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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA o PAPEL DA ESCOLA NO AuxiLiO A PREVEN<;:JiO DA OBESIDADE INFANTIL CURITIBA 2003

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

o PAPEL DA ESCOLA NO AuxiLiO A PREVEN<;:JiO DA OBESIDADE INFANTIL

CURITIBA

2003

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GLAUCIA DE CASTRO SCARAVELLA

o PAPEL DA ESCOLA NO AuxiLIO A PREVENGAO DA OBESIDADE INFANTIL

Trabalho de: Condusiio de Curse apre5entado 8discipline de MetodolOQia dOl Pesquisa e Produ~oCientifica, como requisito parciOiI para conclus:.o doCurso de Pedagogia. 4- VNA, da Universidade Tuiutido Parana.

Orientadora Professora: Elizabeth Cristinll Suzin.

CURITIBA

2003

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACl'LDADE DE CIENCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES

CORSO DE PEDAGOGIA

TERMO DE APROV ACAo

NOME DO ALUNO: GLAUCIA DE CASTRO SCARA VELLA

""jJ/lEt/~

TiTULO: 0 PAPEL DA ESCOLA NO Auxiuo A - DA OBESIDADEINFANTlL

TRABAlHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN(:AO DO GRAU DE L1CENCIADO EM PEDAGOGlA, CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSlDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVALlADORA:

ca.2oJ.v.JL .-C. ~ .~PROF'. ELIZABETH CRlsTI14A11JzIN ~ORIENTADOR

I~PROF. CARLOS ALVE~0CHAMEMBRO DA BANCA n

/-M(UVI~.PROF". MARCIA MEDEIROS MACHADOMEMBRO DA BANCA

DATA: 29/ 10/2003.

CURlTlBA- PARANA2003

c.mt •••hr~ie Rei~, ~ ¥~ .•.•.,n"" F\o""I.~t •••, :jI. Sarltaln,w".a:?L"'010-.l)(l.r_-(ll)Ul 7~1 F;u: (41)lJ1 ,;,;:

c."'PIII •••••••~.~" •.'{IC!_,Jo.limlll"'.~·H.r{,lllf"O·8ac"<II~Il·CEI' ••"'5't-111}·h"":141J_Or.!IF""I.')mOl~lc;....,f'U'lChJ"'piQnIII: ~•••IJA"""o-.~ __ . ws· •••.•••· CEP 10110·:50·F.m., (~1) "ll'1C!DIF ••, II')lll 7.10c..._U_n;l.w._.lJMH""7'I.f"-,,J"(jI>I·CEPI\ll00400.f_('\)J11M044IF_I~I)Ul~.c-"""PwU •."-Eog* ~"'_.l».I'I"t"'·CEPlClllo..1.F ••••(41)ln4S).4/FIOt(41)ID4a.1C""'_~Rw""~",,-,*HW"""""'~Sl·~·cePa:lm..HO."-.(.I)UlllJlIFa.:t·')UI'nl=_~"':~F"_1_.Jaoo:IiMe.t.inil>ol.CEPI021t-Ot11'''-(41):.l~:.IF-=(.1):cl)ol'''

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DEDICATORIA

Dedico 0 presente trabalho a todos

que de uma forma au de Dutra

contribuiram para sua realizac;ao.

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AGRADECIM ENTOS

A Deus, por ler sempre abenyoado minha

vida, permit indo a realizag80 desse

trabalho.

A minha orientadora pelo incentivQ e

coJaborag8o. Estando sempre disposta a

transmitir seus conhecimentos.

E a todas as pessoas que contribufram

para eJaborac;ao e conclusao desta

pesquisa.

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"A pessoa obesa ignora 0 seu corpo. Este

torna-se extrema mente aversivo. frente acampanha do corpo perfeito. Assim, ela

nega-o como via de acesso ao mundo"',

(Vera Lucia Menezes da Silva)

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RESUMO

o excesso de peso e a obesidade tern amea9ado a sauda de urn numero

cada vez maior de pessoas em todo a mundo, superando ate masma a desnutri980

e as doenC;8s infecciosas, boa parte destes indivfduos ainda S8 encontram na fase

da infancia. Hoje, a excesso de peso e considerado urn problema capaz de reduzir a

expectativa de vida em ate 10 anos. A obesidade, que normalmente era vista como

urn mal dos paises ricas, e agora urn problema de saude no Brasil. Urn dos fatores

que contribui para 0 aumento da obesidade infantil sao as cantinas escolares. A

maior parte dos produtos comercializados sao gordurosos e eontsm muitas calorias.

Salgadinhos, hamburgueres, biscoitos, daces, balas, refri,gsrantes e varias Qutras

guloseimas, as quais, aliados a preguiya dos responsaveis em preparar um lanche

adequado com frutas ou de baixa caloria, contribuem para prejudicar a dentiy20, 0

aumento da obesidade e originam varias doenc;as graves. Pelo exposto, faz-se

urgente tomar medidas drasticas, a fim de que a salide das crianyas seja preservada

e possam adquirir habitos alimentares saud ave is.

Palavras·chave: obesidade, regras, habitos alimentares, regime alimentar.

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SUMARIO

RESUMO .

llSTA DE SIGlAS .

INTRODUc;:Ao .

CAPiTULO 1............................................................•............................................1.1. Conceito de Obesidade.... . .1.2. A Origem da Obesidade ..1.3. Fases da Obesidade ..1.4. Classifica<;ilo da Obesidade ..

CAPiTULO 11........................................................................•....•....•...•.•....•.....•....2.1. A Obesidade na Inf~ncia e Adolesc~ncia ...2.2. A Predisposi<;lJo Genetica e Fatores Ambientais ..2.3. As Causas da Obesidade ...

CAPiTULO 111 .3.1. A CriaJ7(;a e seu DesenvoJvimento " " .3.1.1. Aspectos Biolagicos .3.1.2. Aspectos Psicolagicos ..3.1.3. Aspectos Sociais ..3.2. A Obesidade na Adolescencia: Os jovens Gorclinhos sao maisVulnerilveis a Depresseo ..

CAPiTULO IV .4.1. A Campanha para Combater a Obesidade no Pais ..4.2. 0 Tratamento da Crianqa Obesa ..4.3. As Metas do Tratamento ..4.4. A PrevenqlJo .4.5. A Aborclagem Envolvendo a Familia ..4.6. 0 Papel da Escola na Obesidade ..4.7. Mudam;as na AlimentaqlJo ..4.8. Indica¢es para Encaminhar B um Serviqo Especializado ..

CONSIDERAC;:OES FINAIS .

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .

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LISTA DE SIGLAS

ABESO - Associa9~0 Brasileira para Estudo da Obesidade.

CAAA - Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente.

IMC - indice de Massa Corporal.

OMS - Organiza980 Mundial da Saude.

PAPO - Projeto de Atividade para Adolescente Obeso.

QI - Quetele!.

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INTRODU~Ao

A obesidade e a enfermidade nutricional mais frequente entre crian~s e

adolescentes nos paises desenvolvidos, mas nao se limita apenas a estes.

No Brasil, tern side detectada a progress:io da transi~o nutricional, caracterizada

par reduyao nas prevalencias de deficit nutricional e aumento de sobrepeso e

obesidade.

Estamos diante de um problema de saude de primeira ordem, pois a obesidade

a1em do sofrimento que causa diretamente na saude fisica e mental do individuo e urn

fator comum para patologias como diabetes, doeny8s cardiovasculares e hipertens~o

arterial. Como seu tratamento e dificil e muitas vezes refratario, 0 ideal e trabathar na

preven,,"o.

Essa tarefa abrange as mais variados segmentos, iniciando pelos profissionais de

sauda envolvidos (pediatras, end6crinos, nutricionistas, psicologos, professores de

educa980 fisica, enfermagem), pais, comunidade, entidades govemamentais e

necessariamente envolvendo a escola.

Os programas de preven980 devem ser iniciados logo nos primeiros anos de vida,

momenta em que se estabelecem as habitos e condutas alimentares e tambem a que

costumamos chamar de "estilo de vida"

Entretanto, essa praven9ao dave sar mais exigante naquelas crian98s com

fatores de riscos conhecidos (pais obesos, sedentarismo, condutas alimentares

atipicas).

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A obesidade dos pais e considerada a maior fator de risco para desenvolvimento

e persistencia de obesidade na cnan9a. Assim, pais obesos devem ser alva de

aconselhamento preventivo. Suas crian9as observadas com maior atenyao e envolvidas

precocemente em programa de prevenc;:ao, aconselhamento nutricional e combate ao

sedentarismo.

A inatividade tem sido associada como causa importante de ganho de peso nas

crianc;:as. Assistir televisao, bem como videogames e computadores sao a principal fonte

de imobilidade nessa faixa eta ria que vai dos primeiros anos de vida e vai ate a

adolescencia. Some-se a is so a infiuencia da midia fan;ando 0 con sumo de gulaseimas.

Certamente aqui temos outro alva de ac;:ao. Limite no tempo diante de um monitor, de tv

ou micro, e controle da propaganda direcionada ao pllblico infantil, s~o medidas que se

impoem. Quando as crianyas comeyam a ir para escola, fatores fora de casa comeyam

a influenciar na escolha da comida, por parte da crianya. Geralmente, elas fazem pelo

menos uma refei~o na escola. Entramos na questao das cantinas enos programas

estatais de merenda escolar. As intervenyOes nas escoJas s:io apoiadas basicamente

em informac;:Oes nutricionais e programas de educac;:ao fisica, de combate ao

sedentarismo e oportunidades para atividades esportivas em horarios extracJasse.

Programas que regulamentam 0 tipo de alimentos que podem ser encontrados

numa cantina escolar js existem no nosso meio. Em algumas cantinas escolares js sao

proibidos a venda de refrescos e refrigerantes ricas em ac;:ucares, guloseimas e

salgadinhos fritos a devem dispor de palo menas dois tipos de frutos da epoca.

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1.1. CONCEITO DE OBESIDADE

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CAPiTULO I

Segundo dados anteriores a obesidade pade ser conceituada, de maneira

simplificada, como uma condic;ao de acumulo anormal au excessivo de gordura no

organismo, levando a urn comprometimento da saude. a grau de excesso de gordura,

sua distribuiyao e associa9a.o com conseqi.:U~ncias para a saude variam,

consideravelmente, entre as individuos abesos. E importante identifica-la, uma vez que

as portadores dessa condiyao apresentam risco aumentado de morbidade e

mortalidade. Na atualidade, a obesidade S9 colcca de maneira prioritaria para

intervenC;8o, em nivel individual e na comunidade. como urn problema de nutriyao em

saude publica.

A obesidade cada vez mais reflete urn disturbio relacionado ao desequilibrio em

longo prazo entre a ingestao de alimentos e a casto cal6rico. Oesta forma, quando 0

gasto de energia e menor que 0 consumo alimentar, ocorre 0 acumulo de gordura no

organismo, onde seu excesso provoca a obesidade no ser humano.

Segundo GASPARINI (2002. p.01) "a obesidade nao e caracteristica de pessoas

com falta de vontade de emagrecer, mas sim de pessoas com uma doen<;:a que deve ser

tratada"

1.2. A ORIGEM DA OBESIDADE

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Ate pouco tempo atras, as profissionais da area de saude priorizavam 0 problema

da desnutri~o, enfatizando principalmente a crianga. Sabemos que foi urn problema

serio e que ainda existe, afetando urn grande numero de brasileiros.

Diante desse fato, a crian98 gordinha era vista como sinonimo de saude. Era

comum ver as crian98s ''fofinhas~ serern exibidas com suas dobrinhas na midia.

Segundo dados da teorica ATENAS, (1999) 30% dos brasileiros apresentam

excesso de peso, trazendo preocupar;6es aos profissionais da area da saude. Alem

dos problemas psicologicos que a obesidade desenvolve, tambem sao constatadas

varias outras doen98s, par iSso, nos tempos atuais, ala e vista como uma doenya que

deve ser tratada desde ceda.

As causas da obesidade est~o associadas a multiplas causas simultaneas,

dificultando no tratamento. Para efelto didatico, esses fatores sao classificados em

externos (ambiente) e internos (bioI6gicos), sendo que as internos sao imutaveis, e,

inerente a crianya, dividindo-se em geneticos e metab6licos,

o genetica, como sabemos e uma heranc;a familiar e he uma predisposic;ao que

determina a obesidade. No entanto, e desconhecido qualquer tipo de exame rotineiro

que detennine a grau dessa predisposic;:ao. Sendo assim, a avalia~o e feita a partir dos

indicios. Isso signtfica qua sa houver problemas de excesso de peso na familia, a

probabilidade da crianc;a desenvolver a doenc;a e maior. Por outro lado se apenas um

dos pais for obeso, a chance dessa crian98 ser obesa e menOf.

o metab6lico e como a organismo de cada urn funeiona. lsso e genetico. POf isso,

ele e diferente de individuQ para indivfduo. E comum ver erianc;:as que tern poueo apetite

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e com maior numero de peso do que as outras que com em mais.

Os externos (ambientais), sao aqueles que fazem parte do ambiente que a

crianc;a viva, mas, que podem sar mudados, sendo per eles que S9 inicia 0 tratamento

da obesidade. Oentre as mais importantes desses fatores extemos estao as

psicologicos, alimentares e a atividade fisica (ATENAS, 1999, p.177).

Os psicol6gicos sao a forma corno a crian<;8 trabalha com sua frustrac;aes e

ansiedades, podendo desencadear impulsos para alimentar-se em excesso, como

urn mecanisme de defesa.

Os alimentares sao as preferencias alimentares, a quanti dade e a forma que 0

alimento e preparado. IS50 pode levar a crian<;a it ingesteo de calorias e

nutrientes aeirna de suas necessidades, resultando no excesso de peso.

Quanta a atividade fisica, e necessaria, pais crianc;as que nao a, gastam menos

energia em relac;ao as mais ativas, mesmo aquelas que costumam comer pouco. Sendo

assim, 0 risco e maior de se tomarem crianryas obesas. Dai a necessidade de estimular

a crianc;;a desde cedo a praticar atividades fisicas (ATENAS, 1999, p.177).

1.3. FASES DA OBESIDADE

Segundo PEREIRA (1997) e ABRAAo (2003), a obesidade pode ser

desencadeada em tres fases:

• 1a Fase - Na vida intra-uterina (70 ao go mes), ocorre 0 primeiro processo de formayao

da multiplicayao do numero de celulas adiposas nas crianc;as chamado este processo de

adipogeneses (multiplicac;ao do nO de calulas adiposas). Depois que ocorrem essas

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multiplicayaes, a crian~ tern a tend~ncia para que estas celulas adiposas aumentem de

tamanho, ocorrendo urna hipertrofia das mesmas. Saba-s8 que esse aumento naG po de

ser diminuido atraves de medicamentos au Dutras medidas .

• 2<1 Fase - Com idade de 2 a 5 anos, caracteliza-se aumento de tamanho das celulas

adiposas .

• 3;1 Fase - na faixa etaria entre 9 e 13 anos (adolescencia), acontece a multiplicayao a

numero de celulas gordurosas e instaveis. A abesidade alingida precocemente tern 0

numero e tamanho de celulas gordurosas aumentadas, comparadas as pessoas

normais.

1.4. CLASSIFICAi;AO DA OBESIDADE

o metodc conhecido intemacionalmente para medir a excesso de gordura no

corpo e 0 IMC (indice de Massa Corporal) ou (01) Ouetelet. onde e obtido pela divisao

do peso em Ouilos pel a altura ao quadrado em metros.

Segundo ABRAAO (2003), 0 IMC (indice de Massa Corporal) de homens e

mulheres para serem considerados normais devem estar na faixa de 20kg/m2 ell

25kg/m', chegando para os idosos a 27.

Para GASPARINI (2003, p.01), "a classificayao possui uma importimcia, pois as

pessoas consideradas obesas possuem um fator grande de doenc;as como diabetes,

doenvas cardiovasculares, hipertens~o arterial e a osteoporose".

Ja para as crianyas e adolescentes como estao na fase de crescimento devem

ser utilizados outros metodos comuns em graficos especificas do IMe (Indice de Massa

Corporal).

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De acarda com GUEDES (1995) e GASPARINI (2003), a abesidade ainda pade

ser classificada sob Qutros parametres: a localizay~o de gordura corporal; quanta ao

consumo e 0 gasto de energia; quanta ao numero de celula de gordura e tambem

quanla a distribui9lia de gordura.

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CAPiTULO II

2.1. A OBESIDADE NA INFANCIA E ADOLESCENCIA

Na ultima decada, 0 problema da obesidade infantil vern preocupando de forma

crescente os profissionais da area de saude. Atualmente, as crianyas crescem em

grandes centros urbanos, onde 0 sedentarismo prevalece, ao lado de fortes habitos

ligados a televisao, ao videogame e ao computador.

Concomitantemente, a propaganda enganosa de alimentos hipercaloricos como

marca de sauda induz a urn consumo ex:agerado de guloseimas, prejudicando

sobremaneira a dieta balanceada na inf~mcia e na adolescencia. Algumas vazes, a

obesidade se inicia muito precocemente durante a vida do pequeno laetente que reeebe

uma mamadeira engrossada sempre que chora, condicionando a be be a receber comida

sempre que precisa lidar com uma frustra980.

Por esse motivo, a abordagem deste assunto tao delicado envolve uma

conseientizayao exaustiva por parte dos familiares da cTianc;a ou do adolescente obeso,

buscando sempre melhor orienta·los a respeito dos aspectos emocionais e ambientais

implicados na g~nese da obesidade.

Pediatras, pSicologos, endoeTinologistas, nutricionistas e professores de

educac;ao f[sica estao cada vez mais preocupados com 0 crescents numero da

obesidade infantil.

Uma pesquisa realizada pela Prefeitura de Curitiba - PR, na rede publica

municipal, no dia 14 de abril de 2002, mostrada por Javorski na Gazeta do Povo (2002),

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esclarece em que traz dados de 66 mil alunos, comprovando que 25% do numero de

crian~as possuem tendencia a obesidade e poderao tomar-S8 adulto5 abesos. A

pesquisa tambem descobriu que era 14% 0 numero de crian98s em 1996 em fase

escolar e que aumentou para 18% em 2000 com tende'mcia a engordar. Atraves desta

pesquisa realizada, foi constatada que as motivos para a existencia desse problema

ocorrem atrav9S de crianyas que abandonam a amamentay80 ceda e nao s:ilo

estimuladas a ingerir verduras e frutas abusando dos produtos industrializados, e, ainda

aquelas que passam maior parte do tempo na frente da TV, videogames e

computadores.

Seoundo FISBERG (1995, p. 15), "existiam no Brasil, em 1989, cerca de um

milhao e meio de crian98s abesas, sen do que a prevalencia era maior entre meninas do

que entre meninos"

Essa estimativa continua em voga, principalmente para aquelas crian9as que

estao em ida de pre-escolar. Segundo 0 autor FISBERG (1995), a crian<;a, na lase pre-

escolar, nao da muita importancia para as alimentos. Mas, e nessa fase que costuma-se

deixar a disposiyao da crianya boa parte de alimentos. Para aquelas que ja stlo obesas

au com tend{:!ncia ell obesidade, 9ssa nova forma de ado9ao pode nao ser boa, uma vez

que comeyam a elevar a can sumo de lanches fora de hora sem diminuir a volume das

refeivoes principais, aumentando assim sua ingestao calorica.

As causas da obesidade infantil sao discutidas par varios te6ricos como:

FISBERG (1995), VIUNISKI (1999) entre outros.

Entre elas pode-se destacar:

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- A diminuiyao de atividade fisica e 0 sedentarismo; desmame precoce; disturbio do

comportamento alimentar; pais ou parentes proximos abesos; desnutriyao na vida intra-

uterina ate 0 primeiro ana de vida; usa de medicamentos.

Segundo esses teoricos, e importante salientar que as pais devem ficar atentos

quando seus fllhos apresentarem apetite exagerado. Verificar S9 0 peso deles esta

evoluindo conforme a altura Sa for maior do que 0 esperado deve buscar ajuda de

profissionais da area, para rever as habitos alimentares da casa e evitar que as

alimentos excess iva mente cal6ricos fiquem ao alcance da crianc;.a.

2.2. A PREDISPOSI~AO GENETICA E FATORES AMBIENTAIS

A obesidade 9Sta ligada a urna predisposiC;:80 genetica e fatores ambientais, como

o habito alimentar da familia. 0 9stilo de vida das pessoas influi fortemente quando 0

assunto em pauta e a obesidade. Assim, 0 sedentarismo aliado uma dieta hipercal6rica,

a ausEmcia de regularidade no horario das refeicOes sao fatores que de forma isolada au

combinada contribuem para 0 desenvolvimento da obesidade.

o vinculo emocional mae-filho afeta a nutriyao da criant;a. pelo modo com que a

mae, demonstrando afeto ou preocupayao, oferece alimentos como ~pr~mio" ou

compensa~o. Oentre esses, a estilo de vida deve um componente importante na

genese da obesidade, pais este define os habitos e costumes das criant;as e

adolescentes e as consolida nos pais (CAMARGO; CAMARGO, 1985).

Esses habitos e costumes podem ser elencados: nao possuir horarios fix.os para

comer, quantidade de comida preparada por refei98o; qualidade da comida em relac;ao a

porcentagem de carboidratos, gorduras e proteinas; numero de refeicyoes consumidas

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diartamente; quantidade de alimentos consumidos em cada refei<;ao relacionada aos

hor-arias das mesmas; habito de comer entre as refei<;oes e a qualidade e quantidade

dos alimentos ingeridos nestes intervalos.

A mae desempenha papel fundamental no aprendizado nutricional do lilho. Esse

aprendizado sa desenvolve de forma ativa, quando a mae realiza 0 controle da dieta da

casa e de forma passiva, atraves da observayao da crian<;8 quanta aos habitos

nutricionais da mae ou da famflia

o aconselhamento e orienta~o das mass no preparo e manuseio dos alimentos

poderia detenminar a eletividade de uma medida simples. como por exemplo, orienta"ao

nutricional, no controle de um serio problema como e a obesidade. Assim, buscar as

habitos alimentares da familia entre as maes de crianvas abesas e definir 0 astado

nutricional das maes dessas crianC;8s au adolescentes nos possibilitaria a identificac;tlo

de alguns fatores de risco para 0 desenvolvimento da obesidade na crianya ou no

adolescente (DIARIO DE SAO PAULO, 2003).

2,3, AS CAUSAS DA OBESIDADE

a) Hereditariedade

Segundo CAMPOS (2000) 0 corpo Ii geneticamente dividido em tr~s categorias

em relayao ao armazenamento de gordura.

• Ectomorficos - possui baixa capacidade de annazenamento de gordura

formando um corpo esbelto.

• Mesomorficos - tern a capacidade de armazenar gordura ficando entre os dois.

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• Endom6rficos - possui maior capacidade de armazenar gordura.

b) Disfun~ao Glandular

Altera<;iies hormonais atingem 5% das pessoas, provocando ganho de peso.

Ocorre com a producao da tiroxina, hormonio da tire6ide, doen9as como nos

ovarios policfsticos. E a hipotireoidismo tambem provocam grandes alteray6es

hormonais, onde a puberdade, menopausa, gravidez e andropausa (menopausa

masculino) contribuem nestas alteracOes (CAMPOS, 2000).

c) Inatividade

o sedentarismo hoje esta causando grande preocupayao na area da saude. Ate a

mldia esta tentando mostrar as pessoas que a falta de atividade flsica pade provocar

inumeras doen9as.

As pessoas que tern 0 habita de praticar exercfcios fisicos desprendem

mais energia ajudando, na maiaria das vezes, no equilibria cal6rico.

d) Ingeslao Excessiva de Alimenlos

Segundo 0 Conselho Latino Americano em Obesidade, a mesma e considerada

uma doenya cronica acompanhada de multiplas complica<;:6es e se caracteriza pelo

excesso de gordura em uma magnitude tal que compromete a saude. As complica90es

que mais S8 apresentam sao a diabete mellitus, a hipertensao arterial, as alterac;oes

osteomusculares e 0 incremento da incidencia de alguns tipos de carcinoma e doen98s

da vesicula biliar. A obesidade e ainda 0 resultado de ingerir mais energia que a

necessaria. E constatado atraves de estudos que este consumo excessivo inicia-se

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atraves de fases remotas da vida, influenciadas pela cultura e as habitos familiares. Par

issa dizemos que a obesidade e de carater multiplo.

Ainda de acordo com a Canselha, existe uma tende!ncia entre as membros da

me sma familia possuirem urn indice de Massa Corporal (IMe) similar.

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CAPiTULOlll

3.1. A CRIANCA E SEU DESENVOLVIMENTO

Conforme dados da Revista de Nutrigao e Saude (2003), as habilidades das

crian~s vao desenvolvendo no seu tempo. Par serem varias essas habilidades, estao

separadas em aspectos biol6gicos, psfquicos e sociais. Ressalta-se que assas

habilidades nas crian9as abesas sao muito importantes.

3.1.1. ASPECTOS BIOLOGICOS

Crianyas de 1 a 3 an os

• Passa par urn aumento que desproporciona 0 seu peso em rela~o ao

crescimento, formando a prega cuttmea.

Par possufrem poucas reservas energeticas, 0 intervalo para a alimentayao ecurto.

A crian<;8 que e nutrida corretamente tern urn desenvolvimento saudavel,

aumentando a camada de gordura e muscular. e dlferente daquela superalimentada.

Crianyas de 4 a 6 anos

• Como ja consegue S8 deslocar sozinha e de diferentes formas, pode estar

sempre ingerindo algum tipo de alimento.

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• Seu crescimento e peso apresentam uma aceleraC;Bo se comparado com as

crianc;as da mesma idade normais.

Algumas crianc;as "gordinhas" apresentam escoliose e lordose, causando dares

nos membras inferiares, acenluanda a joelha valga,

CrianC;8s de 7 a 10 anos

• A crianc;a obesa apresenta aumento na estatura, massa muscular e gordura,

nonnal na idade de sete anos.

• Sente dificuldades em praticar esporte, subir escadas e andar de bicicleta.

Nesta faixa etari8 a crianc;a e pre parada para desenvolver atraves de seu

metaboHsmo urna vida saudavel.

3,1.2. ASPECTOS PSICOLOGICOS

Crian9Cis de 1 a 3 an os

• Carencia do carinho de mae, compensadas nas refeiy6es repetitivas.

Crian~s de 4 a 6 an os

• A falta de atenc;ao dos pais com seus filhos.

• Comem de tudo e demais.

Crianyas de 7 a 10 anas

• A crianc;a tfmida enfrenta dificuldades de lideranc;a, embora seja um bam aluno.

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• E muito educado, passa horas na frente da TV OUjogos eletronicos.

o interesse das crianyas em comprarem suas proprias roupas e a preocupayao

dos pais com a mudanya de habito do seu filM.

3.1.3. ASPECTOS SOCIAlS

Crianc;as de 1 a 3 anos

• 0 be be "fofinho" e visto pel a sociedade como urn ser lindo.

Crianyas de 4 a 6 an os

• Prefere os adultos ao inves das crian't8s par idenliflcar...se com seus pais, tentando

copia-los no modo de vestir, comer e falar.

Crianya de 7 a 10

• A familia sa preocupa com 0 fitho obeso, mas, preferem a crian98 crescer rna is urn

paueD para resolver 0 problema.

o adolescente obeso, normalmente sente certa desconforto com sua aparencia e

conseqOentemente nAo escapa dos ape lidos crueis, de colegas da escola. Nem sempre

sa mostra interessado a urn tratamento, no entante, esse adolescente tern necessidade

de sar ajudada par profissionais para resgatar seu padrao corporal como tambem sua

auto-estima (ATENAS. 1999 p. 185).

Sabemos que a adolescente passa par fases ocorrendo mudanQas corporals,

mas, devemos lembrar tambem, esta e a oportunidade de corrigir um quadro de

obesidade de fonna eflcaz, Para isso, deve-se ficar vigilante para manter au ganhar

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peso de forma correta.

Numa sociedade obcecada pelo culto ao carpa, em que ser magro e 0 padrao

fundamental de baleza, as crianyas gordinhas costumam sar alvD de criticas e apelidos

depreciativos par parte dos colegas de escola e ate mesma dos adultos que as cercam.

Para as mais sensiveis, esta alaque a auto-estima provoca fechamento,

isola menta e retragao de atividades. PDr vergonha de sua aparencia, muitas crian~as

evitam if a praia au a piscina, praticar esportes au ate me sma freqOentar a casa dos

amigos. Este sentimento de inadequa9~o resulta em ansiedade e inseguran<;8 que, par

sua vez, estimula 0 desejo de comer ainda mais para compensar 0 desconforto.

No ambito familiar, eo comum observar-s8 a dupla mensagem: as familiares

pressionam a crianya para comer menos, mas a oferta de doces e guloseimas nos

armarios e na geladeira €I abundante.

3.2. OBESIDADE NA ADOLECENCIA: OS JOVENS GORDINHOS sAo MAIS

VULNERAvEIS A DEPRESsAo

Segundo psiquiatra CARMO FILHO (2002), 'estar aeirna do peso deixa 0

adolescente rnais vulneravel a sintomas depressivos·. A constata9~o e de uma pesquisa

da Universidade Federal de Sao Paulo (Un~esp). Enquanto os sinais da depressao

atinoem 80% dosjovens com excesso de peso, a porcentaoem e de 21,7% para 05 que

estao com 0 peso nOnTlal.

A proporryao de sintomas depressivos encontrados nos jovens com excesso de

peso surpreendeu 0 psiquiatra CARMO FILHO (2002), "A assoeia~ao entre epis6dios

depressivos e obesidade jil e conhecida, mas nao esperava uma porcentagem tao alta"

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o estudo mostrou que 34,5°A, dos adolescentes com risco de ultrapassar 0 peso

nonnal tambern apresentavam sinais depressivos. Eles tambem ganham dos jovens que

eslao denlro do peso.

A idenlifica,ao das sensa90es de desesperanga, culpa, fracasso e baixa aulo-

e5t1ma, alem de altera90es organicas como falta de concentrayao e ins6nia. Esses sao

alguns dos sinais a apontar que 0 individuo esta deprimido.

Ainda nao se sabe 0 que ocorre primeiro, a depresseo au a obesidade, muitas

vezes a depressao e a primeira a aparecer nos adolescentes, seguida pelo ganho de

peso. Mas nem sempre e assim.

o Brasil chama a alen9ao para 0 falo de que pessoas deprimidas lem mais

diticuldade para combater a obesidade. "0 deprimido perde a capacidade de agir, a

vontade de fazer as coisas, a dinamismo e a ton;,a".Por isso, a tareta de perder peso eainda mais dificil". (CARMO FILHO. 0 ESTADO DE sAo PAULO, 2002).

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CAPiTULO IV

4.1. CAMPANHA PARA COMBATER A OBESIDADE NO PAis

Urn dos maiores estudos feito no pars sobre 0 tema, realizado junto a 10.821

crian!y8s entre setembro e dezembro do ana passado (2002), nas redes publica e

particular, um levantamento que loi leito em parceria com a Universidade Federal

Paulista (Unifesp). Os dados coletados indicam que 15,74% das crian9as apresentam

sobrepeso e 17,97% sao obesas (RIBEIRO, 2003).

FISBERG (apud RIBEIRO, 2003) considera os resultados alarmantes porque 0

excesso de peso na infimcia aumenta as chances do desenvolvimento de doen98s

cardiovasculares, diabetes, problemas nos assos e articula90es e ate cancer, na fase

adulta: 40% das crian98s entre 7 e 8 anos abesas e 80% dos adolescentes abesos

serao adultos abesos,

FISBERG (apud RIBEIRO, 2003), alirma que habitos alimentares inadequados

sao caracteristicos da lamilia brasileira. Nao adianta culpar a cantina da escola.

Incorporamos habitos que nunca foram brasileiros, como as fast-foods e a comer 0

quanta quiser a qualquer hara.

Hoje, voce vai aD cinema e compra urn saeo de pipocas maior que a sua vontade,

argumenta. Segundo FISBERG (apud RIBEIRO, 2003), 0 excesso de peso e sempre

provocado pela lalta do limite comportamental.

4.2.0 TRATAMENTO DA CRIAN(fA OBESA

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o tratamento de uma crianc;;a obesa deve ter apoio dos pais e da escola,

replanejando as atividades, modifjcando seu habito alimentar e pratica de exercicios

fisicos, que nao devem ser impastos, mas, e de suma importancia esta pratica.

o medico junta mente com 0 nutricionista deve realizar esse tratamento, mas a

rotina da crian<;a tambem deve passar par algumas modificac;oes, tais como:

• Manter a geladeira com frutas, leite e iogurte desnatados, legumes, gelatinas e

hortalic;as.

Nao preparar mol has ricos em gorduras, entre outras comidas que devem ser

evitadas.

A seleyao do tratamento pode ser feita utilizando-se 0 Indice de Massa Corporal

(IMC) como guia e avaliando-se os riscos associados a obesidade e a distribuj~o de

gordura central, e a atuac;;ao para a soluc;;ao do problema pod em se dar atraves de:

Modifica~a.o do Comportamento - 0 comportamento alimentar e analisado

pedindo-se ao paciente que monitore e registre atividades como ° ato de comer e

as consequ~ncias da alimentac;ao, ° ambiente em que a alimentac;ao acerre, a

proprio ato de comer, inclue tambem, as atividades fisicas.

Oieta ~E possivel que a ingestae aumentada de gordura esteja associada a maior

risco de desenvolver obesidade nos individuos com suscetibilidade genetic8.

Sugere-se que uma dieta com menos de 25% calorias provenientes de gordura

seja urn objetivo razoavel.

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Clrurgia - A manipulayao cirurgica do trato gastrintestinal e recomendado para

individuos com indice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 kglm' com riscos

altos para diabetes au com hist6na fam~iarde enfarto precoce, e para aqueles

com IMe 40 kg/m2. A recuperarrao do peso e Qutros problemas sao minimos com

a cirurgia.

4.3. AS METAS DO TRATAMENTO

Segundo VIUNISKI (2003) os resultados de uma interven~o numa crianc;a ou em

urn adolescente obeso pod em ser medidos par para metros que envolvam a melhora do

peso ou n~o,

Esses parametros sao:

• Urna melhora da auto-e5tima;

• Implementa~o de urn 85tl10 de vida saudavel para toda a familia;

• Prevenyao das comorbidades da obesidade;

• Mudanyas de comportamento, no paciente e na familia, que perdu rem par urn

longo tempo;

Manuten9llo ou perda de peso, sem alterar a ganho estatural da criancya au, na

pior das hip6teses, diminui<;ao da velocidade do ganho de peso;

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• Diminuiyao da circunferencia abdominal;

Ate bern pouco tempo alms, podiamos dizer que "Crescer sem engordar, ja

e emagrecer", au seja, bastava manter 0 ganho estatural e parar 0 ganho de

peso. Eram as tempos romfmticos da obesidade infantil. Diziamos que "pode

comer de tudo, sem comer tudo" e tomavamos outras medidas, bern mais

conservadoras. Hoje, com 0 resultado dos estudos longitudinais,

sabemos que adultos que eram crian~asabesas, agora sofrem muito mais de

doen"" cardiovascular, cancer, diabetes tipo II e pedras na vesicula do que

adultos que nao eram crianc;as abesas.

4.4. A PREVEN<;:AO

Atualmente a obesidade asta sendo considerada 0 maior problema de sauda

publica, sendo Que grande parte da popula<;:ao obesa tern a inf~ncjacomo uma de suas

principais vias.

No Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) da UNIFESP, no

periodo de 2 anos, foram atendidos no ambulatorio de obesidade 175 adolescentes com

a media de fMC = 30, sendo que ha urn grande nllmero ainda na [ista de espera. Alem

deste ambulatorio, tem um Projeto de Atividade para Adolescente Obeso (PAPa), que

especificamente em 2001 esta atendendo apenas adolescentes do sexo feminino, que a

cada 15 dias tem acompanhamento nutricional individualizado e atividades em grupo,

como aulas sabre alimentos diet & light, patologias associadas a obesidade, piramide

dos alimentos, etc; realizam atividades recreativas 3 vezes par semana, as quais sao

orientadas por um professor de educayao fisica, e atendimento psicologico em grupo.

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E plena mente aceito que a ingest~o aumentada de alimentos caloricos contribui

para 0 aumento de peso nas crianY8s. A grande pergunta e: Par que algumas ficam

satlsfeitas com urn biscoito apenas, enquanto Qutras 56 param de comer quando 0

pacete chega aD tim? Sabemos que cada pessoa tern urn limiar de saciedade diferente e

que ele muda conforme 0 eslado emocional, tipo de alimento, hora do dia e epoca do

ana, so mente para Gitar algumas das muitas variaveis.

Dificuldades em estabelecer urn born controle de saciedade e urn fator de risco

para desenvolver obesidade, tanto na infancia como na vida adulta.

A fisiologia do controle do apetite e da saciedade esta Ionge de ser total mente

compreendida, mas 0 que ja sabemos nos assegura que e urn sistema extremamente

sofisticado e complexo. Muitas ma8S acham que, ao mandar as frlhos raspar a prato,

est~o zelando pela sua sallde. Alem disso, existe aqui um componente cultural-religioso:

en quanta tanta gente passa fame no mundo, e urn ~pecado" deixar sobrar comida no

prato.

Obesidade entao a condi,ao de risco para a saude, alam de grande causa de

desadapta"ao social e de ma qualidade de vida. Sua preven,iio baseia-se em 2 pilares

basicos: melhores habitos alimentares e maior atividade flsica. Par melhores habitos

aliment ares entendemos a alimentayao saudavel, a saber, com poucas frituras e pouca

gordura animal e com riqueza de frutas, vegetais, carboidratos ricos em fibras, grao,

peixe e came magras. Par maior atividade fisica entendemos uma vida mais ativa, e nflo

necessariamente uma atividade flsica programada, que embora bastante util por vezes

nao pode ser realizada por uma boa parte da popula"ao.

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4.5. ABORDAGEM ENVOLVENDO A FAMiLIA

A familia influencia nos habitos alimentares e na atividade fisic8, tanto pelo lado

comportamental quanto pela inegavel influ~ncia genetica. Hoje conhecemos mais de 20

genes envolvidos com a ganho de peso, alem de quase urna centena de genes

suspeitos.

Alguns grupos vern defendendo que a abordagem focalizada apenas na familia,

sem trabalhar diretamente com as crian<;as, po de apresentar melhores resultados do

que tratamentos em que a crianc;a e 0 alvo direto das mudanc;as (VIUNISKI, 2003).

4.6. 0 PAPEL DA ESCOLA NA OBESIDADE INFANTIL

A prevan~ao e 0 controle da obesidade infantil deve sar preocupa~o de toda a

sociedade. As inforrnac;:oes devem ser passada pel a escota como urna das formas de

manter au ate quem sa be controlar a obesidade infantil, Oesde que as informa90es

sejam passadas corretamente sabre as nutrientes e seus valores cal6ricos (de fonna

oenerica), 0 que deveria fazer parte do ensina basi co. Incentivar e ensinar a comer

verduras, frutas, a beber agua ao inves de refrigerante, andar e praticar esportes, €I uma

obriga9~ode todos os que estao envolvidos com a saude e a born desenvolvimento da

crian9a. A escola como urn ve[culo de educa92o, deveria arientar seus professares para

pudessem aferecer urn ensinamento sabre 0 que e uma boa alimentac;;ao e reavaliar

urgente os lanches oferecidos nas cantinas. Na escola pode-se aprender a comer

bem e nao cameter exageros, mas para [ssa faz-se necessaria a diferenciayao nos

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carda pias, orientac;ao e supervisao de pessoas especializadas na area de nutriyao para

que as merendeiras possam oferecer aos alunos uma alimentayao rica e balanceada.

Com urn trabalho conjunto entre escola e familia, aeredita-se que as crianyas

possam adotar praticas e comportamentos cad a vez mais saudaveis. As crian9as que

nao tem acesso a uma dieta balanceada, podem apresentar uma certa limita~o

intelectual, em que sua capacidade de aprendizado Ei infiuenciada pela sua alimenta~o.

Oesde que a alimentay80 seja balanceada, 0 estilo da vida ativo desde a infaneia a

pratica pode ser mantida durante toda a vida, paden do garantir bons resultados na idade

adulta (CUNHA, 2000).

A escola tambem pode desempenhar urn papel fundamental, ao preocupar-se e

modelar as atitudes e as comportamentos das eriancas sabre a nutriyao. Urna das

formas de desenvolver este trabalho e levar a sala de aula conceitos sobre nutriy80 e

sua irnportaneia para uma vida saudavel.

FISBERG (2002) afirma que em media 30% dos adolescentes nao tomam cafe da

manha em casa, 0 que leva a primeira refeivao acontecer na cantina da eseola com

lanches e refrigerantes.

E na eseola que as crianyas normalmente passam parte do dia e estao longe dos

pais, paden a ser a local que oferecesse programas preventivos, ate me sma nas salas de

aula, como na quadra de esparte e nas cantinas, urn trabalha em conjunta para abter-se

bans resultados. as educadores precisam envolver-se com as crianc;as nesse grave

problema da fome existente no mundo, igualando a sociedade, da qual pessoas possam

usufruir de uma alimentayao equilibrada. Mas para que tudo issa passa acantecer, a

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escola tern que rever seus valores filosoficos, eticos, culturais, sociais e pedagogicos,

priorizando conhecimentos uteis e de extrema importfmcia a seus alunos (LEME;

PERIM,1996).

Por isso ela desempenha papel fundamental na formayao dos habitos de vida e

da personaHdade da crian9a, sendo que ocupa praticamente um teryo da vida ativa do

escolar nos dias de semana, cerca de 200 dias ao ana. Apesar de a merenda au 0

lanche escolar representar apenas 15% da ingest~o diaria, muitas controversias tem

sido observadas em rela~o a sua composiyao, qualidade e quantidade. Mais do que

representar apenas urn dos periodos para alimenta9ao, a escola e respons8vel par uma

parcela importante do conteudo educativo global, inclusive do ponto de vista nutricional.

As escolas devem oferecer alimentayao equilibrada e orientar seus alunos para a

pratica de bons habitos de vida, pois 0 alune bern alimentado apresenta maior

aproveitamente escolar, tern 0 equilibrio necessario para seu crescimento e

desenvolvimento e mantem as defesas imunologicas adequadas. As conseqOencias

principais da alimenta9Ao inadequada no periodo escolar podem ser caracterizadas

como alterayaes do aprendizado e da atenyao, carencias nutricionais especificas ou

decorrentes do excesso de alimentos (sobrepeso e obesidade).

No Brasil, a maioria da popula,ao infantil faz tres refei<;oesdiarias: cafe da

manha, almoc;:o e jantar. Mesmo assim, 0 cafe da manha e saltado freqOentemente ou a

ingestAo e parcial. 0 jantar pode ser substituido par lanches em muitas familias. Assim,

o lanche escolar e uma das poucas ocasiOes em que as criam;as pod em sofrer algum

grau de intervengao au supervisao, com aumento do volume cal6rico, com sensivel

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melhoria do aproveitamento escolar. Lanches adequados, com frutas, cereals, derivados

laeteos e biscoitos, podem ser agradaveis e cumprir essa funcyao na escola.

A agenda Ictada de nossas crian/y8s pode fazer com que 0 lanche em casa au

durante outras atividades nao exista, au seja, substituido por petiscos de baixo valor

nutricional, OLI que as alimentos sejam ingeridos em horarios desencontrados. Oaf a

grande importancia da refeiyao escolar.

Muitas escolas tern formulado suas cantinas com 0 objetivo de melhorar as

hflbitos alimentares dos alunos. As crianQas precisam voltar para casa como S9 tivessem

sido alimentadas pelas suas proprias maes. IS50 porque, atualmente, muitas famllias

nao conseguem desempenhar esse papel par varios motiv~s, e a escola precisa

oferecer educac;:ao e alimentac;:ao balanceada.

Apesar de a maioria das escolas fomecer lanches ou possuir cantina, existem

muitas crianc;as, principalrnente as pequenas, da educac;:ao infantil e das prirneiras series

do ensino fundamental, que preferem trazer alimentos fomecidos pela famflia. Por isso,

cabe tambem aos protissionais de alimentac;:ao orientar os pais ou responsaveis que tem

dificuldade em programar 0 que vao colocar na lancheira todos os dias. Fazer is so de

maneira nao repetitiva e com carnter educativ~ e urna tareta diffcil. Deve-se levar em

considera~o, no momento de preparar a lancheira, 0 valor nutricional dos alimentos,

criatividade e respeito as preferencias das crianyas.

A merenda deve ser composta por urn alimento energetico/proteico, uma

sobremesa e urna bebida, respeitando os principios da proporcionalidade, rnoderayao e

variedade. Urna das func;aes do nutricionista na escola e promover programas de

educac;:ao aiimentar e nutricional, visando crianyas, pais. professores, funcionarios e

diretoria. 0 educador nutricional converte teoria em pratica e ciancia em arte, sendo que

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a linguagem e ayOes devem ser cornpativeis com 0 publico-alvo. 0 aprendizado pode

sar informal e natural, portanto a educ8ry8o nutricional nao S8 faz apenas na sala de

aula, e qualquer oportunidade deve ser utilizada para promover atitudes positivas sabre

as alimentos.

As mudan<;:asna merenda e na cantina escolar devem sar baseadas na

implementa~o de projetos possiveis. com apaio educacional, e naa na proibiry8o

simples da venda de alimentos, considerando as alimentos dispon[veis em sLia regiao e

cada apoca do ano.

Em todas as fases da vida escolar, diferentes pessoas colaboram com seus

conhecimentos para a qualidade da alimenta,~o das crian,as e adolescentes: pais,

familiares. professores, comunidade escolar em geral, pediatras e nutricionistas. A

qualidade da ajjmenta~o e de suma import~ncia nesse contexte. Per issa, e impartante

discutir sobre qualidade global, para que se possa atingir a qualidade da alimenta,ao da

forma mais plena e satisfat6ria posslvel.

A qualidade da relei,ao resulta de varios aspectos da qualidade global da

alimentayao: sanitaria au seguranya alimentar, que se traduz pela ausencia de

substancias t6xicas e parasitas, e pelo controle microbiol6gico; nutricianal, decorrente do

equilibria e da digestibilidade da refeiyao, aliados ao fomecimento suficiente das

nutnentes necessarios, com atel1~o aos prioritariosnessa lase (carboidratos, proteinas,

calcic, vitaminas); sensorial (cor, odor, textura, saber dos alimentos); e fun cion ai, ou

facilidade e conveniencia de consumo.

A qualidade educacional tambem esta contemplada no contexte de qualidade

global da alimentay80 e refere-se ao aprendizado sabre 0 paladar, as n09~es de

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equilibrio alimentar, a descoberta de novas alimentos e receitas, it convivencia em

sociedade e aos habitos alimentares proprios e de Qutras culturas. Finalmente,

qualidade do servic;o, islo e, 0 ambiente no qual S9 desenvolve a refei<.;8.o, incluindo a

forma de distribuic;ao, a conferta do local, 0 isolamento acustico, a decora9:;J.o e a

atenyao de quem acompanha e supervisiona a refeiy8o, tambem contribui para a

qualidadeglobal da alimenta,ao.

A jun<;ao desses fatores desempenha urn papsl positiv~ sabre a aceita9~o dos

alimentos pela crian9a. Portanto, a objetivo maior que deve nortear a busca pela

qualidade da merenda deve ser 0 bem-estar da crianc;a, procurando-se atender as suas

expectativas durante a refeic;ao. A eseela e um primeiro momento de aprendizado sobre

a vida em coletividade, e 0 momento da refei9~o e tambem de educayao, para motivar 0

despertar sensorial e a socializaQlla.

4,7. MUDAN<;:AS NA ALiMENTA<;:AO

E impassive I mudar a alimentaC(ilo de uma crianya sem a apoio de toda a familia.

Fazer comidas separadas au regras diferentes para irmaos sao medidas que

estao relacionadas com altas taxas de insucesso do tratamenta.

As mudan9as came9am na hara das compras, na maneira de preparar as

alimentos, nas atitudes na hora das refei90es e lanches. 0 objetivo maior deve ser as

mudanyas comportamentais, mais do que na dieta prescrita.

Fazer seis refei90es par dia, observando a piramide alimentar, valorizando 0 cafe

da manha, geralmente pouco valorizado na nossa cultura. Evitar beliscadas fora das

refeiiYoes, evitar alimentos ricos em gordura, incentivar a con sumo de frutas e verduras,

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tarnbem sao fatores importantes nessa mudanya alimentar (VIUNISKI, 2003).

Qutras atitudes ligadas aD comportamento sao:

• Fazer as refei¢es em familia, evitando assuntos estressantes a mesa;

• Beber agua junto com as refeiyaes, evitando refrigerantes e sucos;

• Nao usar a comida como castigo ou recompensa;

• Nao basta falar, as crianc;as van olhar para os pais como exemplo.

4.8. INDICACOES PARA ENCAMINHAR A UM SERVICO ESPECIALIZADO

A grande maioria das crianc;as e dos adolescentes obesos podem e devem ser

manejados na comunidade por seus pediatras, medicos de familia ou mesmo outros

profissionais da saude, como nutrlcionistas e psic6logos. Nunca e demais repetir que as

melhores resultados s~o obtidos quando uma equipe inter-profissional participa

ativamente do tratamento.

Algumas crianc;as com complicac;oes metab61icas importantes, devido aobesidade, com falhas no crescimento au outros sinais de daenC;8 end6crina ou

genetica, poder~o necessitar de encaminhamento para um sarvic;o espacializado.

Algumas vazes, disturbios psicossociais importantes podem estar presentes na

crianc;a obesa ou na sua familia, podendo requerer a avaHac;ao par parte de urn

psiquiatra infantil.

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CONSIDERACOES FINAlS

Atualmente, 0 excesso de peso e a obesidade tem ameac;ado a saude de urn

numero cada vez maior de pessoas em todo a mundo, superando ate mesma a

desnutric;ao e as doen/:;as infecciosas, sendo considerada par especialistas como uma

"epidemia" A presente pesquisa toi idealizada a partir da constata,ao de que as regras

impostas pela dieta alimentar nlio s~o suficientes para controlar 0 comportamento das

crianyas que est~o em tratamento contra obesidade. Sendo 0 seu principal objetivo,

entender as motivos que levarn a essas dificuldades.

No presente estudo pode-s9 verificar que as pessoas apresentam uma longa

hist6ria de habitos alimentares inadequados, devido ao fata das crian9Cis acostumarem -

S8 multo cede com a con sumo de alimentos industrializados que possuem elevados

taores de calorias, que juntamente com a sedentarismo, devido a muitas horas na ftente

da televis~o, funcionam como causas para as dificuldades da crianc;:a em seguir a dieta.

Outre fator observado como causa dessas dificuldades foi 0 fato de outres

membros da familia nao modificarem seus habitos alimentares, e tambem, 0 fato da

crianc;:a nao perceber a dieta como necessaria, provavelmente devido a maneira como a

mae esclarece e administra a mesma, nao estabelecendo reforc;adores pr6ximos.

o comportamento controlado por regras sempre envolve duas contingencias, uma

em long a praza e outra a curto prazo. Consequemcias postergadas e definidas

imprecisamente tendem a ser ineficientes, isto foi claramente observado na pesquisa

bibliografica quando pode~se verificar que a beneficia "emagrece(' oferecido para a

crianya nao e reforyador, pais ni30 e apresentado de forma imediata, e sim a longo

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prazo, au seja, as regras nao sao confinnadas se nao houver contingencias pr6ximas. A

regra e 0 refon;o devem ser proximos, e ambos normalmente oferecido pelo falante da

regra, fazendo com que 0 ouvinte S8 empenhe no comportamento desejado. Nesta

pesquisa percebeu-se que as maes como agentes controladores da dieta, nao

estabelecem refol'9os proximos para a comportamento de seguir a dieta.

Teoricamente, regras descrevem contingencias, inclusive possibilitando que a

comportamento fique sob controle de conseqUencias remotas.

Consequemcias imediatas, no entanto, costumam ser extremamente poderosas

porque controlam a comportamento independente de semm compreendidas verbalmente

pelo individuo que S8 comporta (em termos dele saber descreve-Ias ou ter canscilmcia

delas). Se e possivel que regras tomem um individuo insensivel as contingencias atuais,

tambem e possivel que as contingimcias detennine uma (aparente) incongruencia entre

o Que se Quer fazer eo Que se faz (SKINNER 1990).

Pode-se verificar, lambem que as contingencias da diela nao estao sen do

mantidas devido a interferencia de alguns membros da familia e da escola, onde

observa-se que a problema se encontra no ambiente, onde tem uma historia anterior de

alimenta~o inadequada, po is as contingAncias nem do ambiente familiar e nem no

ambiente escolar sao favoraveis.

Para que 0 objetivo de uma reeducacao alimentar seja atingido e preciso que a

crianc;:a tenha auto-conhecimenta, a que consequentemente leva a urn auto-controle,

para issa, torna-se necessaria urn esclarecirnento maior, no sentida de canscientizar a

crian<;a de sua necessidade

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Teoricamente, todas as esptkies, exceto 0 homem, comportam-se sem saber a

que fazem, e presumivelmente ista tambem era verdadeiro no casa do homem, ate

surgir uma comunidade verbal que fizesse perguntas acerca do comportamento,

gerando assim 0 comportamento auto-descritivo. 0 conhecimento de si proprio tem

origem social e e inicialmente a ultimo para a comunidade que pro poe perguntas. Mais

tarde torna-S8 importante para a propria pessoa - par examplo, para haver-s8 consigo

mesmaou para controlar-se (SKINNER, 1990).

Como foi visto no decorrer desta pesquisa, crianc;as abesas podem tazer parte

dos grupos de risco com maiores probabilidades de virem a sofrer na idade adulta de

disturbios oroanicos que podem ter graves consequemcias, alem de graves problemas

psicologicos que podem interferir no seu desenvolvimento. Par isso, ressaltamos que a

relevancia deste trabalho esta na possibilidade de estudos que utilizem outros metod os

de coleta de dados, na tentativa de delinear possiveis altemativas de interven<;ao nestes

casos. Futuras pesquisas podem assegurar a rela~o entre as dificuldades de seguir

uma boa dieta e 0 comportamento da mlfle em uma situayc30 de reforl;os alimentares.

Eo importante ressaltar 0 carater multi-fatonal da genese da obesidade, pois essa

caracterlstica exige dos serviyos de sauda equipes multi-disciplinares para atender 0

paciente nos diversos enfoques necessarios, ou seja, delegando fun90es especializadas

para profissionais capacitados. A nutricionista deve cuidar da dieta do paciente,

enquanto que professor de educal'aO fisica orientara, dentro das possibilidades do

paciente, uma atividade fisica que complemente 0 tratamento. 0 pSicologo fara desde a

analise dos aspectos biopsicossociais do paciente ate a identificat;lfIo da dinamica

familiar no intuito de dar apoio a equipe na fonna como proceder com determinado

paciente para conseguir resposta melhor ao tratamento e apoio ao paciente

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incentivando-o a melhor ader~ncia ao tratamenlo.

o tratamento da obesidade depende de urna mudanya de comportamento do

paciante. Essa mudanya comportamental e, em geral, Jenta e progressiva, necessitando

de urn tempo de adapta9ao para 0 paciente conseguir modificar a habito adquirido aD

lango de seu desenvolvimento e sedimentado palos costumes familiares.

o habito alimen1.ar e adquirido durante 0 perfocto de transi~o alimentar da

crianc;a, iniciando-se na introdU!;ao de alimentos complementares, ap6s 0 aleitamento

materna. Na tase escolar, a crianya torn a-sa autonoma para decidir a sua alimentaC80,

incorporando au nac 0 habito alimentar familiar. Oeste modo, preconiz8-se no

tratamento da obesidade. modificacOes do estil0 de vida e do habito alimentar da crianrya

e do adolescente que ja est~o previa mente estabelecidos, sendo necessario periodo

longo para sensibilizaC;8o e mudan<;as comportamentais desses pacientes.

Assim, a grande barreira a ser quebrada pela crianrya e adolescente no intuito de

buscar perfil nutricional rnais saud ave I, seja a dissocia~o dos habitos alirnentares de

casa, atitude que ela assume sozinha, apesar da nao modificac;ao dos habitos familiares.

A prevenc;ao e controle da obesidade e dever de toda a sociedade e a eseola

como veiculo de educa~o pode e deve fazer sua parte, orientando seus alunos para

urna alimentac;,ao mais saudavel. revendo as lanches oferecidos em suas cantinas,

levan do 0 problema para dentro da sala de aula, com apoio de toda equipe pedagogica,

pais acredita-se que comeyando pela eseola as crianyas influenciarao seus pais, irmaos

e outros familiares, levando-os assim, a ado~o de praticas e comportarnentos cada vez

mais saudaveis.

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