolha inicial. A insatisfação com o curso está entre as
razões que motivam a evasão da universidade.
61
11. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional, ou autoavaliação, configura-se como um processo
contínuo, instrumentalizado para identificar fragilidades e potencialidades da instituição.
Dessa forma, possibilita a criação de bases para a tomada de decisão, visando à formulação
de diagnóstico institucional que aponte as dificuldades e caminhos para a sua superação,
bem como para o desenvolvimento de potencialidades e oportunidades.
A Universidade de Ribeirão Preto adquiriu experiência de avaliação institucional
com procedimentos metodológicos levados a efeito desde a década de 1980. Em 2000,
participou do processo instituído pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
(CRUB) para avaliação do desempenho institucional com base numa abordagem quanti-
qualitativa, com participação de toda a comunidade acadêmica, considerando a
universidade sob catorze dimensões: missão, objetivos e vocação; ensino; pesquisa;
relações externas; corpo docente; corpo discente; corpo técnico-administrativo;
administração acadêmica dos cursos; planejamento e avaliação; recursos de informação;
recursos de infraestrutura física; recursos financeiros. Esse processo despertou nos gestores
acadêmicos e administrativos a conscientização da importância da avaliação institucional
como instrumento de planejamento e mudança.
Em meados de 2004, visando a atender às Orientações Gerais do SINAES, foi
instituída a Comissão Própria de Avaliação (CPA), composta por representantes de todos
os segmentos da comunidade acadêmica, que tem dado continuidade ao processo de
avaliação instituído anteriormente considerando, a partir de então, as diretrizes
estabelecidas pelo SINAES.
A metodologia utilizada tem abordagem quanti-qualitativa, priorizando uma
avaliação de processos ao invés de avaliar produtos ou somente resultados. Em
consonância com o paradigma qualitativo, os dados quantitativos obtidos são levados em
conta para a contextualização da realidade da instituição e para respaldar o
aprofundamento da abordagem qualitativa.
Nesse sentido, procura-se, ao longo de todo o processo, realizar uma avaliação
multifocal, valorizando a descrição de contextos e privilegiando a interpretação dos dados
coletados.
Os métodos de coleta de dados utilizados são:
- análise de documentos pertinentes a cada dimensão;
62
- questionários estruturados com espaços para comentários;
- grupos focais.
Com a preocupação de tornar a avaliação institucional um processo participativo,
a elaboração dos instrumentos de coleta de dados foi feita pela CPA com a colaboração de
representantes de todos os segmentos da comunidade acadêmica (gestores, docentes,
discentes, funcionários e comunidade).
Os sujeitos do processo de avaliação são: os gestores, o corpo docente e o corpo
técnico-administrativo; amostras do corpo discente (graduação e pós-graduação), de
egressos e de representantes da comunidade (parceiros e usuários dos serviços).
Em coerência com a metodologia adotada, os dados são analisados quanti-
qualitativamente respondendo às questões compostas para a operacionalização dos
objetivos que direcionam o presente estudo. A validação das informações obtidas por meio
das técnicas de coleta de dados é baseada na triangulação.
63
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto Pedagógico Institucional traz elementos que servem de orientação para
a administração e gestão acadêmica, considerando a Instituição em sua globalidade sem se
esquecer, no entanto, da especificidade de cada um de seus cursos. Dessa forma, o presente
instrumento articula-se com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que traça as
políticas e diretrizes de médio e longo prazo para a Universidade e seus cursos.
Para lidar e responder aos imensos desafios que perpassam a realidade do ensino
superior atual e, por conseguinte, das instituições universitárias, a elaboração coletiva do
PPI e do PDI é fundamental para um fazer competente no dia-a-dia. Nesse sentido, a
Universidade deve ser capaz de, consolidando sua autonomia institucional, planejar
estrategicamente o seu desenvolvimento, levando em conta a necessária articulação entre
graduação e pós-graduação e a inserção na comunidade.
Em virtude da natureza fluida e mutável dos fenômenos pedagógicos, perpassados
pela complexidade das relações interpessoais, este documento é passível de revisão
periódica, atualizando suas considerações de acordo com as diretrizes do MEC, as
mudanças no mundo do trabalho e as características éticas-políticas que permeiam nossa
época. Finalmente, essa revisão também levará em conta possíveis modificações no plano
desenvolvimento institucional da UNAERP.
64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez / Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2012. DEMO, P. Conhecer & Aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2011. DEMO, P. Saber Pensar é Questionar. 1. ed. Brasília: Liber Livro, 2010. GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Trad. Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. MASETTO, M. T. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus, 2012. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina E. F. Silva e Jeanne Sawaya. 4. ed. São Paulo: Cortez / Brasília, DF: UNESCO, 2001. SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2013. SANTOS, B. S. A universidade no século XXI - para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 2004. TAVARES, J.; ALARCÃO, I. Paradigmas de formação e investigação no ensino superior para o terceiro milênio. In: ALARCÃO, I. (org.). Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: ArtMed, 2001. VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico: continuidade ou transgressão para acertar? In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. L. M. (Orgs) O que há de novo na educação superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas, SP: Papirus, 2002. Cap. 7, p.183-219.
Recommended