View
227
Download
5
Category
Preview:
DESCRIPTION
Â
Citation preview
RESUMOS
e
RESUMOS EXPANDIDOS
06 à 14 de agosto de 2013
Uberlândia, MG.
IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE
PROJETOS
IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS
06 à 14 de agosto, 2013, Uberlândia, MG
ISSN: ----------------------------
RESUMOS
e
RESUMOS EXPANDIDOS
Apoio:
Uberlândia
UFU – PROGRAD
2014
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da UFU - MG, Brasil
IV
S471rSeminário PIBID/UFU: integração de projetos (4. : 2013 : Uber-
lândia, MG) Resumos e resumos expandidos / IV Seminário PIBID/UFU : inte-gração de projetos, 06 a 14 de agosto de 2013, Uberlândia, MG ; or-ganizadores: Daisy Rodrigues do Vale ... [et al.]. - Uberlândia : UFU, PROGRAD, 2014. 115 p.
Inclui bibliografia. ISSN: XXXXXXXXX
1. Educação - Projetos - Congressos. 2. Integração universitária - For- mação de professores - Congressos. 3. Prática de ensino - Congressos. I. Vale, Daisy Rodrigues do. II. Marques , Deividi Márcio. III. Oliveira, Re-nata . IV. Marim, Vlademir . V. Universidade Federal de Uberlândia, Pró-reitoria de Graduação. VI. Título.
CDU: 37 (061.3)
SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS
06 à 14 de agosto, 2013, Uberlândia, MG
ISSN: ----------------------------
RESUMOS
E
RESUMOS EXPANDIDOS
Organizadores:
Daisy Rodrigues do Vale
Deividi Márcio Marques
Renata Carmo de Oliveira
Vlademir Marim
Uberlândia
UFU – PROGRAD
2014
Universidade Federal de Uberlândia
Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD) – Diretoria de Ensino
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Av. João Naves de Ávila, 2121 – Campus Santa Mônica
CEP 38.408-100 – Uberlândia/MG
Reitor: Elmiro Santos Resende
Pró-reitoria de Graduação: Marisa Lomônaco de Paula Neves
Realização:
Pró-reitoria de Graduação – UFU
Diretoria de Ensino – UFU
Divisão de Licenciatura – UFU
Coordenação PIBID/UFU
Coordenação Geral do evento
Vlademir Marim - UFU
Maria Clara Carelli Magalhães - UFU
IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Ângela Aparecida TelesCristiane Coppe de OliveiraDaisy Rodrigues do ValeDeividi Márcio Marques
Emerson Luiz Gelamo Francielle Amâncio Pereira
José Gonçalves Teixeira JúniorLuciane Ribeiro Dias GonçalvesMaria Beatriz Junqueira BernardesMaria Clara Carelli MagalhãesMaria Simone Ferraz PereiraMilton Antônio AuthMirian Maria Andrade GonçalezOdaléa Aparecida VianaRenata Carmo de OliveiraSandro Prado SantosValéria Moreira ResendeVilma Aparecida de SouzaVlademir MarimWattson Estevão Ferreira
Coordenação Geral do evento
Vlademir Marim - UFU
Maria Clara Carelli Magalhães – UFU
Realização:
UBERLÂNDIA – MG
2014
COMISSÃO CIENTÍFICA:
Ademir CavalheiroAdriano Vargas FreitasÂngela Aparecida TelesAntônio Claudio Moreira CostaArlindo José de SouzaClaudia Lúcia da CostaCristiane Coppe de OliveiraDaisy Rodrigues do ValeEmerson Luiz GelamoFernanda Helena Nogueira FerreiraFrancielle Amâncio Pereira Gerusa Gonçalves MouraGislene Alves do AmaralGuimes Rodrigues FilhoJoão Carlos BiellaJosé Carlos de MeloJosé Gonçalves Teixeira JúniorKarina KlinkeLúcia de Fátima Estevinho GuidoLuciane Ribeiro Dias GonçalvesMaria Beatriz Junqueira BernardesMaria Clara Carelli MagalhãesMaria Cristina Lemes de SouzaMaria Odete Vieira TenreiroMaria Simone Ferraz PereiraMariane Hundertmarck PerobelliMarilí Peres JunqueiraMilton Antônio AuthMyrtes Dias da Cunha Neusa Elisa Carignato SpositoOdaléa Aparecida VianaOlenir Maria MendesPaula Godoi ArbexRenata Carmo de OliveiraRenato Palumbo DóriaSandro Prado SantosSonia BertoniValéria Moreira ResendeVicente de Paulo da Silva Vilma Aparecida de SouzaViviane Alves de LimaVlademir MarimWaléria FurtadoZuleika da Costa Pereira
Convidados do IV SEMINÁRIO PIBID/UFU: INTEGRAÇÃO DE PROJETOS
Prof. Dr. José Carlos de Melo – UFMA
Profa. Dra. Ângela Fátima Soligo – UNICAMP
Profa. Dra. Ana Maria Klein – UNESP/IBILCE
Profa. Solange Vera Nunes Lima D´água – UNESP/IBILCE
Prof. Me. Ildair Floriano da Silva – Escola Estadual Renê Gianetti
SUMÁRIO
Apresentação...................................................................................................................16Regina Ilka Vieira Vasconcelos
Prefácio............................................................................................................................19Vlademir Marim
1. RELATO SOBRE O IV SEMINÁRIO DO PIBID UFU............................................21
Débora Silva CostaSara Pereira LimaThaís Marra de Barros
2. MUSEU ITINERANTE: UM AMBIENTE DE ENSINO E APRENDIZAGEM......24
Mizael Borges Campos NettoVlademir Marim
3. IMPRESSÕES SOBRE A VISITA AO MUSEU PONTO PARA OS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL E ESTADUAL DE ENSINO DE UBERLÂNDIA.......................27
Bernadete da Penha Silva SantanaGisele PereiraTalita Zuquete
4. MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: RELATO DAS ATIVIDADES DE MEDIÇÃO REALIZADAS POR BOLSISTAS PIBID QUÍMICA...............................30
Núbia Aparecida Santos NevesDiele Aparecida Gouveia AraújpJosé Gonçalves Teixeira Júnior
5. MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA PARA A FORMAÇÃO DE ESTUDANTES E PROFESSORES................................33
Adrinelly Lemes NogueiraJaine SilvaMaria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa
6. ALIANDO TEORIA E PRÁTICA NO MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG....36
Heinrich da Solidade SantosVlademir Marim
7. O ENSINO DA FUNÇÃO ÁLCOOL NUMA ABORDAGEM QUÍMICA E HISTÓRICA....................................................................................................................38
Jackelinne Camargo de LimaAnalice Resende FeresNúbia Aparecida Santos Neves
8. MINICURSO SOBRE A QUÍMICA DOS COSMÉTICOS COMO TEMA GERADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA..............................................................40
Mariana Lopes CabralJennifer Felipe Brito
9. PERCEPÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DURANTE A VISITA AO MUSEU ITINERANTE..........................................................................43
Ana Paula Silva Queiroz
10. A UTILIZAÇÃO DE FILME EXIBIDO COMO RECURSO DIDÁTICO..............45
Francielle Camargo MedeirosPatrícia Maria de Freitas PereiraElene Maria de Oliveira ModestoGerusa Gonçalves Moura
11. O MUSEU PONTO UFMG VISITA UBERLÂNDIA. PONTUAÇÕES E OBSERVAÇÕES............................................................................................................47
Cleidson de Araújo AndradeMaximiliano Soares Lemos Araújo GobboRenata Araújo Guizzetti
12. A VIVÊNCIA COMO MEDIADORA NO MUSEU PONTO – UFMG: REFLEXÕES E APRENDIZAGENS DE UMA PIBIDIANA.......................................50
Renata Ribeiro Silva
13. INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NO IV SEMINÁRIO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA/UFU/CAPES: CONTRIBUIÇÕIES PARA A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES..............................................................................................................53
Leila Aparecida Pereira Rosa OliveiraPoliana Oliveira SilveiraMaria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa,
14. EDUCAÇÃO BÁSICA: A TRANSVERSALIDADE DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS.................................................................................................56
Ana Maria Klein
15. A TRANSVERSALIDADE DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO BÁSICA..........................................................................................................................60
Solange Lima D’Água
16. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA TRANSVERSALIDADE, DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA...............................................................................................61
José Carlos de Melo
17. EXPERIÊNCIAS DO PIBID EDUCAÇÃO POPULAR: MOSTRA DE INSENTÁRIO E VISITA EM LABORATÓRIO COM ALUNOS DO EJA DE UMA ESCOLA PÚBLICA, ITUIUTABA-MG........................................................................64
Luiz Henrique de Freitas FilhoHellen Souza Coelho NettoVanessa Carla Silva Batista
18. VIDEOINSTALAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE NOVOS OLHARES..........66
Thiago Augusto Tomaz da Silva CrepaldiRafael Gonçalves Barbosa GomesYasmim Tavares de Cássia Silva
19. A BIBLIOTECA NO ESPAÇO ESCOLAR E A PRÁTICA DA LEITURA...........68
Thalita Ribeiro AraújoJéssica Fernandes de Almeida
20. A BIBLIOTECA REOGANIZADA E O INCENTIVO À LEITURA – UMA EXPERIENCIA NO ÂMBITO DO PIBID.....................................................................69
Ilza Martins Gomes Pires
21. INCLUSÃO E TRANSVERSALIDADE NA EDUAÇÃO BÁSICA NA VISÃO DE BOLSISTAS....................................................................................................................71
Laís Albino TomazAugusto César Faria
22. SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS: UMA DISCUSSÃO NA MESA REDONDA DO EVENTO INTEGRAÇÃO ENTRE SUBPROJETOS PIBID.........................................72
Carlos A. Rezende FilhoOdaléa Aparecida Viana
23. O MUSEU INTINERANTE PONTO DA UFMG: POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM DA CIÊNCIA PARA ALUNOS DO 9º ANO DE UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ITUIUTABA-MG............................................................74
Rosa Betânia Rodrigues de CastroMatheus Ferreira MotaFrancielle Amâncio Pereira
24. OFICINA DE ATIVIDADES MUSICAIS PARA PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL................................................................................................76
Eliézer Evangelista SilvaSabrina de Fátima Pereira do NascimentoMaria Cristina Lemes de Souza Costa
25. PIBID/SOCIOLOGIA: REFLEXÃO SOBRE A DISCUSSÃO ACERCA DA INCLUSÃO E EXCLUSÃO NAS RELAÇÕES ÉTNICAS – RACIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR PÚBLICO.....................................................................................................78
Patrícia Aparecida de Assunção
26. SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO PIBID – RELATANDO AS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NOS SUBPROJETOS DE QUÍMICA................................................80
Maria Cecília Borges CesarMirielle Cristina Silva Santos
27. PROJETO AÇÃO NO BAIRRO: DEMONSTRAÇÃO DOS JOGOS DIDÁTICOS UTILIZADOS PELO PIBID – UFU..............................................................................82
Alexander Alves de Paula Nayara Costa Souza
28. RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA PELOS BOLSISTAS DO SUBOPROJETO PIBID/QUÍMICA/PONTAL NA III SEMANA DA QUÍMICA /PONTAL......................................................................................................................84
Tatiane Aparecida Silva RochaRosália Alves Santos
29. ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE UMA OFICINA SOBRE A QUÍMICA DO CORPO HUMANO POR BOLSISTAS PIBID..............................................................86
Nayara Félix de FreitasThalita Fernanda Rodrigues Silva
30. VISÃO DAS SUPERVISORAS SOBRE AS OFICINAS TEMÁTICAS DESENVOLVIDAS PELOS BOLSISTAS PIBID QUÍMICA PONTAL......................88
Rívia Rodrigues Martins José Gonçalves Teixeira Júnior
31. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES QUE O PIBID/ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA ENCONTRA..........................................90
Taiza Araújo SantosFranciene Cabral da Silva
32. ANALISANDO AS CONTRIBUIÇOES DA PARTICIPAÇÃO DOS BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA NAS DISCUSSÕES SOBRE INCLUSÃO E TRANVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA.............................................................................................92
Jaqueline Queiroz de OliveiraAdeliaine Alves da SilvaJosé Gonçalves Teixeira Júnior
33. MINICURSO: A QUÍMICA NA AGRICULTURA, DEMONSTRANDO QUE A CIÊNCIA TAMBÉM SE APLICA À ZONA RURAL...................................................94
Belchior Camilo NetoLidiane Dutra
34. INTEGRAÇÃO DE PROJETOS – O SEMINÁRIO PIBID SOB O OLHAR DO SUPERVISOR DO SUBPROJETO PIBID QUÍMICA..................................................96
Julieta Hanna Kalil DibJosé Gonçalves Teixeira Júnior
35. ANALISANDO AS CONTRIBUIÇÕES DA VISITA AO MUSEU PONTO UFMG PARA OS BOLSISTAS PIBID/QUIMICA....................................................................98
Juscelino Pereira da SilvaAline Stéffani Silva
36. UMA TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE PIBIDIANOS E CONVIDADOS.100
Edilma Santos da SilvaLetícia Franco de Oliveira
37. USO DE EMBALAGEM LONGA VIDA COMO ISOLANTE TÉRMICO..........102
Heloísa Fernanda F. BatistaHermes G. F. NeriMaryelly S. Faria
38. RESUMO DO IV SEMINÁRIO DO PIBID...........................................................104
Giovanna Bruna Medeiros FreitasLiziane SilvaThaynara Ferreira Chieregato
39. OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO DA OFICINA FOTOGRÁFICA REALIZADA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID...................................................................................106
Matheus Tizo AnastácioAna Caroline Fagundes de CastroHelena Ramires Pereira
40. INTEGRAÇÃO E TROCA DE EXPERIÊNCIAS NO IV SEMINÁRIO PIBID-UFU...............................................................................................................................107
Jeane Alves CoelhoDaiane Aparecida Gomes Barbosa
41. GÊNERO EPISTOLAR NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM.....109
Érica Rogéria da Silva
42. REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO: DESAFIOS E CONQUISTAS.............................................................................................................111
Lígia Parreira de Souza
43. ESCOLAS ABERTAS À DIVERSIDADE............................................................113
Márcia Macêdo CostaAline Fernanda Borges
44. FÓRUNS DE DISCUSSÃO: TEMA PARA DEBATE NA MESA REDONDA/RODA DE CONVERSA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID.....................115
Lucas Rafael Pereira SilvaGérsica Gomes Rodrigues
APRESENTAÇÃO
Profa. Dra. Regina Ilka Vieira Vasconcelos
Subprojeto História – Campus Santa Mônica
A trajetória do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência em
desenvolvimento na Universidade Federal de Uberlândia, ao longo de suas três edições,
de 2009 até 2013, compreende um intenso processo de trabalho coletivo a envolver
professores e estudantes universitários dos cursos de licenciatura, professores e
estudantes da educação básica no contexto das redes estadual e municipal de ensino de
Uberlândia e Ituiutaba, onde se localizam diversos campus da UFU (Santa Mônica,
Umuarama, Educação Física e a Faculdade Integrada de Ciências do Pontal – FACIP).
Em sua primeira edição, o PIBID/UFU iniciava com a participação de 4
licenciaturas (Química, Física, Matemática e Biologia), com o desenvolvimento de
subprojetos em 5 escolas da rede estadual, nos anos finais do Ensino Fundamental ou no
Ensino Médio.
Na sua segunda edição, apresentou subprojetos em outras áreas presentes nas
escolas básicas da rede pública de Minas Gerais: filosofia, sociologia, pedagogia
(alfabetização), letras-português, língua estrangeira, geografia, história e cultura afro-
brasileira, com atuação no Ensino Médio e no Ensino Fundamental, em 8 escolas da
rede estadual. E, além das licenciaturas dos campi Santa Mônica e Umuarama,
incorporou as licenciaturas de matemática (ensino fundamental), física, química e
pedagogia (gestão, planejamento e organização escolar) da FACIP, alcançando 4
escolas das redes municipal e estadual do município de Ituiutaba, no Ensino
Fundamental e no Ensino Médio.
Em 2011 e 2012, articulado as duas edições anteriores e em decorrência do êxito
alcançado, o programa foi ampliado para 36 subprojetos, atendendo a 21 licenciaturas
da UFU (de um total de 22 licenciaturas na universidade), em seus diversos campi,
reforçando-se o trabalho de integração entre a Universidade Federal de Uberlândia e as
escolas públicas da educação básica enquanto espaços propícios para a formação inicial
e continuada de professores. Esse esforço resultou na presença expressiva do
PIBID/UFU em 30 escolas das redes estadual e municipal em Uberlândia, além da
16
Escola de Educação Básica (ESEBA) da Universidade Federal de Uberlândia, e em 9
escolas das redes estadual e municipal em Ituiutaba.
Os dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2012 fornecem um desenho
da abrangência das redes estadual e municipal e sinalizam, para o Programa, um campo
fértil para a reconfiguração dessa atuação. Para a cidade de Uberlândia, registrou-se a
matrícula de 98.145 alunos no ensino regular das escolas das redes estadual e municipal
em área urbana, com a seguinte distribuição por níveis de ensino: 15.429 alunos na
Educação Infantil, em 76 escolas da rede municipal; 62.307 alunos no Ensino
Fundamental, sendo 30.773 alunos em 62 escolas da rede estadual e 31.534 alunos em
38 escolas da rede municipal; 20.409 alunos no Ensino Médio, em 26 escolas da rede
estadual. Para a cidade de Ituiutaba, o mesmo Censo Escolar contabilizou 13.911 alunos
matriculados no ensino regular das redes estadual e municipal em área urbana: 1.400
alunos na Educação Infantil da rede municipal; 9.532 alunos no Ensino Fundamental,
sendo 5.288 alunos na rede estadual e 4.244 alunos na rede municipal; e 2.979 alunos
no Ensino Médio da rede estadual.
Ao mesmo tempo, importante se faz considerar o contexto de desenvolvimento
do trabalho docente. As mudanças empreendidas pelas reformas educacionais iniciadas
na última década do século XX criaram novas atribuições para a escola, e, para os
professores, expectativas de uma posição de protagonismo no cumprimento de metas
previstas nos recentes Planos Nacionais de Educação, com relação à permanência de
crianças e jovens na escola ou à construção de bons resultados nas avaliações.
Os dados divulgados pela PNAD/IBGE, relativos à conclusão do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio no estado de Minas Gerais, apontam para o universo
de estudantes matriculados na educação básica, o problemático índice de conclusão do
Ensino Fundamental limitado a 71,6 % de jovens de 16 anos, e o de conclusão do
Ensino Médio a 49,0 % de jovens de 19 anos; ou os dados MEC/INEP/DTDIE, que
indicam uma taxa de distorção idade-conclusão de 63,9 % para o Ensino Fundamental e
de 31,6 % para o Ensino Médio.
Vale destacar, portanto, o protagonismo dos cursos de licenciatura enquanto
campo a ser debatido e valorizado no momento atual, nos termos do impacto de um
programa dessa natureza, com força para transformação das práticas na escola e na
universidade e também para pensar o que de fato constitui a formação inicial do
17
professor na contemporaneidade, de modo a construir uma relação mais orgânica entre
as experiências sociais dos diferentes coletivos na escola, na comunidade, na cidade.
18
PREFÁCIO
Prof. Dr. Vlademir MarimGestor PIBID/UFU
O IV Seminário PIBID/UFU: integração de projetos, realizado de 07 à 14 de
agosto de 2013, foi desenhado para promover mais uma integração maior entre os
Projetos desta Instituição, considerando a importância dessa socialização entre seus
pares.
O evento ocorreu simultaneamente nas cidades de Uberlândia e Ituiutaba,
contemplando os campus Santa Mônica e Pontal, realizando em sua programação a
cerimônia de abertura, a exposição do Museu Itinerante PONTO UFMG, a visitação dos
alunos das escolas públicas e privadas dos municípios de Ituiutaba e Uberlândia, mesas
redondas, palestras, oficinas, apresentação de atividades desenvolvidas pelos alunos
licenciandos, comunicações orais e visitação às escolas parceiras o Museu Itinerante.
A conferência de abertura em Ituiutaba, ocorreu dia 12 de agosto de 2013,
segunda-feira, proferida pela profa. Dra. Solange Vera Nunes Lima D´água –
UNESP/IBILCE – abordando o tema Inclusão/Exclusão social e prática docente. Em
Uberlândia, a palestra foi proferida pela profa. Ângela Fátima Soligo – UNICAMP.
Em Ituiutaba, após a palestra de abertura, no período da tarde do dia 12 de
agosto de 2013, ocorreu a mesa redonda, intitulada Educação Básica e transversalidade.
A organização do evento trouxe a profa. Dra. Ana Maria Klein - UNESP/IBILCE -, o
prof. Dr. José Carlos de Melo – UFMA -, e a profa. Dra. Solange Vera Nunes Lima D
´água – UNESP/IBILCE –, mediada pela profa. Dra. Renata Carmo Oliveira –
coordenadora institucional do PIBID/UFU. A mesa redonda em Uberlândia ocorreu no
dia 06 de agosto de 2013, com a participação do prof. Guimes Rodrigues Filho –
IQ/UFU; prof. Me. Ildair Floriano da Silva – Escola Estadual Renê Gianetti, sendo
mediada pela profa. Dra. Ângela Fátima Soligo – UNICAMP.
A visitação do Museu Itinerante, em Ituiutaba, ocorreu entre os dias 11 a 14 de
agosto, sendo aberta oficialmente no dia 11,domingo, com a presença de professores,
alunos, licenciandos da Universidade Federal de Uberlândia, professores supervisores
da rede pública de ensino da cidade, diretores das escolas parceiras do PIBID, além das
19
autoridades públicas: prefeito, superintendente regional de educação do estado de Minas
Gerais, Secretaria de Educação Municipal e diretor da Faculdade de Ciências Integrada
do Pontal (FACIP/UFU). Também estiveram presentes as equipes responsáveis pelo
museu e os coordenadores gestão e institucional do PIBID/UFU, no total contabilizou
aproximadamente a visitação de 4000 pessoas.
Para contemplar os dois municípios, o Museu Itinerante PONTO UFMG,
realizou a visitação em Uberlândia nos dias 06 a 10 de agosto de 2013, posteriormente
direcionou para o município de Ituiutaba. O cronograma do Museu desenvolvido em
Uberlândia foi o mesmo que realizou em Ituiutaba, com a presença de aproximadamente
5000 visitantes.
No dia 13 de agosto de 2013, o município de Ituiutaba recebeu alguns
subprojetos desenvolvidos em Uberlândia e da mesma forma Uberlândia recebeu alguns
subprojetos desenvolvidos em Ituiutaba. A socialização desses subprojetos foram
importantes e ocorreu de uma forma muito calorosa entre os campus. Nestes espaços
foram desenvolvidas diversas atividades durante todo o dia, tais como: visita técnica,
cine educa, realização de diversas oficinas, sessões de pôsters, simpósios, comunicação
oral, palestras, roda de conversa e interlúdio. Os trabalhos apresentados nesses módulos
foram realizados pelos coordenadores de áreas, professores supervisores e pelos alunos
licenciandos da universidade.
Todo esse movimento foi registrado por meio de gravações, fotografias e
registros escritos. Após o evento, realizamos uma plataforma para recebermos os
trabalhos que foram discutidos no evento e desenvolvidos nos subprojetos, inclusivo
com os relatos dos alunos que participaram nas diversas ações, em forma de artigos,
resumos e resumos expandidos.
Todos os trabalhos submetidos passaram por um crivo cuidadoso de nossos
pareceristas e por uma revisão atenta. Agradecemos a confiança dos autores e
esperamos que esse evento não seja apenas a continuação dos trabalhos anteriores já
desenvolvidos, mas que seja a motivação para as próximas reflexões e publicações de
trabalhos apresentados nos futuros eventos promovidos pela Universidade Federal de
Uberlândia, CAPES e PAEP.
20
RELATO SOBRE O IV SEMINÁRIO DO PIBID UFU
Débora Silva Costa deborasilvacosta@hotmail.com
Sara Pereira LimaThaís Marra de Barros
Resumo
O IV Seminário PIBID/UFU teve início no dia 06 de agosto de 2013, na
Universidade Federal de Uberlândia, e seu objetivo foi a integração dos projetos
desenvolvidos no programa com as escolas de educação básica parceiras em Uberlândia
e Ituiutaba. Foram realizadas diversas atividades para socialização, discussão e
divulgação dos trabalhos realizados. No dia 06/08 aconteceu a solenidade de abertura da
exposição do Museu Itinerante PONTO-UFMG, e nos dias 07 e 08 de agosto houve a
visita das escolas parceiras do PIBID de Uberlândia ao museu.
O museu é um espaço científico-cultural, interativo, adaptado em uma unidade
móvel que atende, primordialmente, escolas e cidades de Minas Gerais. Ele é
constituído por um caminhão que abarca salas com ambientes tecnológicos e culturais, e
também promove atrações externas, como oficinas que abordam diversas áreas do
conhecimento e da ciência. A experiência de participar do museu foi ímpar para nós,
visto que pudemos adquirir um conhecimento que antes não possuíamos, pois as salas e
os experimentos científicos abarcaram conhecimentos distintos e foi possível explorá-
los bastante.
No dia 12 de agosto, o seminário continuou com outras atividades, com uma
abertura muito especial em que os alunos do curso de Música da UFU tocaram
instrumentos e cantaram músicas da atualidade como “Pescador de Ilusões” do Rappa.
Em seguida, tivemos uma conferência de abertura com a Prof.ª Dra. Ângela Fátima
Soligo, da UNICAMP, que abordou um tema muito importante na área da educação
sobre inclusão/exclusão social e a prática docente. Ouvindo sobre esse assunto pudemos
nos conscientizar que, como docentes e/ou docentes em formação, devemos fazer o
possível para oferecer oportunidades de acesso a bens e serviços aos alunos com
necessidades de qualquer âmbito, dentro de um sistema que beneficie a todos e não
apenas os mais favorecidos, como é o sistema hegemônico em que vivemos.
21
Nesse mesmo dia, a professora também falou sobre a inserção dos temas
transversais na educação básica em uma mesa redonda com os professores Ildair
Floriano e Guimes Rodrigues. O debate desse tema foi bastante relevante, visto que os
temas transversais (ética, respeito, pluralidade cultural etc.) expressam conceitos e
valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões importantes e
urgentes para a sociedade contemporânea, portanto, pudemos compreender a
importância da aplicação desses conceitos na educação básica.
No dia 13 de agosto, nós, bolsistas e supervisores, juntamente com os
coordenadores dos subprojetos de línguas estrangeiras, nos reunimos para realizarmos
atividades que foram programadas pela Prof.ª Dra. Maria Clara Carelli Magalhães,
coordenadora do nosso subprojeto de Inglês. Tivemos o privilégio de receber
novamente a Prof.ª Dra. Ângela Fátima, que falou sobre assuntos relevantes na área da
educação, como o preconceito com a classe e origem social, origem geográfica,
educação, idade, necessidades especiais e, ainda, preconceitos raciais. Ouvindo a
professora e suas experiências sobre o assunto, ficou clara a mensagem de que nós,
enquanto docentes e futuros docentes, devemos tratar, considerar e ensinar nossos
alunos igualmente, pois as diferenças se fazem iguais quando colocadas num grupo que
as aceitem e as considerem. Além disso, acrescentam-nos valores morais e de respeito
ao próximo, como todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas
oportunidades diante da vida.
Recebemos também a Prof.ª Dra. Miriam Jorge, coordenadora do PIBID –
INGLÊS na UFMG, que compartilhou conosco sua ideia para um de seus projetos em
andamento, que é criar vídeos com depoimentos de pessoas dizendo como a língua
inglesa transformou suas vidas, proporcionando boas oportunidades profissionais. Essa
iniciativa é bastante válida, visto que pode motivar vários alunos que assistirão aos
vídeos.
Discutimos bastante com a professora sobre o PIBID e como ele nos
proporciona aprendizado tanto para os supervisores e coordenadores quanto para os
docentes em formação. A professora quis ouvir um pouco da experiência de cada
bolsista com o PIBID. Notamos que, através desse programa, pudemos estar em contato
com a sala de aula, aprendemos a realizar planos de aula, a lidar com os alunos e com
seus pais e com as diversas situações que ocorrem no âmbito escolar. As reuniões com o
coordenador, supervisores e bolsistas auxiliam na discussão das normas das escolas,
22
revisões de planos de aula, compreensão do projeto político pedagógico da escola, entre
outros.
Por fim, podemos afirmar que esse IV Seminário do PIBID foi muito valoroso,
pois pudemos trocar nossas experiências e, assim, aprender com as do próximo.
Discutimos assuntos consideráveis, como inclusão e exclusão social, preconceito com o
próximo, transversalidade na educação básica e debatemos sobre o que podemos fazer
para melhorar nossas atitudes como docentes, a fim de trabalhar de uma forma melhor,
ética e acolhedora com os nossos alunos. Estamos crescendo acadêmica e
profissionalmente a cada dia, tanto como docentes em exercício quanto como docentes
em formação e, por isso, somos imensamente gratas por termos essa oportunidade de
participar desse programa que está construindo uma nova história sobre a formação de
professores.
Palavras-chave: Conhecimento. Educação. PIBID.
23
MUSEU ITINERANTE: UM AMBIENTE DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Mizael Borges Campos Nettomizael@mat.pontal.ufu.br
Vlademir Marim
Resumo
Este relato de experiência tem como objetivo apresentar as ações vivenciadas no
IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP). Este
seminário foi desenvolvido nas cidades de Uberlândia/MG e de Ituiutaba/MG, contando
com a participação dos professores e alunos da Educação Básica das escolas parceiras
do programa e com os 36 subprojetos desenvolvidos na UFU, e com a presença do
Museu Itinerante PONTO da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
patrocinado pela CAPES.
Este trabalho apresenta ações vivenciadas no IV Seminário PIBID/UFU:
Integração de Projetos, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Faculdade de
Ciências Integradas do Pontal (FACIP). O PIBID, que tem como objetivo incentivar a
formação de docentes em nível superior para a Educação Básica, elevar a qualidade da
formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração
entre Educação Superior e Educação Básica e inserir os licenciandos no cotidiano de
escolas da Rede Pública de educação, proporcionando oportunidades de criação e
participação em experiências metodológicas e tecnológicas (COORDENAÇÃO DE
APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR, 2013). Nesta
perspectiva, foi realizado um seminário em agosto de 2013, com a finalidade de integrar
os subprojetos desenvolvidos nas cidades de Uberlândia/MG e de Ituiutaba/MG, além
de contar com a participação das escolas da Educação Básica parceiras do programa e
com a presença dos integrantes dos 36 subprojetos desenvolvidos na UFU.
Durante o evento foram realizadas diversas atividades, tais como mesas
redondas, palestras, apresentações de ordem acadêmica, que proporcionaram momentos
de aprendizagem a todos os envolvidos. Além destas ações, foi disponibilizada para a
comunidade a visita ao Museu Itinerante PONTO da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), um espaço científico-cultural, interativo, adaptado em uma unidade 24
móvel, construído em um caminhão com espaço interior adaptado em seis ambientes:
Sala do Útero, Sala dos Sentidos, Sala dos Biomas, Sala de Projeção 3D, Sala do
Submarino e Sala das Cidades, apresentando uma proposta diferenciada. Além disso, o
museu proporciona exposições e oficinas externas ao caminhão, interligando as mais
diversas áreas do conhecimento e da Ciência.
O Museu Itinerante PONTO UFMG tem como objetivo difundir Ciência,
Tecnologia e Inovação em escolas de Educação Básica de Minas Gerais e as demais
localidades do Brasil, ampliando a compreensão, pelos estudantes, dos meios de
produção científica e de sua relação com a educação, cultura e a sociedade. Além disso,
propõe despertar vocações científicas que, futuramente, contribuam para o
desenvolvimento científico e tecnológico (UFMG, 2013). Neste espaço, as atividades
sistematizadas pelo Museu Itinerante contaram com o auxílio de moderadores, isto é,
graduandos da faculdade onde o caminhão estava alojado, os quais ficariam
responsáveis pelas ações desenvolvidas, como visitações de aproximadamente 3500
pessoas em quatro dias, 11 a 14 de agosto de 2013, e a participação no ambiente interno
e externo do museu. Para a realização destas atividades, houve uma formação dos
moderadores que se dispuseram a ajudar, juntamente com a coordenadora do projeto,
vinculada à UFMG, cuja finalidade foi apresentar a estrutura do caminhão e a forma de
desempenhar as funções como moderadores.
Na função de moderador, trabalhei no exterior do caminhão, onde participei de
uma oficina com os alunos, com a finalidade de incentivar o seu raciocínio lógico;
também trabalhei no interior do caminhão, ficando responsável pela Sala dos Biomas,
explanando as características principais dos biomas do cerrado, tropical e antártico.
Pude perceber que os alunos se envolveram nas duas atividades, vivenciando diversas
situações, que habitualmente viriam apenas na teoria em sala de aula, como, por
exemplo, na Sala dos Biomas. Assim, os alunos perceberam as diferenças entre os
biomas do cerrado, tropical e antártico quando entravam em cabinas que simulavam as
características específicas de cada bioma citado. Nesta perspectiva, Sacristán (1999)
afirma que o conhecimento está relacionado com a prática, pois é nela que o homem
pode demonstrar seu pensamento. Assim, há o entendimento de que no interior do
caminhão, em sua amostragem, pode-se desenvolver conhecimento, proporcionando
uma formação intelectual. No que tange a esta metodologia de ensino, na perspectiva de
moderador, percebi que há uma possibilidade de instigar os alunos à aprendizagem e ao
25
conhecimento, por meio de atividades que os façam interagir com o meio onde estão
inseridos.
Palavras-chave: Conhecimento. Educação Básica. PIBID.
26
Impressões sobre a visita ao Museu Ponto para os alunos da rede
municipal e estadual de ensino de Uberlândia.
Bernadete da Penha Silva Santanatitanet2010@yahoo.com.br
Gisele PereiraTalita Zuquete
Resumo
Este trabalho trata de um relato sobre a visitação dos alunos de uma escola
municipal e estadual ao Museu Itinerante Ponto UFMG, bem como de uma análise
acerca da visita, tendo como base um questionário realizado com os alunos. Aqui
descreveremos as suas impressões que, expectativas e críticas. Nosso objetivo é
descrever as percepções dos alunos nesta visitação e refletir sobre o alto investimento
dado ao Museu Itinerante Ponto. Será que está sendo bem aplicado, tanto em questões
estruturais, incluindo a qualificação dos monitores e recepção aos visitantes?
A vinda do museu Itinerante Ponto UFMG, em Uberlândia, fez parte da
programação do IV Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência (PIBID): Integração de Projetos. O Museu Ponto viaja por Minas Gerais e
outros estados brasileiros, levando ciência e tecnologia às cidades do interior, alocado
dentro de um caminhão-baú que também transporta materiais e artefatos para montagem
de exposições e oficinas externas.
Antes da visitação, as escolas, tanto municipal, como estadual, fizeram um
trabalho com esses alunos, a fim de lhes apresentar o Museu do Ponto, sua estrutura e o
que é exposto. Assim, os pibidianos realizaram uma apresentação aos alunos, incluindo
regras de comportamento, e esclarecendo o papel social de um Museu.
Realizamos uma palestra orientando os alunos e depois partimos para o Museu.
A visita foi pré-agendada com os organizadores do Museu, de forma que cada escola
27
teria o seu momento de visitação, a fim de evitar tumultos e também para que os
monitores pudessem acompanhar e orientar os alunos durante nossa presença no evento.
O tempo previsto para cada escola foi de aproximadamente 2 (duas) horas. Neste prazo,
os alunos estavam livres para apreciar as exposições internas e externas ao caminhão.
Todos os alunos interagiram muito em cada stand que apreciavam. Eles tiveram a
oportunidade de tocar, sentar, experimentar diferentes sensações como na cabine dos
biomas, e aprender muito!
Ao retornar à escola, os alunos receberam um questionário avaliativo elaborado
pelos pibidianos, com o objetivo de verificar se lhes foi significativo esse passeio, se
têm o hábito de visitar museus científicos ou outros e, ainda, qual seria um local de seu
interesse para uma aula de campo. Conforme mencionado, os pibidianos do subprojeto
Ciências da Natureza elaboraram um questionário avaliativo para que os alunos (apenas
da escola municipal), após retornarem do passeio, pudessem responder. Distribuímos 47
questionários para alunos do 8º ano, e colocamos quatro perguntas, questionando se já
haviam visitado algum museu de ciências; o que aprenderam na visita ao Museu do
Ponto; o que acharam de mais interessante e lhes chamou mais atenção; se gostariam de
fazer outras aulas de campo, e onde teriam interesse/curiosidade de visitar. Ao final,
pedimos para que representassem como foi a visita, por meio de um desenho ou uma
frase.
Do total, 38 alunos disseram que nunca tinham ido a um museu de ciências. O
que nos revela que, para muitos, o museu é um local desconhecido! A maioria
respondeu que aprendeu muito nesse passeio. Que acharam legal, divertido. Alguns
mencionaram que acharam interessante “o fato de o museu ser no caminhão” (I.R.B.–
aluna do 8º ano); “eu achei interessante o museu ser dentro de um caminhão. As salas
do caminhão, porque não é comum ter um museu dentro de um veículo” (G.G.B – aluna
8º ano).
As cabines mais citadas como interessantes foram a do útero e dos biomas. Eles
ficaram fascinados com as sensações que tiveram nelas. Citaram também a cabine do
submarino: “o submarino, achei muito interessante, foi bem representado. Ficou
igualzinho” (G.M. – aluno do 8º ano). As exposições externas não foram muito
comentadas. Em destaque, o stand sobre rochas e minerais: “eu achei uma pedra muito
interessante. A pedra era um peixe que virou pedra. Era tipo uma pedra colada nas
costas do peixe” (T.S.S. - aluna do 8º ano se referindo a um fóssil de peixe). Não 28
esquecendo, tivemos também quem gostou do stand da física: “aprendi que energia
pode ser feita através do vento” (M.F.N.S. – aluno do 8º ano).
A maioria dos alunos disse que gostariam de fazer outros passeios como os museus da
UFU (MunA, DiCA), e de conhecer o museu em Peirópolis.
Mas, tivemos 5 alunos que reclamaram do tempo para poder apreciar cada
cabine. Eles alegaram que não tiveram tempo para observar o que tinha dentro das
cabines, que os monitores não esperavam para que todos pudessem participar: “... foi
pouco tempo para ver a parte interna do caminhão. Logo que chegava em uma sala, já
tinha que sair!” (J.G.B. – aluna 8º ano); “achei muito interessante as coisas que tinha no
museu, pena que foi pouco tempo (...)” G.S.S. (aluno 8ª ano); “teve organização mas
não teve tempo suficiente para atender cada aluno, porque tivemos pouco tempo para
observar” (A.R.O. aluna 8ª ano).
Concluímos, assim, que, de uma forma geral, o investimento dado ao museu
itinerante está sendo válido porque os alunos têm demonstrado satisfação em conhecê-
lo. Para muitos, essa foi a primeira visita em um museu, demonstrando que eles não têm
acesso por várias questões socioeconômicas. Então, se o museu vem até eles, fica mais
fácil. Ressaltamos que a organização do evento pode melhorar, agendando poucas
turmas por hora, a fim de que todos os alunos possam participar. E ainda, uma melhoria
no treinamento dos monitores, para atender melhor os visitantes.
Palavras-chaves: PIBID. Museu Itinerante Ponto. Visitação.
29
MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: RELATO DAS
ATIVIDADES DE MEDIAÇÃO REALIZADAS POR BOLSISTAS
PIBID QUÍMICA
Núbia Aparecida Santos NevesDiele Aparecida Gouveia Araújo
José Gonçalves Teixeira Júniorgoncalves@pontal.ufu.br
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação a Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de relatar a experiência
vivenciada por bolsistas do programa como mediadoras no Museu Itinerante PONTO
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). São descritas as atividades realizadas,
seguidas da análise das possibilidades de contribuição para a formação inicial dos
bolsistas do subprojeto PIBID/Química/Pontal.
A utilização de novas metodologias no ensino de ciência é de extrema
importância para a compreensão desta temática, visto que, na maioria das escolas, o
ensino é voltado para a transmissão de informações, não levando em consideração os
aspectos experimentais e as concepções dos estudantes (PEREIRA; CHINELLI;
COUTINHO-SILVA, 2008, p. 101). De acordo com Moreira (2006, p. 13), observa-se a
ampliação das ações destinadas à divulgação científica no Brasil, como:
criação de centros e museus de ciência; surgimento de revistas e websites; maior cobertura de jornais sobre temas de ciência [...]; publicação crescente de livros; organização de conferências populares e outros eventos que despertam interesse em audiências diversificadas por todo o país. Mas o quadro se mostra ainda frágil e limitado com amplas parcelas da população brasileira sem acesso à educação científica e à informação qualificada sobre CT [Ciência e Tecnologia]. Como um reflexo da desigualdade na distribuição da riqueza, dos recursos em CT e dos bens educacionais, os museus de ciência estão fortemente concentrados em poucas áreas do país.
Dessa forma, segundo o autor, apenas 1% da população brasileira tem acesso a
museus de ciência, enquanto, em países europeus, esse número chega a 25%. De acordo
com este contexto e por acreditar que os museus de ciências permitem “desmistificar a
visão de que a ciência é algo complicado e distante, tornando mais evidente a sua
30
presença no cotidiano das pessoas” (COSTA, et al., 2008, p. 2), na perspectiva de
aproximar essa atividade de divulgação científica à população do Triângulo Mineiro, foi
promovida a visita do Museu Itinerante PONTO UFMG, nos campi da Universidade
Federal de Uberlândia.
Este museu possibilita o atendimento de escolas e cidades do interior do Brasil,
já que é “constituído de um caminhão com semirreboque e seu espaço interior adaptado
em três ambientes distintos: sala de projeção e de informática, laboratório,
equipamentos e materiais para a realização de oficinas e exposição externas” (COSTA,
et al., 2008, p. 7), onde é dada maior ênfase na ação dos visitantes, buscando a
experiência imediata e sensorial, além das explicações relativas aos fenômenos
científicos.
A presença do Museu Itinerante PONTO UFMG, na Universidade Federal de
Uberlândia Campus Pontal, ocorreu durante o IV Seminário PIBID/UFU: Integração de
Projetos, entre os dias 11 e 14 de agosto de 2013, onde alguns bolsistas do PIBID/Pontal
foram selecionados para participarem como mediadores. Para esta mediação, passaram
primeiramente por um treinamento com os organizadores integrantes do museu, que
consistiu em uma apresentação geral de como as atividades seriam organizadas durante
o evento e, posteriormente, uma visitação no caminhão, possibilitando um maior
conhecimento de sua estrutura. A visita ao museu foi aberta às escolas de educação
básica de Ituiutaba e região, aos alunos e professores da Universidade, e à comunidade
em geral. Nessas visitas, os mediadores auxiliavam na explicação das atividades, das
salas e dos experimentos contidos no museu, “buscando despertar no visitante a
curiosidade que o leve a fazer uma conexão entre o exposto, o explicado e até mesmo os
pré-conceitos que se tenha acerca do assunto” (FONSECA, 2009, p. 4). Nesse sentido,
fazer com que o visitante reflita sobre o tema abordado, sem limitar suas concepções
prévias, pois a troca de informações e as suas dúvidas são essenciais para conduzir a
explicação.
Para as bolsistas do PIBID/Química/Pontal, esta participação possibilitou um
conhecimento mais amplo sobre museus de ciências, já que este tipo de atividade não é
encontrado na região. Além disso, foi possível conhecer metodologias interessantes e
dinâmicas, que auxiliam na compreensão dos conceitos teóricos, não deixando de lado
os conhecimentos prévios dos visitantes. Ao mesmo tempo, esta mediação proporcionou
às bolsistas, uma oportunidade única na sua formação acadêmica, contribuindo, assim,
para a futura prática docente das licenciandas.
31
Acreditamos que seja importante destacar a ausência de atividades destinadas
especificamente ao ensino de Química neste espaço. Há relatos na literatura de inúmeras
possibilidades de associar museus de divulgação científica com conteúdos químicos,
como, por exemplo, o levantamento feito por Bonatto e colaboradores (2009). Assim, a
inserção de ações voltadas para a iniciação em Química, possibilitaria a exploração de
diversos conhecimentos relacionados a essa ciência, contribuindo para a reflexão sobre
diferentes informações, no âmbito das tecnologias, da sociedade e do meio ambiente.
Além disso, sensibilizaria os visitantes para os temas químicos em questão, sem, no
entanto comprometer-se com a fixação e esclarecimento de todos os aspectos
relacionados aos conceitos apresentados.
Palavras-chave: Museu. Mediação. Ciência.
32
MUSEU ITINERANTE PONTO UFMG: aprendizagem
significativa para a formação de estudantes e professores
Adrinelly Lemes Nogueiraadrinelly@hotmail.com
Jaine SilvaMaria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa
Resumo
Este texto tem como intuito fazer uma explanação acerca das nossas vivências
enquanto pibidianas, por ocasião da atuação como monitoras no Museu Itinerante –
Ponto da UFMG, que realizou atividades no IV Seminário PIBID UFU: integração de
projetos na Universidade Federal de Uberlândia/Faculdade de Ciências Integradas do
Pontal.
Os novos tempos exigem um modelo educacional que esteja voltado para o
desenvolvimento de um conjunto de aptidões essenciais à compreensão da educação e
da sociedade de maneira global. “Uma formação baseada na cooperação e na dialética
das relações do ser com a natureza, do indivíduo com a sociedade, com o trabalho e com
os outros indivíduos” (PEREIRA e MENDES, 2004, p. 74).
Esse tipo de formação está calcado na defesa de que os alunos precisam ser
instigados a compreender e refletir sobre a realidade de forma ampla e em constante
relação. Para isso, o professor deve ajudar seus alunos a descobrir, criar, a ter confiança
nas suas capacidades, para que assim possam ser instigados a construir e reconstruir seu
conhecimento.
É de conhecimento que os métodos de ensino-aprendizagem centrados na mera
reprodução do conhecimento, há muito não atendem às necessidades dos vários
estudantes das escolas. O modelo educacional meramente reprodutor, caracterizado por
uma formação onde conhecimentos são transmitidos pelo professor que detém o saber,
para um ser passivo –o aluno – , dentro de um espaço físico em que o professor se
coloca no centro da sala e os estudantes geralmente enfileirados reproduzem o que ele
transmite, está ficando cada vez mais obsoleto e banal, segundo Stuart (2007).
33
Em contraposição a essa prática educacional, compreendemos a importância das
atividades proporcionadas pelo Museu – Ponto da UFMG. Os Museus, sejam eles
centros culturais, de ciência etc., são espaços de educação não formal, locais de
observação e reflexão, espaços simbólicos, lúdicos, muitas vezes surpreendentes,
capazes de oferecer uma experiência ao mesmo tempo educativa e divertida, tirando de
foco um ensino meramente tradicionalista, segundo Stuart (2007).
Nesse sentido, o Museu Itinerante Ponto UFMG, um museu interativo de ciência
e tecnologia, desenvolveu suas atividades no IV Seminário PIBID UFU, com a intenção
de mostrar que o conhecimento não está apenas na sala de aula. O conhecimento está
presente em vários âmbitos e os professores podem usufruir desses espaços, para tornar
sua aula diversificada e possibilitar que o aluno saia da rotina. Sabemos que em
Ituiutaba não existe um museu como este e, por isso mesmo, a oportunidade de visitá-lo
no período em que esteve na cidade significou para estudantes e professores dos
diferentes níveis de ensino uma oportunidade de ampliar e enriquecer o processo
formativo.
Para nós, pibidianas, o Museu Itinerante proporcionou um momento de grande
conhecimento, a fim de provocar mudanças até mesmo no modo de se pensar o
significado de um museu, porque, quando se fala em museu, logo imaginamos uma
coisa antiga, que guarda relíquias. E quando tivemos esse contato, fomos surpreendidas
ao depararmos com algo tão novo e tão instigante e de suma relevância para se trabalhar
no âmbito escolar. As aulas podem se tornar cada vez mais dinâmicas se analisarmos e
utilizarmos os diversos meios de se trabalhar, desde uma simples atividade com
dobradura, como a desenvolvida na sala de Oficinas, ou até mesmo acompanhando o
desenvolvimento da tecnologia.
Enquanto pedagogas em formação, podemos tirar, como exemplo, a
possibilidade de levar para as aulas experiências diversificadas, aulas temáticas que
proporcionem prazer aos alunos e os instiguem a aprender com outro olhar.
Acreditamos que o interesse dos alunos se torna bem maior quando têm a possibilidade
de vivenciar, de praticar para aprender, aspectos esses contemplados nas atividades do
Museu, uma vez que desperta os sentidos não só das crianças, mas também dos adultos
quando explora as áreas das ciências e da tecnologia.
Avaliamos que essa ideia foi muito inovadora, principalmente por proporcionar
aos estudantes e professores de Ituiutaba a condição de conhecê-lo e vivenciar suas
diferentes atividades. Acreditamos que muitas pessoas que visitaram o Museu não
34
tinham conhecimento da existência desse suporte que pode servir como mediação entre
o professor, o aluno e o conhecimento.
Por fazermos parte de um programa de iniciação à docência, podemos vivenciar
momentos como esses que agregaram metodologias diferenciadas à nossa formação
inicial, suporte pedagógico para entendermos como é possível fazer da aula um
momento interessante que desperta o prazer de aprender. O Museu veio acrescentar
esses aspectos a nossa formação, pois fomos monitoras e percebemos como o novo, o
ensinar em outros espaços fora da sala de aula pode ser algo agradável ao alunado.
Foi satisfatório ver o contentamento das crianças e adolescentes que nunca
haviam tido contato com esse tipo de atividade, e até mesmo os profissionais da escola
ficaram deslumbrados. Essa nova ideia pode mudar totalmente a maneira de pensar e
agir dentro do âmbito escolar. O ruim disso tudo é não ter contato permanente com o
Museu, já que a cidade não possui ações como essas, dificultando, assim, o contato e a
formação mais efetiva de professores nessa perspectiva. Momentos como esses são
relevantes à formação inicial das pedagogas, pois nos dão força para acreditar em um
ensino de qualidade, para lutar contra práticas tradicionalistas que encontramos nas
escolas em que atuamos.
Palavras-chave: Museu. Formação Significativa. Docência Enriquecida. Educação de Qualidade.
35
ALIANDO TEORIA E PRÁTICA NO MUSEU ITINERANTE
PONTO UFMG
Heinrich da Solidade Santosmizael@mat.pontal.ufu.br
Vlademir Marim
Resumo
Este trabalho apresenta um relato da experiência de um monitor no período de
visitação ao Museu Itinerante Ponto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
durante o IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID), ocorrido na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Faculdade de
Ciências Integradas do Pontal (FACIP). Por meio das salas do útero, dos sentidos, dos
biomas, 3D, do submarino e das cidades, bem como da área externa, o visitante pôde
conhecer e manipular os objetos do museu. Para os monitores, foi uma vivência única,
pois atuaram como aliados da cultura e do conhecimento, firmando o seu compromisso
com a educação, e participando de um projeto de extensão.
Este trabalho apresenta um relato da experiência de um monitor no período de
visitação ao Museu Itinerante Ponto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
durante o IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID), ocorrido na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Faculdade de
Ciências Integradas do Pontal (FACIP). Participaram da visitação do museu escolas da
rede pública e privada de Ituiutaba/MG, a comunidade acadêmica da UFU, e a
população da cidade, uma vez que estava aberto a todos os públicos, funcionando das 8
às 19 horas, durante quatro dias. No intuito de realizar uma abordagem prática, o museu
é equipado em um caminhão, que disponibiliza recursos em suas áreas interna e externa,
que permitem ao visitante manipular e se relacionar com sensações, sons e formas, que
abrangem a ciência e a tecnologia (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS-UFMG, 2012). Nesse sentido, Sacristán (1999 apud MARIM, 2011)
rememora que, na filosofia marxista, o conhecimento está estreitamente relacionado
com a prática ou a práxis, pois é por meio dela que o homem pode demonstrar o seu
poder e o seu pensamento. Ou seja, é dessa maneira que o visitante pode conhecer e
36
manipular os objetos do museu, por meio da prática, já tendo conhecido, estudado ou
vivenciado a teoria previamente.
Para que isso ocorra, há no museu seis salas: a do útero, cujo propósito é relatar
sobre a origem, vivências e sensações do ser humano; a dos sentidos, que explora como
o homem descobre, comunica e se relaciona com o ambiente que o cerca; a dos biomas,
com três cabines, que expõe os biomas cerrado, floresta tropical e antártica, permitindo
conhecer alguns extremos de suas condições; a 3D, que explora como é a vida no mar,
por meio de uma televisão equipada com a terceira dimensão; a do submarino, que
simula uma viagem pelas profundezas dos oceanos; e sala das cidades, em que, com
auxílio de imagens geradas pelo programa de computador Google Earth, é possível
conhecer alguns locais da Terra. Além disso, na área externa há componentes da ciência
e da tecnologia, que permitem a interação com os visitantes, por meio de modelos do
corpo humano, geradores de energia, jogos matemáticos, entre outros.
Foi nesses locais que os monitores, discentes da UFU, atuaram, e uma equipe de
discentes da UFMG e se preocupou em organizar o treinamento para os monitores, com
intuito de informar sobre os itens componentes do museu, para auxiliarem na recepção
dos visitantes. A partir daí, era necessário, além de cumprir o cronograma previamente
estipulado pelos responsáveis, manter excelente recepção e simpatia, para que os
visitantes pudessem agir com desenvoltura ao manipular os objetos nos diversos
ambientes. Destaca-se que o museu de ciência e tecnologia esteve aberto para a
visitação de toda a comunidade, que foi de aproximadamente 3500 pessoas, bem como
a relação construída entre monitores e discentes da UFMG, permitindo trocar
experiências de culturas diferentes. Ressalta-se a importância da aliança entre a teoria e
a prática, pois alunos, e até professores, podem ter conhecido aspectos físicos da ciência
de forma inédita. Além disso, para os monitores, foi uma vivência única, pois atuaram
como aliados da cultura e do conhecimento, firmando o seu compromisso com a
educação, e participando de um projeto de extensão.
Palavras-chave: Educação. Visita escolar. Ciência e tecnologia.
37
O ensino da função Álcool numa abordagem Química e Histórica
Jackelinne Camargo de Limajackelinne_lima@hotmail.com
Analice Resende FeresNúbia Aparecida Santos Neves
Resumo
O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o objetivo de apresentar
uma das ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos,
referente a uma oficina onde foi abordado o conteúdo químico Álcool. Esta oficina foi
planejada e aplicada por licenciandas do subprojeto PIBID Química/Pontal em duas
escolas parceiras do PIBID, em três turmas do Ensino Médio, totalizando 66 alunos,
com duração de duas horas e meia cada.
Para desenvolvimento desta atividade, optou-se por estruturar a oficina em
seis momentos: i) integração; ii) dinâmica, na qual os estudantes expunham suas ideias
sobre álcool; iii) exposição do conteúdo abordando os tópicos: definição de álcool, as
variações desta função e suas aplicações nos cosméticos, bebidas, produtos de
limpeza, combustíveis e as etapas de obtenção do álcool com auxílio de um vídeo,
além de apresentar o contexto histórico da cana-de-açúcar, abordando o papel do
negro na implementação da cultura do açúcar, produzido a partir dessa matéria-prima,
na perspectiva de incluir aspectos relacionados à lei 10639/03, que determina a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas;
iv) realização de uma atividade experimental demonstrando a fermentação do açúcar e
a caracterização deste processo através da mudança de cor do indicador, a fim de
evidenciar a liberação de gás carbônico; v) aplicação do jogo “Fato ou Boato”,
elaborado pelas bolsistas, no qual os alunos deveriam responder a questões a respeito
do conteúdo abordado; vi) elaboração de fanzines, relacionando a parte química e
histórica do álcool, a partir de recortes de livros e revistas, além de figuras e textos
impressos de páginas da internet.
38
Com a realização desta atividade, verifica-se que é possível trabalhar
conteúdos químicos utilizando propostas metodológicas diferenciadas, considerando
os conhecimentos prévios dos alunos, e, ao mesmo tempo, estimular um interesse
maior pelo aprendizado, diferente do que ocorre na maioria das aulas de Química.
Deste modo, a aplicação desta oficina permitiu trabalhar a função álcool, de uma
forma dinâmica e atrativa, sem que o aluno memorizasse o conteúdo.
Percebe-se, também, que as atividades possibilitaram às bolsistas a
oportunidade de utilizar metodologias diferenciadas para o ensino de Química,
contribuindo para sua formação docente.
Palavras-chave: Ensino de Química. Contextualização. Alcool.
39
MINICURSO SOBRE A QUÍMICA DOS COSMÉTICOS COMO
TEMA GERADOR PARA O ENSINO DE QUÍMICA
Mariana Lopes Cabralmariana_lopes_cabral@yahoo.com.br
Jennifer Felipe Brito
Resumo
O minicurso “A Química dos cosméticos” foi elaborado com o objetivo de
abordar uma temática do cotidiano dos alunos, para debater aspectos químicos
relacionados aos cosméticos para a pele. Para a aplicação do minicurso, planejou-se
uma dinâmica onde os alunos recebiam algumas frases com afirmações a respeito dos
cosméticos, as quais deveriam classificar como mito ou verdade, confeccionando um
cartaz, e, no final do minicurso, os alunos puderam corrigir os seus cartazes. No
decorrer do curso percebeu-se que foi possível alcançar o objetivo proposto no início.
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo discutir o minicurso
sobre a química dos cosméticos, elaborado e aplicado às turmas do Ensino Médio de
duas Escolas Estaduais onde o PIBID atua.
O principal objetivo do minicurso foi abordar uma temática do cotidiano dos
alunos, para debater aspectos químicos. No minicurso foram discutidos os principais
cosméticos para a pele, como: hidratante para o corpo e lábios, protetor solar, e produtos
para o tratamento de acne. Dentro da temática de protetores solares, procurou-se discutir
sobre o câncer de pele, com uma ênfase maior no câncer da pele negra, e sobre os
bronzeadores. Quanto ao tratamento da acne, abordou-se a aplicação de sabonete,
esfoliantes e medicamentos.
A ideia do minicurso foi trabalhar com um “tema gerador”, que é o ponto de
partida para a construção do conhecimento, pois emerge do saber popular ou da prática
de vida dos educandos e é buscado por meio da “pesquisa do universo vocabular” e
transformado em conhecimento científico (TOZONI-REIS, 2006, p. 103).
40
Os documentos oficiais fazem indicações claras sobre a inclusão de temas
ligados ao meio ambiente e/ou à saúde. Temas como poluição, tratamento de águas,
lixo, uso excessivo de combustíveis e plásticos, fabricação de produtos de higiene, uso
de cosméticos, produtos alimentícios etc., legitimados como temáticas escolares,
passaram a incorporar os conteúdos curriculares. De acordo com o Currículo Básico
Comum – CBC, a organização e o desenvolvimento do currículo de Química deve
possibilitar uma interação entre o discurso científico da Química e o discurso do
cotidiano. Isso ocorrerá se o discurso científico fizer sentido para os estudantes e será
alcançado criando contextos que sejam significativos para eles, como foi proposto no
minicurso (MINAS GERAIS, 2007, p.27).
Para Santos e Schnetzler (1997), os temas sociais evidenciam um papel
importante do ensino de Química, promovendo a contextualização dos conteúdos
trabalhados em sala de aula. Esses temas possibilitam ao professor trabalhar as
aplicações e também as implicações do conhecimento de química na vida cotidiana dos
alunos. Por isso, “precisamos ensinar os alunos a usarem correta e adequadamente os
produtos domissanitários, os cosméticos, os inseticidas, os remédios, os combustíveis,
os bronzeadores etc.” (SANTOS; SCHNETZLER, 1997, p. 99).
Para a aplicação do minicurso, planejou-se uma dinâmica inicial para buscar a
participação dos alunos. Na dinâmica os alunos recebiam algumas frases com
afirmações a respeito dos cosméticos, as quais deveriam classificar como MITO ou
VERDADE, confeccionando um cartaz. No Quadro 1, encontram-se algumas
afirmativas trabalhadas no minicurso.
Quadro 1: Afirmativas trabalhadas no minicurso sobre a química dos cosméticos
1– A função do hidratante é manter estável a quantidade de água da pele.
2– Nossa cultura determinou que a cor bronzeada é sinônimo de saúde. Escurecer a
pele com o sol é sempre prejudicial, provoca envelhecimento precoce e câncer de pele.
3– Mulatos e negros não precisam usar filtro solar, pois não se queimam.
4– Lavar o rosto com força diminui acnes e espinhas, pois a fricção aumenta a limpeza
da pele.
Durante a aplicação do minicurso, procurou-se voltar às afirmações da dinâmica
para tentar desmistificar alguns conceitos errôneos. No final, os alunos puderam corrigir
41
os seus cartazes. Neste trabalho, será apresentada a correção realizada nos cartazes, com
o intuito de verificar se os alunos conseguiram desmistificar conceitos errados.
Verificou-se que a maioria dos alunos acertou as questões antes mesmo da aplicação do
minicurso. Isso mostra a importância de trabalhar conteúdos químicos utilizando o
cotidiano dos alunos, pois eles já possuem algum conhecimento a respeito do assunto e
conseguem se posicionar e participar efetivamente das atividades em sala de aula.
A maior dificuldade foi diagnosticada na questão 1, que aborda a função dos
hidratantes. Percebe-se que o problema está na utilização do termo “manter estável a
quantidade de água da pele”, pois acredita-se que a utilização do termo “evitar o
ressecamento da pele”, levaria a um maior acerto da questão pelo fato de estar mais
relacionado com o cotidiano.
A contextualização no ensino vem sendo defendida por diversos pesquisadores
como um importante recurso que possibilita a motivação e o interesse dos estudantes.
Nesse trabalho, percebeu-se que, ao decorrer do minicurso, foi possível privilegiar
conhecimentos relacionados aos contextos local e socioeconômico dos estudantes,
aproximando os conhecimentos escolares de situações inseridas no seu cotidiano.
Acreditamos que o tema cosméticos é interessante, principalmente na faixa etária dos
alunos do Ensino Médio. Muitos estão em uma fase de afirmação pessoal,
relacionamentos, grande preocupação com a aparência física e estilo.
Por isso, percebeu-se um maior envolvimento da turma na resolução das
atividades propostas no minicurso, além da melhor compreensão de conceitos
científicos envolvidos. Acreditamos, também, que o minicurso possibilitou a formação
de cidadãos, o que pode gerar um comprometimento maior com a comunidade, pois
muitos utilizam e manuseiam esses produtos, sem muitas vezes ter noção da toxicidade
causada pela exposição prolongada.
Palavras-chave: Cosméticos. Cotidiano. Minicurso.
42
PERCEPÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DOS
ALUNOS DURANTE A VISITA AO MUSEU ITINERANTE
Ana Paula Silva Queiroz
aninha_acgo@hotmail.com
Resumo
A proposta do desenvolvimento associado à aprendizagem retrata que as
perspectivas estão baseadas em momentos fundamentais para os processos pedagógicos.
Com este intuito, este relato tem como objetivo retratar a percepção dos alunos quanto
ao desenvolvimento da aprendizagem. A visita foi realizada em acompanhamento aos
alunos da escola que pertence ao subprojeto do PIBID, de acordo com a estrutura
apresentada pelo Museu Itinerante PONTO da UFMG. Percebendo o interesse dos
alunos, de forma simples, averiguado nas práticas apresentadas no decorrer do trajeto,
verifica-se que estas visitas contribuem para o aprimoramento do conhecimento.
Na visita de acompanhamento dos alunos da Escola Estadual Antônio Luís
Bastos, que desenvolve o subprojeto Biologia da Universidade Federal de Uberlândia,
desenvolveu-se uma práxis objetivada, ou seja, por meio do processo de formação que
vivenciamos foi possível alcançar os objetivos propostos pela visita, que são embasados
no conhecimento das estruturas apresentadas pelo Museu Itinerante. Além disso,
percebeu-se o interesse dos alunos da escola pela visita ao museu. . A programação da
visita foi acompanhada pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
à Docência-PIBID da Universidade Federal de Uberlândia.
As infraestruturas apresentadas do Museu Itinerante PONTO, que apresenta um
espaço científico-cultural, bastante interativo, atende primordialmente às escolas, às
universidades e às cidades de Minas Gerais. O museu tem como objetivo contribuir para
a propagação da ciência, da tecnologia e inovação em escolas de Educação Básica do
estado, proporcionando aos visitantes uma maior compreensão dos trabalhos científicos
relacionados à educação, à cultura e à sociedade (CP-UFMG), sendo uma parceria
43
entre a Universidade Federal de Minas Gerias e a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Ao chegar ao local notou-se que
muitos alunos estavam ansiosos pela nova descoberta, entretanto, alguns não pareciam
tão interessados, aparentemente estavam fazendo uma visita formal, e não se juntaram
ao entusiasmo dos outros colegas de turma.
Ao adentrar as estruturas apresentadas pelo museu, compreendeu-se o esforço
do pessoal em organizar, planejar e nortear todo o trajeto programado; assim, os alunos
se mostraram muito interessados pelos procedimentos práticos vivenciados e
apresentados, outros, continuaram apáticos à proposta da visita. No decorrer do
percurso foi possível relacionar, de forma efetiva, a didática e a epistemologia da
ciência, com a possibilidade de interdisciplinaridade, compreendendo, então, as
essenciais diferenças entre o ensino proposto ao aluno, como responsável pela
construção do conhecimento, e os elementos fundamentais da teoria histórico-cultural
para o ensino e aprendizagem (VIGOTSKY, 1988). Assim, de acordo com estes
estudos, a mediação promove o desenvolvimento associado à aprendizagem, e a
construção histórico-cultural do indivíduo influencia a aprendizagem. Nessa proposta de
ensino o aluno não está sozinho como um explorador solitário, mas num processo
mediado pelo professor de forma intencional, e ações propostas com objetivos definidos
didaticamente; a mediação, portanto, do professor, tem papel fundamental.
Observou-se certo interesse pela confecção da criatura inspirada na obra de Jerry
Andraus, um ilusionista que ressalta as técnicas e truques da ilusão de ótica; a
percepção dos alunos de um simples corte de papel, que ganha magnitude quando
observado em detalhe, mostrando que eles são capazes de relacionar a teoria
direcionada com a prática. Em suma, a visita acompanhada é fundamental para enfatizar
que o programa vivencia de forma concreta as propostas estabelecidas. Apenas uma
insatisfação cingiu boa parte do grupo: o tempo destinado à visitação em cada sala
ambiente foi muito acelerado, e em alguns momentos os alunos não conseguiram
perceber os motivos e principalmente os objetivos da sala, pois outro grupo já estava
chegando. Apesar do apontamento crítico, a visita foi uma oportunidade de elaboração e
desenvolvimento, buscando fundamentos nos aportes teóricos e práticos.
Palavras-chaves: Desenvolvimento. Visitas. Aprendizagem.
44
A UTILIZAÇÃO DE FILME EXIBIDO COMO RECURSO DIDÁTICO
Francielle Camargo Medeirosfrancamargo04@hotmail.com
Patrícia Maria de Freitas PereiraElene Maria de Oliveira Modesto
Gerusa Gonçalves Moura
Resumo
O objetivo deste trabalho é apresentar as contribuições da utilização do recurso didático “filme” nas aulas de Geografia, como uma ferramenta de auxílio ao professor, contribuindo especialmente na ampliação da participação dos alunos nas aulas, a partir da interação do conteúdo do filme com a realidade vivida por eles. De forma lúdica, os filmes contribuem para o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Após a exibição, os próprios alunos escreveram um relatório, abordando as questões discutidas por deles e relacionando com o conteúdo trabalhado nas aulas de Geografia pela professora regente.
Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados alcançados com a discussão de filmes selecionados para tratar do conteúdo geográfico nas salas de 6º e 7º anos. Foram exibidos quatro filmes, sendo eles: Os Sem Floresta, Rio, Escola de Rock e Vem Dançar. As temáticas trabalhadas nos filmes foram sobre o processo de urbanização, meio ambiente, tráfico de animais, e sobre o ensino de forma geral. Esses temas fazem relação com os conteúdos de geografia, pois estão de acordo com as propostas dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), e alguns conteúdos estão propostos nos temas transversais.
O recurso didático utilizado também contribui no processo de aprendizagem dos alunos, pois eles se interessam pela atividade, prestam bastante atenção aos filmes, ficam envolvidos com a temática apresentada, e ainda auxilia o professor nas suas aulas, pois ele é usado como um recurso de fixação e reflexão do conteúdo. O professor deve aproveitar o recurso como um meio de ensino, não deixando de abordar questões importantes apresentadas nos filmes.
É importante a utilização de recursos didáticos, como filmes, textos, jornais, jogos, pois são atividades lúdicas que contribuem na aprendizagem dos alunos e no desenvolvimento de habilidades. Para Pontuscha, Paganelli e Cacete (2007, p.279):
A linguagem do cinema é uma produção cultural que pode ser utilizada em sala de aula a fim de abrir cada vez mais horizontes intelectuais para análise do mundo, necessária à formação da criança, e do jovem. Portanto os
45
professores precisam conhecer minimamente essa linguagem, que é muito rica porque integra imagens em movimento: a expressão oral e corporal, a cor e tudo temperado pelas trilhas musicais.
Para a realização dessa atividade, primeiramente procuramos escolher filmes que abordassem conteúdos geográficos e também de ensino. Cada filme exibido apresentava uma temática. O filme “Os Sem Floresta” discutia questões sobre as consequências do processo de urbanização, bem como os impactos ambientais provocados. O vídeo “Rio” abordou o tráfico de animais, a extinção dos animais, bem como a importância da preservação da fauna. “Escola de Rock” tratou das questões relacionadas ao ensino, ou seja, de como os professores se comportam dentro da escola e da sala de aula, e o reflexo de suas atitudes nos alunos. E, por último, o filme “Vem Dançar”, que abordou as questões sociais, o drama familiar e a história de um professor que tentou, de várias formas, ensinar seus alunos a gostarem de dança e, consequentemente, a importância do comprometimento com a escola e com as escolhas que cada um faz ao longo da vida.
Diante da problemática apresentada nesses filmes, percebeu-se a necessidade de se discutir temáticas mais relacionadas com o cotidiano da maioria dos alunos e que, de forma direta, estão vinculadas ao conteúdo geográfico tratado na sala de aula. Esses filmes foram de extrema importância para os alunos, pois os instigaram a rever seus pontos de vista em relação a vários assuntos e ampliou sua visão crítica. Diante disso, Pontuscha, Paganelli e Cacete (2007, p.282) nos mostram que “o filme pode provocar rica discussão entre professores e alunos e ensejar interessante produção didática com base nas reflexões feitas”.
E, de fato, foi isso o que aconteceu, pois após a exibição de cada filme os alunos eram levados a produzir algum tipo de material, ou seja, um relato ou desenho do que tinham visto, destacando os pontos que mais chamaram sua atenção e também o que gostariam que tivesse mudado ou como mudariam o final da história.
Dessa forma, pode-se perceber que o recurso “filme” é uma ferramenta interessante para se trabalhar em sala de aula, pois torna a aula mais lúdica e dinâmica, além de exigir uma maior interação dos alunos, a partir do debate que se propõe ao final.
Palavras chave: Filmes. Lúdico. Recurso didático.
46
O MUSEU PONTO UFMG VISITA UBERLÂNDIA
PONTUAÇÕES E OBSERVAÇÕES
Cleidson de Araújo AndradeCleidson_araujo@hotmail.com
Maximiliano Soares Lemos Araújo GobboRenata Araújo Guizzetti
Resumo
Este trabalho é um relato da experiência da visita ao museu itinerante PONTO da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, que esteve presente na Universidade Federal de Uberlândia, UFU, entre os dias 12 e 13 de agosto de 2013, durante o IV Seminário PIBID/UFU. O museu aborda a temática de Ciência e Tecnologia e esteve aberta a toda a comunidade, escolas e universidades. Os licenciandos bolsistas dos diversos subprojetos PIBID UFU puderam participar como monitores e também auxiliar a visita de suas escolas à exposição museal.
Entre os dias 12 e 13 de agosto de 2013, os campi UFU de Uberlândia e
Ituiutaba sediaram o IV Seminário PIBID/UFU: integração de projetos. A proposta do
seminário era promover a integração entre projetos dos campi dos municípios sede,
discutir ideias e dividir experiências. Uma de suas atividades principais foi a presença
do Museu Itinerante Ponto da UFMG. O Museu aborda a temática de Ciência e
Tecnologia e seu objetivo “é contribuir para a difusão da ciência e da tecnologia nas
escolas de educação básica de Minas Gerais, ampliando, entre estudantes e professores,
a compreensão dos meios de produção científicos e sua relação com a educação e a
cultura”.
Durante o Seminário, o museu recebeu visitas de alunos das escolas que
possuem subprojetos diversos do PIBID, além da visita de outras escolas, instituições e
comunidade em geral. Para tal acontecimento, fez-se necessária a formação de
mediadores para auxiliar e acompanhar os visitantes durante o percurso da exposição. O
museu possui dois ambientes, um dentro do ônibus, onde estavam situadas as salas
interativas, e outro espaço externo onde estavam as exposições. Todas as atividades do
museu estavam ligadas à prática da sensação, do toque, da interação. Para os monitores,
o museu foi uma ótima oportunidade para atuarem em espaços não formais de educação.
JACOBUCCI (2006) afirma que os museus vêm se configurando, desde 1960, como
espaços educativos e de formação de professores, e que “a formação de professores está
47
sendo assumida por esses espaços e, ao fazê-lo, essas instituições passam a exercer uma
função social que deve ser desempenhada com a máxima responsabilidade”
(JACOBUCCI, 2007). Para o público, principalmente adolescentes e jovens, o museu é
mais que ensino, é diversão, curiosidade, arte e ao mesmo tempo emoção. Até mesmo
porque o museu busca sempre a interatividade “criando um ambiente agradável no qual
o jovem é convidado a experimentar os objetos expostos” (CHAGAS, 1993). Deste
modo, o museu PONTO apresenta as características atuais dos museus de ciências e
tecnologias, que estão “enquadrados num movimento mundial de renovação, os museus
e instituições congéneres que se dedicam à divulgação da actividade científica e
tecnológica ocupam lugar de destaque pela aceitação crescente que têm vindo a suscitar
entre as camadas mais jovens” (CHAGAS, 1993).
Ao longo do tempo, os museus foram adquirindo e justificando com veemência
sua importância. Nos tempos atuais, eles deixaram de guardar memórias, histórias e
fatos e passaram também a abordar temas diversos como Ciência e Tecnologia, por
exemplo, que surge como auxiliar dos processos de formação e informação. Além do
mais, “o surgimento dos centros de ciências no Brasil está relacionado diretamente com
processos de educação formal” (JACOBUCCI, 2007) e “a formação de professores em
centros e museus de ciências no Brasil está ocorrendo de forma independente, sem
direcionamento ou avaliação de instâncias educacionais superiores” (JACOBUCCI,
2007).
A presença do museu itinerante oportunizou aos mediadores um contato com
essas novas metodologias de ensino e aprendizagem, através de aspectos museais que
propiciam a interação, o foco e o despertar do conhecimento nos visitantes. Assim, a
formação dos mediadores ultrapassou as barreiras universitárias e ganhou novos rumos,
novas visões, entrando nesse novo mundo educacional que envolve professores, alunos
e sociedade, todos em um mesmo espaço, movidos pela força comum de conhecer e
ensinar.
Estes espaços formadores caracterizam um novo modelo, que surge num
contexto moderno e inovador. Assim, JACOBUCCI (2007) afirma que “No Brasil, as
políticas para a formação do professor sofreram influência direta de diversas
concepções teórico-metodológicas oriundas de discussões e práticas acadêmicas e
sindicais ao longo da história, o que refletiu e vem refletindo na elaboração de propostas
que integram diferentes modelos de formação”.48
Palavras chave: PONTO. PIBID. Museu.
49
A VIVÊNCIA COMO MEDIADORA NO MUSEU PONTO – UFMG:
REFLEXÕES E APRENDIZAGENS DE UMA PIBIDIANA
Renata Ribeiro Silvarenata_ribeirosilva@hotmail.com
Resumo
Este texto traz um breve relato sobre a visita ao Museu Itinerante PONTO
UFMG, durante o IV Seminário de Integração do PIBID UFU, sua estrutura física,
características, conteúdos e funcionamento. Apresenta também aspectos metodológicos
das atividades vivenciadas por mim, como bolsista do PIBID e mediadora no Museu,
acompanhando e orientando os visitantes. Estudos sobre o papel dos museus como
espaços educativos e o papel dos mediadores junto aos visitantes fundamentam a
reflexão sobre as experiências vividas e aqui relatadas. Concluiu-se que o estímulo de
diferentes sentidos favorece uma aprendizagem mais dinâmica e rica e que, assim, as
relações dos estudantes com o conhecimento podem ser mais significativas.
O Museu Itinerante Ponto UFMG, criado em 2006, por meio do projeto “Ciência
na Estrada”, é um museu adaptado em um caminhão estendido, portanto, uma unidade
móvel, com um conteúdo científico-cultural bastante dinâmico e interativo, que se
instala em diversas cidades, primordialmente de Minas Gerais, tendo como público-alvo
as diferentes escolas. Durante o IV Seminário de Integração do PIBID – UFU
recebemos a visita do Museu em Uberlândia, possibilitando-nos uma experiência ímpar,
qual seja, conhecer um museu de ciências e tecnologias móvel. Neste texto, faço um
breve relato sobre a estrutura do Museu, suas principais características, sua organização
e funcionamento. Em seguida, abordo aspectos metodológicos da experiência de
aprendizagem vivida como mediadora e as possibilidades que vejo no Museu como
elemento de estímulo à aprendizagem e construção de conhecimento. O Museu está
montado em uma carreta contendo seis salas ambientes (Útero, Sentidos, Biomas,
Projeção 3D, Submarino e Cidades), preparadas fisicamente de acordo com suas
temáticas. A sala do útero conta com imagens e sons que simulam as sensações do feto,
além de uma cadeira que deixa o visitante em uma posição fetal, permitindo sentir
50
vibrações que remetem ao período gestacional. Em outra sala, por meio de jogos de
ilusão de ótica, dispositivos eletrônicos que emitem diversos sons e hologramas, o
visitante tem seus sentidos estimulados. Em seguida, com a apreciação de vídeos, o
visitante pode observar os impactos e consequências da intervenção do homem na
natureza, contando com um sistema de climatização que possibilita sentir os diferentes
climas, como, por exemplo, o frio da Antártida ou o calor do Cerrado.
Utilizando uma tecnologia avançada, a sala de projeção 3D apresenta as riquezas
do fundo do mar. Outra sala expõe curiosidades das profundezas do oceano, mostrando
as intrigantes condições de vida existentes nas zonas abissais, onde não existe luz. Por
último, a sala das cidades apresenta aos visitantes, em grandes telas de TV, por meio do
sistema Google Earth, pontos importantes do Brasil e do mundo. Além do interior da
carreta, o Museu apresenta uma exposição de objetos e experimentos na área externa,
como: um corpo humano em tamanho natural desmontável; uma orelha enorme; um
aparelho circulatório; maquetes com engrenagens; jogos matemáticos e diversos outros
experimentos, além de oficinas em grupo cujas temáticas variam de acordo com a faixa
etária dos visitantes. Os mediadores foram selecionados por meio de uma convocação
que antecedeu a chegada do Museu. Todos os que se dispuseram a participar receberam,
via internet, um material com o detalhamento dos experimentos que estariam em
exposição. O estudo do material me colocou em contato com conteúdos que instigaram
minha curiosidade e interesse quanto às relações que se estabeleceriam entre o público
visitante e o Museu.
Quanto aos procedimentos metodológicos, cada mediador foi orientado a
desempenhar tarefas, tais como: recepcionar, acompanhar as oficinas e auxiliar nos
experimentos. Na recepção, era meu trabalho como mediadora receber as escolas,
organizar a entrada e direcionar dentro do museu a ordem de visitação. Nas oficinas, o
objetivo era auxiliar o mediador ministrante com os materiais e identificação dos
visitantes. Nos experimentos e no interior da carreta os procedimentos eram esclarecer
as dúvidas e fazer uma breve explicação do conteúdo de cada temática. Esta experiência
me permitiu refletir sobre possibilidades diversas de lidar com o ensino-aprendizagem,
as diferentes formas de abordar um mesmo conteúdo, aguçando minha percepção sobre
as reações e interações do público. Geralmente, temos uma ideia de museus como
espaços de apreciação e contemplação de objetos históricos, científicos, artísticos
(DELICADO, 2013, p.44). Pela característica de preservação, esses museus muitas
vezes não permitem a interação dos visitantes com seu acervo. Porém, atualmente, essa
51
ideia foi relativizada, como pudemos ver no Museu Itinerante. Há uma relação
diferenciada do público com os objetos e experiências, pois os visitantes podem tocar
sentir, realizar experimentos e essa interação propicia outras formas de aprendizagem.
Na visitação em Uberlândia, as crianças, em especial, se mostraram
deslumbradas e curiosas com o que viam e experimentavam no Museu. Esta experiência
me possibilitou vislumbrar outras possibilidades de ensino-aprendizagem e me fez
refletir, como futura educadora, sobre como aproveitar os conteúdos do museu e de
outros espaços fora da sala de aula na construção de conhecimentos significativos para
os alunos. A aprendizagem da ciência em Museus, portanto, fora dos espaços
tradicionais de ensino-aprendizagem, como as salas de aula e os laboratórios, traz a
possibilidade de um ambiente mais divertido e estimulante onde, de acordo com
Queiróz, Krapas, Valente et al. (2002), o caráter educativo dos Museus pode ser
explorado, aproximando os visitantes da ciência e democratizando os saberes
científicos.
O público percebe que o conhecimento é um bem para todos e dele pode
usufruir. Por fim, essa experiência me mostrou, na prática, que o estímulo de diferentes
sentidos favorece uma aprendizagem mais dinâmica e rica, e que as relações dos
estudantes com o conhecimento podem ser mais significativas. O Museu interativo é,
por natureza, estimulante e motivador, dois elementos fundamentais no processo ensino-
aprendizagem e que buscarei em minhas futuras ações docentes.
Palavras-chave: Museu itinerante. Interação. Ensino-aprendizagem.
52
INTEGRAÇÃO DE PROJETOS NO IV SEMINÁRIO DO
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À
DOCÊNCIA/UFU/CAPES: contribuições para a Formação Inicial e
Continuada de Professores
Leila Aparecida Pereira Rosa Oliveiraleilarosapibid@hotmail.com
Poliana Oliveira Silveira Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa
Resumo
A presente reflexão tem como objetivo sinalizar os momentos vivenciados no IV
Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/UFU/CAPES:
Integração de Projetos. A visita ao museu constituiu elemento de incentivo cultural e
científico, onde as propostas ali representadas, sejam pelas exposições externas ou pela
riqueza dos experimentos internos que difundem a ciência e a tecnologia, possibilitaram
a ampliação do acervo cultural tanto de estudantes e profissionais da educação básica,
como de licenciandos das diferentes áreas. Os participantes foram incitados à reflexão
referente ao fortalecimento de uma lógica de formação, numa perspectiva crítica em que
a inserção na escola leva em consideração o contexto escolar, as relações sociais, os
valores e atitudes ali estabelecidos. Destacou-se, ainda, a importância do contexto
vivenciado em sala de aula e a formação no contexto gestacional da escola. A
participação nessa discussão contribuiu para fortalecer a necessidade de formação que
vislumbre práticas que minimamente levem a identificar com clareza os limites do papel
do futuro profissional e ainda contribua com o debate e a reflexão no que diz respeito à
formação inicial e continuada.
Como culminância anual dos trabalhos desenvolvidos pelos subprojetos do
PIBID nas instituições educacionais, nos dias 12 e 13 de agosto, aconteceu,
concomitantemente, nos Campus Santa Mônica (Uberlândia) e Pontal (Ituiutaba), o
Seminário do PIBID objetivando a integração de projetos. Nesse evento, houve uma
diversidade de atividades para a socialização, discussão e divulgação dos trabalhos
realizados. Nesse sentido, deu-se início aos trabalhos, proporcionando a todos os
integrantes do PIBID e às escolas parceiras do Programa a visita ao Museu Itinerante
53
Ponto-UFMG. A mesma constituiu elemento de incentivo cultural e científico, onde as
propostas ali representadas, sejam pelas exposições externas ou pela riqueza dos
experimentos internos que difundem a ciência e a tecnologia, possibilitaram a ampliação
do acervo cultural tanto de estudantes e profissionais da educação básica, como de
licenciandos das diferentes áreas. Como bem define Marx (1867), foi uma “atividade
adequada a um fim”, pois proporcionou o contato com conceitos de forma lúdica e
possíveis fatores facilitadores na introdução de novos conceitos a partir da visita ao
museu. É relevante dizer que a viabilização de recursos, como essa mostra cultural,
reflete positivamente na formação em qualquer segmento, pois possibilita agregar
conhecimentos e motivação em se ministrar e ser sujeito de aulas significativas,
instaurando sentido de qualidade. É preciso, ainda, considerar que “o usufruto de bens
culturais é privilégio de poucos”, como já afirmara Paro (2007) em seus escritos. Em
função disso, iniciativas como essa contribuem de forma significativa para a formação
inicial e continuada de professores.
Nessa vertente, as atividades proporcionaram a integração específica entre os
diferentes projetos. O segundo dia de atividades apresentou a integração específica entre
os diferentes projetos. Participamos, com mais sete subprojetos, de discussões que, no
período da manhã, focaram a função social da escola pública e seu papel na formação
dos estudantes. Os participantes foram incitados à reflexão referente ao fortalecimento
de uma lógica de formação, numa perspectiva crítica em que a inserção na escola leva
em consideração o contexto escolar, as relações sociais, os valores e atitudes ali
estabelecidos. Destacou-se, ainda, a importância do contexto vivenciado em sala de aula
e a formação no contexto gestacional da escola. Compreendemos que a educação se dá
dentro de um processo cultural e político, e ficou clara a necessidade que temos de
transformar a vida social para transformar dentro da escola. Nessa mesma dialogicidade,
os trabalhos foram sequenciados pela discussão em rodas de conversa com oito
temáticas diferentes. Participamos da temática gestão, e entre as possibilidades de trocas
destacamos os seguintes pontos: a gestão democrática não é tão comumente aplicada e o
os anseios perpassam pelas várias instituições, seguidas pelas dificuldades que também
são muito semelhantes.
A grande inquietude da educação é não deixar que o sistema coloque alunos em
salas de aula em prédios precários, com poucos recursos. A gestão democrática deve
buscar aspectos que tragam para o contexto escolar a prática coletiva do trabalho e a
faça verdadeiramente democrática, refletindo necessariamente na melhoria da qualidade
54
do ensino, com paradigmas de atitudes e valores para uma formação cidadã, levando a
escola a assumir a função social enquanto instituição, voltada à socialização de saberes
teóricos e práticos que contribuam para uma formação plena. Acreditamos que a
participação nessa discussão contribuiu para fortalecer a necessidade de aprendizagens,
vislumbrando práticas que minimamente levem a identificar com clareza os limites do
papel do futuro profissional, e ainda o debate e a reflexão no que diz respeito à
formação inicial e continuada. Com implicações significativas no aprender para fazer,
os relatos elaboraram dialogicidade de mão dupla, universidade/escola, bem como se dá
com a inserção dos subprojetos no lócus escolar. Podemos afirmar que o processo de
atividades de integração vem contribuir na formação discente dos graduandos, numa
visão ampla de diferentes vertentes, focando o mesmo objetivo.
A reflexão no que diz respeito à visitação ao museu e ao compartilhamento de
experiências, transcendendo às formas absolutamente necessárias à formação inicial,
leva esses discentes a se formarem intelectuais orgânicos, de forma a identificar com
clareza o papel como futuros profissionais, podendo usufruir de referências de práticas,
e assim se efetivarem pela mediação do conhecimento e da formação de consciência,
integrados ao desenvolvimento intelectual e prático, como bem define GRUPPI (1980,
p.89), ao se referir a gestores, fim pelo qual se justificam os trabalhos desenvolvidos
pelo subprojeto Gestão:
Dirigente é quem possui uma especialização cultural e, ao mesmo tempo, uma visão do processo histórico no qual se insere a sua especialização. Assim, avalia enquanto político, a sua própria posição na sociedade e atua politicamente no processo social, tornando sua presença mais incisiva precisamente graças à sua especialização (1980, p.89).
Palavras-chave: PIBID. Formação inicial. Formação continuada. Cultura.
55
Educação Básica: a transversalidade da Educação em Direitos Humanos
Ana Maria Kleinkleinana@uol.com.br
Resumo
A Educação em Direitos Humanos (EDH), embora presente na Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH) desde 1948 é recente enquanto política
pública. No Brasil, destacam-se três documentos que marcam o compromisso do Estado
Brasileiro com este tipo de educação: Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos, PNEDH (BRASIL, 2006), Programa Nacional de Direitos Humanos 3
PNDH3, (BRASIL, 2010) e as Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos
(Parecer nº 8 CNE/CP/2012 e a Resolução nº 01 CNE/CP/2012), que tornam a EDH
obrigatória para todos os níveis e modalidades de educação do país. Numa dimensão
global, destaca-se o Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos, PMEDH
(ONU, UNESCO, OHCHR, 2006), que nasceu a partir da década das Nações Unidas
para a Educação em Matéria de Direitos Humanos, no período de 1994 a 2003. Estes
documentos destacam a importância atribuída a uma educação comprometida com
valores democráticos e que colocam os seres humanos como centro do processo
educativo.
A EDH se desenvolve em três dimensões: conhecimentos, valores e práticas.
Conhecer os direitos humanos é o primeiro passo, mas isto não basta, é preciso querê-
los, ou seja, valorizá-los como modo de orientar a vida pessoal e social. Por fim, é
preciso agir no sentido de promover direitos, reivindicar novos direitos, reparar direitos
violados.
Levar a EDH para dentro da sala de aula implica na compreensão e interpretação
da realidade, e, para tanto, fazem-se necessárias capacidades cognitivas (compreender
os conteúdos e os conceitos relacionados aos temas trabalhados), afetivas e subjetivas
(valorar e atribuir significado). Ambas as capacidades desenvolvem-se na interação com
o objeto de conhecimento e nas relações interpessoais. Nesta perspectiva, não bastam
56
aulas conceituais, é necessário que os direitos humanos sejam discutidos e percebidos a
partir da realidade cotidiana dos alunos, e abordados interdisciplinarmente.
A proposição dos temas transversais corresponde à necessidade de educarmos os
alunos a partir de questões consideradas importantes, urgentes e presentes sob várias
formas na vida cotidiana.
Temas transversais relacionam-se à vida cotidiana da comunidade, à vida das
pessoas e aos seus interesses. Não se trata de criarmos novas disciplinas escolares que
se destinam apenas à transmissão de informações sobre determinado tema, nem mesmo
de realizarmos palestras para “esclarecer” a comunidade. Trata-se, sim, de construir
valores e práticas capazes de transformar as atitudes de cada um dos envolvidos a partir
do despertar de uma consciência moral autônoma. Por isso, os temas transversais devem
aproximar a vida das pessoas do currículo formal da escola, ou seja, eles constituem
uma oportunidade de desenvolvermos conteúdos de diferentes disciplinas a partir da
discussão de um tema relevante socialmente.
A transversalidade, ao trazer a realidade como pauta de reflexão e mote para a
aprendizagem, pressupõe a articulação de diferentes conhecimentos e capacidades. A
complexidade da vida e de suas questões nos impõe a necessidade de lançarmos mão de
diferentes conhecimentos e competências para compreendermos e analisarmos tais
temáticas.
Alguns pontos que justificam o tratamento transversal da EDH:
A aprendizagem a partir de temas cotidianos é capaz de dotar de sentido aquilo
que o educando aprende. Com isso, não se aprende português, matemática,
ciências, artes apenas para se ter conhecimento, mas sim para compreender a
realidade e, desejavelmente, atuar no sentido de transformá-la. A capacidade de
olhar para o mundo sob a ótica dos direitos humanos implica em conhecimentos
conceituais de diferentes áreas e disciplinas.
Os temas transversais têm um caráter ético, uma vez que nos confrontam com
dilemas, que problematizam a realidade e possibilitam que nos posicionemos
diante de situações das mais diversas.
57
Implicar-se diante das grandes questões contemporâneas, esta é uma necessidade
premente. O trabalho com temas transversais envolve outras dimensões que
extrapolam a aprendizagem dos conteúdos formais e ultrapassam os limites
físicos da instituição.
Palavras-chave: PIBID. Formação inicial. Transversalidade. Escola. Cultura.
58
A transversalidade da Educação Inclusiva na Educação Básica
Solange Lima D’ Águasoldagua@ibilce.unesp.br
Resumo
As discussões relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência na educação
têm se constituído ao longo dos anos como uma tendência mundial. Certamente, esta
concepção de educação inclusiva vem, em grande parte, atender às demandas de uma
sociedade mais plural e aberta às diferenças.
As mudanças ocorridas na sociedade são resultados da organização política,
econômica e cultural, que vão se configurando de acordo os grupos socialmente
organizados. Nesse sentido, a escola como instituição social representa grande parcela
dessa comunidade. Constituída inicialmente como aparelho ideológico do estado,
tentando reproduzir e induzir em seus processos formativos comportamentos e
ideologias a priori definidas por pequenos grupos que representavam o poder, nos dias
atuais tem apresentado esse quadro alterado por características diversas.
Os moldes de uma sociedade fechada, padronizada e homogênea foram pouco a
pouco cedendo espaço para a construção de relações mais abertas, heterogêneas e
complexas que representam a diversidade social.
Nesse sentido, historicamente as pessoas com deficiência saíram da obscuridade
à qual estavam ‘condenadas’ secularmente, e aos poucos vêm ocupando espaços e
imprimindo novas possibilidades de inserção, respeito e direito social.
As políticas iniciadas nos anos 1990, por meio das conferências mundiais,
resultaram em cada país signatário a constituição de políticas públicas que vêm
paulatinamente construindo possibilidades inclusivas, no que tange a inclusão das
pessoas com deficiência na sociedade e, por conseguinte na escola. Segundo o
documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008), a educação inclusiva é um paradigma educacional pautado na
59
concepção de direitos humanos, e nas possibilidades de equidade social. A escola
arcaica não corresponde às necessidades de uma escola inclusiva, visto que o conceito
de inclusão traz em seu bojo a abertura à diferença, a possibilidade de mudança e, em
alguns casos, a própria reinvenção das relações, onde o professor não é o único detentor
do conhecimento, mas, sim, o mediador e maestro das relações que são construídas no
cotidiano escolar.
Os processos de ensino, de aprendizagem, de avaliação, o tempo da escola, os
espaços e as interações precisam ser redimensionados, buscando aprimorar e construir
novas e inéditas formas de se relacionar com o outro, e, sobretudo o trabalho parceiro,
colaborativo entra em destaque nessa escola. O individualismo perde sua potência e as
somas, as trocas são valorizadas pelos pares. As diferenças agregadas podem e fazem a
diferença qualitativa, as noções de certo e errado, como legado da escola tradicional dão
lugar a invariáveis possibilidades a partir de cada sujeito e de suas características.
Segundo Pinto (1979, p.121), “a cultura é uma criação do homem” (...); “um
bem de consumo, que a sociedade, mediante a educação, distribui a seus membros e
também um bem de produção”; nesse sentido, a cultura inclusiva está sendo repensada e
construída, e, por essa razão, as mudanças não ocorrem por força legal, mas mediante e
a partir de tempos, processos e sujeitos históricos.
A transversalidade da educação inclusiva se explicita em todos os níveis, etapas
e modalidades de ensino; assim, o Atendimento Educacional Especializado – AEE deve
disponibilizar serviços, recursos, formações, informações sobre Tecnologias Assistivas,
acessibilidade, entre outros programas, de forma a complementar as ações realizadas
nas salas de aula.
Essa transversalidade será efetivada na medida em que mais pessoas com
deficiência tenham acesso e permanência à escola e, por conseguinte, à educação.
Palavras-chave: PIBID. Transversalidade. Escola. Cultura.
60
A educação ambiental na transversalidade, desafios para a educação básica.
José Carlos de Melomrzeca@terra.com.br
Resumo
Os temas transversais são constituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) e compreendem seis áreas: Ética (respeito mútuo, justiça, diálogo,
solidariedade); Orientação Sexual (corpo: matriz da sexualidade, relações de gênero,
prevenção das doenças sexualmente transmissíveis); Meio Ambiente (os ciclos da
natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental); Saúde
(autocuidado, vida coletiva); Pluralidade Cultural (pluralidade cultural e a vida das
crianças no Brasil, constituição da pluralidade cultural no Brasil, o ser humano como
agente social e produtor de cultura, pluralidade cultural e cidadania), e Trabalho e
Consumo (relações de trabalho; trabalho, consumo, meio ambiente e saúde, meios de
comunicação de massas, publicidade e vendas; direitos humanos, cidadania).
Os temas transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que
aparecem transversalizados em áreas determinadas do currículo, que se constituem na
necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na
escola. Alguns critérios utilizados para a sua constituição se relacionam à urgência
social, à abrangência nacional, à possibilidade de ensino e aprendizagem na Educação
Básica e no favorecimento à compreensão do ensino/aprendizagem, assim como da
realidade e da participação social.
São esses temas que envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da
realidade, preocupando-se também em interferir na realidade para transformá-la, frente
aos novos desafios em que o mundo contemporâneo está inserido, e também aos
aspectos paradigmáticos que conduzem ao modelo de produção do conhecimento
vigente, quanto às concepções de ser humano e de sociedade em que vivemos.
61
Neste ciclo recursivo, vem sendo a cada dia agravada a crise ambiental, tomando
esta como crise social, cultural, ecológica, educacional, global. O “pensar ambiental,
hoje, significa pensar de forma prospectiva e complexa, introduzir novas variáveis nas
formas de conceber o mundo globalizado, a natureza, a sociedade, o conhecimento e,
especialmente, as modalidades de relação entre os seres humanos” (MEDINA;
SANTOS, 2008, p. 12).
Como tentativa de reverter esse quadro, a Educação Ambiental se tornou um
caminho, não como adestramento ambiental pertinente à uma ideologia cartesiana,
fragmentadora, mas a partir do pensamento complexo no qual está inserida,
promovendo práticas transversais.
Segundo Gavidia (2002), as matérias transversais promovem atitudes que
incidem nos valores pessoais e globais, que implicam normas de conduta ou marcam
pautas de comportamento, as quais contribuem para o desenvolvimento integral da
pessoa, indo assim ao encontro de objetivos necessários para formar um cidadão crítico,
atuante e transformador da realidade.
Muitas são as mudanças e as dificuldades para a prática da Interdisciplinaridade,
contudo, os temas transversais como reflexos dos problemas sociais, econômicos
atitudinais, comportamentais, de toda problemática contextual que permeia o ser
humano, consequentemente, das preocupações das nossas sociedades atuais, tanto ao
nível local, como global, juntamente com aprendizagens informais desvalorizadas e
sofridas de preconceitos, poderiam exercer uma funcionalidade educativa, social e até
mesmo psicológica, por se enxergarem como agentes.
Representariam perfeitamente essas pontes entre o conhecimento comum e o
escolar, ou seja, a transversalidade poderia ser vista como um caminho para a prática da
Interdisciplinaridade, ambas promovendo assim um discente crítico, reflexivo, com uma
visão ampla e analítica da sociedade, das interações em que ocorrem. Santos (2008,
p.134) explica que, “A transversalidade e a interdisciplinaridade fundamentam-se na
crítica da visão de conhecimento que trata a realidade como um conjunto de dados
estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado. As duas consideram a
complexidade do real e a importância de valorizar a teia de relações, que têm aspectos
variados e contraditórios”.
Os desafios apontados por Fazenda (1994) nos advertem que o professor
interdisciplinar traz em si um gosto especial por conhecer e pesquisar, possui um grau
62
de comprometimento diferenciado para com seus alunos, ousa novas técnicas e
procedimentos de ensino, porém, antes, analisa-os e dosa-os convenientemente.
Palavras-chave: PIBID. Transversalidade. Escola. Educação Ambiental.
63
EXPERIÊNCIAS DO PIBID EDUCAÇÃO POPULAR: MOSTRA DE INSETÁRIO E VISITA EM LABORATÓRIO COM ALUNOS DA
EJA DE UMA ESCOLA PÚBLICA, ITUIUTABA–MG.
Luiz Henrique de Freitas Filholuizbioufu@gmail.com
Hellen Sousa Coelho NettoVanessa Carla Silva Batista
Resumo
O subprojeto Educação Popular tem como objetivo integrar parte das atividades
do PIBID às atividades do GPECPOP, na tentativa de construir elementos para
reflexões sobre a EJA e suas práticas relacionadas à superação das condições do
fracasso escolar e de exclusão social. Exploram-se, assim, as realidades e práticas
próprias do universo escolar da EJA, não só no campo da aprendizagem formal, mas
também em relação à realidade cultural e social. Como licenciandos do Curso de
Ciências Biológicas, desenvolvemos, durante o primeiro semestre de 2013, um
insetário, cuja finalidade era apresentar e aprimorar conhecimentos sobre insetos das
mais variadas espécies, associado às experiências de vida dos alunos do segundo
segmento da modalidade EJA.
Os exemplares apresentados no insetário, disponibilizados pelos licenciandos
bolsistas da Educação Popular com ênfase em Educação de Jovens e Adultos–EJA,
foram capturados na região do município de Ituiutaba, Minas Gerais. Possui insetos
comumente conhecidos pela população, embora alguns alunos do 3º período da Escola
Estadual Rotary não tinham conhecimento, o que instigou a curiosidade e a vontade de
compreender mais sobre esse fantástico mundo. Foi observado que os alunos mais
velhos mostraram-se mais interessados, compartilhando os conhecimentos populares
que adquiriram ao longo da vida. Junto com esse insetário foram expostas questões
sobre as fases de vida e algumas curiosidades sobre os insetos. Em um segundo
momento, foi feita uma visita aos laboratórios de Ciências Biológicas da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP),
com sede na cidade de Ituiutaba, tanto para conhecimento do espaço quanto para
estudos. Destacamos a visita ao Laboratório de Ecologia e Zoologia (ECOZOO), onde
foi possível observar algumas amostras do insetário e também alguns animais que
estavam conservados para estudos e, a partir desses, perceber o grande interesse vindo
64
dos alunos, que o tempo todo questionaram e fotografaram as amostras. Por meio dessa
prática, conseguimos interligar o conhecimento popular desses alunos com o
conhecimento científico. Por meio das práticas vivenciadas, percebeu-se sua grande
curiosidade de conhecimento diante dos relatos e registros fotográficos feitos.
Observamos que eles foram estimulados a se aproximar do conhecimento científico,
fazendo uma relação com o conhecimento popular, ampliando sua aprendizagem.
Palavras-chave: Insetário. Laboratório. EJA.
65
VIDEOINSTALAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE NOVOS
OLHARES
Thiago Augusto Arlindo Tomaz da Silva CrepaldiThiago.icb.ufu@gmail.com
Rafael Gonçalves Barbosa GomesYasmim Twanne de Cássia Silva
Resumo
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da
Universidade Federal de Uberlândia tem como desafio a formação de professores no
âmbito escolar. Articulado a esta proposição geral, o Subprojeto Ciências da Natureza
utiliza-se de mídias como forma de linguagem no desenvolvimento de suas atividades,
propiciando aos bolsistas novos olhares quanto à expressão de suas ideias. Neste
sentido, como forma de apresentar as atividades desenvolvidas pelo subprojeto nas
escolas em que atua, decidiu-se realizar uma oficina de fotografia no IV Seminário do
PIBID UFU: Integração de Projetos, que objetivou conhecer o campus do Pontal através
do olhar fotográfico dos bolsistas do subprojeto Ciências da Natureza. Tendo em vista a
necessidade de exposição dos registros fotográficos, inicialmente pensou-se em montar
uma Mostra com as fotos impresssas, de forma a promover a socialização. Entretanto,
devido ao curto tempo para a revelação das fotos, buscou-se uma nova estratégia para a
sua exposição. Sendo assim, realizou-se uma videoinstalação, utilizando as fotografias
dos participantes e o documentário “Pro dia nascer feliz”, dirigido por João Jardim, em
2006.
O documentário foi escolhido por retratar a realidade no âmbito escolar
brasileiro, além de expressar as diferenças sociais, tanto na estrutura de cada escola
quanto na forma como os estudantes agem e entendem o mundo. Escolheu-se, para isto,
uma sala de aula mais escura, que foi esvaziada, e ali foram instalados quatro projetores,
conectados a computadores, para que os participantes procurassem suas fotos. As
imagens foram organizadas em uma apresentação de slides, e acompanhadas pelo filme,
e projetadas em três paredes da sala. Para dinamização do espaço, as projeções foram
posicionadas em diferentes ângulos. A videoinstalação possibilita novos olhares para o
que é próprio do cotidiano das pessoas, a partir do estabelecimento de diálogos com
outras linguagens artísticas, como a fotografia e o vídeo documentário.
66
Palavras-chave: Videoinstalação. Oficina fotográfica. PIBID. Ciências da Natureza.
67
A BIBLIOTECA NO ESPAÇO ESCOLAR E A PRÁTICA DA LEITURA
Thalita Ribeiro Araújothita_araujo@hotmail.com
Jéssica Fernandes de Almeida
Resumo
Ao ingressar em um novo contexto escolar é necessário adaptar-se ao cotidiano
da escola, de seus alunos, professores e funcionários. No caso do subprojeto Língua
Portuguesa, antes de iniciar o trabalho direto com os discentes, a forma encontrada foi a
(re)organização da biblioteca, pois, tendo em vista nosso trabalho com gêneros textuais,
é de fundamental importância a relação com livros literários. Por meio do projeto de
(re)organização da biblioteca, foi possível perceber a relação existente entre os alunos e
os professores com o ambiente em questão. Inicialmente, o trabalho consistia em
separar os livros literários por gêneros e estes dos demais livros, tornando a organização
da biblioteca mais atrativa para os alunos e com fácil acesso a todas as obras ali
presentes. Nesse processo, foi possível perceber a grande variedade de livros literários
existentes, tanto em relação aos gêneros quanto à quantidade. Como continuidade do
trabalho, foi desenvolvido o projeto para decorar e reinaugurar a biblioteca, com o
objetivo de nele inserir toda a comunidade escolar. Para tanto, a escolha do novo nome
da biblioteca foi feita por meio de eleições, com nome de “candidatos”/autores
sugeridos pelos professores e funcionários da escola e votação realizada pelos alunos.
Tal atividade, além de estar relacionada diretamente ao nosso trabalho na escola,
despertou nos alunos a consciência política e a importância de um voto consciente. Por
fim, o trabalho foi realizado pelo nosso grupo de bolsistas, e teve como objetivo
principal a inserção dos pibidianos na escola, contribuindo com a organização do
ambiente escolar. Além da (re)organização, fizemos algumas atividades apresentando
aos alunos os gêneros literários: contação de histórias, exibição de vídeos e distribuição
de material impresso.
Palavras-chave: PIBID. Biblioteca. Leitura.
68
A BIBLIOTECA REORGANIZADA E O INCENTIVO À LEITURA – UMA EXPERIÊNCIA NO ÂMBITO DO PIBID
Ilza Martins Gomes Piresilzamgomes@hotmail.com
Maria Isabel Masini
No período de agosto a dezembro de 2012, os bolsistas do subprojeto PIBID de
Língua Portuguesa realizaram a atividade de reorganização da biblioteca da Escola
Maria da Conceição Barbosa de Souza. Até então, os livros não eram separados por
gêneros, mas em ordem alfabética, tornando difícil, dessa forma, o empréstimo dos
livros para os alunos, que não conseguiam encontrar aqueles pelos quais tinham
preferência, uma vez que nem a bibliotecária podia auxiliá-los, pelo mesmo motivo.
Além do mais, a biblioteca era um espaço em que se guardavam os livros didáticos, ou
seja, um depósito dos livros que não eram usados. Tendo em vista que os alunos sempre
mencionavam “biblioteca” de modo vago, insignificante, sentimos a necessidade de dar-
lhe um nome.
A partir de tal ideia, foram sugeridos alguns nomes de escritores mais destacados
na literatura brasileira. juntamente com as suas biografias. Para escolher aquele que
batizaria a biblioteca, houve uma votação democrática, de que todos os segmentos da
escola participaram. O escritor escolhido foi Monteiro Lobato. A biblioteca foi
organizada por gêneros, a partir da intervenção dos bolsistas, e foram colocados nas
mesas de estudo dizeres de alguns escritores e, principalmente, de Monteiro Lobato.
Foram também afixadas placas nas prateleiras, indicando o gênero literário e
facilitando, para os alunos, a localização dos livros, seja para pesquisas, seja para
leituras individuais ou coletivas. A reinauguração da biblioteca teve a apresentação de
um painel explicativo da conduta de como manusear os livros para que se conservassem
organizados de acordo com o gênero literário. Os alunos no ano de 2013 têm aulas de
leitura uma vez por semana com a professora de Língua Portuguesa, e a organização
revitalizou e incentivou os educandos a lerem mais, porque agora encontram os livros
de sua preferência com facilidade. Com a reestruturação da biblioteca realizada pelos
bolsistas do PIBID, o estímulo à leitura em um espaço agradável faz parte da educação
para levar os educandos a saberem o quanto a leitura é imprescindível para sua 69
formação, para serem capazes de analisar e se conectar com o que se passa em seu
cotidiano. Para tanto, a Língua Portuguesa, em conjunto com as outras áreas do
conhecimento, deve ter como objetivo principal a formação de bons leitores.
Palavras-chave: PIBID. Biblioteca. Leitura.
70
INCLUSÃO E TRANSVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
NA VISÃO DE BOLSISTAS
Augusto César Faria augustofaria1@hotmail.com
Laís Albino Tomaz
Resumo
Este trabalho foi realizado no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), e tem como objetivo relatar as contribuições do IV
Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, para os bolsistas e supervisores do
PIBID. O evento alçou discussões sobre a transversalidade e inclusão, para que, de uma
forma geral, todos tivessem contato com a temática e, de maneira abrangente,
compreendessem que a educação inclusiva remete à diversidade própria do ser humano.
Esta educação busca promover a aprendizagem e o desenvolvimento de todos,
atendendo aos limites de cada educando. Foi possível visualizar que uma das
possibilidades para promover educação inclusiva é através da transversalidade de
conteúdo, e que dentro desta vertente é papel do docente buscar metodologias que
atendam às relações sociais dos estudantes, respeitando o direito de cada individuo,
assim como prescrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ainda durante
o evento, foi realizada a socialização de atividades propostas por subprojetos que
trabalham com a mesma temática, e isso permitiu conhecer novas atividades e
contribuiu para o processo formativo de docentes das diversas áreas e para a interação
entre os diversos subprojetos, principalmente por estreitar laços entre os bolsistas e
supervisores através das mesas redondas. Assim, foi possível aprender mais sobre o
tema e aprofundar os conhecimentos existentes com a troca de experiência entre os
grupos, que possibilitam saber os caminhos percorridos pelos grupos parceiros, dando
um respaldo d ao que está dando certo e o que deve ser mudado, abrindo possiblidades
de novos trabalhos e atividades a serem desenvolvidas na escola.
Palavras-chave: PIBID. Educação inclusiva. Transversalidade.
71
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS: UMA DISCUSSÃO NA MESA REDONDA DO EVENTO INTEGRAÇÃO ENTRE SUBPROJETOS
PIBID
Carlos A. Rezende Filhocarlosrezennde@mat.pontal.ufu.br
Odaléa Aparecida Viana
Um dos objetivos do Curso de Matemática da FACIP/UFU é desenvolver
competência para ensinar os conteúdos matemáticos do ensino básico de forma
significativa, em diferentes contextos e em articulação interdisciplinar. Espera-se que o
futuro professor saiba analisar, selecionar, produzir e avaliar recursos e materiais
didáticos, adequando metodologias de modo a propiciar o desenvolvimento dos alunos.
Para Perrenoud, o conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem
ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem é uma das competências para
ensinar. No entanto, por mais que o curso tenha disciplinas e práticas pedagógicas –
além do estágio supervisionado – a experiência mostra que nem sempre é possível
desenvolver as competências almejadas de modo a formar um educador comprometido
e com autonomia para criar seus próprios dispositivos didáticos. Assim, uma das
atividades desenvolvidas pelo Subprojeto Matemática Pontal, do PIBID/UFU, é a
elaboração de sequências didáticas para serem aplicadas pelo professor supervisor a
seus alunos, nas aulas regulares. O tema foi apresentado e discutido por ocasião da
Mesa Redonda e Roda de Conversa “PIBID e o incentivo à docência: vozes dos
Licenciandos e Supervisores”, uma das atividades do IV Seminário PIBID UFU:
Integração de projetos, realizado no período de 11 a 14 de agosto de 2013, no campus
do Pontal da UFU. No dia 13 de agosto, o evento deu-se no período da manhã e da
tarde, na forma de mesas redondas formadas por licenciandos, professores supervisores
e coordenadores dos subprojetos Matemática e Alfabetização Matemática da FACIP e
Matemática da FAMAT.
A mesa tinha o objetivo de compartilhar as ações e reflexões desenvolvidas
pelos subprojetos. Foram apresentados alguns aspectos da ação relativa às sequências
didáticas produzidas pela Matemática Pontal. A discussão foi intensa, já que esse tipo
de trabalho, ao que parece, não é feito nos demais subprojetos. Entendemos que elaborar
as sequências didáticas, aplicá-las e avaliá-las requer um trabalho intenso que envolve:
estudo do conteúdo; avaliação dos conhecimentos prévios da turma; análise do contexto 72
em que a sequência será des)envolvida; verificação de tempo, recursos e materiais;
definição de objetivos; elaboração das atividades em encadeamento lógico que
contribua para a formação dos conceitos; confecção de material; escrita da sequência;
correção, análise e revisão da sequência; aplicação; acompanhamento e avaliação. As
reflexões tecidas em todas as etapas dessa elaboração têm sido constantes e
consideramos que tenha contribuído com a formação de todos os envolvidos neste
trabalho e também dos participantes das mesas redondas do evento.
Palavras-chave: Formação docente. PIBID Matemática. Sequências didáticas.
73
O MUSEU ITINERANTE PONTO DA UFMG: POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM DA CIÊNCIA PARA ALUNOS DO 9º ANO DE UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ITUIUTABA–MG
Rosa Betânia Rodrigues de Castrorosabetaniac@yahoo.com.br
Matheus Ferreira MotaFrancielle Amâncio Pereira
Resumo
O termo “espaço não formal” tem sido utilizado atualmente por professores,
pesquisadores e profissionais que trabalham com divulgação científica, para descrever
lugares, diferentes da escola, onde seja possível desenvolver atividades educativas. Os
museus e centros de ciências são espaços não formais de ensino e têm sido alvos
constantes de atenção dos pesquisadores pela potencialidade de divulgação cultural e
científica, além de possibilitar o envolvimento da comunidade escolar com a cultura
científica. O presente trabalho teve por objetivo divulgar as contribuições do Museu
Itinerante Ponto da UFMG, para a aprendizagem de alunos do 9º ano de uma escola da
rede municipal de Ituiutaba–MG. Trata-se de um relato de experiência a partir de uma
roda de conversa com esses alunos, contemplados com a participação no Museu
Itinerante Ponto da UFMG, durante o IV Seminário PIBID UFU: Integração de Projetos
– FACIP/UFU, em que se pôde constatar a sua imensa satisfação e entusiasmo nessas
atividades.
A proposta de trabalhar as informações, associadas a imagens, sons,
temperaturas, texturas e outros elementos que aguçam os sentidos foi o que mais
chamou a atenção dos alunos. Também foi destacada por eles a possibilidade de
simulação de situações incomuns ao contexto regional de Ituiutaba, como o clima
antártico e de floresta tropical, a visão do fundo do mar em 3D, a submersão em regiões
abissais com o submarino, e o passeio em grandes metrópoles e capitais através do
Google Earth. Os modelos atômicos e anatômicos, os de energia e de engenharia
também foram bastante apreciados, especialmente pela relação com os conteúdos
desenvolvidos na escola e a proximidade didática com o cotidiano. Com os dados
obtidos neste trabalho, concluiu-se que os alunos puderam ter uma visão diferente com
relação ao processo de aprendizagem da ciência, tratada de forma interdisciplinar e
contextualizada. Ressaltamos o papel das tecnologias como recursos valiosos para 74
despertar o interesse dos alunos, possibilitando uma melhor compreensão dos
conhecimentos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, além de auxiliar na
integração dos conteúdos e sua aproximação com o real. Além disso, também merece
destaque a possibilidade de troca de experiências entre professores, alunos e bolsistas,
tornando um vínculo necessário para o desenvolvimento de atividades que, em geral,
não são possíveis de serem desenvolvidas na escola.
Palavras-chave: Ciência e tecnologia. Museu. Espaços não formais de ensino.
75
OFICINA DE ATIVIDADES MUSICAIS PARA PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Eliézer Evangelista Silvaeliezersilva1994@hotmail.com
Sabrina de Fátima Pereira do NascimentoMaria Cristina Lemes de Souza Costa
A oficina “Atividades Musicais para Professores da Educação Infantil” teve
como objetivos apresentar à comunidade acadêmica do curso de música da UFU ações
de intervenção advindas das reflexões e ações do subprojeto Música na EMEI Maria
Pacheco Rezende. A partir das observações realizadas na escola, durante os últimos 12
meses constatou-se a utilização da música em diversos momentos na rotina escolar.
Professoras e educadoras usam a música para ensinar hábitos, conceitos, princípios
morais, para divertir, comemorar datas especiais ou conduzir atividades de socialização.
Porém, em todas essas situações a música é abordada a partir de seus aspectos
extramusicais. Observou-se, também, os desafios enfrentados pelas professoras na
realização de atividades musicais com as crianças, especialmente quanto aos aspectos de
afinação, ritmo e performance de instrumentos.
As professoras utilizam primordialmente canções que são ensinadas por meio da
imitação. Outras vezes usam gravações em CD para a apreciação, acompanhamento ou
para aprendizagem do repertório escolhido por elas. Explorar aspectos específicos da
linguagem musical demanda conhecimentos e habilidades que a maioria das professoras
não teve a oportunidade de desenvolver, já que a música não é uma disciplina que faz
parte do currículo das escolas públicas de educação básica em nosso país há muitas
décadas. Assim, no intuito de possibilitar às professoras abordagens que explorem
aspectos específicos da linguagem musical com as crianças, foi pensada a realização de
oficinas de música que pudessem dar-lhes subsídios práticos e teóricos. Foi elaborado
um material didático e planejadas oficinas na escola, nos horários de módulo das
professoras. Iniciamos com a construção coletiva de instrumentos musicais com
materiais recicláveis: tambores de caixas de tinta, violões de caixas de leite, flautas pan
de canudinhos de refrigerante e chocalhos de rolinhos de papel higiênico. Em seguida, 76
foram elaboradas atividades para a voz cantada, para o desenvolvimento da percepção
auditiva, da imaginação, do ritmo, da exploração de timbres e características de
instrumentos musicais e objetos sonoros. As atividades foram de sonorização de
histórias, construção de pulso interior, padrões rítmicos e exploração e execução de
instrumentos musicais. As professoras participaram ativamente das atividades. Ao final,
registraram o quão foi importante para a formação delas e solicitaram-nos outras
oficinas abordando o uso da voz, afinação e ritmo. Nossas reflexões sobre o visto e
vivido na escola têm nos dado um norte objetivo para novas inserções e diálogos com a
comunidade escolar.
Palavras-chave: Oficina de música. Formação docente. Educação infantil.
77
PIBID/SOCIOLOGIA: REFLEXÃO SOBRE A DISCUSSÃO
ACERCA DA INCLUSÃO E EXCLUSÃO NAS RELAÇÕES
ÉTNICAS - RACIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR PÚBLICO
Patrícia Aparecida de Assunçãopatriciaapassuncao@gmail.com
Resumo
Durante o IV Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência– PIBID da Universidade Federal de Uberlândia, em agosto de 2013, houve
algumas abordagens sobre a temática inclusão/exclusão no espaço escolar, em suas
diversas formas de ocorrência. Mas, neste resumo, pretende-se apontar uma delas que
decorre das relações étnico-raciais neste espaço, onde também ocorrem várias formas de
exclusão. Pode-se dizer que este tipo de exclusão perpassa as condicionantes político-
econômicas, bem como aquelas que se referem ao âmbito sociocultural. Parece que
estão muito mais relacionadas às questões territoriais que aparecem no plano simbólico
e se concretizam nas práticas sociais entre os grupos étnicos que compõem a sociedade
brasileira, porque são formuladas identidades próprias e a identidade étnica cimenta a
coesão interna e os suportes da resistência externa (BANDEIRA, 1988, p. 23). Isto
porque há uma forte influência da formação social da sociedade e da cultura política
ocidental adotada, de se “constituir” um tipo de cidadania sobre os pilares da visão
eurocentrista, o que pode atenuar os preconceitos.
Então, enquanto Cientista Social, defende-se que é extremamente importante que
o Professor de Sociologia adote metodologias diversas na sala de aula, incluindo novas
ações, conteúdos, novas projeções de ensino-aprendizagem que valorizem a
relativização e que contribuam para a construção crítica de visões que desmistifiquem e
desconstruam noções alienadoras constituídas e enraizadas na sociedade sobre as
relações étnico-raciais. E que possam também produzir, na comunidade escolar como
um todo, maior conscientização sobre a relevância de trabalhar em conformidade à lei
10.639/2003, que propõe uma profunda reflexão sobre a enorme contribuição do negro
para a constituição da sociedade brasileira, em seus variados aspectos, na tentativa de
enfraquecer a lógica classificatória entre os grupos e também a violência simbólica que 78
permeia estas relações, que são levadas de fora para dentro da escola, o que poderia
também contribuir para a redução da segregação e desmistificação acerca de questões
culturais, políticas, religiosas, econômicas e sociais. Pois, existe o prevalecimento da
visão eurocêntrica, mas, este trabalho, estas práticas podem trazer outro tipo de visão
acerca da realidade, uma forma de apreender a realidade concreta via percepção mais
afrocentrista, permitindo, assim, que os alunos melhor compreendam o universo cultural
do outro, suas representações simbólicas, religiosas, culturais.
Entretanto, podem também contribuir para uma maior inclusão e uma maior
constituição da cidadania entre os grupos étnicos no espaço escolar, do qual o Professor
de Sociologia é integrante, enfrentando os desafios no cumprimento da lei
supramencionada, mas que, por sua vez, pode trabalhar a interdisciplinaridade entre as
teorias sociológicas apropriadas em outras disciplinas, como exemplo, História, e adotar
enquanto suporte metodológico as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas, publicadas
pelo Ministério da Educação e Cultura em 2004, as quais defendem alguns princípios,
como ações de combate ao racismo, dentre outras questões importantes. Considerando
que a temática sobre inclusão/exclusão é possuidora de expressiva complexidade,
constata-se também que esta requer uma análise mais apurada daquilo que foi discutido
e comentado neste breve resumo. Necessita-se, então, de uma profunda reflexão entre os
pesquisadores e a sociedade em sua totalidade.
Palavras-chave: Inclusão/Exclusão. Relações Étnico-Raciais. Sociologia.
79
SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO PIBID – RELATANDO AS
EXPERIÊNCIAS VIVENCIDAS NOS SUBPROJETOS DE
QUÍMICA
Maria Cecília Borges Cesarmaria_cecilia.15@hotmail.com
Mirielle Cristina Silva Santos
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de relatar a troca de
experiências entre os bolsistas, supervisores e coordenadores dos subprojetos PIBID
Química Pontal e Santa Mônica. Essa atividade foi realizada durante o IV Seminário
PIBID/UFU: Integração de Projetos, iniciando com a apresentação de todos os
participantes, a partir de uma dinâmica que possibilitou uma maior aproximação de
todos. Em seguida, o coordenador do subprojeto PIBID/Química/Pontal expôs as ações
realizadas pelos bolsistas no ano de 2013: minicursos sobre diversos temas químicos, os
jogos didáticos e experimentos produzidos e aplicados, o acompanhamento de aulas de
Química, a análise do livro didático adotado pelo professor, leitura de artigos,
monitorias e auxílio aos professores de Química durante as aulas. Durante a
apresentação, todos os participantes puderam esclarecer suas dúvidas sobre as ações
realizadas e sugerir adequações às atividades futuras, discutindo sobre interações entre
alunos, professores e bolsistas e, principalmente, com a dinâmica do conhecimento nas
aulas de Química.
Posteriormente, a coordenadora do subprojeto PIBID/Química/Santa Mônica fez
um relato do projeto de extensão desenvolvido por alguns bolsistas, na produção de uma
peça de teatro denominada “Oxigênio”. Esta abordava uma parte da história da Química
sobre a descoberta deste elemento, que possibilitou a inserção do teatro como
ferramenta pedagógica aos alunos do Ensino Médio, despertando o interesse pela
pesquisa e, ao mesmo tempo, instigando-os sobre a descoberta do oxigênio. Foram
também apresentados os minicursos desenvolvidos pelos bolsistas nas escolas de
Uberlândia, seguidos de debates entre os licenciandos dos subprojetos, abordando os
80
conhecimentos desenvolvidos por todos. Os professores supervisores de ambos os
subprojetos também tiveram participação importante nas atividades de integração,
descrevendo suas ações e refletindo sobre seu papel como coformadores dos
licenciandos. Com esta experiência, pôde-se notar que todos os participantes
consideraram de grande aproveitamento essa integração, visto que foi a primeira vez
que os dois subprojetos se encontraram. Com isso, puderam esclarecer dúvidas sobre a
maneira como as atividades são realizadas, ajudando no aprimoramento dos subprojetos,
assim como na concepção de cada indivíduo sobre as diferentes metodologias,
favorecendo a formação do futuro docente. Confirmando a riqueza da experiência,
novas atividades de integração entre os dois subprojetos serão planejadas para um futuro
breve.
Palavras chaves: Integração. PIBID. Ensino de Química.
81
PROJETO AÇÃO NO BAIRRO: DEMONSTRAÇÃO DOS JOGOS
DIDÁTICOS UTILIZADOS PELO PIBID – UFU
Alexander Alves de Paulaxander. alexander14@gmail.com
Nayara Costa Souza
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar uma das
ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, e relata a
experiência vivenciada pelos bolsistas PIBID numa atividade de extensão, o projeto
Ação no Bairro, promovido pela Rede Integração, em junho de 2013, na Praça Getúlio
Vargas, na cidade de Ituiutaba – MG. Estas ações visam oferecer serviços gratuitos à
comunidade, além de promover a inclusão social, facilitar o acesso da população a bens
e serviços básicos. Sabemos que uma das responsabilidades da universidade é, além do
ensino e da pesquisa, a realização de atividades de extensão à comunidade, que podem
também contribuir para o processo formativo dos licenciandos, ampliando o
conhecimento destes e também dos participantes. Assim, os bolsistas PIBID tiveram a
oportunidade de divulgar à comunidade algumas das ações desenvolvidas nas escolas
parceiras do programa. A proposta do PIBID Química era demonstrar à comunidade
jogos didáticos relacionados a conteúdos químicos. Sabemos que os jogos didáticos
possibilitam e estimulam o interesse do aluno, desenvolvem níveis diferentes de
experiência pessoal e social, possibilitam novas descobertas, desenvolvem e enriquecem
a personalidade dos estudantes, e instrumentalizam o professor na condução, estímulo e
avaliação da aprendizagem.
Por isso, foram previamente selecionados jogos produzidos e utilizados pelos
bolsistas nas escolas: E. E. Coronel Tonico Franco e E. E. Governador Israel Pinheiro.
Os jogos didáticos escolhidos foram: Caminho Químico, Quibingo, Verdade Química,
Caxeta da Química e Batalha Naval. Inúmeras pessoas, das mais diversas faixas etárias,
participaram das atividades, principalmente crianças, que demonstraram bastante
interesse e curiosidade com as atividades. Acreditamos que, a partir de experiências
82
desse tipo, seja possível desmistificar a impressão de que a Química é uma ciência
extremamente abstrata, desinteressante e desvinculada da realidade das pessoas. Como
atividade de extensão, a apresentação desses jogos poderá possibilitar também a
inclusão da metodologia em outras escolas, uma vez que os jogos merecem espaço na
prática pedagógica dos docentes de todas as áreas, por serem motivantes, agregarem
aprendizagem do conteúdo e desenvolverem aspectos comportamentais saudáveis nos
estudantes.
Palavras-chave: Extensão. Jogos didáticos; PIBID; ensino de Química.
83
RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA PELOS
BOLSISTAS DO SUBPROJETO PIBID/QUÍMICA/PONTAL NA
III SEMANA DA QUÍMICA/PONTAL
Tatiane Aparecida Silva Rochatatiane.rochasilva@hotmail.com
Rosália Alves Santos
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar uma das
ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos. As atividades
aqui relatadas foram vivenciadas pelos bolsistas do subprojeto PIBID/Química/Pontal
durante a III Semana da Química da FACIP/UFU, a partir da participação e realização
de atividades voltadas para estudantes do Ensino Médio e na apresentação de um
minicurso sobre Jogos Didáticos. O desenvolvimento deste trabalho constituiu,
inicialmente, na discussão e elaboração de um planejamento sobre atividades
experimentais e jogos didáticos para serem apresentados com os alunos do Ensino
Médio. Em seguida, os licenciandos divulgaram as atividades a serem realizadas neste
evento em todas as escolas que oferecem Ensino Médio da cidade de Ituiutaba – MG,
para esta modalidade de ensino. Os estudantes visitaram dois espaços, um contendo
atividades experimentais e, o outro, jogos didáticos. Os experimentos foram realizados
pelos bolsistas de forma demonstrativa, envolvendo os conteúdos de “Reações
Químicas”, “Condutividade Elétrica” e “Eletroquímica”. Os jogos didáticos foram
“Caxeta das Classificações”, “Uno das Funções Orgânicas”, “Dominó das Ligações”,
“QuiBingo”, “Memória dos Processos”, ”Batalha Naval”, entre outros. Estes foram
apresentados e jogados com os alunos, com o intuito de revisar alguns conteúdos; os
discentes se mostraram curiosos e participativos.
Os bolsistas tiveram a oportunidade de relatar uma das ações realizadas neste
subprojeto, durante qual os participantes receberam uma apostila confeccionada pelos
84
próprios bolsistas, contendo vários jogos didáticos elaborados neste subprojeto, além de
levaram os jogos que foram relatados neste material.
A participação dos futuros licenciandos neste evento foi positiva, pois tiveram a
oportunidade de mostrar à comunidade escolar as atividades que vêm sendo realizadas,
pois, das seis escolas participantes, apenas duas são parceiras do PIBID/Química. O
minicurso foi uma experiência muito valiosa tanto para os bolsistas, quanto para os
participantes, pois tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os
trabalhos realizados no programa.
Palavras-chave: PIBID. Ensino de Química. Experimentação. Jogos didáticos.
85
ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE UMA OFICINA SOBRE A
QUÍMICA DO CORPO HUMANO POR BOLSISTAS PIBID
Nayara Felix de Freitasnayara_ff@hotmail.com
Thalita Fernanda Rodrigues Silva
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar uma das
ações relatadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos. Foi realizada uma
oficina sobre o tema "Química do Corpo Humano", aplicada a alunos das escolas
parcerias do PIBID, no Ensino Médio. A realização desta atividade possibilitou
relacionar o conteúdo de tabela periódica com o dia a dia dos alunos. Além disso,
oportunizou conscientizar os estudantes que os alimentos naturais são as principais
fontes de minerais para o organismo, tanto de origem vegetal como animal. A oficina
teve duração de 4 horas/aula, contando com a participação de alunos da 3ª série do
Ensino Médio.
Para o desenvolvimento da proposta, optou-se por estruturá-la em três
momentos: i) dinâmica inicial, onde os alunos deveriam relacionar alguns alimentos
com os 14 elementos na forma de íons, presentes no organismo; ii) revisão geral sobre
tabela periódica, com foco nos 14 elementos, explicando quais eram esses elementos,
principais características, formas de obtenção pelo corpo, malefícios e benefícios de sua
ingestão; iii) “dinâmica das bexigas”, onde a sala foi dividida em três grupos, e dentro
de cada bexiga havia uma pergunta relacionada com a oficina. Assim, a atividade foi
desenvolvida a partir das concepções dos estudantes a respeito da presença desses
elementos em nosso corpo e nos alimentos, tentando abordar e esclarecer as dúvidas que
surgiam ao longo das dinâmicas e das explicações. A oficina foi planejada na
perspectiva de que consideramos que os estudantes podem aprender de forma mais
significativa quando desempenham um papel ativo na construção do próprio
conhecimento. Além disso, entendemos que é necessário repensar a forma como o
ensino de Química é trabalhado em sala de aula: priorizando a transmissão de
informações e a memorização de conceitos, muitas vezes de pouca importância para os
alunos, na medida em que raramente estes conceitos são mobilizados para a 86
interpretação ou resolução de situações cotidianas fora da escola. Com a realização
desta oficina, verificamos a curiosidade dos estudantes em relação ao seu próprio
organismo, e também possibilitou aos discentes o aprendizado dos conceitos químicos
e, aos licenciandos, a oportunidade de utilizar propostas metodológicas diferenciadas
em aulas de Química.
Palavras-chave: PIBID. Oficinas temáticas. Alimentos. Ensino de Química.
87
VISÃO DAS SUPERVISORAS SOBRE AS OFICINAS TEMÁTICAS
DESENVOLVIDAS PELOS BOLSISTAS PIBID QUÍMICA PONTAL
Rívia Arantes Martins
rivia.martins@bol.com.br
José Gonçalves Teixeira Júnior
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em uma das escolas parceiras do
PIBID, em Ituiutaba – MG. O projeto Oficinas Temáticas teve o intuito de desenvolver
um trabalho interdisciplinar, na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias (CNMT), em parceria com os subprojetos PIBID – Biologia, Física e
Química, e professores das disciplinas de Biologia, Física, Geografia, Matemática,
Português e Química, visando à contextualização e à mudança significante nos
processos de ensino-aprendizagem. O objetivo foi à construção de uma prática de
socialização de conhecimentos e conceitos que rompam os limites entre as disciplinas,
incentivando a troca de experiências, desenvolvendo possibilidades de construção de
seu próprio conhecimento através das CNMT, tendo como consequência o aprendizado
efetivo do aluno. Sendo assim, foram realizadas 17 oficinas temáticas relacionadas com
conteúdos de Química, em comemoração ao Dia do Químico, que teve como foco o
entendimento dos “porquês das coisas”, na relação com o cotidiano, nas mudanças de
atitudes, nas ações e reações. Os temas trabalhados foram: “A Química do corpo
humano: elementos essenciais provenientes da alimentação”; “A química dos
cosméticos”; “Álcool: uma abordagem química e histórica”; “A química da
agricultura”; “Química ambiental e sustentabilidade”; “Internet e jogos eletrônicos em
geografia”; “Conservação de órgãos de animais para estudo”; “Feromônios e ecologia
química dos insetos”; “Química dos anabolizantes; Saúde e beleza: A química dos
cosméticos”; “Praticando matemática”; “A importância do biodigestor”; “Energizando
88
com o vento”; “Demonstração da produção de eletricidade através de uma mini-usina
hidroelétrica”; “Modelo do átomo de Bohr” e, “No mundo da Lua”. Neste contexto, a
ligação entre as disciplinas torna cada vez mais consistente a prática pedagógica e
didática, de forma mais adequada aos objetivos do Ensino Médio. O projeto teve
importância para a conscientização dos alunos sobre diferentes temas químicos, com
enfoque interdisciplinar. Além disso, possibilitou a oportunidade de melhorar a
qualidade da formação inicial de licenciandos, promovendo a integração entre a
Educação Básica e a Superior, proporcionando-lhes oportunidades de criação e
participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter
inovador e interdisciplinar.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Aprendizagem. PIBID.
89
PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES E DIFICULDADES QUE O
PIBID-ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA ENCONTRA
Taiza Araujo Santosaziattas@hotmail.com
Franciene Cabral da Silva
Resumo
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência–PIBID da
Universidade Federal de Uberlândia visa atender aos alunos da graduação. O encontro
com os outros subprojetos relacionados com o ensino de matemática foi de grande valia
para a aprendizagem mútua dos participantes. O subprojeto Alfabetização Matemática
trabalha nos anos iniciais do ensino fundamental, com a finalidade de contribuir para a
melhoria da formação inicial, e também promover, na escola, ações que contribuam no
ensino das séries iniciais em matemática. Porém, algumas dificuldades são encontradas
nesse processo, que partem da resistência de alguns professores e da direção escolar,
querendo que o PIBID “salve” o IBED da escola. Entretanto, as contribuições para os
licenciandos são inúmeras, oportunizando vivenciar experiências únicas, que nos fazem
refletir sobre o que é ser um professor polivalente, junto com a teoria perante a prática.
O evento que o PIBID realizou reuniu os subprojetos Alfabetização Matemática
campus Pontal, Matemática do campus Pontal, e Matemática do campus Santa Monica,
para dialogarem, trocarem experiências vivenciadas ao longo do projeto, o que nos
proporcionou um aprendizado diferenciado. As experiências ali trocadas, nas discussões
realizadas na mesa redonda do encontro fizeram com que houvesse uma integração
entre os subprojetos, que foi de suma importância para os licenciandos. As discussões
levantadas na mesa redonda fizeram com que os licenciandos refletissem sobre a prática
vivenciada nas escolas, o que nos instigou a buscar o novo. Puderam-se observar com
clareza as dificuldades e desafios que os demais subprojetos também encontram, e, com
isso, pudemos perceber que não estamos sós nesta busca de crescimento, aprendizado e
de desafios encontrados ao longo do projeto. Este diálogo nos abre visões para
horizontes diferenciados, com isso, buscamos diversas alternativas diferenciadas para se
trabalhar em conjunto. Os três subprojetos têm em comum a formação inicial dos
90
futuros discentes. No momento da roda de conversa, a interação entre os grupos foi
muito válida, pois compartilhamos ideias, críticas e sugestões. Portanto, as
contribuições e experiências vivenciadas neste encontro contribuíram para nosso
crescimento acadêmico, profissional e pessoal, possibilitando a interação das diferentes
realidades das escolas , contribuindo muito para nosso crescimento acadêmico, pois a
dinâmica em grupo permitiu a socialização das ideias e a troca de conhecimentos.
Palavras-chaves: PIBID. Alfabetização Matemática. Contribuições. Desafios.
91
ANALISANDO AS CONTRIBUIÇÕES DA PARTICIPAÇÃO DOS
BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA NAS DISCUSSÕES SOBRE
INCLUSÃO E TRANSVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Jaqueline Queiroz de Oliveirajaquelinequeirozbbg@hotmail.com
Adelaine Alves da SilvaJosé Gonçalves Teixeira Júnior
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), tendo por objetivo o relato das contribuições das
palestras apresentadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos, para os
bolsistas PIBID/Química. Sabe-se que a inclusão dos alunos com qualquer tipo de
necessidade especial nas escolas deve ocorrer em classes regulares, possibilitando que
todos tenham oportunidade de conviver com a diversidade cultural, social, econômica,
física, dentre outras, para que possam se desenvolver social e intelectualmente. Por isso,
foram planejadas para o evento uma palestra sobre “A Inclusão/Exclusão social e a
prática docente” e uma mesa redonda sobre “Educação Básica e a transversalidade”.
Assim, os bolsistas PIBID tiveram a oportunidade de compreender que a inclusão não
consiste apenas na permanência física dos alunos junto aos demais estudantes, mas, sim,
no desenvolvimento integral dos sujeitos, respeitando suas diferenças e atendendo às
suas necessidades. Além disso, pôde-se perceber que a inclusão de temas transversais
pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso das relações
interpessoais e sociais escolares, com as questões que estão envolvidas nos temas. O
trabalho também apresentou concepções de alguns professores e coordenadores sobre as
instituições nesse processo de inclusão na escola regular, a maneira como ela é
trabalhada metodologicamente, para que possam levar conhecimento e aprendizagem a
alunos com deficiência. Esta discussão incentiva a conscientização dos (futuros)
professores a pensar sobre questões como acessibilidade e adequação de metodologias
utilizadas em salas inclusivas. As palestras foram recursos excelentes para reforçar os
92
objetivos do seminário apresentado, provocando aos participantes novas ideias e
estímulos a ações. Através destas ações, pôde-se perceber contribuições para a formação
dos bolsistas do subprojeto Química, uma vez que ainda são escassos os momentos em
que estes temas são discutidos durante a graduação. Acreditamos na perspectiva de que
tais discussões possam colaborar para os processos formativos dos futuros professores
de Química, na implementação de ações inovadoras e colaborativas para o ensino.
Palavras-chave: Inclusão. Transversalidade. PIBID.
93
MINICURSO: A QUÍMICA NA AGRICULTURA, DEMONSTRANDO QUE A CIÊNCIA TAMBÉM SE APLICA À
ZONA RURAL
Belchior Camilo Netobelckyorc@outlook.com
Lidiane Dutra
Resumo
Pela Universidade Federal de Uberlândia campus do Pontal, e no âmbito do
Projeto Integrado de Práticas Educativas, o PIBID/Química organizou um ciclo de
minicursos em que um grupo de bolsistas inovou, levando a duas escolas da rede
pública do estado de Minas Gerais uma aplicação da Química tida antes como
complicada: a sua utilização na zona rural. Sabemos que a área se aplica também à
agricultura, mas que, essa relação de ciência e zona rural, nem sempre é imaginada
pelos alunos, pois sua concepção é que os produtos químicos se aplicam principalmente
à indústria, sem muito campo de abrangência. Com o intuito de desapropriar essa ideia,
o grupo de seis bolsistas imergiu profundamente em pesquisas, discussões e elaboração
de materiais que, em conjunto, se tornaram fortes ferramentas na elaboração de um
minicurso que pudesse proporcionar uma nova visão das aplicações da Química ao
aluno. Levou-se em conta, também, que, como visto em nosso acompanhamento nas
escolas, que há vários alunos da zona rural, portanto, um tema ótimo para a tarefa de sua
familiarização com a disciplina. Analisando extensivamente uma forma proveitosa de
evidenciar ao aluno uma importante utilização dessa ciência na agricultura, ficou
decidida a realização de um experimento de determinação da acidez em pH, de quatro
tipos de solos oriundos de lugares distintos, alguns relacionados a certos cultivos, como
cana-de-açúcar e abacaxi, comuns na região.
A experimentação contou com equipamentos básicos de laboratório, alguns
objetos organizados pelos próprios bolsistas com materiais alternativos, papéis
indicadores de pH, uma solução de fenolftaleína e uma solução de cloreto de cálcio,
preparados previamente pelos bolsistas, sendo que cada um dos quatro grupos de alunos
tinha o seu material e solo próprios para a análise, cujos resultados deveriam ser
comparados e discutidos de acordo com o pH, e qual o melhor tipo de solo para cada
cultivo. Esse experimento foi amparado por tópicos introdutórios que abordaram a
94
história da agricultura, desde seus primórdios até os dias atuais, o uso dos defensivos
agrícolas que englobam os agrotóxicos, os tipos de solos e seus principais cultivos o
conceito de pH e os principais métodos para sua correção. A oficina do início ao fim foi
muito proveitosa, não somente para os alunos, como também para os bolsistas que
desenvolveram um ótimo trabalho; em suma, a oficina gerou uma prazerosa discussão
que evidenciou o quão importante é a aplicação da Química na agricultura.
Palavras-chave: PIBID. Minicurso. Agricultura.
95
INTEGRAÇÃO DE PROJETOS – O SEMINÁRIO PIBID SOB O
OLHAR DO SUPERVISOR DO SUBPROJETO PIBID QUÍMICA
Julieta Hanna Kalil Dibjuhdib@hotmail.com
José Gonçalves Teixeira Júnior
Resumo
O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de relatar as ações
vivenciadas no IV Seminário PIBID/UFU: Integração de Projetos. O Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência/PIBID incentiva o planejamento,
desenvolvimento, apresentação, divulgação, socialização e discussão de trabalhos
relacionados às atividades realizadas pelos bolsistas no âmbito escolar, bem como a
participação em eventos que visam contribuir com a formação docente. O IV Seminário
foi organizado em quatro momentos.
O primeiro foi a exposição do Museu Itinerante PONTO UFMG, que
possibilitou demonstrar diversificadas metodologias relacionadas às Ciências, aos
alunos e professores de escolas parceiras do PIBID de Ituiutaba, assim como aos
licenciandos e docentes que atuam no programa. O segundo momento do Seminário
possibilitou a discussão da temática inclusão/exclusão social e a prática docente.
Sabemos que, atualmente, a educação inclusiva é entendida de forma mais ampla, como
um processo de inclusão de indivíduos em situação de deficiência, negros, índios,
migrantes, na rede regular de ensino e em todos os seus graus. A discussão realizada no
Seminário foi baseada na concepção de que não basta apenas incluir esses estudantes na
escola, mas desenvolver seus potenciais, respeitando suas diferenças e atendendo às
suas necessidades. No terceiro momento, debateu-se sobre educação básica em uma
abordagem transversal, no processo de formação do professor, levando a
questionamentos quanto à inclusão de questões sociais na construção de conhecimento e
interação com a realidade, expondo os desafios do educador no mundo atual,
relacionado a formação recebida e a prática profissional. O quarto momento do
Seminário possibilitou a integração entre os subprojetos PIBID Química dos campi da
96
UFU, onde ficou claro que o sucesso do programa se deve ao comprometimento de
todos, coordenador, supervisor e bolsistas.
Foram apresentadas as pesquisas na busca de novas técnicas, metodologias de
ensino e estratégias de ação; as vivências das dificuldades e situações-problema
enfrentadas pelos professores e licenciandos, trabalhando a articulação teoria e prática.
Nesse sentido, os Seminários PIBID evidenciam que o projeto possibilita e incentiva a
iniciação à docência, a partir da inserção dos bolsistas no cotidiano escolar, valorizando
a carreira docente, sob uma perspectiva que compreende a escola não como locus de
aplicação das teorias aprendidas na academia, mas como coformadora dos futuros
professores.
Palavras-chave: PIBID. Integração. Formação docente.
97
ANALISANDO AS CONTRIBUIÇÕES DA VISITA AO MUSEU
PONTO/UFMG PARA OS BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA
Juscelino Pereira da Silvajuscelinoufupontal@gmail.com
Aline Stéffani Silva
Resumo
O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo o relato das
concepções dos bolsistas PIBID/Química sobre as experiências vivenciadas no Museu
Itinerante Ponto UFMG. O museu visitado é uma unidade móvel que possui o intuito de
levar atividades que envolvem conhecimentos científicos para diversas cidades, e esteve
presente em Ituiutaba/MG, no período de 11 a 14 de agosto, onde todos os subprojetos
PIBID/Pontal foram convidados a visitá-lo. Através dessa visita, percebeu-se que o
local possui dois espaços: a parte externa, composta por diversos experimentos
científicos que são expostos e disponibilizados para a interação do público, articulando
diferentes áreas do conhecimento, e a parte interna, composta por seis salas, sendo: a do
Útero, que simula o ambiente do útero humano e as sensações vivenciadas pelo bebê
antes do nascimento; a dos Sentidos, que leva o visitante a testar seus sentidos através
de projeções e diversos objetos manipuláveis; a do Submarino, que simula seu ambiente
interno quando submerso nas zonas abissais do oceano; a de Projeção, onde foi exibido
um vídeo didático em 3D sobre animais marinhos; a dos Biomas, que mostra o contato
do homem com os diferentes tipos de temperatura, fauna e flora encontradas no
Cerrado, na Floresta Tropical e na Antártica; e a Sala das Cidades, que faz uma viagem
por diversas cidades do mundo, mostrando seus monumentos históricos e pontos
turísticos.
Verificou-se que este tipo de atividade foi válido para os visitantes,
principalmente por se tratar de uma iniciativa que poucos estudantes têm acesso. Já para
os futuros professores de Química, a participação nesta visita trouxe poucas
contribuições, uma vez que os experimentos demonstrados na parte externa consistiam
basicamente de temas relacionados ao ensino de Física e Biologia; além destes, na parte
98
interna do Museu, foram contemplados também conteúdos de Geografia, nas
explicações e demonstrações. Acreditamos ser importante o contato com outras áreas do
conhecimento para o incentivo à interdisciplinaridade. Entretanto, se fossem incluídas
atividades diretamente relacionadas à Química, como experimentos, vídeos, imagens ou
modelos manipuláveis, as contribuições da visita seriam ainda maiores, uma vez que
possibilitariam a oportunidade de ampliar o conhecimento de metodologias
diferenciadas a serem executadas nas escolas parceiras do PIBID.
Palavras-chave: Museu. PIBID. Formação docente.
99
UMA TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE PIBIDIANOS E
CONVIDADOS
Edilma Santos da Silva
edilma_sea@yahoo.com.br
Letícia Franco de Oliveira
Resumo
O IV Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
(PIBID) da Universidade Federal de Uberlândia teve como objetivo principal promover
a integração dos projetos desenvolvidos, em Uberlândia e Ituiutaba, com as escolas da
Educação Básica parceiras do Programa. O evento contou com a presença do Museu
Itinerante PONTO UFMG, espaço científico cultural, interativo, adaptado em uma
unidade móvel que atende, primordialmente, às escolas e às cidades de Minas Gerais. O
Museu busca contribuir para a difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação, ampliando a
compreensão, pelos estudantes, dos meios de produção científicos e de sua relação com
a educação, a cultura e a sociedade. Como espaço de educação não formal, o museu
espera, também, despertar vocações científicas que, futuramente, contribuam para o
desenvolvimento científico e tecnológico nacional.
Os pibidianos e seus convidados realizaram diversas atividades, onde ocorreram
a socialização, discussão e divulgação dos trabalhos realizados. Durante o evento, foram
abordados temas sobre a Inclusão/Exclusão social e prática docente, com enfoque em
pessoas com deficiência; Educação Básica e Transversalidade, ressaltando os direitos
humanos e as dificuldades que enfrentamos na carreira docente; Educação Ambiental na
Transversalidade: desafios para a educação básica, onde a interdisciplinaridade
transcende o espaço epistemológico, sendo incorporada aos valores e atitudes humanas;
e A Transversalidade da Educação Inclusiva na Educação Básica. Abordou-se a
aplicabilidade da Lei 11.645/08, que inclui o ensino da História e Cultura Afro-
brasileira e Indígena.
Estabeleceu-se, então, uma discussão sobre as atividades desenvolvidas pelos
alunos do Subprojeto Diversidade Cultural (Ituiutaba) e Projeto História e Cultura Afro-
brasileira (Uberlândia), onde cada grupo expôs as dificuldades vivenciadas nas escolas,
100
tanto com os alunos quanto com os professores de outras disciplinas. Ambos buscam
inserir na sociedade, através do projeto, o princípio básico do respeito pelo outro, com
todas as suas diferenças, independentemente de religião, cor e cultura. Essa troca de
experiências entre os pibidianos estabeleceu uma roda de conversa, promovendo a
interatividade e o enriquecimento coletivo do conhecimento.
Palavras-chaves: PIBID. Troca de experiências. Museu Itinerante.
101
USO DE EMBALAGEM LONGA VIDA COMO ISOLANTE TÉRMICO
Heloísa Fernanda F. Batistaheloisa.f.batista@gmail.com
Hermes G. F. NeriMaryelly S. Faria
Resumo
Observando as mudanças comportamentais, econômicas e sociais do ser
humano, abordamos neste trabalho a importância da reciclagem das embalagens longa
vida, usando-as como isolamento térmico. A produção anual dessas embalagens está em
aproximadamente seis bilhões de unidades, segundo o SINEP (2012). As casas
populares, em sua maioria, são construídas com telhas de amianto devido ao baixo custo
em relação a outros tipos de materiais utilizados.
Esse material possui condutividade térmica elevada, e a consequência disso é a
alta temperatura no interior dessas casas. Temos, por objetivos, mostrar que a
embalagem longa vida é bom isolante térmico, envolver as pessoas nesse processo,
estimular a valorização e conservação do meio ambiente, ensinar e estimular o
reaproveitamento dessas embalagens e divulgar o projeto como uma particularidade da
sustentabilidade. Para isso, construiu-se dois protótipos de compensado MDF, com
cobertura de telha de amianto. Confeccionou-se uma placa de embalagens longa vida,
que foram unidas com cola quente e costura artesanal. Essa subcobertura foi fixada em
um dos protótipos, logo abaixo da telha. Duas lâmpadas foram utilizadas para simular o
aquecimento solar. Elas permaneceram acesas próximas às telhas, para que aquecessem
suficientemente. Utilizando dois termômetros de álcool, medimos a temperatura no
interior dos protótipos. Em seguida, os valores foram comparados, visando demonstrar a
eficiência da embalagem longa vida como isolante térmico.
Verificamos que houve uma redução significativa na temperatura quando utilizamos as embalagens. Esse ano, o projeto está sendo aplicado em casas de voluntários e até o momento foi verificado que a temperatura interna das casas com o forro térmico de embalagens longa vida reduziu significativamente. Essa proposta está
102
inserida nas atividades do subprojeto PIBID/Física da Universidade Federal de Uberlândia.
Palavras-chave: Embalagens longa vida. Isolante térmico. PIBID Física.
RESUMO DO IV SEMINÁRIO DO PIBID103
Giovanna Bruna Medeiros Freitasgiovannamedefreitasufu2013@gmail.com
Liziane SilvaThaynara Ferreira Chieregato
Resumo
Na tarde do dia 13 de agosto de 2013, assistimos a uma palestra do IV seminário
organizado pelo PIBID – Programa Institucional com Bolsa de Iniciação à Docência,
ministrada pela Prof.ª Drª Míriam Lúcia dos Santos Jorge, que discutiu o tema formação
de professores de Língua Estrangeira. Ela falou sobre as diferentes formas de como o
ensino de língua é abordado no Brasil, e também das habilidades que um professor deve
possuir para ser um bom educador. Dentre estas habilidades, a sensibilidade e a
consciência são importantes para entender as dificuldades do aprendiz e saber como
lidar com os diferentes níveis de conhecimento da Língua Estrangeira dentro da sala de
aula. Também foi abordado como essas questões podem influenciar o professor na
construção do seu plano de aula, pois é preciso, primeiramente, que o educador faça um
nivelamento (levantamento de dados) para conhecer o nível de sua turma, e, a partir
disso, construir sua aula, adequando-a às necessidades dos alunos. Vale também
ressaltar que as condições identitárias do professor foram bem frisadas na palestra,
tendo em vista que é importante que o educador não perca sua personalidade e não
assuma a imagem que temos do professor autoritário. Esta é uma concepção mais antiga
– que se acreditava, ou que ainda se acredita – do que seja a prática de um professor. se
acreditava, Além disso, a palestrante comentou sobre como é importante que o professor
tenha autonomia para saber lidar com os imprevistos de um curso ou aula. É necessário
e aconselhável que não se prenda a apenas um tipo de abordagem ou estratégia para
ensinar. E que tenha flexibilidade e dinamicidade para saber lidar com uma situação,
quando terá que mudar de estratégia ou abordagem para obter o resultado que é
esperado do aluno, como também saber trabalhar e aproveitar as diversas estratégias de
ensino existentes.
Foi oportuno para que os pibidianos e professores supervisores esclarecessem
suas dúvidas acerca do seu comportamento como docentes. Além disso, puderam dar
exemplos de situações que vivenciaram e que contribuíram para o seu crescimento
profissional e os ajudaram a entender melhor o contexto de uma sala de aula de Língua
104
Estrangeira no Brasil. Também foi possível para os participantes partilharem seus
anseios e dúvidas acerca do futuro profissional no país, e como lidar com as
dificuldades que aparecem no caminho.
Palavras chaves: Habilidades. Estratégias. Formação de professores.
105
OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO DA OFICINA FOTOGRÁFICA
REALIZADA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID
Matheus Tizo Anastáciomatheus_4a@hotmail.com
Ana Caroline Fagundes de CastroHelena Ramires Pereira
Resumo
O grupo PIBID Ciências da Natureza – campus Umuarama – realizou em
Ituiutaba a oficina “Fotografias revelando o PIBID Ciências da Natureza”. Participaram
da oficina os bolsistas, as professoras supervisoras e a coordenadora do subprojeto
Ciências da natureza – campus Ituiutaba. Após uma breve explicação sobre o que é
fotografia e suas técnicas, os participantes foram instigados a fotografar o campus de
Ituiutaba. Inicialmente, foram orientados a utilizar suas câmeras, e em seguida
separados em pequenos grupos para realizar as fotografias. Os primeiros registros foram
da parede da lanchonete (preenchida com desenhos, mensagens e assinaturas dos
alunos) e a árvore principal do campus. Em seguida, se espalharam pelo campus,
fotografando pontos aleatórios. Nesse momento, observamos seu comportamento e
diálogos, e foi possível perceber o entusiasmo com a oficina. Alguns procuraram
mostrar problemas relacionados ao campus, como a falta de transporte, registrada por
meio de uma fotografia de um ônibus; a ausência do restaurante universitário foi
registrada nas fotografias da lanchonete e de um carrinho de lanche. Já em outra foto,
mostraram a iniciativa da Universidade a partir de um projeto de educação ambiental
(registro de caixinhas colocadas nas mesas da lanchonete sobre a reciclagem do lixo).
Alguns participantes registraram os próprios integrantes do grupo, para mostrar a
união entre eles. Posteriormente, as fotos foram escolhidas, legendadas e repassadas
para a visualização no data show com a presença de todos os participantes. Mesmo com
o término do registro fotográfico, alguns deles continuaram fotografando. No final,
houve uma discussão aberta, onde os bolsistas de Ituiutaba ressaltaram a importância da
interação entre os grupos, além de demonstrar a satisfação de terem participado da
oficina.
Palavra chave: Oficina fotográfica. Observação. PIBID Ciências da Natureza.106
INTEGRAÇÃO E TROCA DE EXPERIÊNCIAS NO IV SEMINÁRIO
PIBID–UFU
Jeane Alves Coelhojeanne_f5@hotmail.com
Daiane Aparecida Gomes Barbosa
Resumo
O presente resumo abarca os acontecimentos com integração e troca de
experiências ocorridas no IV Seminário PIBID–UFU: Integração de projetos. No
segundo dia do evento, ocorreu o acolhimento dos subprojetos: Matemática/Pontal,
Matemática Santa Mônica e Alfabetização Matemática, e teve, como atividade, uma
mesa redonda com roda de conversa com dois licenciandos e dois supervisores de cada
subprojeto, tendo como tema: “PIBID e o incentivo à docência: principais conquistas,
principais desafios – vozes dos licenciandos e supervisores” . No transcorrer das
discussões, os licenciandos apontaram que a participação no subprojeto Matemática
Santa Mônica proporcionou uma rica experiência para atuar na carreira de docência,
pois tiveram a oportunidade de desenvolver projetos motivadores que “fogem” de aulas
tradicionais.
No transcorrer da apresentação, destacaram etapas do subprojeto, dentre elas:
educação financeira; teatro, geometria interativa; minicurso de xadrez escolar; projeto
arte matemática; vídeo Leonardo D’vinci; esporte e orientação; robótica educacional e
produção de artigos científicos. No subprojeto Alfabetização Matemática foram
apontadas questões, tais como: o porquê do subprojeto; quem somos; séries de atuação;
trabalhos realizados. Destacaram também as principais dificuldades encontradas: falta
de um espaço adequado para a realização dos trabalhos; resistência dos professores em
aceitar o subprojeto na sala de aula, pois muitos ainda veem os licenciados como
estagiários; há também um certo descaso de colegas e o não desejo de contribuir, mas
mesmo diante dos problemas também surgiram as conquistas e as contribuições,
principalmente no que se refere às leituras realizadas no subprojeto, resultando numa
melhora significativa na escrita. A Matemática/Pontal abarcou apontamentos sobre as
atividades desenvolvidas; reflexões; referenciais teóricos; fórum calculadora; fórum
indisciplina – dificuldades encontradas pelo professor e a sequência didática sobre
estatística. 107
No que tange aos apontamentos dos supervisores, uma das principais conquistas
se refere ao reconhecimento da escola, envolvimento, superação do medo, da ansiedade;
as diversas formas de ensinar e aprender, pois, diante do subprojeto, a supervisora
ressalta que existem diversas formas de se ensinar matemática, e que, quando se ensina
também se aprende, e o hábito de pesquisar abrange descobertas muitas vezes ocultas
pela falta de se buscar algo novo. O maior desafio encontrado foi compreender qual o
principal objetivo do PIBID e se realmente é isso que queremos.
Palavras-chave: PIBID. Licenciandos. Projetos.
108
GÊNERO EPISTOLAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Érica Rogéria da Silvaerica.rs2@hotmail.com
Resumo
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID da
Universidade Federal de Uberlândia tem como objetivo principal a interação entre os
professores em formação e as escolas públicas da educação básica. Esta aproximação
propicia aos futuros professores refletir e construir saberes a partir das experiências
vivenciadas no cotidiano escolar, possibilitando, sobretudo, o desenvolvimento de
estratégias didático-pedagógicas significativas e coerentes com o contexto educacional.
Integrado a essa proposição, tem-se o Subprojeto de Língua Portuguesa, que visa
proporcionar aos licenciandos a oportunidade de conhecer e entender a dinâmica
educativa que envolve o ensino de português, a fim de identificar os problemas
relacionados ao ensino-aprendizado desta área do saber e, por conseguinte, desenvolver
práticas capazes de superar tais problemas.
Sendo assim, ao percebermos a importância e a necessidade do estudo de
gêneros textuais em sala de aula, realizamos na Escola Estadual Honório Guimarães
uma oficina que abordou o gênero epistolar. As sequências didáticas elaboradas para
esta prática tiveram como base o princípio de que o domínio de diferentes gêneros
possibilita a participação consciente do sujeito na sociedade.
Compreendemos que os gêneros do discurso constituem-se de um processo
interativo que decorre da relação entre as práticas comunicativas e a linguagem; eles se
concretizam nas diferentes esferas sociais e dominá-los possibilita o conhecimento do
conjunto de especificidades de um determinado grupo social. Ao reconhecer a
diversidade das práticas sociais e consequentemente a pluralidade dos textos existentes,
percebemos que o desafio maior seria o de propor atividades didático-pedagógicas que
contemplassem esta heterogeneidade e que levassem os alunos a pensar acerca dos
gêneros para compreendê-los e utilizá-los de acordo com as situações e as finalidades
definidas. Destarte, este trabalho tem o propósito de apresentar reflexões acerca da
109
importância do ensino-aprendizado do gênero epistolar. Para a efetivação de tal
proposta, foi empreendida uma pesquisa teórica sobre o tema, a fim de torná-lo mais
compreensível, buscando relacionar os conhecimentos teóricos aos resultados obtidos na
oficina.
Palavras-chave: Formação de professores; gêneros textuais; gênero epistolar.
110
REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO:
DESAFIOS E CONQUISTAS
Lígia Parreira de Souzaligiapsouza@hotmail.com
Resumo
O PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência visa à
valorização e à formação inicial do licenciando que desenvolve as atividades em seus
respectivos subprojetos. O subprojeto Alfabetização Matemática tem como foco o
ensino da matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, porém, mediante
observação em sala de aula, foi possível verificar outros aspectos como, por exemplo, a
inclusão.
As experiências vivenciadas no PIBID são fundamentais para uma formação
sólida, onde a teoria e a prática dialoguem – o IV Seminário PIBID/UFU: Integração de
Projetos abordou essa relação.
Muitas atividades ocorreram durante da realização do evento, tais como:
apresentação de resultados, diálogos provenientes de estudos e reflexões, e ainda uma
troca de ideias por meio da palestra da Prof.ª Dra. Solange Vera Nunes Lima D’Água,
que contribuiu fortemente no que se refere à “Inclusão/Exclusão social e a prática
docente”. Este trabalho tem como objetivo destacar algumas reflexões sobre a Inclusão,
considerando a palestra assistida e alguns estudos sobre a temática. Os primeiros
indícios da história da educação especial ocorreram por volta do século XVI, quando
médicos e pedagogos acreditavam na possibilidade de desenvolver um trabalho a fim de
favorecer os indivíduos que até então eram considerados ineducáveis. No século XIX,
houve a institucionalização da escolaridade obrigatória, onde os alunos considerados
difíceis teriam classes especiais nas escolas regulares. Atualmente, deparamo-nos ainda
com tais situações, porém, com configurações que caracterizam essa sociedade. As
escolas defendem o princípio da inclusão, no entanto, o que se pode ver é a integração e
algumas medidas que são tomadas a fim de que a criança com necessidades especiais
acesse esse ambiente. É notável a resistência da equipe escolar referente à inclusão de
alunos com necessidades especiais, principalmente quanto ao modo de tratar e de
111
ensinar. Essas crianças são rotuladas como “aquelas que não aprendem”. A verdadeira
inclusão acontece quando o educador favorece o meio educacional onde a criança possa
se desenvolver a seu tempo e com metodologia que a satisfaça. O professor deve
desenvolver uma percepção sensível para compreender o que aquele aluno quer mostrar
através de uma atitude ou mau comportamento, pois, segundo Duek (2007, p.4), “o
olhar do professor é que guiará o desenvolvimento da criança incluída”. A
aprendizagem passa pela afetividade, pelo respeito e aceitação do aluno, fatores que
contribuem fortemente para que o processo ocorra efetivamente.
Palavras-chave: Formação inicial. Inclusão. PIBID Alfabetização Matemática.
112
ESCOLAS ABERTAS À DIVERSIDADE
Márcia Macêdo Costapedag.macedo@bol.com.br
Aline Fernanda Borges
Resumo
O subprojeto Alfabetização Matemática do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência – PIBID é composto por 16 licenciandos (discentes do curso de
Pedagogia e de Matemática) e duas supervisoras nas escolas parceiras. Neste trabalho
pontuaremos aspectos sobre a Escola Municipal Aureliano Joaquim da Silva – CAIC. O
objetivo é compreender esse espaço escolar como um veículo em que se pode/deve
promover a diversidade e os direitos de todosa uma educação básica com qualidade. No
PIBID, durante a observação em sala de aula, é notório e visível a diversidade neste
espaço. Fazem-se necessário que, dentro desse espaço, a diversidade dialogue por meio
da convivência e que, a partir desse pressuposto, sejam questionados os modelos
homogeneizados de ensino e de aprendizagem, geradores de exclusão nos espaços
escolares.
Cada sujeito possui suas peculiaridades e subjetividades tornando-o diferente,
atribuindo sua identidade única, e, na escola, ilustra de forma categórica, por meio da
classe econômica, a cor, visão política, cultura, crenças e valores sobre esse conceito.
Segundo Mendes (1999), é necessário construir diretrizes políticas que envolvam uma
ampliação do acesso à escola para os alunos e futuros alunos, e que o poder público
preze pela prestação direta nos serviços educacionais. Essa mesma autora aponta
também que é necessária a ressignificação na reorganização fundamental do sistema
educacional, ou seja, é preciso construir um modelo de educação que possa incluir, de
fato, e que respeite as bases históricas, legais, filosóficas e políticas.
Apesar de que é presente a integração em que o aluno tem que se adaptar ao que
a escola rege e ficando assim de lado a ideia sobre o que realmente é a inclusão da
diversidade. Pois a inclusão é o ambiente que atende às necessidades do sujeito, e se
esse ambiente não corresponder com o seu aspecto e peculiaridade, estará cometendo
uma violência diária, porém, não é somente uma estrutura que remete a essa violência,
113
também os sujeitos que a compõem atribuem a partir de ações, com essa corrente
negativa. E a inclusão pode estabelecer o reconhecimento do outro, do ser diferente,
sendo necessário garantir e efetivar as leis existentes, de modo que não seja mais uma
mera relação de palavras de intencionalidade e sim colocar em prática as propostas.
Palavras-chave: PIBID-Alfabetização Matemática. Inclusão. Diversidade.
114
FÓRUNS DE DISCUSSÃO: TEMA PARA DEBATE NA MESA
REDONDA/RODA DE CONVERSA NO IV SEMINÁRIO DO PIBID
Lucas Rafael Pereira Silvalucasfacip@gmail.com
Gérsica Gomes Rodrigues
Resumo
Apesar de o curso de licenciatura em Matemática da FACIP (UFU, 2009) buscar
a formação pedagógica de seus discentes, procurando articular teoria e prática, nem
todos os problemas advindos do cotidiano escolar podem ser discutidos com
profundidade. Assim, temas como o uso da calculadora nas aulas de Matemática e
indisciplina na sala de aula foram introduzidos para discussão no âmbito do Programa
Institucional de Iniciação à Docência – PIBID – Subprojeto Matemática Pontal/UFU,
em 2013.
As argumentações sobre os temas foram subsidiadas por leituras de artigos
científicos e a atividade deu-se por meio de Fóruns de Discussão no Moodle (plataforma
que pode ser utilizada como recurso nas aulas, cursos e projetos vinculados à
universidade). Estes têm por objetivo favorecer o desenvolvimento da capacidade de
organização do pensamento e tecer argumentos com base teórica, advinda de leituras e
reflexões sobre o tema. Na perspectiva de Schön (1983) apud Pimenta (2006), a prática
reflexiva permite ao professor responder a novas situações, ou ainda de incerteza e
indefinição.
Pimenta (2006) considera que os currículos de formação de professores
deveriam propiciar o desenvolvimento da capacidade de refletir, tomando a prática
existente entre outros professores em formação e os próprios professores como um
caminho a ser percorrido desde o início da formação, e não apenas no final, no estágio
supervisionado. Desta forma, a ação realizada pelo Subprojeto foi apresentada e
discutida na Mesa Redonda/Roda de Conversa formada por licenciandos, professores
supervisores e coordenadores dos subprojetos Matemática e Alfabetização Matemática
da FACIP/UFU e Matemática (FAMAT), no IV Seminário do PIBID, realizado no
período de 11 a 14 de agosto de 2013, na FACIP/UFU. Durante a apresentação, foram
apontados os principais desafios e conquistas na realização desta atividade de discussão
por meio dos fóruns. 115
Dentre as conquistas citam-se um avanço teórico com relação aos temas e a
elaboração e aplicação de sequências didáticas com o uso da calculadora. Entretanto,
ainda é um desafio para o Subprojeto realizar um trabalho que busque ações efetivas em
sala de aula, em parceria com o professor supervisor, com o objetivo de se trabalhar o
desenvolvimento moral dos alunos e a formação de valores, podendo ajudar o professor
a desenvolver um trabalho com mais confiança e menos angústia. Por fim, entendemos
que os fóruns de discussão e a participação no evento favoreceram a capacidade de
argumentação e de reflexão dos integrantes do Subprojeto, na perspectiva da prática
reflexiva.
Palavras-chave: PIBID Matemática. Fóruns de discussão. Professor reflexivo.
116
Recommended