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www.lnaguas.pt 1 A Energia na Água Luís Neves 18 de Abril de 2013

Luis Neves - LN AGUAS

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Se ousarmos imaginar o que as gerações vindouras poderão pensar de nós, logo que entrarem em vigor os cenários de escassez projetados em relação ao recurso água potável, ficamos de imediato conscientes do modo pouco sustentável como gerimos atualmente este recurso: enquanto carregamos no botão de descarga da sanita e a água libertada for potável, sabemos que temos ainda muito por melhorar no ciclo de vida da água. Não cabe apenas às instituições governamentais, nem tão pouco à Comissão Europeia, introduzir a mudança necessária de paradigma. Por este motivo, a Construção Sustentável® dinamiza a abordagem deste tema através da concepção de sistemas de água que permitem recorrer a água adequada para cada uso utilizando, sempre que possível recursos locais de água renovável (reciclada ou da chuva).

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A  Energia  na  Água  Luís  Neves  

 18  de  Abril  de  2013  

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Qual  destes  elementos  é  o  mais  importante  para  a  eficiência?  

ENERGIA   ÁGUA  

Transferência  energé6ca  

Transferência  hídrica  

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Todas  estas  fontes  sejam  as  energé6cas  ou  as  de  água,  só  conseguem  chegar  ao  seu  des6no  através  de  mecanismos  de  transporte.      Para  o  seu  transporte  são  necessários  mecanismos  consumidores  de  energia,  de  forma   a   garan6r   a   disponibilidade   de   água   e   energia   em   pontos   distantes   e   de  diAcil  acesso.    

Fontes  de  energiaHídricaEólicaCarvãoSolarCiclo  combinadoOutras  renováveis

Fontes  de  águaCaptacão  subterrâneaCaptação  do  marAlbufeirasÁgua  da  chuvaÁguas  cinzentasÁguas  negras

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 •  Barragens  •  Geradores  •  Cabos  eléctricos  •  Subestações  •  Postos  de  transformação    

 •  Captação  •  Condutas  •  Reservatórios  •  Bombas  

O   engenho   hidráulico,   que   transforma   a   energia  eléctrica   em   energia   ciné6ca   ao   fluído   (Princípio   de  Arquimedes)  

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É   o   mecanismo   u6lizado   para  transferir   líquidos   entre   dois  pontos  com  elevações  diferentes.    Era   movido   manualmente   ou   por  moinho   de   vento.   Actualmente  actua  por  motor  eléctrico.    A  par6r  deste  principio  constroem-­‐se   a   maior   parte   das   bombas  centrífugas.  

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 •  As  bombas  estão  por  detrás  de  tudo  o  que  é  produzido!  

ü  Em  todas  a  Indústria  desde  a  alimentar  até  à  espacial;  ü  Na  produção  da  maior  parte  de  energia  eléctrica;  ü  Na  captação,  tratamento  e  transporte  de  água;  ü  No  abastecimento  seja  residencial  ou  industrial;  ü  Na  clima6zação  de  ediAcios  (aquecimento/arrefecimento).  

•  As  bombas  representam  10%  do  consumo  global  de  energia  do  planeta.  

•  30%   do   consumo   de   energia   da   União   Europeia   é   u6lizada   por   motores  eléctricos  (bombas/ven6ladores).  

•  No  seu  ciclo  de  vida   (15  a  20  anos)  o  consumo  de  energia   representa  85%  do  custo,  10%  na  manutenção  e  apenas  5%  na  aquisição  e  instalação.  

 

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As  bombas  são  consumidores  escondidos.  Não  se  vêem,  mas  estão  presentes.  Sem  estes  consumidores  é   impossível   termos  tudo  o  que  nos  rodeia  e  que  faz  parte  do  nosso  quo6diano.  

Exemplos:  •  Num  grande  aeroporto  existem  entre  2.000  a  

3.000   bombas   para   manter   tudo   em  funcionamento  24h/dia,  365  dias/ano;  

•  Num   hospital   de   média   dimensão,   existem  cerca  de  300  a  500  bombas  a   funcionar  24h/dia,  365  dias/ano;  

•  Num  hotel  de  500  quartos,  existem  100  a  200  bombas  a  funcionar  a  maior  parte  do  dia,  365  dias/ano,  

•  Na  indústria  transformadora  (papel)  podemos  ter   1.500   a   2.000   bombas   a   funcionar   em  permanência  24h/dia,  365  dias/ano.  

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Resumindo,   o   trabalho  que  estes   consumidores   realizam  é  bombear  fluídos  para  suprir  as  necessidade  dos  ediAcios.    Será  que  estas  necessidades  são  reais  ou  virtuais?  

Grande  parte  dos  sistemas  de  bombeamento  dos  ediAcios,  estão  desajustados  das  suas  reais  necessidades,  devido  a:    •  Erros  de  projecto,  nomeadamente:  

ü  Desconhecimento  das  necessidades  do  ediAcio  e  da  sua  u6lização;  ü  Sobredimensionamento  dos  sistema  de  abastecimento  e  clima6zação;  ü  Grau  de  conforto  excessivo  (acima  das  necessidades);  ü  Sistemas  de  controlo  e  comando  desajustados  ou  inexistentes.    

Com  tudo  isto,  estão  reunidas  as  condições  para  o  desperdício  de  energia  e  água.  

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Não  podemos  esquecer,  os  grandes  sistemas  de  abastecimento  público,  indústria  e  comércio,  pois  são  nestes  sectores  onde  ocorrem  maiores  consumos  e  perdas.    Nomeadamente:    •  No  sobredimensionamento  dos  equipamentos;  

•  Nas  rupturas  de  condutas  de  abastecimento  por  pressão  excessiva;  

•  Na   dimensão   das   redes   de   abastecimento   quer   nas   distâncias   quer   nos  desníveis;  

•  Na  concentração  de  sistemas  de  bombeamento  de  potência  elevada;  

•  Na  gestão  e  controlo  dos  equipamentos,  adaptados  ao  perfil  de  carga/consumo.  

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Construir  um  perfil  de  carga  de  consumo  (diário,  semanal,  mensal  e  anual)  que  permita  avaliar  as  diferenças  de  consumos  e  assim  ajustar  os  equipamentos  às  necessidades.    Exemplo  de  perfil  de  carga  de  consumo  de  água:  

Caud

al  

Tempo  00:00  06:00              12:00                        18:00  24:00  

Consumo  actual   Consumo  após  ajustes  

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Exemplo  de  perfil  de  carga  de  consumo  de  água  e  pressão:  

Pressão  

Tempo  00:00  06:00              12:00                        18:00  24:00  

Pressão  proporcional  variável  a  aplicar  Pressão  constante  u6lizada  nos  sistemas  convencionais/actuais  Desperdício  de  energia  

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De  imediato,  podemos:    •  Avaliar  as  reais  necessidades  dos  ediAcios/cidades;  •  Avaliar  os  sistemas  de  bombagem  existentes;  •  Beneficiar  os  sistemas  e  ajustá-­‐los  à  realidade;  •  Ajustar  os  consumos  de  água  e  energia,  sem  perca  de  conforto  básico;  •  Manutenção  das  instalações  e  dos  seus  equipamentos  de  forma  adequada.  

O  que  beneficiamos:    •  Redução  do  consumo  de  energia  entre  25%  a  50%;  •  Redução  no  consumo  e  perdas  de  água  até  25%;  •  Redução  de  custos  de  operação;  •  Maior  durabilidade  das  instalações  e  equipamentos;  •  Menor  impacto  ambiental.  

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ENERGIA   ÁGUA  

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E  agora  já  sabem  qual  dos  elementos  é  o  mais  importante?  

ENERGIA   ÁGUA  

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À   semelhança   dos   sistemas   anteriormente  mencionados,  o  corpo  humano  é  o  exemplo  mais  perfeito  do  equilíbrio  de  consumo  energia/água.    Desempenhando   a   função   de   fornecer   energia   e  água   ( sangue)   essenc ia l   para   a   nossa  sobrevivência.   Através   da   nossa   bomba  peristál6ca   (coração)   que   tem   o   controlo  proporcional   de   caudal   e   de   pressão,   garante   o  fluído   sanguíneo   nas   nossas   redes   principais   (as  artérias),   nas   secundárias   (os   vasos   capilares)  e  o  nosso  controlo  de  gestão,  o  (cérebro),  garan6ndo  assim  o  equilíbrio  em  todo  o  corpo/sistema.      É  sem  dúvida  um  sistema  eficiente!  

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O  uso  inteligente  da  água,  traduz-­‐se  no  consumo  eficiente      

da  energia!  

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Obrigado  pela  vossa  presença!