O homem cuja orelha cresceu - Inácio de Loyola Brandão

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“O HOMEM CUJA ORELHA CRESCEU”Um conto de Ignácio de Loyola Brandão

ProfªDrªMaria Augusta H. W. RibeiroUNESP –Campus Rio Claro

TEORIA LEITURA DO CONTO

O Conto

Música

Conclusão

Ignácio de Loyola Brandão

Contexto Histórico/Político

Um pouco mais de ...

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O leitor e o escritor em formação

• Nasceu na cidade de Araraquara – SP no dia 31 de julho de 1936.

• Seu pai, contador e funcionário da estrada de ferro Araraquarense, o incentivava ler, para tanto, formou uma biblioteca com mais de 500 volumes.

• Aos 10 anos participa de um concurso de desenho patrocinado pelo Consulado da França com o tema “Como você vê a Paris libertada”, recebendo pela participação os livros “Pinóquio” e “O barba azul”.

• Primeiros passos como escritor: aos 12 anos escreve seu primeiro romance, num caderno, intitulado “Dias de Glória”.

• Em 1955 inicia o curso científico.

À caminho da literatura• Escreveu em diversos jornais

de sua cidade.

• Aos 20 anos, mudou-se para São Paulo e passou a trabalhar no Jornal Última Hora: repórter, colunista e editor de variedades.

• Revista Cláudia, editora Abril.

• Revista Realidade: destaque nos anos 60.

• Revista Setenta: tentativa de uma Vogue brasileira.

• Editora Três: Revista Planeta, Lui e Ciência e Vida e na organização dos Clássicos da Literatura Brasileira e na Biblioteca Planeta.

Lança seu primeiro livro: "Depois do sol“ (1965)

Contos • Pega ele, Silêncio,

Símbolo, 1976• Cadeiras

proibidas, Símbolo, 1976

• Cabeças de segunda-feira, Codecri, 1983

• O homem do furo na mão, Ática, 1987

• O homem que odiava segunda-feira, Global, 1999

Produção Literária

Produziu 32 livros entre contos, romances, relatos autobiográficos, cartilhas, crônicas, biografias. Possui livros traduzidos para sete outras línguas.

Literatura Infanto-Juvenil

Lançado em1995

Lançado em1989

Lançado em 2007Prêmio Fundação Biblioteca Nacional

Melhor Livro Infantil do Ano

Lançado em2005

“Pega ele, Silêncio”Prêmio Especial do1°Concurso Nacional de Contos do Paraná(1968)

“Não verás país nenhum”

Premiado pelo Instituto Ítalo

Latino Americano (1984) e encenado

no teatro José de Alencar em

Fortaleza (1987)

“O homem que odiava a

segunda-feira”Prêmio Jabuti

Melhor livro de contos

(2000)

“O ganhador”Prêmios Pedro Nava (Academia Brasileira de Letras) e Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Categoria “Melhor Romance”(1988)

Reconhecimento:

Lançado primeiramente pela editora italiana Feltrinelli (1974)

Em 1975 foi lançado no Brasil e noano seguinte censurado pelo Ministério daJustiça, porém antes recebeu o Prêmio de “Melhor Ficção” concedido pela Fundação Cultural do Distrito Federal.

Vendas liberadas em 1979.

Foi traduzido para diversas línguas:Italiano, inglês, húngaro,espanhol, coreano, alemão.

Destaque:

Adaptações• Teatro:

Não verás país nenhum. Direção de JúlioMaciel, Fortaleza, Teatro José de Alencar, 1987 (baseado no romancehomônimo).

• Cinema:

Bebel, a garota-propaganda. Direção de Maurice Capovilla, 1986

(baseado no romance “Bebel que a cidade comeu”)

Anuska, manequim e mulher. Direção de Francisco Ramalho, 1969 (baseado no conto

“Ascensão ao mundo de Annuska").

O conto em questão...

1ª edição1976

1993

2002

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Contexto Histórico/Político

CADEIRAS PROIBIDAS

24 CONTOS

METÁFORAS DA VIDA BRASILEIRA

DITADURA MILITAR

ATO PENSAMENTO CADA LINHA ESCRITA

CONDENAR UM HOMEM

1ª EDIÇÃO: 1976

época de censura medo

REÚNE

“Nos anos setenta, a situação brasileira me parecia

bastante irreal. Ainda parece, hoje. No entanto, era

diferente naquela época, com o regime ditatorial, a

censura, o amordaçamento geral. Eu via os jornais

contemplando uma realidade e estampando outra.

Como jornalista, era testemunha de fatos que não

podia imprimir. Portanto, observava a realidade sendo

distorcida e uma outra realidade sendo fabricada,

impingida. A percepção desta situação me levou à

descoberta (óbvia) de que as coisas eram, mas não

eram. E, desta maneira, na observação do dia-a-dia,

foram surgindo as histórias que compõem Cadeiras

Proibidas.” (BRANDÃO, 1987)

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Um pouco mais de...

Ignácio de Ignácio de Loyola Loyola BrandãoBrandão

44 anos de carreira

Obscenidades para uma

dona de casa

Escrever

ViverLer Muito

Saber Português

Sentido de Vida

Mergulhar na Vida

O Estado de São Paulo

Site

“Eu só escrevo. Cada história que você escreve tem mil interpretações.”

“A crase que é a principal causadora dos distúrbios que andam por aí: os sem terra invadindo, os lucros do bancos, a queda da bolsa, o aumento do preço do

álcool, a degradação do ensino, o aumento da violência. A culpa de tudo? A existência da crase. Dia desses, encontrei na rua um homem que se dirigia as

(tem crase?) pessoas falando sem crases. Foi espantoso, mas excelente experiência, todos o

entendiam.”

“Cadeiras Proibidas é quase Kafkiano.”

“Tinha medo de ter outro livro proibido.”

“Os censores não entenderam, e eu sabia

que eles não iam entender. O leitor entendeu.”

“Fiz um livro de conto que era

inteiro metafórico.”

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Música

MOZART CAMARCO GUARNIERI (1907-1993)

02 Chôro for Cello & Orchestra (1961) II. Calmo e triste

03 Chôro for Cello & Orchestra (1961) III. Com alegria voltar

Conclusão:

Uma certa visão da realidade

naturalmente absurda

insólita

Proposta do realismo mágico

deformar o real

mostrá-lo na sua transfiguração

em forjar a condição do humano como algo naturalmente absurdo

propor um olhar de transcendência em relação ao real.

não consiste

mas

por meio da ficção

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