Painel Terra - Diálogos Ambientais CBH-LN - Claudio _IG

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A “Terra” do Litoral Norte e suas implicações para a gestão de risco

e de desastres e recuperação de áreas degradadas

CLÁUDIO JOSÉ FERREIRA

A Terra e suas relaçõesATMOSFERA

HIDROSFERA

BIOSFERA

A Terra do LN: enfoques do trabalho

Perigo, vulnerabilidade, exposição e risco

Aproveitamento recursos minerais

Degradação Ambiental

A Terra do LN: enfoque metodológico

Trabalhos anterioresRecursos minerais Risco Degra-

dação● Projeto Santos

– Iguape (CPRM 1977)

● Planejamento minerário em área de atuação daSUDELPA (CPRM 1982)

● Relatório 60 dias - instabilidade da Serra do Mar e situações de risco (IPT/IG/IF/IBt 1988)

● Carta geotécnica de Ubatuba (IG/IPT 1989)● Carta de Escorregamentos Ilhabela (Augusto Filho 1994)● Carta de risco a movimentos de massa e inundação de

São Sebastião (IG 1996)● Mapeamentos de risco escala 1:3000 (Ubatuba, Ilhabela,

São Sebastião IG 2006; Caraguatatuba, IPT 2010)● UBC Estado de São Paulo (IG/CPLA 2014)● Geotecnologias na orientação do uso da terra com base

nos impactos das mudanças climáticas globais (IG 2014)

● Macrozoneamento do Litoral Norte (CPLA-SMA 1992);● Risco geológico associado a mineração em Ubatuba (SILVA 1995)● Áreas de empréstimo no município de Caraguatatuba (SARAIVA 2001)

● Mineração e usos do solo no litoral paulista (Bitar 1990)● Projeto SIIGAL (IG-FAPESP 2002)● Regeneração sócio-ambiental de áreas degradadas por mineração, Ubatuba (IG-FAPESP 2008)● Indicadores e avaliação numérica da degradação da terra (IG-FAPESP 2009)● Ordenamento territorial da mineração nos municípios do Litoral Norte paulista (IPT-SEM 2013)

Conceitos utilizados

APROVEITAMENTO MINERAL

RISCO, PERIGO, VULNERABILIDADE,

EXPOSIÇÃODEGRADAÇÃO

Relação existente (percebida) entre uma ameaça (perigo) com o grau de vulnerabilidade do sistema receptor (exposição) a seus efeitos (risco)

Comprometi-mento da capacidade de uma área de prestar serviços ou dar suporte ambiental ou de ser utilizada sem algum tipo de recuperação

Volume de minério disponível para explotação considerando restrições legais e do uso e ocupação do solo

Fonte: Ferreira (2012)

Áreas e setores de risco do Litoral Norte - Enfoque Defesa Civil 1:3.000

Fonte: IG (2006), IPT (2010)

Fonte: IG (2006), IPT (2010)

Moradias em risco do Litoral Norte - Enfoque Defesa Civil 1:3.000

Fonte: IG (2006), IPT (2010)

Tipos de processos perigosos do Litoral Norte - Enfoque Defesa Civil 1:3.000

UBCs do Estado de São Paulo

Fonte: Vedovello et al. (2015)

10 municípios com maior perigo de escorregamentos

Fonte: Vedovello et al. (2015)

Exemplos recentes de escorregamentos

Estatística de desastres em São Paulo

Estatística de desastres LN

2010-2015 SIDEC IGCaraguatatuba 12

262

Ilhabela 02São Sebastião 36Ubatuba 14

TOTAL 64

FORMA DE SUPERAÇÃO 1

1. Melhorar a percepção de risco das comunidades expostas!

FORMA DE SUPERAÇÃO 2

1. Melhoria dos inventários de desastres, inclusive com o georreferenciamento dos registros existentes.

2. Municípios: alimentar o SIDEC!

Panorama do aproveitamento mineral do Litoral Norte

Fonte: Ferreira (2006)

Características por município

Pequena: produção < 1000 m3/mês ou área < 10ha Média: produção <3000m3/m e ≥1000m3/mês ou a área <50ha e ≥10 haGrande: produção <5000m3/mês e ≥3000 m3/mês ou área <100ha e ≥50haMuito Grande: produção ≥5000 m3/mês ou área ≥100ha

Fonte: Ferreira & Lemos (2002)

Exemplo extração de saibro

Regular licenciada

Clandestina

Foto: IG

Foto: Prefeitura Ubatuba

Problema e consequências

● Abandono de centenas de sítios de exploração mineral sem a recuperação ambiental, causam impactos ambientais e situações de perigo de eventos de movimentos de massa e hidrológicos.

● Depreciação do patrimônio paisagístico de uma região com vocação turística e de conservação ambiental;

● Aumento dos perigos geológicos-hidrológicos e dos riscos;

● Constrange o desenvolvimento das atividades mineiras legais.

Foto: IGFoto: IG

Etapas da explotação mineral

Fonte: Ferreira et al. (2008), Ferreira (2012)

Delimitação da área degradada

Fórmulas de cálculo

Degradação D = 0.399*Linhas Quebra Taludes + 0.353*Linhas Erosão + 0.184*Solo Exposto + 0.064*Vegetação Rasteira

Risco R = Perigo [0,4 * Declividade + 0,15 * Amplitude + 0,15 * Linhas Erosão + 0,15 * Linha de Quebra + 0,15* (Solo Exposto + Vegetação Rasteira)]* Vulnerabilidade (0,7 * V residências + 0,3 * V estradas) * Exposição [(0,7 * Residências + 0,2 * Rodovias + 0,1 * Estradas) * Perigo * Vulnerabilidade]

Potencial Mineral Vt = Ac ∑ Zi

Fonte: Ferreira et al. (2008), Ferreira e Fernandes da Silva (2008), Ferreira (2012)

Exemplo de tabulação dos dados

Fonte: Ferreira et al. (2008), Ferreira (2012)

Risco, degradação, potencial mineralFonte: Ferreira et al. (2008b)

Análise dos dados: risco vs degradaçãoFonte: Ferreira (2012)

FORMA DE SUPERAÇÃO 3

1. Privilegiar a interação entre produção mineral, recuperação ambiental e redução de riscos.

Degradação em encostas das bacias hidrográficas

Evolução do índice de degradação das encostas das bacias hidrográficas

FORMA DE SUPERAÇÃO 4

1. Papel do Parque Estadual da Serra do Mar na recuperação da degradação ambiental (indicador solo exposto) das encostas do Litoral Norte

Análise de Risco com base em UTB

Mapa de Perigo de Escorregamentos

Mapa de Vulnerabilidade Caraguatatuba

Mapa de Risco de São Sebastião

FORMA DE SUPERAÇÃO 5

1. Promover a sinergia entre os estudos científicos e as políticas públicas de redução de risco de desastres, recuperação de áreas degradadas e produção mineral, incluindo como interlocutores os gestores públicos, a sociedade civil organizada e o setor privado empresarial.

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