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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações! Nasceu? Aonde? Quem? Em Curitiba, os shoppings estão inaugurando, já no início de novembro, os enfeites e a temporada do Natal. Não é diferente em outros centros de consumo. Investem muito para iluminar o Natal deles. O nosso roxo do Advento que prepara o Natal de Jesus, não convém ao Natal deles, que tem ou- tra natureza. Aqui esperamos um presente do céu. Reunimo-nos em novena, grupos de famí- lias, abrimos espaço para a generosidade, a par- tilha. Lá não nasce ninguém. Há o 13º, que só no Paraná soma mais de 6 bilhões, colocados em circulação. Para conquistar uma fatia desse bolo vale tudo. Esse é o tesouro que está es- condido naquela gruta, onde não importa quem nasceu. E nós nem podemos achar ruim que não saibam que nasceu o Filho de Deus, se nós, mesmo após a reunião do grupo de novena, sa- ímos pra aproveitar as “ofertas”, olhar os enfe i- tes, e reverenciar o deus deles. A família é o lugar do Natal Deus dispensou casa, comida e cobertor, mas não dispensou uma família para vir ao mundo. É a família o lu- gar do seu nascimento. Para preparar isso não bastam as quatro semanas do Advento. Estive olhando os números anteriores do nosso bole- tim, quantos encontros, celebrações, estudos, palestras, notícias que começaram a vir mais abundantes das dioceses, E ainda, mais de 130 edições do Boletim Expresso, com notícias, i- deias, propostas para refletir. Essa é a nossa preparação que já vem de longa data, para jun- tar tudo ao verdadeiro Natal, o nascimento de Cristo em nossas famílias. Uma boa e bem or- ganizada, e bem participada novena será o ar- remate deste ano de investimento, de silencio- sa atividade, que oferece mais vantagens do que as trombetas do ruidoso comércio dos shoppings. O lugar de Cristo nascer foi, e ainda é, o meio dos pobres Nossa preparação para o Natal deve nos levar para o meio das famílias pobres. Nada contra que troquemos presentes e te- nhamos uma gostosa ceia. Só digo que não po- demos nos limitar a isso. O Natal é uma opor- tunidade em que a gente, mais naturalmente, é tocado pela pobreza de Deus. Que os nossos grupos encontrem, na oração, um caminho para o amor aos pobres. Vale lembrar a afirmação do Papa Bento: “O amor para com os necessitados pertence à essência da Igreja, tanto quanto o serviço dos Sacramentos e o anúncio do Evan- gelho” (Deus Caritas Est, 22). Nisso os shop- pings não pensam. É a diferença entre o nosso Deus e o deus deles. A Sagrada Família de Jesus nos acompanhe em nos- sa preparação ao Natal e nos sirva de modelo e ins- piração . Paz e Bem!Paz e Bem, a todos! Dom João Bosco, O.F.M. Bispo de União da Vitória CNBB REGIONAL SUL 2 BOLETIM ON LINE NOVEMBRO DE 2011 E E D D I I T T O O R R I I A A L L

Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 da CNBB. Novembro de 2011.

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Page 1: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!

Nasceu? Aonde? Quem? – Em Curitiba, os

shoppings estão inaugurando, já no início de

novembro, os enfeites e a temporada do Natal.

Não é diferente em outros centros de consumo.

Investem muito para iluminar o Natal deles. O

nosso roxo do Advento que prepara o Natal de

Jesus, não convém ao Natal deles, que tem ou-

tra natureza. Aqui esperamos um presente do

céu. Reunimo-nos em novena, grupos de famí-

lias, abrimos espaço para a generosidade, a par-

tilha. Lá não nasce ninguém. Há o 13º, que só

no Paraná soma mais de 6 bilhões, colocados

em circulação. Para conquistar uma fatia desse

bolo vale tudo. Esse é o tesouro que está es-

condido naquela gruta, onde não importa quem

nasceu. E nós nem podemos achar ruim que

não saibam que nasceu o Filho de Deus, se nós,

mesmo após a reunião do grupo de novena, sa-

ímos pra aproveitar as “ofertas”, olhar os enfei-

tes, e reverenciar o deus deles.

A família é o lugar do Natal – Deus dispensou

casa, comida e cobertor, mas não dispensou

uma família para vir ao mundo. É a família o lu-

gar do seu nascimento. Para preparar isso não

bastam as quatro semanas do Advento. Estive

olhando os números anteriores do nosso bole-

tim, quantos encontros, celebrações, estudos,

palestras, notícias que começaram a vir mais

abundantes das dioceses, E ainda, mais de 130

edições do Boletim Expresso, com notícias, i-

deias, propostas para refletir. Essa é a nossa

preparação que já vem de longa data, para jun-

tar tudo ao verdadeiro Natal, o nascimento de

Cristo em nossas famílias. Uma boa e bem or-

ganizada, e bem participada novena será o ar-

remate deste ano de investimento, de silencio-

sa atividade, que oferece mais vantagens do

que as trombetas do ruidoso comércio dos

shoppings.

O lugar de Cristo nascer foi, e ainda é, o meio

dos pobres – Nossa preparação para o Natal

deve nos levar para o meio das famílias pobres.

Nada contra que troquemos presentes e te-

nhamos uma gostosa ceia. Só digo que não po-

demos nos limitar a isso. O Natal é uma opor-

tunidade em que a gente, mais naturalmente, é

tocado pela pobreza de Deus. Que os nossos

grupos encontrem, na oração, um caminho para

o amor aos pobres. Vale lembrar a afirmação do

Papa Bento: “O amor para com os necessitados

pertence à essência da Igreja, tanto quanto o

serviço dos Sacramentos e o anúncio do Evan-

gelho” (Deus Caritas Est, 22). Nisso os shop-

pings não pensam. É a diferença entre o nosso

Deus e o deus deles.

A Sagrada Família de Jesus nos acompanhe em nos-

sa preparação ao Natal e nos sirva de modelo e ins-

piração . Paz e Bem!Paz e Bem, a todos!

Dom João Bosco, O.F.M.

Bispo de União da Vitória

CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – NOVEMBRO DE 2011

EEDDIITTOORRIIAALL

Page 2: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22

BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall

FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB

RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600

CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122

DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa

BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR

RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall

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DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm

AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall

EE--mmaaiill:: jjcckkrruumm@@yyaahhoooo..ccoomm..bbrr

Pastoral Familiar – Mobilizações pela Vida na Diocese de Guarapuava

Além das atividades paroquiais na SEMANA

NACIONAL DA VIDA, no dia 08 de Outubro

celebramos o DIA DO NASCITURO, ou seja, da

criança não-nascida, ainda no ventre de sua mãe.

Para celebrar esta data a Pastoral Familiar do

Decanato Centro da cidade de Guarapuava, junta-

mente com outras pastorais e movimentos como

algumas equipes dos Terços nas Praças, Legião de

Maria, reuniram-se no Santuário Nossa Senhora

Aparecida, para juntos contemplar Santo Terço

pela Vida, houve nesta ocasião uma coleta de

roupinhas e fraldas descartáveis para serem doadas

ao Rosário Perpétuo que tem feito um lindo

trabalho junto as futuras mães carentes que para

nossa surpresa por ser a primeira vez que fazem

uma coleta exclusiva para Bebes foi um grande

sucesso, onde a comunidade participou ativamen-

te.

Na sequencia pudemos também participar da

celebração da Santa Missa, presidida por nosso

Bispo Emérito Dom Geovane e Pe. Claudemir.

Com uma grande presença da Comunidade!

PASTORAL FAMILIAR - VIRMOND Santa Missa no dia

08, Dia do Nascituro

em Virmond –

Paróquia Nossa

Senhora do Monte

Claro, com a parti-

cipação de toda

comunidade e

apresentação de vídeo no telão sobre a importância

de defender a vida, esclarecimentos sobre aborto,

diversas encenações, com Nossa Senhora e

mulheres grávidas acendendo as velas utilizando

como mensagem o significado de ser Luz.

No ofertório

foram oferecidos

os nomes das

crianças que

nasceram em

2011 inclusive as

que faleceram.

Pastoral Familiar -

JUNTOS PELA

VIDA.

Gerson e Dalva

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33

Ação pastoral junto aos novos casais

“Apoiar cada novo casal a assumir sua nova

vocação”. Este é o objetivo do projeto recém-

casados do setor pós-matrimonio da Pastoral

Familiar da arquidiocese de Londrina.

Para movimentar os agentes neste sentido a

Comissão Arquidiocesana realizou no dia 29 de

outubro no auditório do Centro Pastoral da

Paróquia São Vicente de Paulo encontro de

formação ministrado pelo casal André Luís

Kawahala e Rita Massarico Kawahala, autores

dos livros: Encontro para Novos Casais e En-

contro para Novos Casais – Volume 2 publica-

dos pela Paulinas.

O projeto é ação destaque da Pastoral Familiar

no Paraná que na última assembleia regional

elegeu a evangelização das famílias uma das

prioridades pastorais.

A “Ação pastoral da Igreja deve ser progressiva,

também no sentido de que deve seguir a família,

acompanhando-a passo a passo nas diversas eta-

pas da sua formação e desenvolvimento... . O

cuidado pastoral da família regularmente consti-

tuída significa, em concreto, o empenho de

todos os membros da comunidade eclesial local

em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua

nova vocação e missão. Isto vale sobretudo para

as famílias jovens, as quais, encontrando-se num

contexto de novos valores e de novas responsa-

bilidades, estão mais expostas, especialmente

nos primeiros anos de matrimônio, a eventuais

dificuldades, como as criadas pela adaptação à

vida em comum ou pelo nascimento dos filhos.”

(Familiaris Consortio, nº. 65 e 69)

Ajudando os novos casais, no início da

caminhada a Igreja através da Pastoral Familiar

estará possibilitando o surgimento de novas

famílias alicerçadas em Cristo e assim fortale-

cendo-as a fim de assumir verdadeiramente o

papel de famílias cristãs, Igrejas domésticas a

serviço do reino. A proposta para participação

do encontro foi estendida a todas as dioceses do

Paraná uma vez que o projeto está contemplado

no plano de ação do setor Pós matrimônio da

Pastoral Familiar do Regional Sul II cuja

coordenação está confiada ao casal Marly e

Divercy Pupim que também é o casal coordena-

dor da pastoral na Arquidiocese de Londrina.

Esta primeira ação contou com a participação de

aproximadamente 100 agentes, vindos das

diversas paróquias da Arquidiocese de Londrina,

e representantes da arquidiocese de Cascavel e

da diocese de Apucarana, que se disponibiliza-

ram para a formação com muito entusiasmo e

consideraram importantíssimo e urgente a

dinamização do projeto em todas as paróquias.

Para a Arquidiocese de Londrina a coordenação

do projeto está com o casal Maristela e Ricardo,

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 44

que prontamente aceitou o convite/ chamado

para esta preciosa missão.

Louvamos o nosso Deus pelo evento, agradece-

mos a disponibilidade do Casal André e Rita que

proporcionou uma intensa e rica formação, aos

agentes que se fizeram presentes, à equipe de

recepção, oração, secretaria, animação, alimen-

tação, ao Pe. Joel, pároco da Paróquia São

Vicente de Paulo que cedeu o local para a

realização do encontro e nos acolheu de forma

muito especial, a todos que colaboraram.

Por intercessão da Sagrada Família e de Nossa

Senhora Aparecida, pedimos à Santíssima

Trindade que as sementes lançadas frutifiquem

fortalecidas pela ação do Espírito Santo e a

disponibilidade dos discípulos missionários para

a messe.

Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar

Londrina – Pr

Contracepção pré-

implantatória e de emergência

O termo “contracepção de emergência” entrou no léxico corrente em tempos relativamente re-centes, mas todos dele tomaram posse. Atual-mente, o conteúdo da expressão encontra-se no centro de uma polêmica onde se apresen-tam teses baseadas em avaliações contraditó-rias daquilo que é esta particular forma de con-tracepção. O professor Wilks ajuda-nos a en-tender explicando como, nestes últimos anos, se verificou uma transferência semântica na própria definição da concepção, ou seja, do iní-cio da vida humana. De fato, esta última foi se-parada do seu vínculo natural com a fecunda-ção e posposta para o momento em que acon-tece o implante do embrião na mucosa do útero materno.. Esta transformação de significado obedeceu a uma estratégia de justificação legal das técnicas de fecundação in vitro. A esta

transformação correspondeu, sempre em âmbi-to lexical, a criação do termo “pré-embrião”, pá-ra designar o embrião entre o momento da sua formação (fecundação) e o momento em que é realizado o seu implante uterino. Segundo esta nova terminologia, destruir este “pré-embrião” – isto é, o embrião humano antes do décimo quarto dia do seu desenvolvimento – ficaria no campo da simples contracepção; no entanto, na realidade, trata-se de um aborto. É graças a es-te, por assim dizer, jogo de prestígio lingüístico que se faz passar hoje a “pílula do dia seguinte” como um simples contraceptivo, e que se fala de “contracepção de urgência” para definir o seu efeito. A realidade é que a eficácia desta “contracepção de emergência” depende em grande parte da sua ação abortiva, na medida em que esta pode impedir a nidação do óvulo fecundado.

(Confira o artigo de John Wilks em Lexicon, p.121-138)

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 55

O perigo da Religião José Antonio Pagola (Teólogo e biblista espanhol) em Adital

Jesus leva uns dias em Jerusalém movendo-se à volta do templo. Não encontra pelas ruas o acolhimento amistoso das aldeias da Galileia. Os dirigentes religiosos que se cruzam no Seu caminho procuram desautorizá-lo ante as pessoas simples da capital. Não descansarão até envia-Lo para a cruz.

Jesus não perde a paz. Com paciência incansável continua a chama-los para a conversão. Conta-lhes um episódio simples que lhe ocorre ao vê-lo: a conversa de um pai que pede aos seus dois filhos que vão trabalhar a vinha da família.

O primeiro rejeita o pai com uma negativa categórica: «Não quero». Não lhe dá explicação alguma. Simplesmente não lhe apetece. No entanto, mais tarde reflete, dá-se conta que está a rejeitar o seu pai e, arrependido, dirige-se para a vinha.

O segundo atende amavelmente a petição do seu pai: «Vou, senhor». Parece disposto

a cumprir os seus desejos, mas rapidamente se esquece do que disse. Não volta a pensar no seu pai. Tudo fica em palavras. Não se dirige para a vinha.

Para o caso de não terem entendido a Sua mensagem, Jesus dirigindo-se aos «sumo sacerdotes e aos anciãos da terra», aplica-lhes de forma direta e provocativa a parábola: «asseguro-vos que os publicanos e as prostitutas estão à vossa frente no caminho do reino de Deus». Quer que reconheçam a sua resistência para entrar no projeto do Pai.

Eles são os "profissionais" da religião: os que disseram um grande "sim" ao Deus do templo, os especialistas do culto, os guardiões da lei. Não sentem necessidade de converter-se. Por isso, quando veio o profeta João a preparar os caminhos a Deus, disseram-lhe "não"; quando chegou Jesus convidando-os a entrar no Seu reino, continuaram a dizer "não".

Pelo contrário, os publicanos e as prostitutas são os "profissionais do pecado": os que disseram um grande "não" ao Deus da religião; os que se colocaram fora da lei e do santo culto. No entanto, o seu coração manteve-se aberto à conversão. Quando veio João acreditaram nele; ao chegar Jesus acolheram-no.

A religião nem sempre conduz a fazer a vontade do Pai. Podemo-nos sentir seguros no cumprimento dos nossos deveres religiosos e habituar-nos a pensar que nós não necessitamos de converter-nos nem mudar. São os afastados da religião os que o hão-de fazer. Por isso é tão perigoso substituir o escutar o Evangelho pela piedade religiosa. Diz Jesus: "Nem todos os que me digam "Senhor", "Senhor" entrarão no reino de Deus, mas os que façam a vontade do Meu Pai do céu".

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66

MMuuddaammooss ssee ddeesseejjaammooss Maria Regina Canhos Vicentin

utro dia, caminhava em direção ao

trabalho quando vi de relance alguém

que havia coordenado um grupo do qual fiz parte na minha puberdade.

Pessoa distinta que pregava a Palavra de forma

bonita, mas que com o passar dos anos foi se

afastando da Igreja. Também, na mesma

semana, ouvi relatos sobre alguém que admirei

na juventude, e que mudou completamente de

comportamento ao longo da vida, assumindo

atitudes diversas daquelas que me inspiraram

fascínio e respeito. Tomei conhecimento ainda de alguns fatos praticados por pessoas que

tinha em alto conceito, e que me decepciona-

ram, embora não tenham feito, diga-se de

passagem, nada de errado ou grave.

ercebi, assim, que quanto maior a

expectativa que temos das pessoas, mais

fácil fica nos frustrarmos diante das

constatações que a vida traz. Num primeiro

momento, tendemos a descrer do ser humano,

pois muito esperávamos. Um pouco de refle-xão, no entanto, mostra como somos frágeis e

vulneráveis em nossas decisões, opções de

vida, escolhas. Tantas possibilidades à nossa

volta nos levam à indecisão, principalmente se

desejamos experimentar tudo ou optar pelo

que aparenta ser mais vantajoso. Estou para

afirmar que o “melhor” não existe. Ao menos,

não na concepção que temos de melhor, pois o

“meu melhor” pode diferir do “seu melhor”. As decepções serão muitas, já que somos

imperfeitos e falíveis. É inevitável.

ói menos quando a gente compreende

que o erro do outro nos faculta a

possibilidade de errar também.

Faculta, compreendeu? Isso não quer dizer que

devamos fazer igual. Apenas gera um pouco

de conforto ao nos depararmos com a nossa

imperfeição, que muito nos serve para descul-par erros e deslizes (cometidos, normalmente,

pelo próprio prazer de cometê-los). A santida-

de, às vezes, parece ser desagradável. Chateia,

incomoda, humilha quem não consegue atingir

o ideal proposto. É por isso que muitos aban-

donam as igrejas. Fica difícil viver a santidade

na Terra. Além disso, os templos estão reple-

tos de pessoas imperfeitas, e isso decepciona,

não é mesmo? e decepciona por um lado, conforta pelo

outro. Somos todos sujeitos a falhas.

Vamos nos decepcionar com os outros,

sem dúvida, e certamente muitos se decepcio-

narão conosco. Mas, a vida é assim. Hoje a

gente cai; amanhã a gente levanta, ou vice-

versa, pois o aprendizado implica em muitos

exercícios e repetições. Podemos mudar sem-

pre. É uma faculdade que o Senhor nos deu. Mas, somente mudamos se desejamos. Há os

bons que se tornam mesquinhos, e os mesqui-

nhos que se tornam bons. Há os crentes que se

tornam descrentes, e os descrentes que passam

a crer. Há os humildes que se tornam vaido-

sos, e os vaidosos que ficam humildes. Tudo

depende da forma como assimilamos as lições

da vida. Não sei o que o futuro nos reserva,

mas confio que será o “melhor”, ainda que o melhor não seja exatamente como a gente

imagina. Maria Regina Canhos Vicentin (e.mail: [email protected]) é

escritora. Acesse e divulgue o site da autora: www.mariaregina.com.br

O

P

D

S

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77

GGoovveerrnnoo pprreetteennddee ddiissttrriibbuuiirr ccaammiissiinnhhaa

nnaass eessccoollaass ppúúbblliiccaass ddee EEnnssiinnoo MMééddiioo Projeto vai começar em duas escolas: uma em Florianópolis e outra em Brasília. Professores, alunos, pais e direção vão decidir se a entrega das camisinhas vai ser de graça e se haverá uma quantidade limite por alu-no. (G1 - Giovana Teles Brasília)

O Ministério da Saúde quer retomar uma

proposta que já provocou muita discussão:

distribuir camisinhas de graça nas escolas públi-

cas de Ensino Médio. A proposta do Governo

Federal foi tão criticada que os Ministérios da

Saúde e da Educação quase desistiram dela.

Agora, decidiram insistir, mas para evitar um

novo desgaste, o projeto vai começar apenas em

duas escolas: uma em Brasília e outra em

Florianópolis.

Em Santa Catarina, a máquina de camisinhas já

está pronta. Ela foi criada há três anos para que

os adolescentes tenham acesso mais fácil aos

preservativos no local onde passam boa parte do

dia: a escola.

Professores, alunos, pais e direção vão decidir,

por exemplo, se a entrega das camisinhas vai ser

de graça e se haverá uma quantidade limite por

aluno. É certo que vai ter polêmica de novo.

Alguns entrevistados afirmam: “eu acho que

incentiva a vida sexual muito cedo”; “não pega

doença e evita filhos”. “Há muita reação, prin-

cipalmente das igrejas, que acham que sexo é

somente sexo reprodutivo, depois de casado, o

que também não é realidade. Essas pessoas

estão correndo risco. O HIV não acabou. Nós

temos infecção, ela está presente, nós temos que

cuidar dela”, defende Dirceu Greco, diretor do

departamento Dstaids do Ministério da Saúde.

E tem também as outras doenças sexualmente

transmissíveis. Uma pesquisa internacional

sobre o comportamento dos adolescentes desta-

cou o Brasil como um dos países em que a esco-

la contribui pouco para a educação sexual. A

maior parceira dos jovens acaba sendo a inter-

net. Segundo a pesquisa, 36% dos jovens entre

15 e 19 anos estão fazendo sexo sem proteção.

A estudante Andressa de Freitas engravidou aos

quinze anos e passou momentos muito difíceis.

Agora aconselha:“sempre usem camisinha, não

deixem nunca, porque foi só uma vez eu ganhei

ele. Assim, filho é bom, mas no momento a gente

tem que se focar bastante no estudo. Porque sem

ele já é difícil, com ele dificulta mais ainda”.

Risco que Ramon acha que

não corre. Sexo só com

proteção. Ele não tem

vergonha de assumir que

ainda não transou: “tem que

ser quando a pessoa estiver

pronta, com a pessoa certa,

no local certo e na hora

certa. Eu sou à moda anti-

ga.”

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88

EENNCCOONNTTRROO DDEE FFOORRMMAAÇÇÃÃOO SSEETTOORR CCAASSOOSS EESSPPEECCIIAAIISS

MMAARRIINNGGÁÁ -- PPRR Dentro do 22° Plano de Ação

Evangelizadora 2009 – 2012 da

Arquidiocese de Maringá que

tem como Tema: Uma Igreja a

Serviço da Vida, e como Lema:

“...Viu, aproximou-se, sentiu

compaixão e curou-lhes as

feridas...” (Lc 10,33-34), temos

como uma das quatro priorida-

des a Família. Dentro desta

prioridade aparece o projeto:

Acolhida dos casais em Nova

União.

“Os casais em segunda união

e seus filhos sejam acolhidos,

acompanhados e incentivados,

conforme sua situação, a parti-

ciparem da vida da igreja,

segundo as orientações do

magistério.” (CNBB, 2008, n.

133, p.105).

Atentos a este projeto, aconte-

ceu nos dias 03 e 04 do mês de

Setembro, no salão paroquial

da Paróquia São Francisco de

Assis, um encontro de forma-

ção, promovido pela Pastoral

Familiar da Arquidiocese de

Maringá, com a participação de

78 casais de 35 paróquias, das

55 que compõem a arquidioce-

se. O objetivo do encontro foi

preparar agentes, para mostrar

um caminho de acolhida, apoio

e solidariedade aos casais, que

pelo batismo e pela fé são

também filhos de Deus e

irmãos nossos em Jesus Cristo,

e que vivem uma segunda

união estável, porém irregular

perante a norma da Igreja. São

muitas as interrogações não só

dos próprios casais em segunda

união, como também dos agen-

tes, e da comunidade em geral.

Foi ministrado pelo casal

Sednir e Maristela, da

Arqui-diocese de Cascavel,

Coordenadores do Setor Casos

Especiais do Regional Sul II.

Os assuntos abordados nesses

dias contemplaram a importan-

te e delicada questão relaciona-

da a casais em Segunda União,

que muitas vezes se sentem

rejeitados e se afastam, devido

aos próprios preconceitos e de

alguns membros da Igreja.

Entre os temas escolhidos esta-

vam: o Sacramento da Eucaris-

tia e Reconciliação; o conceito

de casal em segunda união,

segundo o guia da CNBB para

o setor casos especiais; o

sacramento do matrimônio; o

que a Igreja entende por

matrimonio nulo, os impedi-

mentos existentes para que o

matrimônio seja válido; as

etapas do processo de nulidade

matrimonial; a espiritualidade

do agente e a ação pastoral.

Todas essas questões foram

colocadas aos agentes da Pasto-

ral Familiar e Movimentos,

sendo que uma das novidades

deste encontro foi a participa-

ção dos agentes dos Movimen-

tos Pastorais, que ouviram a

proposta de trabalho em con-

junto com a Pastoral Familiar,

e responderam com muito en-

tusiasmo e dispostos a colabo-

rar no projeto da prioridade da

Ação Evangelizadora da

Arquidiocese.

Padre Onildo, nosso Assessor

Eclesiástico fez a abertura do

encontro e a Santa Missa foi

Maristela e Sednir falando aos presentes

O grande número de participantes

Dom Anuar presidindo a celebração

Jesus presente o tempo todo

A animação do pessoal da cozinha

Page 9: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99

celebrada por D. Anuar arce-

bispo de Maringá. A animação

esteve a cargo de Sandro e a in-

tercessão foi realizada durante

todo o encontro por Ângela,

ambos também de Cascavel.

Visitaram o encontro o padre

Valdir, pároco da Paróquia São

Francisco de Assis que

abençoou a todos os participan-

tes e padre Sidney Fabril,

Coordenador da Ação Evange-

lizadora. Tivemos ainda a pre-

sença do casal Coordenador do

Setor Pré do Regional Sul II,

Sergio e Aurora.

Numa segunda etapa aconte-

ceu o retiro para os casais em

Nova União, nos dias 01 e 02

de Outubro, no Centro de

Espiritualidade Rainha da Paz,

com a participação de 38

casais, entre Casais de Nova

União e Agentes de Pastoral.

Sednir e Maristela mostraram

aos casais que há uma infinida-

de de bens que a Igreja dispõe

para aqueles que dela querem

participar. Existem restrições,

que preservam a sacralidade

desses bens, que os casais

passam a defender, quando

compreendem bem o seu signi-

ficado, pois não representam

uma condenação ou julgamen-

to, pois isso cabe somente a

Deus. Há situações, também,

em que a Igreja pode reconhe-

cer a não existência do vínculo

matrimonial anterior, e isso

também é um caminho que foi

apontado aos casais para voltar

ao sacramento, se for esse o ca-

so. Para os casais que compre-

endem as razões da Igreja, que

compreendem mais profunda-

mente o que significa um

sacramento, especialmente, a

Eucaristia e o Matrimônio,

passam não só a aceitar o que

diz a Igreja, mas também a

defender o que ela ensina.

O retiro foi encerrado com a

celebração da Santa Missa pelo

Padre Onildo e com um

delicioso almoço servido aos

participantes.

Os casais terão após esse retiro,

reuniões de oração e de estudo,

para poderem participar das

atividades normais da comuni-

dade da Igreja, já sabendo

quais atividades podem realizar

sem constrangimento.

A todos os que se fizeram

presentes, a todos os que cola-

boraram principalmente a

equipe da Coordenação Dioce-

sana da Pastoral Familiar que

não mediu esforços para que

estes encontros acontecessem,

e aos casais Sednir e Maristela

com o filho Francisco e Sandro

e Ângela, nosso muito obriga-

do. Que Deus os abençoe.

Os casais que estão sendo prepa-

rados nesses encontros diocesa-

nos têm direito a ser instruídos e

conhecer plenamente a sua

situação especial com relação à

doutrina da Igreja. Terão, após

esse encontro, um roteiro de

reuniões, de oração e de estudo,

para depois participar das ativi-

dades normais da comunidade da

Igreja, sabendo que atividades

podem realizar sem constrangi-

mento. Mas é preciso também

que as nossas comunidades

estejam preparadas para recebê-

los com respeito, amizade e fra-

ternidade, e plenamente integra-

dos na vida eclesial, sem deixar

que o preconceito impeça a boa

convivência eclesial, e sem dei-

xar de cumprir conscientemente

toda a orientação da Igreja.

Zulmira e Aleardo - Coordenadores Ar-quidiocesanos da Pastoral Familiar de Maringá – PR.

A atenção dos participantes

Casais em 2ª união escutam atentamente

Nada como um momento de reflexão

Pe. Onildo preside a celebração

Pessoinhas lindas da cozinha neste retiro

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100

PALESTRAS DO XIII

CONGRESSO (II)

ECOLOGIA HUMANA

Dom João Carlos Petrini

INTRODUÇÃO

“A primeira ecologia a ser defendida é a ecolo-

gia humana”, disse Bento XVI pela abertura da

Campanha da Fraternidade deste ano de 2011 e

acrescentou que podemos incluir entre os

“gemidos da criação” os que são provocados ao

próprio homem, pelo egoísmo humano

A primeira destruição irracional do ambiente

natural que é mais grave é a destruição do ser

humano e a primeira estrutura em favor da

ecologia humana é a família, disse João Paulo II

na Centesimus Annus, pois é na família que,

através do amor, da verdade e do bem, se apren-

de a ser pessoa. Isso só acontece em plenitude,

diz o Papa, na família fundada sobre a rocha

firme do matrimônio.

Não temos apenas que defender a terra, a água e

o ar, mas, sobretudo, proteger o homem da

destruição de si mesmo, diz Bento XVI na

Caritas in Veritatem. Essa destruição não é só

física, mas atinge ainda sua humanidade, aquilo

que é lhe mais característico da sua condição

humana: o problema decisivo é a solidez moral

da sociedade em geral. Sem isso, de que adian-

tam as penalidades para empresas poluidoras ou

incentivos fiscais para as empresas verdes?! Se

não é respeitado o direito à morte natural, se se

torna artificial a concepção e a gestação, se são

sacrificados embriões nas pesquisas científicas

de que adianta lutarmos por leis na ecologia do

meio ambiente?!

O debate cultural que se trava faz com que a

Igreja tenha que dar as razões e os signficados

para revelar o significado da pessoa mesma, da

convivência, da beleza do matrimônio e da

família. É preciso voltar às origens: “A cada um

nos toca recomeçar em Jesus Cristo.” (Novo Mi-

lenio Ineunte, 28). Não basta repetir as

doutrinas, relembrar os papéis familiares... é

preciso testemunhar essa beleza da vida em

família, como fonte de plena realização do ser

humano. É preciso gerar fascínio e atração das

novas gerações para o matrimônio. Foi assim

com a multidão que seguia Jesus...

ECOLOGIA: UMA CASA PARA

O HOMEM

Ecologia vem do grego e significa o estudo da

casa. É o estudo que se preocupa em garantir

uma morada que bem acolha o ser humano,

levando em conta todos os fatores contextuais.

Como estudo, interessou-se nas condições para

garantir o equilíbrio da natureza física e animal,

mas algumas mentes mais iluminadas estão

mostrando sua preocupação com o futuro do ser

humano e da sua convivência na sociedade.

O ser humano tem considerado sua autonomia,

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1111

com escolhas determinadas por suas preferên-

cias subjetivas, alegando poder sobre a vida e

sobre a morte, ignorando sua natureza de criatu-

ra. Trata-se de uma mentalidade, hoje, difusa,

que começou formalmente com as ideologias

marxistas. O homem tem a ilusão de poder

criar-se a si mesmo pelo seu trabalho.

Um grupo de estudiosos ateus, de origem

hebraica, nos anos de 193/40, formaram a

Escola de Frankfurt. Dois deles Adorno e

Dorkheimer, migraram para os EUA e foram

críticos da razão como colocada no Iluminismo.

Denunciaram a razão como sendo usada para o

lucro de poucos e não para trazer o bem humano

e o bem comum.

O debate ecológico é um dos debates da “razão

instrumental”, que não hesitou em poluir,

destruir, envenenar, destruir, dizimar, para obter

lucros ingerentes e rápidos, sem preocupar-se

com o que as futuras gerações iriam encontrar.

Destruição que começa largamente junto com a

revolução industrial. Demoramos 200 anos antes

de compreender que é preciso impor limites a

certos avanços tecnológicos. Já há legislações

neste sentido, mas muito mais ainda que se a-

vançar. Será que devemos levar outros duzentos

anos para tratar também da ecologia humana?

Os interesses econômicos que, às vezes, preva-

lecem sobre os valores da natureza também tem

prevalecido sobre a genética humana. O primei-

ro passo para pensar uma ecologia humana é

retornar ao desígnio de Deus sobre o matrimônio

e a família. Diz a Gaudium et Spes (24) que o

homem só se encontra no dom de sim ao outro.

Vivemos numa cultura em que são valorizados

os “gladiadores”, os “vampiros”, os “predado-

res” que estraçalham a vida dos outros para

poderem viver. A quem temos ensinado nossos

filhos a valorizar: o “predador” ou o bom

samaritano?

Esta mentalidade hostil ao bem é pior do que a

poluição das grandes cidades que atinge a todos

os que lá moram. Os desvios morais vêm

atingindo a todos e são absorvidos até pelas

“boas famílias”... Mesmo sem querer acabamos

participando disso. Por isso, é preciso ter como

filtro o Evangelho. As famílias precisam ser

bem formadas.

FATORES QUE DESEQUILIBRAM A

ECOLOGIA HUMANA

Desde Adão e Eva, havia o tripé sobre o qual se

apóia o matrimônio e a família: amor – sexuali-

dade – procriação. E assim o foi até poucas

décadas atrás. A sexualidade deveria expressar o

amor e estar aberta à vida. Agora é encarado

como “normal” o desvirtuamento de sexo sem

amor, procriação sem sexo, procriação sem

amor, sexo sem procriação... Os vínculos afeti-

vos entre homem e mulher foram profundamen-

te abalados e consequentemente o sentido da

vida do próprio ser humano, da família e, em

última análise, da sociedade. Esta mentalidade

não concorre para o bem do ser humano. A

cultura de massa especializou-se em oferecer a

banalidade e a vulgaridade e daí decorre a

violência.

O que caracteriza a família é a cooperação entre

os sexos que gera a comunhão.

Quando falamos de ecologia humana nos refe-

rimos à teia de relações que favorecem o pleno

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1122

desenvolvimento do ser humano. Isto inclui a

família, toda a cultura, escola, lazer, etc... tudo

que influencia a realização autêntica do ser

humano.

“...a essência e os deveres da família são, em

última análise, definidos pelo amor. Por isto

é-lhe confiada a missão de guardar, revelar e

comunicar o amor, qual reflexo vivo e

participação real do amor de Deus pela humani-

dade e do amor de Cristo pela Igreja, sua

esposa.” (Familiaris Consortio, 17)

Mostrar Jesus para que no seu exemplo os

jovens e as famílias tenham um ponto de

referência para saber a amar. “Gosto; quero para

mim!” – é a mentalidade do mundo. Mas a men-

talidade cristã é “Gosto, então quero entregar

minha vida!”. Onde se aprende a viver o amor

nesta qualidade superior?? A família cristã tem

esta tarefa, de mostrar a beleza do amor verda-

deiro, que corresponde mais à ecologia humana.

PASTORAL FAMILIAR INTENSA

E VIGOROSA

O que devemos então fazer na Pastoral

Familiar?

Na dimensão eclesial: Criar grupos de vida fraterna de famílias,

com momentos de conversa, partilha, espiri-

tualidade, troca de experiências... Buscar

especialmente as famílias afastadas, tendo

uma postura missionária.

Presença transversal em outras pastorais.

Semana da Família.

Semana da Vida.

Na dimensão social: Associação de famílias para ganhar visibili-

dade social.

Dia municipal da família.

Peregrinação Nacional das Famílias à

Aparecida.

Na dimensão formativa: Cursos do INAPAF;

Escolas de Famílias;

Seminários, congressos;

Subsídios

Cascavel realizou encontro

Provincial da Pastoral Familiar Por Luiz Carlos Bittencourt

A Pastoral Familiar da Província de Cascavel

realizou, no dia 15 de outubro, em Cascavel, das

14 às 18h, encontro com a participação das

Dioceses de Foz do Iguaçu, Toledo, Palmas-

Francisco Beltrão e Arquidiocese de Cascavel.

Teve a participação do Pe. Ademir (Diocese de

Toledo) e as coordenações da Pastoral Familiar

das respectivas dioceses.

A finalidade foi a partilha das experiências

vivenciadas pelas dioceses nas ações dos setores

do pré-matrimonial, pós-matrimonial, casos

especiais e da comissão em defesa da vida.

Foi um momento rico de experiências colabo-

rando para cada diocese aperfeiçoar suas ativi-

dades relacionadas aos valores familiares.

A Província de Cascavel estará realizando o VI

Encontro Provincial da Pastoral Familiar nos di-

as 5 e 6 de maio de 2012, no Instituto João Pau-

lo II, em Toledo.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1133

RETIRO PARA CASAIS DECANATO CENTRO DIOCESE DE GUARAPUAVA

Aconteceu nos dias 23,24 e 25 de Setembro o 2º

Retiro anual para casais Ministrado pela Equipe

diocesana de retiros na Casa de Líderes Nossa

Senhora de Guadalupe, a equipe como já é de

costume conta com a assessoria de todas as

paróquias que compõe o decanato centro. Tivemos

a grata satisfação de estar recebendo 38 casais,

vindos de diversas situações de vivência.

Para dar assistência espiritual adequada aos

casais, acontece além de atendimento personaliza-

do, uma intensa espiritualidade por parte dos agen-

te de pastoral que 60 dias antes já rezavam o terço

diário pelo êxito do retiro também ao mesmo tem-

po que vão sendo desenvolvidos os trabalhos a

adoração ao Saníssimo sem ininterrupções.

Onde os agentes das diversas paróquias cum-

prem uma extensa escala com o objetivo de dar

suporte espiritual aos casais que buscam uma

nova oportunidade de felicidade e de retorno aos

Sacramentos, bem como agentes e membros de

nossas paróquias que ali também estavam com

o intuito de se auto afirmar na fé e perseverar na

caminhada pastoral, o que se percebe também

com os agentes envolvidos, as graças ali alcan-

çadas não se restringe somente aos casais parti-

cipantes mas também a cada agente que coopera

para o seu bom êxito.

Percebemos casais sendo abençoados, relembran-

do momentos, acertando suas diferenças, rezando

juntos, se emocionando, enfim vivenciando uma

renovação.

Neste retiro em especial contamos com a colabo-

ração de toda comunidade guarapuavana que

participou da Semana nacional da Família e levou

1 kg de alimento para o gesto concreto, de todo

alimento arrecadado que foram destinado a

diversas entidades beneficentes de nossa cidade

uma parte cerca de 250kg foram repassados a

equipe de agentes da Paróquia Santana a qual

ficou encarregada da preparação de toda alimenta-

ção servida durante o retiro, agradecemos todo

empenho da equipe, dedicação e carinho na exe-

cução desta tarefa, parabéns a esta grande equipe

que a Sagrada Família os ilumine sempre.

Damos Graças a Deus pelo bom êxito do retiro,

medimos este êxito pelo retorno de 90% dos casais

aos 3 encontros de pós-retiro que já aconteceram,

sendo encaminhados e incentivados para partici-

par ativamente das paróquias que os encaminhou

para enfim se tornar agente de Pastoral. Agrade-

cemos também a equipe de retiro pelo grande a-

mor que tem pela causa, que a Sagrada Família de

Nazaré seja eternamente íntima em suas famílias.

Page 14: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1144

OO hhóóssppeeddee

iinnqquuiieettaannttee Pe. Alfredo J. Gonçalves

Assessor das Pastorais Sociais Adital

Esse é o título de um livro do filósofo italia-no Umberto Galimberti, voltado especial-

mente para quem lida com a juventude. Na obra, o adjetivo inquietante tem a ver com o niilismo e com o filósofo Nietzsche, fazen-

do claras alusões à falta de referências do mundo contemporâneo. Sobressaem, entre outros "ismos”, o individualismo, o hedo-

nismo e o relativismo do que se convencio-nou chamar de sociedade pós-moderna.

Mergulhado em semelhante estado de

coisas, as pessoas em geral, ao invés de projetar sua vida, tendem a buscar respos-

tas imediatas para problemas pontuais. O planejamento lento e laborioso é facilmente substituído pelos remédios que o marketing

expõe em profusão de luzes, cores e ape-los. Como os analgésicos são muitos e mui-

to diversificados, e estão sempre à mão, poucos se dão ao trabalho de digerir o pró-prio fracasso ou sofrimento, dele tirando

novas lições. Mais fácil que ruminar a dor é correr à primeira farmácia da esquina!

Evidente que isso não ocorre somente com

a juventude. Esta apenas costuma ser mais vulnerável e mais espontânea às vibrações ocultas do momento. Uma espécie de ter-

mômetro da sociedade em que vivemos. Ou um violão cujas cordas são mais sensíveis à música da moda. De fato, os jovens são os

primeiros a "virar a mesa” para escancarar as debilidades, máscaras e hipocrisias de

um determinado tempo histórico. Normal-mente são também os primeiros a sair às ruas quando percebem "algo de podre no

reino da Dinamarca”, para usar a expressão de Shakespeare.

Os exemplos a esse respeito poderiam ser

multiplicados à exaustão. É o caso dos Beatles e, de modo particular, de John Lennon. Mas é também o caso da brasilei-

ríssima banda dos Mamonas Assassinas. É o caso dos movimentos juvenis de 1968, em especial na França, mas é também o caso

das multidões de "caras pintadas”, que con-tribuíram decisivamente para o impeche-mant do ex-presidente Fernando Collor.

O que marca a juventude atual, segundo Galimberti, é uma alfabetização díspar: de-

senvolvida precocemente em termos tecno-lógicos, informacionais e sexuais, por um lado, protelada no que se refere ao amadu-

recimento afetivo e emocional, por outro. Numa palavra, os jovens hoje costumam chegar simultaneamente muito cedo e mui-

to tarde. Muito cedo, quando se trata de um aprendizado técnico ou informático; muito tarde, quando está em jogo um pro-

jeto de longo prazo envolvendo a própria vida. É mais cômodo realizar experimentos provisórios e descartáveis do que firmar

compromissos definitivos. Daí a substitui-ção, em não poucos casos, do "namorar”

Page 15: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1155

pelo "ficar”, para citar um exemplo bem prático.

Namorar implica relacionamento profundo.

Exige mudanças de comportamento, que in-terpelam e questionam o cotidiano de cada um. Expõe o indivíduo ao confronto consigo

mesmo e com a alteridade. Exige o difícil aprendizado do perdoar e aceitar o perdão. Obriga a pensar o passado e o futuro, numa

perspectiva relacional. Já o ato de ficar se caracteriza por um momento de prazer pas-sageiro, que não deixa maiores conseqüên-

cias nem cria raízes mais fundas. Até o no-me e o endereço do outro/a podem ser

ignorados. No caso de não dar certo, é bem mais fácil romper do que um compromisso sólido.

Mas, vale insistir, esse comportamento entre os adolescentes e jovens põe a nu um descompromisso mais geral da sociedade

em que vivemos. Se as décadas anteriores foram fortemente marcadas pelo engaja-mento político, a luta pela justiça e o direi-

to, o bem-estar social, nos tempos atuais prevalece o bem-estar pessoal, o "estar numa boa”, o culto ao corpo e ao "eu” com

a proliferação de academias, a veneração das celebridades... Se é verdade que Che Guevara, por exemplo, permanece no ima-

ginário, nas tatuagens e nas camisetas de muitas pessoas, deixou de ser um convite à

ação sociopolítica para tornar-se um ícone quase sempre inconsequente.

Entre tantos autores, alguns alertam com

mais vigor para esse cenário de fixação so-bre a falta de grandes referências éticas e para o retorno ao prazer pessoal como últi-

ma referência. Zygmunt Bauman tem insis-tido com certa veemência sobre o rompi-mento do contrato social e das relações só-

lidas, que vão dando lugar a relacionamen-tos cada vez mais líquidos e temporários. Marc Augé, por sua vez, bate na tecla do

esquecimento do passado e do futuro, em vista de um presente eterno e consumista, prática comum dos impérios, incluindo nes-

te caso a tirania do mercado. Tirania é também o conceito que J.C.Guillebaud utili-za para enfatizar o prazer pelo prazer. En-

fim, dois livros de Gilles Lipovetsky, só pelo título, ilustram bem essa convergência da civilização ocidental para as novidades, o

consumismo exacerbado e o centralismo em si mesmo: o império do efêmero e a era do vazio.

O hóspede inquietante do filósofo Nietzsche incomoda por suas perguntas sem resposta, ou por sua enfermidade sem remédio. Num

mundo sem referência de ordem moral, prevalece a liberdade de fazer o que se

quer e o que se pode. O conceito de liber-dade como "fazer o que constrói ou o que contribui para criar ambientes felizes e fra-

ternos” entra em total esquecimento. E aqui, repetimos pela terceira vez, os jovens não passam de porta-vozes de uma espécie

de "mal estar da civilização” muito mais amplo e profundo (Freud). Como termôme-tro, o jovem mede a temperatura social,

cultural e política do momento.

Temperatura que se reflete de forma bem mais nociva, por exemplo, na corrupção his-

tórica, endêmica e estrutural da política brasileira. Raro o dia que o Planalto Central não produz alguma notícia que faz estarre-

cer os pobres mortais da planície. Desvio de recursos públicos, tráfico de influência, pre-

varicação, superfaturamento, salários exor-bitantes, toma lá dá cá, uso indevido do or-çamento – são algumas das práticas corri-

queiras dos representantes dos três poderes da União. Salvo raras e notáveis exceções, grande parte deles faz jus ao título da obra

de Raymundo Faoro "os donos do poder”. No palco da administração publica brasilei-ra, o hóspede inquietante do niilismo e do

relativismo dá margem ao sepultamento pu-ro e simples da "ética na política”. Em ter-mos mais gerais, o projeto de conquistar e

manter o poder, digamos com clássico Maquiavel, toma o lugar de um projeto de nação.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1166

44ºº RREETTIIRROO EESSPPIIRRIITTUUAALL PPAARRAA

CCAASSAAIISS EEMM 22ªª UUNNIIÃÃOO

EEMM AARRAAUUCCÁÁRRIIAA

Na cidade de Araucária, Diocese de São

José dos Pinhais, foi realizado o 4º retiro

espiritual para casais em 2ª união desta

diocese nos dias 22 e 23 de outubro na

Paróquia Nossa Senhora das Dores. Par-

ticiparam 14 casais em 2ª união vindos

das cidades de Araucária, Fazenda Rio

Grande, São José dos Pinhais, Contenda e

Mandirituba.

Estes casais tiveram todo o acolhimento

da Igreja através da equipe organizadora

composta da Comissão Diocesana de

Pastoral Familiar, do grupo de casais do

Bom Pastor de São José dos Pinhais e da

coordenação paroquial e seus casais

agentes de pastoral.

A alegria estampada nos rostos durante o

encontro e ao final do encontro foi a

marca predominante deste retiro onde os

casais realizaram uma experiência com

Deus sentindo o amor incondicional de

Deus e buscando sentido para a vida.

Estes casais serão agora acompanhados

por 5 casais pilotos cuja missão corres-

ponde a um chamado de Cristo para

servi-lo em uma tarefa de evangelização,

de formação de uma comunidade de dis-

cípulos, em uma estruturação de um gru-

po de seguidores que eram “como

ovelhas sem pastor.”

A vocação do Casal Piloto se concretiza,

portanto, pela possibilidade de ajudar

outros casais em sua vivência comunitá-

ria na fé e na espiritualidade, vinculadas a

família, a Igreja e ao mundo. Por Faustino e Maria Eloina

Page 17: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1177

SSEEMMAANNAA NNAACCIIOONNAALL DDAA VVIIDDAA MMOOVVIIMMEENNTTAA AA DDIIOOCCEESSEE DDEE SSÃÃOO JJOOSSÉÉ DDOOSS PPIINNHHAAIISS

EEVVEENNTTOOSS AABBRRIILLHHAANNTTAARRAAMM AASS CCOOMMEEMMOORRAAÇÇÕÕEESS DDAA SSEEMMAANNAA NNAACCIIOONNAALL

DDAA VVIIDDAA NNAA LLAAPPAA “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em a-

bundância...”

A famosa frase bíblica expressa a necessida-

de da valorização da vida em todos seus

estágios. Com isso, a Igreja do Brasil

celebrou a Semana Nacional da Vida, perío-

do destinado para a reflexão sobre o presente

mais valioso que Deus deu às pessoas: a vida

e, consequentemente, agir com ações

concretas e solidárias.

A Pastoral Familiar da Paróquia Santo

Antonio da Lapa organizou uma semana

com atividades intensas, que mobilizaram

várias pastorais e movimentos. Nos dias 1º e

2 de outubro aconteceram as missas de

abertura da Semana Nacional da Vida, na

cidade e no interior. Foram usados vários

símbolos da preservação da vida humana no

planeta (o globo terrestre, vaso com planta

frutífera, artigos produzidos com materiais

reciclados, a água, a Bíblia e o banner

preparado para a semana).

Na terça-feira, 4, dia de São Francisco de

Assis – protetor dos animais, a missa das

19h foi celebrada na Praça General Carneiro

e houve a benção dos animais de estimação.

Na quarta-feira dia 5, novamente a Praça

General Carneiro tornou-se o foco das

atenções da cidade, foram instaladas

barracas para a exposição dos trabalhos rea-

lizados por pastorais e entidades lapeanas

em prol da vida, além de apresentações

teatrais, musicais e artísticas nos intervalos

das novenas de Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro.

Certamente foi gratificante conhecer quem

trabalha pela vida na cidade. Foi possível

conferir os trabalhos manuais do Clube de

Mães, os produtos confeccionados com

material reciclável, as várias atividades

desenvolvidas pelos alunos da APAE, as

palestras e slides preparados pelo MCC

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1188

(Cursilho) sobre a importância da separação

correta do lixo e posterior destinação destes

materiais para a reciclagem; os estudantes

que se apresentaram e expuseram trabalhos

sobre a vida; a Igreja dos Menonitas divertiu

e informou de modo descontraído e dinâmi-

co; os brinquedos da Pastoral da Criança

também chamaram a atenção das crianças e

adolescentes que passaram pelo local; a

pastoral dos acólitos e coroinhas que manda-

ram seu recado e adoçaram o dia com um pi-

rulito; a pastoral da catequese que mandaram

a mensagem através da semente, que ao ser

plantada e cuidada produz vida; e assim fo-

ram todas as demais pastorais e instituições.

Na quinta e sexta-feira, foi a hora de visitar

as instituições levando uma mensagem de fé,

amor e esperança, motivando os profis-

sionais a continuar o trabalho maravilhoso

que desempenham de modo, muitas vezes,

silencioso, porém muito valioso. E a todos

os assistidos transmitir gestos de afeto e

solidariedade que muitas vezes está ausente

de seu dia-a-dia.

Finalizando a intensa programação no dia 08

de outubro - Dia do nascituro, durante a

tarde, o TLC organizou a Marcha pela Vida,

com o objetivo de conscientizar de que Deus

nos deu a vida e que deve-se zelar por ela e

pela vida daqueles que ainda virão. Com

cartazes, balões, muita música e animação o

grupo percorreu 2,8 Km. Mesmo com chuva

perseveraram e concluíram o percurso, afinal

a água é símbolo da vida! E às 19h, na Igreja

Matriz, aconteceu a missa do dia do nascitu-

ro com benção das gestantes, que receberam

uma lembrança preparada carinhosamente

para seus filhos. Durante a celebração foi

ressaltado o crime que é o aborto, assim

como todas as formas de acabar com a vida e

em agradecimento pelo Sim da Vida, a

Pastoral dos acólitos e coroinhas organiza-

ram uma linda Coroação a Nossa Senhora,

que emocionou a todos.

Assim a Semana Nacional da Vida de 2011

chegou ao fim com êxito e muita

gratificação. A Pastoral Familiar agradece a

todos que ajudaram e, fizeram acontecer o

momento forte de oração e ação na cidade!

Porém, lembre-se, é preciso valorizar a vida

durante os 365 dias do ano!

Um pequeno gesto pode significar um

grande processo para a humanidade! Se cada

um fizer a sua parte, certamente se terá um

planeta com muito mais vida. Preserve a

natureza, separe o material reciclado, ajude o

seu próximo, diga não a morte e SIM para a

VIDA! Por Sirlei Dalberto

AATTOO PPÚÚBBLLIICCOO EEMM DDEEFFEESSAA DDAA VVIIDDAA EEMM SSÃÃOO JJOOSSÉÉ DDOOSS PPIINNHHAAIISS

Em São José dos Pinhais também houve

atividades em defesa da vida. No dia 8 de

outubro celebramos o dia do nascituro que é

uma grande oportunidade para reafirmarmos

o valor e a beleza desse dom precioso que

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1199

recebemos de Deus. Diante de tantos ataques

que a vida vem sofrendo em nossos dias, é

missão do cristão e da Igreja reafirmar sua

importância inestimável e inegociável. A

Comissão Diocesana de Pastoral Familiar da

diocese de São José dos Pinhais incentivou

as paróquias a promoverem iniciativas

durante a Semana Nacional da Vida. No dia

8 de outubro foi realizado um ato público em

defesa da vida em frente a Catedral de São

José .

O Assessor Eclesiástico da Pastoral

Familiar, Diác. Lourival Goll fez um

pronunciamento afirmando que a Igreja

declara o respeito incondicional do direito à

vida de toda pessoa - desde a sua concepção

até a morte natural - sendo um dos pilares

sobre o qual se assenta toda a sociedade e

um Estado verdadeiramente humano.

Defender este direito primário e fundamental

à vida humana é um dever de Estado. Foi

feita também uma reflexão sobre a vida

humana no planeta que nos alertou para a

necessidade de sermos éticos e comprometi-

dos com a vida humana e toda a manifesta-

ção de vida existente no planeta. Na celebra-

ção da vida reconhecemos que a relação com

Deus exige que se considere a vida do

homem como sagrada e inviolável. O grupo

de jovens EJA da família EPC (Encontro de

Pais com Cristo) participou ativamente deste

ato distribuindo 1.500 panfletos no calçadão

da rua quinze de novembro conscientizando

a população de São José dos Pinhais contra a

legalização do aborto que afeta o projeto da

criação e o respeito à nova vida.

Por Faustino e Maria Eloina

QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA

OOrraaççããoo ddaa CCFF 22001122

Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos

louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os so-

fredores, sobre eles derramou a esperança de

vida em plenitude.

Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a

vossa Igreja, para que ela, pela conversão se

faça sempre mais, solidária às dores e enfermi-dades do povo, e que a saúde se difunda sobre

a terra. Amém.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 2200

CCoonnggrreessssoo ddee ppllaanneejjaammeennttoo ffaammiilliiaarr

ddiissccuuttee aa ééttiiccaa nnaa sseexxuuaalliiddaaddee

“A nossa Igreja é chamada a ser santa”, iniciou

Dom Sergio da Rocha, arcebispo metropolitano

de Brasília, na missa de abertura do II Congres-

so Nacional de Planejamento Natural Familiar.

No dia dedicado a São Judas Tadeu, o arcebispo

destacou o testemunho dos santos para os cris-

tãos na atualidade. “Precisamos ser santos nos

diversos ambientes que frequentamos: família,

escola, comunidades e também na vivência da

sexualidade e afetividade”.

Nesta edição, o Congresso tem como te-

ma Construir a Família: por amor, com amor e

para o amor! Além de aprofundar a interação do

trabalho pastoral no campo familiar, o objetivo

do evento é fazer com que o amor conjugal e a

vivência sadia da sexualidade sejam, de fato,

compreendidos e seguidos segundo os planos de

Deus. “Aqui vamos refletir a respeito da trans-

missão responsável da vida. Precisamos teste-

munhar com firmeza os valores da Igreja, prin-

cipalmente os relacionados ao matrimônio. Não

podemos desanimar”, declarou Dom Sergio.

Sexualidade e Teologia

A primeira palestra do evento, também presidida

por Dom Sergio, abordou a questão antropológi-

ca e bíblica da sexualidade. O reconhecimento

da dignidade da pessoa humana e de uma ética

na sexualidade foram constantemente sublinha-

das pelo arcebispo. "A dignidade precisa ser

respeitada, pois é dom do Criador", disse. Esse

pensamento tem como base a imagem e seme-

lhança do homem (criatura) perante Deus (cria-

dor). A partir daí pode-se afirmar que a sexuali-

dade não pode ser reduzida ou desprezada na to-

talidade do ser.

Mesmo com as experiências traumáticas viven-

ciadas neste campo, homem e mulher têm a gra-

ça integral da remissão dos pecados. As más ex-

periências na sexualidade, quando superadas,

desembocam em um amadurecimento que visa

ações responsáveis no futuro. Para essa vivência

responsável, Dom Sergio chamou a atenção para

três pontos importantes: a sexualidade como

dom de Deus, a sexualidade ligada à fecundida-

de e a sexualidade como expressão de afeto en-

tre homem e mu-

lher. O primeiro

ponto se refere à

criação do ho-

mem e da mulher

- "Deus viu que

tudo era muito

bom" (Gên 1,31).

O segundo asse-

gura que os fi-

lhos devem ser a-

acolhidos como

graça de Deus -

"Sede fecundos"

(Gên 9,1). Já o

terceiro aborda a importância da unidade do ca-

sal - "Já não são mais do que uma só carne"

(Gên 2,24).

Para Dom Sergio, "é preciso uma orientação pa-

ra a vivência correta da sexualidade, pois há

uma grande tendência de que façamos da vida

pessoal e conjugal um vale tudo, sem referencias

éticas", concluiu.

Page 21: Boletim da Pastoral Familiar - nov 2011

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 2211

Pastoral de Conjunto define ações em

favor das famílias Por Luiz Carlos Bittencourt

A Diocese de Palmas-Francisco Beltrão vive um

momento histórico na evangelização das famí-

lias com a implantação da Pastoral de Conjunto.

A definição ocorreu na Assembleia Diocesana

da Pastoral Familiar nos dias 29 e 30 de outubro,

na Casa de Formação Divino Mestre, em Fran-

cisco Beltrão. A organização aconteceu sob a

responsabilidade da equipe diocesana da Pasto-

ral Familiar. Teve a presença de representantes

das paróquias e as coordenações do Movimento

de Lareira, Movimento de Cursilho, Jornada

Jovem, Pastoral da Aids, Pastoral da Criança e

Renovação Carismática Católica.

Presentes o Bispo Dom José Antonio Peruzzo,

Pe. Geraldo Macagnan (Coordenador da Ação

Evangelizadora na Diocese), Pe. Valdecir

Bressani (Assessor Diocesano da Pastoral

Familiar), Pe. Afonso (Pároco de Sulina e

Saudades do Iguaçu), Ir. Soeli Olga Carline

(Assessora Diocesana da Pastoral Familiar).

A Assembleia iniciou com a palestra do Pe.

Valdecir Bressani abordando "A família a partir

do Documento de Aparecida" e Dom José sobre

a fundamentação bíblica a partir do subsídio

diocesano (Julgar). Realizados trabalhos em

grupos para a reflexão das iniciativas existentes

e ações que serão realizadas na diocese.

Foram definidas atividades para a evangelização

com as famílias através da Pastoral de Conjunto

em âmbito diocesano para 2012: Congresso da

Família, em 21 de outubro, formação para

palestrantes para trabalhar com casais em se-

gunda união, em 28 e 29 de julho, formação para

agentes da Pastoral Familiar, 18, 19 de fevereiro

e ainda encontros de reflexão com as equipes de

cursos de noivos de todas as paróquias.