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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
EQUIPE:
Debóra Francielly
Ilca Rocha
Tiara Naiara
Faculdade Tecnologia e Ciências
Matéria: Saúde Coletiva
HISTÓRICO
Inicio do século XX → As primeiras intervenções estatais no campo da prevenção
e controle de doenças consistiam na organização de campanhas sanitárias
pontuais cujo modelo operacional baseava se em atuações verticais, sob forte
inspiração militar e com fases bem estabelecidas
o Preparatória
o De ataque
o De consolidação
o De manutenção
Note que a VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICANão era considerada como fase operacional
HISTÓRICO
A expressão VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
passou a ser aplicada a doenças transmissíveis na
década de 50, para designar as atividades
desenvolvidas na Campanha de Erradicação da
Malária;
A vigilância era direcionada às pessoas com base
no isolamento e não de forma coletiva.
Logo a expressão VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA significava a observação
sistemática e ativa de casos suspeitos ou
confirmados de doenças transmissíveis e de seus
contatos.
Tratava – se portanto de vigilância de pessoas
com base em medidas de isolamentos ou de
quarentena aplicadas individualmente e não de forma
coletiva.
HISTÓRICO
Na década de 1960, também foi instituída uma fase de VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
durante a campanha de erradicação da varíola;
Foram realizados:
Vacinação em massa;
Busca ativa de casos;
Detecção precoce dos surtos;
Bloqueio imediato da transmissão da doença.
Essa nova abordagem metodológica da VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA consagrou-se fundamental para a
erradicação da varíola em escala MUNDIAL.
HISTÓRICO
Em 1968 na 21ª Assembleia mundial de Saúde a VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA foi tema central e teve seu conceito bem estabelecido e
ampliado para a aplicação em vários outros problemas de saúde pública, além das
doenças transmissíveis, tais como:
Comportamentos como fatores de risco
Riscos ambientais
Doenças relacionadas ao trabalho
Acidentes
ETC
HISTÓRICO No Brasil a CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA VARÍOLA (1966-1973) é reconhecida
como o marco da institucionalização da VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA no País.
O modelo da desta campanha inspirou a Fundação Serviço Especial de Saúde Pública
(FSESP) a organizar em 1969 um sistema de notificação semanal de doenças
selecionadas e a disseminar informações pertinentes em um boletim epidemiológico de
circulação quinzenal.
Iniciou-se a ideia de:
- Semana Epidemiológica
- Doenças de Notificação Compulsória
- Disseminação de informações
Promoveu e apoiou a organização de unidades de VIGILÂNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS nas
secretárias estaduais de saúde.
HISTÓRICO
Através da FSESP estava criado o sistema que permitiria o futuro desenvolvimento
das ações de grande impacto no controle de doenças evitáveis por imunização.
O primeiro resultado deste esforço foi controle da POLIOMELITE no Brasil no ano de
1980 e no continente americano em 1994.
Por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde em 1975 o Ministério da
Saúde instituiu o SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
(SNVE) por meio da Lei 6.259/75 e Decreto 78.231/76.
Esses documentos tornaram obrigatórias as notificações de doenças transmissíveis
selecionadas.
HISTÓRICO Em 1977 foi criado o primeiro MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA onde
contava toda a metodologia de controle no âmbito de programas específicos.
CONCEITO
A vigilância epidemiológica é “o conjunto de atividades que permite reunir a
informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento
ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus
fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente sobre bases
firmes, as medidas indicadas e eficientes que levam à prevenção e ao controle de
determinadas doenças’’. Lei orgânica da saúde (Lei 8.080/90)
EpiSobre
Démos
Povo
LogosEstudo
OBJETIVOS
Identificar novos problemas de saúde pública;
Detectar epidemias;
Documentar a disseminação de doenças;
Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade causadas por determinados agravos;
Identificar fatores de risco envolvendo a ocorrência de doenças;
Recomendar, com bases objetivas e cientificas, as medidas necessárias para prevenir
ou controlar a ocorrência de específicos agravos à saúde;
Avaliar o impacto de medidas de prevenção, por meio de coleta e analise sistemática;
Avaliar a adequação de táticas e estratégias de medidas de intervenção com bases não
só em dados epidemiológicos;
Revisar práticas antigas e atuais de sistemas de vigilância com o objetivo de discutir
prioridades em saúde pública e propor novos instrumentos metodológicos.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
PROPÓSIT0S
Fornecer orientações técnica permanente para os profissionais da saúde
Constitui um instrumento importante para o planejamento, organização, operacionalização dos
sistemas de saúde;
FUNÇÕES
Coleta de dados
Processamentos dos dados coletados
Analise e interpretação dos dados processados
Recomendação das medidas de controle apropriadas
Promoção das ações de controle indicadas
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas
Divulgação de informações pertinentes
TIPOS DE DADOS
Dados ambientais, demográficos e
socioeconomicos
Permite quantificar grupos populacionais;
Núm. de habitantes, nascimentos e óbitos, sexo,
idade, renda, ocupação;
pluviometria, temperatura, umidade, cobertura
vegetal;
Dados de morbidade
Sistemas de informação, investigação epid., dados
laboratoriais
Permitem a detecção imediata ou precoce dos
problemas sanitários;
Os dados são oriundos da notificação de surtos e
casos, da produção de serviços ambulatoriais e
hospitalares, das investigações epidemiológicas;
Dados de mortalidade
sistema de informação (SIM)
São indicadores da gravidade do fenômeno
vigiado;
São oriundos de declarações
Notificação de surtos e epidemias
A detecção precoce ocorre quando o
sistema de vigilância epidemiológica local
está bem estruturado;
Possibilita a constatação de qualquer indício
de elevação no número de casos de uma
patologia ou a detecção de outras doenças.
FONTES DE DADOS
Notificação
“É a comunicação da ocorrência de determinada
doença ou agravo à saúde feita à autoridade sanitária
por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para
fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes”
Secretaria de vigilância em saúde/MS
Os critérios para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória são:
a) Magnitude
Aplicável à doenças de elevada frequência;
Traduzem-se por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.
b) Potencial de Disseminação
Elevado poder de transmissão da doença
c) Transcendência
Severidade. Taxa de letalidade, de hospitalização e de seqüelas;
Relevância social. Manifesta-se pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação;
Relevância econômica.
d) Vulnerabilidade
- Disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença.
e) Compromissos Internacionais
f) Ocorrência de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde.
Deve-se notificar a simples suspeita da doença;
A notificação deverá ser sigilosa;
A notificação deve ser feita mesmo na ausência de casos (Notificação Negativa).
FONTES DE DADOS
Outras bases de dados dos sistemas nacionais de informações:
1) Laboratórios
- Complementam o diagnóstico de confirmação de casos;
- Servem como fonte de conhecimento de casos que não foram notificados.
2) Investigação Epidemiológica
- Casos e surtos complementam informações de fontes de infecção e mecanismos de transmissão;
- Também possibilita a descoberta de novos casos.
3) Imprensa e população
- Devem ser sempre consideradas para a realização da investigação pertinente;
- Pode ser o primeiro alerta sobre a ocorrência de uma epidemia ou agravo inusitado.
FONTES ESPECIAIS DE DADOS
Estudos epidemiológicos
Inquérito Epidemiológico. Estudo do tipo amostral, quando as informações são inadequadas;
Levantamento Epidemiológico. Os dados complementarão as informações já existentes.
Investigação epidemiológica. Objetivo de confirmar diagnostico, determinar as
características epidemiológicas da doença, identificar as causas do fenômeno e orientar
as medidas de controle.
Sistema sentinela
- De acordo com Rutstein et Cols (1983) é a detecção de doença prevenível, incapacidade,
ou morte inesperada cuja ocorrência serve como um sinal de alerta de que a qualidade da
terapêutica ou prevenção deve ser questionada.
NORMATIZAÇÃO
A definição de normas técnicas é imprescindível para a uniformização de procedimentos e a comparação dos dados e informações produzidos pelo sistema de vigilância;
É importante a definição da doença ou agravo;
Geralmente, os casos são classificados como suspeitos, compatíveis ou confirmados.
RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMA Consiste no retorno regular de informações às fontes produtoras, demonstrando
a sua contribuição no processo;
O conteúdo da informação fornecida deve corresponder às expectativas criadas nas fontes;
A credibilidade do sistema depende de que os profissionais de saúde e as lideranças comunitárias se sintam participantes e contribuintes.
AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA O sistema é eficiente quando seu funcionamento é aferido regularmente
Deve demonstrar os resultados obtidos com a ação desenvolvida que justifiquem os recursos investidos
Avaliações periódicas devem ser realizadas em todos os níveis com relação aos seguintes aspectos:
Atualização da lista de doenças e agravos;
Cobertura da rede de participação e notificação das fontes;
Funcionamento do fluxo de informações;
Investigações realizadas e suas qualidades.
PERSPECTIVA Estar acompanhando o desenvolvimento científico e tecnológico mediante articulação com a sociedade científica e
formação de comitês técnicos assessores;
No Brasil, ainda apresenta uma série de insuficiências decorrentes de dificuldades políticas, administrativo-
financeiras e de deficiência em recursos humanos;
O desafio é trabalhar para o desenvolvimento da consciência sanitária dos gestores municipais dos sistemas de
saúde, para que estes passem a priorizar as ações de saúde pública.
FISIOTERAPIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Controle do dano/Reabilitaçã
o
Mudanças sociais e
Epidemiológicas
Promoção da saúde
Os conhecimentos inerentes a Fisioterapia também podem contribuir para prevenção de doenças e sequelas, quando utilizados em outros níveis de
atenção.
Funções na Fisioterapia
• Vigilância dos distúrbios
cinesiofuncional
• Orientações posturais
• Desenvolvimento de
participação comunitária
• Desenvolvimento de
ambientes saudáveis
• Incentivos a estilo de vida
saudável
FISIOTERAPIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Necessidades para a identificação desses riscos
Distribuição das doenças nas coletividades, sua magnitude e potenciais fatores de risco, fatores culturais, comportamentais e religiosos do processo saúde-doença, subsidiar a contextualização da realidade histórico-social na determinação do risco
ANEXO I.
Anexo II. Lista nacional de agravos de notificação compulsória
Botulismo
Cólera
Coqueluche
Leishmaniose tegumentar americana
Leishmaniose visceral
Leptospirose
Malária
Dengue
Difteria
Doença de Chagas (casos agudos)
Doenças meningocócicas e outras meningites
Meningite por Haemophilus
influenza
Peste
Poliomielite
Paralisia flácida agudaEsquistossomose (em área não-endêmica)
Febre amarela
Febre do Nilo
Raiva humana
Rubéola
Sarampo
Febre tifoideHanseníaseHepatites virais
Sífilis congênita
Síndrome da imunodefi ciência adquirida (aids)
Síndrome respiratória aguda grave
Tétano
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical
Tuberculose
Varíola
ANEXO IIHistória das doenças
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Divisão Nacional de Epidemiologia. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília, 1986. p.9-14.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística de Saúde. Vigilância epidemiológica. Brasília, 1975. p.1-18
JUAREZ, E. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. In: CONFERÊNCIA NACIONAL
FORATTINI, O.P. Varíola, erradicação e doenças infecciosas. [Editorial]. Rev.Saúde publ., S.Paulo, 22:371-374, 1988.
CAMPOS.G.W.S.et al. Tratado de saúde coletiva.2ªed. Hucitec, São Paulo, 2012.
CAMPOS, G.W.S.A. A reforma sanitária necessária. In: BERLINGER, G.; TEIXEIRA, S.M.F.; CAMPOS, G.W.S. Reforma sanitária: Itália e Brasil. São Paulo, Hucitec, 1988. p.179-194.
FISCHMAN, A. Vigilância epidemiológica. In: ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & saúde. 3a. ed. Rio de Janeiro, MEDSI - Editora Médica e Científica, 1988. p.319-341.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde. Vigilância epidemiológica e imunizações - legislação básica. 3a ed. Brasília, 1977. p.1-35.
Debóra Francielly
Ilca Rocha
Tiara Naiara
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