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Urgências e Trauma
Fabrício Tavares Mendonça TEA/TSA
Definição de Urgência e Risco
Procedimento de emergência: aquele que a vida ou um membro está ameaçado; há tempo limitado ou ausente para avaliação clinica suplementar; tipicamente < 6 h.
Procedimento de urgência: pode haver tempo para avaliação clinica limitada, geralmente quando a vida ou um membro está ameaçado; tipicamente > 6h e < 24 h
Fleisher LA, et al. 2014 ACC/AHA Perioperative Guideline
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
CONDUTA ANESTESICA
Avaliação Pré-Anestésica
O que vc deve pensar ?
Paciente
CondiçõesPré-
Existentes
Urgência Cirúrgica
Mecanismo do
Trauma
Avaliação Pré-Anestésica
O que vc deve fazer ?
Estratificar o Risco
ATLS
A
B
CE
D• Via aérea permeável• Estabilização cervical
• Exposição/busca por deformidades
• Exames Comple-mentares
• Hipotensão >> Sangramento
• Reposição Fluidos• Aquecimento
• Ventilação• Gases• Raio X de Tx
• Alterações Neuro• ECG• Pupilas• Défcit
Sensitivo/Motor
Faixa Etária
?
Doenças Coexistentes
?
Estômago Cheio
?
Gestante
?
Intoxicação Exógena
?
ChoqueHipoperfusão
?
Fatores relacionados ao paciente
Condições Cirúrgicas de Urgência
Complicações durante internação
Compartimentais/Isquêmicas Queimaduras
Inflamatórias/InfecciosasHemorrágicas
Mecanismo do Trauma
Mecanismo do Trauma
Trauma de tórax
• Lesões penetrantes– Aberto
• Lesões contusas desaceleração– Fratura de costelas Tórax instável– Hemo/Pneumotórax
Trauma Cranioencefálico – TCE
• Fratura• Contusão• Hematoma
Mecanismo do Trauma
Mecanismo do Trauma
Trauma Cardíaco
• Penetrantes rara sobrevivência
• Contuso – Ruptura pericárdica Tamponamento– Lesão de estruturas CONTUSAO CARDIACA
Mecanismo do Trauma
Trauma abdominal
• Contuso Baço, fígado, rins e visceras oca• Penetrante …
Trauma de extremidades …
Manejo Intraoperatório
Estratégias de manejo da via aérea
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.www.cambridge.org/9780521870580
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.www.cambridge.org/9780521870580
Como vc induziria anestesia ?
Um homem de 61 anos apresenta feridas perfurocortantes no abdome, hemitorax esquerdo e crânio. Os sinais vitais sao: PA 85x60 mmHg, FC 130, FR 32 irpm. Ele foi levado a S.O para laparotomia exploradora.
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.www.cambridge.org/9780521870580
(Tiopental)
Diminui cortisol supressão adrenal
Alguns defendem reposição de 100 mg de hidrocortisona 8/8 h
Há também taxas significativas de InsA nos grupos de controle não tratados com etomidato.
No contexto da doença crítica e comprometimento hemodinâmico, a estabilidade cardiovascular de etomidato continua a ser o principal atrativo. No entanto, há fortes indícios de que outros agentes, tais como a cetamina, podem oferecer tal estabilidade com condições de intubação comparáveis.
Apesar de vários relatos sugerem uma associação positiva com a mortalidade, não há causalidade conclusivo em trauma ou pacientes de emergência hipotensos que receberam uma dose única de indução de etomidato.
Consecutive patients were eligible if they had received an induction agent for endotracheal intubation within the first 48 hours of septic shock onset
Todos os pacientes receberam hidrocortisona
Um bolus intravenoso de 50 mg de hidrocortisona foi administrado a cada 6 horas, começando dentro das primeiras 12 horas de choque séptico, durante pelo menos 5 dias, de acordo com a reversão de choque.
Os pacientes foram agrupados como os que receberam etomidate para intubação (coorte etomidato) versus aqueles indivíduos que receberam outro hipnótico (coorte não etomidato).
Methods:• Retrospective review of all major adult trauma patients who required intubation at the
QEII HSC in Halifax since 2000Results:• A total of 315 patients were included. Patients receiving etomidate were similar to those
who did not, including ISS and preintubation blood pressure. There was no difference in ICU LOS, hospital LOS, or ventilation-free days.
• Twenty-eight-day mortality was higher in the etomidate group (20.0% v. 10.8%, p = 0.04). Conclusion:• Administration of etomidate for emergency intubation in the trauma patient may be
associated with increased mortality. Etomidate should be used with caution in trauma patients requiring intubation. The risk-benefit of etomidate use in this patient population requires further investigation
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.www.cambridge.org/9780521870580
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Manejo Intraoperatório
Como vc manteria anestesia ?
Um homem de 61 anos apresenta feridas perfurocortantes no abdome, hemitorax esquerdo e crânio. Os sinais vitais sao: PA 85x60 mmHg, FC 130, FR 32 irpm. Ele foi levado a S.O para laparotomia exploradora.
Como vc manteria anestesia ?
Assim que se conseguir estabilização hemodinâmica, agentes anestésicos devem ser cuidadosamente titulados, evitando-se hipotensão:• Sedativos amnésia assim que possível• Opióides titulados• Inalatórios em baixas concentrações
Manejo Intraoperatório
Choque no Trauma
Definição
Choque no Trauma
Diagnóstico e monitorização
Hipoperfusão
Hemorrágico
Obstrutivo
Neurogênico
Cardiogênico
Distributivo
Choque no Trauma Diag Etiológico
Morte Celular DMOS
Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (2): 179-196, abr.-jun. 2011
Diagnóstico Manifestações
Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (2): 179-196, abr.-jun. 2011
Diagnóstico Avaliação Complementar
Manejo Intraoperatório
Um homem de 61 anos apresenta feridas perfurocortantes no abdome, hemitorax esquerdo e crânio. Os sinais vitais sao: PA 85x60 mmHg, FC 130, FR 32 irpm. Ele foi levado a S.O para laparotomia exploradora.
Como vc monitorizaria ?
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.www.cambridge.org/9780521870580
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.
www.cambridge.org/9780521870580
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Manejo Intraoperatório
Reposição Volêmica
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
Como?
Qual fluido?
Quanto?
“Não convém a gente levantar escândalo de começo, só aos poucos
é que o escuro fica claro.”Grande Sertão: Veredas
Charles E. SMITH ed. Trauma Anesthesia. Cambridge University Press, 2008.www.cambridge.org/9780521870580
Pressão arterial e perfusão de órgãos
Manter a PS em torno de 90 mmHg ou PAM em torno de 60-65 mmHg é suficientemente útil para manter a perfusão tecidual e de órgãos vitais sem gerar o risco de aumentar hemorragias
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
PAM de 60-80 mmHg, tendendo ao limite superior nos casos de TCE e/ou TRM
Treatment Choices for Fluid Management
Fluid Management
Crystalloid Colloid
Synthetic balancedBalancedUnbalanced Natural
Sodium Chloride0.9%
Plasma-LyteRinger’s LactateRinger’s Acetate
Hartmann’s
HESGelatin
Human Albumin
Different fluids with different modes of action, and different side effects
HESDextranGelatin
Synthetic unbalanced
Cristalóides Isotônicos
Nesse cenário, o Ringer-Lactato continua tendo papel de destaque no tratamento do choque, principalmente em virtude da similaridade de eletrólitos com o plasma.
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
Cristalóides Isotônicos
Nesse cenário, o Ringer-Lactato continua tendo papel de destaque no tratamento do choque, principalmente em virtude da similaridade de eletrólitos com o plasma.
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
• Reduz a viscosidade sanguínea otimizar perfusão• RL auxílio no tamponamento sistêmico dos acidóticos
Cristalóides Isotônicos
Nesse cenário, o Ringer-Lactato continua tendo papel de destaque no tratamento do choque, principalmente em virtude da similaridade de eletrólitos com o plasma.
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
• Reduz a viscosidade sanguínea otimizar perfusão• RL auxílio no tamponamento sistêmico dos acidóticos
Solução Fisiológica a 0,9% é uma alternativa aceitavel, principalmente se houver TCE associado; mas a
hipercloremia deve ser evitada.
Acidose dilucional hiperclorêmica
• Alteração renal
– Vasoconstrição renal– Aumento da resistência vascular renal– Diminuição da filtração glomerular– Diminuição do excesso de base– Aumento no tempo de início da diurese
• 4266 surgical patients who developed post op hyperchloremia
• Propensity matched with 4266 who did not• Groups were well matched with minimal
differences• Anesth Analg 2013;117:412–21 Anesth Analg 2013;117:412–21
2–21 Anesth Analg 2013;117:41
CUIDADO !!!!!
Ringer Lactato
• Mais próximo ao plasma: evita distúrbio eletrolítico iatrogênico– K: cuidado hipercalemia– Ca: citrato anti-coagulantes– Lactato: hiperlactatemia risco acidose respiratória
• Hipotônico– Menor osmolaridade: inibe ADH– Melhor débito urinário– Cuidado com edema cerebral
Ringer Lactato
• Mistura racêmica
– Isomero D: < adesão neutrófilos• < adesão neutrófilos• < adesão plaquatas• < expressão genes mediadores inflamação
– Isomero L• Proteção imunológica
Ringer lactato X solução salina
Ringer lactato X solução salina
Ringer lactato X solução salina
Plasma-lyteR
• Physiologically balanced, containing sodium, potassium, magnesium and chloride but no calcium• Contains the bicarbonate precursors acetate and gluconate
Renal Results: Chowdhury/Lobo Study
NaCl 0.9% significantly reduced renal blood flow, renal cortical tissue perfusion, urine output, and significantly increased time to first void vs. Plasma-Lyte
1. Chowdhury et al. Annals of Surgery July 2012, 256(1): 18-24
Time to First Void (P=0.006) Total Volume (P=0.002)Plasma-Lyte 90 min. 833 mL
NaCl 0.9% 142 min 533 mL
Normal Saline vs Plasma-Lyte in Abdominal Surgical Patients: Shaw et al
– Retrospective cohort study (Premier database)
– Major abdominal surgery– Patients either received saline
or Plasma-Lyte
Shaw AD, et al. Ann Surg. 2012 May; 255(5):821-9. *Major morbidity: respiratory failure, cardiac complications, major gastrointestinal dysfunction, infectious complications, and acute renal failure. **Minor complications: Gastrointestinal dysfunction and electrolyte disturbances
Major Open Abdominal Surgery467,131 cases
Received Balanced Fluid (Plasma-Lyte) During
Hospitalization9,905 cases
Received Balanced Fluid on Procedure Date
8,285 cases
Only Balanced Fluid on Procedure Date
926 cases
Balanced Fluid Cohort926 cases
Received 0.9% Saline During Hospitalization346,901 cases
Received 0.9% Saline on Procedure Date262,904 cases
Only 0.9% Saline on Procedure Date
30,994 cases
3:1 Propensity Match
0.9% Saline Cohort2,778 cases
Risk Adjusted Outcomes: Shaw Study
Patients who received Plasma-Lyte:– Received less total fluid 1.7 L vs 2.0 L (p<0.001)– Less likely to be transfused 1.8% vs 11.5% (p<0.001)
• Less blood if transfused 2.7 U vs 2.9 U (p=0.005)– Fewer days on the ventilator 2.5 d vs 3.0 d (p<0.001)– Fewer major infections 5.5% vs 8.2% (p<0.001)– Less likely to be dialyzed 1.0% vs 4.8% (p<0.001)
Large scale observational data support pre-clinical and small trial data: Plasma-Lyte results in less fluid use, fewer complications and less risk of acute kidney injury compared with saline1. Shaw AD, et al. Major complications, mortality, and resource utilization after open abdominal surgery: 0.9% saline compared to Plasma-Lyte. Ann
Surg. 2012 May; 255(5):821-9.
Acidosis interventions: Shaw Study
Buffers Blood transfusion ABG Lactic Acid Dialysis0
5
10
15
20
25
Plasma-Lyte Saline
Perc
ent
*
+
+
++
* P<0.05+ P<.001
1. Shaw AD, et al., Ann Surg. 2012 May; 255(5):821-9.
1. Shaw AD, et al., Ann Surg. 2012 May; 255(5):821-9.* P<0.05+ P<.001
Saline Hipertônica
NaCl 7,5%
Colóides
?
Albumina
• Apresentações: 20% hiperoncótica– Transporta para intravascular 5x volume
• Alto custo• Grande efeito “farmacocinético”• Pequeno efeito “farmacodinâmico”
• Indicações – Hipovolemia intra-operatória ???– Grandes queimados ???– Cirurgias hepáticas ??? >40% ressecção ?– Cirróticos: peritonite, paracentese volumosa, S. hepato-renal– Peritoniectomias
Pacientes com TCE tendência pior prog
TCE
SAFE N Engl J Med 2007; 357:874-84.
Aumento da mortalidade no grupo albumina
N = 400
TCE
Rev bras ter intensiva 2011
Uso de albumina humana em pacientes graves: controversias e recomendacoes
ESTUDO ALIAS INICIO 2006
Gelatinas
• Atualmente existem 3 tipos de gelatinas:
– As oxipoligelinas Hisocel® e Polisocel ®– As com cadeias de uréia Haemacel ®
– As gelatinas succiniladas Gelafundin®• Menor incidência de reações anafiláticas
Expansão por 3 horasExpande 80% volume infundido
Duração média 2,5hsApós 1 hora apenas 50% na circulação
Sem limite terapeutico
• As gelatinas são colóides sintéticos com boa performance hemodinâmica e poucos efeitos colaterais sobre o rim, o sistema imunológico e a coagulação.
• No entanto, seu uso permanece restrito pelo receio quanto as reações anafiláticas 0,1-0,6%
CUIDADO Mais fibrinólise, elevação da amilase
HES - 6% hidroxietilamido + NaCl 0,9%VOLUVEN®
• Alta permanência no intravascular é muito mais duradoura que a dos cristalóides.
• Principal problema coagulopatia. • A anafilaxia é um fenômeno raro.
Com freqüência, aumentos nos níveis séricos da amilase têm sido relatados, podendo atingir até o triplo dos valores de referência, sem no entanto ter-se observado quaisquer alterações na função pancreática
Amidos – hidroxietilamidos (HEA)
• Produz diurese osmótica– Débito urinário: reflete perfusão renal e não volume plasmático
• Anafilaxia : usar dose teste 10-20ml• Altera coagulação: < plaquetas, > TTPA, >TP, <adesão • coágulo, < fator VIII• Função renal: diurese hiperoncótica = lesão tubular• Prurido: pode durar 10 meses
• MONITORAR COAGULAÇÃO E FUNÇÃO RENAL• NÃO USAR POPULAÇÃO DE RISCO
Cristalóides x Colóides
Alemanha 42 pacientes prospectivamente randomizados
Inglaterra Revisão
Holanda 67 pacientes prospectivamente randomizados
Alemanha 66 pacientes prospectivamente randomizados
Métodos: Neste estudo randômico e controlado, 48 pacientes agendados para artroplastia de quadril com raquianestesia foram alocados em dois grupos: 24 receberam uma pré-carga de HES 130/0,4 (15 mL.kg-1) e 24 receberam uma pré-carga de solução de Ringer lactato (30 mL. kg-1) antes da cirurgia
Resultados: A transfusão de hemácias foi necessária em 17% dos pacientes do grupo HES e em 46% dos pacientes do grupo Ringer lactato (p = 0,029). Infecções pós-operatórias foram observadas com mais frequência no grupo de Ringer lactato (17%) em comparação com o grupo HES (0), p = 0,037.
INTERVENTIONS Colloids(n=1414; gelatins, dextrans, hydroxyethylstarches, or 4% or20% of albumin) or
crystalloids (n = 1443; isotonic or hypertonic saline or Ringer lactate solution) for all fluid interventions other than
fluid maintenance throughout the ICU stay.
JAMA. 2013;310(17):1809-1817.
In the crystalloids group, about 86% of patients were resuscitated with isotonic saline and about 17% with buffered
solutions. In the colloids group, about 70% of patients received hydroxyethyl starches and about 35% received gela- tins.
These features are in keeping with routine practices in the participating countries.
JAMA. 2013;310(17):1809-1817.
• Resultados conflitantes• 456 estudos que selecionou 19 trabalhos pequenos não encontrou
aumento de mortalidade ou IRenal.• Recomendação dos HES em pacientes cirúrgicos?• Maioria dos estudos demonstrando ausência de benefícios.• Autores concluíram não haver recomendação em continuar uso HES 6%.
Lancet 2012; 380: 1059−1065Br J Anaesth 2011; 107: 693−702.
the CRYSTMAS study. Crit Care 2012; 16: R94.The CRISTAL randomized trial. JAMA 2013; 310: 1809−1817.
Anesthesiology 2013; 118: 387−394.Anesth Analg 2013; 166: 35−48.
O quanto repor ?: Restritivo x Liberal
Quanto? Liberal Restritivo Repor as perdas
• Estudo observacional com 479 pacientes cirúrgicos de alto risco.
• BH >2000ml associado a complicações neurológicas, respiratórias e CVs.
• Maiores taxas de infecção.• Maior tempo de ventilação mecânica e
terapia intensiva.• Associação entre balanço positivo e
mortalidade em pacientes cirúrgicos.
N = 156
O que não fazer
O Endotélio vascular saudável é revertido pelo glicocálix. Essa camada externa à membrana celular, formada por uma rede frouxa de carboidratos que recobre a membrana plasmática, tem função de:Repor volume indiscriminadamente lava o glicocálix, piorando a microcirculação, afetandodiretamente a resposta inflamatória e piorando as trocas sangue/tecido.
Estratégia guiada por metas
LIBERAL RESTRITIVO
Terapia individualizada
guiada por metas
www.anesthesia-analgesia.org
March 2012 • Volume 114 • Number 3
Pneumonia
Edema pulmonar
Tempo de internação
Tempo de internação
Mortalidade
Mortalidade
JAMA. 2014;311(21):2181-2190. doi:10.1001/jama.2014.5305
Date of download: 4/23/2015Copyright © 2015 American Medical Association.
All rights reserved.
From: Effect of a Perioperative, Cardiac Output–Guided Hemodynamic Therapy Algorithm on Outcomes Following Major Gastrointestinal Surgery: A Randomized Clinical Trial and Systematic Review
JAMA. 2014;311(21):2181-2190. doi:10.1001/jama.2014.5305
Cumulative Incidence of Mortality Up to 180 Days After Surgery Using a Cardiac Output–Guided Hemodynamic Therapy Algorithm Intervention vs Usual Care
Figure Legend:
From: Effect of a Perioperative, Cardiac Output–Guided Hemodynamic Therapy Algorithm on Outcomes Following Major Gastrointestinal Surgery: A Randomized Clinical Trial and Systematic Review
JAMA. 2014;311(21):2181-2190. doi:10.1001/jama.2014.5305
Meta-analysis of Number of Patients Developing Complications After Surgery
• Revisão da literatura usando MEDLINE, EMBASE e Cochrane (ate set 2013).
• 14 estudos (961 participantes). • GDFT reduziu a morbimortalidade PO.• ↓ infecções, complicações cardiacas e abdominais.• ↓ permanência no CTI.• Parâmetros dinâmicos podem representar alternativa para guiar a
reposição de fluidos no perioperatório.
COMO? Avaliar parâmetros
Parâmetros de avaliação da pré-carga e volemia
• PVC• POP• Diâmetro diastólico final VE• ∆ PP > 13%Cannesson at allAnesthesiology 2011;115:231–41.
Perfusão tissular
• Lactato• Déficit de base• SvO2 • SvcO2
Doppler transesofágico
Uso clínico – responsividade volêmica
Anesth Analg 2009;108:513–7
Uso clínico – responsividade volêmica
SARA
Lesões do SNC
Traumatismos cranioencefálicos estão presentes em mais de 50% dos politraumas e a hipotensão é sabidamente nociva nessas condições, com aumento da morbimortalidade.
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
Lesões do SNC
Balancear a reposição volêmica é mandatório nessas situações, permitindo a perfusão da medula e do encéfalo sem aumentar excessivamente a PA a ponto de causar ou reativar focos de sangramento.
Esse objetivo geralmente é alcançado com PAS acima de 90 mmHg, ou seja, quando há pulso radial palpável.
Vane, LA e Silva ED. Reposição Volêmica, Transfusão Peroperatória e Monitorização.Atualização em Anestesiologia, volume 15, SAESP. Ed. Manole. 2013.
Journal of Anaesthesiology, Clinical Pharmacology, 29(3), 299–302.
Journal of Anaesthesiology, Clinical Pharmacology, 29(3), 299–302.
TCE esta associado a IRA em 9-23%
Amidos estão associados com o aumento das chances de IRA e diálise no paciente critico e aumento da mortalidade nesse cenário
Os colóides não parecem ser o fluido de escolha para o paciente com TCE
?
From: Effect of Erythropoietin and Transfusion Threshold on Neurological Recovery After Traumatic Brain Injury: A Randomized Clinical Trial
JAMA. 2014;312(1):36-47. doi:10.1001/jama.2014.6490
78 A 144
SEPSE
Hydroxyethyl Starch 130/0.42 versus Ringer's Acetate in Severe Sepsis
Conclusions
Patients with severe sepsis assigned to fluid resuscitation with HES 130/0.42 had an increased risk of death at day 90 and were more likely to require renal-replacement therapy, as compared with those receiving Ringer's acetate. (Funded by the Danish Research Council and others; 6S ClinicalTrials.gov number, NCT00962156.)
This article was published on June 27, 2012, and updated on July 12, 2012, at NEJM.org.
800 pacientes 200 morreram no grupo
Coloide vs 170 no grupo ringer
Intensive Care Med (2013) 39:165–228
EGDT
Choque Hemorrágico
• Controle precoce evitar coagulopatia e trombocitopenia, e reduzir o uso de hemoderivados
• Uso limitado de cristaloides evita prevenir coagulopatia dilucional• Uso limitado de SF 0,9% evitar acidose adicional• Ressuscitação hipotensiva PAS entre 80 e 100 mmHg• Uso precoce de plasma, plaquetas e concentrado de hemácias• Fibrinogênio > 150 mg/dl• Tromboelastograma ******
• Uso restrito de hemoderivados• Concentrado de hemácias hemoglobina < 7 g/dl• Normovolemia com cristalóides mais colóides
?
N = 300, e o estudo foi feito em pacientes que se recusaram a receber sangue !!!
Então, qual a alternativa ?
• Hemoblogina de 7 mg/dl• Fibrinogenio de 200 mg/dl ou Fibtem > 9• Plaquetas de 50.000 (TCE 100.000)• Calcio, pH e temperatura normais• Acido Tranexamico• TP, TTPA e INR
RISCOS DAS TRANSFUSAO• Reacoes por incompatibilidade• Reacoes transfusionais agudas e tardias• Imunossupressao• Transmissao de infeccoes (infeccoes bacterianas, virais e prions)• Doenca do enxerto versus hospedeiro• Imunomodulacao• Resposta inflamatoria sistemica• Complicacoes metabolicas (acidose, hiperpotassemia, hipotermia)• Lesao de reserva ou estocagem• TRALI• Sobrecarga circulatoria relacionada a transfusao (TACO)• Aumento da morbimortalidade em pacientes clinicos e cirurgicos
Conduta Anestésica Baseada em Metas
Conduta Anestésica Baseada em Metas
Conduta Anestésica Baseada em Metas
Coagulopatia
Manuseio da Coagulopatia
PFC, plaquetas, crioprecipitado, complexo protrombinico e fatorVIIr parecem ser o principal tratamento da coagulopatia relacionada ao trauma. A terapia deve ser dirigida por metas e proporcional, equilibrando o uso de hemocomponentes
Anestesiologia é pioneira em segurança e muda o prognóstico dos pacientes.
www.sadif.com.br
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