Tópicos Gerais em Direito Civil - Direito das Coisas

  • View
    22

  • Download
    0

  • Category

    Law

Preview:

Citation preview

STEPHANY DAYANA PEREIRA MENCATO

Tema: Direito Civil, Direito das Coisas – Arts. 1.196 a 1.510, C.C.

DEFINIÇÃO

• Conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens materiais ou imateriais suscetíveis de apropriação. (DINIZ 2014)

CONTEÚDO

• POSSE:– Aquisição, efeitos, perda e proteção;

• PROPRIEDADE– Imóvel, Móvel, Condomínio, Resolúvel, Literária,

Científica e Artística;• DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS– De gozo ou Fruição, De garantia, De aquisição.– posse

POSSE:

• Situação de fato, independe da propriedade, exercício ostensivo de conservação e defesa da coisa – poder sobre e fruição; (diversas doutrinas)

• Difere-se da DETENÇÃO, não possui relação de dependência ou subordinação com outra pessoa;

CLASSIFICAÇÕES PELO C.C. (algumas)

• Direta e Indireta - decorrem de um negócio jurídico: alguém recebe para uso/gozo, temporária e derivada – é daquele que cede o uso do bem;

• Justa e Injusta: não violenta (coerção), clandestina (ocultamento) ou precária (empréstimo não devolvido) – apresenta algum dos vícios mencionados;

• Boa-fé e má-fé: o possuidor ignora o vício ou obstáculo que impede a aquisição da coisa – consciência de que a relação mantida com a coisa é legítima ou não.

• Nova e Velha: é a de ano e dia - é a de tempo superior que poderá consolidar situação de fato – tem relação com a idade da posse e é marcada pelo início da relação com a coisa.

• Exclusiva e Composse: único possuidor ou dois ou mais possuidores simultaneamente.

• Aquisição e perda

AQUISIÇÃO E PERDA

• Ato voluntário que torna possível o exercício da posse:

• Originário - livram o novo possuidor dos vícios da posse: Apreensão – apropriação de uma coisa sem dono em razão de um comportamento unilateral; Exercício de um direito – manifestação externa de um direito que tem como objeto uma relação possessória

• Derivada – os vícios serão transmitidos:– Tradição: entrega ou transferência voluntária da

coisa. – Sucessão: transmitida aos herdeiros ou legatários do

possuidor quando de sua morte.– PERDA DA POSSE: perde-se a posse quando cessa o

poder sobre o bem não se exercendo mais de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

– efeitos

EFEITOS:

• Percepção dos frutos enquanto ela durar;• Responde pela perda/deterioração da coisa

apenas se tenha agido com dolo/culpa;• Indenização por benfeitorias necessárias (boa-fé:

valor atual – má-fé: valor atual ou seu custo), as voluptuárias apenas ao de boa-fé que poderá rete-las ou levantá-las.

• Direito de Retenção: continuar em posse da coisa até ver-se indenizado pelo crédito.

PROTEÇÃO DA POSSE

• O possuidor tem direito à ser mantido na posse em caso de esbulho, turbação e violência iminente;

• Tal se faz por meio das ações possessórias (CPC, art. 920 e ss.), legítima defesa (estando presente, evita a turbação) e pelo desforço imediato (havendo o esbulho, perde a posse, a retoma por seus próprios recursos).

PROPRIEDADE

• Nos termos da lei é o direito que ou permite ao proprietário usar, gozar e dispor dos bens e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente, os possua ou detenha.

AQUISIÇÃO IMÓVEL

• Derivada: ocorre com o registro do título aquisitivo no Registro de Imóveis;

• Originária: – Usucapião: prescrição aquisitiva, aquisição da

propriedade pela posse justa, prolongada no tempo, de coisa hábil, de boa-fé e de modo manso e pacífico ( 15 anos extraordinário – 10 ordinário)

– Acessão: decorrente de um processo de incorporação de determinado bem ao solo.

AQUISIÇÃO MÓVEL

• Derivada: por meio da tradição, real – efetiva, ou simbólica – algo que a represente.

• Originária: – Ocupação: assenhorear-se de coisa sem dono;– Achado de tesouro: achado de depósito antigo de

cujo dono não haja memória;

– Especificação: transformação definitiva da matéria-prima em espécie nova, mediante tralho ou indústria do especificador.–Misturas: coisas de diversos donos que se

mesclam, resulta num condomínio;–Usucapião: mesmos termos da coisa imóvel

– porem os prazos serão de 3 anos quando houver juto título e 5 quando não.

DIREITOS DE VIZINHANÇA

• Regras para regular e evitar conflitos entre proprietários de prédios contíguos.

• Uso normal da propriedade: o direito de um vizinho reclamar está subordinado a dois requisitos, exemplo:– Existência de interferência prejudicial que atinja

interesses previstos em lei;– Que a interferência decorra do uso anormal da

propriedade.

CONDOMÍNIO

• Quando mais de uma pessoa ao mesmo tempo exerce o direito de propriedade sobre a coisa.

• A cada condômino é assegurada uma fração ideal da coisa – atribuindo-se a exclusividade jurídica ao conjunto de coproprietários.

• O Art. 1.314 descreve os direitos e deveres dos condôminos como: reivindicá-la de 3°; defender a posse; concorrência para a manutenção; responsabilidade pelas dívidas.

DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS - SUPERFÍCIE

• Faculdade que o proprietário tem de conceder a outrem o direito de construir ou plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante registro no Cartório;

• Onerosa ou gratuita;• Transferível a terceiros ou herdeiros;• Superficiário responde pelos encargos e

tributos.

SERVIDÕES

• Encargo que um prédio suporta em benefício de outro, conferindo ao titular direito ou faculdade de uso e gozo;

• Relação entre dois prédios, donos diversos; Pode nascer de um negócio jurídico, sentença, usucapião, etc.

USUFRUTO

• Direito de retirar, temporariamente, da coisa alheia os frutos e utilidades que ela produz, sem alterar-lhe a substância;

• O proprietário perde, temporariamente, o direito ao uso e aos frutos;

• Aplica-se a bens móveis, imóveis, patrimônios;• Origem: legal, convencional ou resultante de

usucapião.

USO e HABITAÇÃO

• Mais restrito que o usufruto – formas de constituição e extinção são as mesmas; o usuário usará a coisa, porém apenas perceberá os frutos quando exigirem as necessidades pessoais suas e de sua família.

• Modalidade especial de uso à moradia – o titular pode usar a casa, residindo nela, mas não alugá-la, nem emprestá-la.

DIREITOS REAIS DE GARANTIA

• É o que confere ao credor a pretensão de obter o pagamento da dívida com o valor do bem.

• Direito de preferência ou prelação: de pagar-se com o produto da venda judicial da coisa, excluídos os demais credores;

• Direito de sequela: possibilidade de reclamar e perseguir a coisa onde e com quem estiver;

• Indivisibilidade: o pagamento parcial da dívida não libera o bem na mesma proporção.

DIREITOS REAIS DE GARANTIA

• É o que confere ao credor a pretensão de obter o pagamento da dívida com o valor do bem.

• Direito de preferência ou prelação: de pagar-se com o produto da venda judicial da coisa, excluídos os demais credores;

• Direito de sequela: possibilidade de reclamar e perseguir a coisa onde e com quem estiver;

• Indivisibilidade: o pagamento parcial da dívida não libera o bem na mesma proporção.

PENHOR, HIPOTECA

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o representa, faz o devedor;

• É um direito sobre o valor da coisa, não sua substância que pode seguir em poder do devedor ou terceiro, conferindo ao credor o direito de promover sua venda judicial.

ANTICRESE, ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

• O credor recebe a posse de coisa imóvel frugífera, ficando autorizado a perceber-lhe os frutos e imputá-los no pagamento da dívida.

• O devedor, com a finalidade de garantir o cumprimento de uma obrigação contrata a transferência ao credor, da propriedade resolúvel e a posse indireta permanecendo com a posse direta.

Fim.

Recommended