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DESAFIOS E
POSSIBILIDADES DA FAMÍLIA
NO LIMIAR DO NOVO
MILÊNIO
Dom João Carlos Petrini,
Bispo de Camaçari e Presidente
da Comissão Episcopal Pastoral
Vida e Família
Introdução
A família constituída por um homem, uma mulher e eventuais filhos, fundada sobre o um vínculo indissolúvel do matrimônio, é o modo melhor de viver o amor humano, a maternidade, a paternidade.
Porque corresponde ao desígnio de Deus, é o caminho da maior realização humana e, ao mesmo tempo, constitui o bem mais decisivo para a paz na sociedade.
Introdução
O debate cultural no qual a Igreja é
chamada a dar as razões de sua
esperança é a respeito do humanum.
“A família encontra-se no meio de uma
tempestade”. (Bento XVI)
O futuro da humanidade passa através
da família” (Bem-aventurado João
Paulo II)
Introdução
Retomar o desígnio de Deus sobre a pessoa, o matrimônio e a família.
Explicitar o recurso que a família constitui para toda a sociedade, pois
a sociedade globalizada sofre uma forte perda de virtudes sociais
“A cada um, nos toca recomeçar de Jesus Cristo”.
Fundamental acompanhar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil 2012-2015
NOVA ETAPA DA PASTORAL
FAMILIAR
Passamos de uma concepção prevalentemente jurídica e naturalista dos fins do matrimônio a uma concepção sempre mais personalista.
O Concílio Vaticano II definiu a família como uma “ínitma comunidade de vida e de amor”, uma instituição que nasce “do ato humano com o qual os cônjuges de dão e se recebem” (GS 48).
FAMÍLIA E COMUNHÃO
Em Puebla, João Paulo II afirmou: “O nosso Deus não é uma solidão, mas uma família, porque nele existem a paternidade, a filiação e a essência da família que é o amor. Este amor, na família divina é o Espírito Santo. Assim, o tema famíllia não é estranho à essência divina”.
A vida trinitária, Jesus Cristo em sua missão terrena e também o amor esponsal que une um homem e uma mulher e filhos se caracterizam pelo dom sincero de si até o próprio sacrifício.
CONTRAPONTO
Evangelium Vitae denuncia a
difusão de uma cultura da morte e
de uma verdadeira “conjura contra
a vida” (EV, 17), que dá o
privilégio ao critéio da utilidade e
da conveniência para si mesmo,
até o sacrifício da vida de
outros, inclusive de inocentes.
Mas o casal, olhando à Trindade
e a Jesus, vive o dom sincero de
si até o próprio sacrifício.
O ser humano é pessoa
O ser humano existe somente em relação, nasce de uma relação, cresce e desenvolve a sua identidade na medida em que é inserido numa trama de relações.
O ser humano descobre-se „pessoa‟ pela relação com o Criador.
Existe porque é criado, querido, amado.
“Ninguém tem o direito de servir-se de uma pessoa, de usá-la como um meio” (João Paulo II)
“A imagem de Deus Ele o
criou, homem e mulher o
criou” Adão não encontrou nenhum animal
que lhe servisse como companhia: deparou-se com a solidão originária.
“Não é bom que o homem esteja só. Façamos-lhe uma compenheiraadequada”.
“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou, homem e mulher Ele o criou” (Gn 1, 27).
A diferença sexual desde o
princípio aponta a comunhão
“Trata-se de compreender a razão e as conseqüências da decisão do Criador de fazer existir o ser humano sempre e somente como mulher e como varão” (MD, 1)
O ser humano não pode existir sozinho; pode existir somente como unidade de dois e, portanto, em relação com outra pessoa humana.
A Comunhão está na origem da existência, indica i nosso destinoúltimo e o método para viver no quotidiano.
A condição para a realização da pessoa é “ser para o outro”.
COMUNHÃO??
É evidente o contraponto com a
visão individualista segundo a
qual o outro é o concorrente, o
adversário, o inimigo, ou o
inferno, como a personagem
Garcin da obra “Entre quatro
paredes”, de Sartre, diz quando
afirma: “O inferno são os outros”.
O DESÍGNIO DE DEUS
O desejo de felicidade pode encontrar a própria satisfação somente no encontro com o outro, na comunhão com ele.
A família, fundada no matrimônio, corresponde ao desígnio de Deus e permanece como o espaço onde as exigências humanas encontram maior correspondência.
O significado do corpo
O ser humano pertence simultaneamente ao mundo visível da matéria e ao mundo invisível do espírito.
Na pessoa essas dimensões encontram-se profundamente unidas.
O corpo humano é “impregnado de toda a realidade da pessoa e da sua dignidade”. (João Paulo II)
O corpo manifesta a pessoa na sua visibilidade. João Paulo II definiu o corpo “sacramento” da pessoa, manifestação visível de uma realidade invisível.
O significado do corpo
O corpo humano com o seu sexo, com sua masculinidade e feminilidade, não somente é nascente de fecundidade e de procriação, mas encerra desde „o princípio‟ o atributo „esponsal‟, isto é, a capacidade de exprimir o amor: aquele amor no qual o homem-pessoa torna-se dom e, por meio deste dom, realiza o sentido mesmo do seu ser e existir.
O corpo, então, não é puro material destinado ao trabalho e ao prazer! É o lugar onde se vivem significados.
Amor no casamento: dom
sincero de si
A diferença sexual não é somente um limite mas é também um bem, é promessa de felicidade na relação de amor.
A solidão torna-se, assim, espera de comunhão.
“O só pode se encontrar plenamente no dom sincero de si”. (GS)
O ser humano, homem e mulher, realiza-se no amor.
A comunhão entre pessoas, que se concretiza na família prepara uma morada adequada para o homem, para a mulher e para os filhos que gerarem.
O DOM SINCERO DE SI ??
É evidente o contraponto com a
mentalidade segundo a qual a
dignidade e a grandeza humana
são afirmadas derrotando o
adversário (como o gladiador),
ou que a esperteza consiste em
destruir outros para alimentar-se
de seu sangue (o vampiro) ou de
seu cérebro (o predador).
No sacramento do
matrimônio a plenitude do
amor A comunhão trinitária está na
origem deste caminho que tem
como dinâmica o dom de si ao
outro.
No sacramento, o casal vive
imerso na fonte que é o coração
trespassado de Cristo e participa
do seu dom esponsal para a
Igreja, abrindo assim a nascente
deste amor no coração do amor
conjugal
No sacramento a plenitude do
amor
O amor do casal é assumido no
amor de Cristo e da Igreja. Dessa
maneira, a graça matrimonial
fecunda desde dentro, mediante a
efusão do Espírito Santo, as
relações familiares de
esponsalidade, paternidade,
maternidade, filiação, fraternidade
(FC 15).
Família Igreja doméstica ...
“como „pequena igreja‟, a família
cristã é chamada à semelhança
da „grande igreja‟ a ser sinal de
unidade para o mundo e a exercer
desse modo seu papel profético,
testemunhando o Reino e a paz
de Cristo, rumo à qual o mundo
inteiro caminha” (FC 38).
E sujeito de envangelização
“Uma auténtica família, fundada
no matrimônio, é em si mesma
uma “boa notícia” (um Evangelho)
para o mundo. Além disso, no
nosso tempo, são sempre mais
numerosas as famílias que
colaboram ativamente à
evangelização,... É a hora da
família missionária”.
João Paulo II
PASTORAL FAMILIAR
INTENSA E VIGOROSA
1. DIMENSÃO ECLESIAL
A) Grupos de vida fraterna de famílias
B) Presença transversal em outras pastorais
C) Semana da Família
D) Semana da Vida
PASTORAL FAMILIAR
INTENSA E VIGOROSA 2. DIMENSÃO SOCIAL
A) Associação de famílias
B) Dia municipal da família
C) Peregrinação da família a Aparecida
PASTORAL FAMILIAR
INTENSA E VIGOROSA
3. DIMENSÃO FORMATIVA
A) Cursos INAPAF
B) Escolas de Família
C) Seminários, Congressos,
D) Subsídios
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