View
5.422
Download
3
Category
Preview:
DESCRIPTION
Casos de alergia alimentar tardia (oculta) são cada vez mais frequentes. Estima-se que até 60% da população mundial apresente algum grau de alergia alimentar tardia, um fenômeno imunológico mediado por anticorpos do tipo IgG.
Citation preview
Alergia alimentar oculta tardia (mediada por IgG)
Maria Emilia Gadelha Serra
Instituto Alpha de Saúde Integral
São Paulo
emilia@institutoalpha.com.br
“O que é comida para uns, é para outros amargo veneno.”
Lucrecius
m2
Wershil B.K; Furuta G, MD. Gastrointestinal mucosal immunity.
Journal of Allergy and Clinical Immunology - Volume 121,
Issue 2 Suppl (February 2008)
Mucosal Integrity
Epithelial tight junctions
Velcro fastening
D 0-00
Epithelial tight junctions (Desmossomas)
MALT
Mucosa
Associated
Lymphoid
Tissue
MALT
Respiratory
tract
SISTEMA IMUNE - MALT COLONIZAÇÃO BACTERIANA
Será coincidência?!...
Disbiose
intestinal
Microbiota
intestinal
equilibrada
Passagem de
macromoléculas
alimentares (gaps
na mucosa
intestinal) e
translocação
bacteriana
Alergias alimentares
Doenças sistêmicas
associadas aos
imunocomplexos
Inflamação crônica
Disbiose e Aumento de
Permeabilidade Intestinal
Cólicas
Gases
Distensão abdominal
Diarréias
Intolerâncias alimentares
Alergias alimentares
Deficiências nutricionais
Sínd. Intestino Irritável
Colite ulcerativa
Doença de Crohn
Diverticulose
Polipose
Câncer
Infecção urinária
Candididíase vaginal de repetição
Alteração do humor
Depressão
Insônia
Enxaqueca
Obstrução nasal
Rinite
Alergias
Infecções de repetição
Síndrome da Fadiga crônica
(desânimo, estresse, cansaço,
enxaquecas, mau-humor – “enfezada”,
edema nas pernas, desinteresse no
trabalho, perda do apetite sexual,
mãos e pés frios)
Autismo
Leucemia
Halitose
Fibromialgia
Artralgias
Artrite reumatóide
Doenças por imunocomplexos
Osteoporose
Eczema
Dematite atópica
Psoríase
Urticária
Insuficiência venosa crônica
Úlceras de MMII
Tromboembolismo
Asma
Patologia coronariana
Hipercolesterolemia
Esteatose hepática
Cirrose hepática
Hipersensibilidade química
Diabetes
Obesidade
Inflamação crônica
patológica persistente
Disbiose intestinal
Hipotireoidismo
Emilia Serra
Alergia alimentar tardia ?
O corpo necessita de nutrientes e não de alimentos!
Alimento injetado diretamente na corrente sanguínea
CHOQUE ANAFILÁTICO
Portanto...
Intenso trabalho TGI! MACROMOLÉCULAS ALIMENTARES TRANSFORMAÇÃO NUTRIENTES
Condições ideais para digestão dos alimentos • Mastigação adequada
• Adequação do pH estomacal e intestinal
• Formação adequada de enzimas gástricas, pancreáticas, intestinais
• Liberação e ação adequadas dos ácidos biliares
• Manutenção da integridade da parede intestinal e de sua microbiota
• Adequação da capacidade de destoxificação do fígado e intestino
Defesas intestinais não-imunológicas
Acidez gástrica
Lisozima e defensinas
Secreções pancreáticas
Peristaltismo
Secreções biliares
Camada mucosa – IgA secretora
TGI SAUDÁVEL 2% de macromoléculas chegam na circulação sistêmica Para isso... GALT tolerância oral em estado de não-responsividade, modulado pela microbiota
Provável redução de tolerância oral Tipo de parto Redução no tempo de amamentação Deficiência ou retardo na colonização probiótica Deficiência de alguns nutrientes, como o zinco
ALERGIA X SENSIBILIDADE
ALERGIA Imunomediada
SENSIBILIDADE Intolerância ou outras reações alimentares
NÃO-imunomediadas (causam distúrbios
funcionais em órgãos-alvo)
Alergia Alimentar Tardia
Mediada por IgG, costuma ocorrer de horas até 3 dias após o
consumo do alimento alergênico. Assim, se os sintomas se
manifestam dias após a ingestão, torna-se mais difícil a suspeita
clínica e o diagnóstico.
Segundo Gell e Coombs... As reações imunológicas de hipersensibilidade são divididas de acordo com o mecanismo imunológico envolvido: TIPO I II III IV
Sinonímia Imediata
Anafilática
Citotóxica
Semi-retardada
Imunocomplexo mediada
Retardada
Mediada por células
Principais células envolvidas
Mastócito
Basófilo
Eosinófilo
Linfócitos T (K e Tc)
Polimorfonucleares
Macrófagos
Linfócitos
Polimorfonucleares
Plaquetas
Linfócitos T
Macrófagos
Monócitos
Imunoglobulinas IgE IgG-IgM IgG-IgM Não há
Desenvolvimento da alergia alimentar...
A resposta imunológica do organismo contra um determinado antígeno depende de uma série de fatores:
• Tipo de antígeno, dose e porta de entrada • Competência do sistema imune • Predisposição genética • Integridade orgânica – permeabilidade intestinal • Equilíbrio nutricional • Flora intestinal (microbiota) - Metabonômica
Tradicionalmente...
Alergias alimentares são mais relacionadas na formação de
anticorpos IgE (tipo I, imediata)
Porém...
Atualmente tem sido demonstrado que a maior parte dos
quadros alérgicos são de origem tardia, alergia tipo III (IgG)
“Qualquer condição que favoreça a passagem de
macromoléculas ao lúmen intestinal para a circulação
sanguínea poderá disparar o processo alérgico,
desencadeado pela formação de imunocomplexos”
Além disso...
Alimentos ingeridos com maior frequência (por serem de
preferência do paladar, já que geram sensações de prazer,
saciedade e bem-estar momentâneo), são também os que
geram maior número de reações tardias.
DIFERENÇA ENTRE
ALERGIAS TIPO I E III
TIPO I TIPO III
Caracterizada por IgE Caracterizada pela presença de IgG, IgM e sistema do complemento
Patologia aguda com sintomas imediatos (de minutos a horas)
Patologia subaguda com sintomas tardios (de horas a 3 dias)
Estimulação de mastócitos e liberação de histamina Síndrome inflamatória
Atinge 1 a 2% dos adultos e 2 a 8% das crianças Atinge mais de 50% da população
Traços são suficientes para desencadear alergia Relacionada a dose e frequência
Afeta pele e mucosa Afeta todos os tecidos
Facilmente diagnosticada por testes Frequentemente não reconhecida
Rejeição do alimento pelo paciente Alimento apreciado pelo paciente
Permanente ou difinitiva (reintrodução muito difícil)
Remissão é possível se o alimento é evitado (eliminação, reintrodução, rotação)
Anticorpos IgE, ligados ao alimento evitado, decrescem significativamente em semanas
Anticorpos IgG, ligados ao alimento evitado, podem levar de 3 a 12 meses para decrescerem
significativamente
Os anticorpos reaparecem logo que o alimento seja consumido novamente
Para que os níveis de anticorpos retornem aos níveis anteriores o alimento tem que ser ingerido
frequentemente por semanas ou meses
Alimento mal digerido
Formação de macromoléculas (antígeno): AGRESSORES
Início de mobilização imunológica
Imunoglobulinas ligam-se ao antígeno
Formação de imunocomplexos antígeno-anticorpo (Ag-Ac)
Cascata de reações ao ativar sistema do complemento (incluindo liberação de histamina e outros autacoides)
APARECIMENTO DE SINTOMAS RELACIONADOS COM A ÁREA ENVOLVIDA
Alimentos potencialmente alergênicos
•Leite de vaca / cabra e seus derivados
• Trigo, centeio, cevada, aveia (presença do glúten)
• Ovos
• Castanhas
• Milho
• Frutas cítricas
• Soja
• Amendoim
• Peixes e frutos do mar
• Açúcar
• Fungos
• Corantes
• Outros alimentos também podem estar envolvidos - serão
identificados de acordo com a tolerância individual
• Gradual liberação de histamina e formação de
imunocomplexos provocam reações que podem acontecer de
2 a 72 horas após contato com alergeno.
• Por não ser liberada em altas doses, a histamina gera
sensação de bem-estar, conforto e relaxamento. O consumo
do alimento sensibilizante é primeiramente ligado ao prazer e
costuma ser um dos produtos de consumo da preferência da
pessoa.
Huuummm... Adoro leite! Não consigo viver sem o
meu leitinho...
Nossa! Eu AMO pão!
Ação tóxica primária
• Exercida principalmente por imunocomplexos com
mais antígenos que anticorpos, ou mais anticorpos
que antígenos.
• Início de sintomas clínicos devido aproximação com
zona de equivalência molecular.
ALIMENTO
DIGESTÃO ADEQUADA
NUTRIENTES
NUTRIÇÃO ADEQUADA
BOM FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO
DIGESTÃO INADEQUADA
MACROMOLÉCULAS DE ALIMENTOS
NÃO SÃO CONSIDERADAS NUTRIENTES
NUTRIÇÃO INADEQUADA
MAU FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO
Zonas de formação de imunocomplexos
ANTÍGENO ANTICORPO
ZONA 1 ZONA 2 ZONA 3 ZONA 4 ZONA 5
ZONA DE EQUIVALÊNCIA
MOLECULAR Zona de patogenia
Sintomas possíveis
Sintomas possíveis
ZONA DE EQUIVALÊNCIA
MOLECULAR
ZONA DE PATOGENIA
ZONA DE PRODUÇÃO DE
SINTOMAS
FORMAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS E NÍVEIS DE TOXICIDADE
REQUER TEMPO PARA FORMAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS
UMA DAS EXPLICAÇÕES PARA O INÍCIO TARDIO DA SINTOMATOLOGIA MEDIADA POR IgG
Passagem da barreira intestinal
Antígeno IgG
Complexo Antígeno-IgG
Adesão no tecido Mediadores inflamatórios (TNF-a)
Atração dos fagócitos Liberação de radicais livres
Destruição dos imunocomplexos
Imunocomplexos circulantes Via do complemento
Inflamação crônica
Síndrome inflamatória =
Mucosa
Circulação
Localmente
ALERGIA ALIMENTAR TIPO III (TARDIA)
IgAs Linfócitos B Ag Linfócitos T
Cito
cin
as Ag:IgG
IgG (IgA, IgE)
Ativação do complemento
Moléculas quimiotáticas s Opsoninas
Moléculas de adesão
Macrófagos Neutrófilos Células NK Células dendríticas
TNF-a Radicais livres Proteases Leucotrienos Prostaglandinas PAF Citocinas
TH1, TH2, TH3
Imunocomplexos circulantes
Adesão tissular
Dependendo da(s) área(s) do organismo por onde os
imunocomplexos circulem (ação tóxica) ou obstruam (ação
mecânica por precipitação), haverá quadros clínicos diversos.
Os sintomas dependerão da ação direta destes
imunocomplexos, associada a ação conjunta da ativação do
sistema do complemento e do estímulo direto dos
mediadores químicos liberados pelos basófilos, neutrófilos,
eosinófilos, plaquetas, dentre outros.
Sinais e Sintomas que podem estar relacionados com Alergias Alimentares Tardias
Regurgitação e cólicas em bebês, assaduras, sangramento intestinal, dificuldade de crescimento, diarréia, constipação, perda de apetite, má
absorção de nutrientes
Asma brônquica
Rinite, sinusite, otite, amigdalite, produção excessiva de muco,
cistite de repetição, candidíase, enurese noturna
cefaléia, enxaqueca, convulsão, fadiga, sonolência
Obesidade, baixo peso, resistência à insulina, bulimia, anorexia, hipoglicemia, dislipidemias
Gastrite, colite, esofagite, aumento de flatulência, náuseas, vômitos
Dores articulares, dores musculares
Olheiras, olhos inchados, olhos lacrimejando, olhos e lóbulos das
orelhas vermelhos, bochechas vermelhas, língua branca, fissuras na
língua
Hiperatividade (física e/ou mental), distúrbios de concentração, alteração
de humor, depressão, ansiedade
Acne, caspa, urticária, dermatite, ressecamento das mãos e pés, pele
seca
Doenças autoimunes como artrite reumatóide, psoríase, tireoidite de Hashimoto, fibromialgia, alopécia areata, esclerose múltipla, lúpus eritematoso sistêmico, doença de
Crohn
NALT e Anel de Waldeyer
Otolaryngol Clin North Am 2008, 41(2)
Conceito de vias aéreas unificadas
Superposição entre condições inflamatórias das vias respiratórias superiores e inferiores
Doenças de um sistema mucoso integrado
MALT
Doença
Celíaca
Como diagnosticar alergia alimentar tardia?
IgG específica
Reação imunológica adversa
Flora intestinal Marcadores de inflamação e permeabilidade
Desordens intestinais “Leaky gut”
Hipersensibilidade ao alimento
Intolerância - histamina
Diaminooxidase
Alergia Alimentar Tardia
Hipersensibilidade IgG mediada
A pesquisa de IgG específica para alimentos, é realizada por meio
de painéis e não individualmente como acontece com a pesquisa
de IgEs (também se utilizam painéis mais restritos para pesquisa
de alergia imediata mediada por IgE).
Os painéis para pesquisa de alergia alimentar tardia mediada por
IgG possuem alimentos pré-determinados e são realizados
através de uma amostra de sangue, sem necessidade de jejum.
IgG específica para 96 alimentos: É realizado por Enzimaimunoensaio
(ELISA) e consiste na detecção apenas das subclasses de IgG1 e IgG4
frente a 96 alimentos. Estudos sugerem que essas subclasses de
imunoglobulinas são as mais reagentes na presença do alérgeno.
• IgG específica para 221 alimentos: GENARRAYT 200 é realizado pela
técnica microarray e consiste na detecção conjunta de todas as
subclasses de IgG frente a 221 alimentos.
• IgG específica para 275 alimentos: IMUPRO 300 é realizado pelo
método ELISA e consiste na detecção das todas as 4 subclasses de
IgG (1, 2, 3 e 4) a 275 alimentos.
Parâmetro Food Detective
FD Elisa 109
MED
Genarrayt
GRT
Fase Sólida Poliestireno
de alto impacto Polisestireno Polioxigenado
Nitrocelulose
Número de Alimentos
59 109 221
Diluição da Amostra 1:200 1:400 1:50
Tempo de incubação (min)
20 + 10 + 2 30 + 30 + 10 30 + 30 + 10
Detecção e Revelador
HRP / TMB HRP / TMB
HRP / TMB
Leitura Visual Leitor de Microplaca
Elisa Genarrayt Microarray
(Scanner)
Referências
Branco negativo Azul positivo fraco ;médio;forte
<8 U/ml normal 8-12.5 U/ml limitrofe >25 U/ml elevado
<24 U/ml normal 24-30 U/ml limitrofe >30 U/ml elevado
Genarrayt 200
ImuPro 300
Alergias alimentares tardias – IgG e Imunocomplexos
Fonte: Instituto de Microecologia
Suspeita de Intolerância Alimentar
ALCAT TESTE: Por citometria, o Alcat teste consiste em uma análise do
comportamento celular frente a 100 alimentos e/ou 20 aditivos e corantes utilizados
em alimentos. Os alimentos reagentes estimulam a proliferação de mastócitos e de
outras células em cadeia, assim como a liberação de citocinas e substâncias pró-
inflamatórias, e é este fenômeno, independente do sistema imunológico, que o teste
visualiza. É indicado principalmente na avaliação de distúrbios locais ou sistêmicos
onde há suspeita de que a sua origem seja não-imunomediada. O material coletado
também é sangue e é aconselhável jejum e suspensão da medicação utilizada, de
acordo com critério médico.
EPX – Proteína Eosinofílica X
Alpha 1-antitripsina
Elevada: é uma inibidora das
proteases, sintetizada no fígado e
secretada para o lumen intestinal
quando há alterações na
permeabilidade intestinal, sugestiva
de má-absorção.
Principal função: inativar a elastase
neutrofílica, impedindo a ocorrência
de dano tecidual.
TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA
Alergia alimentar tardia
NORMAL ALERGIA
Dr. Marcos Brioschi
Alergia Alimentar Imediata Teste provocativo oral
Região nasal antes e depois do teste provocativo alimentar. Diferença na temperatura cutânea nasal foram mensuradas com termografia infravermelha. A temperatura é codificada pela cor. A mudança da cor negra para amarela indica aumento de temperatura e teste positivo a alergia alimentar.
Dr. Marcos Brioschi
Alergia Alimentar Imediata Teste provocativo oral
TESTE (+): ≥ 0.8°C TESTE (-) : < 0.8°C
Facial thermography is a sensitive and specific method for assessing food challenge outcome. AT Clark, JS Mangat, SS Tay, Y King, CJ Monk. Allergy, 2007 http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1398-9995.2007.01363.x/full
TRATAMENTO DAS ALERGIAS ALIMENTARES TARDIAS
CORRIGIR AS POSSÍVEIS CAUSAS DA DISBIOSE INTESTINAL
• Deficiência nutricional
• Jejum prolongado
• Excessos alimentares (gordura, CHO, proteína, álcool, aditivos químicos)
• Estresse
• Antibióticos e quimioterapia
• Má digestão
• Presença de fungos, parasitas, vírus, bactérias
• Baixa ingestão de hortaliças, frutas, água
• Alteração do pH intestinal
• Alteração da função imunológica
• Presença de xenobióticos
• Alteração na motilidade intestinal
Após diagnosticados os alimentos alergênicos, assim como seu
grau de reatividade (baixo, médio, alto, muito alto), aplicar:
1. Exclusão temporária dos alimentos pelo período mínimo de 2
meses (o período de exclusão será determinado de acordo com
o grau de reatividade do alimento alergênico)
2. Substituir alimentos excluídos por outros de mesmo valor
nutricional
3. Avaliação da necessidade de suplementação nutricional
4. Após período de exclusão, reintrodução do alimento e
observação de como o corpo reage (se conseguiu ser
dessensibilizado)
5. Ao voltar com o alimento para o “dia-a-dia”, utilizá-lo em
rotatividade mínima de 4 dias
Probióticos,
Prebióticos e
Simbióticos
SP 019-0001 12.04.2007
E 019-0101 00 01.10.2004
D 009-0058 28.06.2004
Medicamentos Anti-homotóxicos
Ozonioterapia
Insuflação Retal
PRÉ
PÓS
RIFAXIMINA NA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL
Pela primeira vez, um antibiótico tratou com eficácia e durabilidade a síndrome do intestino irritável (SII), que afeta cerca de 30 milhões de americanos e milhares pessoas no mundo, segundo estudo publicado nesta quarta-feira (5).
Evidências recentes sugerem que a tomada do antibiótico rifaximina (Xifaxan ®), durante duas semanas pode ajudar a melhorar os sintomas da síndrome do intestino irritável (SII) em alguns pacientes. Os benefícios duraram até às 10 semanas após a medicação foi descontinuada.
Quem sofre desse problema fica com o aparelho gastrointestinal muito sensível. Com isso, fatores como estresse, dieta, medicação e hormônios, dentre outros, acabam provocando diarreia. SII geralmente provoca baixa dor abdominal, distensão abdominal e constipação e/ou diarréia. SII é considerado um distúrbio intestinal funcional, porque o intestino parece normal, mas não funciona normalmente.
Atualmente, a rifaximina é aprovado pelo FDA apenas para tratar a diarréia dos viajantes causada por infecções de E. coli e encefalopatia hepática em adultos com insuficiência hepática.
Agora, resultados de dois testes clínicos confirmam também o papel significativo na síndrome das bactérias da flora intestinal - uma hipótese polêmica, estudada há vários anos.
Os pesquisadores testaram os efeitos da rifaximina em dois estudos paralelo chamado TARGET 1 e TARGET 2. Os 600 participantes do estudo apresentavam a forma não-constipação do IBS, e seus sintomas incluem diarréia leve a moderada e inchaço. Eles foram designados aleatoriamente para receber um placebo ou 550 miligramas da rifaximina três vezes ao dia por duas semanas.
Os participantes relataram seus sintomas durante o período de tratamento e até 10 semanas depois que pararam de tomar o antibiótico.
Os pesquisadores descobriram que 40,7 dos pacientes que tomaram rifaximina ti veram alívio dos sintomas experimentados durante as primeiras quatro semanas após o tratamento em comparação com 31,7 por cento do grupo do placebo.
Os resultados dos testes clínicos, realizados em 1.200 pacientes com a síndrome, mostram que o Xifaxan permite aliviar os sintomas e não causa riscos, segundo o médico Mark Pimentel, do centro médico Cedars-Sinai de Los Angeles (EUA) e principal autor do estudo.
Embora os resultados sejam promissores, outros estudos são necessários para confirmar estes resultados. A pesquisa foi financiada por Salix Pharmaceuticals Inc., o fabricante de rifaximina. Além disso, o principal autor do estudo, Mark Pimentel, MD, é um consultor de Salix e está em sua placa consultiva científica.
Tel: 11 3165-6777 www.institutoalpha.com.br emilia@institutoalpha.com.br
Recommended