Etica profissional2

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Departamento de Engenharia

Engenharia Ambiental

ÉTICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA

Professor: Raul Santos

Salvador/BAFevereiro/ 2014

04.01.2012

Sumário:

1 – Apresentação do Professor

2 – Apresentação dos Alunos

3 – Conteúdo do Programa

4 – Atividades

5 – Referência Bibliográfica

6 – Introdução

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Raul Santos

E-mail: raul.santos@halliburton.com

1 – Apresentação do Professor

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2 – Apresentação dos Alunos

1 – Apresentação do Contrato e Empresa Contratada

• Definição do Representante da Turma:

Contatos:

Cel:

E-mail:

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Conteúdo da Disciplina• Introdução

1)Ética como comportamento básico diante das experiências vivenciais. O porquê da ética e sua função na construção da realidade.

2)Critério ético e posturas morais. Sistemas: características e conseqüências éticas.

3) Aparelho / Sistema Subjetivo: aquele que vai gerenciar os recursos materiais, energéticos e semióticos ou informacionais (da personalidade ao Estado).

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Conteúdo da Disciplina• Introdução

4)Produção, circulação e consumo de valores subjetivos e financeiros / políticos / ecológicos.

5)O engenheiro como agente social, seu papel no aparelho do estado. Código de Ética do CONFEA-CREA.

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3 – Cronograma de visitas

5- Referência Bibliográfica

REFERÊNCIA BÁSICA:SANCHEZ, V. A. Ética. Editora Civilização Brasileira. 1999, 2000, 2003, 2004, 2006, 2008, 2011.

CHAUÍ, MARILENA DE SOUZA. Convite à Filosofia. 1997, 1999, 2001, 2003, 2011.

ARISTOTELES. Ética a Nicômano. 2002, 2009.

GOLDI, José Roberto. Ética. Disponível em: Http://www.ufrgs.br/bioetica/etica.htm. Acesso: 25/10/2013.

NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. p.55-60.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética, Civilização Brasileira. 33ª Edição. Rio de Janeiro. 2012.

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3 – Cronograma de visitas

5- Referência Bibliográfica

REFERÊNCIA BÁSICA:

CONFEA / CREA. Código de Ética Profissional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 7º Edição / 2011.

JORGE, Cláudia. Ética Profissional. Artigo. UNINORTE – Rio Branco – AC, Brasil, 2008. Disponível em: < http://www.webartigos.com/artigos/etica-profissional/9551/> Acesso em: 04/11/2013.

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5- Referência Bibliográfica

REFERÊNCIA COMPLEMENTAR: NALINI, JOSE RENATO. Ética Geral e Profissional. 1999, 2012.

CHALITA, Gabriel. Os dez mandamentos da ética. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2009.

OLIVEIRA, M. A. Correntes Fundamentais da Ética Contemporânea, Editora Vozes. 2000.

PENNINGTON, RANDY. A ética nos negócios: como um simples compromisso com você mesmo pode ser do seu sucesso profissional, 1995.Fontes:

SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BENNETT, C. Ética profissional. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

REFERÊNCIAS

10

Ética: conceito e classificações. Disponível em: <ftp://ftp.unilins.edu.br/leonides/Aulas/Etica%20e%20Responsabilidade%20Social/>. Acesso em 22 out. 2013.

NEGRA, L. Conceito de Ética. São Gonçalo – Rio de Janeiro, 22 mar. 2011. Disponível em <http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/2863997>. Acesso em 22 out. 2013.

OLIVEIRA, N. M. G. Ética dos Bens. Rio Branco – Acre, 2004. Disponível em: <http://amigonerd.net/humanas/direito/a-etica-dos-bens>. Acesso em: 22 out. 2013.

PINTO, M. G. Ética e Filosofia. Disponível em: <http://www.slideshare.net/marcelgois/tica-conceitos-e-aspectos-filosficos-2041253>. Acesso em: 22 out. 2013.

BRANDES, D. O. Virtudes cardeais. Disponível em: <http://www.catolicoorante.com.br/virtudescardeais.html>. Acesso em: 25 out. 2013.

As virtudes cardeais. Disponível: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Virtudes_cardinais>. Acesso em: 25 out. 2013.

As virtudes cardeais. Disponível: <http://asvirtudescardeais.blogspot.com.br/>. Acesso em: 25 out. 2013.

REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo. Ethos mundial. Um consenso mínimo entre os humanos. Brasília: Letra Viva, 2000.

BOFF, Leonardo. Ética e Moral: a busca de fundamentos. Petrópolis: Vozes, 2004.

COMPARATO, Fábio Konder. Ética: Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

MONDIN, Battista. O Homem: quem é ele? Elementos de Antropologia Filosófica. 8ª ed. São Paulo: Paulus, 1980.

GALLO, Silvio (Coord.). Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia. 11ª ed. Campinas: Papirus, 2003.

SEGUNDO, Juan Luis. Que Mundo? Que Homem? Que Deus?. Aproximações entre Ciência, Filosofia e Teologia. São Paulo: Paulinas, 1995.

SANCHEZ VÁSQUEZ. Adolfo. Ética. 24ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. História e grandes temas. 16 ed. São

Paulo: Saraiva, 2006.

LAW, Stephen. Filosofia. Guia ilustrado Zahar. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

COSTA, José Silveira da. Max Scheler: o personalismo ético. São Paulo: Moderna, 1996.

WOJTYLA, Karol. Max Scheler e a ética cristã. Trad. Diva T. Pisa. Curitiba: Champagnat,

1993.

• GROKORRISKI, Carlos Ricardo, ÉTICA, disponível em filosofianreapucarana.pbworks.com/f/ÉTICA.ppt, acesso em 24/10/2013

• PINTO, Marcel de Gois. Ética e Filosofia: O que é ética, moral e evolução do pensamento ético. Universidade Federal da Paraíba, disponível em: http://www.slideshare.net/marcelgois/tica-conceitos-e-aspectos-filosficos-2041253, acesso em: 25/10/2013

Calendário:

A história do jovem engenheiro

ÉTICA

Por que falar em ética ?

Ética

é fator determinante

dos rumos

de uma sociedade

A ética pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude prática diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os apelos acríticos da moral vigente.

Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis; ela se move e, historicamente, se amplia e se adensa. Para se entender como isso acontece na história da humanidade, basta lembrar que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".

O que é a ética ?

O QUÊ É ÉTICA? HISTÓRICO E CONCEITUAÇÃO

Aula 1 e 2

Estudo ou reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas.

Também chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumes considerados corretos (VALLS, 1986).

É a ética necessária e importante?

A ética tem sido o principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. Sem ética, ou seja, sem a referência a princípios humanitários fundamentais, comuns a todos os povos, nações, religiões, etc.., a humanidade corre riscos reais de se despedaçar e, eventualmente, auto-destruir, uma vez que fica comprometido o relacionamento entre os povos.

Premissa

• O homem é um ser cultural, capaz de transformar a natureza conforme suas necessidades existenciais, por meio de uma ação intencional e planificada

• Tal ação acontece em função dos valores que presidem o agir humano

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• ESOPO e os dois cães.

Premissa

• Na medida em que atendemos ou transgredimos certos padrões, nossos comportamentos são avaliados bons ou maus, e o que produzimos é julgado belo ou feio.

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Premissa

• Como todas as ações humanas possuem um caráter de valor, podemos dizer que é impossível viver sem estes mesmos valores.

• São constitutivos da vida humana.

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Ética profissional, cidadã e universal Tudo até aqui afirmado e visto, sustenta que há uma

relação direta entre os princípios que formam a ética universal do ser humano, a ética da cidadania e a ética do profissional ligado ao sistema CONFEA/CREA’s, até porque um profissional não é uma peça solta da cadeia de produção econômica. Cada profissional está vinculado à sociedade em que vive, constituindo-se num ser social e político, isto é, num cidadão.

Valorar é um ato humano

• O ato de valorar é uma tarefa humana e coletiva que nunca termina. Ele fundamentará o projeto comum de dar um sentido ao nosso mundo.

• O homem é responsável por si mesmo e por todos. Escolhendo-me, escolho o homem porque minha opção engaja todos os outros homens.

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Juízos de realidade e valor

• Os valores não são, mas valem. • Quando dizemos de algo que vale,

não dizemos nado do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não-indiferença constitui esta variedade ontológica (constitutiva do ser) que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valor

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Moral: dimensão prática

• A moral é um conjunto de regras de conduta adotadas pelos indivíduos de um grupo social e tem a finalidade de organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e do mal.

• A moral é a aplicação da ética no cotidiano, é a prática concreta.

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Moral: construção contínua

• O homem não nasce moral, mas torna-se moral. O convívio humano é o grande responsável pelo aprender-se moral do homem. Por conseguinte, podemos afirmar que a educação tem como tarefa formar pessoas capazes de bem viver, agir de maneira virtuosa ou segundo princípios aceitos pela coletividade.

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Juízos de realidade e valor

• Existem dois tipos de juízos: os juízos de realidade e os juízos de valor. Os primeiros, enquanto constatação da realidade (ex.: isto é uma mesa) e os últimos, enquanto qualidade do conteúdo, podendo ser atrativa ou repulsiva, boa ou má e assim por diante( ex: esta atitude é correta)

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O que pensar disto?

Moral: o sujeito autônomo

• O verdadeiro homem moral não recebe passivamente as regras do grupo, mas as aceita (ou recusa) livre e conscientemente.

• Tornar-se moral é assumir livremente as regras propostas.

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Educação e liberdade• O destaque conferido aos valores de

caráter moral, político e estético trazem consigo a tentativa de compreender a intencionalidade dos atos humanos. Atos, em última instância, livres. A liberdade não é algo dado, mas resultado de uma conquista, de um aprendizado constante.

• Mas em suma, o que é a liberdade?33

Determinismo x liberdade

• Determinismo: o homem, como as coisas, sofre constrangimentos externos e internos, tendo apenas a ilusão de escolher livremente.

• Autonomismo: o homem possui uma liberdade absoluta, podendo agir de uma forma ou de outra, independente das formas que o constrangem. Nesse caso, ser livre é ser incausado.

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Determinismo x liberdade

• Admitimos inicialmente que o homem é, sim um ser situado e, portanto, sofre múltiplas determinações, mas como é também um ser consciente, quando toma conhecimento da situação em que se encontra inserido, e dos obstáculos a ele antepostos, é capaz de agir sobre a realidade, transformando-a.

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Determinismo x liberdade

• Assim, fica clara a idéia de que a liberdade é algo construído a partir de uma situação dada e de condições históricas concretas.

• Em outras palavras, a liberdade é um ato por natureza humano, histórico-cultural, inserido no tempo e espaço.

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Liberdade e autonomia

• Todo o processo de adquirir autonomia é um processo de aprendizado.

• Parafraseando George Gusdorf, “a liberdade adolescente é uma adolescência da liberdade”.

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A Caverna de Platão• Segundo o “mito da caverna” de Platão, trata-se de uma visão

deste de que existindo uma caverna onde estão acorrentados homens desde a sua infância, dispostos de tal forma que somente podem vislumbrar o fundo da caverna. À sua frente são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde existe uma fogueira. Essa é a realidade para esses homens. Platão afirma que se um desses homens conseguisse se libertar de seus grilhões e contemplar o mundo exterior, quando retornasse a caverna e relatasse o que havia visto, esses os veria como um louco, não lhe dando crédito.

• 3) Aparelho / Sistema Subjetivo: aquele que vai gerenciar os recursos materiais, energéticos e semióticos ou informacionais (da personalidade ao Estado).

ÉTICA É ALGO QUE TODOS PRECISAM TER.... ALGUNS DIZEM QUE TÊM.... POUCOS LEVAM A SÉRIO.... É RARO OS QUE CUMPREM À RISCA...

Reflexão

• Pode-se exercer com responsabilidade uma profissão, sem ética?

• Sendo-se ético, pode-se exercer com irresponsabilidade uma profissão?

• Em não sendo-se ético, como exercer com responsabilidade uma profissão?

Reflexão

• Se não houver ética, e consequentemente nem responsabilidade, como manter um bom relacionamento com o cliente, com a empresa, com os colegas, enfim com a sociedade?

• Em não havendo bom relacionamento numa sociedade, como construí-la?

IntroduçãoIntrodução

1. Programa e meta: formação profissional e

critérios éticos.

2. Preocupação central: compromisso ético e

profissional com a Instituição.

3. Cotidiano da atuação profissional: campo das

relações humana.

Perguntas ExistenciaisPerguntas Existenciais

a) “Que posso saber?” – Metafísica.

b) “Que devo fazer?” – Moral.

c) “Que posso esperar?” – Religião.

d) “Que é o homem?” – Antropologia.

“No fundo, tudo isto poderia reduzir-se à antropologia, porque as três primeiras perguntas se referem à última”. Kant.

Questões relacionadas à moral e à Questões relacionadas à moral e à éticaética

1. Problemas no atual contexto sócio-político-econômico.

a) Perda dos valores:

- honestidade.

- sabedoria.

- sensibilidade

- semelhança e alteridade.

Alteridade• Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do

pressuposto básico de que todo o homem social interage e interdepende do outro. Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam, a existência do "eu-individual" só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma visão expandida se torna o Outro - a própria sociedade diferente do indivíduo).

Divisões da Ética

Quanto à abrangência:

• Problemas gerais e fundamentais: Liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros

• Problemas específicos de aplicação concreta: Ética profissional, política, sexual, matrimonial e outras

Quanto à abordagem:

• Ética material

• Ética formal

• Ética profissional

• Ética autônoma

b) “Muitas das grandes corporações transnacionais trabalham com

uma perspectiva de ´cenário futuro`, para o ano 2013, entre 700

milhões e um bilhão de consumidores potenciais, com apreciável

poder aquisitivo. Alguns poucos aumentam a cifra da clientela

potencial ´interessante` para ao redor de um bilhão e meio. Isso

numa humanidade de, previsivelmente, 6,5 a 8 bilhões de

habitantes. É para esse recorde de clientela que se planeja o

´crescimento econômico`. Como se dá para ver, a ´a massa

sobrante`, isto é, o número de ´desinteressantes` e ´descartáveis`,

é assustador”. (ASSMANN, 1994).

c) Contraponto: “Por que você acha que 1% da população ganha cerca de 96% de todo o dinheiro que circula? Você acha que isso acontece por acaso? Isso é planejado assim. Esse 1% entende algo. Eles entendem O Segredo, e agora você está sendo apresentado a ele”. (BYRNE, 2007, p. 06).??????

d) Questões relacionadas à ecologia:

Ética e meio ambiente: “O trabalho é a ação humana que transforma a natureza para o homem. Mas para que o trabalho cumpra essa finalidade de sustentar e humanizar o homem deve realizar-se de modo auto-sustentável para a natureza e para o homem”. Preservar e cuidar do meio ambiente é uma responsabilidade ética diante da própria sobrevivência humana.

• VALORES • Os valores são elementos mediadores de

componentes afetivos (o que se conhece), que geram determinadas atitudes, estão relacionados à cultura na qual a pessoa está inserida. Como cada pessoa tem uma série de valores interdependentes.

Análise e Discussão

Análise e Discussão

“Valor não é propriedade dos objetos em si, mas propriedade

adquirida graças À sua relação com o homem como ser social.

Mas, por sua vez, os objetos podem ter valor somente quando

dotados realmente de certas propriedades objetivas”.(VÁZQUEZ, 2012)

•CRENÇAS• crença - um produto cultural, algo em que as pessoas crêem.

Crença um processo cognitivo, mediador com características variáveis e permite que pode ocorrer algo a respeito de um objeto determinado.

ÉTICA PROFISSIONAL

• Narciso, de Caravaggio, 1598-99. O mito Grego de Narciso, personagem que morreu enamorado pela própria imagem refletida na água, representa aqueles que não conseguem sair de si mesmos e descobrir a alteridade: ser moral é reconhecer o outro como outro.

Relação entre ética e moralRelação entre ética e moral

1. Distinção1. Distinção

- A moral e a ética não são um conjunto de verdades fixas e imutáveis; ambas apresentam um caráter histórico.

a) Morala) Moral- Regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, tradição cultural etc.

- Fenômeno social particular, sem o compromisso com a universalidade.

1. O homem é um ser consciente• O fenômeno moral é tão antigo quanto a

história da humanidade ex. as máximas de Ptahotep (2.500 a.C). Obra essa que reúne aforismas de Ptahotep, ministro de um faraó, compôsta para orientar a educação do filho, aconselhando a ser leal,

• Que denota bons costumes, boa conduta, segundo os preceitos socialmente estabelecidos pela sociedade ou por determinado grupo social.

• Conjunto de valores como a honestidade, a bondade, a virtude etc., considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens.

• Ex.: defendia a m. e os bons costumes.

Fonte: Dicionário Houaiss

MoralMoral

• Conjunto das regras, preceitos etc. Característicos de determinado grupo social que os estabelece e defende.

Ex.: <m. burguesa> <m. cristã>• Conjunto dos princípios, ger. virtuosos, adotados por um indivíduo,

e que, em última análise, norteia o seu modo de agir e pensar.

Fonte: Dicionário Houaiss

MoralMoral

• Cada um dos sistemas variáveis de leis e valores estudados pela ética (disciplina autônoma da filosofia), caracterizados por organizarem a vida das múltiplas comunidades humanas, diferenciando e definindo comportamentos proscritos, desaconselhados, permitidos ou ideais.

• Parte da filosofia que estuda o comportamento humano à luz dos valores e prescrições que regulam a vida das sociedades.

Fonte: Dicionário Houaiss

MoralMoral

• Antes de uma determinada ação, a consciência moral emite um determinado juízo que aconselha ou proíbe.

• Após a realização da ação, a consciência moral se manifesta como um sentimento de satisfação (força recompensadora), ou arrependimento, remorso (força condenatória).

Dentro de mim há dois cachorros: um deles é cruel e mau; o outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando. O que ganha a briga é aquele que eu alimento

• Três componentes fundamentais da vida moral> CONSCIÊNCIA – LIBERDADE – RESPONSABILIDADE.

• Assim temos que qualquer coação interna ou externa anula a liberdade de uma pessoa, e a exime da responsabilidade moral.

• Etapas da formação da consciência> (aprofundar) Piaget, a formação segue quatro etapas: Anomia, heterônoma, socionomia e autonomia.

b) Éticab) Ética• ETHOS : Modo de ser, caráter, costume.

•Ethos : morada do homem

b) Éticab) Ética- Julgamento da validade das morais. “A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade”.

- “Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzido, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana”.

ÉticaÉtica• -Teoria moral fundamentada em princípios definidos de maneira concreta, material e empírica, não importando se consistem em interesses individuais ou coletivos (utilitarismo, pragmatismo), finalidades últimas (racionalismo) ou valores (axiologias).

•Fonte: Dicionário Houaiss

• ÉticaÉtica•Definições •Conjunto de princípios e valores que regem a conduta humana e orientam as relações sociais

•Pertence a natureza humana •Cada um tem seus princípios •Morada do ser •Juiz do ser

ÉticaÉtica•Conjunto de regras de conduta moral, deontológica e científica dos profissionais de determinada área.

•Fonte: Dicionário Houaiss

• ÉticaÉtica•Características da Ética •Inacabada •Centro é fazer o bem •Hábitos e costumes •Singular •Individualidade

• Por que a ética é necessária e importante?• A ética é o principal regulador do desenvolvimento histórico-

cultural da humanidade. Sem ética, a humanidade corre riscos reais de se despedaçar e, eventualmente, auto-destruir.

• A quem a falta de ética• prejudica?• A falta de ética mais prejudica a quem tem menos poder

(econômico, político ou cultural).

• Questão central da ética: Como devo agir em relação aos outros?

•Não existem normas acabadas, definitivas A ética é uma construção antropo-sócio-cultural

2. O Conceito de Ética• Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em

sociedade.• É uma ciência que tem objeto próprio, leis próprias e método

próprio.• A moral é um dos aspectos do comportamento humano.• O objeto da ética é a moral, mais especificamente a moralidade

positiva, ou seja, o conjunto de regras de comportamento e formas de vida através das quais tende o homem a realizar o valor do bem.

• O conceito de ética já leva à conclusão de que ela não se confunde com a moral.

• A ética é a ciência dos costumes, já a moral, não é ciência, mas objeto da ciência.

• Como ciência, a ética procura extrair dos fatos morais os princípios gerais a eles aplicáveis.

• Enquanto conhecimento científico, a ética deve aspirar à racionalidade e objetividade mais completas e, ao mesmo tempo, deve proporcionar conhecimentos sistemáticos, metódicos.

• A ética é uma disciplina normativa, não por criar normas, mas por descobri-las e elucidá-las.

• O objetivo, é mostrar às pessoas os valores e princípios que devem nortear sua existência.

• O complexo de normas éticas se alicerça em valores. Há uma conexão entre dever e valor. Pois para responder a pergunta o que devo fazer, devo saber responder sobre o que é valioso.

• Toda norma pressupõe um valor. A norma é regra de conduta que postula dever.

• Todo juízo normativo é regra de conduta, mas nem toda regra de conduta é uma norma.

• Algumas regras de conduta tem caráter obrigatório, enquanto outras são facultativas.

• A noção de norma pode precisar-se com clareza se comparada com a de lei natural ou físicas.

• As leis físicas são juízos enunciativos que assinalam ralações constantes entre os fenômenos.

• As leis físicas têm um fim explicativo, as normas um fim prático.

• As normas não pretendem explicar nada, mas provocar um comportamento.

• As leis físicas referem-se à ordem da realidade e tratam de torná-la compreensível.

• O investigador da natureza não faz juízos de valor. Simplesmente se pergunta a que leis obedecem os fenômenos.

• Ao formulador de normas do comportamento não importa o proceder real da pessoa, senão a explicitação dos princípios a que sua atividade deve estar sujeita.

• A norma exprime um dever e se dirige a seres capazes de cumpri-las ou não. Se o indivíduo não pudesse deixar de fazer o que ela prescreve, não seria norma genuína, mas lei natural.

• Outra diferença é que a lei natural ou física, pode ser provada pelos fatos, e a norma vale independentemente de sua violação ou observância.

• A ordem normativa é insustentável de comprovação empírica.• As normas não valem enquanto são eficazes, senão na medida em

que expressam um dever ser. Aquilo que deve ser pode não haver sido, não ser atualmente e nem chegar a ser nunca, mas perdurará como algo obrigatório.

• Já as leis naturais, só se validam se a experiência não as desmentem.

• A possibilidade de inobservância, indiferença humana pelas normas não deve desalentar aqueles que acreditam na sua imprescindibilidade para conferir sentido à existência.

• O papel confiado aos cultores da ciência normativa é reforçar essa tendência, fazendo reduzir o nível de inobservância perante a ordem do dever ser.

• Regras de Interação • Etiqueta (normas de comportamento, cortesia) • Direito (leis e normas da organização) • Moral (padrões aceitos e criados por um grupo social) • Ética (área da filosofia que reflete e analisa o comportamento do

indivíduo, mediante seus valores, hábitos e costumes.

Ética e Individualismo• Tendência do ser humano: defender, em primeiro lugar, seus

próprios interesses.

• Consciência de grupo: tem surgido, quase sempre, mais por interesse de defesa do que por altruísmo.

De qualquer forma...• “... A conduta humana pode sofrer os efeitos da ambiência

institucional, mas não pode excluir a vontade ética; a ação, mesmo em nome da instituição, será sempre uma ação

humana, com responsabilidade perante a Ética!”

• Ética na engenharia • Instrumento fundamental para a instauração de um viver em

conjunto, sem conflitos • Base para a construção de uma profissão respeitada pela sociedade • Contribuir para a qualidade de vida do próximo • Estabelecer normas de conduta entre as diversas engenharias

• 3. Ética profissional• Muitos autores definem a ética profissional como sendo um

conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão.

• Seria a ação “reguladora” da ética agindo no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão.

• Ela atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos nos referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos específicos.

• Acontece que, em geral, as profissões apresentam a ética firmada em questões muito relevantes que ultrapassam o campo profissional em si. Questões como o aborto, pena de morte, seqüestros, eutanásia, AIDS, por exemplo, são questões morais que se apresentam como problemas éticos - porque pedem uma reflexão profunda - e, um profissional, ao se debruçar sobre elas, não o faz apenas como tal, mas como um pensador, um "filósofo da ciência", ou seja, da profissão que exerce.

• Desta forma, a reflexão ética entra na moralidade de qualquer atividade profissional humana.

• Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na vida profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.

• A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.

Pensadores

Sócrates (470 – 399 a.C.)

- Fundador da Moral;

- Pensador da subjetividade: há diferença entre o que digo / faço e o que eu quero dizer / fazer.

“Se eu pudesse ensinar aos homens a ver clara e inteligentemente os resultados e a natureza de seus atos, talvez bastasse para fazê-los trilhar o reto caminho”.

Pensadores

Platão (428 – 347 a.C.)

- Felicidade e o sumo bem;

- O ideal buscado pelo homem é a assimilação de Deus (Leis);

- Vida divina: de contemplação filosófica e virtude.

“Deus é a medida de todas as coisas”

PensadoresAristóteles (384 – 322 a.C.)

- Ética a Eudemo: o objetivo da vida humana é o culto e a contemplação do divino;

- Ética a Nicômaco: a busca da felicidade e do prazer. “Os verdadeiros prazeres do homem são as ações conforme a virtude”.

Virtude “é um hábito adquirido, voluntário, deliberado, que consiste no justo meio em relação a nós, tal como o determinaria o bom juízo de um varão prudente e sensato, julgando conforme a reta razão e a experiência”

Pensadores

Kant (1724 – 1804)

Ética universal / Filosofia transcendental;

Motivo válido para a ação moral: porque é dever;

Imperativo categórico (Fundamentação da metafísica dos costumes)

“Devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que minha máxima se torne uma lei universal”

Pensadores

Max weber (1864-1920)

- Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo;

- A libertação dos valores e a construção de uma ciência empírica da realidade concreta;

- O crescimento econômico e o desenvolvimento ético estão dissociados.

Os fins a que se propõe a ética

Favorecer o relacionamento social, preservando-se a harmonia entre os homens;

Superar as diferenças existentes entre os indivíduos (fortalecer o senso de comunidade);

Reiterar que a ética individual não é definida apenas pelo critério da identidade do indivíduo, mas leva em conta as relações sociais;

Valorizar as ações humanas em conformidade com a escolha e os efeitos dela decorrentes;

Os fins a que se propõe a ética

Enaltecer a importância de investigação de princípios que disciplinam o comportamento humano, especialmente a respeito da essência das normas , valores, prescrições presentes em qualquer realidade social;

Lembrar que ao lado dos valores que atribuímos a nós existem os que as pessoas se atribuem;

Ética pressupões igualdade entre os cidadãos

Classificação da Ética Ética material: teoria moral fundamentada em princípios definidos de

maneira concreta, material e empírica, não importando se consistem em interesses individuais ou coletivos;

Ética formal: doutrina moral de Kant e de seus epígonos, caracterizada pela formulação de leis e imperativos morais que se fundamentam em formas universais e aprioríticas da razão sem ligação imediata com os valores;

Ética profissional: conjunto de regras de conduta moral, deontológica e científica dos profissionais;

Ética autônoma: doutrina ética que considera o ser humano um legislador livre e consciente do conjunto de normas e leis morais que adota em sua existência social, supondo a inexistência de condicionamentos extra-humanos ou involuntários de origem política, material ou divina.

ÉTICA

• A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por isso, “o agir” da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: “o que é” o homem e “para que vive”, logo toda capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética. (MOTTA, 1984, p. 69)

4. Individualismo e ética profissional• Parece ser uma tendência do ser humano, como tem sido

objeto de referências de muitos estudiosos, a de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos problemas.

• O valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance em face da comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito.

• Por outro lado, nos serviços realizados com amor, visando ao benefício de terceiros, dentro de vasto raio de ação, com consciência do bem comum, passa a existir a expressão social do mesmo.

• Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de grupo. Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com a sua comunidade e muito menos com a sociedade.

• Para ilustrar essa questão, citaremos um caso, muito conhecido, porém de autor anônimo.

• Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu trabalho. Entrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu salário; ao segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um que lhe disse: “Estou construindo uma catedral para a minha cidade”.

• A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho, como instrumento do bem comum.

• Como o número dos que trabalham, todavia, visando primordialmente ao rendimento, é grande, as classes procuram defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando o trabalho e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços. Isto porque ficam vulneráveis ao individualismo.

• A consciência de grupo tem surgido, então, quase sempre, mais por interesse de defesa do que por altruísmo.

• Isto porque, garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o individualismo pode transformar a vida dos profissionais em reciprocidade de agressão.

• Tal luta quase sempre se processa através de aviltamento de preços, propaganda enganosa, calúnias, difamações, tramas, tudo na ânsia de ganhar mercado e subtrair clientela e oportunidades do colega, reduzindo a concorrência. Igualmente, para maiores lucros, pode estar o indivíduo tentado a práticas viciosas, mas rentáveis.

• Em nome dessas ambições, podem ser praticadas quebras de sigilo, ameaças de revelação de segredos dos negócios, simulação de pagamentos de impostos não recolhidos, etc.

• Para dar espaço a ambições de poder, podem ser armadas tramas contra instituições de classe, com denúncias falsas pela imprensa para ganhar eleições, ataque a nomes de líderes impolutos para ganhar prestígio, etc.

• Os traidores e ambiciosos, quando deixados livres completamente livres, podem cometer muitos desatinos, pois muitas são as variáveis que existem no caminho do prejuízo a terceiros.

• A tutela do trabalho, pois, processa-se pelo caminho da exigência de uma ética, imposta através dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas devem ser condizentes com as diversas formas de prestar o serviço de organizar o profissional para esse fim.

• Dentro de uma mesma classe, os indivíduos podem exercer suas atividades como empresários, autônomos e associados. Podem também dedicar-se a partes menos ou mais refinadas do conhecimento.

• A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se agressiva e inconveniente e esta é uma das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase sempre buscam maior abrangência.

• Tão poderosos podem ser os escritório, hospitais, firmas de engenharia, etc, que a ganância dos mesmos pode chegar ao domínio das entidades de classe e até ao Congresso e ao Executivo das nações.

• A força do favoritismo, acionada nos instrumentos do poder através de agentes intermediários, de corrupção, de artimanhas políticas, pode assumir proporções asfixiantes para os profissionais menores, que são a maioria.

• Tais grupos podem, como vimos, inclusive, ser profissionais, pois, nestes encontramos também o poder econômico acumulado, tão como conluios com outras poderosas organizações empresariais.

• Portanto, quando nos referimos à classe, ao social, não nos reportamos apenas a situações isoladas, a modelos particulares, mas a situações gerais.

• O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um número expressivo de pessoas e até, através delas, influenciar o destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de minorias poderosas, preocupadas apenas com seus lucros.

• Sabemos que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os interesses de uma classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas, porque estas devem estar apoiadas em princípios de virtude.

• Como as atitudes virtuosas podem garantir o bem comum, a Ética tem sido o caminho justo, adequado, para o benefício geral.

• Egresso de uma vida inculta, desorganizada, baseada apenas em instintos, o homem, sobre a Terra, foi-se organizando, na busca de maior estabilidade vital. Foi cedendo parcelas do referido individualismo para se beneficiar da união, da divisão do trabalho, da proteção da vida em comum.

• A organização social foi um progresso, como continua a ser a evolução da mesma, na definição, cada vez maior, das funções dos cidadãos e tal definição acentua, gradativamente, o limite de ação das classes

c) Tarefas da Éticac) Tarefas da Ética- Principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da

humanidade.

- Sem ética, ou seja, sem a referência a princípios humanitários fundamentais comuns a todos os povos, nações, religiões etc, a humanidade já teria se despedaçado até a auto-destruição.

- Ethos: ética em grego. Designa a morada humana. Significa tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma morada saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda.

3. Moral absoluta ou relativa• Os preceitos éticos são imperativos• Para serem racionalmente aceitos pelos seus destinatários, estes

precisam acreditar que eles derivem de uma justificativa consistente. • Norma moral– valor objetivo?.• Norma – fixada arbitrariamente?.• Norma – válida para todos e em todos os tempo e lugares?.• Norma – validade condicionada?.

• Tem-se duas posições antagônicas> uma absolutista e apriorista e outra relativista e empirista.

• A relativista e empirista> a norma ética é puramente convencional e mutável. O conhecimento da norma ética é empírica. Defende a existência de várias morais, do subjetivismo.

• A absolutista e aprioristica> a validez é atemporal e absoluta. Proclama o conhecimento da norma ética a priori. Defende a existência de uma moral universal objetiva.

• Para os absolutistas, cada ser humano é dotado de algo natural que o predispõe ao discernimento do que é certo e errado em termos éticos.

• Para os absolutistas não se poderia falar do bem e do mau, da virtude e do vício, se não houvesse a consciência humana, aquela que é capaz de intuir o que vale.

• Já os relativistas entendem não haver sentido falar em valores à margem da subjetividade humana.

• O bom e o mau não significam algo que valha por si, mas são palavras cujo conteúdo é condicionado por referenciais de tempo e espaço.

• Na verdade, o bem é fruto da criação subjetiva e a norma moral é mero convencionalismo.

• O resultado dessa contraposição de idéias é que a tese objetivista conduz à conclusão de que não há criação nem transmutação de valores, senão descobrimento ou ignorância dos mesmos. Os valores não se criam, nem se transformam, se descobrem ou se ignoram.

• Sendo assim, o desafio da ética é elaborar no homem o órgão moral que torna possível tal descobrimento.

• Ao contrário, a tese subjetivista, postula a autêntica criação de valores por vontade dos homens.

• Os homens criam valores à medida do necessário ou do oportuno.

4. A classificação da ética• 4.1 Ética empírica• 4.2 Ética de bens ou material • 4.3 Ética formal• 4.4 Ética valorativa

ÉTICA MATERIAL (4.1 Ética empírica 4.2 Ética de bens ou material )

Enquanto a Ética procura conceituar

• O que é DEVER;

• O que é DIREITO;

• e suas características e consequências;

A ÉTICA MATERIAL trata da aplicação destes conceitos à vida dos seres humanos.

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ÉTICA MATERIAL O estudo da Ética Material considera os deveres em dois grandes grupos:

•Ética PessoalÉtica Pessoal;

•Ética Social.Ética Social.

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ÉTICA PESSOALDEVERES PARA CONSIGO MESMO:

Deveres Corporais

•Temperança:Temperança:

•Interdição ao Suicídio:Interdição ao Suicídio:

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ÉTICA PESSOALDEVERES PARA CONSIGO MESMO:

Deveres Espirituais

•Inteligência:Inteligência:

•Vontade:Vontade:

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ÉTICA PESSOALPARA COM O PRÓXIMO:

Deveres Justiça

•Respeito:Respeito:

•Caridade:Caridade:

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ÉTICA PESSOALPARA COM O DEUS:1. 1. FÉ FÉ :•FÉ é o estado de espírito que sustenta a ESPERANÇA.•FÉ seria a certeza de uma possibilidade real acerca de algo.•A fé é racional enquanto resultado da atividade interior do indivíduo.•Em termos de dever pessoal, a fé assume o significado de crença em determinado valor (Deus), adotado como norteador de conduta.•Assim, culto e oração são formas de lidar respeitosamente com este valor.

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ÉTICA SOCIAL1. 1. SOCIEDADE SOCIEDADE :•União moral de seres humanos visando um fim comum.•A cada tipo de sociedade correspondem deveres que levam o mesmo nome.•O tipo de sociedade sempre dependerá do objetivo que se pretendeu alcançar com sua constituição.

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ÉTICA SOCIALSOCIEDADE DOMÉSTICA•1. Deveres conjugais1. Deveres conjugais: lealdade, amor e assistência mútua.•2. Deveres paternais2. Deveres paternais: assistência à prole (moradia, alimentação, saúde, educação, lazer).•3. Deveres filiais3. Deveres filiais: respeito, obediência, amparo na velhice e na doença.•4. Deveres fraternais4. Deveres fraternais: auxílio mútuo, assistência aos mais novos ou incapazes, substituição dos pais na falta dos mesmos.

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ÉTICA SOCIALSOCIEDADE CIVIL•Sociedade Econômica: Tem o dever de encontrar soluções para o problema das desigualdades.

•Solução liberal: laissez-faire • As leis de mercado são imutáveis: livre iniciativa e

concorrência.

•Solução socialista:• Proibição da livre iniciativa• Estatização dos meios de produção (socialismo)• Proibição da propriedade individual (comunismo)• Confederação de operários (sindicalismo)

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ÉTICA SOCIALSOCIEDADE CIVIL•Sociedade Econômica: Tem o dever de encontrar soluções para o problema das desigualdades.

•Solução liberal: laissez-faire • As leis de mercado são imutáveis: livre iniciativa e concorrência.

•Solução socialista:• Proibição da livre iniciativa• Estatização dos meios de produção (socialismo)• Proibição da propriedade individual (comunismo)• Confederação de operários (sindicalismo)

•Solução cristã: princípios éticos• Salários justos• Participação nos resultados• Estímulo às associações profissionais

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ÉTICA SOCIALSOCIEDADE CIVIL•Sociedade Política: Tem o dever de garantir condições de vida em sociedade:

• Respeito à dignidade humana• Busca do bem comum• Justiça e liberdade como norteadoras de decisões.

•Sociedade Religiosa: Tem o dever de auxiliar o homem em suas questões espirituais; com frequência, ultrapassa os deveres de natureza religiosa para intervir nas sociedades política e econômica

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• 4.1. Ética empírica

• Devemos partir da distinção feita por Kant entre filosofia pura e filosofia empírica.

• Da distinção entre conhecimento puro e conhecimento empírico. • Podemos afirmar que todos os nossos conhecimentos têm origem em

nossa experiência. • Porém, embora o conhecimento se inicie na experiência, ele precisa,

para se tornar de fato "conhecimento", que nossa própria mente lhe adiciona.

• É preciso portanto, em primeiro lugar, separar esses dois elementos, ou seja; por um lado o que é recebido dos sentidos e pelo outro o que é adicionado pela razão.

• Esse conhecimento independente dos sentidos é chamado "a priori" (diferente dos empíricos, chamados "a posteriori").

• A ética empírica é observada e constatada com a prática.

• A ética empírica é aquela que nega a ética absolutista ou apriorista.

• Logo, "a priori" não é um conhecimento que vem "antes da experiência", mas sim um que vem "independente da experiência".

• A ética empírica é aquela que deriva seus princípios da observação dos fatos.

• O homem deve ser como naturalmente é, e não deve se comportar como queiram que ele seja.

• Suas características são a subjetividade e a conotação utilitarista.

• A ética empírica procura sempre o valor útil para cada indivíduo.

• Com relação a subjetividade: não há uma moral universal, única, apriorista.

• Varia a conduta humana de acordo com o tempo e as circunstâncias e, assim, o bom é determinado estrito de tempo, de lugar etc.

• O empirismo deságua no relativismo, não é possível uma moral universal e valores axiológicos absolutos.

• Vai-se ao subjetivismo, uma das principais variantes da ética empírica.

• Se idéias morais variam de indivíduo para indivíduo ou de sociedade a sociedade, o bem e o mal carecerão de existência objetiva, já que dependem dos juízos estimativos dos homens.

• Assim aparecem, por um lado, o subjetivismo ético individualista e, por outro, o subjetivismo ético social, também chamado antropologismo ou subjetivismo ético específico.

Portanto o CONCEITO É:

É aquela que pretende derivar seus princípios da observação dos fatos para orientar e entender o comportamento humano.

Não questiona o que o ser humano “deve fazer”, mas examina o que “o ser humano normalmente faz”.

Para os empiristas, se nada é absolutamente bom, o mais conveniente é procurar condutas que pareçam mais benéficas à sociedade e ao indivíduo, fazendo do útil o preceito moral supremo.

• A partir dessas constatações, é fácil chegar ao ceticismo ao niilismo.

• Algo que é bom para um não é para outro, o bem nada significa e a moral é produzida pela convenção arbitrária.

• Não há sentido em formular juízo estimativo ou estabelecer valores com pretensão de objetividade.

• Se nada é absolutamente bom, o conveniente é procurar condutas que pareçam mais benéficas à sociedade e ao indivíduo, fazendo do útil o preceito moral supremo.

CLASSIFICAÇÃOA Ética Empírica pode ser enfocada em quatro configurações:

• 4.11.Ética Anarquista• 4.1.2.Ética Utilitarista• 4.1.3.Ética Ceticista• 4.1.4.Ética Subjetivista

• Temos uma tríplice configuração da ética empírica: a anarquista, a utilitarista e a ética ceticista.

4.1.1. A ética anarquista: •A anarquia repudia toda norma ou valor.

•Direito, moral, convencionalismo sociais, religião, tudo constitui exigências arbitrárias.

•As leis não são legítimas, sejam morais ou jurídicas.

•É uma doutrina egoísta.

•Prepondera a vontade humana, e esta varia de pessoa para pessoa.

ÉTICA ANARQUISTA William Godwin

(03/03/1756 - 07/04/1836)

o Foi um jornalista inglês, filósofo político e novelista.o Livros: Inquérito acerca da justiça política (1793), As coisas

como elas são ou As aventuras de Caleb Williams (1794).o Seus discípulos: Victor Yarros e Henry.

• Vai prevalecer a decisão do mais forte.

• O anarquismo tem uma tendência hedonista: buscar o prazer e evitar a dor.

• Quando o prazer é encontrado no fazer o bem do outro, o essencial é a obtenção do conforto pessoal. Egoísmo disfarçado de altruísmo.

• O anarquismo na modernidade se apresenta como anarquismo individualista e como anarquismo comunista ou libertário.

• Os dois coincidem em dois pontos: 1. liberdade absoluta e a aspiração suprema do indivíduo; 2. toda organização política deve desaparecer, por contrariar as exigências da natureza.

• PRINCÍPIO BÁSICO: • Os dois postulados derivam do mesmo princípio: só tem valor o que

não contraria as tendências e impulsos naturais.

• A ordem jurídica, como organização social de tipo coercível, se opõe à liberdade e representa, por isso, um mal que deve ser combatido.

• Diferença entre individualistas e comunistas: na escolha do método na luta contra o Estado.

• O primeiro, acredita no progresso lento e gradual da razão, para superar o Estado.

• O segundo, pela violência, superar o Estado.

• Para os comunistas, a propriedade privada tende a desaparecer. A natureza não destinou seus bens a quem quer que seja. Tudo é comum e deve ser de todos.

• Os homens viveriam em regime de cooperação espontânea, visando ao mais completo desenvolvimento da individualidade, unido ao desenvolvimento mais completo da associação.

• Os individualistas não negam a propriedade privada, mas negam o associativismo.

• Se equivocam os anarquistas quando acreditam existir uma liberdade natural. Pois na vida em me sociedade, a liberdade é um direito.

• Não existe direito sem um sistema normativo e provido de força capaz de assegurá-lo, quando quem quer que seja pretenda vulnerá-lo.

4.1.2. A ética utilitarista: •É bom o que é útil.•A conduta ética desejável é a conduta útil.•A utilidade, porém, e um mero atributo de um instrumento. Ex.uma faca é útil se corta.

ÉTICA UTILITARISTA Jeramy Bentham

(15/02/1748 - 06/06/1832)

o Foi um filósofo e jurista inglês.o Livros: Um fragmento sobre o governo (1776), Uma

introdução aos princípios da moral e da legislação (1789).o Seus discípulos: John Stuart Mill e James Mill.

ÉTICA UTILITARISTA

Principio básico• É bom o que é útil (“A felicidade é o único fim da ação humana e sua

consecução o critério para julgar toda conduta”. J. S. Mill)

• O utilitarismo é a doutrina que defende a moral pela utilidade ou bem-estar do indivíduo ou da coletividade.

Característicaso Os fins justificam os meios;

OBS. O utilitarismo pode ser aceito se entendido como o emprego dos meios (eticamente válidos), para a obtenção de fins moralmente valiosos.

• A eficácia técnica dos meios não correspondem ao valor ético dos fins.

• Os meios mais úteis, podem estar a serviço de um fim nefasto. Ex. a arma que é útil para cortar um pedaço de carne, também é útil para ser usada para esfaquear uma pessoa.

• No exemplo acima, vimos que o meio possui igual eficácia, e sua utilidade é alheia à significação dos desígnios que serve.

• O estudo do utilitarismo permite entender a falácia que é a afirmação: os fins justificam os meios.

• A teoria da moral utilitarista só é aproveitável se conciliada com a teoria das finalidades úteis.

• A teoria utilitarista de MILL, não concerne unicamente aos meios, mas remete a uma verdadeira ética de fins. Vejamos:

• A doutrina utilitarista afirma que a felicidade é desejável, a única coisa desejável como fim; sendo todas as demais desejáveis só como meios para esse fim.

A felicidade é o único fim da ação humana e sua consecução o critério para julgar de toda conduta; donde necessariamente se segue que tem que ser o critério da moralidade, já que a parte encontra-se incluída no todo.

•O utilitarismo tem sentido na vida moral, se entendido como prudente emprego dos meios aptos à consecução de fins moralmente valiosos.

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PERFECCNISMO

O perfeccionismo afirma que o moral está na plena realização da essência humana, na perfeita condução, segundo a natureza racional do homem. Era essa a opinião de Aristóteles.

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NATURALISMO

O naturalismo prega o pleno desenvolvimento de todas as inclinações e impulsos da natureza humana, como fato de moralidade.

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EVOLUCIOSNISMO

O evolucionismo afirma que o progresso da humanidade é o fim determinante da moralidade. A ética religiosa afirma que a moralidade está na conformidade com a vontade de Deus, e o mal é rebelar-se contra essa vontade.

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INDIVIDUALISMO X UNIVERSALISMO

Outra divisão, que se pode fazer sobre a ética dos bens, consiste em fundá-la no destino que se dê aos bens ou fins a que se aspira: se tendem para o individuo temos o individualismo, se para a comunidade, temos o universalismo. O individualismo é egoísmo, quando o que atua quer ser útil a si mesmo; é altruísmo, quando quer favorecer a outros. Por isso, pode haver um individualismo altruísta, quando se destinam aos indivíduos da coletividade os bens ou fins desejados.

Critica-se a ética dos bens, em todas as suas tendências, porque não explica a moral, por já a aceitar previamente como dada.

•4.1.3.A ética ceticista• O cético não acredita em nada.

ÉTICA CETICISTA

Principio básico• Não se pode dizer com certeza o que é certo ou errado, bom

ou mau, pois ninguém jamais será capaz de desvendar os mistérios da natureza.

ÉTICA CETICISTA

Características• Na dúvida, o cético não nega, nem afirma: não julga, abstém-

se de tomar uma atitude (o que já é uma atitude).• Dizem que não crêem em nada (o que é falso, pois se fossem

coerentes duvidariam até desta afirmação);• Na realidade os céticos históricos não pregavam o ceticismo

absoluto: admitiam valores como a dignidade do trabalho, acolhimento das leis locais, satisfação moderada das necessidades.

• Nomes: Carneadas (214 -129 a. C.)

ÉTICA CETICISTA Pirro de Élis

(360 a.C. – 270 a. C.)

o Foi um filósofo grego, considerado o primeiro filósofo cético e fundador da escola conhecida por pirronismo.

o Seus discípulos: Timon de Fliús e Diógenes Laércios.

• A dúvida não implica o conhecimento, é mera suspensão de juízo. O cético não é o que nega, nem o que afirma, senão o que se abstêm de julgar.

• É preciso distinguir a dúvida metódica (Sócrates), da dúvida sistemática.

• Utilizada como método, a dúvida serve como eliminação de possíveis erros. É uma atitude provisória. Uma provisória transição de juízo, por segurança.

• A dúvida sistemática é própria dos ceticistas, que duvidam de tudo e de forma permanente.

• Os céticos declaram não crer em nada, e aqui já erram, pois se fossem verdadeiramente céticos, duvidariam até das própria afirmação. Isso implicaria uma regressão infinita.

• Outro problema, o ceticismo pode sustentar uma negação permanente em teoria, mas na prática cairia em uma paralisação completa.

• No aspecto moral, na dúvida entre o certo e o errado, nada se faria. Mas nada fazer já é uma atitude, sendo assim, fica impensável uma atitude cética no campo prático.

• Na verdade, os céticos não pregavam o ceticismo absoluto. Admitiam a existência de alguns valores e a necessidade de uma moral.

• As lições de Sexto Empírico demonstram que ele aceitava algumas regras propiciadoras de uma relativa felicidade.

• A) Seguir as indicações da natureza.

• B) Ceder aos impulsos das disposições passivas: o cético só come se tem fome, só bebe se está sedento.

• C) Submeter-se às leis e costumes do país onde vive.

• D) Não permanecer inativo e cultivar alguma das artes.

• Estas regras se fundam em critérios axiológicos> a primeira, de que é valioso o que tem origem natureza. A segunda, de que as necessidades humanas devem ser satisfeitas com moderação. A terceira de que as leis de um país merecem serem acatadas. A quarta condena a inatividade e valoriza o trabalho.

• A conclusão é de que, mesmo quando se nega, teoricamente a existência de critérios sólidos de certeza, na prática se admite a existência da moral e se prega que há formas de vida que devem ser evitadas, e outras que devem ser seguidas.

•4.1.4.A ética subjetivista• Consiste em cada um adota para si a conduta ética mais conveniente

com a sua própria escala de valores.

• Existe o subjetivismo individualista e o social.

ÉTICA SUBJETIVISTA Protágoras

(480 a.C. – 410 a.C.)

o Foi um Sofista grego.o Obras: "As Antilogias" e "A Verdade”.o Seus discípulos: Péricles e Eurípedes.

• A origem do subjetivismo está em Protágoras, para quem o homem é a medida de todas as coisas, da existência das que existem, e da não existência das que não existem.

• Cada homem é a medida do real.

• A verdade não objetiva, mas há tantas verdades quanto homens.

• O que é verdade para um, pode não ser para o outro.

• A teoria de Protágoras conduziria ao AGNOSTICISMO.

• Todas as opiniões seriam igualmente verdadeiras e se tudo é verdade, nada é certo, pois o que a um parece evidente, a outro pode parecer falso.

• Aplicando à ordem moral, terá valor para um indivíduo, aquilo que ele entender como valioso.

• Cada homem é a medida do bem e do mal.• O subjetivismo está por tudo, não só moral e

epistemológico, mas estético, religioso, jurídico e etc.• O chamado subjetivismo ético social, pretende ser uma

teoria objetiva, pois os valores éticos são produzidos pelo coletivo.

• Aqui há uma confusão, pois se pensa que a objetividade é um critério estatístico, o critério do valor ou da verdade é a quantidade, a maioria.

ÉTICA SUBJETIVISTA

Principio básico• “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são,

enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são.“ (Protágoras)

CaracterísticasÉtica Subjetivista Individual• Nesta ética cada qual adota a conduta mais conveniente com sua

própria escala de valores;• Certo e o errado devem ser avaliados em função das necessidades

do homem;• Não existe um critério objetivo, seguro de avaliação pois esta varia

com o sujeito: Todas as opiniões seriam verdadeiras ou falsa. Não haveria ciência.

• Nomes: Protágoras (c. 487 -420 a.C.)

ÉTICA SUBJETIVISTA

Ética Subjetivista Social ou Específica• Nesta ética o certo, bom, justo, verdadeiro, etc. são obtidos por

apreciação coletiva, por indicação da sociedade. • Não existe um critério objetivo, seguro de avaliação pois esta varia

conforme o grupo focalizado.• Todas as opiniões seriam verdadeiras ou falsas Não haveria ciência.• Nomes: Durkheim, Bouglé (Sociológos Franceses)

OBS.1. Como a sociedade define o que é bom, têm-se a possibilidade de que

ela chancele um erro pois a verdade não é definida estatisticamente (as sociedade nazista, faxista, canibais convivem com seus erros éticos).

2. O Subjetivismo ético (Individual ou Específico) originam o relativismo.

• Os representantes do subjetivismo ético social: DURKHEIN E BOUGLÉ.

• O problema do subjetivismo, individual ou ético específico, vai para um relativismo absoluto.

• É fácil concluir que o relativismo absoluto não pode presidir as relações humanas, seja na esfera moral, seja na esfera jurídica.

•4.2 A ética dos bens• Ao contrário do relativismo, defende a existência de um valor

fundamental denominado bem supremo.

POR QUÊ ÉTICA DOS BENS?Também conhecida como ética dos fins, defende a existência de um

valor fundamental, denominado bem comum.

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• Parte da estrutura teleológica do atuar humano. • O que significa? A criatura humana é capaz de e propor fins,

eleger meios e colocar em prática os últimos, para alcançar os primeiros.

• O supremo bem da vida consistirá na realização do fim próprio da criatura humana.

• Para estabelecer a hierarquia dos fins, basta verificar qual deles pode ser, simultaneamente, fim e meio para a obtenção de outro fim. Quando se se defronta com um bem que não pode ser meio de qualquer outro, então esse é o bem supremo.

POR QUÊ ÉTICA DOS BENS?

A criatura humana é capaz de propor fins, eleger meios e colocar em prática os últimos, para alcançar os primeiros.

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PRINCÍPIOS:

Há um bem supremo fundamental.

Trabalha-se para consecução dos bens da vida.

A vida é um caminho rumo a um objetivo.

Esse objetivo, na hierarquia dos bens é o que se chama de bem supremo.

Luta-se para atingir um ideal e este é o sentido da existência.

Quando alguém se defronta com um bem que não pode ser meio para nenhum outro, esse é o seu bem supremo.

O ser humano tem fins superiores que orientam o comportamento humano.

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Há posições que diferem qual é o bem supremo que deve orientar o comportamento humano. São eles:

•Eudemonismo; •Idealismo ético; •Hedonismo;•Utilitarismo;•Perfeccionismo;•Naturalismo;•Evolucionismo;•Individualismo X Universalismo.

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• Divisão da ética dos bens: • A) Eudemonismo, idealismo ético e hedonismo: Eudemonmismo,

deriva de eudemonia, felicidade. Para essa concepção há uma tendência inata no homem para a felicidade, e segundo Aristóteles, a felicidade é o bem supremo, é um fim que não possui um caráter de meio.

• Todos os outros bens da vida podem ser meios para a obtenção que é o eternamente desejado em si, e que não se converterá jamais em meio.

Os primeiros hedonistas de que se tem notícia, organizados em Escola, são os cirenaicos. A Escola Cirenaica foi fundada, segundo alguns, por Aristipo de Cirene (c. 435-365 a.C.), segundo outros pelo seu neto e seu homónimo. A preocupação fundamental desta escola era a da busca do prazer, essencialmente o físico, uma vez que considerava esse superior ao prazer intelectual. Esta era a orientação original desta escola, mas de seguida houve divergências e a orientação é reformulada até um ponto tal em que essas conclusões tardias levaram a contradições com a ambiência inicial: o próprio Aristipo chega a afirmar que o homem deve ser o dominador do prazer e não o contrário.

O epicurismo - movimento fundado por Epicuro (341-271 a.C.) - é já a orientação do hedonismo num outro sentido, menos radical e individualista do que o primeiro.A principal preocupação do epicurismo é a ética, num sentido aproximado da ética cirenaica. O epicurismo considerava também que o objetivo supremo do homem era o prazer, mas entendendo que este se conquistava através da capacidade de superar a dor e que a felicidade não está necessariamente no prazer imediato, pois há prazeres estáticos e outros em fugazes: os primeiros são enganadores e os segundos são os que se deve buscar.

A moral utilitarista de Jeremy Bentham é outra forma de hedonismo, considerando que moral é tudo o que seja útil e que é útil tudo o que traga benefícios (prazer, felicidade).

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EUDEMONISMO Deriva de eudemonia, em grego felicidade. Para elas a tendência à felicidade é inata do homem, ela é bem supremo. Todos os outros bens da vida podem ser meios de obtenção daquele que é o eternamente apetecível em si. Tem como fim a felicidade espiritual, o estado de contentamento da alma. Foi essa doutrina defendida por Sócrates.

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HEDONISMO

Para o hedonismo, a felicidade está no prazer. Seja ele prazer sensual, seja a fruição da tranquilidade extraída do deleite, no exercício de atividade intelectual ou artística.

Essas três formas puras podem se combinar para surgir às formas mistas:

•Eudemonismo idealista: a felicidade é o fim supremo, mas o caminho único a atingi-lo é a virtude;

•Eudemonismo hedonista: elege a felicidade como fim, mas o prazer como meio.

191

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IDEALISMO ÉTICO

Para o idealismo, a finalidade última do homem é a prática do bem. O estóico não espira ser feliz, mas ser bom. A virtude é fim e não meio. Impõe-se à criatura ser virtuosa, ainda que isso não extraia prazer algum.

• O idealismo: a finalidade última do homem é a prática do bem. Os estóicos, por exemplo, não aspira a ser feliz, mas a ser bom. A virtude é um fim, não um meio. Impõe-se à criatura ser virtuosa, ainda que disso não extraia prazer algum.

• Já para o hedonismo, a felicidade está no prazer. Seja ele o prazer sensual, seja a fruição da tranqüilidade extraída do deleite, no exercício de atividade intelectual ou artístico.

• O hedonismo elegeu a felicidade como fim, mas o prazer como meio.

ÉTICA SOCRÁTICA

Sócrates foi um dos primeiros pensadores preocupar-se com uma filosofia moral. Buscava especialmente chegar a uma definição do que era o bem e o mal.

ÉTICA SOCRÁTICA

“Conhece-te a ti mesmo”;

Virtude e Justiça.

ÉTICA SOCRÁTICA

Sócrates dedica sua a vida a esta instrução, a ajudar os homens a conhecerem a si mesmo para que possam praticar a virtude, fazer o bem.

ÉTICA SOCRÁTICA

O bem e a virtude proporcionam felicidade autêntica.

Relação entre o saber e o bem, o mal e a ignorância.

Sócrates não deixou nada escrito. Seus diálogos foram registrados por Platão.

Ética Socrática

• b) A Ética Socrática:

• Para o autor o verdadeiro objeto do conhecimento é a alma humana.

• A bondade é resultado do saber.

• Para alguém ser feliz, precisa ser bom, e para ser bom é preciso ser sábio.

• Aquele que encontrou a verdade oculta em sua alma sente-se obrigado a ajustar com ela sua conduta. Assim o conhecimento do bem determina a prática da virtude.

• Não existe pessoas más, senão extraviadas.

• A maldade é produto da ignorância.

• O aperfeiçoamento não se consegue sozinho, é na convivência comunitária. Porque o homem é um ser social.

• Entre ética e política existe uma correlação íntima: o homem perfeito não é unicamente o homem bom, mas o bom cidadão.

• Para Sócrates o conhecimento do bem se identifica com a prática da virtude. Quem sabe a verdade, age bem.

• A Ética de Sócrates é de direito natural; no fundamento das normas positivas há leis não escritas (= ágrafoi nómoi).

• Para Sócrates a lei moral é natural, brotando da mesma natureza como uma sua propriedade. Não resulta de uma ordem dogmática posterior exterior emitida, ou por Deus, ou pelos homens.

• A análise das coisas e das operações humanas mostram que nenhum homem pode senão querer o bem e mesmo quando quer o mal, procura-o na suposição de buscar um bem.

• A ética socrática é finalistica (ou teleológica) como se depreende dos textos platônicos Apologia e Eutifron, como ainda das informações vindas de Xenofonte.

• Concretamente a finalidade última dos atos humanos, de acordo com Sócrates, é a felicidade.

• Provou Sócrates seu eudaimonismo ético por meio de análise aplicada ao desejo humano; este não se dirige para o mal. Orienta-se para o bem, desde que o conheça. Desta adesão e conquista resulta o estado psíquico da felicidade.

• c) A ética Platônica:

• Decorre a ética coerentemente do sistema geral do platonismo, essencialmente exemplarista, em virtude do qual nada se cria senão tendo as idéias reais separadas como arquétipos.

• Estes arquétipos são a finalidade a executar, inclusive na ação.

• Por isso, a ação tem um caminho previamente traçado o que implica em uma obrigação ética.

Pensadores

Platão (428 – 347 a.C.)

- Felicidade e o sumo bem;

- O ideal buscado pelo homem é a assimilação de Deus (Leis);

- Vida divina: de contemplação filosófica e virtude.

“Deus é a medida de todas as coisas”

• Platão, ao estabelecer as idéias reais, de variada espécie, se referiu especialmente à idéia do bem.

• E assim também a idéia do bem é um arquétipo, segundo qual se processa toda ação.

• Depende, pois, a ética de Platão da existência de um arquétipo denominado o bem.

• É possível sintetizar a idéia do bem, com a do ser simplesmente e então dizer que há um fundamento ontológico para a ética platônica. A ação enquanto realiza mais ser, se subordina ao que o ser necessariamente é.

A ÉTICA PLATÔNICA

• Os três eixos centrais que comandam a ética platônica• As obras de Platão têm um profundo sentido ético,

ensinam o homem a desprezar os prazeres, as riquezas e as honras, as renúncias aos bens do corpo, desse mundo e a praticar a virtude:• Sua ética tem como eixos centrais a Justiça na ordem individual e social na

prática da virtude;• As Virtudes humanas;• A Ordem Política presididas pela Justiça e a Transcendência do Bem,

fundamento seguro e inabalável da conduta humana e da distinção entre o bem e o mal.

205

• Como todas as éticas do ser, também a de Platão depende de como traçar os caminhos do ser nos seus mais variados detalhes, os quais serão as suas leis e os quais, depois de cumpridos com habitualidade, constituem as respectivas virtudes.

• Ainda que Platão não tenha utilizado esta linguagem, pode-se distinguir em seu sistema entre fundamento próximo e remoto da obrigação ética, ou da eticidade.

• O fundamento próximo está no ser de cada indivíduo, o qual já obedece ao parâmetro remoto, e por isso diretamente revela qual o fim realizado, e em potencial ainda revela o que lhe falta para atingir a plenitude.

• Mas, o fundamento remoto é a mesma idéia real, que tudo contém e na qual tanto o Demiurgo viu como fez a obra e ainda deverá ver o indivíduo aquilo que falta para a plenitude.

• É possível falar na ética de Platão em um fim externo da criatura em relação a Deus, e em um fim interno da criatura em relação a si mesma.

• Cabendo a Deus agir por primeiro, está seu objetivo em primeiro

lugar; no caso seria difundir a si mesmo, isto é, sua glória (a glória é um brilho da obra em favor do criador).

• Pode-se prever esta tese em Platão cujo Demiurgo tem, por objetivo refletir no mundo o bem e a harmonia, como reflexo das idéias reais. Neste sentido, em primeiro lugar, já antes da felicidade interna da criatura, valeria o objetivo do Demiurgo.

• No fim último externo se encontra o fundamento do culto religioso; mas este aspecto não foi claramente explorado por Platão.

• Estabeleceu Platão, como Sócrates, a felicidade como fim do homem. A vontade se inclinaria essencialmente para o bem, como o seu objeto adequado. Impossível querer o mal diretamente (Ménom 77). Dito com mais precisão , a felicidade, pela conquista do bem, é o fim último interno do homem.

• Distingue Platão entre felicidade e prazer (Filebo 11 b). Referindo-se a felicidade à inteligência e o prazer aos sentidos.

• Desde logo, pois, refuta a tese cirenaica de que o prazer sensível é o único fim. Mas não e exclui a felicidade os prazeres da sensibilidade; estes são honestos desde que subordinados harmonicamente. Estabeleceu, portanto Platão, como Sócrates, uma hierarquia de valores morais (Filebo; Leis 717, 718).

• Ocorrem três graus, de prazeres e felicidade, a saber, pela via ascendente: os prazeres do coração, já menos fugazes; os prazeres procurados pela opinião e pela inteligência.

• O caráter pouco propício aos sentidos, resultantes da doutrina

das idéias e da separação entre corpo e alma, apenas extrinsecamente unidos, dá à ética de Platão um feitio anti-humanista e pouco grego.

• Com uma notável aproximação das práticas órficas, a ética de

Platão descreve pitorescamente o verdadeiro filósofo como um "forasteiro" (Teeteto 174), que ao passar por esta vida terrestre, pouco se interessa pelo que se lhe apresenta.

A ÉTICA PLATÔNICA

• O que Platão entende por virtude e, acima de tudo, por Justiça? • Platão analisa o comportamento do homem justo e o do homem

injusto, comparando-os e, a partir, desse confronto, descreve suas virtudes e a tipologia das almas.

• Não há uma definição fechada de justiça, mas sim, uma crença que cada um tem de desenvolver suas próprias aptidões, o seu comportamento e suas virtudes para conseguir atingir a felicidade e determinar sua postura ética que o direciona para a construção de um estado justo e perfeito.

212

A ÉTICA PLATÔNICA

• O que tem a Justiça a ver com a Polis? • O Governante perfeito seria aquele que tivesse uma forte

instrução filosófica, isso é embasado na teoria do conhecimento, que, para ele, tem fins morais.

• Acreditava que existiam três tipos de virtudes baseadas na alma, que corresponderiam aos estamentos da polis: • A sabedoria, na figura do governante, pois este possui caráter

de ouro e usa a razão; • A coragem, simbolizada pelos soldados ou guardiões da polis,

pois sua alma de prata é imbuída de vontade • A temperança, os trabalhadores, pois sua alma de bronze

orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis.

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214

• Virtudes cardeais. Estabeleceu Platão uma divisão geral da virtudes (República 410), em quatro fundamentais, que mais tarde serão chamadas, por Santo Ambrósio, virtudes cardeais, isto é, chaves das demais.

• Esta classificação obedece a um princípio, em que a cada parte da alma corresponde uma virtude principal. Portanto, uma para a razão, outra para a vontade, outra para o impulso sensível, finalmente ainda uma outra para o controle das partes entre si.

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VIRTUDES CARDEAIS

Virtudes cardeais quer dizer virtudes centrais, fundamentais, orientadoras. É o mesmo que virtudes morais. São quatro como quatro são os pontos cardeais, as estações do ano, os lados da cruz, os alicerces da casa, os pés da mesa e da cama.

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VIRTUDES CARDEAIS

Platão (429-347 a.C.): Desenvolve a doutrina de Sócrates. Apresenta a virtude como meio para atingir a bem-aventurança. Descreve as quatro virtudes cardeais: a sabedoria, a fortaleza, a temperança e a justiça.

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VIRTUDES CARDEAIS1 - Prudência É o reto agir, o bom senso, o equilíbrio. Cuida do lado prático da vida, da ação correta e busca os meios para agir bem. Prudência é o mesmo que sabedoria, previdência, precaução. É pessoa que abandona as preocupações e abraça as soluções. Deixa as ilusões e opta pelas decisões. Rejeita as omissões e se empenha nas ocupações. A prudência coloca sua atenção na preparação dos fatos e eventos e nunca na precipitação nem no amadorismo ou improvisação. Ciência sem prudência é um perigo.

• Virtudes cardeais.

• A prudência, denominada também sabedoria ( ), é a virtude da parte racional.

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VIRTUDES CARDEAIS

2 – TemperançaA temperança, também chamada autodomínio, medida,

moderação ( ), é a virtude da vida impulsiva, instintiva, ou sensível, refreando os prazeres corporais.

É o auto-controle, auto-domínio, renúncia, moderação. A temperança ordena afetos, domestica os instintos, sublima as paixões, organiza a sexualidade, modera os impulsos e apetites. Abre o caminho para a continência, a castidade, a sobriedade, o desapego. É próprio da temperança o cuidado conosco mesmo, com os outros e com a natureza. A temperança não permite que sejamos escravos, mas livres e libertadores e nos encaminha para o cumprimento dos deveres e para a maturidade humana. Sem renúncia não há maturidade. Grande fruto da renúncia é a alegria e a paz.

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VIRTUDES CARDEAIS

3 – FortalezaA fortaleza, dita também valentia ( ) é a virtude do entusiasmo (thymoiedés),

ou seja dos impulsos volitivos e afetos, regrando o coração.

Faz-nos fortes no bem, na fé, no amor. Leva-nos a perseverar nas coisas difíceis e árduas, a resistir à mediocridade, a evitar rotina e omissões. Pela fortaleza vencemos a apatia, a acomodação e abraçamos os desafios e a profecia. É virtude dos profetas, dos heróis, dos mártires e dos pobres. A fortaleza dos mártires e a ousadia dos apóstolos, como também a força dos pequenos e dos fracos é um sinal do dom da fortaleza na vida humana e na história da Igreja. Hoje a fortaleza nos leva a enfrentar a depressão, o stress, o câncer, a AIDS, os golpes da vida. Grandes são os conflitos humanos, porém maior é a força para superá-los. A vida é luta renhida, dizia nosso poeta e a fé é um combate espiritual. “Coragem, Eu venci o mundo!” (Jo 16,33).

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VIRTUDES CARDEAIS4 – Justiça

Uma quarta virtude, a da justiça ( ), resulta da colaboração equitativa de todas as virtudes, garantindo o funcionamento harmonioso das partes da alma, ou seja de suas faculdades.

Regula nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a dignidade humana, respeita os direitos humanos. É da justiça que brota a paz. Sem a justiça nem o amor é possível. É a virtude da vida comunitária e social que se rege pelo respeito à igualdade da dignidade das pessoas. Da justiça vem a gratidão, a religião, a veracidade. Não se pode construir o castelo da caridade sobre as ruínas da justiça. Pelo contrário, o primeiro passo do amor é a justiça, porque amar é querer o bem do outro. A justiça é imortal (Sab 1,15). Esta virtude trata de nossos direitos e nossos deveres e diz respeito ao outro, à comunidade e à sociedade.

• Atribuiu Platão a cada classe social (vd 251) uma das virtudes cardeais, como lhe sendo mais adequada.

• A sabedoria é própria da classe dirigente, ou dominante.

• A fortaleza se faz necessária na classe militante, ou guerreira.

• A temperança se recomenda aos demais, os trabalhadores.

• A virtude é descrita por Platão como um habito que conduz, ao bem. Ocorre, entretanto, no mestre da Academia a secreta preocupação de que a virtude se obtém pelo saber (Ménon 96, Fédon 82, República em vários itens).

• Aceito o ponto de vista socrático de que a virtude é saber, segue dali que os ditames da ética dependem da estabilidade ou instabilidade do conhecimento. A virtude habitual, dependente das opiniões da tradição relativas, seria superada por uma virtude apoiada em outro tipo de conhecimento, definitivo, absoluto. Ora, tal virtude existe como fato; logo existe também tal tipo de conhecimento.

• Como se vê o móvel ético de Platão é favorável ao conhecimento inteletivo. Admitida uma vez a relatividade dos sentidos, deve-se, de outra parte, aceitar a estabilidade da inteligência e que possibilita a ocorrência da virtude.

• Também a doutrina da virtude sofre de imediato a influência da doutrina das idéias reais, donde dividir-se em duas espécies: a virtude perfeita, referente a alma espiritual, e a virtude comum, baseada na opinião verdadeira.

• A virtude perfeita consiste na própria sabedoria, segundo o adágio

socrático: a ciência é idêntica à virtude. Não deixa a vontade de seguir o que o a inteligência lhe mostra como bom.

• Seguindo os mesmos passos do conhecimento inteletivo, a virtude se adquire andando pelos mesmos caminhos da dialética, para evitar a submissão da razão às paixões inferiores, e dialéticas do amor aspiração ardente pela contemplação das idéias.

• A virtude comum organiza-se no plano da opinião, portanto nas faculdades emotivas da alma inferior. Neste plano se encontra a maioria dos homens.

• Esta virtude comum não depende da ciência, mas da educação.

• A sanção é parte do sistema moral de Platão. Neste e noutro mundo acontece o castigo para o mal.

• A recompensa é a outra face da sanção, tendo a felicidade por objeto

a contemplação das idéias eternas.

• O significado da sanção e o que a justifica é a necessidade de um

castigo, para que se evite o mal, e de uma recompensa, para que haja um estímulo levando à prática do bem. Somente a sanção numa vida futura garantirá o triunfo total do bem.

• Não encontrou Platão dificuldade em estabelecer a sanção futura, visto que admitia a metempsicose e a progressiva possibilidade da purificação da alma.

ÉTICA ARISTOTÉLICA

PensadoresAristóteles (384 – 322 a.C.)

- Ética a Eudemo: o objetivo da vida humana é o culto e a contemplação do divino;

- Ética a Nicômaco: a busca da felicidade e do prazer. “Os verdadeiros prazeres do homem são as ações conforme a virtude”.

Virtude “é um hábito adquirido, voluntário, deliberado, que consiste no justo meio em relação a nós, tal como o determinaria o bom juízo de um varão prudente e sensato, julgando conforme a reta razão e a experiência”

Alguns veem Aristóteles como o fundador da Ética, o que se justifica desde que consideremos a Ética como uma disciplina específica e distinta no corpo das ciências.

INTRODUÇÃO - ARISTÓTELES

Aristóteles fez uma análise do agir humano que marcou decisivamente o modo de pensar

ocidental.

• Todo o conhecimento e todo o trabalho visa a algum bem;• O bem é a finalidade de toda a ação;• A busca do bem é o que difere a ação humana da de todos

os outros animais.

D) A ética Aristotélica

•A finalidade da ética é descobrir o bem absoluto

•Chama-se o bem absoluto de felicidade.

•A felicidade está no exercício constante da virtude.

•Aristóteles distingue a virtude dos vícios e emoções.

•Emoções e instintos – involuntários.

•A virtude – volutiva.

• A virtude se obtém mediante o exercício: é um hábito.• As aptidões, intelectuais ou físicas, são inatas. • A virtude para Aristóteles é o justo meio entre dois vícios extremos.

• Na sua base encontra-se a doutrina do conceito que Sócrates havia anteriormente formulado.

• São noções gerais ou comuns;• Abstraídas pela inteligência dos objetos sensíveis;• Ou seja, da percepção de realidades concretas e

singulares.

CONCEITO - SENTIDO ARISTOTÉLICO

Aristóteles visava construir esta ciência numa base estável.

Articulam-se (de forma afirmativa ou negativa) conceitos para formar o juízo de cujo encadeamento resulta o raciocínio. A Lógica de Aristóteles converge, assim, numa teoria do silogismo que ele define como raciocínio tal que, admitidas que sejam certas coisas, algo daí resulta necessariamente, só porque elas foram admitidas.

FUNDANDO A LÓGICA

• Aspecto formal• Entende-se, não que a lógica aristotélica ignore a

realidade, mas que, seja qual for a matéria a que o nosso pensamento se aplique, três leis formais supremas condicionam, segundo Aristóteles, o seu exercício e garantem a sua validade. São elas:• o princípio de identidade (dizer que o que é é, e o que

não é não é, é verdade);• o princípio de não-contradição (é impossível que algo

seja e não seja ao mesmo tempo);• e o do terceiro excluído (uma qualquer coisa, ou deve

ser afirmada, ou negada).

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS

• Rigor dedutivo• Entende-se que, admitida a verdade de certas

proposições (premissas), as consequências que daí resultam serão necessariamente verdadeiras uma vez que nos conformemos com os princípios anteriormente enunciados e com um pequeno número de regras deles derivadas.

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS

• D) Ética Epicurista• Epicuro – a felicidade é o bem último da existência e consiste no

prazer. • O prazer se atinge de diversas formas – a forma mais elevada é a do

espírito. • Os prazeres são naturais e necessários, naturais e não necessários

ou nem naturais e nem necessários.

• Prazeres naturais e necessários: a satisfação moderada dos apetites. • Prazeres naturais e não necessários: a gula.• Prazeres nem necessário nem naturais: a glória.• Os prazeres ainda são corporais, espirituais, violentos e serenos. • O que é a dor? É inevitável e muitas vezes pode levar a prazeres mais

intensos. • A finalidade da ética para os epicuristas: duas – crítica e construtiva. • Na finalidade crítica, consiste no aniquilamento das superstições que

afligem os mortais.

• Na finalidade construtiva: é assinalar regras que farão felizes os indivíduos.

• Dificuldades na busca da felicidade: o medo da morte e o temor dos deuses.

• Primeira orientação: não se deve temer a morte, pois ela não diz respeito ao homem vivo.

• A morte nada é para nós, pois enquanto somos, ela não é e quando ela chega, já não somos.

• Não se deve temer os deuses:

• pois seres perfeitos e distantes, não estão preocupados com a imperfeição humana.

• A ética epicurista se inclina para o individualismo. A conduta é problema pessoal e não coletivo.

• A pessoa deve procurar seu próprio bem, sem se interessar pelo dos outros.

• Há nessa ética um certo utilitarismo: os homens viviam como selvagens, à margem da lei e decidiram um dia unir-se para pôr um paradeiro naquele estado de selvageria.

• Surgiu assim a Justiça, conceito negativo de não prejudicar os semelhantes, em troca do dever recíproco.

• A justiça é o fruto de um pacto de utilidade. Cada indivíduo desiste de molestar os demais, em troca de não ser molestado.

• O Estado tem o dever de velar pelo cumprimento do contrato social e punir seus infratores.

• Resumindo: a ética epicurista é um eudemonismo hedonista, individualista e egoísta.

ESTOICISMO

• E) Ética Estóica

• A virtude é o bem supremo dessa ética idealista.

Estoicismo antigo surge 25 anos depois do Epicurismo, por volta do ano 312 a.C., com os 3 maiores chefes Zenão, Cleanto e Crisipo; Estoicismo médio: Panécio e Possidônio - séc. II e I a.C.; Novo Estoicismo: Sêneca, Epitecto (escravo) e Marco Aurélio o qual assume tons religiosos e de meditação moral.

SURGIMENTO E IDEALIZADORES

• Viver virtuosamente é viver de acordo com a natureza. Não a natureza biológica, mas a natureza concebida pela razão.

• O homem é provido da razão, mas tambem de patologias. As patologias se dão nas inclinações e afetos – dos quais é necessário se libertar.

• Liberta-se das afeições é um dos ideais estóicos. Pois através dos vínculos afetivos os homens de escravizam.

• O homem deve se desligar das coisas do mundo, apagando-as até atingir a apatia.

• O prazer deve ser evitado, pois pertence às afeições. • A virtude é autárquica – auto-suficiente. O verdadeiro sábio

encontra nela a defesa para suas angústias do mundo exterior. • A virtude é única – nisso funda-se em Sócrates – e entre a virtude,

bem único, e o vício, único mal, não há meio termo.• Não confunde o desejável, com o eticamente bom.

ESTOICISMO DIVIDE A FILOSOFIA EM 3 PARTES:

• LÓGICA

• FÍSICA

• ÉTICA

PENSAMENTOS ESTÓICOS Pensamento Panteísta: todo o universo é

corpóreo e governado por um divino (Deus é o universo);

Pensamento Naturalista: “viver conforme a natureza”.

• A ética estóica é uma ética da ataraxia. O homo ethicus do estoico é o que respeita o universo e suas leis cósmicas e se respeita;

• Ele é capaz de alcançar a ataraxia, por saber distinguir o bem do mal. Este homem não se abala excessivamente nem pelo que é bom nem pelo que é mau.

ÉTICA ESTÓICA

É a disposição do espírito que busca o equilíbrio emocional mediante a diminuição da intensidade das paixões e o fortalecimento das almas. Caracteriza-se pela tranquilidade sem perturbação, pela paz interior, pelo equilíbrio e moderação na escolha dos prazeres.

ATARAXIA

•4.3) A Ética Formal•A ética dos bens se preocupa com a relação estabelecida entre o proceder individual e o supremo fim da existência humana.

O que é Ética Formal?A ética, da etimologia da palavra, faz referência ao estudo dos juízos de apreciação referentes a conduta humana, ela estuda o comportamento moral do homem na sociedade. A ética formal preocupa-se com o motivo da ação e não com o resultado da conduta, ou seja, diferentemente da ética empírica e da ética dos bens, a ética formal não se prende a resultados.

Ética Formal Segundo KANT:

A ética formal é também conhecida como ética Kantiana, por ter como seu Precursor

Immanuel Kant. Segundo Kant, a significação moral do comportamento não está simplesmente no agir corretamente mas, na boa-vontade que é empregada à conduta. Portanto, não se deve analisar apenas a adequação da conduta à norma, mas, procurar desvendar o valor ético da ação empregada.

Características da Ética Formal• Defende a consciência racional a partir da lei moral. • Racional, campo da lógica. • O importante é cumprir logicamente o que tem de ser feito. • Deve-se cumprir conforme as exigências da consciência

racional e não conforme os sabores do ambiente externo. • O filósofo por excelência dessa doutrina é Kant. Ele advoga

que o certo é fazer o que é lógico ou racional.

ÉTICA FORMAL• Kant. • A missão da ética é descobrir as características

formais que tais imperativos devem ter para que exista neles a forma da razão e, portanto, sejam normas morais.

• a) universalidade: “Aja de tal maneira que o teu agir possa ser lei universal”;

• b) referir-se aos seres humanos como fins em si mesmo: “Aja de tal maneira que você trate a humanidade tanto em ti como em qualquer outro, sempre como um fim em si mesmo e nunca apenas como meio”;

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ÉTICA FORMAL• O bem moral não reside na felicidade como defendiam

as éticas tradicionais, mas em conduzir-se com autonomia, construir corretamente a própria vida.

• Mas o bem supremo não se identifica simplesmente com o bem moral. Ele só pode ser alcançado com a união entre o bem moral (possível pela boa vontade autônoma) e a felicidade que aspiramos por natureza. Mas a razão humana não oferece nenhuma garantia de que se possa alcançar este bem supremo. A única que pode fazer isso é a fé religiosa. Assim a existência de Deus é um outro postulado da razão que não se pode provar como também a imortalidade da alma como seu correlato.

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Princípios da Ética Formal:

• Exigência de Autonomia: o ato só é moralmente valioso quando representa observância de uma norma que o sujeito deu a si mesmo. A compatibilidade externa entre a norma e a legalidade, não tem valor ético, se desprovida a conduta de respeito à exigência ética;

• Universalidade: para que o ato valha moralmente, ele deve ter igual valor moral para todos os homens, não há subjetividade na norma moral.

ÉTICA AUTÔNOMA• A lei é fundamentada pela adequação da consciência

moral e não pela instância alheia ao Eu. Como observamos, Kant mostra à construção da própria moral. Não aguarda algo de fora. O homem procura aquilo que está dentro dele próprio. Diversos filósofos fundamentaram-se na ética axiológica, e esta estuda a ética do ângulo dos valores.

• A autônoma aceita leis próprias e afirma que ela deve vir do próprio cumprimento da ação moral. Esta é a defendida pela maioria dos éticos.

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ÉTICA AUTÔNOMA• A autonomia é desenvolvida com seu próprio

exercício, todo voltado ao conhecimento do outro, ao conhecimento e ao convencimento do aluno, cúmplice e co-autor de um projeto

• Ele que considera o ser humano um legislador livre e consciente do conjunto de normas e leis morais que adota em sua existência social.

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• Para Kant, em sua filosofia prática, a significação moral do comportamento não reside em resultados externos, mas na pureza da vontade e na retidão dos propósitos do agente considerado.

• Trabalha-se a moralidade de um ato a partir do foro íntimo da pessoa. O que significa isso?

• A boa vontade não é boa pelo que efetue e realize, não é boa por sua adequação para alcançar algum fim que nos

tenhamos proposto; é boa só pelo querer, quer dizer, é boa em si mesma...

• Moralmente valioso é o atuar que, além da concordância com aquilo que a norma impõe, exprime o cumprimento do dever pelo dever. Ou seja, por respeito à exigência ética.

• O fundamento da lei moral não está na experiência, mas se apóia em princípios racionais apriorísticos. A lei que representa a conduta boa, vem do imperativo categórico, critério supremo da moralidade: • Age sempre de tal modo que a máxima de tua ação possa ser

elevada, por sua vontade, à categoria de lei de universal observância.

• Esse enunciado exprime duas exigências: a exigência da autonomia e da universalidade.

• O ato só é moralmente valioso quando representa observância de uma norma que o sujeito se deu a si mesmo. Se a conduta não atende a um mandato vindo da própria vontade, mas procede da vontade de outro, carece de valor de valor do ponto vista ético.

• E para que o ato valha moralmente é indispensável que deva ser aplicado a todo ser racional – universalidade. A lei moral não pode ter fundamento subjetivo, contingente e empírico, mas deverá estar racionalmente fundado. E o fundamento objetivo dela somente pode encontrar-se no conceito da dignidade da pessoal.

A ética kantiana formal e autônoma

• Por ser puramente formal, tem de postular um dever para todos os homens, independentemente da sua situação social e seja qual for o seu conteúdo concreto.

• Por ser autônoma (e opor-se assim às morais heterônomas nas quais a lei que rege a consciência vem de fora), aparece como a culminação da tendência antropocêntrica iniciada no Renascimento, em oposição à ética medieval.

• Por conceber o comportamento moral como pertencente a um sujeito autônomo e livre, ativo e criador, Kant é o ponto de partida de uma filosofia e de uma ética na qual o homem se define antes de tudo como ser ativo, produtor ou criador.

• O conceito mais importante da ética de Kant é a boa vontade.

• A partir de Kant o que se considerará em ética será a atitude interior da pessoa. O centro da moral será a pureza das intenções.

• E boa vontade se definirá como: aquela que age não só conforme o dever, mas por dever.

• Ex. conservar a vida é um dever. Se nos preocuparmos apenas com isso, nossa conduta fica reduzida de significação moral. Se atentamos contra ela, descumprimos o dever. Mas se alguém perdeu todo apego à vida e, mesmo não temendo, ou até desejando a morte, conserva a existência para não descumprir o dever se conservar a vida, sua conduta coincide externa e internamente com a lei moral e possui o valor moral pleno.

• Questão o que pensar da eutanásia???

• Outro conceito importante é o dos imperativos. Os fenômenos da natureza decorrem das leis naturais, os fenômenos humanos derivam de princípios.

• A determinação da vontade por leis objetivas se chama constrição.

• A representação de um princípio objetivo constritivo para a razão se formula através de um imperativo.

• O imperativo se exterioriza sob a forma de um dever ser e se divide em categórico e hipotético.

• O imperativo categórico impõe uma conduta por si mesma, enquanto o imperativo hipotético ordena comportamento como meio para atingir uma finalidade. Ex. deves amar a teus pais – imperativo categórico; se queres ir de um ponto a outro pelo caminho mais curto, deves seguir a linha reta – imperativo hipotético.

• A fórmula do imperativo categórico é célebre: Age só segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal. Isso significa que a pessoa deve agir espontaneamente, com ação produzida por sua vontade e não por vontade do outro. E para que o comportamento seja eticamente valioso, ele deve revestir valor universal.

Imperativo Categórico

O Imperativo Categórico é o supremo princípio da moralidade, ele é incondicional e universal, ou seja, é o dever de toda pessoa de agir conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam.

• Kant distingue máxima e lei moral.

• Máxima: é o princípio subjetivo da ação, a regra de acordo com a qual procede o sujeito.

• A Lei, ao contrário, constitui o princípio objetivo, universalmente válido, de acordo com o qual a pessoa deve conduzir-se. O que o imperativo categórico exige é que a máxima (princípio subjetivo) seja de tal natureza que possa ser elevada à categoria de lei de universal observância.

• O valor que vai servir de valor absoluto para os imperativos, é a pessoa humana.

• Os objetos de nossas aspirações têm valor relativo, servindo como meios. Só o homem tem valor absoluto.

• As coisas têm preço, as pessoas têm dignidade. O imperativo prático será, pois, como segue:

• age de tal modo que uses a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao

mesmo tempo e nunca como um meio.

• A idéia de autonomia e heteronomia tambem é importante.

• Só se poderá falar em ética a partir da autonomia.

Três Grupos Distintos:Kant só levava em consideração a atitude interior da pessoa, a pureza da ação, o mesmo afirmava que as atitudes das pessoas diante da moral poderiam desmembrar-se em três grupos distintos:

•Ações conforme o dever, mas que não são realizadas pelo dever; faz referência à ética formal, ao agir conforme o dever, mas motivado pela boa vontade, exalando o mais puro significado da moral.

• Ações realizadas pelo dever; voltado apenas para o resultado, para o cumprimento do dever, sem levar em consideração a análise subjetiva.

• Ações realizadas contrariamente ao dever; reflete uma conduta contrária à moral.

Princípios Segundo Kant:Kant identificava em seu sistema ético, dois princípios, o mesmo fez uma interessante distinção entre esses princípios;

•Máxima; é o princípio subjetivo da ação humana, o que impele o homem à prática de determinado ato, ou seja, o bem agir, a boa vontade.

•Lei Moral; é o princípio objetivo, aquele universalmente válido pelo qual a pessoa deve conduzir-se, ou seja, é apenas o cumprimento do dever.

Ética de Kant x Outras Éticas• A ética de Kant é uma ética deontológica enquanto que as

outras éticas são teleológicas, ou seja, na ética de Kant o valor das ações determina-se pela intenção do sujeito, enquanto que nas outras éticas o valor dos atos morais determina-se pela observação dos seus resultados, fins ou consequências

Ética de Kant x Outras Éticas• As outras éticas são éticas materiais, éticas de fins e

consequencialistas, neste caso, a ação é boa se atinge um bom fim. Pelo contrário, a ética de Kant é, então, uma ética formal, ética do dever e uma ética intencionalista pois o que vale é a intenção do sujeito, ou seja, a ação é boa se é feita pelo dever.

Ética de Kant x Outras Éticas• A ética de Kant é uma ética formal, a priori, categórica

(representa uma ação necessária em si mesma) e autónoma e só assim consegue ter carácter universal, enquanto que as outras éticas são materiais, a posteriori, hipotética (representa uma ação para alcançar determinados fins) e heterónoma e estas éticas têm um carácter particular.

Desta FORMA

• Uma ética formal é uma ética que não estabelece nenhum bem ou fim exterior à ação a qual tenha que ser procurado e não diz o que o homem deve fazer, mas como deve agir, seja qual for a ação a realizar, ou seja, a ética formal é baseada na forma de como você age e não basicamente no resultado da sua ação.

• 4.4) Ética dos valores

• Inversão da ética Kantiana.

• Para kant, o valor de uma ação depende da relação da conduta com o princípio do dever, o imperativo categórico.

• Para a ética do valor, todo dever encontra fundamento em um valor.

Análise e Discussão

ÉTICA VALORATIVA

• Sendo assim, deve ser aquilo que é valioso e tudo que é valioso deve ser.

• Aqui o valor passa a ser o conceito ético essencial.

• A nossa consciência adverte sobre a existência dos valores.

• Mas os valores não foram criados pela nossa consciência.

• Os valores só foram descobertos pela consciência.

• Conclusão, só pode ser descoberto o que já existe.

Análise e Discussão

“Valor não é propriedade dos objetos em si, mas propriedade

adquirida graças À sua relação com o homem como ser social.

Mas, por sua vez, os objetos podem ter valor somente quando

dotados realmente de certas propriedades objetivas”.(VÁZQUEZ, 2012)

• 1. Sobre a existência do valor

• Se a consciência só descobre é porque os valores já existem.

• A existência dos valores – existem valores? A tese é de que existem e podem ser constatados por qualquer pensante.

• Os valores só podem ser sentidos ou intuídos.

• Os valores não dependem da ordem material.

• Os valores integram a ordem do mundo supra-sensível, podendo ser somente captado pelo intelecto, não pelos sentidos.

• Para clarear: a filosofia reconhece dois tipos de existência: o real e o ideal.

• Ao mundo real pertencem todas as coisa que ocupam lugar no espaço e tempo. O ser real se encontra temporalmente localizado.

• Por estar temporalmente localizado, pode ser objeto do conhecimento sensível.

• Na esfera prática têm essa forma de existência o agir humano: intenções, propósitos, decisões voluntárias, juízos, sentido de responsabilidade, consciência de culpa.

• Já os valores não integram a ordem da realidade. Os valores se situam como ideais que a realidade deve seguir, se espelhar.

• Por isso o problema é de definir que exista só o real e não o ideal.

• Uma outro problema, confundir idealidade com subjetividade. • Ideal não aquilo que é objeto da representação. Na lógica e na

matemática, se observa bem a força da idealidade: quando se afirma que o todo é maior do que a parte, independentemente de alguém imaginá-lo assim, o postulado continua sendo o mesmo.

• Os valores se submetem a uma hierarquia, não por eleição, mas objetivamente.

• Os critérios que são utilizados para a hierarquia dos valores segundo Scheler: Um valor é tanto mais alto:

• a) quanto mais duradouro é;

• b) quanto menos participa da extensão e da divisibilidade;

• c) quanto mais é satisfação ligada à intuição do mesmo;

• d) quanto menos se acha fundamentados por outros valores;

• e) quanto menos relativa seja sua percepção sentimental...

• A durabilidade do valor tem a idéia de permanência. Ex. Não teria sentido o amante declarar que ama agora ou durante um certo tempo.

• O valor é mais elevado quanto menor a necessidade de dividi-lo com outrem. Ex. A obra de arte é indivisível. Imagina dividir uma tela de arte para dar um pedaço para cada pessoa, a obra perde seu valor.

• O valor fundamentado em outro é sempre inferior ao fundamentante.Ex. a vida, entre os direitos fundamentais, é o bem por excelência. Todos os demais direitos são bens da vida.

• A satisfação coincide com a vivência de cumprimento, não com o estado de prazer gerado pela posse do valor.

• 2. Sobre o conhecimento dos valores:

• Existem bens porque existem valores, não o contrário. São os valores que determinam os bens.

• O ser humano confere a determinadas coisas ou ações valores que as qualifica como sendo boas ou ruins, úteis ou inúteis, agradáveis, belas ou feias.

Análise e Discussão

A EXISTÊNCIA DO VALOR

Os valores existem e isso é facilmente perceptível por qualquer pensante.

Não se vinculam a qualquer forma de exteriorização. Os valores podem ser

sentidos ou compreendidos. Isso explica, por exemplo, a simpatia ou

antipatia natural diante de uma pessoa ou a emoção frente a uma obra de

arte.

Os valores integram a esfera suprassensível do mundo imaterial que, capaz

de ser intelectualmente concebido, não se pode ver ou submeter ao tato.

Análise e Discussão

O CONCEITO DOS VALORES

Existem bens porque existem valores, e não o contrário. O ser humano tem

ações de valoração, que normalmente as qualificam, como boas, más,

agradáveis, úteis, belas ou nobres.

Qualificando dessa forma propicia a

identificação dos valores compatíveis

com cada ação.

• A pauta dos valores é aprioristica e, embora se afirme baseada na imitação, ou na índole intuitiva e emocional do conhecimento, ela existe em toda sã consciência.

• A intuição dos valore não é completa, nem perfeita. Nenhuma pessoa é capaz de intuir todos os valores. Quando intuí nem sempre pode fazer de forma nítida.

• É preciso crescer nessa arte de conhecer os valores. • A missão do pedagogo e do moralista é desenvolver a sensibilidade

para o conhecimento daquilo que é eticamente relevante.

• A história tem demonstrado a nossa cegueira valorativa, fruto de uma sociedade que não educa para os valores mais elevados.

• Mas a cegueira valorativa ou miopia moral, não destrói a doutrina da objetividade dos valores. As variações da intuição estimativa não alteram o valor, que permanece íntegro, à espera da descoberta.

• 3. Sobre a realização dos valores

• O ser em si dos valores subsiste mesmo se não realizados.

Análise e Discussão

REALIZAÇÃO DOS VALORES

Hartmann, observou que o ideal coincide ou não com o real, assim como os

valores que são princípios da esfera ética atual, não apenas princípios da

esfera ética ideal. A realização dos valores sinaliza o sentido primário do

valioso, determina o juízo moral, o sentimento de responsabilidade e a

consciência da culpa.

O ser humano deve ter consciência de que há um momento inicial de

liberdade moral, sem o qual nada lhe será possível crescer em termos

éticos.

Análise e Discussão

A OBJETIVIDADE DOS VALORES

VÁZQUEZ, analisa que nem o objetivismo nem o subjetivismo consegue

explicar satisfatoriamente a maneira de ser dos valores.

Suas propriedades naturais, objetivas, só se tornam valiosas quando servem

para fins ou necessidades dos homens e quando adquirem.

Os valores, então possuem uma objetividade especial que se distingue da

objetividade natural ou física dos objetos que existem ou podem existir

independente do homem, com anterioridade à ou à margem da sociedade.

Análise e Discussão

O valor está agregado a um ponto de vista da “bondade”, em que um objeto pode ser ”bom” e se tornar-se algo valioso, com relação ao valor “utilidade” ou ao valor “beleza”, mas não tem significado moral algum.

VÁZQUEZ, exemplifica o fato falando da “bondade” de uma faca, que a mesma cumpre a função de cortar para qual a foi fabricada, mas a faca tem função relativa, pode estar a serviço de diferentes fins, pode ser utilizada para realizar um ato mau sob o ângulo moral, como é o assassinato de uma pessoa.

Então analisando o ponto de vista da sua funcionalidade a faca não deixará de ser “boa”, apesar de ter servido para realizar um ato repreensível, pelo contrário ela continua sendo “boa” pela funcionalidade instrumental, mesmo esta “bondade” instrumental ou funcional está alheia a qualquer qualificação moral.

Análise e Discussão

Por isso, estes objetos devem ser excluídos do reino dos objetos valiosos que podem ser qualificados moralmente. Os valores existem unicamente em atos ou produtos humanos, somente sendo avaliado moralmente o que tem significado humano.

Neste sentido o autor, qualifica moralmente o comportamento dos indivíduos ou de grupos sociais, as intenções de seus atos e seus resultados e consequências, as atividades das instituições sociais etc.

• A consciência é testemunha da realização dos valores, pois é ela que sinaliza o que é e não é valioso, que determina o juízo moral, mo sentimento de responsabilidade e a consciência de culpa.

• Os valore são princípios da esfera ética real. Determinam a conduta humana. O valor moral não se funda no dever, mas o dever se funda nos valores.

• O dever ser na ética valorativa tem os seguintes elementos: a) a existência de um valor; b) o dever ser ideal do mesmo; c) a atualização de tal dever; d) a existência de um ser capaz de realizar o valioso.

• Mas como realizar o valioso? Realizar o valioso consiste para o homem num dever. E o dever impõe uma conduta.

• A realização dos valores se consuma através de um processo de dúplice etapa: determinação primária e secundária.

• A primária é a fase da intuição. A secundária é a da deliberação da vontade.

• 4. Sobre a liberdade moral• Só se a liberdade existir é que a conduta humana terá significado

moral.• Se não existe liberdade, a pessoa não poderá responder por seu

comportamento.

• A liberdade moral não se confunde com a liberdade jurídica. • A liberdade jurídica: é uma faculdade puramente normativa – é

mais no âmbito espacial de atividade exterior, que a lei limita e protege.

• A liberdade moral: é atributo real da vontade. A moral é pensada como um poder capaz de transpassar o permitido.

• Também não se pode confundir livre-arbítrio com liberdade de ação.

• A liberdade de ação: é mero atributo da decisão.

• O livre arbítrio: é aquele capaz de decidir.

• O homem por se um ente natural, acha-se casualmente determinado por suas tendências, afetos e inclinações.

• Como pessoa, é portador de outra determinação, que vem do reino ideal dos valores. Esta determinação permite eleger finalidades, optar por meios e colocá-los em ação para chegar àquelas.

d) Campos de atuação da éticad) Campos de atuação da ética

1. - Ética e justiça social.

2. - Ética e meio ambiente.

3. - Ética e cidadania.

4. - Ética e política

5. - Ética e corrupção

Ética e cidadania

• Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do latim, civitas que quer dizer “cidade”.

• Ética e cidadania são dois conceitos fundamentais na sociedade humana. A ética e cidadania estão relacionados com as atitudes dos indivíduos e a forma como estes interagem uns com os outros na sociedade.

• A interação de forma correta, levando a uma boa convivência e de forma justa entre todos aqueles os quais convivem num mesmo espaço, fazem com o que a ética esteja ligada diretamente com a cidadania de forma a que todos os indivíduos respeitem e tenham ações corretas.

Ética e cidadania

Ser “Verdadeiro”

Publicação em Rede Social. Muitas Pessoas

“curtiram”.

Considera-se socialmente aceito o humor inteligente.

A ética dependerá do contexto.

Ética e cidadaniaSer

“Moralista”

Publicação em Rede Social. Poucas Pessoas

“curtiram”.

Considera-se mais socialmente aceito ser

ético sem ser moralista.

0BS: Muitos não curtiram pois são protagonistas da

“Terceira Guerra”

• Será que existe algo a se comemorar no beijo do Felix no fim da novela??????

Ética e cidadania

• Quem tem ÉTICA nem sempre tem CARÁTER. O ser pode estar apenas utilizando a ética para ser socialmente aceito em prol de uma causa de nobreza duvidosa.

• Quem tem CARÁTER normalmente tem ÉTICA. O caráter viabiliza a TRANSPARÊNCIA de um ser. A transparência induz o indivíduo a agir com ética, dentro das conformidades morais da sociedade.

Ética e cidadaniaRelações

Explosivas

Por falta de ÉTICA

Fruto da Falta de Respeito

Fruto da Falta de Tolerância

Fruto da Prepotência

Fruto da Ignorância

Fruto da Interpretação Equivocada do Caráter

Fruto da Falta de Caráter

Ética e cidadaniaSer “Ético”

É ter CARÁTER

É ter RESPEITO

É ter PRINCÍPIOS

É ter a própria IDENTIDADE sem

denegrir a do próximo.

Não é preciso FINGIR

Não é preciso IMPOR

É preciso simplesmente SER

Não existe CIDADANIA sem ÉTICA

Ética e meio ambiente ou ética ambiental

• Ética ambiental é um conceito filosófico desenvolvido na década de 1960 que amplia o conceito de ética, enquanto da forma de agir do homem em seu meio social, pois se refere também à sua maneira de agir em relação à natureza. Considera que a conservação da vida humana está intrinsecamente ligada à conservação da vida de todos os seres.

• O conceito de ética ambiental relaciona-se assim como o conceito de eco centrismo, por oposição ao antropocentrismo. Por esse conceito, o comportamento do homem deve ser considerado em relação a si mesmo e em relação a todos os seres vivos.

• Por esse conceito, todos os seres são iguais. O homem, apesar de imbuído de racionalidade, não pode continuar a ver outros seres como inferiores e, portanto, não pode agir de forma predatória em relação aos mesmos. O homem deixa de ser "dono" da natureza para voltar a ser parte da Natureza.

• Busca-se, com a ética ambiental, criar-se uma nova ordem mundial, onde o Homem não mais satisfaça apenas seus desejos imediatos mas, ao agir, busque atender seus desejos, limitados pelas necessidades de outros seres vivos, bem como os desejos de gerações futuras.

Ética e meio ambiente ou ética ambiental

Falta de Ética Ambiental

Ética e meio ambiente ou ética ambiental

Em busca da ÉTICA AMBIENTAL

Consenso entre CIDADE e MEIO AMBIENTE

Em busca da ÉTICA AMBIENTAL

Incentivo aos novos hábitos

Ética e meio ambiente ou ética ambiental

Exemplo da ÉTICA AMBIENTAL

Consenso entre CIDADE e MEIO AMBIENTE

Curitiba - PR

Contrassenso AMBIENTAL

A capital menos arborizada situada na

AMAZÔNIA

Belem - PA

Ética e política• Quanto à política, a sua ideia se desdobra em dois conceitos diferentes

que convivem quotidianamente na opinião dos cidadãos e na motivação da ação dos políticos: um é o de que a política, a mais nobre das ocupações humanas, é o empenho na realização do bem comum, do bem da coletividade ao qual se aplica como a um propósito final; é a concepção de Platão e de Aristóteles, dos filósofos pregos que a explicitaram na sua polêmica de afirmação da filosofia (que se confundia para eles com a política), contra o pragmatismo dos sofistas e dos retóricos que ensinavam a linguagem eficaz para o manejo das assembleias e das funções políticas. O outro é o de que a política é a arte e a sabedoria de conquistar e de manter estável o poder; o fazer o bem; nesta visão, não é propriamente um fim, mas um meio de ganhar o apoio dos cidadãos para a conservação e a estabilização do poder, empregado em paralelo com outros meios também válidos, como o marketing, o controle da mídia, o clientelismo, o populismo e até mesmo a mentira, a violência e a corrupção. Este é o conceito derivado das interpretações mais correntes dos conselhos de Maquiavel e é o que melhor se enquadra nas concepções da ciência política moderna, entendida a ciência como conhecimento neutro, isto é, destacado de qualquer consideração de natureza ética.

Ética e política• As relações da ética com a política se dão principalmente em

três vertentes, quais sejam, as relações de conflito, as de convergência ou encontro e aquelas que se desdobram numa

dialética de condicionamento ou de iluminação.

Ética e corrupçãoAfinal, o que é Corrupção?•Via de regra, corrupção é o resultante de algo que foi corrompido, adulterado, estragado… Ou seja, é o estado de algo que não mantém e apresenta suas características originais.•O exercício da corrupção confronta diretamente os valores e princípios da ética, pois a corrupção se agrega a valores opostos aos da ética, o suborno, desmoralização, decomposição são valores negativos os quais na sociedade quando aplicados afetam diretamente o caráter e a boa convivência de todos os indivíduos ali presentes na sociedade.

- Ética e convivência humana: Há necessidade de ética porque há o outro ser

humano. A atitude ética é uma atitude de amor pela humanidade.

- Ética e educação:“Toda educação é uma ação interativa: faz-se mediante informações, comunicação, diálogo entre seres humanos. Em toda educação há um outro em relação. Em toda educação, por tudo isso, a ética está implicada”.

2. Moral de Projetos2. Moral de Projetos

a) Todo projeto é condicionado por estruturas que

limitam o campo de possibilidades. Essas

estruturas fazem parte da realidade que nos cerca,

possibilitando ou não nossas ações. E mais. Ele

sempre está sendo realizado a partir de dualidades

que se manifestam, por exemplo, através de

mesclas de amor e egoísmo. Assim: "Todos os

nossos projetos são uma mescla de omissão,

cumplicidade e pecado por uma parte, e de amor

por outra (cf. Rm.7,25)". (Juan Luis Segundo. ¿Qué

Mundo? ¿Qué Hombre? ¿Qué Dios?, p. 211).

b) "No plano da ética - ou se se prefere, da moral - o cristão, até

pouco tempo, estava acostumado a fazer para a autoridade

magisterial a clássica pergunta: é lícito fazer isto? Permite a lei de

Deus? Pois bem, não só o Vaticano II havia assumido nessas

questões uma explícita e clara 'direção antropocêntrica'. Também

ao ler passagens centrais de Paulo - o que ele chama 'seu'

evangelho - ele diz ao cristão que - como filho de Deus - o homem -

enquanto herdeiro maior de idade - é 'dono de tudo'

(Gl.4,1;1Cor.3,21), e que, em conseqüência, suas questões morais

estão em função de seus projetos de amor (Gl.5,1.13-14), como

colaborador (=synergos) criativo do projeto do mesmo Deus

(1Cor.3,9). Não se trata, então, de perguntar pelo permitido ou

proibido em sua própria casa, mas pelo conveniente para seu

projeto (1Cor.6,12;10,23-29), que é tão único e irrepetível como sua

pessoa e seu contexto." (Ibidem, p. 131.)

Exemplos concretos de Exemplos concretos de comportamento éticocomportamento ético

1. Comportamento profissional e relações humanas: moral de atitudes e não atos morais.

a) Relação entre alunos, professores, funcionários técnico-administrativos, externos (fornecedores etc).

b) Coerência entre teoria e prática: o que se faz não pode ser diferente do que se vive.

- Ação Mecânica versus Liberdade.

2. Preservação da natureza: uso de descartáveis, energia elétrica, reciclagem de lixo etc.

Questões para reflexãoQuestões para reflexão

1. Como são e como deveriam ser nossas atitudes perante as demais pessoais com as quais convivemos em nosso ambiente de trabalho?

2. Qual é nosso nível de envolvimento nas relações de trabalho no que diz respeito à preservação do meio ambiente?

3. Como responder à questão formulada por Kant - “que devo fazer” - no cotidiano da nossa vida profissional?

Ética Profissional

Profissão: “trabalho que se pratica com habitualidade a

serviço de terceiros”, o seja, “prática constante de um

ofício.” (SÁ, 2001:129).

A profissão tem função para o indivíduo e para a

sociedade.

“É na profissão que o homem pode ser útil a sua

comunidade e nela se eleva e se destaca, na prática dessa

solidariedade mecânica.” (SÁ, 2001:129 citando

CUVILLIER, 1947).

O profissional deve sempre estar a serviço do social, não

dando prioridade a seus interesses pessoais.

324

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética Profissional: o um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. A ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão

A ética profissional estuda e regula o relacionamento entre os funcionários, independente de níveis hierárquicos, visando a dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sociocultural onde exerce sua profissão.

Ela atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos nos referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos específicos.

Ética Profissional

Ética Profissional

Apenas competência técnica não é suficiente para definir

um indivíduo como um bom profissional: para que seja

transmitida uma imagem de qualidade, o exercício

profissional deve estar acompanhado de valores éticos.

“A profissão, pois, que pode enobrecer pela ação correta e

competente, pode também ensejar a desmoralização,

através da conduta inconveniente com a quebra de

princípios éticos.” (SÁ, 2001:138).

327

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética Profissional

Ética profissional e categorias profissionais

Cada profissão possui valores específicos que lhes são

pertinentes. Desse modo, há uma ética profissional

ampla, voltada a todas as profissões, e uma ética

profissional aplicada a cada área do conhecimento.

As classes profissionais às quais as pessoas se

agrupam acabam determinando a conduta e as

práticas consideradas adequadas.

328

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética Profissional

Deveres profissionais:

“A escolha da profissão implica o dever do

conhecimento e o dever do conhecimento implica o

dever da execução adequada.” (SÁ, 2001:150).

É contra uma atitude ética assumir determinada

responsabilidade profissional sem possuir a

qualificação necessária para que as tarefas sejam

executadas de maneira adequada.

Um profissional deve dominar sua área de

conhecimento e promover atualização contínua.

329

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética ProfissionalDeveres profissionais: (Continuação)

É necessário identificar-se com a área, tornando a

atividade estimulante. Quando há identificação com a

profissão escolhida há menos riscos de um indivíduo

incorrer em ações não éticas, pois estas feririam suas

próprias convicções e valores.

Ter consciência dos prejuízos que podem ser gerados por

uma atividade desempenhada de maneira inadequada.

“Desconhecer, todavia, como realizar a tarefa ou apenas

saber fazê-la parcialmente, em face da totalidade do

exigível para a eficácia, é conduta que fere os preceitos da

doutrina moral (...).” (SÁ, 2001:151).

330

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética ProfissionalA inserção do profissional no ambiente de trabalho A inserção de um profissional na empresa em que trabalha

impede, muitas vezes, de que este exerça sua vontade. Os ambientes tornam a conduta relativa, gerando

impessoalidade nas decisões e nas ações. “O ambiente de trabalho pode, pois modificar e influir sobre

a atuação do ser humano, seja qual for a função que exerça, mas a conduta só terá teor ético se for virtuosa em si.” (SÁ, 2001:163).

O medo de perder o emprego acaba levando a determinadas situações que vão contra os interesses e valores do indivíduo.

331

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética Profissional

A inserção do profissional no ambiente de trabalho

Liberdade pessoal x conformidade: as pessoas têm diferentes graus de aceitação à privação de suas opiniões pessoais, bem como variam conforme a situação (necessidade de se expressar).

Avaliar seus valores pessoais e confrontar com os valores da empresa em que trabalha.

Conviver com a sensação de que está agindo contra suas convicções pessoais pode gerar uma situação que torna impraticável a permanência do profissional na empresa.

Pesquisar a empresa antes de aceitar um emprego.

332

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001. BENNETT, C. Ética profissional. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

Ética Profissional

A inserção do profissional no ambiente de trabalho

Algumas pessoas passam a demonstrar sua insegurança e descontentamento no ambiente de trabalho por meio de problemas de saúde.

“O empregado deve estar motivado a crer na tarefa que lhe atribuem e em seu próprio desempenho; deve aceitar convicto a idéia de que sem a aludida tarefa a empresa não estaria completa em suas funções; quando esta é a mentalidade de que existe um compromisso com a eficácia, o profissional, também instintivamente, cumpre suas obrigações com adequação ética.” (SÁ, 2001:168).

333

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Ética ProfissionalVirtudes profissionais “Não bastam as competências científica, tecnológica e

artística; é necessária também aquela relativa às virtudes do ser, aplicada ao relacionamento com pessoas, com a classe, com o Estado, com a sociedade, com a pátria.” (SÁ, 2001:153).

“Virtudes básicas profissionais são aquelas indispensáveis, sem as quais não se consegue a realização de um exercício ético competente, seja qual for a natureza do serviço prestado.” (SÁ, 2001:175).

Os valores variam de relevância de acordo com cada profissão (determinação, dignidade, disciplina, atitude, concentração, coragem, rigor, reflexão, entre outros).

334

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

CORAGEM

VIRTUDES BÁSICAS PROFISSIONAIS

Para que um profissional desenvolva com eficiência seu trabalho se faz necessário que o mesmo faça uso de algumas virtudes básicas como: zelo, honestidade, sigilo, competência, prudência, coragem, perseverança, compreensão, humildade, imparcialidade e otimismo.

ZELO

O profissional deve realizar sua tarefa com a maior perfeição possível, para a produção favorável de sua própria imagem, e isto com uma responsabilidade individual, ou seja, fundamentada na relação entre sujeito e o objeto de trabalho.

Mesmo que a pessoa que realizou o trabalho esteja ausente, o resultado daquele trabalho ainda se faz presente. Executar um trabalho de maneira adequada mantém a imagem do profissional.

HONESTIDADE

A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade perante o bem-estar de terceiros e a manutenção de seus direitos.

• Podemos ainda, de acrescentar outras qualidades que consideramos importantes no exercício de uma profissão. São elas:

• Honestidade:

• A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos.

• É muito fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, privilégios e benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança coletiva de uma coletividade. Já ARISTÓTELES (1992, p.75) em sua "Ética a Nicômanos" analisava a questão da honestidade.

SIGILOO respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.

Preservar informações a que teve acesso na execução de sua atividade ou que lhe foram apresentadas por clientes. Não é necessário pedir sigilo - o profissional deve desenvolver a habilidade de perceber tal necessidade.

• Sigilo:• O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das

empresas, deve ser desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante. Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.

• Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em geral, nada interessa a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e projetos de uma empresa ainda não colocados em prática possam ser copiados e colocados no mercado pela concorrência antes que a empresa que os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-los.

• Documentos, registros contábeis, planos de marketing, pesquisas científicas, hábitos pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e sua revelação pode representar sérios problemas para a empresa ou para os clientes do profissional.

COMPETÊNCIACompetência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre.

Competência: “Competência, sob o aspecto potencial, é o

conhecimento acumulado por um indivíduo, suficiente para o

desempenho eficaz de uma tarefa.” (SÁ, 2001:192). “Do ponto de

vista funcional, competência é o exercício do conhecimento de

forma adequada e pertinente a um trabalho.” (SÁ, 2001:192). O

erro está em aceitar uma tarefa sabendo que não se tem total

domínio dos conhecimentos necessários ao seu cumprimento.

344

Fontes: SÁ, A. L. Ética profissional. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

COMPETÊNCIA

• Competência:• Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do

conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. “A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem.” (ARISTÓTELES, p.24).

• É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área de atuação. Recursos humanos devem ser incentivados a buscar sua competência e maestria através do aprimoramento contínuo de suas habilidades e conhecimentos.

PRUDÊNCIATodo trabalho, para ser executado, exige muita segurança.A prudência, fazendo com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis, além das decisões precipitadas que poderiam nos levar ao erro.

• Prudência:• Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança.• A prudência, fazendo com que o profissional analise situações

complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. a prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.

CORAGEMA coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos certos de nosso dever. Ajuda-nos a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos superiores ou colegas.

• Coragem:• Todo profissional precisa ter coragem, pois “o

homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde” (ARISTÓTELES, p.37). A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes ou colegas.

PERSEVERANÇAQualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas.

• Perseverança:• Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho

está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É louvável a perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.

COMPREENSÃOQualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no relacionamento profissional.

• Compreensão:• Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito

pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no relacionamento profissional.

• É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão.

• Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.

HUMILDADEO profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não seja o dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.

• Humildade:• O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é

o dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.

IMPARCIALIDADEÉ uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar, ou seja, para ser justo é preciso ser imparcial.

• Imparcialidade:• É uma qualidade tão importante que assume as características do

dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro, técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da imparcialidade.

Vejo, ouço e falo para escolher de forma Vejo, ouço e falo para escolher de forma imparcial, pesando tudo envolvido.imparcial, pesando tudo envolvido.

OTIMISMONa sociedade moderna, o profissional necessita e deve ser otimista, para crer na capacidade de realização da humanidade, no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia, bom-humor e criatividade.

• Otimismo: • Em face das perspectivas das sociedades modernas, o

profissional precisa e deve ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom-humor.

Ética ProfissionalSituações comuns: Falsificação de currículos. Uso dos recursos da empresa para fins pessoais (telefonemas,

impressoras, computadores, entre outros). Levar materiais de escritório para casa.

Papel de parede em computadores.

Celulares (atender durante o expediente).

Relacionamentos amorosos / casamentos (redução da produtividade). Verificar a política da empresa.

Alocar pessoas em diferentes chefias.

Evitar ver a pessoa durante o expediente.

Pessoas de diferentes posições (gerentes x assistentes): colegas podem entender que há privilégios ou tratamento especial.

361

Fontes: BENNETT, C. Ética profissional. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

Ética Profissional

Situações comuns:

Segundo emprego (uso de informações privilegiadas).

Receber presentes de clientes.

Fofocas.

Festas da empresa (postura profissional).

Plágio e propriedade intelectual.

Apropriar-se do trabalho elaborado por outras pessoas.

362

Fontes: BENNETT, C. Ética profissional. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

Ética ProfissionalLeis relacionadas Assédio Sexual: Lei Federal n. 10.224 de 15 de maio de

2001. Determina pena de um a dois anos para quem constranger pessoa com o intuito de obter favorecimento sexual, utilizando sua posição profissional superior.

Discriminação: Constituição Federal, artigo 7º, inciso XXX, proibindo diferenças de

salário ou de critérios de admissão por conta de sexo, idade, cor ou estado civil.

CLT, artigo 5º e artigo 461, determinam que os salários em atividades de mesma função devem ser iguais, independente do sexo.

Constituição Federal, artigos 5º e 7º, determinam o racismo como crime inafiançável e proíbe discriminação em termos de salários e critérios de admissão para portadores de necessidades especiais.

363

Fontes: BENNETT, C. Ética profissional. São Paulo: Cengage Learning, 2008. BENNETT (2008:89).

Assédio Moral

• O ENGENHEIRO ÉTICO

• Proteger a segurança e saúde da sociedade

• Atuar em área de competência

• Ser verdadeiro e objetivo

• Honrosa e digna (juramento)

• Aprender sempre (humildade)

• Informar as autoridades sobre danos de algumas atividades

• Envolvimento com a comunidade (RSC)

• O ENGENHEIRO ÉTICO

• Informações confidenciais

• Proteger o meio ambiente

• Não aceitar presentes

• Evitar conflitos

• 4)Produção, circulação e consumo de valores subjetivos e financeiros / políticos / ecológicos.

• 7. Virtudes profissionais• Não obstante os deveres de um profissional, os quais são

obrigatórios, devem ser levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua atuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.

• Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissional, consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.

• Em recente artigo publicado na revista EXAME o consultor dinamarquês Clauss MOLLER (1996, p.103-104) faz uma associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade e iniciativa como fundamentais para a formação de recursos humanos. Segundo Clauss Moller o futuro de uma carreira depende dessas virtudes. Vejamos:

• O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa [...]. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da organização [...]. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal muito importante.

• É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa. Só pessoas que tenham auto-estima e um sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem um sentido na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais assumiram responsabilidade real, de maneira consciente.

• As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter dificuldades em encontrar significado em suas vidas. Seu comportamento é regido pelas recompensas e sanções de outras pessoas - chefes e pares [...]. Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes.

• Prossegue citando a virtude da lealdade:• A lealdade é o segundo dos três principais elementos que

compõe a empregabilidade. Um funcionário leal se alegra quando a organização ou seu departamento é bem sucedido, defende a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte da organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas.

• Lealdade não quer dizer necessáriamente fazer o que a pessoa ou organização à qual você quer ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa agir com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha que poderá prejudicar a organização, a equipe de funcionários.

• No Reino Unido, por exemplo, essa idéia é expressa pelo termo “Oposição Leal a Sua Majestade”. Em outras palavras, é perfeitamente possível ser leal a Sua Majestade - e, mesmo assim, fazer parte da oposição. Do mesmo modo, é possível ser leal a uma organização ou a uma equipe mesmo que você discorde dos métodos usados para se alcançar determinados objetivos. Na verdade, seria desleal deixar de expressar o sentimento de que algo está errado, se é isso que você sente.

• As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a iniciativa, capaz de colocá-las em movimento.

• Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no interesse da organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por sua complementação e implementação.

• Outras pessoas se excedem no sentido de obter qualquer coisa e de qualquer fonte - por exemplo os que fazem negócios sórdidos, os proxenetas e demais pessoas desse tipo, bem como os usurários, que emprestam pequenas importâncias a juros altos. Todas as pessoas deste tipo obtêm mais do que merecem e de fontes erradas.

• O que há de comum entre elas é obviamente uma ganância sórdida, e todas carregam um aviltante por causa do ganho - de um pequeno ganho, aliás. Com efeito, aquelas pessoas que ganham muito em fontes erradas, e cujos ganhos não são justos - por exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades e roubam templos, não são chamados de avarentos, mas de maus, ímpios e injustos.

• São inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão. Um psicanalista, abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, está sendo desonesto. Um contabilista que, para conseguir aumentos de honorários, retém os livros de um comerciante, está sendo desonesto.

• A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.

• O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa qualidade.

• Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa, mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida capacitação para executá-lo.

• Pacientes que morrem ou ficam aleijados por incompetência médica, causas que são perdidas pela incompetência de advogados, prédios que desabam por erros de cálculo em engenharia, são apenas alguns exemplos de quanto se deve investir na busca da competência.

• 8. Código de ética profissional• Cabe sempre, quando se fala em virtudes

profissionais, mencionarmos a existência dos códigos de ética profissional.

• As relações de valor que existem entre o ideal moral traçado e os diversos campos da conduta humana podem ser reunidos em um instrumento regulador.

• É uma espécie de contrato de classe e os órgãos de fiscalização do exercício da profissão passam a controlar a execução de tal peça magna.

• Tudo deriva, pois, de critérios de condutas de um indivíduo perante seu grupo e o todo social.

• Tem como base as virtudes que devem ser exigíveis e respeitadas no exercício da profissão, abrangendo o relacionamento com usuários, colegas de profissão, classe e sociedade.

• O interesse no cumprimento do aludido código passa, entretanto a ser de todos. O exercício de uma virtude obrigatória torna-se exigível de cada profissional, como se uma lei fosse, mas com proveito geral.

• Cria-se a necessidade de uma mentalidade ética e de uma educação pertinente que conduza à vontade de agir, de acordo com o estabelecido. Essa disciplina da atividade é antiga, já encontrada nas provas históricas mais remotas, e é uma tendência natural na vida das comunidades.

• É inequívoco que o ser tenha sua individualidade, sua forma de realizar seu trabalho, mas também o é que uma norma comportamental deva reger a prática profissional no que concerne a sua conduta, em relação a seus semelhantes.

• É inequívoco que o ser tenha sua individualidade, sua forma de realizar seu trabalho, mas também o é que uma norma comportamental deva reger a prática profissional no que concerne a sua conduta, em relação a seus semelhantes.

• Toda comunidade possui elementos qualificados e alguns que transgridem a prática das virtudes; seria utópico admitir uniformidade de conduta.

• A disciplina, entretanto, através de um contrato de atitudes, de deveres, de estados de consciência, e que deve formar um código de ética, tem sido a solução, notadamente nas classes profissionais que são egressas de cursos universitários (contadores, médicos, advogados, etc.)

• Uma ordem deve existir para que se consiga eliminar conflitos e especialmente evitar que se macule o bom nome e o conceito social de uma categoria.

• Se muitos exercem a mesma profissão, é preciso que uma disciplina de conduta ocorra.

CÓDIGO DE ÉTICA CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONALPROFISSIONAL

•1957 – Resolução nº 114 – Conselho Federal de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia

•2002 – Resolução nº 1002.

• 5) O engenheiro como agente social, seu papel no aparelho do estado. Código de Ética do CONFEA-CREA.

CÓDIGOS DE ÉTICA

• Na busca de consolidar uma imagem diante da sociedade, alguns grupos profissionais e, mesmo, organizacionais, elaboram Códigos de Ética.

Os Códigos de Ética sintetizam os princípios que devem nortear a conduta dos integrantes de um grupo (organização) face às metas que devem ser alcançadas.

E quando este “Código de Ética” conflita com os princípios éticos que regem os valores e a vida humana??

Ser ético é praticar atos em benefício de você e dos outros, mesmo sabendo que não está sendo observado por alguém.

Da identidade das profissões e dos profissionais:

O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões:

-como indivíduo, -nação e humanidade;

-família, -comunidade,

-sociedade, -nas suas raízes históricas,

-nas gerações atual -nas gerações futuras.

Código de Ética Profissional - CEPdo Engenheiro, Arquiteto e Agrônomo

Entidades De Classe

As entidades, associações, instituições e conselhos integrantes da organização profissional são igualmente permeados pelos preceitos éticos das profissões e participantes solidários em sua permanente construção, adoção, divulgação, preservação e aplicação..

Código de Ética e Entidades de Classe

O bom funcionamento da Comissão de Ética na entidade contribui com o princípio do associativismo, tornando a entidade forte e legitima representante dos profissionais, em especial no que se refere da defesa de seus direitos e na melhoria do ambiente no exercício das profissões.

As entidades de classe são corporações profissionais naturalmente compromissadas com a Ética.

Código de Ética e a Entidade de Classe

• Por que o Crea cria o código de ética? • Comportamentos atípicos,irresponsabilidade, denegrindo a

profissão, disputa de classes, conflitos sociais,imagem da classe, interesses particulares e etc

• “Vale tudo para alcançar um objetivo na profissão?”

O Sistema CONFEA / CREAs é quem regulamenta e fiscaliza o exercício profissional nas áreas da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Lei 5.194, 24 de dezembro de 1966

Assegura direitos e prerrogativas dos profissionais de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

Protege a sociedade contra os riscos do mau exercício

profissional ou execução por leigos;

O CONFEA E OS CREAs SÃO AUTARQUIAS FEDERAIS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO

PROFISSIONAIS DO SISTEMA CONFEA/CREA

ENGENHEIROS

ARQUITETOS

ENGENHEIROS AGRÔNOMOS

GEÓGRAFOS

GEÓLOGOS

METEOROLOGISTAS

TECNÓLOGOS

TÉCNICOS INDUSTRIAIS E

TÉCNICOS AGRÍCOLAS

CREA (BA)CREA (SE)

CREA (AL)

CREA (PE)CREA (PB)

CREA (MA)CREA (TO)CREA (AP)

CREA (PA)CREA (RR)

CREA (AM)

CREA (AC)

CREA (RO)

CREA (MS) CREA (GO) CREA (MT)

CREA (DF)

CREA (MG) CREA (ES)

CREA (RS)

CREA (SP)

CREA (RJ)

CREA (PR)

CREA (SC)

CREA (RN)CREA (CE)CREA (PI)

CONFEAConselho Federalde Engenharia,

Arquitetura e Agronomia

“Negócios públicos ou privados, civis ou domésticos, ações particulares ou transações, nada em nossa vida esquiva-se ao DEVER: observá-lo é virtuoso, negligenciá-lo, desonra.”

“O tema do dever é duplo; um se relaciona com a natureza do bem e do mal; outro encerra os preceitos que devem mediar as nossa ações.”

Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.)

O raciocínio ético ocupa-se dos aspectos da conduta humana em sociedade, reunindo preceitos de bem agir que devem ser observados pelo indivíduo em todas as suas ações.

O cerne da questão: o que é bem e o que é o mal.

Os critérios de bem e mal são estabelecidos pelos grupamentos sociais na construção de seus valores morais.

ÉTICA questão centrada na idéia do DEVER

Um dos paradigmas do Sistema Confea/Creas:

“O exercício profissional consciente e responsável, observante dos padrões éticos solidariamente estabelecidos; padrões esses que, derivando-se da ética comum do sistema maior que é a Sociedade, perpassa o amplo e multifacetado campo das relações do cidadão-profissional com seus colegas, seus clientes, seus empregados e com a comunidade em geral.”

Ética Profissional Atribuições Profissionais Responsabilidades dos Engenheiros

Didaticamente, costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos:

Os problemas gerais e fundamentais – como liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros.

Os problemas específicos, de aplicação concreta – como os problemas de ÉTICA PROFISSIONAL, de ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, bioética, etc.

Lembrando: na vida real, eles não vêm assim separados.

As Entidades Nacionais representativas dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia pactuam e proclamam o presente Código de Ética Profissional.

Brasília, 06 de novembro de 2002

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

• O Código de Ética Profissional• Art. 2º - O Código de Ética Profissional, adotado através desta

Resolução, para os efeitos dos arts. 27, alínea "n", 34, alínea "d", 45, 46, alínea "b", 71 e 72, da Lei nº 5.194, de 1966, obriga a todos os profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, em todas as suas modalidades e níveis de formação.

ÉTICA PROFISSIONALResolução 1002 , 26 de novembro de 2002

“Adota o Código de Ética Profissional”

Um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações dos profissionais.

O QUE É CÓDIGO DE ÉTICA?

Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais.

Art. 2º - Os preceitos deste Código de Ética Profissional têm alcance sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de formação, modalidades ou especializações.

3 – DA IDENTIDADE DAS PROFISSÕES E DOS PROFISSIONAIS

Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber científico e tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e pelos resultados sociais, econômicos e ambientais do trabalho que realizam.

Art. 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas profissões e os sujeitos pró-ativos do desenvolvimento.

Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.

4 – DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS

Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:

O Código de Ética Profissional

• 1. PROCLAMAÇÃO• As Entidades Nacionais representativas dos profissionais da

Engenharia, da Arquitetura,

da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia pactuam e proclamam o presente Código de Ética Profissional.

O Código de Ética Profissional

• 2. PREÂMBULO.

Art. 1º O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais.

O Código de Ética Profissional

• 4. DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS.• Art. 8º A prática da profissão é fundada nos seguintes

princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:

O Código de Ética Profissional

• Do objetivo da profissão:

I-A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de exercêla, tendo como objetivos maiores apreservação e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores;

O Código de Ética Profissional

• Da natureza da profissão:• II- A profissão é bem cultural da humanidade construído

permanentemente pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem;

O Código de Ética Profissional

• Da honradez da profissão:• III- A profissão é alto título de honra e sua prática exige

conduta honesta, digna e cidadã;

O Código de Ética Profissional

• Da eficácia profissional:• IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e

competente dos compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a segurança nos seus procedimentos;

O Código de Ética Profissional

• Do relacionamento profissional:• V - A profissão é praticada através do relacionamento

honesto, justo e com espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição;

O Código de Ética Profissional

• Da intervenção profissional sobre o meio:• VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do

desenvolvimento sustentável na intervenção sobre os ambientes natural e construído e da incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores;

O Código de Ética Profissional

• Da liberdade e segurança profissionais:• VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a

segurança de sua prática de interesse coletivo.

Atribuições Profissionais

• As atribuições definem que tipo de atividades uma determinada categoria profissional pode desenvolver.

• Toda atribuição é dada a partir da formação técnico-científica. • As atribuições estão previstas de forma genérica nas leis e, de

forma específica, nas resoluções do Conselho Federal.

5 – DOS DEVERES

Art. 9º - No exercício da profissão são deveres do profissional:

I - ante ao ser humano e a seus valores:

a. oferecer seu saber para o bem da humanidade;

b. harmonizar os interesses pessoais aos coletivos;

c. contribuir para a preservação da incolumidade pública;

d. divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes à profissão;

Atribuições Profissionais• O CONFEA, ao propor resoluções, toma por base os currículos

e programas fornecidos pelas instituições de ensino de engenharia, arquitetura, agronomia e demais profissões da área tecnológica, sendo que as disciplinas de características profissionalizantes é que determinam as atribuições profissionais.

II - Ante à profissão:

a. identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;

b. conservar e desenvolver a cultura da profissão;

c. preservar o bom conceito e o apreço social da profissão;

d. desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de sua capacidade pessoal de realização;

e. empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido da consolidação da cidadania e da solidariedade profissional e da coibição das transgressões éticas;

III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:

a. dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da eqüidade;

b. resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou empregador, salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da informação;

c. fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e propaganda pessoal;

d. atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais;

e. considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-lhe, sempre que possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas em suas propostas;

f. alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas e às conseqüências presumíveis de sua inobservância;

g. adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às normas vigentes aplicáveis;

IV - Nas relações com os demais profissionais:

a. atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da igualdade de condições;

b. manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exercício da profissão;

c. preservar e defender os direitos profissionais;

V - Ante ao meio:

a. orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do desenvolvimento sustentável;

b. atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação de novos produtos, aos princípios e recomendações de conservação de energia e de minimização dos impactos ambientais;

c. considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e disposições concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios sócio-cultural e ambiental.

3. Entidade de Fiscalização: CREA

• O Decreto Federal nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933 (Getúlio Vargas)

• Art. 10 - Os profissionais a que se refere este Decreto só poderão exercer legalmente a Engenharia, a Arquitetura ou a Agrimensura, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados-diplomas e cartas no Ministério da Educação e Saúde Pública, ou de suas licenças no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.

• Art. 18 - A fiscalização do exercício da Engenharia, da Arquitetura e da Agrimensura será exercida pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e pelos Conselhos Regionais a que se referem os Arts. 25 a 27.

Decreto Federal nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933 (Getúlio Vargas)regulou o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor.

• Art. 26 - São atribuições dos Conselhos Regionais:• a) examinar os requerimentos e processos de registro de licenças

profissionais, resolvendo como convier;

• b) examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações do presente decreto, decidindo a respeito;

• c) fiscalizar o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, impedindo e punindo as infrações deste Decreto, bem como enviando às autoridades competentes minuciosos e documentados relatórios sobre fatos que apurarem e cuja solução ou repressão não seja de sua alçada;

Atribuições dos Conselhos Regionais (continuação)pelo decreto Federal nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933

• d) publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a relação dos profissionais registrados;

• e) elaborar a proposta de seu regimento interno, submetendo-a à aprovação do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura;

• f) representar ao Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura acerca de novas medidas necessárias para a regularização dos serviços e para a fiscalização do exercício das profissões indicadas na alínea c deste Artigo;

• g) expedir a carteira profissional prevista no Art. 14;

• h) admitir a colaboração das sociedades de classe nos casos relativos à matéria das alíneas anteriores.

A Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 (presidente Castelo Branco)regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e deu outras providências, incluindo a Fiscalização do Exercício das Profissões

• Art. 24 - A aplicação do que dispõe esta Lei, a verificação e a fiscalização do exercício e atividades das profissões nela reguladas serão exercidas por um Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem unidade de ação.

• Art. 33 - Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) são órgãos de fiscalização do exercício de profissões de engenharia, arquitetura e agronomia, em suas regiões.

A Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 (presidente Castelo Branco)regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e deu outras providências, incluindo a Fiscalização do Exercício das Profissões• Art. 34 - São atribuições dos Conselhos Regionais:• a) elaborar e alterar seu regimento interno, submetendo-o à homologação

do Conselho Federal;• b) criar as Câmaras especializadas atendendo às condições de maior

eficiência da fiscalização estabelecida na presente Lei;• c) examinar reclamações e representações acerca de registros;• d) julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração da presente

Lei e do Código de Ética, enviados pelas Câmaras Especializadas;• e) julgar, em grau de recurso, os processos de imposição de penalidades e

multas;• f) organizar o sistema de fiscalização do exercício das profissões reguladas

pela presente Lei;• g) publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e firmas

registrados;• h) examinar os requerimentos e processos de registro em geral, expedindo

as carteiras profissionais ou documentos de registro;

Atribuições dos CREA’s (continuação)Pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966

• i) sugerir ao Conselho Federal medidas necessárias à regularidade dos serviços e à fiscalização do exercício das profissões reguladas nesta Lei;

• j) agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou faculdades de engenharia, arquitetura e agronomia, nos assuntos relacionados com a presente Lei;

• k) cumprir e fazer cumprir a presente Lei, as resoluções baixadas pelo Conselho Federal, bem como expedir atos que para isso julguem necessários;

• l) criar inspetorias e nomear inspetores especiais para maior eficiência da fiscalização;

• m) deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativos e sobre os casos comuns a duas ou mais especializações profissionais;

• n) julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência das Câmaras Especializadas referidas no artigo 45, quando não possuir o Conselho Regional número suficiente de profissionais do mesmo grupo para constituir a respectiva Câmara, como estabelece o artigo 48;

Atribuições dos CREA’s (continuação)Pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966

• o) organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e pessoas jurídicas que, nos termos desta Lei, se inscrevam para exercer atividades de engenharia, arquitetura ou agronomia, na Região;

• p) organizar e manter atualizado o registro das entidades de classe referidas no artigo 62 e das escolas e faculdades que, de acordo com esta Lei, devam participar da eleição de representantes destinada a compor o Conselho Regional e o Conselho Federal;

• q) organizar, regulamentar e manter o registro de projetos e planos a que se refere o artigo 23;

• r) registrar as tabelas básicas de honorários profissionais elaboradas pelos órgãos de classe;

• s) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis.(1)

Responsabilidades dos Engenheiros

1 – ÉTICA

2 – OBJETIVA

3- TRABALHISTA

4 – ADMINISTRATIVA

5 - PENAL OU CRIMINAL

6 - CIVIL

7 - TÉCNICA

1 – ÉTICA

• Resulta de faltas éticas que contrariam a conduta moral na execução da atividade profissional.

• Em nível do CONFEA/CREAs, essas faltas estão previstas na legislação e no Código de Ética Profissional, estabelecido na Resolução nº 1002, de 26/11/02, do CONFEA.

• Uma infração à ética coloca o profissional sob julgamento, sujeitando-o a penalidades.

• Recomenda-se a todo profissional da área tecnológica a observância rigorosa às determinações do Código de Ética.

2 – OBJETIVA

• Estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor - Artigos 12º e 14º.

• Resultante das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços (pessoa física e jurídica)

e o consumidor, assegura direitos consagrados pela Lei nº 8.078 , que dispõe sobre a Proteção ao Consumidor.

CDC• A responsabilidade profissional está, mais do que nunca,

estabelecida através do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, pois coloca em questão a efetiva participação preventiva e consciente dos profissionais.

CDC• Portanto, é fundamental que o profissional esteja atento à

obrigatoriedade de observância às Normas Técnicas e à execução de orçamento prévio de projeto completo, com especificação correta de qualidade, garantia contratual (contrato escrito) e legal (ART).

• Uma infração ao Código de Defesa e Proteção ao Consumidor coloca o profissional (pessoa física e jurídica) em julgamento, com possibilidade de rito sumaríssimo, inversão do ônus da prova e com assistência jurídica gratuita ao consumidor, provocando, assim, a obrigação de sua obediência.

3 - TRABALHISTA

• Resulta das relações com os empregados e trabalhadores que compreendem: direito ao trabalho, remuneração, férias, descanso semanal e indenizações, inclusive, aquelas resultantes de acidentes que prejudicam a integridade física do trabalhador.

• O profissional só assume esse tipo de responsabilidade quando contratar empregados, pessoalmente ou através de seu representante ou representante de sua empresa.

• Nas obras de serviços contratados por administração o profissional estará isento desta responsabilidade, desde que o proprietário assuma o encargo da contratação dos operários, o que é raro na prática.

4 - ADMINISTRATIVA• Resulta das restrições impostas pelos órgãos públicos, através

do Código de Obras, Código de Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento Profissional, Plano Diretor e outros.

• Essas normas legais impõem condições e criam responsabilidades ao profissional, cabendo a ele, portanto, o cumprimento das leis específicas à sua atividade, sob pena inclusive, de suspensão do exercício profissional.

5 - PENAL OU CRIMINAL• Decorre de fatos considerados crimes. Neste campo

merecem destaque:• a - desabamento - queda de construção em virtude de

fator humano;b - desmoronamento - resulta da natureza;c - incêndio - quando provocado por sobrecarga elétrica;d - intoxicação ou morte por agrotóxico - pelo uso indiscriminado de herbicidas e inseticidas na lavoura sem a devida orientação e equipamento;e - intoxicação ou morte por produtos industrializados - quando mal manipulados na produção ou quando não conste indicação da periculosidade;f - contaminação - quando provocada por vazamentos de elementos radioativos e outros.

Responsabilidade Penal ou Criminal

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

A Lei brasileira de Crimes Ambientais nº 9605/98, estabelece crime como: “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”

Responsabilidade Penal ou Criminal

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Fato verídico:

Danos ambientais provocados pelo vazamento de cerca de 3.600 barris de petróleo aconteceu em novembro de 2011 na jazida Frade, uma concessão explorada pela Chevron petróleo no oceano Atlântico.

A empresa sofreu processo que exigia da Chevron e de sua contratada Transocean o pagamento de indenizações no valor de US$ 40 bilhões pelos danos causados

Responsabilidade Penal ou Criminal

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Fato verídico:

A ANP acusou a companhia petrolífera de provocar o derramamento por erros de cálculo nas perfurações. As empresas Chevron, Transocean e 17 de seus diretores são acusados de responsabilidade civil e penal no vazamento.

No processo, para evitar a multa, a Chevron assinou dia 13 de setembro um "Termo de Ajustamento de Conduta" em que se comprometeu com o Ministério Público a adotar medidas preventivas para evitar outros acidentes do mesmo tipo e a investir cerca de R$ 300 milhões em atividades compensatórias.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Fato verídico:

O acordo obriga a Chevron a adotar medidas "inéditas de precaução e prevenção de novos incidentes e a compensar pelos derramamentos ocorridos" para que o processo pudesse ser suspenso.

A Chevron já havia pago em setembro de 2012 uma multa administrativa de R$ 35,1 milhões determinada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) por causa do vazamento, consequência de fendas que se abriram no leito marinho perto de onde o grupo realizava as perfurações.

Responsabilidade Penal ou Criminal

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Fato verídico:

Uma vez superados os problemas, a ANP autorizou em abril a Chevron a

retomar suas operações na jazida de Frade, onde a extração estava

suspensa desde março de 2012 pelo perigo que o vazamento

continuasse.

Segundo informações Ministério Público Federal apesar da extinção do

processo civil, o processo penal contra a empresa ainda permanece em

aberto

6 - PENAL OU CRIMINAL• Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não

lesão corporal ou dano material, desde que se caracterize perigo à vida ou à propriedade.

• Por isso, cabe ao profissional, no exercício de sua atividade, prever todas as situações que possam ocorrer a curto, médio e longo prazos, para que fique isento de qualquer ação penal.

7 - CIVIL

• Decorre da obrigação de reparar e/ou indenizar por eventuais danos causados.

• O profissional que, no exercício de sua atividade, lesa alguém tem a obrigação legal de cobrir os prejuízos.

7 - CIVILA responsabilidade civil divide-se em:

1 - Responsabilidade contratual;

2 - Responsabilidade pela solidez e segurança da construção;

3 - Responsabilidade pelos materiais;

4 - Responsabilidade por danos a terceiros;

Responsabilidade contratual

• Decorre do contrato firmado entre as partes para a execução de um determinado trabalho, sendo fixados os direitos e obrigações de cada uma.

Responsabilidade pela solidez e segurança da construção• Pelo Código Civil Brasileiro, o profissional responde pela

solidez e segurança da obra durante cinco anos; é importante pois, que a data do término da obra seja documentada de forma oficial.

• Se, entretanto, a obra apresentar problemas de solidez e segurança e, através de perícias, ficar constatado erro do profissional, este será responsabilizado, independente do prazo transcorrido, conforme jurisprudência existente.

Responsabilidade pelos materiais• A escolha dos materiais a serem empregados na obra ou

serviço é da competência exclusiva do profissional. • Logo, por medida de precaução, tornou-se habitual fazer a

especificação desses materiais através do "Memorial Descritivo", determinando tipo, marca e peculiaridade outras, dentro dos critérios exigíveis de segurança.

• Quando o material não estiver de acordo, com a especificação, ou dentro dos critérios de segurança, o profissional deve rejeitá-lo, sob pena de responder por qualquer dano futuro.

Responsabilidade por danos a terceiros• É muito comum na construção civil a constatação de danos a

vizinhos, em virtude da vibração de estaqueamentos, fundações, quedas de materiais e outros.

• Os danos resultantes desses incidentes devem ser reparados, pois cabe ao profissional tomar todas as providências necessárias para que seja preservada a segurança, a saúde e o sossego de terceiros.

• Cumpre destacar que os prejuízos causados são de responsabilidade do profissional e do proprietário, solidariamente, podendo o lesado acionar tanto um como o outro.

• A responsabilidade estende-se, também, solidariamente, ao sub-empreiteiro, naquilo em que for autor ou co-autor da lesão.

8 - TÉCNICA• Os profissionais que executam atividades específicas dentro das

várias modalidades das categorias da área tecnológica devem assumir a responsabilidade técnica por todo trabalho que realizam.

• Apenas como exemplos:• - um arquiteto que elabora o projeto de uma casa será o responsável

técnico pelo projeto;- o engenheiro civil que executa a construção desta mesma casa será o responsável técnico pela construção;

• - um engenheiro agrônomo que projeta determinado cultivo especial de feijão será o responsável técnico pelo projeto desse cultivo.

• A contratação de profissionais liberais pode ser concretizada verbalmente ou através de documentos. O vínculo com pessoa jurídica, entretanto, pode ser empregatício, de acordo com a legislação trabalhista em vigor ou por contrato particular de prestação de serviços, registrado em cartório.

• Código de ética nas empresas • Admissão e demissão • Funções • Respeito • Qualidade de vida • Condutas de convívio • Sigilo