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ETICA APLICADA PROF. MARCELO BOIA

Etica aplicada

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ETICA APLICADA

PROF. MARCELO BOIA

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UMA REFLEXÃO SOBRE A ÉTICA

APLICADA.

O conceito “Ética Aplicada” surgiu

nos anos 60 do séc. XX, por

analogia com outras disciplinas,

como a física aplicada, a sociologia

aplicada, etc. e pretendeu,

sobretudo, dar uma resposta às

incertezas relativamente ao futuro

das próximas gerações humanas

provocadas pelo desenvolvimento

tecnocientífico.

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Os desastres ecológicos, a

manipulação genética, a energia

nuclear, etc., criaram preocupações

relativamente à perversão das

características únicas e essenciais

do homem e relativamente aos

efeitos remotos, cumulativos e

irreversíveis da intervenção

tecnológica sobre a natureza.

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Além disso, depois da queda do muro de Berlim

(1989), acelera-se o fenómeno da

globalização, com os novos problemas

económicos, políticos, sociais e culturais.

Mudou a natureza do capital: apareceram os

fluxos financeiros internacionais, com as

multinacionais. Mudou a natureza do trabalho-

antes, os fatores de produção eram três: o

Trabalho, o Capital e a Terra; -hoje, a produção

tornou-se mais intensiva no conhecimento. O

saber constitui um fator de diferenciação no

trabalho. O que vale é o trabalho qualificado e

criativo. Mudou o papel do Estado. Com a

globalização, o Estado tem de saber conciliar o

nacional e o internacional e criar condições

estruturais de competitividade em escala

global.

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O QUE É MORAL E ÉTICA?

O ser humano, diferentemente dos

animais, segue

regras, princípios, valores e

normas. Podemos definir, então, a

moral como esse conjunto de

valores que rege a vida dos

indivíduos em sociedade. Não há

sociedade humana sem algum tipo

de preceito que orienta a vida das

pessoas.

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Quando chamamos alguém de imoral, queremos

dizer que, às vezes, a pessoa até acredita nos

valores morais, mas, em algum momento, o

transgride. Por exemplo, uma pessoa pode

acreditar na fidelidade, mas se conhece alguém

interessante e "trai" o seu companheiro(a), ela

cometeu um ato imoral. Posso acreditar que

roubar seja errado e pautar as minhas ações na

honestidade, entretanto, por uma questão de

vida ou morte, posso abrir mão da honestidade

e matar a fome dos meus filhos, através de

algum ato "condenável": furtar uma fruta ou

qualquer outro alimento.

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Evidentemente, posso cometer atos leves

ou pesados como o "chumbo". As

perguntas são: a minha consciência me

acusará? Eu terei paz? O que fiz foi justo?

Veja que não estamos nos referindo às

leis feitas pelos homens, ou seja, não se

trata de uma questão jurídica. Como

exemplo, podemos citar o salário de um

político no Brasil. Pode até ser legal, mas

será moral, num país onde a maioria do

povo ganha salários miseráveis? Pois é...

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O amoral é alguém que não tem

nenhum compromisso com os valores

morais. Não segue uma regra; não

tem consciência moral; não sente

culpa, remorso ou arrependimento. É

capaz de enganar, manipular e até

assassinar pessoas, para satisfazer

desejos egoístas. São os chamados

psicopatas e outros adjetivos pouco

"nobres".

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A ética, quase sempre, é confundida com a

moral. A palavra ética vem do grego (ethos) e

significa costumes. A palavra moral vem do

latim ("mores", "morus") e tem o sentido de

costumes também. A ética é a morada do

homem. Ela nos tira do estado de natureza

bruto e nos dar um verniz de cultura. Percebe-

se que ambas têm raízes comuns. De um ponto

de vista prático, podemos até usá-las com o

mesmo significado, todavia, filosoficamente, a

ética serve para designar a parte da Filosofia

que faz uma reflexão teórica a respeito dos

fundamentos da moral. Ela é também chamada

de Filosofia moral. Ela busca refletir e teorizar

sobre o que é o "certo e o errado"; o que é o

"justo e injusto"; o que é "permitido e proibido".

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Em suma, busca os fundamentos sobre o conjunto

das ações humanas. Assim, uma pessoa pode agir

uma vida inteira moralmente, mas nunca agir

eticamente. A ética pressupõe o questionamento

sobre todos os nossos atos e procura dar-lhes um

significado. O agir ético exige a autonomia do

sujeito. Enquanto a moral é o agir de forma

heterônoma, ou seja, os valores vêm de fora, pois

são dados pela sociedade ou cultura em que

vivemos, e não são questionados, a ética é

autônoma, pois ao questionar, refletir e teorizar

sobre os fundamentos da moral, agora eu mesmo

posso aceitá-los ou rejeitá-los e, até mesmo,

preconizar outras formas de pensar, sentir e agir,

mas de forma consciente e livre.

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Agir eticamente não é fácil. Exige

coragem e disposição para enfrentar os

obstáculos da moral constituída. Neste

sentido, é a partir do constituído ( a

moral ) que prescrevemos novos valores

constituintes. O indivíduo deve ser livre

para agir eticamente. O fundamento não

pode ser divino, porque senão a ética

passa a ser um meio sobrenatural para

resolver dilemas da consciência

humana.

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Agir eticamente, é agir com a própria

consciência e assumir a responsabilidade

pelos próprios atos. O interessante é que o

que hoje pode ser considerado imoral e

antiético, amanhã poderá ser perfeitamente

aceito como um valor ético. Como exemplo,

podemos defender o direito de que todo

padre poderia casar-se e constituir uma

família. Talvez os escândalos de pedofilia

diminuíssem bastante. Seria quase que o

apocalipse, entretanto, com o passar do

tempo tornar-se-ia um fato banal. Daí o

fundamento tão somente humano...

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Eis um dos maiores dilemas humanos: o

fardo de carregar a liberdade tal qual

uma praga que nos assombra; liberdade

de fazer escolhas o tempo todo. Os

animais não se preocupam com isso, já

são programados biologicamente; o

homem, infelizmente ou felizmente, não

sei, precisa escolher e assumir os seus

atos. Como já dizia Caetano Veloso:

"Cada um sabe a delícia e a dor de ser o

que é".

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FONTE:http://marcoaureliofilosofia.blogspot.com

CONTEÚDO RELACIONADO AO

MODULO 11 CAPITULO 1: ÉTICA

APLICADA.