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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Vitor Hugo Bertoncello Franciosi
PROPOSTA DE UM TREINAMENTO FisICO PARA PILOTOS DE
MOTOVELOCIDADE
69Curitiba2005
VITOR HUGO BERTONCELLO FRANCIOSI
PROPOSTA DE UM TREINAMENTO FisICO PARA PILOTOS DE
MOTOVELOCIDADE
Trabalho de Conclusao do Curso deEduca<;:ao Fisica da Faculdade de CiemciasBiologicas e da Saude da UniversidadeTuiuti do Parana.
Orientador: Prof" Hugo Salvador Miro DeFerrante.
Curitiba2005
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE
CURSO DE EDUCACAO FislCA
A COMiSsAo EXAMINADORA ABAIXO ASSINADA APROVA 0 TRABALHO DECONCLusAo DE CURSO:
PROPOSTA DE UM TREINAMENTO FisICO PARA PILOTOS DE
MOTOVELOCIDADE
ELABORADOR POR:
VITOR HUGO BERTONCELLO FRANCIOSI
COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENCAO DO GRAU DE
LlCENCIADO EM EDUCACAO FiSICA, APROFUNDAMENTO EM LAZER E
RECREA<;:AO.
COMissAo EXAMINADORA:
Prof". Mestre Hugo Salvador Mira De Ferrante\
Prof". Dou~or Arno Krug
Curitiba, 19/09/2005
SUMARIO
L1STA DE GRAFICOS . . 04
RESUMO .
1INTRODUCAO .
1.1 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO.
1.20BJETIVOS .
. 05
. 06
. 06
. 08
1.2.1 Objetivo Geral 08
1.2.2 Objetivos Especificos............. . 08
2 REVISAO BIBLIOGRAFIA . 09
2.1 HISTORICO .. . . 09
2.2 TREINAMENTO E FOR~A MUSCULAR........................... . 12
2.3 0 TREINAMENTO . . 15
2.4 0 QUE FAZER NO DIA DA CORRIDA 19
2.5 0 TREINAMENTO DA RESISTENCIA AEROBIA 22
2.6 HIDRATA~AO E MOTOVELOCIDADE ...
2.7 AQUECIMENTO DO PILOTO .....
. 26
. 26
2.8 TREINAMENTO DE FOR~A 28
2.9 ALiMENTA~AO E MOTOVELOCIDADE 29
2.10 AVALlA~AO FislCA DA MOTOVELOCIDADE 31
3. METODOLOGIA 34
3.2 POPULA~AO/AMOSTRA
3.2.1 POPULA~Ao .....
..... 34
..... 34
3.1 TIPO DE PESQUISA .
........................... . 34
3.2.2 AMOSTRA. 34
3.3 L1MITA~OES ...34
3.4 INSTRUMENTO 35
3.5 ANALISE DOS DADOS . .35
4. APRESENTACAO E ANALISE DOS RESULADOS 36
5. CONCLUSAO . . 46
REFERENCIAS 47
APENDICE. 0 •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 0 •••••••••••••••••••••••••• 48
LlSTA DE GRAFICOS
Grilfico nO 1 - Habito de usar motocicleta 36
Grilfico nO 2 - Tempo de pratica 37
Grafico nO3 - Disputa campeonatos 38
Grafico nO4 - Faz aquecimento 39
Grafico nO 5 - Faz condicionamento fisico 40
Grafico nO6 - Faz treinamento fisico especifico............... 41
Grafico nO7 - Conhecimento de praticantes que se preocupam com 0
condicionamento fisico 42
Grilfico nO 8 - Tipo de pratica esportiva 43
Grafico nO9 - Frequ€mcia das atividades 44
Grafico nO10 - Aptidao para a motovelocidade pelo condicionamento
Fisico 45
RESUMO
PROPOSTA DE UM TREINAMENTO FisICO PARA PILOTOS DE
MOTOVELOCIDADE
Autor: Vitor Hugo Bertoncello FranciosiOrientador: Professor Hugo Salvador Miro de Ferrante
Curso de Educayao FisicaUniversidade Tuiuti do Parana
Este estudo teve como objetivo geral e especifico verificar quais sao os fatores quefazem parte do treinamento fisico nos pilotos de motovelocidade, pois amotovelocidade depende de equipamento, tecnica e condicionamento fisico. Aindaeste estudo apresenta a hist6ria do motociclismo, bem como mostra as fases paraum treinamento adequado. A pesquisa realizada foi descritiva, tipo explorat6ria,onde foram entrevistados pilotos amadores que praticam motovelocidade, os quaistodos voluntarios nao havendo comparayao entre os sexos. Esta coleta de dados foifeita atraves de um questionario contendo perguntas abertas e fechadasespecificamente sobre 0 tema desta pesquisa. Ap6s analise dos resultados dapesquisa pode-se observar que quanto a definiyao do perfil nenhum dos pilotospreocupa-se com 0 treinamento, onde apesar de terem conhecimento dos beneficiosdo condicionamento fisico, nao 0 utilizam em seu esporte. Analisando os fatoresconsiderados importantes para 0 treinamento, foi verificado que todos osentrevistados praticam, alem da motovelocidade, outro tipo de esporte, mas nenhumdeles, entretanto, faz condicionamento fisico especifico para a motovelocidade.
Palavra-Chave: A importancia do Treinamento Fisico Especifico.
Endereyo: Rua Joaquim Caetano da Silva, 718Santa Quiteria - Curitiba - Paranavitorfranciosi@hotmail.com
6
INTRODUCAO
PROPOSTA DE UM TREINAMENTO FisICO PARA PILOTOS DEMOTOVELOCIDADE
1.1 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
Nos ultimos anos, 0 alongamento tomou uma posic;:ao muito importante no
sistema da preparac;:ao desportiva e cultura fisica (HOLMANN e HETTINGER, 1989).
o termo alongamento refere-se a um sistema de exercicios que desenvolve a
capacidade fisica, especialmente a flexibilidade, aumentando a mobilidade articular
e a extensibilidade muscular. Esse sistema apareceu na Suecia, nos anos 50, mas
somente depois de 20 anos e que se tornou de amplo uso no desporto. Os
especialistas associam a utilizac;:ao do alongamento no desporto a melhora da
extensibilidade dos componentes musculo-esqueleticos (musculo, ligamentos,
tend5es e mobilidade articular) e tambem como um dos fatores para a prevenc;:ao de
les5es.
Segundo Holmann e Hettinger (1989), um dos fatores que determinam a
grandeza da forc;:a e 0 alongamento da fibra muscular e 0 angulo de trac;:ao. A
flexibilidade pode ser classificada em: (1) ativa: a maior amplitude possivel de
movimento, que um individuo pode realizar devido a contrac;:ao dos musculos
agonistas; (2) passiva: a maior amplitude de movimento em uma articulac;:ao, que 0
individuo pode alcanc;:ar sob ac;:aode forc;:as externas (parceiro, aparelhos), 56 por
meio da extensao (alongamento) e relaxamento dos antagonistas (WEINECK, 1991).
Os exercicios de alongamento podem ser utilizados em dois regimes: (1)
dinamico: quando um musculo e estendido e realiza-se balanceios ness a posic;:ao;
(2) estiltico: quando um desportista toma uma posiyao determinada e a mantem por
algum tempo, deixando tenses os musculos alongados sem balanceios.
No esporte os complexos alongamentos podem ser usados: (1) no decorrer
de um aquecimento, como um meio de preparac;:ao dos musculos, tend5es e
ligamentos, para a realizac;:ao de um programa de treino de grande volume e
7
intensidade; (2) na parte principal, com a intensidade de estimulo adequada para
desenvolver a capacidade fisica flexibilidade; (3) na parte final como meio de
reabilitac;:ao ap6s as cargas intensas e para profilaxia de les6es do aparelho de
apoio motriz.
o atleta que necessita de niveis de forc;:a necessita tambem de exercicios de
alongamento e para um atleta que utiliza a flexibilidade extrema, e fundamental a
realizac;:ao de exercicios de forc;:a.
Para usufruir a sua extensao, 0 musculo tem que ser forte para nao sofrer
lesao, sendo imprescindivel que tenha capacidade de extensibilidade para aproveitar
sua forc;:a.
o corredor de motovelocidade e muito exigido durante uma prova que tem,
em media, 40 minutos de durac;:ao, sendo que no maior tempo ele estara fazendo um
tipo de exercicio estatico.
Mantendo uma certa posic;:ao que nao e muito confortavel, tendo um intervalo
muito pequeno ou as vezes nem tendo intervalo entre uma posic;:ao e outra, 0
esporte estara exigindo um preparo fisico muito bom para poder suportar a corrida
toda.
No entanto, muitos dos corredores terminam as corridas com os musculos
totalmente fatigados, muitas vezes nao tendo forc;:a nem para levantar 0 trofeu
quando e 0 vencedor.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Verificar quais os fatores que fazem parte do treinamento fisico nos pilotos demotovelocidade.
8
1.2.2 Objetivos Especificos:
- Oefinir 0 perfil do motociclista;
- Identificar quais os fatores do treinamento;
- Avaliar quais os fatores sao considerados importantes para 0 treinamento.
9
2 REVISAo DA BIBLIOGRAFIA
2.1 HIST6RICO
Para chegarmos as verdadeiras fontes do motociclismo, e indispensavel um
passeio pela Europa do seculo XVIII, epoca de nobres e aristocratas avidos por
passatempos modernos, um ambiente favoravel aos mais variados tipos de
invenyoes. Muitas delas eram pura vigarice, pedras de gelo do Polo Norte, arvores
do dinheiro e outras enganayoes do genero. A luz verde do transporte em duas
rodas acendeu primeiro na Franya, em 1790, quando 0 criativo (e riquissimo) Conde
de Sivrac uniu duas rodas do mesmo tamanho par meio de uma pequena tabua de
madeira, onde 0 "condutor" sentava. 0 movimento era dado apoiando
alternadamente os pes no chao. 0 estranho veiculo, batizado de celerifero, foi
sucesso imediato e logo virou mania, especialmente entre a "jovem guarda" da
ocasiao, apesar das dificuldades para aponta-Io na direyao desejada ...
Em 1817, outr~ nobre, 0 alemao Barao Drais aperteiyoou 0 celerifero,
instalando um eixo vertical e um "garto" na roda dianteira, 0 que permitia "guiar' 0
engenho. Ele rebatizou 0 veiculo como Draisiene, e vendeu muitas unidades da sua
versao "franco-alema" da bicicieta. Logo depois apareceu 0 biciclo, um primitiv~
velocipede, outra tentativa de invenyao do Barao Drais, com roda traseira de
diametro diferente, para que a rudimentar pedalada rendesse mais impulsao ao
veiculo.
Cinquenta anos mais tarde, 0 ingles inventa a transmissao por corrente e 0
selim, ao passo que em 1885 e lanyada a lend aria Rover, de J. J. Starley, a grande
sensayao entre os poderosos da Europa. Reis, rainhas e imperadores nao
dispensavam um "role" de Rover, um brinquedo caro, mas de grande potencial como
meio de transporte, especialmente na descida.
No seculo XIX, em plena era industrial, a engenharia europeia tentava de tudo
para motorizar 0 bicicio. Os motores ja existiam, mas eram estacionarios, enormes e
de funcionamento precario. Os propulsores "funcionavam" tendo como "combustivel"
a polvara, ar comprimido, eletricidade (com baterias) , acetileno, corda (tipo relogio),
10
a gas ou a vapor. Eram engenhocas gigantescas, impr6prias para montagem em
veiculos, a tra~ao animal ainda era 0 meio de transporte do momento.
Tudo come~ou quando 0 alemao Gotlieb Daimler pode ser considerado 0 "pai
do motociclismo". Ele nasceu em Cannstatt, perto de Stuttgart, e desde pequeno
mostrou uma inclina~ao especial para os desafios da engenharia mecanica. Depois
de se formar, Daimler passou a trabalhar na Gasmotoren-Fabric Deutz, dirigida pelo
famoso engenheiro Nikolaus Otto, 0 inventor do motor de cicio Otto. Daimler tinha
projetos diferentes em mente, 0 que desagradou 0 patrao, que 0 p6s no olho da rua,
mesmo pagando grande indeniza~ao.
Essa verba permitiu que Daimler passasse a pensar exclusivamente em seus
inventos. Daimler convenceu seu ex-colega de Deutz, Wilhelm Maybach a trabalhar
com ele em uma oficina improvisada no quintal da sua cas a em Cannstatt. Ja em
principios de 1855 surgia a primeira cria~ao conjunta, um motor de 264 centimetros
cubicos com meio cavalo de for~a a 500 rota~oes por minuto, dimensoes inMitas
para 0 que se fazia ate entao. Esse motor, denominado carrilhao, era movido a gas,
mas Maybach desenvolveu um flutuador de carburador, introduzindo a gasolina
como combustivel.
Mas na epoca, ninguem usava gasolina, 0 risco de explosoes era enorme, 0
que levou a dupla de inventores a informar que 0 carrilhao era movido a gas e
petr61eo, 0 que evidentemente nao correspondia a realidade. Depois de alguns
estragos, e para a alegria da vizinhan~a, 0 motor passou a funcionar bem. 0 pr6ximo
passo era adapta-Io num veiculo. Foi ai que se pen sou no biciclo, veiculo que se
adaptava muito bem a situa~ao , alem de ser de fabrica~ao simples, pratica e barata;
o dinheiro da indeniza~ao da Deutz estava chegando ao fim.
Em 29 de agosto de 1885, Daimler obtem 0 registro numero 36.423, no
Departamento Imperial de Patentes. Seu invento, batizado de Einspur, mais se
parecia com um biciclo para crian~as, com 0 tradicional chassis de madeira rodas de
apoio. Mas 0 que mais chamava a aten~ao era 0 motor, que gerava 0,5 cavalos de
for~a a 600 rota~oes por minuto. Em novembro daquele ano, 0 teste final do novo
veiculo, que percorreu os tres quil6metros que separam a cidade de Cannsttat da
vizinha Unterturkheim em meia h~ra, a uma velocidade media de 6km/h. Com 0
11
sucesso do teste, Daimler e Maybach deram por cumprida sua missao de locomover
um veiculo mediante 0 uso de motor.
Ao que consta, Daimler nunca teve em mente um modelo especifico de
veiculo. Depois da aprovac;;ao do motociclo, seus pensamentos dedicaram-se ao
aproveitamento do motor para a locomoc;;ao aerea e maritima, acabando por fixar-se
no desenvolvimento de um veiculo de quatro rodas, 0 embriao do autom6vel. Ainda
hoje pode ser visto uma exemplar replica do primeiro motociclo, em exposic;;ao
permanente no Museu de Munich.
o projeto do motociclo teve que ser, por assim dizer, "reinventado" em 1894,
pelos alemaes Heinrich Hildebrand e Alois Wolfmuller. Foram eles que empregaram,
pela 1a vez, a expressao "Motor Rad" ("Roda Motorizada"). No prospecto de
apresentac;;ao do 1° motociclo fabricado em serie, os inventores anunciavam,
orgulhosos: "Em testes especiais, e possivel elevar a velocidade a uns 60 km por
hora. Mas quem ousaria andar a tal velocidade?" E de fato, inicialmente foram
poucos os compradores do Motor Rad, que com uma cilindrada de 1500cc, ja
desenvolvia uma potencia de 2 cavalos de forc;;a.
o novo veiculo tinha alguns problemas cronicos, como a ignic;;ao, que
frequentemente falhava em plena marcha. S6 mais tarde e que a ignic;;ao por tubo
incandescente foi substituida pela magnetica, melhorando substancialmente 0
rendimento do veiculo. Mas a essa altura a fabrica tinha que pagar uma serie de
emprestimos anteriores, e os s6cios acabaram fechando as portas, em 1897.
Mas naquele mesmo ano, os Werner, irmaos franceses que seguiram os
passos dos engenheiros alemaes, decidiram tentar a sorte no nascente mercado das
Motor Rad. Foram os Werner que criaram a expressao motocyclette, batizando 0 1°
motociclo fabricado fora da A1cmanha. 0 sucesso imediato despertou 0 interesse de
outros engenheiros e inventores, impulsionando 0 novo segmento. Com amplo apoio
do governo, surge, ainda em 1897, a marca italiana Bianchi.
Os ingleses se apaixonam pelo motociclo e organizam a primeira corrida,
batizada de Motorcycle Scrambles, que aconteceu no dia 29 de novembro de 1897
em Surrey, suburbio de Londres, era 0 nascimento do motociclismo de competic;;ao,
em seus anos mais romanticos.
12
No ana seguinte, os ingleses, entram no novo mercado para valer. 0
engenheiro James Norton lan9a sua propria marca, a Norton, que ficaria famosa ao
vencer a primeira prova de motovelocidade no lendario "Tourist Trophy", circuito de
estrada da IIha de Man, na costa da Inglaterra.
A estes pioneiros do motociclismo os nossos entusiasmados agradecimentos,
pela cria9aO de tao maravilhoso engenho. Os ingleses tem um ditado sobre a
motocicleta: "If there is anything better than a motorbike, God must have kept for him
in heaven" ( Se existe algo melhor do que a motocicleta, Deus guardou-o para seu
uso no ceu).
A motovelocidade e uma categoria do motociclismo. A primeira corrida de
mota foi realizada em 1894, na Fran9a, mas os Campeonatos Mundiais so
come9aram a ser disputados apos a Segunda Guerra Mundial. 0 Campeonato
Mundial de MotoVelocidade estreou em 1949, com as categorias 500cc, 350cc,
250cc, 125cc e Sidecar. Em 1982 a categoria 350cc deixou de ser disputada no
Mundial. De 1962 a 1983, 0 Mundial de MotoVelocidade tambem contou com a
categoria 50cc. Em 1984, a categoria 80cc substituiu a 50cc, e foi disputada ate
1989. Em 2002, a principal categoria do Mundial de MotoVelocidade, a 500cc, foi
substituida pela MotoGP, com motos de ate 990cc.
2.2 TREINAMENTO E FOR~A MUSCULAR
Uma prepara9aO fisica, para qualquer fim, envolve a for9a muscular. De
acordo com Weineck (1999, p. 224), 0 termo for9a aponta para todos os grupos
musculares, independente de servir a um esporte. Mas se 0 objetivo for um esporte
especifico entende-se "a for9a desenvolvida por um determinado grupo de musculos
para desenvolver um determinado movimento em uma modalidade esportiva".
Sao os tres os tipos de for9a: maxima, for9a rapida e resistencia de for9a. A
for9a maxima representa a maior for9a disponivel que 0 sistema neuromuscular
pode mobilizar por meio de uma concentrac;:ao maxima voluntaria. A for9a rapida
"compreende a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar 0 corpo ou
13
parte do corpo (bra((os e pernas) ou ainda objetos (bolas, pesos, esferas, discos,
etc.) com uma velocidade maxima". A resistencia de for((a e "a capacidade de
resistencia a fadiga em condi((oes de desempenho prolongado de for((a" (op. cit., p.
228-9).
o musculo, por sua vez, "e concebido como uma maquina que converte
energia quimica em trabalho mecanico, e cujo trabalho e resultante da a((ao do
musculo ou grupos de musculos contra uma carga de resistencia" (TUBINO, 1984, p.
50).
Conforme Tubino (1984), um treinamento para resistencia de for((a e baseado
em cinco principios: Principio da individualidade biologica; principio da adapta((ao,
principio da sobrecarga, principio da continuidade e principio da interdependencia
volume-intensidade.
o principio da individualidade biologica e aquele que releva a hereditariedade
como fator que favorece 0 individuo para performances excepcionais. Entretanto,
tendo 0 dom, um treinamento com bases cientificas podera levar tal individuo a obter
boa performance. Como cada ser humane tem uma estrutura fisica especifica, esse
treinamento devera obedecer as caracteristicas biologicas individuais, determinando
pontos fortes e fracos, 0 que facilitara 0 resultado do treinamento.
o principio da adapta((ao esta relacionado ao estresse. De acordo com
Tubino (1984, p. 102), 0 estresse "e a rea((aO do organismo aos estimulos que
provocam adapta((oes ou danos ao mesmo, sendo que esses estimulos sao
denominados agentes estressores".
Via de regra, os esportistas sao submetidos a situa((oes estressantes. Por
isso, seu treinamento precisa determinar uma justa medida de cargas, objetivando
estimular 0 corpo do atleta para que chegue a uma forma especifica, p~r meio da
repeti((ao continuada de terminados exercicios tecnicos e fisicos.
Quanto ao principio da sobrecarga, Tubino (1984. p. 195) observa que os
diferentes estimulos produzem diversos desgastes, que sao repostos apos 0 termino
do trabalho, reconhecendo-se ai a primeira rea((ao de adapta((iio, "pois 0 organismo
e capaz de restituir sozinho as energias perdidas pelos diversos desgastes, e ainda
preparar-se para uma carga de trabalho mais forte", que e justamente a sobrecarga.
14
o principio da continuidade, como 0 proprio nome diz, refere-se a sequencia
sistematizada de treinamento, nao permitindo interrupyoes durante um longo
periodo.
Finalmente, 0 principio da interdependencia volume-intensidade, refere-se ao
aumento das quantidades de trabalho associado ao aumento substancial na
intensidade dos estimulos de treinamento.
o treinamento fisico envolve alguns conceitos importantes. As doutrinas
basicas em qualquer programa de treinamento sao: (1) reconhecer 0 principal
sistema energetico utilizado na realizayao de determinada atividade, e (2) a seguir,
pelo principio da sobrecarga, elaborar um programa de treinamento capaz de
desenvolver esse sistema energetico em particular, mais que qualquer outro. 0
sistema energetico primario para qualquer atividade pode ser estimado com base em
seu tempo de realizayao. 0 principio da sobrecarga, quando aplicado aos
programas de treinamentos aerobicos (endurance) e anaerobicos (velocidade), exige
que a intensidade do treinamento seja quase maxima. A intensidade do treinamento
pode ser mais bem avaliada com base na resposta da frequencia cardiaca ao
exercicio, ou ao limiar anaerobico e, em menor grau, na frequencia e durayao do
treinamento. Os atletas devem treinar 0 ana todo utilizando programas de
treinamento para fora da temporada (estayao), para a pre-temporada e para a
temporada propria mente dita. As atividades e os procedimentos de aquecimento e
esfriamento (volta a calma) sao importantes para a seguranya e a eficacia globais
dos programas de treinamento. Existem programas de treinamento que
desenvolvem primariamente 0 sistema energetico aerobico e anaerobico, ou todos
os tres sistemas energeticos.
o principal objetivo dos professores de Educayao Fisica e dos treinadores
consiste em construir programas de condicionamento ou treinamento mais efetivos e
individualizados para os estudantes e atletas.
A seguir, descreve-se detalhes acerca dos esquemas especificos de
treinamento, cada um dos quais contribui de maneira impar para 0 pleno
desenvolvimento das capacidades energeticas e de desempenho de estudantes e
atletas.
15
2.30 TREINAMENTO
Segundo Weineck (1999, p. 18) treinamento "e um processo que favorece
alterac;:6es positivas de um estado (fisico, motor, cognitivo e afetivo). Quando esta
destinado a um esporte, 0 treinamento e 0 "processo ativo complexo regular
planificado e orientado para a melhoria do aproveitamento e desempenho esportivo"
(op. cit. p, 18).
Para Tubino (1984, p. 33) treinamento pode ser definido como "0 conjunto de
procedimentos tendentes a conduzir um ser humano ao maximo de suas
possibilidades fisicas".
o treinamento requer um plano que pode ser direcionado para um individuo
especftico ou para um grupo de individuos. Pode ainda ser planejado para um
periodo prolongado ou para apenas uma semana. Importante mesmo e que tem que
ser planejado.
Tal planejamento requer uma fase preparatoria, uma principal e outra final. A
fase preparatoria implica em obter disposic;:ao ideal para 0 treinamento, concentrar a
atenc;:ao sobre a subseqiiente estimulac;:ao fisica e sobre os exercfcios a serem
executados, a obtenc;:ao da flexibilidade, 0 aquecimento e estimulac;:ao inicial e fazer
com que o(s) individuo(s) se familiarize com os exercfcios. A parte principal
compreende as tarefas que visam 0 aumento ou a manutenc;:ao do desempenho
esportivo e a fase final e aquela em que se utilizam processos para introduzir ou
acelerar 0 processo de recuperac;:ao, compreendendo os seguintes requisitos:
- Reduc;:ao gradual dos estimulos atraves de exercfcios de relaxamento e
reduc;:ao do estado de concentrac;:ao;
- Reduc;:ao dos niveis de pressao arterial, freqii€mcia cardiaca e
metabolismo ate atinja os valores anteriores a estimulac;:ao;
- Conclusao da sessao enfatizando os beneficios do esporte e a satisfac;:ao
em poder pratica-Io, a tim de gerar uma postura positiva para 0 proximo
treinamento (WEI NECK, 1999, p. 43-44).
16
Tubino (1989) acrescenta mais duas fases ao treinamento: 0 periodo de
competi9ao e 0 periodo de transi9ao. No periodo de competi9ao 0 treinando de
manter as qualidades tecnicas e fisicas obtidas anteriormente, e 0 periodo de
transi~o refere-se ao reinicio do treinamento, apos a competi~o.
Varios sao os meios utilizados para um treinamento eficaz. 0 alongamento e
um treinamento importante para a flexibilidade. "Exercicios de alongamento referem-
se ao processo de alongar tecidos conjuntivos, musculos e outros tecidos" (ALTER,
1999, p. 1).
De acordo com esse autor, os principais beneficios dos exercicios de
alongamento sao: podem maximizar 0 aprendizado, a pratica e 0 desempenho de
um atleta em muitos tipos de movimentos especializado; amp liar 0 relaxamento
fisico e mental do atleta; promover 0 desenvolvimento da consciencia do proprio
corpo; reduzir 0 risco de entorse articular ou lesao muscular; reduzir 0 risco de
problemas nas costas; reduzir a irritabilidade muscular; reduzir a tensao muscular.
Tubino (1989) indica os seguintes tipos de treinamento:
a) Muscula9ao
A muscula9ao refere-se a prepar9aao fisica para 0 desenvolvimento das
qualidades fisicas relacionadas com estruturas musculares. Ela praticamente
preenche 0 conjunto de meios utilizados para a prepara9ao muscular de um preparo
fisico de alto nivel, caracterizado pelo treinamento isot6mico, isometrico, isocinetico,
treinamento com a utiliza9ao de maquinas especiais e pela utiliza9ao de formas
especiais.
o treinamento isot6nico envolve 0 uso de halteres e de maquinas
convencionais. E um trabalho excentrico-concentrico. 0 treinamento isometrico
tambem envolve 0 uso de alteres, de aparatos diversos, de maquinas convencionais
de muscula9ao, de companheiros, portas e paredes. 0 treinamento isocinetico
envolve aparelhos especificos e a adapta9ao de aparelhos as maquinas
convencionais de muscula9ao. 0 treinamento com maquinas especiais refere-se
principalmente as do tipo "nautilus" e as formas especiais de treinamento pode ate
recorrer a hipnose.
17
Via de regra, esse tipo de treinamento nao envolve mulheres. 0 conceito
comum preceitua que, embora um programa de treinamento desse tipo consiga
aumentar a forc;:a, produz tambem musculos proeminentes que se transformam em
gordura quando 0 programa e interrompido.
b) 0 treinamento continuo
Eo aquele que abrange os meios de preparac;:ao que utilizam exercicios de
movimentac;:ao continua, em geral de longa durac;:ao e que fundamentalmente visam
o desenvolvimento cardio-respirat6rio.
Seu resultado apresenta-se na resistencia aer6bica, muscular localizada e no
ritmo. Em casos especificos pode apresentar resultados na resistencia aner6bica, na
velocidade de deslocamento e na forc;:adinamica.
De acordo com Counsilman (apud TUBINO, 1984, p. 275), esse tipo de
treinamento tem efeitos no aumento da capacidade cardiaca, na reduc;:ao da
freqGencia (FC) no repouso, aumenta 0 volume cist61ito do corac;:ao e melhora,
capacidade pulmonar para extrair oxigenio do ar inspirado, aumenta a quantidade do
sangue que pode transportar mais oxigenio; armazena mais glicose no figado enos
musculos; aumenta 0 numero de capilares funcionais nos musculos e aumenta 0
numero e melhora a composic;:ao das mitoc6ndrias nas fibras musculares.
c) Treinamento intervalado
Eo 0 meio de preparac;:ao fisica que compreende alternancias entre periodos de
trabalho e recuperac;:ao com intensidades e durac;:6es controladas, ao mesmo tempo
em que exige uma orientac;:ao das variaveis de treinamento nos objetivos propostos.
Seu maior emprego destinada a resistencia aner6bica, porque e 0 principal
meio para a melhoria da valencia fisica. De acordo com 0 autor (op. cit), na busca da
resistencia anaer6bica, provoca situac;:6es de debito de 02 com uma ac;:ao adequada
sobre a intensidade dos estimulos ou sobre as pausas entre eles.
18
d) Treinamento em circuito
Eo a meio de prepara~ao fisica realizado em forma de circulo. Objetiva a maior
numero possivel de qualidades fisicas como resistencia anaer6bica e aer6bica.
Uma das vantagens desse tipo de treinamento e que ele permite a preparo de
varios atletas ao mesmo tempo. Alem disso, traz resultados em curto prazo, viabiliza
a treinamento em condi~6es climaticas desfavoraveis e e de facil aprendizagem
pelos atletas.
e) Treinamento de velocidade.
Objeto especifico deste trabalho, a treinamento de velocidade visa aperfei~oar
a coordena~o neuromuscular para que as musculos sejam adequados a contrair-se
a mais rapido possivel, caracterizando-se como uma variavel dependente da
composi~ao muscular, em que as fibras de contra~ao rapida (FTF) sao as variaveis
independentes.
Para esse treinamento e imprescindivel uma melhoria na capacidade
anaer6bica para a progressao na aplica~ao de cargas especificas de velocidade. Os
musculos antagonistas envolvidos nos gestos especificos que devem ser
executados em velocidade, precisam de elasticidade, para que as movimentos nao
sejam freados. Os musculos antagonicos tambem terao que permanecer relaxados.
Essa situa~ao e explicada pela qualidade fisica denominada descontraq8o
diferencial. Alem da musculatura antagonista, as demais musculos que nao estao
envolvidos diretamente nos movimentos de velocidade, mas que indiretamente
comp6e a a~ao muscular dos gestos desportivos, tambem precisam ficar em
relaxamentos para que a descontra~ao diferencial possa favorecer a "performance"
dos musculos agonistas, e conseqilentemente as atletas pass am conseguir uma
velocidade maior.
De acordo com Tretyn (apud TUBINO, 1984, p. 311), a treinamento de
velocidade deve compreender a desenvolvimento de qualidades, capacidades e
habilidades tecnicas, que conduzem as atletas a maxima velocidade motriz numa
etapa determinada. 0 volume de trabalho anual e uma das variaveis principais desse
19
treinamento, devendo-se tambem considerar como essencial a seleyao dos meios a
serem empregados, assim como as suas proporyoes quantitativas.
Utecht (apud TUBINO, 1984, p. 311) afirma que um treinamento de
velocidade requer objetivos direcionados para a capacidade de reayao e de
acelerayao, e um nivel de velocidade maxima.
Oliveira (disponivel em: http://www.motox.com.br/PubliX/index.asp?id=210.
acessado em 20/12/04) desenvolveu algumas orientayoes especificas para pilotos
de motovelocidade, explanadas a seguir.
2.4 0 QUE FAZER NO DIA DA CORRIDA
No motociclismo off-road sempre houve a preocupayao em descobrir novas
tecnologias para 0 aprimoramento de motos cada vez mais potentes e eficientes
para as diversas modalidades, com 0 objetivo de ter a melhor performance nas
pistas. Com motos e equipamentos cada vez mais sofisticados e pesquisas sendo
realizadas em todo momento, com 0 objetivo principal de ter 0 melhor desempenho,
faz-se necessario pensar no que fazer para melhorar quem pilota essa maquina.
A motovelocidade depende de equipamento, tecnica e condicionamento fisico. Se os
tres estiverem no mesmo nivel, 0 resultado e 0 sucesso.
Sabe-se que muitos pilotos participam das competiyoes sem nenhum
condicionamento fisico e muitas vezes chegam no dia da prova em cima da hora.
Claro que muitos levam a atividade como lazer, mas mesmo assim deveriam cuidar
melhor de si mesmos.
A principio e necessario levar em considerayao quatro situayoes: a
alimentayao e hidratayao, 0 aquecimento antes de ir para a pista, a concentrayao
antes da prova e a recuperayao.
A alimentayao e a hidratayao deveriam ser uma das principais preocupayoes
do piloto no fim de semana de prova. Ingerir alimentos certos na hora certa
representa melhores reservas de energia durante a prova. Recomenda-se a ingestao
de carboidratos de 150 a 300g, 3 a 4 horas antes da prova, evitando-se grandes
20
quantidades de gorduras e proteinas que dificultara a digestao e armazenamento de
energia. Eo fundamental que a boa hidrata<;:ao seja feita antes e depois da corrida em
que fluidos corporais sao perdidos no suor. A reposi<;:ao rapida desses liquidos e
importante, pois sao necessarios para manter 0 fluxo sangOineo em condi<;:oes ideais
para 0 melhor transporte de oxigenio aos musculos. Alem disso, sem fluidos
suficientes, nao se consegue suar para ajudar a manter a temperatura corporal em
niveis seguros. 0 uso de bebidas esportivas pode ser adequado para neutralizar a
desidrata<;:ao, isto por que, quando sua, 0 corpo perde agua e eletr6litos,
principal mente cloreto de s6dio e potassio e se for para a pista outra vez em
algumas horas, podera ajudar na rapida reposi<;:ao de agua, sal e carboidratos,
principalmente para aqueles que tem propensao a caibras.
o aquecimento tambem e de fundamental importancia antes de subir na
moto, principalmente quando se esta pr6ximo do inverno. Antes de ir para a pista os
alongamentos sao sempre bem vindos e nao demoram mais do que 7 minutos se
bem feitos. Um trabalho de 10 minutos em uma bicicleta ergometrica ap6s os
alongamentos com carga leve/moderada, tambem e interessante, tendo 0 objetivo
de preparar os musculos para a atividade muscular intensa, bem como aumentar a
temperatura corporal, para preparar 0 sistema musculo-esqueletico para a tamanha
demanda metab61ica a que sera submetido.
A concentra<;:ao e outra situa<;:ao pouco utilizada pelos pilotos que estao na
area de acampamento. Buscar uma situa<;:ao de tranqOilidade e serenidade para 0
momento da prova deve fazer parte da prepara<;:ao pre-corrida. 0 alto estresse que 0
motovelocidade promove aos pilotos provoca descargas de adrenalina que poderiam
ser amenizadas antes da prova com exercicios respirat6rios, musicas agradaveis ou
mesmo isolamento em um ambiente de maior conforto.
Com rela<;:ao a recupera<;:ao, e necessario que imediatamente ap6s qualquer
sessao intensa com a moto os pilotos diminuam a intensidade do exercicio. Incluir
uma atividade nao especifica ao esporte (por exemplo, bicicleta ergometrica), p~r 10
ou 20 minutos em velocidade baixa e carga leve, a fim de diminuir 0 ritmo de
atividade cardiovascular e neuromuscular, tem 0 objetivo de acelerar a remoyao de
acido lactico dos musculos. Em seguida recomenda-se uma sessao de
21
alongamentos a fim de minimizar a sensayao de dor muscular e tam bern ajudar a
prevenir futuros estiramentos e outras lesoes musculares. Os carboidratos sao
extrema mente necessarios apos urn trabalho intenso, mesmo que 0 piloto nao sinta
vontade de comer imediatamente. Depois podera optar por bebidas esportivas,
principalmente se tiver que competir no dia seguinte. Para outras modalidades do
motociclismo off road, se 0 piloto tiver aproximadamente 24 horas para recuperar-se,
a recomendac;:ao para urn individuo de 70 Kg e de pelo menos 50 a 150 g de
carboidrato nas duas horas imediatamente apos 0 exercicio. No mercado existem
barras energeticas que podem ser utilizadas. Eo importante deixar claro que os
alimentos que contem uma proporc;:ao elevada de carboidratos, mas tambem urn
pouco de gordura e proteinas sao apropriados para facilitar a recuperac;:ao.
Dormir 0 suficiente e tao importante quanta todo 0 treinamento realizado.
Musculos que trabalham de forma intensa para melhorarem 0 seu tamanho e
aumentarem a forc;:a,necessitam de descanso adequado para se restituirem a fim de
ajudar 0 atleta a ter urn desempenho melhor. Para atletas de alto rendimento, 7 a 8
horas diarias seria 0 recomendado. Para algumas pessoas dormir pouco satisfaz,
porem e importante escutar 0 proprio corpo, pois assim, nao vai errar.
A grande duvida da maioria dos pilotos de motovelocidade que esta na ativa
por muitos anos e 0 que fazer para melhorar a sua condic;:ao fisica e ter uma melhor
performance nas pistas. A grande dificuldade de prescrever 0 treinamento foi a
tamanha quantidade de variaveis envolvidas numa corrida, 0 que torna dificil a
mensurac;:ao, somado a uma carencia muito grande de publicac;:oes cientificas a
respeito.
A experiencia tern mostrado que muitos pilotos acabam treinando de forma
inadequada, ou mesmo de uma forma nao especifica, 0 que acaba nao se
condicionando e percebendo a necessidade de urn acompanhamento profissional
especifico. 0 treinamento fisico para 0 motovelocidade exige do piloto dedicac;:ao,
disciplina, perseveranc;:a e principalmente motivac;:ao para encarar 0 desgaste que a
modalidade exige.
Inicialmente 0 piloto deveria passar por uma avalialtao fisica, que envolveria
testes cardiopulmonares, avaliac;:ao ortopedica, composic;:ao corporal, testes fisicos
22
especificos; para saber exatamente como esta a condiyao fisica, a fim de ter
parametros individuais para inicio de um programa de preparayao fisica. A consulta
com 0 nutricionista se faz necessaria tambem, pois ira verificar os habitos
alimentares, possiveis dietas, orientar sobre suplementayao, se necessario e
informayoes sobre refeiyoes e hidratayao feitas nas corridas. Ap6s todas essas
avaliayoes e importante antes de periodizar as etapas de treinamento, definir qual 0
campeonato que ira participar para dedicar-se e programar 0 treinamento em funyao
das datas previstas. 0 objetivo principal e organizar 0 trabalho para se alcanyar amaxima performance fisica, tecnica, tatica e preparo psicol6gico nas provas
principais.
Com todos os testes realizados, tem-se parametros precisos de como esta 0
piloto e do que ele precisa. Eo importante destacar que a modalidade, como qualquer
outro esporte, exige dedicayao e para isso ha necessidade de tempo para se treinar.
o treinamento fisico diario deve estar associado ao trabalho com moto
semanalmente, dividido de forma adequada para nao ocorrer sobrecarga na
musculatura diretamente envolvida, bem como 0 repouso para fornecer a devida
recuperayao entre as sessoes de treino. FreqUencia semanal, durayao das sessoes
fisicas ou com moto, intensidade do trabalho, atividades fisicas mais indicadas e
progressao do programa sao as principais caracteristicas de um programa de
prescriyao para condicionamento fisico para 0 motovelocidade. Para isto e
fundamental a orientayao de profissionais capacitados para a devida programayao
de trabalho para que, principalmente, haja 0 minimo de lesoes possivel.
2.5 0 TREINAMENTO DA RESISTENCIA AER6BIA
A resistencia aer6bica refere-se a qualidade fisica que permite a um atleta
sustentar por um periodo longo de tempo uma atividade fisica relativamente
generalizada em condiyoes aer6bicas, isto e, nos limites do equilibrio fisiol6gico
denominado 'steadu-state' (TUBINO, 1984, p. 194). A resistencia aer6bica recebe as
denominayoes de endurance, capacidade aer6bica, endurance extensiva, potencia
23
aer6bica, circulo endurance, endurance cardio-respirat6ria, endurance organica,
estamica e outras.
De acordo com Oliveira (op.cit) dentro das qualidades fisicas mais
importantes no treinamento para 0 motovelocidade, esta 0 trabalho cardiovascular, a
resist€mcia aer6bia, como sendo a base para trabalhos intensos na modalidade.
Sem ela bem treinada, nao ha como ser competitiv~ nas provas de longa durayao.
A duvida e sempre a mesma, 0 que fazer para melhora-Ia, 0 que fazer para
agOentar a corrida inteira numa intensidade alta sem que caia 0 rendimento e que
atividades seriam mais indicadas para treinar e tambem, em qual intensidade
trabalhar. ResisUmcia aer6bia pode ser definida como a capacidade de suportar
esfon;:os de longa durayao em intensidade moderada, ou a capacidade de resistir a
fadiga 0 maior tempo possivel. Inumeros esportes necessitam dessa qualidade,
sendo que para desenvolve-Ia em niveis de excelencia existem varios metodos de
treinamento como as corridas de durayao, 0 treinamento intervalado, 0 treinamento
com terrenos em aclives e declives, cross-country (corrida em terrenos irregulares),
os circuitos aer6bios, as corridas de durayao intervalada, como tambem outras
atividades que envolvam varios grupos musculares ao mesmo tempo. Exemplos
dessas atividades sao a natayao, a bicicleta e a corda. Portanto, cabe ao preparador
fisico escolher qual 0 metodo que acha mais interessante para 0 seu atleta.
Para se treinar fisicamente qualquer modalidade esportiva ha necessidade de
realizar uma avaliayao fisica, com 0 objetivo de verificar a condiyao organica do
atleta, a fim de prescrever corretamente 0 volume e a intensidade a ser trabalhada,
para nao subestimar ou superestimar 0 treinamento. Para verificar e avaliar a
potencia maxima aer6bia e mais algumas outras variaveis importantes para 0
treinamento cardiovascular seria recomendado realizar um teste ergoespirometrico
com cardiologista e um fisiologista, para prescrever a intensidade ideal para 0
trabalho. Com os resultados em maos, pode-se ter uma orientayao segura de um
professor de Educayao Fisica que interprete corretamente os resultados e determine
qual a freqOencia semanal, qual a durayao, a intensidade, qual atividade fisica e
como sera a progressao do treinamento. Tudo isso baseado nas datas das
competiyoes de maior importancia em que se deseja participar, a fim de estar na
24
melhor condic;:ao fisica possivel. Vale lembrar que as outras qualidades fisicas (forc;:a,
flexibilidade, agilidade) tambem devem fazer parte do condicionamento fisico no
motovelocidade.
Eo importante lembrar ainda, que dentro dos principios cientificos de
treinamento desportivo, um deles fala sobre a especificidade do movimento, ou seja,
as atividades fisicas trabalhadas no periodo de treinamento devem ser 0 mais
pr6ximo possivel das caracteristicas metab61icas e biomecanicas da modalidade
envolvida.
2.6 HIDRATAt;A.O E MOTOVELOCIDADE
Segundo Weineck (1999, p, 640), a quantidade de agua do corpo humane e
de 50-70% do peso corporal. A manutenc;:ao deste percentual de agua e dos
metab61icos minerais associ ados a ela (sobretudo de s6dio, potassio e eloro) e muito
importante, pois a agua tem importantes papeis no organismo. 0 autor afirma que a
principal importancia da agua esta no seguinte:
- A agua e componente de macromoleculas;
- A agua serve como solvente pra moleculas pequenas;
- A agua tem um importante papel na termorregulac;:ao (atraves do su~r);
- A agua e necessaria em reac;:6es enzimaticas.
Uma perda significativa de agua e de eletr61itos esta associada a fatores
fisicos e psiquicos que reduzem 0 desempenho. No motovelocidade nao poderia ser
diferente, pois alem da atividade fisica intensa no dia da prova, ha um equipamento
(camisa, botas, luvas, protetores, joelheiras, capacete) que evita a ventilac;:ao e ajuda
no aumento da temperatura corporal. Ha ainda 0 calor da mota que se transfere por
conduc;:ao para 0 corpo, a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar
interferindo diretamente na performance do piloto. Durante a atividade fisica, os
musculos produzem grande quantidade de calor que deve ser dissipado para 0
ambiente, au entao ira ocorrer um aumento da temperatura central (interna). Como a
25
produc;ao de calor pelos musculos e proporcional a taxa de trabalho, 0 esforc;:ofisico
de longa durac;ao com alta intensidade como se caracteriza 0 motovelocidade,
apresenta um maior risco. 0 suor e uma resposta fisiol6gica do organismo que
procura limitar 0 aumento da temperatura interna, eliminando a agua pela pele. No
caso da nao reposic;:ao de liquidos, compensando a perda, podera ocorrer riscos asaude bem como prejudicar a performance (OLIVEIRA,
http://www.motox.com.br/PubliX/index.asp?id=210. acessado em 20/12/04).
A desidratac;ao durante a corrida pode modificar muitas variaveis fisiol6gicas
por causa do esforc;:o fisico intense e a longa durac;:ao. Entre elas, esta a func;ao
cardiovascular que e prejudicada pela reduc;:ao do volume sanguineo e aumentos
significativos da freqO€mcia cardiaca. Caso haja perdas de ate 3% do peso corporal,
havera tambem impactos negativos no desempenho atletico. A fadiga aparece mais
rapido ocorrendo a caimbra. Em casos extremos existem ainda riscos de vida, em
que uma equipe medica devera ser procurada imediatamente.
A hidratac;:ao adequada antes da corrida, principalmente em dias muito
quentes, e essen cia I para preservar todas as func;:6es fisiol6gicas. Um deficit de
liquidos antes da prova pode potencial mente comprometer a regulac;:ao termica e
produzir um maior esforc;:o cardiovascular durante a competic;:ao, sem dizer dos
possiveis acidentes que podem ocorrer em func;:ao da fadiga neuromuscular. A
ingestao de 250 a 600 ml de liquidos pelo menos duas horas antes do exercicio ira
ajudar a assegurar uma boa hidratac;:ao, alem de dar tempo para que qualquer
excesso de liquido seja liberado pela urina. Por outro lado, nao existem
comprovac;:6es cientificas suficientes para afirmar que a hiperhidratac;:ao antes do
exercicio melhora 0 desempenho fisico.
Seguem alguns exemplos do que pode ser feito para minimizar 0 risco de
problemas relacionados ao calor durante 0 treinamento e no dia da prova:
1. Exercitar-se regularmente, a fim de se beneficiar dos efeitos agudos e
cronicos do exercicio fisico e adaptar-se a situac;:6es de estresse
promovido pelo calor.
26
2. Ajustar-se ao ambiente, treinando com orientayao de profissionais
capacitados a fim de aclimatar-se a situayoes iguais aos da prova de
motovelocidade.
3. Adaptar-se ao calor, em fase de treinamento com moto, trabalhando no
inicio, com baterias de menor tempo e ir adaptando-se ao calor
gradativamente.
4. Manter-se bern hidratado. 0 uso de bebidas esportivas que contem
carboidratos e eletr61itos (s6dio) de paladar agradavel tambem
beneficia 0 processo de hidratayao. Beber antes, durante e depois da
atividade ffsica.
5. Crianyas fisicamente ativas necessitam de cuidados extras. Pais que
acompanham seus filhos nas corridas em dias muito quentes devem
ficar atentos a hidratayao adequada. Podem utilizar os mesmos
principios usados para os adultos na hidratayao.
2.7 AQUECIMENTO DO PILOTO
Por tratar-se de uma modalidade esportiva de alta intensidade, 0 piloto de
motovelocidade deve tomar algumas precauyoes antes de ir para pista.
Aquecimento, segundo Weineck (1999, p. 617) significa "as medidas que servem
como preparayao para 0 esporte (seja para 0 treinamento ou para competiyoes). 0
aquecimento visa a obtenyao do estado ideal psiquico e fisico, a preparayao cinetica
e coordenativa e a prevenyao de lesoes".
De acordo com Oliveira (op. cit) muitas das provas de motovelocidade
acontecem em regioes mais frias e classificando a modalidade como aciclica, ou
seja, de movimentos variados e nao constantes, e fundamental que se faya urn
aquecimento previo antes de subir na moto, visando uma preparayao adequada para
urn rendimento melhor e prevenyao de lesoes.
A bibliografia cientifica mostra varias pesquisas sobre a importfmcia desse
procedimento muitas vezes desprezado pelos pilotos. Pesquisadores suecos
27
afirmam que 0 aquecimento pode reduzir 0 potencial de lesoes por possuir a
capacidade de aumentar a coordenac;:ao neuromuscular, retardar 0 aparecimento da
fadiga, e principalmente tomar os tecidos menos suscetiveis a danos. Afirmam ainda
que a capacidade para 0 trabalho fisico aumenta ap6s um aquecimento.
Sabe-se que a frequi'lncia cardiaca eleva-se muito durante as corridas.
Pesquisadores americanos relata ram a ocorrencia de graves anormalidades
eletrocardiogrilficas em 70% dos adultos nao atletas normalmente sem patologias,
quando iniciavam 0 treinamento subitamente, sem um periodo de aquecimento
previo adequado. Eles apresentaram alterac;:oes nos batimentos cardiacos pela nao
utilizac;:ao do aquecimento antes dos exercicios fisicos, podendo apresentar
consequencias desastrosas. Outros fisiologistas americanos relata ram que 0
treinamento para 0 desenvolvimento da forc;:a e da resistencia muscular pode ser
realizado como parte de uma fase inicial de aquecimento, mas deve ser precedido
por exercicios de alongamento. Poden'! auxiliar a diminuir a ocorrencia de certas
lesoes muito comuns, como os estiramentos, as distensoes e as dores lombares,
alem de reduzir a intensidade das dores musculares.
Pesquisadores russos apontam que a temperatura ambiente tem grande
influencia na otimizac;:ao do aquecimento, devendo ser mais intense nos dias frios,
em ritmo lento e progressiv~, tomando-se dessa forma um agente eficaz contra
lesoes e dores musculares. A func;:aomuscular e mais eficiente a 38,51 C, havendo 0
recrutamento de um menor numero de unidades motoras para manter determinada
carga. Relatam ainda que 0 aquecimento tem que ser suficientemente intense a fim
de causar um aumento da temperatura corporal de 1 a 2,51C.
Alguns exemplos do que pode ser feito em materia de estrategia de
aquecimento para ser utilizado no dia da corrida ou mesmo nos dias de treinamento
com moto.
Antes de iniciar 0 trabalho na mota deve-se procurar executar exercicios de
alongamento. Ap6s os alongamentos utilizar-se de exercicios dinamicos
(polichinelos, bicicieta ergometrica por 5 a 10 minutos com carga leve). A durac;:ao e
a intensidade das varias estrategias que comp6e 0 aquecimento V80 depender das
condic;:oes, da capacidade funcional, sintomatologia e preferencia individual, num
28
tempo de 5 a 15 min. Sugere-se ainda, que 0 aquecimento deva ser suficientemente
intense para provocar um aumento da temperatura corporal e da sudorese, alerta-se,
porem 0 nao atingimento de uma intensidade exageradamente alta e inadequada.
o aquecimento deve ser iniciado por alongamentos passiv~s ate chegar aetapa de exercicios dinamicos que devera comec;:ar de forma moderada e
paulatinamente, crescendo na intensidade. Deve-se enfatizar 0 estimulo apreparac;:ao dos grupos musculares e articulac;:6es que mais serao exigidos durante a
corrida.
Contudo, deve-se sempre procurar orientac;:ao com professores de educac;:ao
fisica, a fim de corrigir a postura e ensinar novas estrategias, com 0 objetivo de
conscientizar sobre a importancia da pratica do aquecimento, principalmente como
um mecanisme preventivo de les6es musculo-articulares, antes de qualquer
atividade fisica e principalmente quando for disputar alguma prova.
2.8 TREINAMENTO DE FORl;A
A forc;:a e uma das qualidades fisicas mais requisitadas na maio ria dos
esportes e nao poderia ser diferente para 0 motovelocidade. De acordo com
Weinaeck (1999, p. 224), "a forc;:a nao faz parte de uma modalidade esportiva de
uma forma abstrata, mas sempre em combinac;:ao com outros fatores determinantes
do desempenho'" No entanto, Oliveira (op. cit) analisou e observou um piloto na
pista, verificando-se uma quantidade enorme de movimentos sobre a moto, que
envolvem varios grupos musculares em conjunto 0 que leva a um desgaste muscular
intenso e promove a chamada fadiga muscular. 0 grande numero de repetic;:6es de
movimentos de membros inferiores, tronco e membros superiores, associ ado a uma
grande concentrac;:ao que 0 esporte exige, faz com que 0 desgaste aumente ainda
mais.
o treinamento de forc;:adeve ser iniciado por uma fase de adaptac;:ao (tres a
qualro semanas) envolvendo a maioria dos principais grupos musculares ulilizados
no dia-a-dia, e a partir dai, desenvolver um trabalho especifico, procurando utilizar
29
os grupos musculares envolvidos durante a corrida. Esta fase especifica dependera
do tempo que se tem disponivel, antes do inicio das competic;:oes. A periodizac;:ao
deste treinamento se faz necessaria, para dividir-se as fases do planejamento de
trabalho. Grupos musculares de membros inferiores, brac;:os, ombros, costas,
peitoral, coluna lombar e abdome sao estruturas extremamente solicitadas durante
as competic;:oes. Nos period os de competic;:ao, entre uma prova e outra, ap6s ter
atingido um nivel de excelemcia em forc;:a,trabalha-se a fase de manutenc;:ao, com 0
objetivo de manter 0 que se conseguiu em forc;:a ate entao. Para as crianc;:as e
importante uma avaliac;:ao clinica, para verificar 0 nivel de maturac;:ao sexual e 6ssea
para 0 inicio de um trabalho com pesos, alem da necessidade de um
acompanhamento especializado.
Sabe-se que durante a prova realizam-se inumeras contrac;:oes musculares
que levam a fadiga, mecanisme do qual pode ser aliviado e suportado em maior
tempo se a resistencia muscular for treinada de forma adequada e continua. 0 local
mais indicado para 0 treinamento com pesos seria uma academia bem estruturada
com equipamentos variados e com professores de Educac;:ao Fisica capacitados, e
que, de preferencia, tivessem experiemcia com a modalidade.
Alem disso, devera haver avaliac;:oes fisicas peri6dicas, com 0 objetivo de
reavaliar as cargas de treinamento para a devida progressao no trabalho, para que
nao haja sobrecarga excess iva ocasionando possiveis lesoes. 0 treinamento de
forc;:a requer paciencia e perseveranya. Nao se consegue de forma saudavel bons
resultados em curto prazo.
2.9 ALiMENTA<;:AO E MOTOVELOCIDADE
Segundo Weineck (1999, p. 637), "a finalidade da alimentac;:ao e saldar a
demanda energetica basica e a demand a energetica de desempenho". Para
qualquer atleta essa compensac;:ao e muito importante, pois 0 alto desempenho no
esporte profissional somente pode ser atingido tendo como base um treinamento
adequado e uma boa alimentac;:ao. A alimentac;:ao deve ser tal que garanta 0
30
equilibrio entre balanyo cal6rico, 0 balanyo de nutrientes, 0 balanyo mineral, 0
balanyo vitaminico e 0 balanyo hid rico.
Oliveira (op. cit), recomenda como essenciais para uma dieta adequada para
pilotos de motovelocidade, uma alimentayao que leve em conta as demandas
cal6ricas da modalidade, prefer€lncias dieteticas do piloto e composiyao corporal. Na
verdade e dificil ter uma alimentayao ideal para um rendimento espetacular na
corrida, mas existe a necessidade de uma avaliayao minuciosa do estado nutricional
do individuo, a fim de seguir e obedecer a um planejamento de ingesta cal6rica
especifica, eficiente e individualizada.
Quanto ao uso de suplementos alimentares para complementar a dieta, as
pesquisas na area de nutriyao esportiva estao longe de serem completadas, mas
existe um consenso geral que estabelece que pessoas fisicamente ativas nao
necessitam de nutrientes adicionais alem daqueles existentes em uma alimentayao
balanceada.
o corpo humano tem necessidades de macronutrientes como os carboidratos,
as gorduras e as proteinas para 0 perfeito funcionamento de todos os sistemas do
organismo. A ingestao de carboidratos e necessaria na modalidade de longa
durayao, nao s6 nos dias de competiyao, mas durante todo 0 periodo de
treinamento. Os pilotos que correm em provas de longa durayao experimentam, com
freqOencia, um estado de fadiga cr6nica no qual em dias de treinamento arduo
tornam-se progressivamente mais dificeis. Esse cansayo pode estar relacionado a
uma depleyao das reservas de carboidratos no organismo, acarretando numa queda
significativa de performance.
Nos dias de prova observam-se cardapios variados (hamburguer, ovos,
churrasco) ricos em gorduras e proteinas entre os pilotos na area de acampamento,
nao correspondendo de forma adequada ao que se deveria ser ingerido para
atender a demand a energetica que a modalidade exige, bem como uma facil
digestao dos alimentos. 0 principal objetivo da refeiyao pre-competiyao e 0 de
fornecer ao piloto energia suficiente proveniente dos carboidratos e garantir uma
hidratavao ideal. As preferencias alimentares do atieta, 0 estresse psicol6gico da
competiyao e a digestibilidade dos alimentos devem ser levados em conta ao
31
individualizar 0 plano das refeiy6es. Como regra geral, os alimentos ricos em
gorduras e proteinas deveriam ser eliminados da dieta no dia da corrida, pois esses
alimentos sao digeridos lentamente e permanecem no sistema digestorio por um
periodo maior que os alimentos que contem quantidades semelhantes de energia na
forma de carboidratos. Com 0 aumento do estresse e da tensao que precede a
corrida, pode haver uma reduyao significativa no fiuxo sanguineo para 0 sistema
digestorio e uma queda concomitante na absoryao intestinal. Alem disso, a falta do
carboidrato gera a depleyao das reservas de glicogenio nos musculos e no figado
prejudicando a performance. Com uma dieta rica em proteinas, a digestao, a
absoryao e a assimilayao hi! um aumento do gasto calorico em repouso muito mais
do que uma refeiyao rica em carboidratos. Estando 0 calor metabolico aumentado hi!
uma sobrecarga adicional aos mecanismos corpora is responsaveis pela dissipayao
de calor, podendo prejudicar a performance em dias quentes. Alem disso, 0
fracionamento da proteina para a produyao de energia facilita a desidratayao
durante a corrida.
Portanto, em condiy6es "ideais", uma refeiyao pre-competiyao contendo 150 a
300 9 de carboidratos, consumida 3 a 4 horas antes da prova, comporta 0 potencial
de aprimorar 0 desempenho por maximizar 0 armazenamento de energia nos
musculos e no figado. Ah~m disso, a refeiyao pre-competiyao so tera significado real
se 0 piloto tiver adotado uma dieta nutricionalmente saudavel durante todo 0
treinamento.
2.10 AVALlAC;Ao FislCA NA MOTOVELOCIDADE
Um grande numero de pessoas interessadas na pratica de exercicios fisicos,
geralmente nao costuma ter uma orientayao que seja suficientemente adequada asua condiyao fisica. Mesmo assim, inicia e acaba desistindo por falta de motivayao
ou mesmo se lesionando. Nao e possivel orientar um individuo, para que caminhe
todo 0 dia por 30 minutos, para melhorar os possiveis riscos cardiovasculares e sua
qualidade de vida, sem uma devida avaliayao e orientayao da condiyao do seu
32
organismo. No entanto, sabe-se de todos os beneficios que a atividade fisica pode
proporcionar, desde que bem orientada. Em qualquer modalidade, inclusive 0
motovelocidade em que e necessaria uma avaliac;:ao da condic;:ao organica do piloto,
sabendo que condicionamento fisico, tecnica e bom equipamento estao interligados
para uma boa performance nas pistas.
Uma boa avaliac;:ao fisica envolve variaveis cardiovasculares,
neuromusculares, nutricionais e psicosociais. Por isso, deveria ser realizada sempre
que 0 individuo iniciasse qualquer atividade fisica. Essa avaliac;:ao peri6dica deveria
constar de informac;:6es e testes que envolveriam a area medica, a Educac;:ao Fisica,
a Nutric;:ao e a Psicologia, para analise e prescric;:ao de treinamento, principalmente
quando 0 individuo ja ultrapassou os 35 anos ou apresenta fatores de risco
cardiovasculares (hipertensao arterial, tabagismo, altos niveis de colesterol, glicemia
alta, excesso de peso, hereditariedade).
A analise clinica medica envolve cuidados do ponto de vista cardiovascular,
respirat6rio e ortopedico, somado a uma investigac;:ao do professor de Educac;:ao
Fisica que deve envolver variaveis antropometricas, composic;:ao corporal, analise
postural, variaveis metab6licas (testes cardiorespirat6rios) e neuromusculares
(testes de resistencia muscular). A partir dai formula-se informac;:6es importantes
para 0 sucesso do treinamento com seguranc;:a. A avaliac;:ao nutricional, psicol6gica e
social seria alguns dos itens tambem importantes para uma avaliac;:ao da condic;:ao
organica para a indicac;:ao da melhor atividade para 0 piloto. Neste sentido a
avaliac;:ao fisica teria os seguintes objetivos:
- Avaliar a aptidao fisica global do piloto, ao iniciar a pratica de exercicios
como medida de seguranc;:a;
Obter parametros e informac;:6es sobre a condic;:ao fisica do piloto para que
o objetivo dele seja alcanc;:ado rapidamente;
- Detectar deficiencias, permitindo uma orientac;:ao para supera-Ias;
- Formar uma base para prescric;:ao de exercicios mais indicados conforme
a individualidade biol6gica do atleta;
33
Orientar, corrigir e acompanhar a evolw;:ao de possiveis problemas
posturais;
- Estabelecer uma linha inicial de trabalho para compara~6es futuras;
- Acompanhar 0 progresso do piloto, estabelecendo e reciclando 0
programa de treinamento periodicamente, baseado nas data de
competi~ao;
Impedir que a atividade fisica aplicada, seja um fator de agressao,
rompendo 0 equilibrio orgi.'tnico e desencadeando possiveis les6es.
Contudo, percebe-se que hit mais preocupa~ao dos pilotos com 0
desempenho da mota do que com a propria saude. Excelente talento tecnico, boa
mota e bom condicionamento fisico levam ao sucesso nas pistas, porem sem saude
nao se vai a lugar nenhum.
34
3 METODOLOGIA
3.1 TIPOS DE PESQUISA
Pelas caracteristicas pr6prias deste trabalho, optou-se pela pesquisa
descritiva, tipo explarat6ria.
Eo explorat6ria porque, segundo Vergara (2000), 0 tema ainda nao foi
explorado suficientemente, cabendo ac;:oessobre ele, 0 que conduz ao diagn6stico.
Caracteriza-se tambem como pesquisa de campo, porque foram entrevistados
20 participantes de provas de motovelocidade de Curitiba.
3.2 POPULA<;:AO/AMOSTRA
3.2.1 POPULA<;:AO
A populac;:ao no trabalho foram amadores que praticam motovelocidade no
aut6dromo Internacional de Curitiba.
3.2.2 AMOSTRA
A amostra foi composta par 20 amadores que praticam motovelocidade,
sendo 19 do sexo masculino e 1 do sexo feminino, sendo todos os entrevistados
voluntarios.
3.3 LlMITA<;:OES
Nao foi comparado 0 sexo devido a todos os pilotos serem voluntarios.
Algumas pessoas se recusaram a responder 0 questionario, alegando nao ter
interesse em participar desta pesquisa.
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3. 4 INSTRUMENTO
A coleta de dados foi feita por meio de um questionario contendo vinte
perguntas abertas e fechadas, especificamente sobre 0 tema desta pesquisa,
valid ada por tres professores altamente qualificados no assunto.
3.5 ANALISE DOS DADOS
A analise dos dad os foram feitas at raves de graficos de porcentagem, como
podera ser observado a seguir.
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4 APRESENTACAO E ANALISE DOS RESULTADOS
A analise foi feita sobre as respostas dadas ao questionario.
A primeira questao refere-se a profissao do entrevistado, onde a maioria dos
entrevistados e composta par estudantes e industriarios.
Segunda questao: Tem 0 habito de usar motocicleta no dia-a-dia? 0 grafico nO
1 a seguir traz esse demonstrativo, onde 70% dos entrevistados possuem 0 habito
de usar a motocicleta dia-a-dia e 30% dos entrevistados nao possuem 0 habito.
Quadro 1 - Habito de usar motocicleta
QUESTAOSIM NAO
N° 1 % N° I %2 14 I 70 6 I 30
SIM·70%
QUESTAO N° 2
NAO30%
Grafico nO 1 - Habito de usar motocicleta
Esse resultado demonstra que a maioria dos entrevistados utiliza a
motocicleta em seu cotidiano. Entretanto, compoe-se apenas de um dado estatistico
neste momento, sem grande relevancia para 0 que se pretende neste trabalho, que
e 0 usa da motocicleta em competic;;6es.
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Terceira questao: Ha quanto tempo pratica motovelocidade? 0 grafico nO2
resume as respostas dos entrevistados, onde 30% dos entrevistados tem de 0 a 2
anos de pratica, 35% tem de 3 a 5 anos de pratica e 35% tem mais de 6 anos de
pratica.
Quadro 2 - Tempo de pratica
QUESTAOo a 2 anos 3 a 5 anos mais de 6 anosN° I % N° I % N° I %
3 6 I 30 7 I 35 7 I 35
QUESTAO 3de 0 a 2anos30%
mais de 6anos35%
de 3 a 5• anos
35%
Grafico nO2 - Tempo de pratica
Houve em pate entre de tres a cinco anos e mais de seis anos. Como visto na
teoria levantada para este trabalho, essa pratica requer treinamento fisico, como
qualquer outro esporte, demandando tempo para ser dedicado ao treinamento,
pratica a ser verificada nas pr6ximas quest6es.
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Questao quatro: Disputa campeonatos? 0 grafico nO 3 a seguir traz 0
demonstrativo das respostas, onde 40% dos entrevistados disputam campeonatos
enquanto 60% dos entrevistados nao disputam campeonatos.
Quadro 3 - Disputa campeonatos
QUEST.A.O SIM NAoN° I % N° I %
4 8 I 40 12 I 60
NAO60%
SIM40%
QUESTA04
Griltico nO3 - Disputa campeonatos
Percebe-se que a maioria dos entrevistados nao disputa campeonatos,
usando a motovelocidade apenas como esporte de lazer, 0 que nao dispensa 0
treinamento, para nao prejudicar 0 corpo.
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Questao cinco: Voce se preocupa em fazer aquecimento antes do inicio de
cada fase do treinamento? 0 grafico a seguir, resume as respostas dos
entrevistados, onde 40% dos entrevistados faz 0 aquecimento, enquanto 60% nao
faz 0 aquecimento.
Quadro 4 - Faz aquecimento
QUESTAo SIM NAON° I % N° I %
5 8 I 40 12 I 60
SIM~ 40%
QUESTAo 5
NAO60%
Grafico nO4 - Faz aquecimento
A mesma maior da questao anterior, isto e, os que praticam a motovelocidade
apenas como laser, nao se preocupa em fazer aquecimento. Vale lembrar 0 que
disse Weineck (1999, p. 617) sobre aquecimento. Para esse autor, 0 aquecimento
significa "as medidas que servem como preparayao para 0 esporte (seja 0 para 0
treinamento ou para competiyoes). 0 aquecimento visa a obtenyao do estado ideal
psiquico e fisico, a preparayao cinetica e coordenativa e a prevenyao de lesoes". Dai
sua importancia, mesmo que a pratica nao esteja voltada a competiyoes.
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Questao seis: Faz algum tipo de condicionamento fisico? 0 grafico nO 5 a
seguir resume as respostas dos entrevistados, onde 30% dos entrevistados faz
condicionamento fisico e 70% dos entrevistados nao faz 0 condicionamento fisico.
Quadro 5 - Faz condicionamento fisico
QUEST.A.O SIM NAoN° I % N° I %
6 7 I 30 131 70
NAO65%
SIM35%
QUESTAO 6
Grafico nO5 - Faz condicionamento fisico
Novamente a resposta da maio ria foi negativa. Na qualidade de futuro
professor de Educa~o Fisica, este pesquisador tem conhecimento do beneficio que
o condicionamento fisico traz para os esportistas. No entanto, as respostas indicam
que os entrevistados nao tem conhecimento dos desses beneficios.
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Questao sete: Faz treinamento fisico especifico para a motovelocidade? 0
grafico nO6 a seguir resume as respostas dos entrevistados, onde 30% dos
entrevistados faz treinamento fisico especifico e 70% nao faz.
Quadro 6 - Faz treinamento fisico especifico
QUESTAOSIM NAO
N° I % N° I %7 6 I 30 14 I 70
SIM30%
QUESTAO 7
NAO70%
Grafico nO6 - Faz treinamento fisico especifico
A resposta negativa continua a se constituir em maioria pelos entrevistados.
Um treinamento destinado especificamente para um esporte, contribui, entre outros
beneficios, para a reduc;:ao dos niveis de pressao arterial, frequEmcia cardiaca e
metabolismo. As respostas denotam, novamente, desconhecimento desses
beneficios.
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Questao oito: Conhece algum praticante que realmente se preocupe com 0
condicionamento fisico especifico? 0 gritfico nO7 demonstra as respostas obtidas,
onde 50% dos entrevistados se preocupam com 0 condicionamento fisico e 50% dos
entrevistados nao.
Quadro 7 - Conhecimento de praticantes que se preocupam com 0
condicionamento fisico.
QUESTAoSIM NAO
N° I % N° I %8 10 I 50 10 I 50
NAO50% ~ SIM....,~50%
QUESTAO 8
Grafico nO7 - Conhecimento de praticantes que se preocupam com 0
condicionamento fisico.
Essas respostas parecem indicar que os entrevistados sabem dos beneficios
dos exercicios para a pratica do esporte, po is a metade deles diz conhecer quem faz
uso do condicionamento fisico, 0 que denota uma certa contradi9aO com as
respostas anteriores.
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Questao nove: Que outr~ tipo de pratica esportiva desenvolve? 0 grafico nO8
resume as respostas, onde os esportes praticados foram 0 futebol com 30%, 0
voleibol com 20%, a musculac;:ao com 45% e 0 tenis com 5%.
Quadro 8 - Tipo de pratica esportiva
QUESTAO ESPORTE N° %FUTEBOL 6 30
9 VOLEIBOL 4 20MUSCULA<;Ao 9 45TENIS 1 5
renis5%
Musculac;ao ~45% l::::=:j '-I
Futebol
QUESTAO 9
Voleibol20%
Grafico nO8 - Tipo de pratica esportiva
Contraditoriamente as respostas das primeiras quest6es, nesta, os
entrevistados demonstram reconhecer a importancia da atividade fisica, pois todos,
em menor ou maior grau, praticam alguma modalidade. A musculac;:ao foi a
modalidade que obteve maior porcentagem.
Vale novamente lembrar 0 que ja foi referido sobre a musculac;:ao no
levantamento te6rico desde trabalho. Essa pratica refere-se a preparac;:ao fisica para
o desenvolvimento das qualidades fisicas relacionadas com estruturas musculares.
Seus beneficios sao grandes, mas nao invalida a pratica dos outros esportes. No
entanto, para todo e qualquer esporte 0 treinamento fisico e importante, como ja
referido ao longo deste trabalho.
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Questao 10: Com que freqOemcia pratica essa atividade? 0 grafico nO 9
apresenta as respostas dos entrevistados, onde temos as seguintes freqOencias de
1 vez por semana (20% dos entrevistados), 2 vezes par semana (30% dos
entrevistados), 3 vezes por semana (5% dos entrevistados), 4 vezes por semana
(0% dos entrevistados) e 5 vezes por semana (45% dos entrevistados).
Quadro 9 - Frequencia das atividades
QUESTAo FREQUENCIA N° %1X PI SEMANA 4 202X PI SEMANA 6 30
10 3X PI SEMANA 1 54X PI SEMANA 0 05X PI SEMANA 9 45
0%5%
01 x por semana
2 x por semana
03 x por semana
D 4 x por semana
.5 x por semana
QUESTAO 10
45%
Griflfico nO9 - Frequencia das atividades
Cinco vezes por semana e a maior freqOencia utilizada pelos entrevistados. A
grande diferenc;:a esta nos que praticam duas vezes par semana (5%). A freqOencia
de atividades fisicas deve variar com as condic;:6es da pessoa. 0 professor de
Educac;:ao Fisica, contando com a ajuda profissional de um medico, sabera
determinar tal freqOencia. 0 ideal, e que a pessoa comece e va aumentando essa
freqOencia de acordo com os seus pr6prios resultados.
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Questao 11: Voce acredita que 0 corredor de motovelocidade condicionado
fisicamente esta apto para obter melhores resultados? Pelo grafico nO 10 pode-se
conferir as respostas, onde 100% dos entrevistados acredita estar apto para obter
melhores resultados se estiver condicionado fisicamente.
Quadro 10 - Aptidao para a motovelocidade pelo condicionamento fisico
QUESTAo SIM NAoN° I % N° I %
11 20 1100 010
..).
QUESTAO 11
NAO0%
ISIM100%
Grafico nO10 - Aptidao para a motovelocidade pelo condicionamento fisico
Pode-se perceber, finalmente, que os entrevistados sabem da necessidade
do condicionamento fisico para a pratica de um esporte. Todavia, e importante que a
pessoa que se disp6e a praticar a motovelocidade passe por uma avaliac;:ao que
verifique sua aptidao fisica global, como medida de seguranc;:a para a pratica desse
esporte.
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5 CONCLUsAo
Este trabalho tinha como objetivo geral a observa9ao da necessidade de
condicionamento fisico, nao s6 para os praticantes de motovelocidade, mas para
todo e qualquer esporte, seja profissional ou apenas amador, sendo atingido como
esperado.
Pode-se verificar os fatores que fazem parte do treinamento fisico dos pilotos
amadores praticantes da motovelocidade.
Com a defini9ao do perfil pode-se observar que nenhum dos pilotos preocupa-
se com 0 treinamento, ja que a pesquisa foi feita apenas com motovelocistas
amadores voluntarios, onde apesar de terem conhecimento dos beneficios do
condicionamento fisico, nao 0 utilizam em seu esporte.
Analisando os fatores considerados importantes para 0 treinamento, foi
verificado que todos os entrevistados praticam, ah~m da motovelocidade, outro tipo
de esporte, mas nenhum deles, entretanto, faz condicionamento fisico para a
motovelocidade.
Eo importante mostrar as pessoas, que cada esporte requer um tipo especifico
de condicionamento fisico, que requer ainda, adapta90es, que variam de pessoa
para pessoa. Nisso reside uma das principais importancias de um professor de
Educa~o Fisica junto aos praticantes de esportes.
Chama-se a aten9ao ainda, para os beneficios que 0 condicionamento fisico
traz a vida cotidiana das pessoas. Grande parte dessas pessoas tem um trabalho
sedentario, e sem adicionar algum exercicio fisico comprometera sua qualidade de
vida. Ja para quem pratica motovelocidade, deve estar consciente de que 0
condicionamento fisico bem orientado e capital para a sua performance e
continuidade do esporte.
Para finalizar, espera-se que este trabalho possa servir de fonte de
consulta ou mesmo de base para outros que resolvam abordar 0 mesmo assunto.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALTER. Michal J. Alongamento para os esportes. Sao Paulo: Manole, 1999.
WEINECK, Jurgen. Treinamento ideal. Sao Paulo: Manole, 1999.
OLIVEIRA, Roberto Cesar. http://www.motox.com.br/PubIiXlindex.asp?id=210.Acessado em 20/12/04.
TUBINO, Gomes. Metodologia cientifica do treinamento desportivo. 3. ed. SaoPaulo: IBRASA, 1984.
VERGARA, Sylvia Cosntant. Projetos e relatorios de pesquisa em administra!;30.3. ed. Sao Paulo: Atlas, 2000.
http://www.mundomoto.com.br/historias/historiamoto.htmlAcessado em 20/12/04.
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Ap€mdiceQUESTIONARIO
NOME _
1. Profissao: _
2. Tem 0 habito de usar motocicleta no dia-a-dia?
( ) sim ( ) nao
3. Ha quanto tempo pratica motovelocidade?
( ) de 0 a 2 anos ( ) de 3 a 5 anos ( ) mais de 6 anos
4. Disputa campeonatos?
( ) sim () nao
5. Voce se preocupa em fazer aquecimento antes do inicio de cada fase do
treinamento?
( ) sim nao
6. Faz algum tipo de condicionamento fisico?
( ) sim () nao
7. Faz treinamento fisico especifico para a motovelocidade?
( ) sim () nao
8. Conhece algum praticante que realmente se preocupe com 0
condicionamento fisico especifico?
( ) sim () nao
9. Que outro tipo de pratica esportiva desenvolve?
10. Com que frequencia pratica essa atividade?
11.Voce acredita que 0 corredor de motovelocidade condicionado fisicamente
esta apto para obter melhores resultados?
( ) sim () nao
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