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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações! Fertilização “in vitro” Foi notícia no início do ano que, no nosso Paraná, uma mulher engravidou, feliz, sendo o pai falecido há mais de um ano. Seu sêmen congelado tor- nou real o sonho dos dois, que parecia im- possível. Está neste boletim a matéria. Dom Antônio Augusto, bispo da Comissão Nacio- nal para Vida e Família, fala sobre a Repro- dução Assistida. Comenta a resolução do Conselho Federal de Medicina que impõe normas éticas sobre o assunto. O que diz a Igreja sobre esses assuntos tão novos? Seria a norma ética do Conselho Federal de Me- dicina compatível com a ética do evange- lho? Uma mãe que quer ter um filho do ma- rido morto, não é isso um desejo justo? Por outro lado, é ético com relação à criança, colocá-la no mundo já sem o pai, nem ir- mãos,como propriedade da mãe, expondo-a a uma situação, no mínimo, inusitada? Uma mãe que tem um filho, o tem para alegrar a si própria, ou para dar ao filho as melhores condições de felicidade? Se criança é pra completar os pais, vale também produção independente, adoção por homoafetivos, e outros. E, família pra quê? Questões complexas Ao questionar essa matéria, não quero emitir julgamento, nem estou definindo uma posição. Quero chamar a atenção para essas questões que envol- vem aspectos técnicos, éticos, econômicos e outros. Envolvem a cultura, as religiões, os costumes. A medicina estabelece normas, em boa hora, pois a legislação vigente tinha quase 20 anos. Mas o faz sem passar pela discussão da sociedade. O mesmo acontece com as políticas públicas do Governo, como aborto, camisinha, direitos homossexuais, que foram abafadas durante a campanha eleitoral, e agora voltam, e vão sendo im- plantadas, sem que os legisladores discutam o assunto. Aliás, a maioria deles, está mais ocupada em defender seus singelos salários, pensões vitalícias e cargos e futricas parti- dárias. E os comportamentos vão mudando, ao ritmo dos BBBs e das reivindicações de certos grupos influentes na mídia... E nós, Pastoral Familiar, como enfrentamos essas questões? Formação permanente Entre os pontos que foram elencados como prioritários em nosso projeto para este ano, no Paraná, apareceu forte a necessidade da formação permanente, do estudo, da escuta de pes- soas competentes que nos ajudem a ter uma posição afinada com a doutrina da Igreja, realista diante do mundo que evolui rapidamente, aberta à novidade, porém, firme na guarda dos valores que não podem ser entregues aos modismos que passam. É essa a nossa responsabilidade diante das gerações futuras. Que Deus nos ajude a ter essa dimensão e consciência. Paz e Bem, a todos! Muito trabalho, ânimo redobrado, diante da rica agenda que temos para este ano, abraçando com coragem os desafios que virão. Dom João Bosco, O.F.M. Bispo de União da Vitória CNBB REGIONAL SUL 2 BOLETIM ON LINE FEVEREIRO DE 2011

Boletim da Pastoral Familiar - Fevereiro de 2011

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Boletim da Pastoral Familiar - Fevereiro de 2011

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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!

Fertilização “in vitro” – Foi notícia no início do ano que, no nosso Paraná, uma mulher engravidou, feliz, sendo o pai falecido há mais de um ano. Seu sêmen congelado tor-nou real o sonho dos dois, que parecia im-possível. Está neste boletim a matéria. Dom Antônio Augusto, bispo da Comissão Nacio-nal para Vida e Família, fala sobre a Repro-dução Assistida. Comenta a resolução do Conselho Federal de Medicina que impõe normas éticas sobre o assunto. O que diz a Igreja sobre esses assuntos tão novos? Seria a norma ética do Conselho Federal de Me-dicina compatível com a ética do evange-lho? Uma mãe que quer ter um filho do ma-rido morto, não é isso um desejo justo? Por outro lado, é ético com relação à criança, colocá-la no mundo já sem o pai, nem ir-mãos,como propriedade da mãe, expondo-a a uma situação, no mínimo, inusitada? Uma mãe que tem um filho, o tem para alegrar a si própria, ou para dar ao filho as melhores condições de felicidade? Se criança é pra completar os pais, vale também produção independente, adoção por homoafetivos, e outros. E, família pra quê?

Questões complexas – Ao questionar essa matéria, não quero emitir julgamento, nem estou definindo uma posição. Quero chamar a atenção para essas questões que envol-vem aspectos técnicos, éticos, econômicos e

outros. Envolvem a cultura, as religiões, os costumes. A medicina estabelece normas, em boa hora, pois a legislação vigente tinha quase 20 anos. Mas o faz sem passar pela discussão da sociedade. O mesmo acontece com as políticas públicas do Governo, como aborto, camisinha, direitos homossexuais, que foram abafadas durante a campanha eleitoral, e agora voltam, e vão sendo im-plantadas, sem que os legisladores discutam o assunto. Aliás, a maioria deles, está mais ocupada em defender seus singelos salários, pensões vitalícias e cargos e futricas parti-dárias. E os comportamentos vão mudando, ao ritmo dos BBBs e das reivindicações de certos grupos influentes na mídia... E nós, Pastoral Familiar, como enfrentamos essas questões?

Formação permanente – Entre os pontos que foram elencados como prioritários em nosso projeto para este ano, no Paraná, apareceu forte a necessidade da formação permanente, do estudo, da escuta de pes-soas competentes que nos ajudem a ter uma posição afinada com a doutrina da Igreja, realista diante do mundo que evolui rapidamente, aberta à novidade, porém, firme na guarda dos valores que não podem ser entregues aos modismos que passam. É essa a nossa responsabilidade diante das gerações futuras. Que Deus nos ajude a ter essa dimensão e consciência.

Paz e Bem, a todos! Muito trabalho, ânimo redobrado, diante da rica agenda que temos para este ano, abraçando com coragem os desafios que virão.

Dom João Bosco, O.F.M.

Bispo de União da Vitória

CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – FEVEREIRO DE 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22

BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall

FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB

RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600

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““AAqquueelleess aa qquueemm ppeerrddooaarrddeess ooss

ppeeccaaddooss,, ffiiccaarr--llhheess--ããoo ppeerrddooaaddooss”” HÄRING, Bernhard. Shalom: paz – o sacramento da reconciliação. São Paulo: Paulinas, 1972, p-15-17

É de paz e de vida esta mensagem de Cristo aos seus sa-cerdotes. Ela en-contra ressonância no Antigo Testa-mento, no Livro de Ezequiel, num tre-cho que de modo especial se aplica ao sacramento da penitência. Veja na Bíblia Ez 37, 1-10.

Digno de nota nes-te texto é que o ruah, o espírito de Deus, seja o realizador deste soerguimento dos mortos para a vida. É o espírito que restitui a vida. Os textos do Novo Testamento, que falam do perdão dos pecados, devem ser lidos à luz desse texto do Antigo Testamento. As gran-des profecias do Antigo Testamento cum-prem-se no Filho do homem que tem poder para restaurar a vida e para perdoar pecados. Ele o faz pelo Espírito Santo, como nos mostra Ezequiel. No Novo Testamento, Jesus Cristo prova seu poder de perdoar pecados pelo simples fato de que ele pode restaurar a vida. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me conferiu a unção: para anunciar a boa nova aos pobres me enviou, para anunciar a libertação aos cativos” (Lc 4, 18).

Foi no Espírito que Jesus Cristo sacrifi-cou sua vida. E o Pai celeste, para mostrar sua aceitação deste dom do seu próprio Filho, pelo Espírito ressuscitou Jesus para nova vida. É central o lugar do Espírito Santo na missão de Cristo.

Também o sacerdote recebeu o Espírito de maneira especial, para ser capaz de profe-

tizar e de proclamar como Ezequiel, sabendo que é o Senhor que opera através de suas pa-lavras. Pois as palavras do sacerdote ao con-ceder a absolvição são mais do que um mero sinal; são um signum efficax, palavra e sinal de poderosa atividade divina.

Embora seja essencialmente o batismo que concede o Espírito e a ressurreição para a vida com Cristo àqueles que são como “ossos ressequidos”, a profecia pode ser aplicada também ao sacramento da penitência. O efei-to primordial do sacramento da penitência é realizar a passagem da fraqueza para a força, da enfermidade para a saúde perfeita. Para al-guns será o trânsito da morte para a vida. Pe-nitência é profecia anunciada pelo Espírito aos que se acham em estado de pecado mor-tal ou venial. Para qualquer pecador de boa vontade, o sacramento da penitência repre-senta uma boa nova. É a proclamação do mis-tério pascal, proclamação esta que lhe é diri-gida em tal instante: é a sua morte para os pe-cados e a ressurreição para uma vida nova.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33

Para um compromisso sério com a nossa

caminhada, nós precisamos cultivar momentos

profundos de espiritualidade. A experiência tem

mostrado que cada um de nós é capaz de viver

profundamente estes momentos.

Na América Latina e no Brasil há um jeito

próprio de fazer a LLeeiittuurraa OOrraannttee. É o jeito dos

"pequenos", dos “pobres”. Os pobres entende-

ram que fé e vida caminham juntas, e que a Pa-

lavra de Deus é para temperar a vida.

A sabedoria para compreender as coisas de

Deus é dada somente aos pequeninos, aos po-

bres. Por isso Jesus, muito feliz, disse: "Eu te

louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque es-

condeste essas coisas aos sábios e entendidos e

as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi

do teu agrado" (Lc 10,21).

Jesus comparou a Palavra de Deus a uma

lâmpada. A lâmpada não é para ser olhada:

devemos é olhar para o que a lâmpada está ilu-

minando (cf. Mt 5,15). Tudo o que está ao redor

e ao seu alcance. Assim também a Bíblia: foi

feita para iluminar o chão de nossas vidas. Com

a sua luz, saberemos o que deve ser "conserta-

do", para sermos novamente conforme o sonho

de Deus. Misturando Bíblia e Vida, os pobres

viram refletida na Bíblia a vida deles e conven-

ceram-se de que, como na época do povo da Bí-

blia, em que Deus ouviu o clamor dos pobres e

caminhou lado a lado com eles, também hoje,

por meio das Escrituras Sagradas, da vida e da

comunidade, Deus continua falando.

Cada um de nós, quando somos alimenta-

dos pela LLeeiittuurraa OOrraannttee da Bíblia, mostramos

que amamos Jesus, fazendo o que Ele fez: em-

penhando-nos pela igualdade, justiça, fraterni-

dade, a fim de que toda a riqueza do mundo seja

partilhada e todos tenham uma vida digna.

A LLeeiittuurraa OOrraannttee da Bíblia é como um

colírio: limpa os olhos embaçados, para que se

comece a enxergar com os olhos de Deus. Não é

um momento de estudo, nem um tempo para

preparar um trabalho pastoral, É um momento

de leitura da Palavra de Deus e de escuta do que

ela nos diz pessoalmente, para melhor viver o

Evangelho de Jesus.

Leitura Orante da

BBÍÍBBLLIIAA ((IIII)) hhttttpp::////ggaarroottaaddaa--ddiirreettrriizzeess..bbllooggssppoott..ccoomm//22000099//0011 ccoomm aallgguummaass aaddaappttaaççõõeess

Há cristãos que têm um preconcei-

to em relação ao terço. Têm uma resis-tência considerável. Talvez isso seja de-vido a uma falsa visão do cristianismo. Sempre que alguém olha o cristianismo como uma ideologia e não como Cristo vinculado a nós, é levado a resistir ao terço.

Porém, se encaramos o cristianismo como Cristo que vem a nós por amor, Cristo que é um de nós por amor, não deixamos de manter com Ele uma relação de amiza-de, e nessa condição é impossível criar obs-táculos à mãe de Deus. A mãe de Cristo é nossa mãe, mãe da cabeça e mãe dos mem-bros. Assim, entendendo o cristianismo como um compromisso com Alguém, o cris-tão autêntico não pode ignorar a mãe desse Alguém. Se a mãe de Cristo é também nos-sa mãe, porque não falar com ela como ele falou? Por que excluí-la de nossa oração, como se fosse antinatural, em nível de fé, a fala entre filho e mãe?

O terço tem uma pedagogia. No pas-sado muitas pessoas rezavam o terço cen-trando-se nas ave-marias repetidas, como se esse repetir constituísse a oração. Não. A repetição das ave-marias funciona como uma espécie de fundo musical, de cortina mística para a contemplação dos mistérios cristológicos. A contemplação e a medita-ção dos mistérios de Cristo é que constitu-em o miolo do terço. É que formam a ora-ção propriamente dita. As ave-marias são condicionamentos acústicos, para facilitar o itinerário através dos mistérios de Cristo, como um adequado fundo musical favorece nossa concentração na cena do filme. Repe-timos a ave-maria, num embalo ritmado, mas não pensando nas palavras tantas ve-zes repetidas. É que elas são música mística a nos condicionar biblicamente para con-

templarmos a humanidade de Cristo em seus mistérios libertadores.

Não poderia haver condicionamento acústico mais funcional do que essa repeti-ção da ave-maria, por jogar com palavras desencadeadoras de associações apropria-das a uma meditação cristocêntrica. In-conscientemente, até, nossa mente é solici-tada a reagir elaborando uma tessitura de fios evangélicos, à medida que os lábios vão emitindo estímulos, germinando reações. “Bendita és tu” – é a saudação (ev)angélica para a privilegiada da humanidade. “Cheia de graça” – o mistério da comunicação de Deus conosco. “Bendito é o fruto do vosso ventre” – É Jesus, essa palavra que volta a cada passo, fazendo tudo convergir para o Jesus histórico, que outro não é senão o Cristo da fé. “Santa Maria, mãe de Deus” – o mistério inefável da maternidade divina. “Rogai por nós pecadores” – é a nossa rea-lidade concreta: pecadores, mas, ao mesmo tempo, filhos, íntimos de Deus, herdeiros do Pai. Sim, Deus, nosso Pai, está conosco no terço. “Venha a nós o vosso reino” - des-tino deste mundo, já iniciado no ventre da mãe de Cristo.

Se rezássemos o terço apenas interes-sados em repetir ave-marias, aí sim, termi-naríamos caindo na oração multiplicativa de palavras, condenada por Jesus. E os teimosos em rezá-lo assim, esquecem que o substancial do terço é a meditação ou con-templação dos mistérios de Cristo. Não a repetição de ave-marias. Fique bem claro: a repetição de ave-maria é uma trilha sonora funcional. Uma melodia angélica verbaliza-da. É preciso insistir neste ponto, para aju-dar aqueles que não se aventuram a rezar o terço por acharem “monótono ficar repe-tindo ave-marias”.

Bendito é o fruto do vosso

ventre: Jesus (II) DDoo LLiivvrroo DDeessccuubbrraa oo VVaalloorr ddoo TTeerrççoo –– JJooããoo MMoohhaannaa –– EEddiiççõõeess LLooyyoollaa,, 11998822

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 55

Mês Data Evento Local/Responsabilidade

MAR

18 a 20 1º Encontro Nacional dos Representantes

Regionais do INAPAF Brasília/ DF

19 e 20 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Maringá/PR

20 a 22 Encontro Nacional – Reflexão e Espiritualidade para Coordenadores Regionais e Diocesanos –

Casos Especiais – 2ª união

São Paulo/SP

ABR

02 e 03 Encontro Provincial – Cascavel Univel – Cascavel/PR

16 e 17 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Londrina/PR

30 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina/PR

Publicação anual da Comissão Nacional da Pastoral Familiar. O "Hora da Família"

na sua 15ª EDIÇÃO traz 10 ENCONTROS de apoio necessário para a realização da Se-

mana Nacional da Família. E também nesta edição 6 CELEBRAÇÕES ESPECIAIS para

as famílias, o TERÇO DAS FAMÍLIAS e 20 sugestões de cantos. Não deixe para a últi-

ma hora. Adquira já, preferencialmente por meio do casal coordenador da Comissão

Regional da Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2: Paulo e Clarice, pelos tele-

fones: 41 3276-9313 / 41 9105-8938 ou 41 9199-7364, ou

pelo E-mail: [email protected].

Março

Abril

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66

Mulher engravida do marido

depois de ele ter morrido (Jornal Hoje - Rede Globo - Edição do dia 08/01/2011)

O bebê que a professora Kátia Le-

nerneier está esperando representa uma

grande vitória. “Um sonho que deu pra

gente concluir. A herança genética do

meu marido eu estou trazendo com feli-

cidade. A gente já fica realizada. É um

sonho mesmo, de todas as mães.”

Engravidar sempre foi o grande dese-

jo do casal, mas o marido descobriu, aos

33 anos, que estava com um tipo agressi-

vo de câncer de pele. “Durante todo ano

eu só tive emoções fortes, foi um ano

bastante complicado. O ano de 2010 vai

ficar marcado na minha vida de várias

formas”, se emociona.

Antes de começar a quimioterapia,

que poderia deixá-lo infértil, Roberto op-

tou por guardar o sêmen. O material fi-

cou congelado a 200 graus negativos em

uma clínica. Enquanto Roberto estava

vivo, o casal iniciou o tratamento de re-

produção, mas ele foi interrompido por-

que o câncer havia se espalhado para os

ossos do marido.

“Eu tive uma gravidez e perdi, conti-

nuamos tentando, mas não sabia que ele

estava doente. As tentativas nunca davam

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77

certo e mesmo com o sêmen foi bem di-

fícil pelo fato do sêmen estar fraco.”

Um ano depois do diagnóstico Ro-

berto morreu. Foi em fevereiro do ano

passado. “Ele já não falava, mas ele esta-

va respirando e a médica falou: ele está

te escutando. Eu fui no ladinho dele e fa-

lei: eu vou ter nosso filho. Era um sonho

meu, era um sonho dele e eu cumpri.”

Roberto não deixou

por escrito a vontade de

ser pai. Kátia precisou

então recorrer à justiça e

conseguiu uma liminar

que autorizou a clínica a

fazer a fertilização com o

sêmen do marido. Ela en-

engravidou na segunda

tentativa.

Os médicos usaram

uma técnica chamada fer-

tilização in vitro. Os óvu-

los são fertilizados em

laboratório. Depois os

embriões são transferidos

para o útero da mulher. A autorização da

justiça, em casos em que o homem não

deixa a vontade documentada, é inédita

no país.

“Na medicina comentaram que um

médico trata de dor, sofrimento e morte.

Eu graças a Deus batalho pra vir uma

nova vida no mundo”, diz Lídio Ribas

Centa, médico especialista em reprodu-

ção assistida.

Se for menino, o bebê vai ganhar o

nome do pai, Roberto. “Isso não há quem

me tire. Menina eu não sei. Eu gostaria

que fosse mais menino.

Kátia engravidou em ou-

tubro do ano passado, a-

penas oito meses depois

que o marido, Roberto,

morreu. Para ela, o bebê

que está por vir represen-

ta a realização do sonho

do casal, e também uma

forma de amenizar a dor

da perda.

“Poderia ter o filho de ou-

tra pessoa e realizar esse

sonho, não é isso. Era o

sonho de ter um filho de-

le. É uma coisa mais completa. Poderia

ter casado com outra pessoa, arranjado

outra família, mas eu era feliz com ele,

não era esse meu desejo. Eu me comple-

tei tendo um filho dele.

DDeecciissããoo iinnééddiittaa ddaa

jjuussttiiççaa aaccoonntteecceeuu

nnoo PPaarraannáá.. EEllaa

uussoouu oo ssêêmmeenn ddoo

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nnoo aannoo ppaassssaaddoo..

EEllee nnããoo ddeeiixxoouu

aauuttoorriizzaaççããoo ppoorr

eessccrriittoo..

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88

Fertilização Assistida: Reflexões(*)

Quantos brasileiros sabem exatamente

o que é uma fecundação assistida? Quan-

tos estudantes de medicina e médicos

são capazes de informar a um casal esté-ril sobre o valor ético da recente resolu-

ção do Conselho Federal de Medicina a

respeito das novas regras sobre o uso dessa técnica avançada de fecundação?

Quantos advogados, juízes, ministros

de Supremos Tribunais conseguirão defi-nir qual é a filiação de uma criança gera-

da no laboratório a partir dos gametas de

doadores desconhecidos? A resolução do

Conselho Federal de Medicina atualiza uma anterior do ano 1992 e determina

necessárias orientações sobre a fertiliza-

ção artificial para regularizar melhor a utilização dessa tecnologia nos Centros

de Reprodução Assistida no Brasil (veja

artigo p. 10-11). É muito positivo o limite colocado para a utilização dessa técnica

apenas para transmitir a vida e não para

clonagem ou experiências com seres hu-

manos, bem como a proibição da redução embrionária,que seria aborto diretamente

procurado e, portanto, totalmente ilícito.

Com respeito ao número de embriões transferidos para o útero materno deve-

se considerar a tendência ética que vem

predominando em alguns países euro-peus, tal como a Alemanha, onde se

aprovou recentemente uma lei federal

que só permite a fecundação de dois óvu-

los e a sua transferência para o corpo da

mulher que quer ser mãe, impedindo as-

sim a existência de embriões congelados.

É muito significativo que um país que permitiu legalmente no seu passado his-

tórico recente a existência de campos de

concentração com câmaras de gás, na atualidade não quer ter mais em suas ci-

dades, ainda que bem desenvolvidas, ne-

nhuma câmara de congelamento de em-

briões.

No Brasil se está estudando um projeto

de lei sobre fecundação assistida que

procurará defender a dignidade da pessoa humana desde a sua concepção, impe-

dindo tanto o aborto direto quanto o con-

gelamento de embriões que sobram das tentativas de geração de filhos. Nesse

projeto também se determina um número

máximo de óvulos fecundados, não mais

que dois, com a imediata e total transfe-rência para o corpo materno, acabando

dessa forma com qualquer possibilidade

de haver pessoas em tubos de nitrogênio a baixas temperaturas e passíveis de ex-

periências no futuro, caso não sejam

mais queridas pelos seus pais.

É muito louvável que os políticos brasi-

leiros estejam assumindo essa atitude de

proteção de todos os cidadãos brasileiros

desde a sua concepção e queiram que eles, uma vez concebidos, se desenvol-

vam naquele ambiente mais acolhedor e

amoroso, que é o corpo materno, e não num recanto de laboratórios de clínicas

de fertilidade humana.

A mídia ao dar a notícia sobre tal reso-lução informou também que casais gay

poderiam agora satisfazer seus anseios

de paternidade e maternidade. O desejo

de ter filhos em geral é moralmente bom, mas para esses casais apresenta-se uma

questão ética complexa do ponto de vista

da geração. Necessariamente eles terão que contar com doadores anônimos e es-

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99

tranhos a sua relação homo afetiva, e seus filhos terão só o conhecimento de

50% da sua filiação.

Toda geração tem que corresponder à dignidade da pessoa humana e isto só

acontecerá com o conhecimento da plena

verdade sobre quem são os pais, a fim de

que essa relação social fundamental – a relação paterno-filial – fundamente toda

estrutura das demais relações humanas

na sociedade. O desconhecimento de quem são os autênticos progenitores não

é só causada pela técnica da fecundação

assistida heteróloga, mas também por outras formas indignas de transmissão da

vida (estupro, prostituição, etc.), e cer-

tamente elas são a causa de desenvolvi-

mentos psico-sociais inadequados para nossas crianças.

A pessoa humana desde a sua concep-

ção até a sua morte natural, tem o direito

fundamental à vida digna, segundo leis próprias da sua natureza, desenvolvendo-

se corporal e biograficamente a partir de

relacionamentos essenciais sadios, como são a filiação, a fraternidade e a amizade

no seio familiar, levando assim adiante o

seu projeto de humanidade.

O Papa Bento XVI na entrevista recen-temente publicada com o título a “Luz do

mundo” afirma que “a modernidade pro-

curou a própria estrada guiada pela idéia de progresso. Mas o que é o progresso?

Hoje vemos que o progresso pode ser

destrutivo, por isso devemos refletir so-bre os critérios a serem adotados a fim

de que o progresso seja verdadeiramente

progresso”.

(*)Dom Antonio Augusto Dias Duarte - Bispo Auxiliar da

Arquidiocese do Rio de Janeiro e membro da Comissão Epis-

copal Pastoral para a Vida e a Família da e responsável pelo

Setor Vida do Departamento de Família e CNBB.

CCoonnsseellhhoo FFeeddeerraall ddee MMeeddiicciinnaa aannuunncciiaa nnoovvaass rreeggrraass ppaarraa rreepprroodduuççããoo aassssiissttiiddaa

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia em 05/jan/2011

O Conselho Federal de Medicina a-

nunciou novas regras para a reprodução as-

sistida no Brasil. Mais casais terão acesso à

técnica e os especialistas terão que seguir

normas mais rígidas.

Núbia tem que se multiplicar para a-

tender aos trigêmeos, um trabalho que ela

adora. Antes, foram três tentativas frustradas

e muito desgaste.

“Não é simples. Tem um preço e um

preço emocional muito grande”, contou ela.

Com a evolução da medicina, cada vez

mais casais com problema de fertilidade re-

correm às técnicas de reprodução assistida.

Por isso, o Conselho Federal de Medicina

atualizou as regras, que já tinham 18 anos.

Na reprodução assistida, o óvulo da

mulher é coletado e fertilizado pelo esper-

matozóide, em laboratório. Os embriões ge-

rados são, então, transferidos, para o útero

da mulher. A partir de agora, os médicos

poderão implantar, no máximo, quatro em-

briões.

Segundo o Conselho, é um cuidado pa-

ra evitar uma gestação com muitos bebês,

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que pode provocar riscos para a mãe e para

os filhos. O número de embriões tem que le-

var em conta a idade da mulher. Quanto

mais jovem, menos embriões são necessá-

rios porque a taxa de sucesso da gravidez é

maior.

Por isso, para as mulheres de até 35

anos, poderão ser implantados até dois em-

briões. Entre 36 e 39 anos, três embriões. De

40 anos em diante, quatro embriões.

Outra novidade: até hoje, o Conselho

Federal de Medicina determinava que ape-

nas casais heterossexuais podiam recorrer à

reprodução assistida. O Conselho mudou a

norma e agora casais homossexuais e pesso-

as solteiras que querem ter filhos também

podem recorrer a esse procedimento.

As novas regras determinam ainda que

não pode haver seleção de embriões para

escolher o sexo ou outras características do

bebê. Embriões, óvulos e espermatozóides

congelados poderão ser usados mesmo de-

pois da morte do doador, desde que haja au-

torização em cartório.

As medidas foram aprovadas por una-

nimidade pelo Conselho. “Quem não segue

a própria lei dos conselhos determina uma

punição que vai da advertência até a cassa-

ção, dependendo da gravidade da conduta

do médico”, explicou o presidente do Conse-

lho Federal de Medicina, Roberto d'Avila.

Na clínica do especialista José Gonçal-

ves Franco Júnior quatro mil bebês nasce-

ram pelo método de reprodução assistida.

“De uma forma geral, essas medidas,

as novas medidas trouxeram certa amplitu-

de da aplicação das técnicas de reprodução

assistida no Brasil”, declarou ele.

É mais segurança para ajudar a realizar

o sonho de muitas famílias. “Era meu maior

sonho ter um filho, apertar meu filho no co-

lo e, de repente, eu tive três. Foi muito le-

gal!”, afirmou Núbia.

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EEESSSTTTUUUDDDOOO IIINNNÉÉÉDDDIIITTTOOO MMMOOOSSSTTTRRRAAA AAA PPPOOOLLLUUUIIIÇÇÇÃÃÃOOO

DDDEEE RRRIIIOOOSSS EEE LLLAAAGGGOOOSSS NNNOOO BBBRRRAAASSSIIILLL Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/ Edição de 07/jan/2011

A fundação SOS Mata Atlântica divulgou,

na sexta-feira (07/jan/2011), o resultado de uma

pesquisa sobre dezenas de rios e lagos brasilei-

ros. Todos que os que tiveram a água analisada

estão poluídos.

Uma paisagem tão bonita e uma água tão

suja. O lago da Quinta da Boa Vista, no Rio de

Janeiro, é um dos mais poluídos do Brasil, as-

sim como o Rio Verruga, de Vitória da Conquis-

ta, na Bahia.

Eles estão entre os 69 rios e lagos pesqui-

sados pela fundação SOS Mata Atlântica nos úl-

timos dois anos. A análise foi feita em 70 cida-

des de 15 estados brasileiros mais o Distrito

Federal.

O resultado é desanimador. A qualidade da

água é péssima em 4% das amostras, ruim em

28%, regular em 68%. E não há nenhum caso

de água boa ou ótima.

Vinte anos atrás, a poluição dos rios brasi-

leiros era principalmente industrial, produtos

químicos, metais pesados, elementos canceríge-

nos.

Hoje, esse tipo de poluição está mais con-

trolado e foi substituído por outro: agora 70%

dos poluentes vêm do esgoto doméstico e os

outros 30% vêm basicamente do lixo. Ou seja,

nós, moradores das cidades, somos os vilões.

A presença dos urubus às margens do Tietê,

em São Paulo, já indica a situação do Rio, que

teve a água classificada como ruim. Montanhas

de lixo foram tiradas do fundo e há toneladas

mais abaixo. Um trabalho sem fim. Também foi

classificada como ruim a água dos rios Meia

Ponte, em Goiânia; Maranguapinho, em Forta-

leza; Paraibuna, em Juiz de Fora, e o Santa Ma-

ria, em Vitória.

“A água é um recurso essencial à vida. E a

gente não pode fazer dos rios essa lata de lixo,

esse canal pra escoar tudo aquilo que não nos

serve. Cada cidadão tem que exigir saneamento

básico. Aquelas obras que a gente pensa que

não dão voto, que não aparecem, trarão gran-

des resultados para as atuais e futuras gera-

ções”, afirma Malu Ribeiro, coordenadora de

projetos da SOS Mata Atlântica.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1122

As populações precisam estar atentas e lu-

tar para algumas melhorias em suas cidades que

contribuam para o seu bem esta, saúde e cuida-

do com o meio ambiente.

SSaanneeaammeennttoo bbáássiiccoo – No Brasil, apenas quatro

em cada dez domicílios brasileiros têm acesso à

rede geral de esgoto, enquanto o abastecimento

de água potável apresenta melhores índices. Es-

ta carência em saneamento básico significa con-

dição de vida degradante à população provo-

cando doenças e mortes, sobretudo infantis.

PPoolluuiiççããoo ddaass áágguuaass – No Brasil, 90% dos esgo-

tos domésticos e 70% dos efluentes industriais

não tratados são despejados diretamente nos

corpos d’água, contaminando suas águas e aque-

las subterrâneas. É o momento de se exigir mais

investimentos, pois muitos rios estão com suas

águas deterioradas com graves prejuízos para a

sua fauna, além de comprometer a qualidade da

água captada para o tratamento e abastecimento

urbano.

AA pprroodduuççããoo ddee lliixxoo – No Brasil já se equipara

aos padrões europeus. A média de geração de

lixo no mundo está em torno de 1 Kg/dia por

pessoa; no Brasil a média é de 1,52 Kg/dia por

pessoa. E, não obstante esta enorme geração de

lixo, somente 56,6% das cidades brasileiras pos-

sui algum programa de coleta seletiva do lixo,

número que indica certa estagnação deste pro-

cesso, apesar de o Brasil apresentar bons índices

de reciclagem em alguns itens como lata de a-

lumínio 91,5%, plástico PET 54,8%, vidro 47%

e papel 45%. As coletas seletivas de lixo preci-

sam avançar, as reciclagens precisam ser esti-

muladas, pois além de representarem alívio no

consumo de matérias retiradas da natureza, sig-

nificam ganhos, postos de empregos.

A reflexão sobre a temática abordada nes-

ta Campanha não pode estar ausente de nossas

comunidades, não por um modismo, porque o

tema vem sendo veiculado e boa parte das insti-

tuições e empresas têm incorporado estas refle-

xões em suas ações. Mas em virtude de que nos-

so Senhor atribuiu grande responsabilidade às

comunidades cristãs no contexto da edificação

do Reino de Deus. Também porque os mais afe-

tados pelas mudanças climáticas são e serão os

pobres, os pequeninos. E ao que parece, a abor-

dagem desta temática com ações concretas ain-

da acontecem de modo tímido. (Cf. Texto base da CF-2011, n. 208-209)

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Papa João Paulo II será

beatificado em maio FONTE: CNBB - SEX, 14 DE JANEIRO DE 2011

Na sexta-feira, 14, o papa Bento XVI aprovou a publicação do decreto que com-prova um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II. A beatificação está marcada para 1º de Maio, domingo da Divina Miseri-córdia.

A data escolhida para a beatificação recorda a celebração litúrgica mais próxima da morte de João Paulo II, que faleceu na véspera da festa da Divina Misericórdia.

O milagre, agora confirmado, refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da doença de Parkinson. A religiosa per-tence à congregação das Irmãzinhas das Ma-ternidades Católicas e trabalha em Paris, Fran-ça, tendo superado, em 2005, todos os sinto-mas da doença de que sofria há quatro anos.

Segundo o cardeal Prefeito da Congrega-ção das Causas dos Santos, dom Ângelo Ama-to, o decreto sobre a cura da irmã Marie Simon é o que terá mais ressonância na Igreja Católi-ca e no mundo.

No dia 13 de Maio de 2005, apenas qua-renta e dois dias após a morte de João Paulo II, o papa Bento XVI anunciou o início imediato do processo de canonização de Karol Wojtyla, dispensando o prazo canônico de cinco anos para a promoção da causa. Ainda em dezem-bro de 2009, o atual Papa assinou o decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de Karol

Wojtyla, primeiro passo para a beatificação.

João Paulo II foi papa entre 16 de outubro de 1978 e 2 de abril de 2005, quando faleceu após mais de 25 anos como Sucessor de São Pedro.

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Papa Bento XVI fala sobre a importância da oração e da unidade entre os cristãos

Fonte: http://www.cnbb.org.br em 20/jan/2011

"Todos os crentes em Cristo são convida-dos a unir-se em oração para testemunhar o profundo vínculo que existe entre si e in-vocar o dom da plena comunhão”, foi o que disse o papa Bento XVI durante a cateque-se nesta quarta-feira, 19, na ocasião da Semana da Unidade dos Cristãos (Souc), celebrada pela Igreja no hemisfério norte.

Inspirado no livro dos Atos dos Apóstolos, o tema da Souc 2011 é "Unidos no ensina-mento dos apóstolos, na comunhão frater-na, na fração do pão e nas orações”. A par-tir deste tema, o papa elencou quatro ca-racterísticas que definem a comunidade cristã de Jerusalém como lugar de unidade e amor. “Primeira característica, ser unida e firme no ouvir o ensinamento dos Apósto-los, depois na comunhão fraterna, na fra-ção do pão e nas orações. Como disse, es-ses quatro elementos são ainda hoje as pi-lastras da vida de toda a comunidade cristã e constituem também o único fundamento sólido sobre o qual progredir na busca da unidade visível da Igreja”, citou Bento XVI.

Durante a catequese, o papa disse ainda que todos os cristãos têm responsabilidade comum diante do mundo e que a unidade se dá principalmente através da oração. “A

oração é sempre a atitude constante dos discípulos de Cristo, isto é, aquela que acompanha a vida cotidiana em obediência à vontade de Deus”.

Na terça-feira, 25, o papa presidiu, em Roma, a missa que marca a conclusão da Semana de Oração, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. A cerimônia aconte-ceu na Solenidade Litúrgica da Conversão de São Paulo, quando estiveram presentes representantes de outras igrejas e comuni-dades eclesiais de Roma.

Semana da Unidade dos Cristãos

No hemisfério sul, as celebrações come-çam na semana após a festa da Ascensão do Senhor e vai até o Domingo de Pente-costes. Na Europa, a Semana acontece en-tre 18 e 25 de janeiro, datas que marcam, respectivamente, a festa da Cátedra de São Pedro e a de São Paulo.

A cada ano, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) convida os parceiros ecumênicos de uma determinada região do mundo para prepararem um texto simples sobre um tema bíblico. Em seguida, um grupo inter-nacional de participantes patrocinados pelo CMI (protestantes e ortodoxos) e os católi-cos romanos editam este texto e garante que ele está relacionado com a busca de unidade entre as igrejas.

O texto é publicado conjuntamente pelo Pontifício Conselho para Promoção da Unidade dos Cristãos e CMI, através de sua Comissão de Fé e Ordem, que também acompanha todo o processo de produção de texto. O material final é enviado às igrejas-membro e dioceses católicas roma-nas, que são convidadas a traduzir e contextualizar o texto para seu próprio uso.

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DIOCESE DE CAMPO MOURÃO

REALIZA ENCONTRO DA PASTORAL FAMILIAR

Acontece no dia 13 de fevereiro, das 08h30 às 16h00, no Centro de Formação Pastoral da paróquia São Francisco de Assis, em Campo Mourão, o Encontro de Abertura do ano de 2011 da Pastoral Familiar Diocesana. O Encontro contará com a presença de Dom João Bosco Barbosa de Sousa, bispo de União da Vitória e Referencial da Pastoral Familiar no Regional Sul II da CNBB. Deverão participar de 4 a 10 pessoas por paróquia.

Outras informações José Lafaete Fernandes dos Santos e

Maria Aparecida Vasco dos Santos Coordenação Diocesana

Fones (44) 3524-4717 (residência) (44) 9978-9565 (Lafaete) (44) 9957-3170 (Maria) (44) 3524-2211 (comercial-Maria)

E-mail

[email protected]

CASTIDADE CONJUGAL

A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do matrimônio faz o homem e a mulher entrarem na fidelidade de Cristo à sua Igreja.

Pela castidade conjugal, eles testemunham este mistério perante o mundo.São João Crisóstomo sugere aos homens recém-casados que falem assim à sua esposa: “Tomei-te em meus braços, amo-te, prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada, e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada... Ponho teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso que não ter os mesmo pensamentos que tu tens”.

Um aspecto particular desta responsa-bilidade diz respeito à regulação da

procriação. Por razões justas (cf. GS, 50), os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso, regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral.

A moralidade da maneira de agir, quando se trata de harmonizar o amor conjugal com a transmissão responsável da vida, não depende apenas da intenção sincera e da reta apreciação dos motivos, mas deve ser determinada segundo critérios objetivos tirados da natureza da pessoa e de seus atos, critérios esses que respeitam o sentido integral da doação mútua e da procriação humana no contexto do verdadeiro amor. Tudo isso é impossível se a virtude da castidade conjugal não for cultivada com sinceridade (GS 51,3).

*Fonte: Catecismo da Igreja Católica, n. 2365 e 2368.

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EX-DIRETORA DE CLÍNICA ABORTISTA PUBLICA COMO FOI SUA CONVERSÃO (Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia em 18/jan/2011)

Abby Johnson afirma ainda que pensamento de João Paulo II a

fez compreender a plenitude do ensinamento da Igreja sobre a sexualidade.

A ex-diretora de uma clínica de abortos da rede Planned Parenthood (PP), Abby Johnson, aca-

ba de lançar um livro. No volume, intitulado "UnPlanned" ("Não planejado"), a autora conta

como deixou seu trabalho de diretora da clínica, se tornou uma defensora da vida e abraçou a fé católica.

Johnson se converteu em figura pública em novembro de 2009, quando um juiz descartou um processo da Planned Parenthood que pre-tendia silenciá-la. A imprensa americana divul-gou sua surpreendente mudança e, hoje, seu testemunho permite salvar vidas de não-nascidos nos Estados Unidos.

Apesar dos problemas legais e ataques pes-soais de seus ex-empregadores, Johnson narra sua história completa no livro publicado pela Ignatius Press e que vem sendo vendido em livrarias locais desde 11 de janeiro.

No volume, Johnson explica por que deixou a indústria do aborto para fazer parte do movi-mento pró-vida, rechaçar inclusive a anti-concepção e abraçar a fé católica.

Johnson começou como voluntária na PP e chegou a dirigir a clínica de abortos Bryan/ College Station, no Texas (Estados Unidos).

Ela mesma cometeu dois abortos e sofria em silêncio, enquanto seus empregadores exigiam que ela alcançasse as cotas de abortos na

clínica e aceitava sem questionamentos a ideo-logia da PP sobre o falso "direito ao aborto".

O que suscitou sua conversão foi a experiência de ver em um monitor de ultra-som como era abortado um não-nascido de 13 semanas.

Em uma ocasião, pediram a Abby que ela ajudasse em um aborto devido a escassez de pessoal, em setembro de 2009. Esses minutos mudaram sua vida para sempre. Ela pensava que o bebê era incapaz de sentir algo com tão poucas semanas de concepção, mas conta que viu como ele se retorcia e fugia do tubo que o aspirava.

"Logo se desmanchou e começou a desapare-cer dentro da cânula ante meus olhos", recorda

Johnson e acrescenta que o último que viu foi "como sua pequena espinha dorsal, perfeita-mente formada era sugada pelo tubo, e que logo já não estava lá".

Johnson assinalou ainda que deixou seu traba-lho e se uniu ao movimento pró-vida para ajudar as mulheres a entenderem a verdade sobre o aborto e não para se converter em uma figura pública. Foi por causa da Planned Parenthood e não da Coalizão pela Vida, movimento que a acolheu, que Johnson decidiu publicar sua história.

A transnacional abortista abriu uma batalha legal contra Johnson para que ela não falasse de seu ex-trabalho e foi a organização anti-vida que levou seu caso à imprensa.

"Isto não foi o que planejei para minha vida. Mas Deus o preparou para mim e seria incorre-to se afastar de algo que Ele quis para minha vida", sustenta Johnson e assegura que junto

ao seu marido cresceram em sua fé durante todo este ano e se preparam para entrar na I-greja Católica.

Um dos últimos obstáculos que encontrou no curso de sua conversão ao catolicismo foi acei-tar o ensino da Igreja sobre o controle da nata-lidade. Entretanto, Johnson assinala que ter es-tudado com "mente aberta" o pensamento de

João Paulo II e outras fontes de ensino da Igre-ja, junto a uma experiência pessoal enquanto rezava em uma igreja, a fez compreender a plenitude do ensinamento da Igreja sobre a se-xualidade.