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Tal A São aulo 28 -38 19 85 .

A QU ESTÃO RU SS A: SE LUG AR NASREFLEXÕES DE VA NG U R DA SOCIA LIS TA *

I s a be M ar a L O UR I R O

RSO Vanguarda Social ia jorna �itado or ário Pdrosa n o R io d Janiro, d 1945 a

1948abora uma roosa oíca sociaista dmocrática como atrnatia à concão bochi

qu, qu acrdita surada a h istória Nssa mdida, a qus tão russa " ncon tras no cntro das

rocuaçõs do ruo st artigo rocura não só anaisar a xicação do joa ara as orins da

burocracia na RSS, mostrando as co ntradiçõs qu a assam, c omo tam bém stabcr a iiação

do gruo às idéias d Rosa L uxmb uro, na n tatia d scarcr as rridas o nl·adiçs.

N TROS Roução; ninismo; stainismo; burocracia; sciaismo; dmocracia.

Ao Lu z Araújo Prado, amgo In memoram.

Os h omens de m nh a dade que não se empogaram pea Revolução R usa a lguma cosa hes falta

Máro Pedrosa

Para Vangua ra Socasta, a reflexão sobre o caráter da Revou ção Russ a, consde rada o maor acontecmen to do século" , e sobre as causas da sua degenerescêncaurocrátca consttu a pedra de toque, tanto do ponto de vsta teórco quanto prátco,para se determn ar com clareza o que é o soca sm o e qua a va para lá chegar É pela

compreensão desse processo que se pode defnr o stal nsmo separando o que al fodtado pela le de ferro da necessdade objetva e o qu é conjuntura ou deformaçãoevtável" e o stado ruso atual , c lar f cação que pra Vanguara Socasta representa o prmero passo para a consttução de uma alternata de esquerda ao stadotota táro" mplantado na Rúss a Com tal ntu to , Már o Pedrosa rea za uma sére de palestras p ubl cadas entre 1 2 de abr e 28 de ju h o de 1 946 . A partr dessaocasão são elaboradas teses , sob o t í tuo de N ovos Rum os " , v s tas pelo grupo como

Ese ar igo cons i u o I o ca u lo de minh a disser aão de merado Vanguarda Sociaista (/-/) Um epiódio de

ecelimo na hitóia do maximo braieio - Faculdade de F loofia etra e ência Hu mana U n veridade de SãoP au lo - 1 9 8 4

* Dearameno de Fi loof ia - Faculdade de Edcaão F i loof ia Cênc as Socia e da Documenação - U NES P - 7 5 0 - M a l a - SP Vanuada SocO/ista ( VS) " Dire iva mani feo lanado no r mei ro número do jona l 3 1 /8/45 I d I b i d

V S " N o v o s R m o 2 0 /9 /4

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OUR EI R I M quesão russa: seu lugar nas reflexões e Vanguarda Sociaita. Tran/rm/ Açã

Sã P a ulo :28 38 19 85 .

mora a urocrazação da socedade sovéca, do sado e do pardo enha co-meçado no decorrer da uerra cv , de acordo com Máro Pedrosa ea era anda nc-

pene nese prmero momeno. a adoção da N P qu e permrá o seu verdadero de-sarochar mas, mesmo aqu , não era anda uma case: nha saído do proearado quefzera a Revoução de Ouuro, era po camene neura, servndo ano o seor prvado quano o esaa* . Ou seja, a urocraca só se torna uma classe com neresses própros a defender quando , com a derrota da Oposção de Esquerda e de Drea, vence aendênca de Saln no neror do pardo.

Pedrosa emra que a endênca s a ns a nasceu sore a deooa do soca smonum só país , represenando a urocraca do pardo e a do sado. De 1927 a 1929 essanova correne desruu a veha ase revouconára e proeára do pardo e ncou afase nacona de nd usr a zação fea peo sado so os m peravos da raconadadeayor s a . Os kua ks e os nepmem " foram exproprados, os s ndcaos qudados, as

frações ou em rões de frações esmaados. u re a deooa do pardo mo noí co, dochefe nfa íve . O s s nd caos passam a uar peo aumeno do r mo da produção, aparece o sakanovsmo, a exporação nensva do raahador que passa a ser premadocaso produza mas . Tem n íco a coevzação forçada .

De acordo com Pedrosa, fo com a ndusr a zação aceerada, evada a cao pora n no f na dos ano s 20, que a urocraca cresceu. urram os spciaisas apenaseressados em rea zar os panos mposos so pena de fuz ameno ou afasamenoas funções . Como os n eresses das massas eram menospezados, ornavase necessáo dar esímuo pessoa à camada de urocraas para que Sa n vesse um pono depoo na popu ação. Crouse a especa zação e nsva das funções ano no apareho

e sado quano no de produção, dv dndose a própra urocraca em duas cama-as: axa e aa, aumenando cada vez mas a dsânca enre o raahador médo e osérces da urocraca esaa e ndus ra . O ucro fo rensaurado como manera de e- ular a produção* * . E m u m a , o programa da Oposção de sque rda defensor da n-usr a zação aceerada, ap cado com araso por Sa n , não evou à cr ação de umaeconoma soca s a de caráer democrá co mas a um reme oa ár o de uma uro craca onpoente"***

Tano o prorama d a Oposção de D rea favoráve ao foraecmeno dos campoeses, o que evara à resauração do capa smo, seundo Pedrosa) , quano o da Oposção de squerda se revearam nadequados à rea dade, o que, em pare, se deveu àusão de amas que acredavam esar a evoução de Ouuro anda de pé, o sado

sovéco ser anda operáro e o proearao russo, a como resuru , ser anda capaze exercr conro e sore o sado . Dz áro Pedrosa que o proearado que fzera aevoução de Ouuro fora susuído por ouro, mas novo, mas nconscene, manorado pela urocraca" * * * * que se mplanou no vér ce das camadas socassusu ndose à uruesa, não para mpan ar o soca s mo, mas para ndus ra zar assa. Na medda em que o conroe dos raahadores nexs a, o overno senusefore o asane para promover a ndusrazação aceerada e a coevzação forçadaàs cusas ds neresses medaos das massas. e, num prmero momeno, a urocraca que, de acordo com Pedrosa, Lenn qu era conroar) era anda uma camada neura e amorfa, so a n ea passa a drr a produção, a conrar o sado e a defen

V S 3 1 / 5 / 46 . V S , 3/ 5/46 VS 10/5/46 . V S 1 0 / 5 / 4 6 .

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LOUREIRO, I.M.- A qu estão  russa: s eu lugar nas r ef exões d e Vgu d Sci it Trans/Forml ção

São Paulo, 8:2-3,195. 

der seus privilégios "A burocracia se c1assiciza Na base de uê? Precisamente dessaextrema cenralizao do aparelho econômico e do fato de o Estado passar a possuir

oo ; u * u a, a opiio e Li, ssa xtreacentralizao nas mos do Estado levaria ao suicídio da revoluo de fato ocorridaMorreu a revoluo proletária, o comunismo, mas no o Estado ue dela uiu*

Onde se encontra, afinal, a origem da burocracia? Pedosa responde: na inexistênc de ontrole da economia e da política pelas massas trabalhaoras O ue explicariaessa inexistênca de controle? " a falta de oganizaões autônomas e independentesdas classes trabalhadoras e camponesas, de peuenos burgueses e massas consumidoras Quer dizer: faltava às massas experiência socialista, consciêcia prática, capacidade de se dirigir e tomar em mos a defesa de seus interesses e controlar os problemas daproduo Faltavam técnicos, faltavam condiões objetivas aoái** *

Mário Pedrosa dá a entender ue as massas russas no esavam organizadas, englobando no conceito de massas os trabalhadores da cidade e do campo, os peuenos burgueses e as massas consumidoras Ora, é curioso ue Pedrosa se refira à falta de organizaões autônomas dos trabalhadores numa revoluo ue justamente se caracterizoupela intensa criatividade nesse nível com a criao de sovietes de operários, soldados ecamponeses além dos comitês de fábrica A impresso deixada pelos extos de Pedrosa,em 46, é a de ue a revoluo teria sido prematura, visto ue a massas no tinham experiência, capacidae para se dirigir. Contraditoriamente, Pedrosa é ardoroso defensor da idéia de ue essa experiência e essa capacidade no so uma criao prévia à luta, mas ue é no decorrer da revoluo ue as massas aduirem consciência dos seusobjeivos Na Revoluo Russa, em particular, os trabalhadores mostraram possuir tal

capacidae ao ocuparem as fábricas à revelia dos próprios bolcheviues, ao criaremsuas próprias organizaões revolucionárias ue aos poucos foram sendo destruídas etransformaas em meros órgos burocráticos dominados pelo partido bolcheviueComo enener, portanto, a análise de Pedrosa sobre a desorganizao e inexperiênciadas massas russas e sua teoria da inveno organizadora durante o processo de luta?

oa à uso a oaa a fábicas pls operáios, po exemplo, conaa palava oe bolchvi "coole a pruo, eosa dá razo a Leinca os abalaes alao a ala pepao paa iii a pesas****Eboa osa a co eêca a iéia u apas aavés a expeiêncao abalaoes aui apaia paa s autoiii, o caso da Revoluo Russa jsia a sepaao e os u sab Lei, "l experieado o

a s rabalhaor D oo al, é possvl obsera ue uao seaa a Rolu Rusa, apsa aluas ssalvas uao à eoria do paio,a à as oáica paa coba a buocacia, áio Peosa sepreusa a pla bolchviu , sobo, as iéias Li

No texto ue estamos examinando, Pedrosa refere-se també à falta de "condiões

• 7/6/4 .• * Id., ibid Quanto à questão de ser a Rússia uma sociedade de classes em que existe um novo tipo de exploraão escondidaob a propriedade coletiva lembremo ue dede 1933 Anton Clga formuara ea ee o seu A Py G

MeeCf 4 p15) Ciliga vê a urocraca dos comunitas e epecialistas como uma nova case dirgente que vem u�(jtuir a nobreza e a burguesia Também Bruno Riz ex-comunista e extrotkita taliano, num ensao de 3, L Be-

me pubicado em francês afirma que a URSS posu uma nova clase domnante a burocraca copotapelos membros do partido únco que monopoza o poder econômco potco e cultura" a URSS repreenta para nóum novo tipo de sociedade drgida por uma nova case A propredade etá coletvzada e pertence a eta cae que organzou um novo sstema de produção A exporaào paa do domínio do ndivduo ao da case" 8 p 1) omo saemoLefort retoma esas idéias dando-he u acance teórco ue não tinham na sua formulaõe orgnai f 4 p. 282().••• v 28//.•••• V 9/11/4

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LOUREIRO I.M - A qestão russa: seu lugar nas eflexões de Vgud Scilit Trans/Form/ çãoSão Paulo, 82-3 195.

objetivas favoráveis"  como um  dos motios  que levaram à  d�generescência da evolu-ção  e ao  conseqüente fortalecimento da burocracia. A inexistência de tai  condiões

significa o atraso econômico da  Rússia e  o isolamento da  revoução, fatores que atuaram  negativamente sobre o  proletarado  fazendo  com  que, numericamente faco e sufocado pelo campesinato, não  pudesse construir a economia russa com métodos  ocia

listas*' Aos operários cabia o conrol dos  organismos poíicos e econômicos, mas 

aueles encontravam-se "sangrados, enfraquecidos,  desfalcados*.  Prte de  sua van

guarda morrera na guerra civil e outra parte asumira cargo d  direção no poder  esta

tal, acabando absor ida  pela urocracia administrativa. Além  disso,  o proletrado 

encontrava-se desencorajado  pelo fracaso da revolução na Europa. Sob a aão desses

motios, vai, aos poucos,  saindo  da cena  política  e deixando nas mãos do partido e da 

sua burocracia a direão dos negócios. Curiosamente, porém, em outro texto, Vanguarda Socialista*** imputa o advento

do stalinismo à "derrota das fora operárias na Rússia, expesa pela supressão da democacia interna no partido e o aniquilamento dos eem�ntos oposicionistas. Nestecaso, a expessão derroa das foças operáias supõe que etas se encontravam organizads e não, como fora dito no texto antrior, porque não tinham organiaões auônomas Se a derota do operariado se xprime num primeiro momeo pela proibiãodas raões no interior do partido e se uma dessas fraões, a mis importante, a Oposião Operária (representante dos trabalhadores das fábricas), possuía um programa altenativo ao do partido bochevique, isto significa ue os trabahadores estavam organzados de form independente e form golpeados Nesta perspectiva, a derrota dasOposiões de Direita e de Esquerda pelo grupo de Stalin é conseüência do amordaça

mento dos tabalhadores, efetuado já no períod imediatamente pós-reolucionárioo u do, a d Soclis, o surgieno da buoa dvese à ine d oo, o pae das massas, soe o organmos coômicos e poíos, , eio u, pel a de oas auoms das pópriasm A dso, omo paa Vgd ocs, o ocio de assas stá eod pue uu, não as u o oriado eja oaniado,a revoluão só vingará se a organizaão se estende às mass rabalhadoras assalad o u odo**** o o d si, o poaado e a vaguada da eouo, do o oua vaguada, o patdo oeviu Ua vez a vanguada deod, ou o di, ou o eoou suot o sto da ouao ado

Por outro lado, entretanto, a inexistência do controle é também contraditoriamenteexplicada pe derrota do operariado, imputada unicamente à conjuntura: o isoamento da reouão, o traso econômico do país que, com uma peuena indsria, levava oproletariado a ficr submerso peo campesiato, a morte de pate da vanguarda proletária na guerr civil e a absorão de outra parte pela burocracia do Estado A políticaantoperária dos bocheviques, tal como é denunciada pea Oposião Operária, nunca équestionda por Vagarda Socilista plo contr, é mesmo justificad, como nocaso da crítica à tomada das fábricas, vista como prematura

* Apea de faa o ataso da Rúsia Pedoa no adota a tese mencheviues No seu entende esta no podeiameaiza-e devido a aueza ogânica da buguesia ua ontudo a peviõe mencheviue veifiaame: o ociaimona medida em ue ea inceta a evouço intenaciona ea impoíve na úsia e iso evaia o goveno a contadições inoúveis como de fato se veiicou v 26/4/46) VS; 9/4/46 VS Novos Rumos" 20/9/46 o isso o asi o patido sociaista com que Vanguarda Socialista sonha engobaia o poetaiado e a casse média.

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OUE O . M . quesão russa : seu lugar nas reflexões e Vanguarda Sociaita Tra/orm/ Ação,

São Paulo :28-38 1985 .

Na mesm a inh a de j us t i f icat iva da pol í t ica bolchev ue, angara Socialisa azcontínuas referências e ogosas à pol í t ica eninsta do capita smo de stado" acred

tando assim como Lenin, ue este seria uma via de acesso ao socia smo, desde uecontroado peos trabalha dores Nas suas paavras: O capita ismo de stado pod e seruma forma de transição d o capital is mo para o socia i smo dentro de determnadas condições po ít cas e sociais Len in o consid erou como uma forma de transição ao sar daguerra civ desde ue se pudesse transportar para a Rússia a organzação técnico-econômica do capit a is mo alemão da época mperia controlao e cana izado pelo es-tado operáro ou peo menos o estado dominado peo partdo bochevue em suafase revolucionár ia No entant o a evoução econômca e hi stórca malgrado as garantias e cont rapesos previst os por Len n supero estas formas puraente poít icas decontroe estado soviético, regime dos sovietes partdo bochevue) e evou a Rússa

ao capita ismo de estado total tár io atual * *Afin al , no qu e consi stia a po í t ca lenin ista do capital ismo d stado? Para en n, aRússia devia prender na esfera da economia, com os países capital istas avançados,transpondo para aquee país a racional ização" capital is ta v is a como um meio para aconstrução do socia ismo A extrema centra ização acançada pelo capital smo mono-polista de stado mode o alemão, é encar ada como progressista e como uma forma aser uti l izada pelo stado proetário". Acreditava ue as conquistas do grande capta ismo deveriam ser preservadas e ue teriam um fim social ista porue submetdas aossovietes proleários Ta po í t ica, contudo, está ndissoluvelmente l igada a um discursotaylorta atoritrio* * * conit ino na exaltação da obediênca da produtiv idade dadiscipl ina e do espír i to de sacr if íc io dos trabahadores a ue angara Socialisa não

faz a meno r alusão Quand o L eni n procama ue é necessáro aprender com o capta s mo de stado aemão não se interroga nunca sobre uma possíve reação entre organi-zação ind ustr ia e s is t ema po í t ico, entre disc ipl ina do trabalho e formas sociais de autoridade. Toma uma grotesca combinação de burocracia e mil itarismo a ponto de sedesi ntegrar como a mais competa expressão da razão científica" 7, p. 82)

angu arda Socialisa, ao tomar como possve via de transição para o sociaismo aproposta leni nist a de capita is mo de stado não leva em conta a rea idade russa sob oefeito concreto dessa proposta, mas atémse a um capital ismo de stado ideal ondeteoricamente haveria autonom ia dos trabahadores e controe os grandes organismoseconômico s Não podemos esuecer ue a Oposção Operári a de Aexandra Koon tai

a ue M ário Ped rosa se refere e à qua dá crédito como crít i a de primei ra hora contraa burocracia combateu a poít ica do capita ismo de stado, defendida pea direçãobolchevique, po ít ica incompatíve com a emancipaçã autônoma dos trabahadoresdefendida tanto pea oposição ao partido boceviue uanto pela própria angara

Sociaista. ssa ambigidade porém não parece incomodar o grupo de angara

Sociaista, provavemente poru desconhecia os detahes da discussão histórica A de-fesa da polít ica eninista do capital smo de stado feita peo jorna devese possie-mente ao fato de ue ne a se fala em controle elos trabahadores como mio de evitar

S o b r e a p o l i t ca l e n n s t a d o c a p t a l m o d e E t a d o v e r I p . 4 2 \ 422 e 3 p \ 3 \ 4 .•• "Noo Ruo Pedroa t l za ea termnologa ebora aba que outro prefere chamar o tado oéto de

ocamo de Etado já qe todo os meo de prodção ão propredade do Etado orém ão concorda com esa denomnaão to qe al se erfca a exploraão do homem pelo omem (VS 24//4 ) .• • • Quno Lenn ecara que o ruo ee aprener co O captal o de tado aleão faz afrmaõe como eta:

" N oso dever consite em nos apl ica rmos com lodas as nossas forçs a im i á- lo . não p o u p r

m

t

os procesos ditatoriai

para im p l a n tá - l o n a Rú sia  a i n da mai depres a do qe fez  Pe dro I com o cot ume ocidentai na ve h ú sia b á rb a ra . e m

recar perant e o emprego de método bárbaros cotra a bar báre ( 7 p 8 4 ) .

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O U O . M . - quesão russa: seu lugar nas relexões e Vanguarda Sociaila. Trnr Açã,

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crscmnt dsmsurad d stad da burcraca , nssa mdd a, cusa cataimo Eto t mo tono int ob tin

N qu cnsst, ntã, aa Vanguarda Socialista, catasm d stad da éca sta nsta? Cnstata qu a statzaçã da rrdad, tant na agrcutura quatna ndústra, prmtu nrm dsnvlvmnt das frças rutvas cu, a ms-m tm, uma dfrncaçã sca qu du à cnma statzada sua ba d cassncssára: A burcraca transfrmus duant sts an numa cas cm suadga à art". A burcraca adras d aarlh stata , xtrmamnt cnta zad usu fru da r dad statzad a, assumn d, a msm tmp, a snsab dad l dsnvvmnt das frças prdutvas. O tad, tá dsms d rduç, transfmas numa ntdad autônma, n sntd d qu nã snta nm s ntsss d ps s d pd v vd d

çã d cass, n cam na cdad. "É a ss pcss d dfnc sc , d x-

açã sca na bas da statzaçã ds ms d rduçã, qu cham d cata sm d s tad " * *

Nst nt, tan, drsa gru d Vanguarda Socialista scdam dstrtskstas. aa s, a Rússa nã é um stad rár nm msm dgnad".O qu s vrfca a sã fmas d xraçã catasta cltva nfudas, ntrmé d stad tta tár , u sja, uma frma óa d cata sm d stad" * * * . su ntndr , a cncpçã trtsksta é uramnt ju r ídca r ss falsa ,na mdda m qu tma cm c té dcsv aa caractzar uma dtmnada fr ma d stad a frma da dad ct va u vada. N ntnd d gru, é controle da rrdad tatzada nã a sua ss qu dtrmna a xstnca duma nva cass qu dsõ dssa rda m su bnfíc .m dssms ant mnt, Má dsa just f ca a í t ca bchvqu, n són qu cncn à rsta d cata sm d stad, cm acabams d vr , mastambém n qu s rfr à ustã da rganzaçã rvuc nára, na stuaçã artcua da Rússa. mbra crt qu a cncçã nnsta d artdvanguada qu macha nxavmnt ara at d únc, aa trnas nstrumnt d um gm ttal tár smr pss ív" * * * , nas c rcunstâncas russas , art d bchvqu,cnta zad auttár, s xcava na uta candstna cnta czasm. N n-tant, a msm t m, cnhc qu já n níc da vuçã qu hava na Rú sa a a dtadua d taad mas a dtadura d atd sb ptaad, atadura d uma mna d vucnárs jacbn. rém, nst cas spcfc,

também a dtadua d td é gítm a: qu atd naqua éca n ra snt a anguada mas scacda das massas, cm tnha uma grand cncçãt ca a a za. l tnha a vsã h stóca, d cnj unt, da marcha da rvuãssa aa um rgm sca sta, quand surgss na Amanha, na ua cdnta , auçã rtára. Armads dssa déa bchvqus s fndam d tdas asanras aa s mantr zhs n d. Na a dad, ss rsntava já a -a quba na cncçã d Lnn d um gvn á r camns " * * * *A tadura d art d s x ca rqu s bchvqu am a vanguada qu t nha grama d tansçã aa sca sm cuj sucss dnda da rv uã na

s 2/5/ s 2/5/6

s o v o m o , 20/9/6 . V 26/7/6

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quesã russ a: seu lugar as reflexões e Vngud Soct anã

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uropa . ssa que era uma condão sine qua n on para a nstauração do socal s mo naRússa n ão ocorreu. Resul tado : de faagem entre as déas na cabeça" dos l íderes e a

realdade objetva" e conseqüente vtóra da burocraca adepta do realsmo polít co" .m sum nas crcunstâncas hstórcas precsas em que a Rússa se encontrava apolít ca bolchevqe se justfca: a burocratzação do regme tem seu níco em 1921quando são el mnadas as frações n o nter or d o part do ao mesmo tempo dz MároPedrosa em que os bolchevques se v ram na necess dade dolorosa" de l qudarronstadt . A s crcuns tâncas obr gam os bolchev ques a se solar no poder a tomar posções contra a sua própra vontade . Portant o a degenerescênca da revolução fo frutoda conjuntura partcular em que a Rússa se encontrava o própro taln sendo apenas o nstrume nto de uma evolução quase rresst ível " devendo ser combatdo não porter traído ou causado a degenerescênca da revolução mas porque se tornou o portavoz de determnados nteresses fruto de condções objetvas que não crou. Numa palavra Máro Pedrosa justfca a polít ca do partdo bolchevque durante a revoluçãouma vez que as condções objetvas da socedade russa" acabaram levando Lenncontra a sua vontade a cr ar as prem ssas para o reno posteror de taln e a consol dação . . . do Capta l smo de stado atual " .

A o fazer este t po de anál se Máro Pedrsa nsprase e m Rosa Luxemburgo queem seu opúsculo sobre a Revoluão Russa após crt car as meddas antdemocrátcasadotadas pelos bolche vq ues acaba por legtmáas ao dzer: Tudo o que se passa naússa se explca perfetamen te: é uma cadea nev tável de cauas e efetos cujos pontos de partda e de chegad a são a carênc a do proletar ado alemão e a ocupação da Rú s

s a pelo mperal smo alemão. er a exg r de Lenn e seus amgos uma cosa sobrehumana ped rlhes que em seme lhantes condções crassem por uma espéce de mágcaa mas bela das democracas a mas exemplar dtadura do proletarado e uma economa socal sta florescente. Com sua attude resolutamente revoluconára sua energasem exemplo e sua nabalvel fdel dade ao socal smo nternaconal eles fzeram quanto poss ível fo em condções tão ter velmente d f íces . O per go começa no ponto ondefazendo da necessdade vrtude eles craram ua teora da tátca mposta por estascondções fatas pre tendend o recomendá a ao proletarado nernaconal como o modelo da tát ca socal sta . . . O q ue m porta é dst ngur na pol í t ca dos bolchevques o essenc al do acessór o a substânc a do ac dente" 5 p . 1 0 1 1 ) .

e Rosa Luxe mburgo just f ca a pol í t ca bolchevque é para se contrapor ao mob smo da socaldemocraca alemã qu ao emperrar a luta revoluconára em seu país solava os bolche vq ues levandoos a um a prátca autortára em nome das necessddesda preservação do stado operáro . A adm ração de Rosa pela energa revoluconárados bolchevques e a constatação da responsabl dade da socaldemocraca alemã natração" ao proletarado russo não a mpede contudo de crt car a polít ca antdemocrátca daq ueles .

• vs 24/1 /47 Máro Pedroa na med da em e ao memo tempo crt ca e dá raão à pol ít ca bolcheve exprme o mpae a e et a e v coagda d vd d a entre o programa revolconáro e a conjn t ra contra-revolconára e levava ama pol ít ca antoperára e antdemocrát c3 A frae de Pedroa o bolcheve vram-e na necedade doloroa de l

da r K r o n ta dt e x p r m e b e a t r a gé d a A e l e a f r m a v a m e o m o m e n to e x g a o m a ac re do m a r n h e r o r e v o l too orglh o e glóra da reolção me mo contra a a vontade e o ma rôn co nee epódo é e a própra Opo·ção perára aprovo o maacre Contdo a crít ca/jtfcação mltânea por pare de Pedroa retr ngee ao período

medatamente pó-revolconáro Em relação ao tal n mo contraramente a Trotky não há a menor vac lação Tanto e a palavra de ordem de d efea ncondconal da ú a é empre crt cada tendo ervdo de dvor de ága ent re ele eo trotkmo

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OUE O M . quesão russa : seu lugar nas reflexões e Vngud Soct Tra/rm/ Açã

São Paulo : 28-38 1 985 .

A crítca, porém, é precsa: as ecessdades do mometo, as cotgêcas cojuturas forçaramos a uma poít ca adaptada a essas ecessdades e, por sso mesmo,

cost tu erro pamar querer transformar o que fo fruto da otgêca em ormauversamete vá da o tem po e o espaço. mu aeamete, Rosa ão cotrapõe àcrítca ao autortarsmo bochevque uma defesa da democraca em abstrato: aceta oemprego da voênca cotra os sabotadores a revoução, codeado, todava, todoarbtráro que utrapasse essa ecessdade absouta de autodefesa revoucoára" 6,p. 1 26) . O arbtráro , o caso da Revoução Russa, cosste a aboção da b erdadepoít ca por parte dos bochev ques .

Rosa decara que apeas uma vda pb ca peamete v re e democrátca, a quahaja part c pação de toda a massa o povo" , em q ue esta masa exerça cotroe sobreos drgetes, pode permtr que os m probemas que surgem o processo de trasforação socas ta sejam soucoados . Caso contrár o a deocraca e a berdadeamordaadas , a cratvdade das massas ão podedo se exercer, o resutado será odomío de agus teectuas , dos funcoá ros do ovo governo sobre toda a massado povo" . I sto é, só a tota e competa berdade será uma barrera efcaz cotra a burocraca 6 , p . 1 27) .

Como podemos perceber, Rosa Luxemburgo acentua o pape da escoha poít ca,da votade, o fazer hstórco. m prmero ugar, fo a prátca mob sta da socadeocraca aemã que determou o soameto da Revoução Russa e as coseqêcas catastrófcas que daí adveram; em segundo ugar, os bochevques, ao etrarempeo cam ho do terror para mpantar o soca smo acabaram vado água ao mo hoda burocraca . Neste ponto, porém, ão há saída, segudo Rosa; os bochevques são

coagdos pea coju tu ra a tr h ar esse cam ho . Aqu ap case como uma uva a frasede Marx de que os homes fazem sua própra hstóra mas ão a fazem como querem " .

s o pao de fun do da anáse pedrosaa da Rev oução Rus sa. Co tud o, a êfase,tato do dscurso de Rosa Luxemburgo quato do de Máro Pedrosa, é posta o segute: o que ocorreu na R ssa ão deve ser tomado como modeo para outros países,uma vez que o soca smo . . . ão é mas do que um produto htór co, ascdo da própra experêca e da stuação cocreta" 6, p. 127) ão havedo, portato, recetasprotas para serem apcadas em toda parte e em quaquer tempo. O avo de Pedrosasão os partdos comu stas do mundo tero, subserve tes à po í t ca dtada peo part

do comunsta russo, subservênca que, segudo ee, fo resposáve peo rumo trágco" que tomaram os acotecmetos mudas a uropa Cetra e a Aemaha f.6, p . 1 1 9) . É a tetatva de traçar uma ha soca sta dep edete do bochevsmo edo stasmo que Máro Pedrosa, ao aasar a Revoução Rusa, faz suas as paavrasde Rosa Luxemburgo: tregarse a um studo crít co da Revoução, sob todos osseus aspectos, é o mehor meo d e educar a casse operára, tato aemã como terac oa , d ate das tarefas que he mpõe a atua s tuação . " (5 p . 1 1 8 ) .

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7/17/2019 v8a03

http://slidepdf.com/reader/full/v8a03 10/10

. . quesão ussa seu uga nas eeões de Vngud Socl. Trn/rlAçã

São auo, - , 1 9 .

L OU R E I R O, I M . The R us sia n ues t ion a nd i t s p la ce in Vngd Socl

çã São auo - , 1 9 .Trns/FrlA -

A BSTRA CT: Vanguarda Socia is ta newppe edled by Máro Pedo n Ro de nero fro

1945 l 194 eborles socsl nd deocrlc polc propos s n lenlve 10 lhe boshevk

conceplon whch w beeved rpssed by hslory. The Rsn q elon " es hs lhe cenle r of

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