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Boletim da Pastoral Familiar - Fevereiro de 2011
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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!
Fertilização “in vitro” – Foi notícia no início do ano que, no nosso Paraná, uma mulher engravidou, feliz, sendo o pai falecido há mais de um ano. Seu sêmen congelado tor-nou real o sonho dos dois, que parecia im-possível. Está neste boletim a matéria. Dom Antônio Augusto, bispo da Comissão Nacio-nal para Vida e Família, fala sobre a Repro-dução Assistida. Comenta a resolução do Conselho Federal de Medicina que impõe normas éticas sobre o assunto. O que diz a Igreja sobre esses assuntos tão novos? Seria a norma ética do Conselho Federal de Me-dicina compatível com a ética do evange-lho? Uma mãe que quer ter um filho do ma-rido morto, não é isso um desejo justo? Por outro lado, é ético com relação à criança, colocá-la no mundo já sem o pai, nem ir-mãos,como propriedade da mãe, expondo-a a uma situação, no mínimo, inusitada? Uma mãe que tem um filho, o tem para alegrar a si própria, ou para dar ao filho as melhores condições de felicidade? Se criança é pra completar os pais, vale também produção independente, adoção por homoafetivos, e outros. E, família pra quê?
Questões complexas – Ao questionar essa matéria, não quero emitir julgamento, nem estou definindo uma posição. Quero chamar a atenção para essas questões que envol-vem aspectos técnicos, éticos, econômicos e
outros. Envolvem a cultura, as religiões, os costumes. A medicina estabelece normas, em boa hora, pois a legislação vigente tinha quase 20 anos. Mas o faz sem passar pela discussão da sociedade. O mesmo acontece com as políticas públicas do Governo, como aborto, camisinha, direitos homossexuais, que foram abafadas durante a campanha eleitoral, e agora voltam, e vão sendo im-plantadas, sem que os legisladores discutam o assunto. Aliás, a maioria deles, está mais ocupada em defender seus singelos salários, pensões vitalícias e cargos e futricas parti-dárias. E os comportamentos vão mudando, ao ritmo dos BBBs e das reivindicações de certos grupos influentes na mídia... E nós, Pastoral Familiar, como enfrentamos essas questões?
Formação permanente – Entre os pontos que foram elencados como prioritários em nosso projeto para este ano, no Paraná, apareceu forte a necessidade da formação permanente, do estudo, da escuta de pes-soas competentes que nos ajudem a ter uma posição afinada com a doutrina da Igreja, realista diante do mundo que evolui rapidamente, aberta à novidade, porém, firme na guarda dos valores que não podem ser entregues aos modismos que passam. É essa a nossa responsabilidade diante das gerações futuras. Que Deus nos ajude a ter essa dimensão e consciência.
Paz e Bem, a todos! Muito trabalho, ânimo redobrado, diante da rica agenda que temos para este ano, abraçando com coragem os desafios que virão.
Dom João Bosco, O.F.M.
Bispo de União da Vitória
CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – FEVEREIRO DE 2011
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22
BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB
RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600
CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122
DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa
BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR
RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall
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DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm
AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall
EE--mmaaiill:: jjcckkrruumm@@yyaahhoooo..ccoomm..bbrr
““AAqquueelleess aa qquueemm ppeerrddooaarrddeess ooss
ppeeccaaddooss,, ffiiccaarr--llhheess--ããoo ppeerrddooaaddooss”” HÄRING, Bernhard. Shalom: paz – o sacramento da reconciliação. São Paulo: Paulinas, 1972, p-15-17
É de paz e de vida esta mensagem de Cristo aos seus sa-cerdotes. Ela en-contra ressonância no Antigo Testa-mento, no Livro de Ezequiel, num tre-cho que de modo especial se aplica ao sacramento da penitência. Veja na Bíblia Ez 37, 1-10.
Digno de nota nes-te texto é que o ruah, o espírito de Deus, seja o realizador deste soerguimento dos mortos para a vida. É o espírito que restitui a vida. Os textos do Novo Testamento, que falam do perdão dos pecados, devem ser lidos à luz desse texto do Antigo Testamento. As gran-des profecias do Antigo Testamento cum-prem-se no Filho do homem que tem poder para restaurar a vida e para perdoar pecados. Ele o faz pelo Espírito Santo, como nos mostra Ezequiel. No Novo Testamento, Jesus Cristo prova seu poder de perdoar pecados pelo simples fato de que ele pode restaurar a vida. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me conferiu a unção: para anunciar a boa nova aos pobres me enviou, para anunciar a libertação aos cativos” (Lc 4, 18).
Foi no Espírito que Jesus Cristo sacrifi-cou sua vida. E o Pai celeste, para mostrar sua aceitação deste dom do seu próprio Filho, pelo Espírito ressuscitou Jesus para nova vida. É central o lugar do Espírito Santo na missão de Cristo.
Também o sacerdote recebeu o Espírito de maneira especial, para ser capaz de profe-
tizar e de proclamar como Ezequiel, sabendo que é o Senhor que opera através de suas pa-lavras. Pois as palavras do sacerdote ao con-ceder a absolvição são mais do que um mero sinal; são um signum efficax, palavra e sinal de poderosa atividade divina.
Embora seja essencialmente o batismo que concede o Espírito e a ressurreição para a vida com Cristo àqueles que são como “ossos ressequidos”, a profecia pode ser aplicada também ao sacramento da penitência. O efei-to primordial do sacramento da penitência é realizar a passagem da fraqueza para a força, da enfermidade para a saúde perfeita. Para al-guns será o trânsito da morte para a vida. Pe-nitência é profecia anunciada pelo Espírito aos que se acham em estado de pecado mor-tal ou venial. Para qualquer pecador de boa vontade, o sacramento da penitência repre-senta uma boa nova. É a proclamação do mis-tério pascal, proclamação esta que lhe é diri-gida em tal instante: é a sua morte para os pe-cados e a ressurreição para uma vida nova.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33
Para um compromisso sério com a nossa
caminhada, nós precisamos cultivar momentos
profundos de espiritualidade. A experiência tem
mostrado que cada um de nós é capaz de viver
profundamente estes momentos.
Na América Latina e no Brasil há um jeito
próprio de fazer a LLeeiittuurraa OOrraannttee. É o jeito dos
"pequenos", dos “pobres”. Os pobres entende-
ram que fé e vida caminham juntas, e que a Pa-
lavra de Deus é para temperar a vida.
A sabedoria para compreender as coisas de
Deus é dada somente aos pequeninos, aos po-
bres. Por isso Jesus, muito feliz, disse: "Eu te
louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque es-
condeste essas coisas aos sábios e entendidos e
as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi
do teu agrado" (Lc 10,21).
Jesus comparou a Palavra de Deus a uma
lâmpada. A lâmpada não é para ser olhada:
devemos é olhar para o que a lâmpada está ilu-
minando (cf. Mt 5,15). Tudo o que está ao redor
e ao seu alcance. Assim também a Bíblia: foi
feita para iluminar o chão de nossas vidas. Com
a sua luz, saberemos o que deve ser "conserta-
do", para sermos novamente conforme o sonho
de Deus. Misturando Bíblia e Vida, os pobres
viram refletida na Bíblia a vida deles e conven-
ceram-se de que, como na época do povo da Bí-
blia, em que Deus ouviu o clamor dos pobres e
caminhou lado a lado com eles, também hoje,
por meio das Escrituras Sagradas, da vida e da
comunidade, Deus continua falando.
Cada um de nós, quando somos alimenta-
dos pela LLeeiittuurraa OOrraannttee da Bíblia, mostramos
que amamos Jesus, fazendo o que Ele fez: em-
penhando-nos pela igualdade, justiça, fraterni-
dade, a fim de que toda a riqueza do mundo seja
partilhada e todos tenham uma vida digna.
A LLeeiittuurraa OOrraannttee da Bíblia é como um
colírio: limpa os olhos embaçados, para que se
comece a enxergar com os olhos de Deus. Não é
um momento de estudo, nem um tempo para
preparar um trabalho pastoral, É um momento
de leitura da Palavra de Deus e de escuta do que
ela nos diz pessoalmente, para melhor viver o
Evangelho de Jesus.
Leitura Orante da
BBÍÍBBLLIIAA ((IIII)) hhttttpp::////ggaarroottaaddaa--ddiirreettrriizzeess..bbllooggssppoott..ccoomm//22000099//0011 ccoomm aallgguummaass aaddaappttaaççõõeess
Há cristãos que têm um preconcei-
to em relação ao terço. Têm uma resis-tência considerável. Talvez isso seja de-vido a uma falsa visão do cristianismo. Sempre que alguém olha o cristianismo como uma ideologia e não como Cristo vinculado a nós, é levado a resistir ao terço.
Porém, se encaramos o cristianismo como Cristo que vem a nós por amor, Cristo que é um de nós por amor, não deixamos de manter com Ele uma relação de amiza-de, e nessa condição é impossível criar obs-táculos à mãe de Deus. A mãe de Cristo é nossa mãe, mãe da cabeça e mãe dos mem-bros. Assim, entendendo o cristianismo como um compromisso com Alguém, o cris-tão autêntico não pode ignorar a mãe desse Alguém. Se a mãe de Cristo é também nos-sa mãe, porque não falar com ela como ele falou? Por que excluí-la de nossa oração, como se fosse antinatural, em nível de fé, a fala entre filho e mãe?
O terço tem uma pedagogia. No pas-sado muitas pessoas rezavam o terço cen-trando-se nas ave-marias repetidas, como se esse repetir constituísse a oração. Não. A repetição das ave-marias funciona como uma espécie de fundo musical, de cortina mística para a contemplação dos mistérios cristológicos. A contemplação e a medita-ção dos mistérios de Cristo é que constitu-em o miolo do terço. É que formam a ora-ção propriamente dita. As ave-marias são condicionamentos acústicos, para facilitar o itinerário através dos mistérios de Cristo, como um adequado fundo musical favorece nossa concentração na cena do filme. Repe-timos a ave-maria, num embalo ritmado, mas não pensando nas palavras tantas ve-zes repetidas. É que elas são música mística a nos condicionar biblicamente para con-
templarmos a humanidade de Cristo em seus mistérios libertadores.
Não poderia haver condicionamento acústico mais funcional do que essa repeti-ção da ave-maria, por jogar com palavras desencadeadoras de associações apropria-das a uma meditação cristocêntrica. In-conscientemente, até, nossa mente é solici-tada a reagir elaborando uma tessitura de fios evangélicos, à medida que os lábios vão emitindo estímulos, germinando reações. “Bendita és tu” – é a saudação (ev)angélica para a privilegiada da humanidade. “Cheia de graça” – o mistério da comunicação de Deus conosco. “Bendito é o fruto do vosso ventre” – É Jesus, essa palavra que volta a cada passo, fazendo tudo convergir para o Jesus histórico, que outro não é senão o Cristo da fé. “Santa Maria, mãe de Deus” – o mistério inefável da maternidade divina. “Rogai por nós pecadores” – é a nossa rea-lidade concreta: pecadores, mas, ao mesmo tempo, filhos, íntimos de Deus, herdeiros do Pai. Sim, Deus, nosso Pai, está conosco no terço. “Venha a nós o vosso reino” - des-tino deste mundo, já iniciado no ventre da mãe de Cristo.
Se rezássemos o terço apenas interes-sados em repetir ave-marias, aí sim, termi-naríamos caindo na oração multiplicativa de palavras, condenada por Jesus. E os teimosos em rezá-lo assim, esquecem que o substancial do terço é a meditação ou con-templação dos mistérios de Cristo. Não a repetição de ave-marias. Fique bem claro: a repetição de ave-maria é uma trilha sonora funcional. Uma melodia angélica verbaliza-da. É preciso insistir neste ponto, para aju-dar aqueles que não se aventuram a rezar o terço por acharem “monótono ficar repe-tindo ave-marias”.
Bendito é o fruto do vosso
ventre: Jesus (II) DDoo LLiivvrroo DDeessccuubbrraa oo VVaalloorr ddoo TTeerrççoo –– JJooããoo MMoohhaannaa –– EEddiiççõõeess LLooyyoollaa,, 11998822
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Mês Data Evento Local/Responsabilidade
MAR
18 a 20 1º Encontro Nacional dos Representantes
Regionais do INAPAF Brasília/ DF
19 e 20 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Maringá/PR
20 a 22 Encontro Nacional – Reflexão e Espiritualidade para Coordenadores Regionais e Diocesanos –
Casos Especiais – 2ª união
São Paulo/SP
ABR
02 e 03 Encontro Provincial – Cascavel Univel – Cascavel/PR
16 e 17 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Londrina/PR
30 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina/PR
Publicação anual da Comissão Nacional da Pastoral Familiar. O "Hora da Família"
na sua 15ª EDIÇÃO traz 10 ENCONTROS de apoio necessário para a realização da Se-
mana Nacional da Família. E também nesta edição 6 CELEBRAÇÕES ESPECIAIS para
as famílias, o TERÇO DAS FAMÍLIAS e 20 sugestões de cantos. Não deixe para a últi-
ma hora. Adquira já, preferencialmente por meio do casal coordenador da Comissão
Regional da Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2: Paulo e Clarice, pelos tele-
fones: 41 3276-9313 / 41 9105-8938 ou 41 9199-7364, ou
pelo E-mail: [email protected].
Março
Abril
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66
Mulher engravida do marido
depois de ele ter morrido (Jornal Hoje - Rede Globo - Edição do dia 08/01/2011)
O bebê que a professora Kátia Le-
nerneier está esperando representa uma
grande vitória. “Um sonho que deu pra
gente concluir. A herança genética do
meu marido eu estou trazendo com feli-
cidade. A gente já fica realizada. É um
sonho mesmo, de todas as mães.”
Engravidar sempre foi o grande dese-
jo do casal, mas o marido descobriu, aos
33 anos, que estava com um tipo agressi-
vo de câncer de pele. “Durante todo ano
eu só tive emoções fortes, foi um ano
bastante complicado. O ano de 2010 vai
ficar marcado na minha vida de várias
formas”, se emociona.
Antes de começar a quimioterapia,
que poderia deixá-lo infértil, Roberto op-
tou por guardar o sêmen. O material fi-
cou congelado a 200 graus negativos em
uma clínica. Enquanto Roberto estava
vivo, o casal iniciou o tratamento de re-
produção, mas ele foi interrompido por-
que o câncer havia se espalhado para os
ossos do marido.
“Eu tive uma gravidez e perdi, conti-
nuamos tentando, mas não sabia que ele
estava doente. As tentativas nunca davam
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77
certo e mesmo com o sêmen foi bem di-
fícil pelo fato do sêmen estar fraco.”
Um ano depois do diagnóstico Ro-
berto morreu. Foi em fevereiro do ano
passado. “Ele já não falava, mas ele esta-
va respirando e a médica falou: ele está
te escutando. Eu fui no ladinho dele e fa-
lei: eu vou ter nosso filho. Era um sonho
meu, era um sonho dele e eu cumpri.”
Roberto não deixou
por escrito a vontade de
ser pai. Kátia precisou
então recorrer à justiça e
conseguiu uma liminar
que autorizou a clínica a
fazer a fertilização com o
sêmen do marido. Ela en-
engravidou na segunda
tentativa.
Os médicos usaram
uma técnica chamada fer-
tilização in vitro. Os óvu-
los são fertilizados em
laboratório. Depois os
embriões são transferidos
para o útero da mulher. A autorização da
justiça, em casos em que o homem não
deixa a vontade documentada, é inédita
no país.
“Na medicina comentaram que um
médico trata de dor, sofrimento e morte.
Eu graças a Deus batalho pra vir uma
nova vida no mundo”, diz Lídio Ribas
Centa, médico especialista em reprodu-
ção assistida.
Se for menino, o bebê vai ganhar o
nome do pai, Roberto. “Isso não há quem
me tire. Menina eu não sei. Eu gostaria
que fosse mais menino.
Kátia engravidou em ou-
tubro do ano passado, a-
penas oito meses depois
que o marido, Roberto,
morreu. Para ela, o bebê
que está por vir represen-
ta a realização do sonho
do casal, e também uma
forma de amenizar a dor
da perda.
“Poderia ter o filho de ou-
tra pessoa e realizar esse
sonho, não é isso. Era o
sonho de ter um filho de-
le. É uma coisa mais completa. Poderia
ter casado com outra pessoa, arranjado
outra família, mas eu era feliz com ele,
não era esse meu desejo. Eu me comple-
tei tendo um filho dele.
DDeecciissããoo iinnééddiittaa ddaa
jjuussttiiççaa aaccoonntteecceeuu
nnoo PPaarraannáá.. EEllaa
uussoouu oo ssêêmmeenn ddoo
mmaarriiddoo qquuee mmoorrrreeuu
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88
Fertilização Assistida: Reflexões(*)
Quantos brasileiros sabem exatamente
o que é uma fecundação assistida? Quan-
tos estudantes de medicina e médicos
são capazes de informar a um casal esté-ril sobre o valor ético da recente resolu-
ção do Conselho Federal de Medicina a
respeito das novas regras sobre o uso dessa técnica avançada de fecundação?
Quantos advogados, juízes, ministros
de Supremos Tribunais conseguirão defi-nir qual é a filiação de uma criança gera-
da no laboratório a partir dos gametas de
doadores desconhecidos? A resolução do
Conselho Federal de Medicina atualiza uma anterior do ano 1992 e determina
necessárias orientações sobre a fertiliza-
ção artificial para regularizar melhor a utilização dessa tecnologia nos Centros
de Reprodução Assistida no Brasil (veja
artigo p. 10-11). É muito positivo o limite colocado para a utilização dessa técnica
apenas para transmitir a vida e não para
clonagem ou experiências com seres hu-
manos, bem como a proibição da redução embrionária,que seria aborto diretamente
procurado e, portanto, totalmente ilícito.
Com respeito ao número de embriões transferidos para o útero materno deve-
se considerar a tendência ética que vem
predominando em alguns países euro-peus, tal como a Alemanha, onde se
aprovou recentemente uma lei federal
que só permite a fecundação de dois óvu-
los e a sua transferência para o corpo da
mulher que quer ser mãe, impedindo as-
sim a existência de embriões congelados.
É muito significativo que um país que permitiu legalmente no seu passado his-
tórico recente a existência de campos de
concentração com câmaras de gás, na atualidade não quer ter mais em suas ci-
dades, ainda que bem desenvolvidas, ne-
nhuma câmara de congelamento de em-
briões.
No Brasil se está estudando um projeto
de lei sobre fecundação assistida que
procurará defender a dignidade da pessoa humana desde a sua concepção, impe-
dindo tanto o aborto direto quanto o con-
gelamento de embriões que sobram das tentativas de geração de filhos. Nesse
projeto também se determina um número
máximo de óvulos fecundados, não mais
que dois, com a imediata e total transfe-rência para o corpo materno, acabando
dessa forma com qualquer possibilidade
de haver pessoas em tubos de nitrogênio a baixas temperaturas e passíveis de ex-
periências no futuro, caso não sejam
mais queridas pelos seus pais.
É muito louvável que os políticos brasi-
leiros estejam assumindo essa atitude de
proteção de todos os cidadãos brasileiros
desde a sua concepção e queiram que eles, uma vez concebidos, se desenvol-
vam naquele ambiente mais acolhedor e
amoroso, que é o corpo materno, e não num recanto de laboratórios de clínicas
de fertilidade humana.
A mídia ao dar a notícia sobre tal reso-lução informou também que casais gay
poderiam agora satisfazer seus anseios
de paternidade e maternidade. O desejo
de ter filhos em geral é moralmente bom, mas para esses casais apresenta-se uma
questão ética complexa do ponto de vista
da geração. Necessariamente eles terão que contar com doadores anônimos e es-
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99
tranhos a sua relação homo afetiva, e seus filhos terão só o conhecimento de
50% da sua filiação.
Toda geração tem que corresponder à dignidade da pessoa humana e isto só
acontecerá com o conhecimento da plena
verdade sobre quem são os pais, a fim de
que essa relação social fundamental – a relação paterno-filial – fundamente toda
estrutura das demais relações humanas
na sociedade. O desconhecimento de quem são os autênticos progenitores não
é só causada pela técnica da fecundação
assistida heteróloga, mas também por outras formas indignas de transmissão da
vida (estupro, prostituição, etc.), e cer-
tamente elas são a causa de desenvolvi-
mentos psico-sociais inadequados para nossas crianças.
A pessoa humana desde a sua concep-
ção até a sua morte natural, tem o direito
fundamental à vida digna, segundo leis próprias da sua natureza, desenvolvendo-
se corporal e biograficamente a partir de
relacionamentos essenciais sadios, como são a filiação, a fraternidade e a amizade
no seio familiar, levando assim adiante o
seu projeto de humanidade.
O Papa Bento XVI na entrevista recen-temente publicada com o título a “Luz do
mundo” afirma que “a modernidade pro-
curou a própria estrada guiada pela idéia de progresso. Mas o que é o progresso?
Hoje vemos que o progresso pode ser
destrutivo, por isso devemos refletir so-bre os critérios a serem adotados a fim
de que o progresso seja verdadeiramente
progresso”.
(*)Dom Antonio Augusto Dias Duarte - Bispo Auxiliar da
Arquidiocese do Rio de Janeiro e membro da Comissão Epis-
copal Pastoral para a Vida e a Família da e responsável pelo
Setor Vida do Departamento de Família e CNBB.
CCoonnsseellhhoo FFeeddeerraall ddee MMeeddiicciinnaa aannuunncciiaa nnoovvaass rreeggrraass ppaarraa rreepprroodduuççããoo aassssiissttiiddaa
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia em 05/jan/2011
O Conselho Federal de Medicina a-
nunciou novas regras para a reprodução as-
sistida no Brasil. Mais casais terão acesso à
técnica e os especialistas terão que seguir
normas mais rígidas.
Núbia tem que se multiplicar para a-
tender aos trigêmeos, um trabalho que ela
adora. Antes, foram três tentativas frustradas
e muito desgaste.
“Não é simples. Tem um preço e um
preço emocional muito grande”, contou ela.
Com a evolução da medicina, cada vez
mais casais com problema de fertilidade re-
correm às técnicas de reprodução assistida.
Por isso, o Conselho Federal de Medicina
atualizou as regras, que já tinham 18 anos.
Na reprodução assistida, o óvulo da
mulher é coletado e fertilizado pelo esper-
matozóide, em laboratório. Os embriões ge-
rados são, então, transferidos, para o útero
da mulher. A partir de agora, os médicos
poderão implantar, no máximo, quatro em-
briões.
Segundo o Conselho, é um cuidado pa-
ra evitar uma gestação com muitos bebês,
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100
que pode provocar riscos para a mãe e para
os filhos. O número de embriões tem que le-
var em conta a idade da mulher. Quanto
mais jovem, menos embriões são necessá-
rios porque a taxa de sucesso da gravidez é
maior.
Por isso, para as mulheres de até 35
anos, poderão ser implantados até dois em-
briões. Entre 36 e 39 anos, três embriões. De
40 anos em diante, quatro embriões.
Outra novidade: até hoje, o Conselho
Federal de Medicina determinava que ape-
nas casais heterossexuais podiam recorrer à
reprodução assistida. O Conselho mudou a
norma e agora casais homossexuais e pesso-
as solteiras que querem ter filhos também
podem recorrer a esse procedimento.
As novas regras determinam ainda que
não pode haver seleção de embriões para
escolher o sexo ou outras características do
bebê. Embriões, óvulos e espermatozóides
congelados poderão ser usados mesmo de-
pois da morte do doador, desde que haja au-
torização em cartório.
As medidas foram aprovadas por una-
nimidade pelo Conselho. “Quem não segue
a própria lei dos conselhos determina uma
punição que vai da advertência até a cassa-
ção, dependendo da gravidade da conduta
do médico”, explicou o presidente do Conse-
lho Federal de Medicina, Roberto d'Avila.
Na clínica do especialista José Gonçal-
ves Franco Júnior quatro mil bebês nasce-
ram pelo método de reprodução assistida.
“De uma forma geral, essas medidas,
as novas medidas trouxeram certa amplitu-
de da aplicação das técnicas de reprodução
assistida no Brasil”, declarou ele.
É mais segurança para ajudar a realizar
o sonho de muitas famílias. “Era meu maior
sonho ter um filho, apertar meu filho no co-
lo e, de repente, eu tive três. Foi muito le-
gal!”, afirmou Núbia.
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EEESSSTTTUUUDDDOOO IIINNNÉÉÉDDDIIITTTOOO MMMOOOSSSTTTRRRAAA AAA PPPOOOLLLUUUIIIÇÇÇÃÃÃOOO
DDDEEE RRRIIIOOOSSS EEE LLLAAAGGGOOOSSS NNNOOO BBBRRRAAASSSIIILLL Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/ Edição de 07/jan/2011
A fundação SOS Mata Atlântica divulgou,
na sexta-feira (07/jan/2011), o resultado de uma
pesquisa sobre dezenas de rios e lagos brasilei-
ros. Todos que os que tiveram a água analisada
estão poluídos.
Uma paisagem tão bonita e uma água tão
suja. O lago da Quinta da Boa Vista, no Rio de
Janeiro, é um dos mais poluídos do Brasil, as-
sim como o Rio Verruga, de Vitória da Conquis-
ta, na Bahia.
Eles estão entre os 69 rios e lagos pesqui-
sados pela fundação SOS Mata Atlântica nos úl-
timos dois anos. A análise foi feita em 70 cida-
des de 15 estados brasileiros mais o Distrito
Federal.
O resultado é desanimador. A qualidade da
água é péssima em 4% das amostras, ruim em
28%, regular em 68%. E não há nenhum caso
de água boa ou ótima.
Vinte anos atrás, a poluição dos rios brasi-
leiros era principalmente industrial, produtos
químicos, metais pesados, elementos canceríge-
nos.
Hoje, esse tipo de poluição está mais con-
trolado e foi substituído por outro: agora 70%
dos poluentes vêm do esgoto doméstico e os
outros 30% vêm basicamente do lixo. Ou seja,
nós, moradores das cidades, somos os vilões.
A presença dos urubus às margens do Tietê,
em São Paulo, já indica a situação do Rio, que
teve a água classificada como ruim. Montanhas
de lixo foram tiradas do fundo e há toneladas
mais abaixo. Um trabalho sem fim. Também foi
classificada como ruim a água dos rios Meia
Ponte, em Goiânia; Maranguapinho, em Forta-
leza; Paraibuna, em Juiz de Fora, e o Santa Ma-
ria, em Vitória.
“A água é um recurso essencial à vida. E a
gente não pode fazer dos rios essa lata de lixo,
esse canal pra escoar tudo aquilo que não nos
serve. Cada cidadão tem que exigir saneamento
básico. Aquelas obras que a gente pensa que
não dão voto, que não aparecem, trarão gran-
des resultados para as atuais e futuras gera-
ções”, afirma Malu Ribeiro, coordenadora de
projetos da SOS Mata Atlântica.
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As populações precisam estar atentas e lu-
tar para algumas melhorias em suas cidades que
contribuam para o seu bem esta, saúde e cuida-
do com o meio ambiente.
SSaanneeaammeennttoo bbáássiiccoo – No Brasil, apenas quatro
em cada dez domicílios brasileiros têm acesso à
rede geral de esgoto, enquanto o abastecimento
de água potável apresenta melhores índices. Es-
ta carência em saneamento básico significa con-
dição de vida degradante à população provo-
cando doenças e mortes, sobretudo infantis.
PPoolluuiiççããoo ddaass áágguuaass – No Brasil, 90% dos esgo-
tos domésticos e 70% dos efluentes industriais
não tratados são despejados diretamente nos
corpos d’água, contaminando suas águas e aque-
las subterrâneas. É o momento de se exigir mais
investimentos, pois muitos rios estão com suas
águas deterioradas com graves prejuízos para a
sua fauna, além de comprometer a qualidade da
água captada para o tratamento e abastecimento
urbano.
AA pprroodduuççããoo ddee lliixxoo – No Brasil já se equipara
aos padrões europeus. A média de geração de
lixo no mundo está em torno de 1 Kg/dia por
pessoa; no Brasil a média é de 1,52 Kg/dia por
pessoa. E, não obstante esta enorme geração de
lixo, somente 56,6% das cidades brasileiras pos-
sui algum programa de coleta seletiva do lixo,
número que indica certa estagnação deste pro-
cesso, apesar de o Brasil apresentar bons índices
de reciclagem em alguns itens como lata de a-
lumínio 91,5%, plástico PET 54,8%, vidro 47%
e papel 45%. As coletas seletivas de lixo preci-
sam avançar, as reciclagens precisam ser esti-
muladas, pois além de representarem alívio no
consumo de matérias retiradas da natureza, sig-
nificam ganhos, postos de empregos.
A reflexão sobre a temática abordada nes-
ta Campanha não pode estar ausente de nossas
comunidades, não por um modismo, porque o
tema vem sendo veiculado e boa parte das insti-
tuições e empresas têm incorporado estas refle-
xões em suas ações. Mas em virtude de que nos-
so Senhor atribuiu grande responsabilidade às
comunidades cristãs no contexto da edificação
do Reino de Deus. Também porque os mais afe-
tados pelas mudanças climáticas são e serão os
pobres, os pequeninos. E ao que parece, a abor-
dagem desta temática com ações concretas ain-
da acontecem de modo tímido. (Cf. Texto base da CF-2011, n. 208-209)
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1133
Papa João Paulo II será
beatificado em maio FONTE: CNBB - SEX, 14 DE JANEIRO DE 2011
Na sexta-feira, 14, o papa Bento XVI aprovou a publicação do decreto que com-prova um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II. A beatificação está marcada para 1º de Maio, domingo da Divina Miseri-córdia.
A data escolhida para a beatificação recorda a celebração litúrgica mais próxima da morte de João Paulo II, que faleceu na véspera da festa da Divina Misericórdia.
O milagre, agora confirmado, refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da doença de Parkinson. A religiosa per-tence à congregação das Irmãzinhas das Ma-ternidades Católicas e trabalha em Paris, Fran-ça, tendo superado, em 2005, todos os sinto-mas da doença de que sofria há quatro anos.
Segundo o cardeal Prefeito da Congrega-ção das Causas dos Santos, dom Ângelo Ama-to, o decreto sobre a cura da irmã Marie Simon é o que terá mais ressonância na Igreja Católi-ca e no mundo.
No dia 13 de Maio de 2005, apenas qua-renta e dois dias após a morte de João Paulo II, o papa Bento XVI anunciou o início imediato do processo de canonização de Karol Wojtyla, dispensando o prazo canônico de cinco anos para a promoção da causa. Ainda em dezem-bro de 2009, o atual Papa assinou o decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de Karol
Wojtyla, primeiro passo para a beatificação.
João Paulo II foi papa entre 16 de outubro de 1978 e 2 de abril de 2005, quando faleceu após mais de 25 anos como Sucessor de São Pedro.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1144
Papa Bento XVI fala sobre a importância da oração e da unidade entre os cristãos
Fonte: http://www.cnbb.org.br em 20/jan/2011
"Todos os crentes em Cristo são convida-dos a unir-se em oração para testemunhar o profundo vínculo que existe entre si e in-vocar o dom da plena comunhão”, foi o que disse o papa Bento XVI durante a cateque-se nesta quarta-feira, 19, na ocasião da Semana da Unidade dos Cristãos (Souc), celebrada pela Igreja no hemisfério norte.
Inspirado no livro dos Atos dos Apóstolos, o tema da Souc 2011 é "Unidos no ensina-mento dos apóstolos, na comunhão frater-na, na fração do pão e nas orações”. A par-tir deste tema, o papa elencou quatro ca-racterísticas que definem a comunidade cristã de Jerusalém como lugar de unidade e amor. “Primeira característica, ser unida e firme no ouvir o ensinamento dos Apósto-los, depois na comunhão fraterna, na fra-ção do pão e nas orações. Como disse, es-ses quatro elementos são ainda hoje as pi-lastras da vida de toda a comunidade cristã e constituem também o único fundamento sólido sobre o qual progredir na busca da unidade visível da Igreja”, citou Bento XVI.
Durante a catequese, o papa disse ainda que todos os cristãos têm responsabilidade comum diante do mundo e que a unidade se dá principalmente através da oração. “A
oração é sempre a atitude constante dos discípulos de Cristo, isto é, aquela que acompanha a vida cotidiana em obediência à vontade de Deus”.
Na terça-feira, 25, o papa presidiu, em Roma, a missa que marca a conclusão da Semana de Oração, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. A cerimônia aconte-ceu na Solenidade Litúrgica da Conversão de São Paulo, quando estiveram presentes representantes de outras igrejas e comuni-dades eclesiais de Roma.
Semana da Unidade dos Cristãos
No hemisfério sul, as celebrações come-çam na semana após a festa da Ascensão do Senhor e vai até o Domingo de Pente-costes. Na Europa, a Semana acontece en-tre 18 e 25 de janeiro, datas que marcam, respectivamente, a festa da Cátedra de São Pedro e a de São Paulo.
A cada ano, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) convida os parceiros ecumênicos de uma determinada região do mundo para prepararem um texto simples sobre um tema bíblico. Em seguida, um grupo inter-nacional de participantes patrocinados pelo CMI (protestantes e ortodoxos) e os católi-cos romanos editam este texto e garante que ele está relacionado com a busca de unidade entre as igrejas.
O texto é publicado conjuntamente pelo Pontifício Conselho para Promoção da Unidade dos Cristãos e CMI, através de sua Comissão de Fé e Ordem, que também acompanha todo o processo de produção de texto. O material final é enviado às igrejas-membro e dioceses católicas roma-nas, que são convidadas a traduzir e contextualizar o texto para seu próprio uso.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1155
DIOCESE DE CAMPO MOURÃO
REALIZA ENCONTRO DA PASTORAL FAMILIAR
Acontece no dia 13 de fevereiro, das 08h30 às 16h00, no Centro de Formação Pastoral da paróquia São Francisco de Assis, em Campo Mourão, o Encontro de Abertura do ano de 2011 da Pastoral Familiar Diocesana. O Encontro contará com a presença de Dom João Bosco Barbosa de Sousa, bispo de União da Vitória e Referencial da Pastoral Familiar no Regional Sul II da CNBB. Deverão participar de 4 a 10 pessoas por paróquia.
Outras informações José Lafaete Fernandes dos Santos e
Maria Aparecida Vasco dos Santos Coordenação Diocesana
Fones (44) 3524-4717 (residência) (44) 9978-9565 (Lafaete) (44) 9957-3170 (Maria) (44) 3524-2211 (comercial-Maria)
CASTIDADE CONJUGAL
A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do matrimônio faz o homem e a mulher entrarem na fidelidade de Cristo à sua Igreja.
Pela castidade conjugal, eles testemunham este mistério perante o mundo.São João Crisóstomo sugere aos homens recém-casados que falem assim à sua esposa: “Tomei-te em meus braços, amo-te, prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada, e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada... Ponho teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso que não ter os mesmo pensamentos que tu tens”.
Um aspecto particular desta responsa-bilidade diz respeito à regulação da
procriação. Por razões justas (cf. GS, 50), os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral.
A moralidade da maneira de agir, quando se trata de harmonizar o amor conjugal com a transmissão responsável da vida, não depende apenas da intenção sincera e da reta apreciação dos motivos, mas deve ser determinada segundo critérios objetivos tirados da natureza da pessoa e de seus atos, critérios esses que respeitam o sentido integral da doação mútua e da procriação humana no contexto do verdadeiro amor. Tudo isso é impossível se a virtude da castidade conjugal não for cultivada com sinceridade (GS 51,3).
*Fonte: Catecismo da Igreja Católica, n. 2365 e 2368.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1166
EX-DIRETORA DE CLÍNICA ABORTISTA PUBLICA COMO FOI SUA CONVERSÃO (Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia em 18/jan/2011)
Abby Johnson afirma ainda que pensamento de João Paulo II a
fez compreender a plenitude do ensinamento da Igreja sobre a sexualidade.
A ex-diretora de uma clínica de abortos da rede Planned Parenthood (PP), Abby Johnson, aca-
ba de lançar um livro. No volume, intitulado "UnPlanned" ("Não planejado"), a autora conta
como deixou seu trabalho de diretora da clínica, se tornou uma defensora da vida e abraçou a fé católica.
Johnson se converteu em figura pública em novembro de 2009, quando um juiz descartou um processo da Planned Parenthood que pre-tendia silenciá-la. A imprensa americana divul-gou sua surpreendente mudança e, hoje, seu testemunho permite salvar vidas de não-nascidos nos Estados Unidos.
Apesar dos problemas legais e ataques pes-soais de seus ex-empregadores, Johnson narra sua história completa no livro publicado pela Ignatius Press e que vem sendo vendido em livrarias locais desde 11 de janeiro.
No volume, Johnson explica por que deixou a indústria do aborto para fazer parte do movi-mento pró-vida, rechaçar inclusive a anti-concepção e abraçar a fé católica.
Johnson começou como voluntária na PP e chegou a dirigir a clínica de abortos Bryan/ College Station, no Texas (Estados Unidos).
Ela mesma cometeu dois abortos e sofria em silêncio, enquanto seus empregadores exigiam que ela alcançasse as cotas de abortos na
clínica e aceitava sem questionamentos a ideo-logia da PP sobre o falso "direito ao aborto".
O que suscitou sua conversão foi a experiência de ver em um monitor de ultra-som como era abortado um não-nascido de 13 semanas.
Em uma ocasião, pediram a Abby que ela ajudasse em um aborto devido a escassez de pessoal, em setembro de 2009. Esses minutos mudaram sua vida para sempre. Ela pensava que o bebê era incapaz de sentir algo com tão poucas semanas de concepção, mas conta que viu como ele se retorcia e fugia do tubo que o aspirava.
"Logo se desmanchou e começou a desapare-cer dentro da cânula ante meus olhos", recorda
Johnson e acrescenta que o último que viu foi "como sua pequena espinha dorsal, perfeita-mente formada era sugada pelo tubo, e que logo já não estava lá".
Johnson assinalou ainda que deixou seu traba-lho e se uniu ao movimento pró-vida para ajudar as mulheres a entenderem a verdade sobre o aborto e não para se converter em uma figura pública. Foi por causa da Planned Parenthood e não da Coalizão pela Vida, movimento que a acolheu, que Johnson decidiu publicar sua história.
A transnacional abortista abriu uma batalha legal contra Johnson para que ela não falasse de seu ex-trabalho e foi a organização anti-vida que levou seu caso à imprensa.
"Isto não foi o que planejei para minha vida. Mas Deus o preparou para mim e seria incorre-to se afastar de algo que Ele quis para minha vida", sustenta Johnson e assegura que junto
ao seu marido cresceram em sua fé durante todo este ano e se preparam para entrar na I-greja Católica.
Um dos últimos obstáculos que encontrou no curso de sua conversão ao catolicismo foi acei-tar o ensino da Igreja sobre o controle da nata-lidade. Entretanto, Johnson assinala que ter es-tudado com "mente aberta" o pensamento de
João Paulo II e outras fontes de ensino da Igre-ja, junto a uma experiência pessoal enquanto rezava em uma igreja, a fez compreender a plenitude do ensinamento da Igreja sobre a se-xualidade.