Bacia de Campos

  • View
    872

  • Download
    2

  • Category

    Science

Preview:

Citation preview

Bacia de Campos

Adriano B. de Sant’Ana

Rafael R. A. FernandesMarcus Felippe

A Bacia de Campos é uma bacia sedimentar com cerca de 100 mil km², do Espírito Santo (próximo à cidade de Vitória) até Arraial do Cabo (RJ), abrangendo 13 municípios do litoral fluminense.

Localização da Bacia de Campos

Há aproximadamente 122 milhões de anos, os continentes americano e africano formavam um super continente - o Gondwana.

Intensas movimentações no interior da crosta terrestre causaram a divisão do Gondwana. Ao longo da fratura que se estabeleceu entre os novos continentes, desenvolveu-se uma estreita e longa bacia sedimentar, que evoluiu de um lago, onde se depositaram sedimentos ricos em matéria orgânica no seu fundo, para um golfo alongado com a entrada do mar (predecessor do Atlântico Sul).

Origem da Formação

1ª Fase : RIFTQuebra dos Continentes

130 a 115 milhões de anosEstágio 1 – Início da quebra do continente, por meio de falhas geológicas (fraturas com movimento), com frequentes derrames de lavas

Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando depressões que formam profundos lagos. O ambiente com pouco oxigênio preservou amatéria orgânica nos sedimentos.

Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e formação de um grande golfo com águas muito salinas. Grandes depósitos de sal, chamados evaporitos, foram formados por precipitação. Nasce o Atlântico

2ª Fase : TRANSICIONAL

Em torno de 105 milhões de anos atrás, houve uma invasão mais efetiva da água do mar sobre o continente. Desenvolveram-se extensos bancos de areias carbonáticas (areia com algas calcárias) em um mar raso, de águas límpidas e mornas.

Um novo oceano foi gerado, ainda raso e quente, com grande atividade de organismos, algas, conchas e corais (rochas carbonáticas). Início de geração das rochas do fundo oceânico e os dois novos continentes se separam progressivamente.

3ª Fase : MARGEM PASSIVA OU DRIFT

Com o afastamento entre Brasil e África, a bacia sedimentar se torna cada vez mais profunda. Por volta de 90 milhões de anos atrás, o fundo do jovem oceano Atlântico passou a receber violentas descargas de sedimentos trazidos nas grandes enchentes dos rios, produzindo correntes turbulentas que escavaram canyons e despejaram extensos depósitos arenosos, chamados turbiditos, em águas profundas

Esses turbiditos são as rochas produtoras de óleo nos campos gigantes de Marlim, Albacora e Roncador.

Embasamento

Talude

Plataforma

Bacia

Rotas de Transporte Sedimentar

20km

DiamictitosAreias

BACIA DE CAMPOS

• Evolução Tectono Estratigráfica

Início: Mesozóico (rift Pelotas a PE-PB) Basaltos Neocomiano (Fm. Cabiúnas).

Rift: Sequência Barremiano (Fm. Lagoa Feia). Principal rocha geradora.

Transicional: Aptiano (Fm. Lagoa Feia). Evaporitos (golfo Santos a SE-AL)Drift: Início no Albiano (Fm. Macaé).Cenomaniano-Turoniano (Seção “Bota” e Arenitos Namorado) - Trend de falhas.– Fase Transgressiva: Senoniano-Paleoceno (Gr. Campos).– Fase Regressiva: Eoceno-Mioceno (Gr. Campos). Reativação da Serra do Mar (Leques deltaicos e turbidíticos).

ROCHAS GERADORAS

Formação EmboréFormação Ubatuba

Formação Carapebus

Formação Macaé superior

Formação MacaéFormação Lagoa Feia

Formação Cabiúnas

MarlimLeste

bbhfdjhjdbbbbbb

AlbacoraLeste

Marlim

MarlimLeste

MarlimSul

Albacora

Roncador

Bacia de Campos

Badejo

Garoupa

Alguns dos principais Campos

Seção de correlação cronoestratigráfica, baseada em dados de poços, ilustrando o Campo de Roncador, Bacia de Campos 

Seção geológica ilustrativa dos diversos reservatóriossaturados de petróleo no Campo de Albacora, Bacia de Campos

Seção sísmica de reflexão no Campo de Marlim, Bacia de Campos 

Seção geológica esquemática ilustrando a configuraçãoestrutural-estratigráfica do Campo de Garoupa, Bacia de Campos

Seção geológica regional na porção sul da Bacia deCampos, mostrando o contexto estrutural e estratigráfico do Campo de Badejo

Carta estratigrá-fica da Bacia de Campos, com indicação dos elementos do sistema petrolífero atuante na área 

• Rochas GeradorasFolhelhos e margas da Fm. Lagoa Feia

• Rochas ReservatóriosTurbiditos da Fm. Carapebus (K. e Terc.).Carbonatos e Arenitos Namorado da Fm.Macaé (Albiano-Turoniano).Coquinas da Fm. L. Feia (Barremiano).Basaltos da Fm. Cabiúnas (Neocomiano).

• Rochas CapeadorasCalcilutitos, margas e folhelhos• Geração/MaturaçãoInício da janela de geração de óleo: Oligoceno/Mioceno.Persiste até hoje na maior parte da bacia

Sistema Petrolífero

• MigraçãoPrincipal: Através de falhas lístricas (gerador da Fm. Lagoa Feia - reservatórios drift).• TrapeamentoEstruturalEstratigráficoMisto (reservatórios Paleogeno)

Recommended