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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Welington Z Mayer Ronnan do Nascimento
Rafael dias Augusto
CONFIABILIDADE MANUTENÇÃO AERONÁUTICA
CURITBA 2008
1
Welington Z Mayer
Ronnan do Nascimento
Rafael Dias Augusto
CONFIABILIDADE MANUTENÇÃO AERONAUTICA
A presente monografia como requisito aplicativo para obtenção de grau de tecnólogo de manutenção de aeronaves da faculdade de Ciências Aeronáutica da Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador: Prof. Ramirez
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação,da Faculdade de Ciências Aeronauticas da Universidade Tuiuti do Paraná, como parte das exigências para a obtenção do título de Tecnólogo de Manutenção de Aeronaves
CURITIBA 2008
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TERMO DE APROVAÇÃO
Welington Z Mayer
Ronnan do Nascimento
Rafael Dias Augusto
CONFIABILIDADE MANUTENÇÃO AERONAUTICA Essa monografia foi julgada e aprovada para obtenção do titulo de Tecnólogo de Manutenção de Aeronaves da Faculdade de Ciências Aeronáutica da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba 20 de novembro de 2008
_________________________________________________
Tecnólogo de Manutenção de Aeronaves Coordenador Prof. José Novaes Patriota
Faculdade de Ciências Aeronauticas
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador: ____________________ Prof. Ramirez
3
Dedico este meu trabalho a todos os professores ,que diretamente ou indiretamente contribuíram para o meu sucesso profissional.
4
RESUMO O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a confiabilidade aeronáutica e os seus materiais; bem como o desenvolvimento nas elaborações de metas e normas estabelecidas nas manutenções. Visando cada vez mais a melhoria da própria manutenção bem como seus componentes ,onde especifica ,ferramentas especiais ,para manutenção ,e transporte dando um coeficiente ,na elaboração de cada tarefa a ser realizada. Palavras-Chave: Confiabilidade Aeronáutica.
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LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 Fábrica Shanghai China......................................................................... 13 Figura 2- Confiabilidade no trem de pouso ......................................................... 17 Figura 3-Inspeção visual, detalhada..................................................................... 18 Figura 4-Mecânico em sua inspeção detalhada................................................... 21 Figura 5-Procedimento de segurança na fabricação............................................ 22 Figura 6-Revisão .................................................................................................. 25 Figura 7-Trem de Pouso em perfeitas condições................................................... 27 Figura 8-Turbina em uma revisão de rotina.............................................................25 Figura 9-Teste da Turbina....................................................................................... 28 Figura 10-Ferramentas especiais para Transporte .................................................29 Figura 11-Ferramentas especiais para Manutenção ...............................................30 Figura 12-Cabine de comando ................................................................................31
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 07 2. A GRANDE CONFIABILIDADE ................................................................. 11 3. O CONCEITO DE CONFIABILIDADE ....................................................... 12 4. A CONFIABILIDADE INICIAL.................................................................... 14 5. A FROTA REDUZIDA................................................................................ 15 6. MANUTENÇÃO CORRETIVA ................................................................... 16 7. METODOLOGIA PREDITIVA .......................................................................18 8. CONTROLE DE QUALIDADE ......................................................................31
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1- INTRODUÇÃO
No mundo avançado da tecnologia, e equipamentos de materiais, tiveram
uma autonomia no desenvolvimento em técnicas estratégias, recursos que
desenvolveram um conhecimento sólido na conquista para novas criações,a analise
de qualidades, tecnológicas de ponta com recursos altamente qualificados na
fabricação aeronáutica.
Em materiais de alta tecnologia, diversas dimensões da qualidade estão
envolvidas quando a operação, embute um risco elevado a confiabilidade destaca-se
das demais dimensões pelo seguinte motivo na ocorrência de falhas que poderá
causar danos irreversíveis.
Com o crescimento da tecnologia tem levado a humanidade para muito
além da natureza terrestre aventuram ao necessário aporte cientifico sendo o
acompanhamento da confiabilidade de risco,uma das preocupação constante e os
exemplos recentes trazem a diferença significativa entre possibilidade e
probabilidade.
8
No que se diz respeito fabricantes, e mecânicos e toda equipe técnica estão
sempre em busca da qualidade, e tendo como objetivo a confiabilidade na
aeronavegabilidade.
Estudos demonstraram aplicação da teoria da confiabilidade tendo assim
vantagens tecnológicas através da confiabilidade do material aeronáutico por meio
de exames minucioso do desempenho mecânico de aviação durante o respectivo
ciclo de vida de cada componente, visando a economia .
Tendo como um componente uma analise criteriosa como , ciclo de vida tipo
de manutenção para servir de amostra ao produto de confiabilidade, estabelecendo
assim coleta de dados nos padrões, medidas periodicidade e indicadores de
qualidade.
Em uma aeronave para ser certificada precisa atender todas as
especificações técnicas nas regulamentações internacionais. A legislação por meio
da portaria nº 285DGAC de 06 de agosto de 1990; bem como requisitos de aero
navegabilidade o qual aprova o regulamento brasileiro de homologação
aeronautica25(RBHA25) regulamentação internacional.
Outro meta esta no administrador que busca da eficiência sem limites ,no
qual gera lucros nas aeronaves antigas que são usadas ao limite extremo no maior
aproveitamento desempenhando e fazendo com que a confiabilidade se torne
deficiente.
9
Entretanto na publicação técnica do fabricante a mesma os equipamentos
podem apresentar desempenhos inferiores, devido à longa ficha de serviços, e por
isto deveriam trabalhar com maior margem de segurança.
No que se diz respeito seria conveniente o engenheiro ou tecnólogo para
ajustar os cálculos devidos com total confiabilidade e segurança.
A confiabilidade independe do seu nível de aplicação, apresenta os mesmos
fundamentos, seja para o fabricante de componentes, seja para a operadora;
entretanto na prática observa aplicações distintas desses conceitos uma vez que o
fabricante tem uma autonomia limitada ao prazo da entrega do produto final mesmo
que haja alterações no projeto os componentes que já foram entregues não
apresentam tais correções incorporadas demandado do operador alguns cuidados
adicionais.
Com tamanha revolução tecnológica a sociedade mal toma conhecimento
dos estudos necessários para se chegar ao estagio atual, encarando com
naturalidade e considerando descartáveis os aparatos que se quer consegue
compreender seus princípios de funcionamento, no que se refere às viagens
espaciais se que se tornaram constante em que o homem esta tentando se ajustar
aos avanços tecnológicos .
Além do abstruso desenvolvimento , multidisciplinares engendram sistemas
que não operados por profissionais de outras áreas como ocorre na aviação. Um
10
piloto não recebe uma formação, conhecimentos acerca de materiais compostos,
sistema eletrônicos geração de energia ou normas de homologação de produtos
aeronáuticos.
Esta mesma citação ocorre com a confiabilidade conceito que acompanha
e alavanca a revolução tecnológica tendo se tornado extremamente relevante
aplicado nos dias de hoje, entretanto também tem sido bastante comum pelos
usuários que podem sofrer as conseqüências .
Entretanto a segurança não depende somente da operação, mas requer
todo um aparato aeroportuário uma vez que a maior ocorrência de acidentes esta
vinculada as operações de pouso e decolagem conforme relatório do centro de
investigação de acidentes aeronáuticos (CENIPA).Centro de investigação e
prevenção de acidentes.
Como se pode perceber o desenvolvimento de tecnologia acarreta
benefícios sem fim, e também inúmeros desafios, a variedade de produtos,
processos de materiais e conhecimento que surgem constantemente, demanda uma
enorme capacidade de atualização e adaptação dos envolvidos para que a
incorporação destas tecnologias e as conseqüências benesses, sejam conduzidas
sem atritos e com a qualidade esperada.
A evolução da tecnologia e, Consequentemente o aumento da
complexidade dos sistemas tem aberto um espaço cada vez maior para o conceito
11
de qualidade durante o desenvolvimento e avaliação de projeto englobando área
como confiabilidade planejamentos experimentais e otimização de sistemas.
2. A GRANDE COMPLEXIDADE
A grande complexidade em se projetar e analisar novos projetos é a
inserção de novas tecnologias que envolvem aspectos multidisciplinares assim o
desenvolvimento e melhoria de projeto e produto colocam os projetistas frente a
diversas fontes de variabilidade como por exemplo as propriedades dos materiais
condições operacionais e ambientais e incertezas nas suposições feitas sobre seu
funcionamento.
Percebe-se então que o operador de sistemas complexos, com novas
tecnologias incorporadas, também está sujeito aos mesmos desafios , uma vez que
repousa sobre seus ombros toda responsabilidade destas operação que pode
envolver grandes montantes financeiros .
Outro aspecto, a necessidade de se compreender os conceitos da
confiabilidade nos dias de hoje é a grande concentração de pessoas em artefatos
ditos produtivos ou eficientes .qualquer imprevisto pode se tornar em uma grande
tragédia .isto não é diferente para um arranha céu, trem, transatlântico ou aeronave,
sendo necessário um gerenciamento especial da segurança e da confiabilidade de
sistemas críticos.
12
3. O CONCEITO DE CONFIABILIDADE
Começou a ser empregado após a grande guerra graças ao crescimento do
desenvolvimento aeronáutico.
Diversas outras áreas alem da indústria aeronáutica também vem
empregando as bases teóricas da confiabilidade, investigaram a confiabilidade dos
adesivos comerciais para colagem de dissipadores de calor em equipamento
eletrônico, a confiabilidade aparece como a mais importante dimensão para se
avaliar tal qualidade.
Inúmeras áreas de aproveitamento a confiabilidade restrita a fria equações
desenvolvidas nas pranchetas dos projetistas tornam–se um risco desnecessário
seja para uma pequena companhia de aviação comercial seja para uma agência
espacial de grande porte, a teoria da confiabilidade precisa estar presente em todas
as fases do ciclo de vida de um produto começando no projeto, desenvolvimento e,
planejamento prosseguindo na operação correta.
13
Figura 1 Fabria SHANGHAI CHINA
Confiabilidade na era espacial automação e computadores máquinas e
equipamentos sofisticados complexos um velho problema reapareceu como uma
nova urgência determinar por quanto tempo espera-se que um produto funcione
apropriadamente o quanto é confiável este produto.
A confiabilidade é definida de maneira muito semelhante por diversos
autores e possuem pontos de convergências que são probabilidade, função, missão,
tempo e condições.
14
Analisando estas definições em especial os pontos de convergência
percebe-se a necessidade de se quantificar ou mensurar a confiabilidade pois ela
precisa ser expressa em termos de probabilidade.foco desempenho da eficácia no
funcionamento o dispositivo precisa finalizar corretamente a tarefa para se
considerar confiável.
Diversos estudos sobre confiabilidade e suas aplicações tem trazido valiosa
contribuição não só para o meio cientifico, mas principalmente para toda a
sociedade.
Durante projeto em teste de confiabilidade de um equipamento é medida e
caso não esteja dentro de parâmetros aceitáveis o mesmo será reprojetado ou
recebera um dispositivo que atuara em paralelo como uma reserva de segurança.
4. A CONFIABILIDADE INICIAL
A confiabilidade inicial do equipamento isolado não será alterada, entretanto
a confiabilidade final do sistema criado será aumentada.
Em aeronaves devido ao risco natural da atividade a confiabilidade deve ser
elevada, entretanto com a degradação dos componentes ao longo de sua vida útil
devido a fatores como tempo de uso corrosão inexistência de peças de reposição
originais e tensões aplicadas teremos uma significativa redução deste valor.
15
A confiabilidade tem por jus a manutenção preventiva realizada
independentemente de falhas em intervalos programados determinados em horas de
funcionamento quantidade de ciclo ou prazo de validade baseado em uma
estimativa média de ocorrência de falhas.
Nesta metodologia o dispositivo ou sistema recebe uma intervenção sem
que tenha apresentado qualquer tipo de falhas.
Obviamente em frotas grandes nas quais uma unidade representa pequeno
percentual, ou para componentes de pequeno valor de reparo ou aquisição .e que
sejam críticos esta metodologia é bastante recomendada pois não implica em
parada súbita da produção.
5. FROTA REDUZIDAS
Mesmo que o item seja de valor um pouco mais elevado essa metodologia
traz o beneficio da previsibilidade o que caberá ao engenheiro do processo analisar
o custo em relação ao beneficio de se manter uma disponibilidade desejada.
16
6. MANUTENÇÃO CORRETIVA
A manutenção corretiva é realizada sempre que ocorrer uma situação
indesejada no intuito de restaurar a condição operacional de um determinado
equipamento, o dispositivo permanece em operação ate falhar o que resulta na
imprevisibilidade da interferência em termos de prazo e matéria necessário uma vez
que a falha só e conhecida após sua ocorrência esta metodologia não deve ser
aplicada em itens críticos que implique em prejuízos inaceitáveis como acidentes
,perdas humanas ou valores elevados .para itens não críticos essa metodologia é
simples e recomendada pois não gera desperdício da vida útil.
Manutenção corretiva é a que acarreta maiores custos associados a perda
de produção uma vez que as paradas são inesperadas e não há possibilidade de se
efetuar um planejamento eficiente.
Atualmente a manutenção de aeronaves esta baseada nesta duas principais
metodologias em ambos os casos os manuais técnicos contem o tipo de
manutenção necessária contudo não levam em consideração as variação existentes
nas unidades em operação tampouco a variação na operação propriamente dita ou
fatores de planejamento de manutenção como peça em estoque, quantidade e
disponibilidade da frota e oportunidade de realização da intervenção.
Além disto, o ciclo de vida que prevê a revisão substituição ou desativação
de um equipamento ou sistema, frequentemente se encontra apoiado em medidas
insuficientes como tempo (horas dias) ou quantidade de uso (ciclos).
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Foto2 Confiabilidade no trem de pouso e suas revisões u13461699 Lushpix Royalty Free
Muitas vezes depois de terminado período um sistema é desativado fora do
prazo ideal, causando prejuízos. Nos casos de desativação prematura ocorre o
desperdício de sua vida útil caso a desativação esteja planejada para alem da
capacidade real os prejuízos serão contabilizados durante as investigações dos
acidentes que poderão ocorrer.
Os sistemas de manutenção mais recentes pregam a possibilidade de uma terceira
via denominada manutenção preventiva.
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Foto3 Inspeção Visual Detalhada
“Monitorar parâmetros que caracterizem a condição de operação da maquina de forma a poder detectar prever a época da provável ocorrência e se possível diagnosticar o tipo de defeito para que se possa planejar a operação de manutenção na ocasião e na forma mais conveniente.”
9. A METODOLOGIA PREDITIVA
Este tipo de metodologia assemelha–se a preventiva no que tange a
remoção do componente antes de o mesmo apresentar falha, a principal diferença é
a flexibilidade do prazo dessa intervenção sendo fixado antecipadamente na
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preventiva enquanto que a preditiva estabelece a interferência conforme os
resultados obtidos no acompanhamento do desempenho de determinado
dispositivo,buscando o momento ideal de intervenção.
Como citado anteriormente devido a remoção sem falhas a manutenção
preventiva torna-se dispendiosa e poluente pois não emprega o recurso disponível
até próximo ao ponto ideal desperdiçando-se parte de sua vida útil e acarretando
maiores investimentos e material rejeitado.
Esses três métodos: preventivo, corretivo e preditivo, não podem ser
comparados entre si de maneira absoluta de tal forma que aponte um método
melhor ou pior. Há que se analisar varáveis como efeitos de falha custo do
componente e do serviço, viabilidade do acompanhamento, tamanho da frota
disponibilidade desejável planejamento da produção ou operação, dificuldade de
intervenção, oportunidade da intervenção numero de itens em estoque (giro) ou a
disponibilidade junto ao fornecedor e outros considerados pertinentes pelo
engenheiro responsável pelo sistema.
1. Uma nova mentalidade na manutenção de aeronaves 2. Conclusão final para o procedimento na operação 3. Relato de imprudência pela inspeção na pista de
Congonhas no acidente da TAM voo 3054 (ref. Repórter da Agência Brasil – Alex Rodrigues).
Não se quer vocês concluam que estamos pessimistas com relação à nossa
manutenção, pelo contrário, nossa aviação está evoluindo muito no que diz respeito
à qualidade do serviço de manutenção prestado por empresas brasileiras, podemos
20
considerar que nossa mão-de-obra de manutenção efetua trabalhos muito eficientes
quando comparada a países mais desenvolvidos que possuem condições de
trabalho melhores que a nossa, a ANAC (antigo DAC), A PARTIR DO ANO DE 1996,
COM A EMISSÃO DE UMA NOVA REVISÃO DA DAC 3108,1, começou um
processo de atualização de nossa legislação de manutenção e melhoria no que diz
respeito à instrução do profissional da aviação civil, como é o caso dos cursos
ministrados pelo Instituto de Aviação Civil, que contribuíram em muito para o nosso
aprimoramento profissional, resultado disto, é o índice de acidentes em nossa
aviação ser um dos menores do mundo.
Mas, já é tempo, ou melhor, estamos atrasados com relação a uma
discussão mais ampla e profunda dos tópicos acima mencionados, entre outros. É
por isso que nós, profissionais de manutenção, necessitamos que mais espaços,
como este, estejam disponíveis, também, na nossa imprensa especializada de
aviação.
Se quisermos melhorar ainda mais os nossos índices de confiabilidade de
manutenção será preciso que as respostas às perguntas aqui levantadas sejam as
mais positivas possíveis.
1 Instruções de Aviação Civil (IAC) são publicações que contêm instruções de caráter permanente, relativs à organização, às atribuições, ao funcionamento e aos procedimentos dos Órgãos do Sistema de Aviação Civil ou que estabelecem normas para pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, no trato de assuntos relacionados com a ANAC.
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Foto 4 - MECANICO EM SUA INSPEÇÃO DETALHADA
Uma nova mentalidade deve acompanhar cada profissional de manutenção
aeronáutica do Brasil, sejam estes tecnólogos e técnicos, engenheiros ou
administradores. É preciso que nossos técnicos, dissemos, TECNÓLOGOS de
manutenção sejam valorizados pela importância de seu trabalho e o nível de
conhecimento e instrução que possuem .
A nossa postura e orgulho como profissionais de aviação devem ser
exemplares. Você empresário desta atividade deve ter como prioridades:
• a satisfação com ambiente de trabalho;
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• a qualidade do treinamento oferecido e
• o reconhecimento proporcionados a seus profissionais.
E você, usuário do transporte aéreo, alguma vez, no momento de uma
decolagem, parou para pensar nas condições de trabalho da equipe de mecânicos
que efetuou a última inspeção na aeronave? Será que o torque dado nos parafusos
que fixam o berço dos motores foi efetuado de maneira correta?
Pensem bem, quantas pessoas morrem a cada erro médico? E quantas
morreriam, de uma só vez, dentro de um Boeing 747 por um erro de manutenção?
Uma aeronave voa porque foi bem projetada para esta função, porém,
somente continuará a voar com segurança se for bem mantida e nós, senhores,
somos ele vital neste processo.
Foto 5 PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA TOTAL ATÉ NA FABRICAÇÃO
Alguns RBHA (Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica)
tiveram que ser adaptados para nossa realidade e, em alguns casos, as traduções
23
um pouco confusa geram dúvidas sobre as funções e responsabilidades de diversos
profissionais quando funcionários de empresas de manutenção ou de operadores
aéreos. Além disso, a formação inicial de nossos profissionais, no que diz respeito
ao conhecimento de nossa regulamentação, sempre foi difícil entendimento o que
causa equívocos que até hoje encontramos nos registros de manutenção e
liberação de aeronaves. Ainda necessitamos da emissão de mais IACs (Instruções
de Aviação Civil) que venham corrigir e esclarecer alguns pontos contraditórios,
principalmente quanto ao treinamento e funções de certos profissionais de
manutenção.
Dentre estes equívocos cometidos por operadores ou empresas de
manutenção estão a incorreta avaliação sobre a responsabilidade pelo controle de
manutenção e a responsabilidade pela liberação de uma aeronave em condições
aero navegáveis que geram debates intermináveis o qual devemos analisar o qual
não venha a comprometer a confiabilidade na manutenção.
Conforme descrito nos RBHA 91, 121 e 135, no que diz respeito à
conservação e manutenção, o responsável primário pela aero navegabilidade de
uma aeronave é seu proprietário/operador:
91.403.(a): “O proprietário ou o operador de uma aeronave é primariamente o responsável pela conservação dessa aeronave em condições aero navegáveis, incluindo o atendimento ao RBHA 39, subparágrafo 39.13(b)(1) informação de defeitos à ANAC)”.
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135413(a): “Cada detentor de certificado é primariamente responsável pela aero navegabilidade de suas aeronaves, incluindo células, motores, hélices, rotores, equipamentos e partes, deve manter suas aeronaves de acordo com este regulamento e deve reparar os defeitos ocorridos entre as inspeções requeridas pelo RBHA 43”. 121.363: (a) Cada detentor de certificado é o responsável primário pela: (1) aero navegabilidade de seus aviões, incluindo células, motores, hélices, equipamentos e partes dos mesmos; e (2) execução da manutenção, manutenção preventiva, modificações e reparos em seus aviões, incluindo células, motores, hélices, equipamentos normais e de emergência e partes dos mesmos, de acordo com o seu manual e com as normas dos RBHA.
Isto significa que quando a aeronave é operada conforme os RBHA 91, 121
ou 135, o operador é obrigado a realizar o controle da manutenção programada e
corretiva o que, em outras palavras, significa que o operador tem que conhecer o
programa de manutenção da aeronave o qual engloba:
• Tarefas de inspeções; • Controle de componentes com vida limite, inspeções e
revisões programadas; • Cumprimento de diretrizes de aero navegabilidade e
boletins de serviço de cumprimento compulsório.
No caso de uma empresa de transporte aéreo (RBHA 121 ou 135), os
requisitos do RBHA 119 já prevêem a obrigatoriedade de contratação de um
funcionário que irá responder pelo Controle Técnico de Manutenção (CTM) da
empresa e que fará o controle da manutenção programada de cada aeronave;
porém, para o operador que voa conforme o RBHA 91 não há obrigatoriedade de
contratar profissional de manutenção como seu funcionário, entretanto, isto não o
exime de sua responsabilidade conforme definido no RBHA 91.403(a). Toda vez que
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algum item de uma aeronave fizer parte da manutenção programada, o operador é
quem devera saber qual a data, as horas totais ou ciclos totais que determinarão o
deslocamento da aeronave para uma oficina para se efetuar as tarefas de
manutenção que estiverem vencidas. NENUMA OFICINA TEM A OBRIGAÇÃO DE
AVISAR QUALQUR OPERADOR SOBRE O VENCIMENTO DE INTENS DE
MANUTENÇÃO PROGRAMADA DE SUA AERONAVE!
Foto 6 - REVISÃO 000802_c667_0081_clhs Jupiter Images Royalty Free
Somente durante a realização de uma IAM (Inspeção Anual de
Manutenção), ou a renovação do CA ( certificado de aeronavegabilidade) oficina é
obrigada a fazer o levantamento do histórico de manutenção de uma aeronave para
confirmar se ela cumpre todos os requisitos da regulamentação. Após a conclusão
novamente é o operador que assume o controle da manutenção de sua(s)
aeronave(s).
26
Finalizadas as tarefas de manutenção e o fechamento da ordem de serviço,
toda a cópia da documentação gerada deverá ser arquivada na Seção de Registro
de Manutenção (SRM) que deverá ter pastas individuais da documentação das
aeronaves mantidas pela oficina.
É esperado que, cada vez mais, profissionais de manutenção se empenhem
em transmitir sua experiência e conhecimento através do conhecimento de artigos
técnicos voltados à manutenção, capacitação profissional, etc... Aproveitem este
momento e mãos à obra, não parem de se especializarem, procurando cursos que
valorizem sua profissão.
Produtividade
Automação
Mecanização
Planejamento e controle
Segurança,ambiente e operação
Processo de decisão logística
A confiabilidade inerente de um equipamento é resultado de seu projeto e
fabricação e consequentemente não é possível se aumentar este nível de
confiabilidade e ao processo de manutenção .Em outras palavras se o desempenho
de um equipamento estiver dentro de sua capacidade inerente ,então um plano de
manutenção ,preventiva pode ajudar a garantir o desempenho esperado.
Exemplos
Se um motor elétrico não estiver corretamente dimensionado para uma
determinada função ,ele irá falhar repetida e prematuramente ,independente de
qualquer manutenção ,preventiva .Ele pode até ter sido projetado e fabricado
27
corretamente ,mas simplesmente estaria subdimensionado para este contexto
operacional .Em casos como esse modificar o equipamento para melhorar sua
confiabilidade ,e passa-se a operar o equipamento dentro de sua capacidade .
Figura 7 Trem de pouso em perfeitas condições
Figura 8 Turbina em uma revisão de rotina
As empresas de manutenção aeronáutica deve possuir os equipamentos
,materiais ferramentas estes necessários para desempenhar eficientemente as
28
funções inerentes ao trabalhos que se propõe executar .Devem assegurar –se de
que todos os equipamentos de inspeção e de testes são controlados e verificados
em intervalos regulares para garantir correta calibração para um padrão
estabelecido pelo inmetro ou um padrão estabelecido pelo fabricante do
equipamento .No caso de equipamentos estrangeiros podem ser usados os padrões
de origem do mesmo.
Figura 9 Testes da turbina Rolls Royce
29
Figura 10 Ferramentas especiais com total confiabilidade para transporte
30
Figura 11 Ferramentas especiais para manutenção
Alem disto um meio adequado de controle das calibrações dos
equipamentos deve ser implantado de modo a garantir que nenhum equipamento
utilizado na manutenção esteja com sua calibração vencida.Os equipamentos
,materiais ferramentas e testes requeridos devem ser localizados nas instalações da
oficina .
31
8- Controle de qualidade
Verifica-se que um alto padrão de qualidade na manutenção depende mais
da competência de quem executa as tarefas e assim sendo ,nenhum sistema de
gerenciamento é completo sem um elemento de garantia dessa qualidade .Tal
departamento deve prover uma analise não tendenciosa no desempenho da
empresa para verificar que as atividades e os resultados estão de acordo com o MPI
(manual de procedimentos inspeção) e faz com os sistemas e que procedimentos
nele descritos permanecem efetivos e são alcançados os objetivos .
Figura 12 Cabine de comando
Até mesmo no setor de comando em que a confiabilidade dos
equipamentos aeronáuticos devem estar em perfeitas condições para dar e
32
proporcionar conforto aos passageiros e tripulantes dando segurança ao vôo
aumentando a confiabilidade na aeronavegabilidade .
REFERENCIAS
1. PALADINIE E P CONTROLE DE QUALIDADE. Uma Abordagem Abrangente,
São Paulo, 1990.
2. MUSA. JL MOURÃO. M. Btickan R. DUMONT. Alberto Santos. Rio de Janeiro,
Nova Fornt, 2003.
3. MACEDO. MC. Qualidade na Indústria Aaeronáutica. in: Oliveira, São Paulo,
2004
4. BERFAMO CONFIABILIDADE BAS. PRAT. São Paulo E Blücher, 1997
33
CONCLUSÃO
Vimos o presente trabalho vai de encontro ao desenvolvimento desde a
construção, projetos, manutenção, para realmente termos a confiabilidade dos
materiais e bem como em seus perfeitos funcionamentos desenvolvendo metas para
uma perfeita correção no que se diz respeito ao produto aeronáutico.
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