Síntese da Malveína (Corantes)

Preview:

DESCRIPTION

Um pouco sobre a história dos corantes, como eles surgiram, como são feitos e qual sua utilidade hoje no mercado.

Citation preview

Em 1856, o jovem químico inglês William Henry Perkin, que

era assistente do famoso químico alemão August Wilhelm von

Hofmann, assistiu a uma palestra de Hofmann na qual ele

comentava como seria importante sintetizar o quinino, uma vez que

essa droga (a única capaz de combater a malária) tinha de ser

extraída da casca da quina, que crescia nas índias Orientais.

A partir de 1865, depois que Kekulé desvendou a estrutura do

benzeno, houve um rápido desenvolvimento na indústria de

corantes.

A Grã-Bretanha deteve por algum tempo a iniciativa mundial

no campo de corantes, situação que se modificou quando a

Alemanha, por volta de 1915, alcançou 87% da produção mundial.

Até cerca de 1850, todos os corantes alimentícios provinham de fontes naturais, como cenoura (corante laranja), beterraba (vermelho), casca de uva escura (preto), ácido carmínico (vermelho), açafrão (ocre); caramelo ou açúcar queimado (marrom) etc.

Vale destacar também que em 1897 já eram fabricados inúmeros corantes sintéticos, que passaram a ser utilizados também pela indústria alimentícia.

Atualmente a Comunidade Econômica Europeia autoriza 11 corantes sintéticos para alimentos, principalmente em função das vantagens que apresentam em relação aos naturais.

Em geral, os corantes naturais são sensíveis à luz, ao calor, ao oxigênio ou à ação de bactérias, ou seja, não são estáveis.

Os sintéticos são mais estáveis, têm durabilidade maior e propiciam cores mais intensas.

A exploração da cor nunca

esteve tão evidente como nos dias de

hoje, e muitas indústrias são agora

direta ou indiretamente dependentes da

disponibilidade de corantes artificiais.

As indústrias fabricantes e as

usuárias de corantes contribuem

grandemente para a economia de

qualquer país industrializado.

Do ponto de vista comercial, considerável interesse vem sendo demonstrado na avaliação teórica e empírica das relações entre cor e estrutura molecular. Este interesse tem sido acentuado por áreas em expansão onde as cores e os corantes agora adentram, e as relações cor-estrutura são valiosas mesmo para cientistas trabalhando em áreas aparentemente não relacionadas.

Corantes vat: é um composto azul altamente insolúvel e vastamente conhecido desde a antiguidade. Possuía um preço tão elevado, que apenas a realeza podia compra-lo!

Corantes dispersos: apresentam limitações importantes - freqüentemente

não apresentam resistência à lavagem (fastness), tendem a sublimar e

estão sujeitos a desaparecer com NO2 ou ozônio atmosférico, uma condição

conhecida como branqueamento gasoso.

Corantes diretos: podem ser aplicados, em solução aquosa, diretamente sobre as fibras. Este processo é especialmente aplicável à lã e à seda. Estas fibras são constituídas por proteínas, que possuem tanto grupos ácidos como básicos que combinam com corantes básicos e ácidos, respectivamente. Um exemplo é a malva, o corante que iniciou a síntese industrial de corantes - então conhecido como malveína, mas que atualmente não é mais utilizado.

Corantes azo: constituem a classe mais importante de substâncias que promovem cor. A versatilidade desta classe deve-se grandemente à facilidade com que os compostos azo podem ser sintetizados, e de fato quase todas as aminas aromáticas diazotizadas podem ser acopladas com qualquer sistema nucleofílico insaturado para fornecer o produto azo colorido.

Corantes trifenilmetilênicos: são derivados do cátion trifenilmetílico. São

corantes básicos para lã, seda ou algodão, quando são

utilizados mordentes adequados.

- Mordentes são metais de transição que possuem capacidade de se complexar com

grupos característicos presentes nas estruturas das fibras, facilitando ou

possibilitando a fixação dos corantes.

Ftalocianinas: são utilizadas como pigmentos ao invés de corantes

propriamente ditos. Um membro importante desta classe é a ftalocianina

de cobre, um pigmento azul brilhante que pode ser preparado pelo

aquecimento de ftalonitrila com íons cobre.

“Os corantes são substâncias

que alteram ou intensificam as cores

dos alimentos e ouros produtos para

melhorar seu aspecto e sua aceitação

junto ao consumidor. Um refrigerante

sabor laranja sem o corante ficaria

com a aparência de água com gás,

dificultando sua aceitação, pois

primeiro comemos com os olhos”

Recommended