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A sociedade industrial e urbana

Uma Sociedade de Classes

A explosão populacional

• Explosão demográfica     -Forte aceleração da taxa de crescimento da população mundial verificada a partir dos finais do século XVIII, relacionada sobretudo com a significativa redução da taxa de mortalidade. 

    -No século XIX, verificou-se um crescimento muito rápido e acentuado da população mundial e, em especial, da Europa industrializada, falando-se assim de uma explosão demográfica. 

Impôs-se assim, um novo modelo demográfico, que tinha como características:- o recuo da mortalidade;- o declínio da elevada natalidade;- aumento da esperança média de vida;- descida da idade do casamento.

 A  expansão  da  Revolução  Industrial  correspondeu  a uma  expansão  da  população,  pelo  que  foram  os  países industrializados  que  revelaram  mais  cedo  estas características demográficas. 

Factores da explosão populacional:

- melhores cuidados médicos;- maior abundância de bens alimentares;- os progressos na higiene 

Expansão urbanaAs  alterações  demográficas  e  económicas  originaram  uma  forte expansão urbana. Os principais factores da expansão foram:-  o  êxodo  rural  (as  alterações  na  produção  agrícola,  ao dispensarem  parte  da mão-de-obra,  levam  a  que  o  habitante  da província procure a cidade)- a emigração  (a população europeia  foi  responsável por diversas vagas  de  partida  para  as  colónias  dos  continentes  africano, americano e oceânico)-o  crescimento  dos  sectores  terciário  e  secundário  (estes concentram-se nas cidades e requerem cada vez mais efectivos. A população activa dedicada ao sector primário diminui).

O  intenso  crescimento  das  cidades  revelou  um  conjunto  de novos  problemas urbanos:  o  superpovoamento,  a  ausência  de redes de esgoto e de  abastecimento de água,  o  agravamento de fenómenos  como  a  miséria,  delinquência,  prostituição, mendicidade. 

Migrações internas e emigração

    No  século  XIX  ocorreram  intensos  movimentos populacionais. 

 Migrações internas:

 -Deslocações  sazonais  (realizadas  apenas  em  certas alturas  do  ano  para  locais  onde  era  necessário  um acréscimo da mão-de-obra);    -Êxodo  rural  (movimento  campo-cidade,  fosse porque uma agricultura mecanizada dispensava mão-de-obra ou porque  uma  agricultura  de  subsistência  fornecia insuficientes rendimentos).

Emigração

        Os  Europeus  espalharam-se  pelo  mundo  fora  em  sucessivas vagas de emigração.         Na  origem  deste  fluxo  migratório  terão  estado  os  seguintes factores:-  a  pressão  populacional  (os  governos  apoiavam  políticas migratórias devido à excessiva concentraçãopopulacional);- os problemas no mundo rural;- os problemas ligados á industrialização;-  a  revolução  dos  transportes  (que  embarateceu  o  preço  das passagens);- a idealização dos países de destino (como por exemplo os E.U.A., que era visto como a terra das oportunidades);- a fuga a perseguições políticas e religiosas. 

Unidade e diversidade da sociedade oitocentista

-Uma sociedade de classes

   A  sociedade de ordens do Antigo Regime, na qual o nascimento era o principal  factor de distinção social, deu  lugar à sociedade de classes  da  Época  Contemporânea,  em  que  os  cidadãos,  embora iguais  perante  a  lei,  se  distinguem  pelo  dinheiro  e  por  todas  as vantagens que este permite conquistar.      Na  sociedade  de  classes,  a  mobilidade  ascensional  é  mais frequente podendo ser conquistada por mérito individual.    Nesta destacavam-se dois grandes grupos:-Burguesia (detentora do capital e dos meios de produção);-Proletariado  (classe  mais  baixa  que  fornecia  o  trabalho  à organização industrial); -Entre ambas, existiam ainda as classes médias.

 Condição Burguesa

-Alta Burguesia

  A alta burguesia conquistou um poder equiparável ao seu estatuto económico pois, além de controlar os pontos-chave da economia, exercia cargos políticos.       Ao  nível  dos  Comportamentos,  os  burgueses  tentavam aproximar-se da aristocracia.       A  burguesia  foi,  pouco  a  pouco,  definindo  e  impondo  os  seus próprios  valores,  tais  como  o  apreço  pelo  trabalho,  o  sentido  de poupança, a perseverança e a solidariedade familiar. Passou, então, a demonstrar orgulho pelo estilo de vida burguês (surgimento da consciência de classe , consciencialização colectiva em relação à posição ocupada por um estrato na hierarquia social). 

Classes médias

  As classes médias constituem o grupo mais heterogéneo e situam-se entre a alta burguesia e o proletariado.     Englobam  o  conjunto  de  profissões  que  não  dependem  do trabalho físico, isto é, o chamado sector dos serviços. 

  A sua composição integrava:- pequenos empresários da indústria;- empregados comerciais;-profissionais  liberais  (em  vez  de  terem  um  patrão,  trabalhavam por conta própria. Ex: médicos,advogados, etc.).

As classes médias eram defensoras dos valores da burguesia no intuito de permanecerem dentro desta classe. Tornaram-se assim, as classes mais conservadoras. 

Condição operária   Proletariado- Classe operária que, sem meios de produção, vende a sua força de trabalho em troca de um salário.   Os operários enfrentavam grandes problemas dentro e fora do seu local de trabalho:- elevado risco de acidentes de trabalho e doenças;-ausência de medidas de apoio social(sem direito a férias, o horário era  pesado,  não  tinham  subsídios  de  desemprego,  velhice  ou doença);- contratação de mão-de-obra infantil;- espaços de trabalho pouco saudáveis;- espaços de habitação sobrelotados e insalubres;-pobreza  e  todos  os  problemas  a  esta  associados  (desnutrição, doenças,  prostituição,  consumo  elevado  de  bebidas  alcoólicas, mendicidade).

O movimento operário

 As  primeiras  reacções  dos  operários  contra  a  sua  condição miserável foram pouco organizadas.    Com o passar do tempo, o movimento operário organizou-se para se tornar mais eficaz, revestindo duas formas:- Associativismo (criação de associações que apoiavam os operários mediante o pagamento duma quota)- Sindicalismo  (os  sindicatos utilizavam como meios de pressão as manifestações  e  greves.  A  reivindicação  do  dia  de  trabalho  de  8 horas,  melhoria  dos  salários,  direito  ao  descanso  semanal,  eram alguns  dos  objectivos  que  foram  verificados  em  finais  do  século XIX.  

As propostas socialistas  SocialismoIdeologia  surgida  no  século  XIX  como  reacção  ás  desigualdades  sociais  geradas pela revolução industrial que, defendendo a abolição da propriedade privada e a  gestão  democrática  dos  meios  de  produção,  procurava  alcançar  a  igualdade  no plano social.

  As condições de miséria em que viviam os proletários despertaram a vontade deintervenção  social  de  pensadores  da  época.  No  séc.  XIX  a  doutrina  socialista criticava o sistema capitalista e propunha uma sociedade mais igualitária. Podem-se distinguir duas abordagens ao socialismo:-Socialismo Utópico (Proudhon  defendia  que  os  operários  deviam  trabalhar  uns para os outros,  em vez de  trabalharem para um patrão. Abolindo a propriedade privada e o Estado, pôr-se-ia fim à exploração do “homem pelo homem”); -Socialismo Marxista (Karl Marx analisou historicamente os modos de produção, tendo  concluído que a  luta de  classes  é um fio  condutor que atravessa  todas  as épocas.  Baseado  neste  pressuposto,  expôs  um  plano  de  acção  para  atingir  uma sociedade sem classes e sem Estado-o comunismo).

Karl Marx e Engels Proudhon

Princípios do Marxismo:

 - a luta de classes é um traço fundamental de toda a História;-  a  sociedade  burguesa  será  destruída  quando  o  proletariado instaurar a “ditadura do proletariado”;- o Proletariado retirará o capital à burguesia e o capitalismo será destruído,  pois  todos  os  instrumentos  de  produção  estarão  nas mãos do Estado, e assim se construirá o comunismo.-os  operários  devem  unir-se  internacionalmente  para  fazer  a revolução comunista. 

Apesar  de  chocar  ideologicamente  com  outras  propostas  de remodelação  da  sociedade  (como  o  proudhonismo),  a  doutrina marxista prevaleceu viva. 

História do dia do trabalhador

             No dia 1º de Maio de 1886, 500 mil  trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, em manifestação pacífica, exigindo a redução da  jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar dezenas de operários.      Mas os trabalhadores não se deixaram abater, todos achavam que eram demais  as  horas  diárias  de  trabalho,  por  isso,  no  dia  5  de Maio  de  1886, quatro  dias  depois  da  reivindicação  de  Chicago,  os  operários  voltaram  às ruas  e  foram  novamente  reprimidos:  8  líderes  foram  presos,  4 trabalhadores foram executados e 3 foram condenados a prisão perpétua.       Foi este o resultado desta segunda manifestação.         A  luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo americano a anular o falso julgamento e a elaborar novo júri, em 1888. Os membros  que  constituíam  o  júri  reconheceram  a  inocência  dos trabalhadores, culparam o Estado americano e ordenaram que soltassem os 3 presos.     Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de  luta. E, em 1890, os  trabalhadores americanos conquistaram a  jornada de trabalho de oito horas.

Maio de1886

A primeira celebração do 1º de Maio em Portugal, em 1974.

ESQUEMA SINTESE! Século XIX

População Sociedade Ideologia

Revolução Demográfica Sociedade de Classes Socialista

- explosão populacional - hierarquização pelo estatuto económico - Movimento operário- novo modelo demográfico - mobilidade social - Socialismo Utópico- migrações internas - miséria da classe operária e marxista- emigração europeia - ascensão das classes medias- expansão urbana - afirmação político-social da burguesia