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luisprista
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a pessoaas coisasalgoesse alguém
«Olhar é importante» ad nauseam
citar parte dos versos de Mia Couto
veem (ver)vêm (vir)
Se eu vir (ver)Se eu vier (vir)
1.ª & 8.ª
Versão com Zeferino
Camões escreve tão bem, que não o suporto. subordinada adverbial consecutiva
Declaramos que nos opomos a isso.
subordinada substantiva completiva
declaramo-lo
Comeu o bolo, bebeu a aguardente, trincou a noz.
coordenada assindética
Sempre que chove, a ESJGF fica alagada.
subordinada adverbial temporal
Odeio os alunos que não sabem orações substantivas.
subordinada adjetiva relativa restritiva
Ainda que o Benfica perca, lá estarei no Marquês.
subordinada adverbial concessiva
As Tágides deram-lhe inspiração.
complemento indireto
O bom do Gama foi enganado pelo rei de Mombaça.
complemento agente da passiva
O rei de Mombaça enganou o bom do Gama.
Vi Ângela, mas abandonei-a.
complemento direto
O rei ouviu o discurso com atenção.
modificador do grupo verbal
Que fez o rei com atenção? Ouviu o discurso.
Harriet tinha Jones por ingénuo.
predicativo do complemento direto
= Harriet considerava Jones ingénuo
Vasco da Gama foi à Índia.
complemento oblíquo
*Que fez Vasco da Gama à Índia? Foi.
aquela turma, numa escola onde
determinante (demonstrativo)
com sorte, se estudava
preposição
ou se brincava.
conjunção (coordenativa disjuntiva)
[o] ataque (= deverbal de «atacar»)
derivação não afixal
atacar > ataque
arruivado
derivação por parassíntese
a + ruivo + ado
*arruivo*ruivado
geologia
composição morfológica
radical + radical
Queres ir comigo ao cinema?
diretivo
Encontrei o Zeferino no restaurante.
assertivo
Versão com mousse de chocolate
És de tal modo irritante, que te odeio.
subordinada adverbial consecutiva
Diria que este trabalho de gramática é facílimo.
subordinada substantiva completiva
Diria issoDi-lo-ia
Mal o tempo mudou, foi à praia.
subordinada adverbial temporal
Conhé, que jogava à baliza, era o meu ídolo.
subordinada adjetiva relativa explicativa
Se pudesse, via esta pergunta no telemóvel.
subordinante
Soube-lhe bem, apesar de que os ovos estavam estragados.
subordinada adverbial concessiva
O rei melindano ouviu atentamente.
modificador do grupo verbal
Que fez o rei melindano atentamente? Ouviu.
Gostas do ‘Tia Albertina’ que te dei?
complemento indireto
Na 3.ª pessoa: … que lhe dei
O Gama vinha de Lisboa.
complemento oblíquo
*Que fazia o Gama de Lisboa? Vinha.
Jonas considerava a pesca de salmão no Iémen uma loucura.
predicativo do complemento direto
Trata-me bem, por favor.
complemento direto
* Trata-lhe bem Trata-o bem
O chato discurso foi ouvido pelo coitado do rei.
complemento agente da passiva
Na ativa:O coitado do rei ouviu o chato do discurso.
tinha um carro que todos invejavam,
pronome (relativo)
quando
conjunção (subordinativa temporal)
a viam sair.
pronome (pessoal)
esclarecer
derivação por parassíntese es + claro + ecer
*esclaro*clarecer
saca-rolhas
composição morfossintática palavra + palavra
[o] alcance
derivação não afixal
alcançar > alcance
Creio que nem todas as mesas estão ocupadas.
assertivo
São, como devo fazer esta mousse de chicolate?
diretivo
Oblíquo
Parassíntese
5.ª & 7.ª
Versão com cocó de cão
A Lu andou ao sol, ficou doente, foi internada.
coordenada assindética
A Amélia, que foi minha namorada, está bonita.
subordinada adjetiva relativa explicativa
Estava já com fome, pois almoçara apenas insetos.
coordenada explicativa
O professor anunciou que os alunos estavam aprovados.
subordinada substantiva completiva
anunciou-oanunciou isso
Saiu, depois que a noite chegou.
subordinada adverbial temporal
Estava tanto calor, que todos se despiram.
subordinada adverbial consecutiva
A ideia foi-lhe apresentada por Heliodoro.
complemento agente da passiva
Na ativa:Heliodoro apresentou-lhe a ideia.
Camões dedicou o livro a Sebastião.
complemento indireto
dedicou-lhe
Irritei-te desnecessariamente.
complemento direto
3.ª pessoa: Irritei-o
Salvador gostava de Helena.
complemento oblíquo
*Que fazia Salvador de Helena? Gostava.
A secretária elegeu a pesca do salmão como a solução ideal.
predicativo do complemento direto
Pôs o telemóvel sob a carteira para enganar o professor.
modificador do grupo verbal
Que fez para enganar o professor? Pôs o telemóvel sob a carteira.
pretendia que se vivia bem
conjunção (subordinativa completiva)
em Lisboa, embora
preposição
a olhassem de soslaio.
pronome (pessoal)
Perda
derivação não afixal
perder > perda
cronómetro
composição morfológica
radical + radical
esvoaçar
derivação por parassíntese
es + voo + açar
*esvoo*voaçar
Não te agrada esta nossa decisão?
diretivo
Este cocó de cão não estava aqui há pouco.
assertivo
Versão com cocó de Heliodoro
Cantas tão bem, que fico logo alegre.
subordinada adverbial consecutiva
Mal entrou, o ambiente ficou diferente.
subordinada adverbial temporal
O Vicente, que é um bom homem, tem dívidas tremendas.
subordinada adjetiva relativa explicativa
O diretor avisou que as matrículas estavam encerradas.
subordinada substantiva completiva
Não tinha dinheiro, portanto não comprei nada.
coordenada conclusiva
Chegou, viu e venceu.
coordenada assindética
Camões pediu inspiração a Calíope.
complemento indireto pediu-lhe
A família de Ernesto foi para a Toscânia.
complemento oblíquo
*Que fez a família de Ernesto para a Toscânia? Foi.
A pesca do salmão no Iémen foi impulsionada pelo xeque.
complemento agente da passiva Na ativa:O xeque impulsionou a pesca do salmão no Iémen.
Vou pôr a mesa quando chegar o salmão.
modificador do grupo verbal
O povo não nomeou D. João V seu governante.
predicativo do complemento direto
Leva-me ao Iémen.
complemento direto
Na 3.ª pessoa:Leva-o ao Iémen.
a equipa que vencera
pronome (relativo)
os colegas de Paris,
preposição
mas não parecia.
conjunção (coordenativa adversativa)
Encurtar
derivação por parassíntese
en + curto + ar
*curtar*encurto
chave [(= ‘solução’)]
extensão semântica
piscicultura
composição morfológica
radical + palavra
Declaro-me felicíssimo com esta minha nova vida.
expressivo
O Heliodoro já foi à rua fazer cocó?
diretivo
Oblíquo
Parassíntese
7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de pedras, e, contudo, é em homens que penso. Porque são eles a verdadeira matéria do tempo, a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de água que é sangue e é também suor. Porque são eles a paciente coragem, e a longa espera, e o esforço sem limites, a dor aceite e recusada — duzentos anos, se assim tiver de ser.»], são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais
(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a hipérbole e a ironia.
6. Na expressão «paisagens olfativas» (linha 27), o autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. | (C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.
6. No contexto em que ocorre, a expressão «grosso volume do romance de Eça de Queirós» (linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria como ler o resumo em lugar de regressar — como tantas vezes já regressei — ao grosso volume do romance de Eça de Queirós [= Os Maias].»]) constitui um exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D) paradoxo.
1.5. Na expressão «deflagração extraordinária» (linha 18) [«Não viveu, porém, e infelizmente, a deflagração extraordinária operada no seio das certezas e dos objetos, decomposição dos seres visíveis e invisíveis que viria a produzir as grandes experiências literárias do século XX.»], a autora recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C) uma metáfora. | (D) um eufemismo
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D) ironia
As antíteses expressam a oposição entre os valores ensinados aos filhos (valentia, justiça, lealdade) e a realidade político-social, na qual vinga quem é cobarde, injusto e desleal. Deste modo, Matilde põe em evidência a hipocrisia instalada na sociedade, que aparenta defender determinados valores, mas promove quem não os pratica.
Na sequência da reflexão anterior, Matilde interroga-se ironicamente sobre a necessidade de se ensinar a viver em
conformidade com a hipocrisia a fim de alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal signifique uma vida pautada pela alienação, pelo conformismo e pela indignidade.
A metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linhas 12 e 13) associa os «pequenos», os socialmente frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos, também o povo é alimento constante para os poderosos.
Através da metáfora, o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.
Com o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência de que a exploração dos «pequenos» por parte dos poderosos é um comportamento condenável.
Assumida esta condenação por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um comportamento em tudo semelhante ao anteriormente apontado.
Courtois: um pássaro gigante que apareceu a voar.
MetáforaHipérbole
Penteia a bola e acaricia-a.
Metáfora
Jogada construída e inventada pelo caldeirão do feiticeiro Hazard.
Metáfora / Imagem ?
Dois braços e quatro pernas — mas haverá quem jure ter visto quatro pernas e quatro braços.
Hipérbole
Olhos de matador, dentes de coelho.
Metáfora?
Há a velocidade da luz, há a velocidade do som e há velocidade de Robben.
EnumeraçãoAnáforaHipérbole
Valbuena, o Astérix de cabelo curto.
PerífraseAntonomásia
Neste momento, na Austrália, estão todos os cangurus aos saltos.
HipérboleMetonímia
À medida que arrancava, ia ultrapassando a população russa.
Metáfora / ImagemHipérboleMetonímia
Não tem nenhuma hipótese de ganhar um concurso de beleza.(= é feio)
EufemismoLítote(s) ?
É um poema de futebol em velocidade.
Metáfora
A forma de perder tem de ser igual à de ganhar e vice versa.
Pleonasmo
Mensagem
Ortónimo• eu fragmentado• fingimento poético• dor de pensar• nostalgia da infância• sonho
Heterónimos
1O poema refere um «país» imaginado
— «em sonho triste» (v. 1); «Nos meus desejos existe» (v. 2) —, vago e impreciso, dado que só existe em sonhos —«longinquamente» (v. 3); «Nesse país por onde erra / Meu longínquo divagar.» (vv. 14-15). A imagem final que é dada desse país — um «impossível jardim» (v. 20) — acentua o seu carácter irreal.
2De acordo com a segunda estrofe, a
experiência da passagem do tempo é marcada pela espontaneidade ou inconsciência — «Vive-se como se nasce / Sem o querer nem saber» (vv. 6-7) — e pela renovação cíclica da vida — «O tempo morre e renasce / Sem que o sintamos correr.» (vv. 9-10).
Deste modo, tratando-se de um tempo circular, não-linear, não há consciência da sua passagem.
3O verso «É uma infância sem fim.» (v.
17) constitui uma representação metafórica própria do «ser feliz» (v. 5) e relaciona-se com vários elementos: a anulação do «sentir» (v. 11), do «desejar» (v. 11) e do «amor» (v. 13); a ausência de sofrimento — «Tão suave é viver assim» (v. 19); a não consciência da passagem do tempo — «Sem que o sintamos correr.» (v. 10); o carácter onírico dessa felicidade.
No v. 1, há uma hipálage. Justifica e explica a expressividade deste recurso.
A expressão «sonho triste» constitui uma hipálage, já que o adjetivo «triste», que, numa interpretação gramatical (denotativa), modifica o nome «sonho», caracteriza, no fundo, o sujeito poético (o «proprietário» do sonho) no momento em que sonha. Ao longo do texto percebe-se que o sonho em causa até concretizaria uma vivência «suave» (v. 19), onde se seria «feliz» (v. 4); é a tristeza presente do eu que o faz desejar o sonho (v. 2).
Como se pode interpretar a presença de duas palavras da mesma família, o advérbio «longinquamente» (v. 3) e o adjetivo «longínquo» (v. 15)?
O advérbio e o adjetivo acentuam o afastamento do mundo sonhado pelo sujeito lírico relativamente ao mundo real. Fica assim mais demarcada, e inacessível, a felicidade que envolve o sonho.
Explica como na última estrofe o sujeito poético caracteriza o sonho que foi esboçando ao longo do poema.
O sonho — ou a felicidade que conota — é identificado com a infância (e, ao contrário da verdadeira, «sem fim»). Ao mesmo tempo, o sujeito poético tem noção de que esse paraíso (esse «jardim») é «impossível» (v. 20).
«Às vezes, em sonho triste»(Fernando Pessoa / Beto Betuk)
Às vezes, em sonho tristeNos meus desejos existeLonginquamente um paísOnde ser feliz consisteApenas em ser feliz.
Vive-se como se nasceSem o querer nem saber.Nessa ilusão de viverO tempo morre e renasceSem que o sintamos correr.
O sentir e o desejarSão banidos dessa terra.O amor não é amorNesse país por onde erraMeu longínquo divagar.
Nem se sonha nem se vive:É uma infância sem fim.Parece que se reviveTão suave é viver assimNesse impossível jardim.
TPC — (1) Lê os textos ensaísticos nas pp. 318-319; (2) Procura ir fixando a classificação das orações (até memorizando as principais conjunções que as introduzem).