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Dentro de um tema amplo foram colocados ítens considerados polêmicos como o aborto eugênico, a violência contra a mulher e alguns conceitos de ética e moral.
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ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
“Un médecin que cesse de
penser cesse d’être un médecin. »
Louis Portes
Chirlei A Ferreira
ÉTICA MÉDICA
• Segundo Alves e Carrasco (2005) Ética Médica está relacionada à ética prática (agir correto), e a Bioética se relaciona com a ética aplicada, pois integra esta ética prática e abrange os problemas relacionados com a vida e a saúde.
Chirlei A Ferreira
ÉTICA & MORAL
• MORAL– Conjunto de normas
e deveres que, cumpridos,
– permitem estar em paz com a consciência.
– Absolutamente subjetiva.
• ÉTICA– Ciência que regula,
numa sociedade pluralista,
– as relações entre as diversas morais conflitantes
Chirlei A Ferreira
ÉTICA MÉDICA
Hipócrates
“ ...de acordo com meu poder e
discernimento promoverei práticas para o benefício do doente e evitarei o prejudicial e errado...”
Chirlei A Ferreira
ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS
• Princípios Fundamentais dos Direitos do Médico
• Responsabilidade Profissional• Ética para os cuidados Ginecologia
e Obstetrícia• Esterilização cirúrgica • Direitos sexuais e reprodutivos
Chirlei A Ferreira
FATORES QUE ENTRAM NA DECISAO CLÍNICA
PROVAS
1. Dados do Paciente
2.Pesquisa básica, clínica e epidemiológica
3. Experiências randomizadas
4. Revisão sistematizada
FATORES PACIENTE/MÉDICO
1. Crenças culturais
2. Valores Pessoais
3. Experiências (vivências)
4. Educação
LIMITANTES
1. Políticas formais, leis
2. Padrão da comunidade
3. Tempo
4. Remuneração
Chirlei A Ferreira
NORMASPROTOCOLOS
ÉTICA
DECISÃOCLÍNICA
ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS QUE SÃO ENCAMINHADOS AO SETOR JURÍDICO
• Haver dano ou desfecho desfavorável
• Querer saber como e porque ocorreu
• Compensação pela perda, dano, dor
• Crença que a equipe médica tem que pagar
• Querem mais honestidade na avaliação do paciente
Chirlei A Ferreira
ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS QUE SÃO ENCAMINHADOS AO SETOR JURÍDICO
Chirlei A Ferreira
- Massificação das relações- Mídia- Assistência judiciária gratuita- Dano moral
Lancet (1994),343 1609
CONCEITOS BÁSICOS
• IMPERÍCIA – IMPRUDÊNCIA – NEGLIGÊNCIA
• Imperícia: falta ou deficiência de qualificação
técnica
• Imprudência: fazer precipitado, sem cautela,
sem precaução
• Negligência: deixar de fazer
Chirlei A Ferreira
Chirlei A Ferreira
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
• Autonomia
• Beneficência: maximizar o benefício e
minimizar o prejuízo.
• Não-maleficência: causar o menor
prejuízo ou agravos à saúde do
paciente
• Justiça e equidade
CONSELHO DE ÉTICA MÉDICA
Art.8º - O médico não pode, em qualquer circunstância
ou sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade
profissional, devendo evitar que quaisquer restrições
ou imposições possam prejudicar a eficácia e
correção do seu trabalho.
Art.16º - Nenhuma disposição estatutária ou regimental
de hospital ou instituição pública ou privada poderá
limitar a escolha, por parte do médico, dos meios a
serem postos em prática para o estabelecimento do
diagnóstico e para a execução do tratamento, salvo
quando em benefício do paciente.
Chirlei A Ferreira
CONSELHO DE ÉTICA MÉDICA
É DIREITO DO MÉDICO:
Art. 21º - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitando as normas legais vigentes no país.
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 42º - Praticar ou indicar atos médicos
desnecessários ou proibidos pela legislação do país.
Chirlei A Ferreira
CONCEITO• É a parte a Medicina Legal que
estuda os problemas médico-legais relacionados ao sexo. Divide-se em capítulos, em que são abordados aspectos específicos:– Erotologia forense;– Obstetrícia forense;– Himenologia forense;
Chirlei A Ferreira
ABORTO
Chirlei A Ferreira
CONSEQUÊNCIAS DO ABORTAMENTO INSEGURO
hemorragia infecção traumas físicos lesões químicas
anemia aguda
choque
infertilidade
retirada de útero
choque
hemorragia
infecção
choque
intoxicação
hemorragia
choque
MORTE
ABORTO E O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
• O Código Penal Brasileiro descreve:– Aborto provocado pela gestante ou com seu
consentimento: • Art.124: provocar aborto em si mesma ou consentir
que outrem lho provoque: Pena – detenção de 1(um) a 3 (três) anos.
– Aborto provocado por terceiro• Art.125: provocar aborto, sem o consentimento da
gestante: pena – reclusão de 3 (três) a 10 (dez) anos.• Art.126: provocar aborto com o consentimento da
gestante: pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
– Parágrafo único:• Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não
é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência
Chirlei A Ferreira
ABORTO E O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
• Forma qualificada– Art.127: as penas cominadas nos dois artigos
anteriores são aumentadas de 1/3 (um terço), se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave, e são duplicadas, se por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
– Art.128: não se pune o aborto praticado por médico:• Aborto Necessário
– I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante.
• Aborto no caso de gravidez resultante de estupro– Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Chirlei A Ferreira
ABORTO EUGÊNICO
• Avanço científico frente a lentidão do aspecto jurídico:– Anencefalia,– Outras más-formações incompatíveis
com a sobrevivência extra-uterina
• Questões filosóficas e religiosas:– Quando inicia a vida?– A definição da dignidade humana.
?
Chirlei A Ferreira
LICENÇA MATERNIDADE
• Nos termos do artigo 7°, inciso XVIII da nossa constituição federal garante licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias.
Chirlei A Ferreira
PORTARIA n° 1067, 04 DE JULHO DE 2005
• A Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal será executada conjuntamente pelo Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal e tem por objetivo o desenvolvimento de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde de gestantes e recém nascidos, promovendo a ampliação do acesso a essas ações, o incremento da qualidade da assistência obstétrica e neonatal, bem como sua organização e regulação no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Chirlei A Ferreira
PORTARIA n° 1067, 04 DE JULHO DE 2005
• toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério;
• - toda gestante tem direito ao acompanhamento pré-natal
• - toda gestante tem direito de conhecer e ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida no momento do parto;
Chirlei A Ferreira
PORTARIA n° 1067, 04 DE JULHO DE 2005
• toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que essa seja realizada de forma humanizada e segura,
• todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura;
• toda gestante tem o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto imediato de acordo com a Lei nº 11.108/05.
Chirlei A Ferreira
MATERNIDADES DE RISCO HABITUAL
• Investimentos realizados:– 2003 – 2005: Distribuição de Kits para
120 maternidades do Estado de Minas Gerais que em realizaram entre 316 e 990 partos em 2002 (R$ 7.236.000,00)
– 2006 – 2007: Avaliação das Maternidades do Estado de Minas Gerais (126 maternidades que respondem por cerca de 75% dos partos no Estado)
Chirlei A Ferreira
ATENÇÃO SECUNDÁRIA PARA GESTANTES DE ALTO RISCO
• PROGRAMA VIVA VIDA• Objetivo
– Redução da mortalidade infantil, materna no Estado de Minas Gerais.
• Metas do Programa:– redução da Taxa de
Mortalidade Infantil em 15% em quatro anos (2007-2010);
– redução da Razão de Morte Materna em 15%, segundo o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
Chirlei A Ferreira
SIS-PRENATALLEGISLAÇÃO
• PT GM 569 de 01/06/00 republicada em 18/08/00 • Institui o PHPN no âmbito do SUS.• PT GM 570 de 01/06/00 republicada em 18/08/00 • Estabelece incentivos Componente I• PT GM 571 de 01/06/00 • Define o Componente II• PT GM 572 de 01/06/00• Nova sistemática de pagamento a assistência ao parto• PT SPS 09 de 05/07/00• Define o termo de adesão.• PT SAS 356 de 22/09/00• Estabelece recursosfinanceiros destinados a implementação
do Componente II• PT SE/SAS 27 de 03/10/00• Fixa os limites, por Unidade de Federação, para
financiamento pelo FAEC, dos adicionais relativos aos procedimentos da PT GM 572/00.
Chirlei A Ferreira
SIGILO PROFISSIONAL Constituição Federal: “são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização material ou moral decorrente de sua violação” (art. 5o, X).
É crime: “revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem” (Código Penal, art. 154).
Chirlei A Ferreira
CONSELHO ÉTICA MÉDICA• É VEDADO AO MÉDICO:
– Art.102: Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão salvo por justa causa, dever legal ou autorização expressa do paciente.
– PARÁGRAFO ÚNICO: Permanece essa proibição:
• A. mesmo que o fato seja de conhecimento público ou que o paciente tenha falecido.
• B. quando do depoimento como testemunha. Nesta hipótese o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento.
Chirlei A Ferreira
CONSELHO ÉTICA MÉDICA
• Art.103 – revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.
Chirlei A Ferreira
PRONTUÁRIO E SEGREDO MÉDICO
• É uma das mais freqüentes infrações à ética
médica.
• instrumento valioso para a paciente, para o
médico e demais profissionais de saúde, além da
instituição que a atende, bem como para o
ensino, a pesquisa, a elaboração de censos,
propostas de assistência à saúde pública e para a
avaliação da qualidade da assistência médica
prestada.
• O correto e completo preenchimento do
prontuário tornam-se grandes aliados do médico
para sua eventual defesa judicial junto a
autoridade competente.Chirlei A Ferreira
PRONTUÁRIO E SEGREDO MÉDICO
• Observância do sigilo médico constitui-se
numa das mais tradicionais características
da profissão médica.
• Revelar o segredo sem a justa causa ou
dever legal, causando dano ao paciente,
além de antiético é crime, Art. 154 do
Código Penal Brasileiro
Chirlei A Ferreira
CONSENTIMENTO ESCLARECIDO
• O consentimento do paciente ou de seus representantes legais representa uma delegação de poderes para aquilo que necessariamente deve ser feito.
• O que legitima o ato médico não é a sua permissão, mas sim a sua indiscutível necessidade.
Chirlei A Ferreira
OBSTETRÍCIA FORENSE
• Estuda os aspectos médico-legais relacionados com fecundação, gestação, parto, puerpério, além dos crimes de aborto e infanticídio.
• Fecundação– é o união do óvulo, macrogameta
produzido no ovário, com o espermatozóide, microgameta produzido nas glândulas testiculares do homem, formando a célula ovo ou zigoto.
Chirlei A Ferreira
INFANTICÍDIOÉ a morte, pela própria mãe, do recém-nascido
durante
ou logo após o parto, sob influência do estado
puerperal. São elementos do crime de infanticídio:
- própria mãe;
- durante o parto ou logo após ;
- influencia do estado puerperal;
- recém-nascido com vida extra-uterina.
O crime é executado pela mãe, sem auxílio ou
induzimento, sem planejamento prévio, como
resultado de gravidez ilícita, dissimulada durante sua
evolução, e com parto clandestino e sem a assistência.
Não admite co-autor é crime próprio.
Chirlei A Ferreira
ESTADO PUERPERALO estado puerperal é um quadro de obnubilação e confusão
mental, que segue o desprendimento fetal e que só ocorre na parturiente que não recebe assistência ou conforto durante o trabalho de parto. É desencadeado por fatores físicos, representados pela dor; químicos, proporcionados pelas alterações hormonais; e psicológicos, precipitados pela tensão emocional.
Trata-se de um quadro de difícil determinação pericial, sendo muito discutida, do ponto de vista médico-legal, a sua real existência. Não deve ser confundido com o puerpério, nem como os estados de depressão pós-parto e de psicose puerperal.
São processos muito diferentes, apesar da semelhança de nomes. Em casos de psicose puerperal, a mulher é isenta de pena.
Chirlei A Ferreira
DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
• CONCEITO:• que a pessoa possa ter uma vida
sexual segura e satisfatória, tendo a capacidade de reproduzir e a liberdade de decidir sobre quanto e quantas vezes deve fazê-lo
Chirlei A Ferreira
PLANEJAMENTO FAMILIAR
• A cobertura obrigatória de ações de planejamento familiar pelos planos e seguros privados de assistência à saúde, incluindo não só métodos de contracepção, mas também laqueadura das trompas e vasectomia, está garantida pela Lei 11.935/09, publicada no Diário Oficial do dia 12 de maio. A nova legislação alterou o artigo 36-C da Lei 9.656, de 3 de junho de 1998. A cobertura de casos de emergência que implicassem risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente e de situações de complicações na gestação já era assegurada pela lei.
Chirlei A Ferreira
REPRODUÇÃO ASSISTIDA• Resolução n.º 1358 de 11/11/1992, o CFM
adotou as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida.
• Princípios gerais: que as técnicas facilitem o processo de
procriação, podendo ser empregadas quando exista
possibilidade efetiva de sucesso e que não sejam aplicadas
com a intenção de selecionar qualquer característica
biológica do futuro filho, inclusive o sexo.
• É proibido a fecundação de óvulos humanos com outra
finalidade que não seja a procriação e o máximo ideal de
oócitos e préembriões a ser transferidos não deve ser
superior a quatro.
Chirlei A Ferreira
REPRODUÇÃO ASSISTIDA• TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES
– Transferência de embriões é realizada na fase de blastocisto,
– Mais de 80% das mulheres que se submetem a fertilização chegam à transferência de, pelo menos, um embrião, mas somente 5 a 40% delas ficam grávidas.
– O Conselho Federal de Medicina restringiu a transferência de no máximo 4 embriões.
Chirlei A Ferreira
CONGELAMENTO DE EMBRIÕES
• Quando há embriões excedentes nos ciclos de transferência reprodução assistida,
• Nos casos de cancelamento da transferência por risco da síndrome da hiperestimulação ovariana,
• Antes de tratamento quimio ou radioterápico em pacientes jovens com desejo de preservação da fertilidade.
LEI n° 11.015• Criada em 24 de março de 2005,
prevê a utilização de embriões congelados para pesquisa, em particular para a obtenção de células- tronco, desde que os embriões sejam inviáveis ou estejam congelados há três anos ou mais, com o consentimento dos genitores.
Chirlei A Ferreira
INDICAÇÕES
SITUAÇÕES ESPECIAIS EMREPRODUÇÃO ASSISTIDA
• Doação de oócitos
• Cessão temporária de útero
Chirlei A Ferreira
DOAÇÃO DE OÓCITOS• INDICAÇÃO
– Falência ovariana prematura,– Pacientes más respondedoras à estimulação ovariana,– Níveis de FSH superiores a 10 UI/ml– Idade avançada da mulher (≥ 40 anos)
• CONDIÇÕES PARA SER DOADORA– Segundo a Sociedade Americana de Reprodução Assistida, a
doadora deve:• Ter entre 21 e 34 anos,• Possuir bom estado psicofísico,• Ter histórico negativo para doença de transmissão
genética,• Apresentar testes negativos para HIV, sífilis, hepatite
Be C, • Cultura cervical negativa para Clamydia e Neisseria.
Chirlei A Ferreira
CESSÃO TEMPORÁRIA DE ÚTERO
• INDICAÇÃO:– A cessão temporária do útero, ou
gestação de substituição, está indicada nos casos em que uma mulher jovem, com função ovariana normal, é histerectomizada ou não tem útero em condições de promover o desenvolvimento fetal.
– O Conselho Federal de Medicina recomenda que a doadora do útero pertença à família da mãe genética (exceção ao CREMESP
Chirlei A Ferreira
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
• CONCEITO• A violência contra a mulher pode ser entendida como
qualquer ato que lhe cause dano físico, psicológico, moral, em seus bens e no direito de participação simbólica e cultural.
• É uma violência de gênero que se dirige à mulher pelo fato de ser mulher
• Diz respeito a atitudes e comportamentos que se justificam em normas culturais que regulam e organizam as relações de gênero, hierarquizando as relações entre os sexos, e colocando a mulher em uma posição social de inferioridade e submissão.
Chirlei A Ferreira
VIOLENCIA CONTRA A MULHER
Modelo de Heise, Ellsberg e Gottenmoeller (1999)
• Da sociedade• Da comunidade• Das relações familiares• Individuais
Chirlei A Ferreira
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
• 40 a 70% dos homicídios femininos, que ocorrem em todo o mundo, são cometidos por parceiros íntimos
• A violência contra a mulher ocorre, principalmente, no ambiente doméstico.
• Envolve pessoas com as quais a vítima tem relações conjugais, legais ou informais, de parentesco ou de amizade
Chirlei A Ferreira
VIOLENCIA CONTRA A MULHER
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA• 43% das brasileiras já sofreram alguma
forma de agressão
• De cada 100 homicídios de mulheres, 70 decorrem da violência doméstica
Chirlei A Ferreira
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
• VIOLÊNCIA SEXUAL• não decorre do desejo sexual ou amoroso. Ao
contrário, é uma demonstração extrema de poder do homem sobre as mulheres, na subjugação de seu corpo, tornado objeto, e da sua autonomia como sujeito. É também uma forma de agressão entre homens, já que a posse sexual do corpo de uma mulher incorpora o significado simbólico de aviltamento e humilhação dos homens com que esta mulher mantém qualquer tipo de relação.
• Oliveira, 2007
Chirlei A Ferreira
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
• A violência doméstica e o estupro seriam a sexta causa de anos de vida perdidos por morte ou incapacidade física em mulheres de 15 a 45 anos - mais que todos os tipos de câncer, acidentes de trânsito e guerras.
• Deslandes, Gomes e Silva, 2000.
Chirlei A Ferreira
ASSÉDIO SEXUAL
• O assédio sexual no local de trabalho é outra forma de violação que consiste na exigência de favores sexuais, muitas vezes em troca de permanência no trabalho ou ascensão profissional, degradando a vítima e criando um ambiente de trabalho abusivo e ofensivo.
Chirlei A Ferreira
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
• Lei 10.886, de 2004• Código Penal – Art. 129• § 9o Se a lesão for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.
• LEIS ANTERIORES N° 11.340 de 07 de agosto de 2006
Chirlei A Ferreira
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
• Lei 9.099/95• Art. 88. Além das
hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas
• LEIS ANTERIORES N° 11.340 de 07 de agosto de 2006
Chirlei A Ferreira
LEI 11.340, 07 de agosto de 2006
• Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o CPP, o CP e a LEP; e dá outras providências.
Chirlei A Ferreira
LEI 11.340, de 07 de agosto de 2006
• CONSIDERAÇÕES GERAISabrangência da expressão “violência doméstica e familiar contra a mulher” (art. 5º)
inúmeras medidas preventivas e assistenciais
equipe de atendimento multidisciplinar (áreas psicossocial, jurídica e de saúde)
intensa participação da autoridade policial, judicial e do MP
• ART. 5°– Ação ou omissão– morte– lesão– sofrimento físico
– sofrimento sexual– sofrimento psicológico– dano moral– dano patrimonial
Chirlei A Ferreira
LEI 11.340, de 07 de agosto de 2006
• VIOLÊNCIA FÍSICA• ofensa à integridade ou saúde corporal
• VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA- ameaça- constrangimento- humilhação- perseguição contumaz- insulto- ridicularização- etc.
Chirlei A Ferreira
ALTERAÇÃO DO CÓDIGO PENAL
• Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (CPP), passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:“Art. 313 prisão preventiva IV – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.(NR)”.
Chirlei A Ferreira
ALTERAÇÃO NA LEI DE EXECUÇÃO E PENA
• Art. 45. O art. 152 da LEP, passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante o tempo de permanência, cursos e palestras, ou atribuídas atividades educativas.
• Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação
Chirlei A Ferreira
• “... a maior dificuldade do Ministério da Saúde na implantação de programas de saúde pública (...). Também torna-se evidente a incompreensão e a alienação do médico no que diz respeito ao sistema de saúde, no qual se insere sem consciência de como esse sistema é estruturado e do que representa o ato médico dentro dele. Isto porque o médico ultimamente formado pelas escolas médicas tem dificuldades de cuidar do paciente; pratica uma Medicina técnica e intervencionistas, e é pouco resolutivo.”
• (Ligerman, 2000)
Chirlei A Ferreira
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