Aula 2 unidade 1a

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DIFERENTES POSICIONAMENTOS

Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda

ENSINO OU APRENDIZAGEM?

Universidade

Podemos separá-los?

ENSINO

Foco no professor com preocupações:

Que programa seguir? Que matéria dar? Que critério de avaliação usar?

OU

APRENDIZAGEM

Foco no aluno/professor facilitador. ALUNOS INCENTIVADOS a expressar idéias

próprias, investigar com independência e procurar meios para o seu desenvolvimento individual e social.

Preocupações do professor: Quais as expectativas dos alunos? Qual a significatividade do conteúdo? Quais estratégias facilitarão o aprendizado do aluno?

ABORDAGENS EDUCACIONAIS

•TRADICIONAL: professor transmissor de conhecimentos;•COMPORTAMENTALISTA: professor controlador e manipulador de comportamento modelado e reforçado;•HUMANISTA: aluno autônomo no desenvolvimento da sua personalidade. O conteúdo emerge das suas próprias experiências. O professor dá assistência.

COGNITIVISTA

Conhecimento é o produto da interação sujeito(aluno) e objeto(conteúdo). O professor é orientador para que os objetos sejam explorados pelos alunos sem o oferecimento de soluções prontas.

SOCIOCULTURAL

valoriza-se também a interação sujeito/objeto.

Esta é mediada pelo professor, por outros sujeitos, pelo contexto histórico, pela família, pelas comunidades, pela sociedade, pela mídia etc.

ANDRAGOGIA

Arte e ciência de orientar os adultos a aprender. Princípios:

Aprendente (autogerido e responsável pela sua aprendizagem) e não aluno ou formando;

Os adultos sabem/têm consciência da necessidade de conhecimentos;

Motivação para aprender: externas e internas;

O papel das experiências anteriores dos aprendentes. O professor universitário DEVE aproveitá-las tendo em vista que seu conhecimento da matéria e os recursos que utiliza são, para o adulto OPÇÕES e não imposições;Prontidão para o aprendizado: o adulto já a tem.

TAREFA Reúnam-se em duplas ou trios, leiam os itens abaixo e

dêem um exemplo para cada situação apresentada. A educação no contexto andragógico requer:a) Elaboração de diagnóstico de necessidades e interesses dos

estudantes;b) Definição de objetivos e planejamento das tarefas com a

participação dos estudantes;c) Estabelecimento de um clima cooperativo, informal e de suporte à

aprendizagem;d) Seleção de conteúdos significativos para os estudantes;e) Definição de contratos e projetos de aprendizagem;f) Aprendizagem orientada para tarefas ou centrada em problemas;g) Uso de projetos de investigação, estudo independente e técnicas

vivenciais;h) Valorização da discussão e da solução de problemas em grupo;i) Utilização de procedimentos de avaliação diretamente

relacionados à aprendizagem.

VARIÁVEIS QUE TORNAM O APRENDIZADO MAIS OU MENOS

EFICAZ

1) RELACIONADAS AOS ALUNOS:

Diferenças individuais: aptidões, nível intelectual, conhecimentos e habilidades desenvolvidos anteriormente;

Motivação: externa (melhor trabalho ou salário, por exemplos) e interna (vontade própria de crescimento, prazer pelo conhecimento etc.)

Hábitos: anotar, ler, planejar estudos, revisar matéria etc.

2) RELACIONADAS AO PROFESSOR

Conhecimentos específicos da matéria;

Habilidades pedagógicas;

Motivação: entusiasmo com ensinar, com o conhecimento em si, com a “sua” matéria.

3) RELACIONADAS AO CURSO

Objetivos: professor lida com os mesmos, pois é a partir deles que se estabelece o planejamento;

Organização: carga horária da disciplina, quando é ministrada, outras disciplinas cursadas anterior ou paralelamente, qualidade dos recursos, número de alunos por classe etc.

COMO UTILIZAR ESTRATÉGIAS PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM

CONCEITO DE APRENDIZAGEM

“A aprendizagem é inferida quando ocorre uma mudança ou modificação no comportamento, mudança esta que permanece por períodos relativamente longos durante a vida do indivíduo” (Gagné, 1980).

APLICÁVEIS NA VIDA

Para fins educacionais e a partir de Bloom (1974) e colaboradores

Aprendizagem é o processo de aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e mudança de atitudes em decorrência de experiências educativas.

FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

1) Competências intelectuais Desde Gardner (1983), múltiplas

inteligências: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica, interpessoal, intrapessoal.

O próprio Gardner (1999) já incluiu outras inteligências: naturalista, existencial e espiritual.

2) IDADE

Segundo Gil (2006) pouco significativa no ensino superior. Do ponto de vista cognitivo, mas relevante do ponto de vista emocional/social.Sexo: diferenças entre homens e mulheres com maior peso dos fatores sociais do que da inteligência em geral. Estudos caracterizam estas diferenças (perceptíveis para professores em ambientes universitários).

3) Fatores emocionais

a) Ansiedade: leve auxilia, em excesso inibe a aprendizagem.

Como o professor ajuda os estudantes?

Instruindo sobre formas adequadas de estudo;

Possibilitando que os mais ansiosos possam falar em pequenos grupos ou dando respostas curtas;

Utilizando atividades de aprendizagem cooperativa;Esclarecendo os objetivos das provas;Evitando questões de tempo nas situações de exames;Determinando um espaço de tempo para que todos consigam completar a prova;Variando os tipos de avaliação etc.

b) Auto-estima

Elevada possibilita maior desempenho, em excesso inibe a aprendizagem.

Como o professor ajuda os estudantes?

Ampliando a confiança do aluno nas suas habilidades e oportunidades de sucesso, encorajando-o, não censurando-o diante de um fracasso, confiando nas suas competências;Conhecendo seus alunos;

Dando importância às suas manifestações em aula;Encarando as dúvidas como “ingredientes” de estratégias didáticas;Não discriminando e nem rotulando;Valorizando acertos, mesmo que parciais;Promovendo atividades que valorizem os estudantes e os estimulem a aprender mais.

4) Fatores Sociais

Origem social nos diferentes ambientes nos quais viveram ou vivem os alunos. Segundo Gil (2006): “...a origem social tende a deixar profundas marcas nos adultos.”

5) Motivação

A força que nos move para alcançar determinado objetivo.

Ter um motivo que pode ser essencial (comer, dormir etc.) ou mais sofisticado (estima, realização etc.).

Segundo Gil (2006): “...não se pode afirmar rigorosamente que é o professor que motiva os estudantes a aprender.” Mas,...

...o professor ajuda os estudantes com ESTÍMULOS:Traduzindo a motivação em recompensas;Usando os motivos existentes para desenvolver novos motivos;Satisfazendo a motivação quando o comportamento for apropriado;Procurando determinar as diferentes recompensas entre os diferentes alunos;Ajudando o aluno que parece não ter motivação para aprender;

Aplicando o princípio do reforço positivo;Evitando formas de punição que possam causar problemas mais sérios do que aqueles que se pretende resolver;Sendo entusiasta, simpático, procurando acreditar e gostar dos alunos;Procurando “formatar” as aulas de forma interessante;Propondo tarefas de dificuldades desafiadoras (nem tão simples, nem tão complexas).

6) Concentração

Causas internas (indisposição orgânica, problemas pessoais, desânimo etc.) e causas externas (condições da sala de aula ou de estudo, horário, falta de intervalos para descanso, objetivos mal definidos, estratégias “fracas” do professor, qualidades dos textos).

Como o professor ajuda os estudantes? Com bom humor; Lecionando com entusiasmo;

Propondo aplicações práticas; Variando as estratégias de ensino.

Exemplos:a) Apresentando primeiro os objetivos da

aula;b) Apresentando um caso pitoresco;c) Apresentando uma observação acerca do

ambiento em torno;d) Com um diálogo sobre um problema

emergente;e) Interpretando dados correlacionados ao

tema; f) Aplicando uma técnica de dinâmica de

grupo Com recursos instrucionais

diversificados; Solicitando a participação.

7) Reação

Própria de cada aluno. Como o professor ajuda os estudantes? Favorecendo a tomada de anotações; Estimulando os estudantes s falar, dar

depoimentos pessoais, a fazer sugestões e a ampliar as idéias apresentadas;

Fazendo perguntas; Propondo exercícios.

8) Realimentação

Avaliações (como são?)

Como o professor ajuda os estudantes?

Programando a realimentação por parte do aluno após a resposta dada pelo mesmo;

Expondo-a de forma objetiva e clara; Observação importante: retomar

constantemente conteúdos e exemplos. Lembrem-se: O PROFESSOR AJUDA O

ESTUDANTE NA SUA APRENDIZAGEM.

9) Memória

Diferente de repetição; igual compreensão.

Capacidade humana de captar, armazenar e se lembrar de informações.

Há diferentes memórias: de curto e longo prazo; de conteúdo (subdividida em outras) e; de trabalho, que nos auxilia no desempenho das chamadas funções cerebrais superiores: análise, crítica, tomada de decisões e julgamento.

A memória de trabalho estabelece a conexão das memórias de curto prazo com as já arquivadas para comparar, analisar e decidir sobre a “abertura de um novo arquivo”.

Observação: o esquecimento é o descarte das informações pouco importantes.

Como o professor ajuda os estudantes?

Fazendo pausas, repetindo e questionando;

Apresentando temas relevantes, práticos e interessantes;

Favorecendo a compreensão do conteúdo;

Estimulando associações com algo já conhecido ou visualizado concomitantemente;

Criando elaborações mentais através, por exemplo, de recursos de sons, imagens, fantasias, significado e situações pitorescas;Utilizando gráficos, diagramas, tabelas, organogramas, fluxogramas;Reservando os últimos minutos da aula para conversar sobre o conteúdo estudado;Usando jogos, dramatizações e brincadeiras.

10) Hábitos de estudos

Como o professor ajuda os estudantes? Incentivando-os a:

Planejar seus estudos; Definir objetivos realistas de estudo; Ser pontuais com os compromissos; Organizar a matéria (com anotações, com

uso de outros materiais etc.); Revisar a matéria sistematicamente ao

longo do período letivo.

Até a próxima aula.