Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 104-105

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a pessoaas coisasalgoesse alguém

«Olhar é importante» ad nauseam

citar parte dos versos de Mia Couto

veem (ver)vêm (vir)

Se eu vir (ver)Se eu vier (vir)

1.ª & 8.ª

Versão com Zeferino

Camões escreve tão bem, que não o suporto. subordinada adverbial consecutiva

Declaramos que nos opomos a isso.

subordinada substantiva completiva

declaramo-lo

Comeu o bolo, bebeu a aguardente, trincou a noz.

coordenada assindética

Sempre que chove, a ESJGF fica alagada.

subordinada adverbial temporal

Odeio os alunos que não sabem orações substantivas.

subordinada adjetiva relativa restritiva

Ainda que o Benfica perca, lá estarei no Marquês.

subordinada adverbial concessiva

As Tágides deram-lhe inspiração.

complemento indireto

O bom do Gama foi enganado pelo rei de Mombaça.

complemento agente da passiva

O rei de Mombaça enganou o bom do Gama.

Vi Ângela, mas abandonei-a.

complemento direto

O rei ouviu o discurso com atenção.

modificador do grupo verbal

Que fez o rei com atenção? Ouviu o discurso.

Harriet tinha Jones por ingénuo.

predicativo do complemento direto

= Harriet considerava Jones ingénuo

Vasco da Gama foi à Índia.

complemento oblíquo

*Que fez Vasco da Gama à Índia? Foi.

aquela turma, numa escola onde

determinante (demonstrativo)

com sorte, se estudava

preposição

ou se brincava.

conjunção (coordenativa disjuntiva)

[o] ataque (= deverbal de «atacar»)

derivação não afixal

atacar > ataque

arruivado

derivação por parassíntese

a + ruivo + ado

*arruivo*ruivado

geologia

composição morfológica

radical + radical

Queres ir comigo ao cinema?

diretivo

Encontrei o Zeferino no restaurante.

assertivo

Versão com mousse de chocolate

És de tal modo irritante, que te odeio.

subordinada adverbial consecutiva 

Diria que este trabalho de gramática é facílimo.

subordinada substantiva completiva

Diria issoDi-lo-ia 

Mal o tempo mudou, foi à praia.

subordinada adverbial temporal 

Conhé, que jogava à baliza, era o meu ídolo.

subordinada adjetiva relativa explicativa 

Se pudesse, via esta pergunta no telemóvel.

subordinante 

Soube-lhe bem, apesar de que os ovos estavam estragados.

subordinada adverbial concessiva

O rei melindano ouviu atentamente.

modificador do grupo verbal

Que fez o rei melindano atentamente? Ouviu. 

Gostas do ‘Tia Albertina’ que te dei?

complemento indireto

Na 3.ª pessoa: … que lhe dei 

O Gama vinha de Lisboa.

complemento oblíquo

*Que fazia o Gama de Lisboa? Vinha.  

Jonas considerava a pesca de salmão no Iémen uma loucura.

predicativo do complemento direto 

Trata-me bem, por favor.

complemento direto

* Trata-lhe bem Trata-o bem 

O chato discurso foi ouvido pelo coitado do rei.

complemento agente da passiva

Na ativa:O coitado do rei ouviu o chato do discurso. 

tinha um carro que todos invejavam,

pronome (relativo) 

quando

conjunção (subordinativa temporal) 

a viam sair.

pronome (pessoal)

esclarecer

derivação por parassíntese es + claro + ecer

*esclaro*clarecer

saca-rolhas

composição morfossintática palavra + palavra

[o] alcance

derivação não afixal

alcançar > alcance

Creio que nem todas as mesas estão ocupadas.

assertivo

São, como devo fazer esta mousse de chicolate?

diretivo

Oblíquo

Parassíntese

5.ª & 7.ª

Versão com cocó de cão

A Lu andou ao sol, ficou doente, foi internada.

coordenada assindética 

A Amélia, que foi minha namorada, está bonita.

subordinada adjetiva relativa explicativa 

Estava já com fome, pois almoçara apenas insetos.

coordenada explicativa

O professor anunciou que os alunos estavam aprovados.

subordinada substantiva completiva

anunciou-oanunciou isso 

Saiu, depois que a noite chegou.

subordinada adverbial temporal 

Estava tanto calor, que todos se despiram.

subordinada adverbial consecutiva

A ideia foi-lhe apresentada por Heliodoro.

complemento agente da passiva

Na ativa:Heliodoro apresentou-lhe a ideia. 

Camões dedicou o livro a Sebastião.

complemento indireto

dedicou-lhe 

Irritei-te desnecessariamente.

complemento direto

3.ª pessoa: Irritei-o

Salvador gostava de Helena.

complemento oblíquo

*Que fazia Salvador de Helena? Gostava.  

A secretária elegeu a pesca do salmão como a solução ideal.

predicativo do complemento direto 

Pôs o telemóvel sob a carteira para enganar o professor.

modificador do grupo verbal

Que fez para enganar o professor? Pôs o telemóvel sob a carteira.

pretendia que se vivia bem

conjunção (subordinativa completiva) 

em Lisboa, embora

preposição 

a olhassem de soslaio.

pronome (pessoal)

Perda

derivação não afixal

perder > perda  

cronómetro

composição morfológica

radical + radical

 

esvoaçar

derivação por parassíntese

es + voo + açar

*esvoo*voaçar

Não te agrada esta nossa decisão?

diretivo

Este cocó de cão não estava aqui há pouco.

assertivo

Versão com cocó de Heliodoro

Cantas tão bem, que fico logo alegre.

subordinada adverbial consecutiva 

Mal entrou, o ambiente ficou diferente.

subordinada adverbial temporal 

O Vicente, que é um bom homem, tem dívidas tremendas.

subordinada adjetiva relativa explicativa 

O diretor avisou que as matrículas estavam encerradas.

subordinada substantiva completiva 

Não tinha dinheiro, portanto não comprei nada.

coordenada conclusiva 

Chegou, viu e venceu.

coordenada assindética

Camões pediu inspiração a Calíope.

complemento indireto  pediu-lhe

A família de Ernesto foi para a Toscânia.

complemento oblíquo

*Que fez a família de Ernesto para a Toscânia? Foi.

 

A pesca do salmão no Iémen foi impulsionada pelo xeque.

complemento agente da passiva Na ativa:O xeque impulsionou a pesca do salmão no Iémen.

Vou pôr a mesa quando chegar o salmão.

modificador do grupo verbal 

O povo não nomeou D. João V seu governante.

predicativo do complemento direto 

Leva-me ao Iémen.

complemento direto

Na 3.ª pessoa:Leva-o ao Iémen.

a equipa que vencera

pronome (relativo) 

os colegas de Paris,

preposição 

mas não parecia.

conjunção (coordenativa adversativa) 

Encurtar

derivação por parassíntese

en + curto + ar

*curtar*encurto 

chave [(= ‘solução’)]

extensão semântica 

piscicultura

composição morfológica

radical + palavra

Declaro-me felicíssimo com esta minha nova vida.

expressivo 

O Heliodoro já foi à rua fazer cocó?

diretivo

Oblíquo

Parassíntese

7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»], são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais

(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.

6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza

(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.

6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do romance de Eça de Queirós [= Os Maias].»]) constitui um exemplo de

(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.

1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a

(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo

1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à

(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia

As antíteses expressam a oposição entre os valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo, Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.

Na sequência da reflexão anterior, Matilde interroga-se ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em

conformidade com a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.

A metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos, também o povo é alimento constante para os poderosos.

Através da metáfora, o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.

Com o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um comportamento condenável.

Assumida esta condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.

Penteia a bola e acaricia-a.

Metáfora 

Dois braços e quatro pernas — mas haverá quem jure ter visto quatro pernas e quatro braços.

Hipérbole 

Neste momento, na Austrália, estão todos os cangurus aos saltos.

HipérboleMetonímia 

À medida que arrancava, ia ultrapassando a população russa.

Metáfora / ImagemHipérboleMetonímia

É um poema de futebol em velocidade.

Metáfora 

A forma de perder tem de ser igual à de ganhar e vice versa.

Pleonasmo

Mensagem

Ortónimo• eu fragmentado• fingimento poético• dor de pensar• nostalgia da infância• sonho

Heterónimos

1O poema refere um «país» imaginado

— «em sonho triste» (v. 1); «Nos meus desejos existe» (v. 2) —, vago e impreciso, dado que só existe em sonhos —«longinquamente» (v. 3); «Nesse país por onde erra / Meu longínquo divagar.» (vv. 14-15). A imagem final que é dada desse país — um «impossível jardim» (v. 20) — acentua o seu carácter irreal.

2De acordo com a segunda estrofe, a

experiência da passagem do tempo é marcada pela espontaneidade ou inconsciência — «Vive-se como se nasce / Sem o querer nem saber» (vv. 6-7) — e pela renovação cíclica da vida — «O tempo morre e renasce / Sem que o sintamos correr.» (vv. 9-10).

Deste modo, tratando-se de um tempo circular, não-linear, não há consciência da sua passagem.

3O verso «É uma infância sem fim.» (v.

17) constitui uma representação metafórica própria do «ser feliz» (v. 5) e relaciona-se com vários elementos: a anulação do «sentir» (v. 11), do «desejar» (v. 11) e do «amor» (v. 13); a ausência de sofrimento — «Tão suave é viver assim» (v. 19); a não consciência da passagem do tempo — «Sem que o sintamos correr.» (v. 10); o carácter onírico dessa felicidade.

No v. 1, há uma hipálage. Justifica e explica a expressividade deste recurso.

A expressão «sonho triste» constitui uma hipálage, já que o adjetivo «triste», que, numa interpretação gramatical (denotativa), modifica o nome «sonho», caracteriza, no fundo, o sujeito poético (o «proprietário» do sonho) no momento em que sonha. Ao longo do texto percebe-se que o sonho em causa até concretizaria uma vivência «suave» (v. 19), onde se seria «feliz» (v. 4); é a tristeza presente do eu que o faz desejar o sonho (v. 2).

Como se pode interpretar a presença de duas palavras da mesma família, o advérbio «longinquamente» (v. 3) e o adjetivo «longínquo» (v. 15)?

O advérbio e o adjetivo acentuam o afastamento do mundo sonhado pelo sujeito lírico relativamente ao mundo real. Fica assim mais demarcada, e inacessível, a felicidade que envolve o sonho.

Explica como na última estrofe o sujeito poético caracteriza o sonho que foi esboçando ao longo do poema.

O sonho — ou a felicidade que conota — é identificado com a infância (e, ao contrário da verdadeira, «sem fim»). Ao mesmo tempo, o sujeito poético tem noção de que esse paraíso (esse «jardim») é «impossível» (v. 20).

«Às vezes, em sonho triste»(Fernando Pessoa / Beto Betuk)

Às vezes, em sonho tristeNos meus desejos existeLonginquamente um paísOnde ser feliz consisteApenas em ser feliz.

Vive-se como se nasceSem o querer nem saber.Nessa ilusão de viverO tempo morre e renasceSem que o sintamos correr.

O sentir e o desejarSão banidos dessa terra.O amor não é amorNesse país por onde erraMeu longínquo divagar.

Nem se sonha nem se vive:É uma infância sem fim.Parece que se reviveTão suave é viver assimNesse impossível jardim.

TPC — (1) Lê os textos ensaísticos nas pp. 318-319; (2) Procura ir fixando a classificação das orações (até memorizando as principais conjunções que as introduzem).

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