16.governo hermes da fonseca

Preview:

Citation preview

GOVERNO HERMES DA FONSECA

Hermes da Fonseca era ridicularizado pela imprensa através de caricaturas

Entretanto, a maior critica era de que não governava. O governo estava nas mãos do senador Pinheiro Machado

PINHEIRO MACHADO

Organizou-se até um movimento para acabar com a influência de Pinheiro

Machado

Considerado o político mais poderoso das duas primeiras décadas do século,

embora nunca tenha ocupado a presidência

“Iaiá, me deixe subir esta ladeiraQue eu sou do grupo do pega na chaleira.

Quem vem de lá,Bela Iaiá,Ó abre alasQue eu quero passar.

Sou Democrata,Águia de Prata,Vem cá mulataQue me faz chorar” No Bico da Chaleira

Juca Storoni

A POLÍTICA DAS SALVAÇÕES

Hermes estabeleceu a estratégia de intervenções

militares em diversos estados.

A finalidade inicial era livrar

o país do domínio

oligárquico e da desmoralização

política

pretendia-se "moralizar o regime", acabar com a violência no campo, provocada por

"guerras" entre coronéis

e "dar expressão verdadeira ao voto", que era dirigido pelas oligarquias através de

seus ''currais eleitorais''

Na realidade, a política das Salvações não passou da “derrubada” das velhas

oligarquias estaduais

Foi o único presidente a casar-

se durante o mandato

presidencial, sua primeira esposa,

Orsina Francioni da Fonseca, com que casou-se em 1878 veio a falecer em

1912.

Sua segunda esposa, Nair de Tefé, caricaturista, seria hoje considerada uma

feminista

Era empolgada pela música popular. O palácio do catete virou ponto de encontro

de escritores, compositores, músicos

Nair de Tefé escolheu um maxixe, o "Gaúcho" ou Corta-Jaca de Chiquinha

Gonzaga, para ser executado ao violão, nos jardins do Palácio do Catete, para

escândalo de todo o país.

Por que executar o

maxixe causava

escândalo?

O MAXIXE

O maxixe foi a primeira dança urbana criada

no Brasil. Surgiu nos forrós da

Cidade Nova e nos cabarés da

Lapa, Rio de Janeiro RJ, por volta de 1875.

Conhecido como a “dança proibida”, era dançado em locais

mal-vistos pela sociedade como as

gafieiras da época que eram freqüentadas

também por homens da sociedade, em

busca de diversão com mulheres de classes

sociais menos favorecidas.

Considerado imoral aos bons costumes da época, além da

forma supostamente

sensual como seus movimentos eram

executados foi perseguido pela

Igreja, pela polícia, pelos educadores e chefes de família

Ai PhilomenaSeu eu fosse como tuTirava a urucubacaDa careca do Dudu

Dudu quando casouQuase que levou a brecaPor causa da urucubacaQue ele tinha na careca

Na careca do DuduJá trepou uma macacaE por isso coitadinhoÉ que tem urucubaca

Dudu tem uma casaE com chave de ouroQuem lhe deu foi o CondeCom os cobres do Tesouro

Se o Dudu sai a cavaloO cavalo logo empaca

Só começa a andarAo ouvir o "corta-jaca“

Dudu tem uma casaQue nada lhe custou

Porque nesse "presente"Foi o povo que "marchou"

Mas o RainhaCavou o seu também

Dizendo no SenadoTão somente "muito bem"

Eu me arrependoDe ter ido ao Caju

E não ter vaiadoA saída do Dudu

O funk é o novo

maxixe!

A REVOLTA DA CHIBATA

Revoltados com os castigos físicos, os marinheiros sequestraram os navios e

ameaçavam bombardear o Rio de Janeiro

Os marinheiros tinham de sujeitar-se a uma disciplina muito rígida

Depois da Proclamação os castigos físicos foram extintos, mas Deodoro tornou-os

legalizados

Em 1910, o marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes, foi condenado à 250 chibatadas

Seus companheiros foram obrigados a assistir o castigo

Não se contiveram e se rebelaram

Mais de 2000 marujos se apoderaram dos navios de guerra

Oficiais foram jogados na água, mortos

O líder era um cabo com

menos de 20 anos, João Cândido

Devia o governo atendê-los

dentro de 12 horas ou

bombardeavam a cidade

O Rio entrou em pânico. Famílias fugiram para o subúrbio e 3000 deixaram a cidade

rumo a Petrópolis

A anistia foi aprovada. O governo foi derrotado.

Entretanto, eclodiu uma 2ª insurreição no Batalhão naval.

O governo , então, descumpriu o acordo de anistia

Os revoltosos do 1º e 2º episódio foram presos, torturados e jogados em

calabouços

João Cândido

ficará com problemas de saúde

devido aos maus-tratos

Pela 1ª vez o governo brasileiro cedera diante de uma ação popular.

O Mestre Sala dos Mares(João Bosco / Aldir Blanc)(letra original sem censura)

Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceuNa figura de um bravo marinheiro A quem a história não esqueceuConhecido como o almirante negroTinha a dignidade de um mestre salaE ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesasJovens polacas e por batalhões de mulatasRubras cascatas jorravam das costasdos negros pelas pontas das chibatas Inundando o coração de toda tripulação Que a exemplo do marinheiro gritava entãoGlória aos piratas, às mulatas, às sereiasGlória à farofa, à cachaça, às baleiasGlória a todas as lutas inglóriasQue através da nossa históriaNão esquecemos jamaisSalve o almirante negroQue tem por monumentoAs pedras pisadas do caisMas faz muito tempo 

 O Mestre Sala dos Mares

(João Bosco / Aldir Blanc)(letra após censura durante ditadura militar)

Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceu

Na figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu

Conhecido como o navegante negroTinha a dignidade de um mestre sala

E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas

francesasJovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas jorravam das costasdos santos entre cantos e chibatas

Inundando o coração do pessoal do porão Que a exemplo do feiticeiro gritava entãoGlória aos piratas, às mulatas, às sereias

Glória à farofa, à cachaça, às baleiasGlória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa históriaNão esquecemos jamaisSalve o navegante negroQue tem por monumento

As pedras pisadas do caisMas faz muito tempo

AS POLACAS

vieram para o Brasil no início do século XX

Vítimas dos gigolôs franceses e dos traficantes

de judias das aldeias pobres do

Leste Europeu, essas jovens

desembarcavam em terras

brasileiras e eram encaminhadas por

cafetões judeus para os bordéis do

Rio de Janeiro

A máfia de cafetões judeus, a Zwi Migdal, esteve ativa em Varsóvia até a década de 30. Recrutava suas "escravas brancas" em

pobres cidades do Leste europeu

Elas falavam iídiche, a língua dos judeus da

Europa Central. Quando achavam que um

cliente tinha doença venérea, falavam ein

krenke (krank significa "doente" em alemão). Nascia assim a palavra

"encrenca", usada desde então no

português do Brasil para designar uma

situação difícil.

JUDIA RARA

A rosa não se comparaa essa judia rara

criada no meu paísrosa de amor sem espinhosdiz que são meus carinhose eu sou um homem feliz

Os olhos dessa judiacheios de amor e poesia

dorme o mistério da noitebrilha o milagre do diaA sua boca vermelha

é uma flor singulare meu desejo uma abelha

em torno dela a bailar.

Recommended