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O Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul II é uma bela e necessária iniciativa que faz muito bem à família e aos leitores. Estão aqui regis- trados grandes acontecimentos relativos à Pastoral Familiar e bons artigos teológicos e culturais. Celebramos neste tempo a Ascensão do Senhor, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Dia das Comunicações Sociais, a Festa de Pentecostes e da Santís- sima Trindade. Como é rica nossa Igreja no seu credo, ce- lebrações e pastoral. Tudo isso nos leva a amar cada vez mais a Igreja que Cristo conquistou com seu sangue. A Igreja e o mundo são chamados a ser uma gran- de família. Por isso, a Pastoral Familiar é uma Pastoral Orgânica e Transversal. Quem investe na família, está in- vestindo positivamente em todas as realidades sociais. Na verdade, a escola, o hospital, a prisão, a catequese, a im- prensa, as comunidades precisam da família. Quanto mais houver articulação entre as pastorais, tanto mais podemos contribuir para o crescimento humano e a evangelização, a partir da família. Família, Trabalho e Festaé o grande tema do VII Encontro Mundial das Famílias em Milão. Desde já vamos rezando pelo “Pentecostes de Milão” e aprofundando en- tre nós o tema central que é muito rico e oportuno. Tudo que fizermos pela família ainda é pouco. Precisamos, pois fortalecer o “Setor Família” nas paróquias e dioceses, abrangendo pastorais e movimentos. Os desafios são grandes, como por exemplo, os casais em situação irregu- lar, a evangelização dos namorados, o atendimento às pessoas viúvas, a implantação de “plantão familiar”, a preparação de agentes e principalmente a criação de uma “Associação das Famílias”. Com fé, coragem e criatividade haveremos de colher frutos que permaneçam. Viva a famí- lia! Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina da, mais de 120 mil pessoas 20 Regional Sul 2 no Simpósio e Peregrinação em imagens 21 Decanato Pinhão na Peregri- nação Nacional CNBB REGIONAL SUL II BOLETIM ON LINE MAIO DE 2012 E E D D I I T T O O R R I I A A L L Leia nesta edição

Boletim da Pastoral Familiar - Regional Sul II - maio-2012

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Boletim da Pastoral Familiar - Regional Sul II - maio de 2012

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Page 1: Boletim da Pastoral Familiar - Regional Sul II - maio-2012

O Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul II é uma bela e necessária iniciativa que faz muito bem à família e aos leitores. Estão aqui regis-trados grandes acontecimentos relativos à Pastoral Familiar e

bons artigos teológicos e culturais.

Celebramos neste tempo a Ascensão do Senhor, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Dia das Comunicações Sociais, a Festa de Pentecostes e da Santís-sima Trindade. Como é rica nossa Igreja no seu credo, ce-lebrações e pastoral. Tudo isso nos leva a amar cada vez mais a Igreja que Cristo conquistou com seu sangue.

A Igreja e o mundo são chamados a ser uma gran-de família. Por isso, a Pastoral Familiar é uma Pastoral Orgânica e Transversal. Quem investe na família, está in-vestindo positivamente em todas as realidades sociais. Na verdade, a escola, o hospital, a prisão, a catequese, a im-prensa, as comunidades precisam da família. Quanto mais houver articulação entre as pastorais, tanto mais podemos contribuir para o crescimento humano e a evangelização, a partir da família.

“Família, Trabalho e Festa” é o grande tema do VII Encontro Mundial das Famílias em Milão. Desde já vamos rezando pelo “Pentecostes de Milão” e aprofundando en-tre nós o tema central que é muito rico e oportuno. Tudo que fizermos pela família ainda é pouco. Precisamos, pois fortalecer o “Setor Família” nas paróquias e dioceses, abrangendo pastorais e movimentos. Os desafios são grandes, como por exemplo, os casais em situação irregu-lar, a evangelização dos namorados, o atendimento às pessoas viúvas, a implantação de “plantão familiar”, a preparação de agentes e principalmente a criação de uma “Associação das Famílias”. Com fé, coragem e criatividade haveremos de colher frutos que permaneçam. Viva a famí-lia!

Dom Orlando Brandes

Arcebispo de Londrina

02 Encontro do Setor Família –

em imagens

03 Pastoral Familiar – Ativida-

des 2012 – Atualização

04 Formação e Espiritualidade

– 5 – Cronologia das Perse-

guições

07 Da Familiaris Consortio a

nossos dias (III) última parte

11 O presbítero na implantação

do Setor Casos Especiais

13 Dia Internacional da Família

(15 de maio) show com An-

tonio Cardoso (Campo Mou-

rão) e Artigo sobre Santa

Gianna Beretta Molla

15 Pastoral Familiar realizou

retiro com casais em segun-

da união em Pal-

mas/Francisco Beltrão

16 Diocese de São José dos Pi-

nhais promove curso inten-

sivo do INAPAF

17 2º Simpósio Nacional da

Família destacou o trabalho

e a vida familiar

19 Peregrinação Nacional das

Famílias reúne, em Apareci-

da, mais de 120 mil pessoas

20 Regional Sul 2 no Simpósio

e Peregrinação em imagens

21 Decanato Pinhão na Peregri-

nação Nacional

CCNNBBBB –– RREEGGIIOONNAALL SSUULL IIII – BOLETIM ON LINE – MMAAIIOO DDEE 22001122

EEDDIITTOORRIIAALL Leia nesta edição

Page 2: Boletim da Pastoral Familiar - Regional Sul II - maio-2012

MMAAIIOO DDEE 22001122

Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 22

BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall

FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB

RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600

CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122

DDoomm OOrrllaannddoo BBrraannddeess AArrcceebbiissppoo ddee LLoonnddrriinnaa -- PPRR

RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall

EE--mmaaiill:: ddoo..bbrraannddeess@@uuooll..ccoomm..bbrr

DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall

EE--mmaaiill:: jjcckkrruumm@@yyaahhoooo..ccoomm..bbrr

EEnnccoonnttrroo ddoo SSeettoorr FFaammíílliiaa eemm

iimmaaggeennss Mais fotos do Encontro de Formação do Setor Família, realizado em Cascavel nos dias 03 e 04 de março (cf. Boletim de Abril de 2012, p.19).

Colaboração: Elizete Lorenzi

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 33

PPAASSTTOORRAALL FFAAMMIILLIIAARR AAttiivviiddaaddeess 22001122 –– AAttuuaalliizzaaççããoo

Mês Data Evento Local/Responsabilidade

FEV 22 Abertura da CF-2012 Paróquias e Dioceses

MAR 03 e 04 Reunião – Coordenação da CRPF Curitiba - PR

ABR

06 Sexta-Feira Santa Paróquias e Dioceses

08 Páscoa Paróquias e Diocese

28 2º Simpósio Nacional da Família Aparecida – SP

29 4ª Peregrinação Nacional da Família Aparecida - SP

MAI

01 Dia do Trabalho Paróquias e Dioceses

05 e 06 Reunião – Coordenação da CRPF Toledo – PR

15 Dia Internacional da Família Paróquias e Dioceses

27 Pentecostes Paróquias e Dioceses

31 VII Encontro Mundial das Famílias Milão - Itália

JUN 01 a 03 VII Encontro Mundial das Famílias Milão – Itália

07 Corpus Christi Paróquias e Dioceses

JUL 06 a 08 9º Encontro Nacional da Pastoral Familiar Brasília - DF

AGO

04 e 05 Reunião – Coordenação da CRPF Maringá - PR

05 Dia das Vocações sacerdotais Paróquias e Dioceses

12 Dia dos Pais Paróquias e Dioceses

12 a 18 Semana Nacional da Família Paróquias e Dioceses

19 Dia das vocações Religiosas Paróquias e Dioceses

26 Dia do catequista – Dia das vocações leigas Paróquias e Dioceses

SET 01 e 02 4º Congresso Regional da Pastoral Familiar Francisco Beltrão - PR

OUT 01 a 07 Semana Nacional da Vida Paróquias e Dioceses

08 Dia do Nascituro Paróquias e Dioceses

NOV

09 a 11 36ª Assembleia Nacional da Pastoral Familiar São Paulo - SP

10 a 11 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina - PR

12 a 14 1º Encontro dos Assessores Regionais PFAM São Paulo - SP

DEZ 30 Festa da Sagrada Família Paróquias e Dioceses

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 44

CRONOLOGIA DAS PERSEGUIÇÕES

PPRRIIMMEEIIRROO PPEERRÍÍOODDOO ((SSÉÉCCUULLOOSS II--IIII))

AA AAVVEERRSSÃÃOO DDAA OOPPIINNIIÃÃOO PPÚÚBBLLIICCAA

A aversão da opinião pública exerceu um papel

preponderante (fidelidade à velha religião romana);

nenhum edito imperial foi publicado contra os

cristãos; manteve-se substancialmente as diretrizes

de Trajano (Não se busca os cristãos, mas quem for

denunciado deve abandonar a fé sob pena de

morte); o Estado romano não tomava a iniciativa: o

magistrado acolhia a denúncia de um delator

privado; o processo não objetivava estabelecer a

existência do delito para punir o cristão, mas

persuadi-lo à renúncia da fé, usando para isto desde

o diálogo até a tortura. Característica fundamental:

esporadicidade.

NNeerroo ((5544--6688)) – segundo Tácito (Annales XV, c.44),

Nero, para desviar a acusação de ter incendiado

Roma em 19 de julho de 64, prendeu os membros

mais conhecidos das comunidades cristãs e, pelos

indícios fornecidos por eles, prendeu uma grande

multidão, que foi condenada não como incendiária,

mas devido ao ódio pelo gênero humano;

execuçôes nos jardins do Vaticano. Perseguição

restrita a Roma, mas que confirmou oficial e

estavelmente a hostilidade da opinião pública e

determinou a praxe seguinte (a nova religião não é

permitida. A perseguição de Nero acontece entre os

ano 64 e 68. Mártires do período São Pedro e São

Paulo.

DDoommiicciiaannoo ((8811--9966)) – oposição política dos nobres

e intelectuais; condenações por impiedade.

Perseguição em Roma – aristocracia e membros da

família imperial (Flávio Clemente, cônsul em 95,

foi condenado por ateísmo,e Flávia Domitila, sua

mulher, doi deportada) – e províncias orientais – na

Ásia Menor atingiu as igrejas da Lídia e da Frígia, e

na Palestina visava ao messianismo judaico.

Domiciano deu a si mesmo o título Dominus et

Deus (Senhor e Deus). E determinou que quem não

prestasse culto a ele seria levado à morte. Foi um

dos grandes perseguidores do cristianismo. É nesse

período que é escrito o Livro do Apocalipse.

TTrraajjaannoo ((9988--111177)) – carta do procônsul do Ponto-

Bitínia, Plinio, o Jovem (112): descrição da situação

da Bitínia: condenou à morte alguns que não

quiseram sacrificar, mas soltou a maioria; não

descobriu nenhuma monstruosidade nos cristãos,

mas apenas uma superstição irracional e sem

medida; pergunta: deve-se punir o nome cristão?

Resposta: Imperatoria brevitas: impossibilidade de

se estabelecer uma norma universal; não procurar

os cristãos, mas seguir o processo regular; não

considerar as denúnicas anônimas. Rescrito

confirmado por Adriano em 128, em resposta ao

procônsul da Ásia, Minúcio Fundano: a autoridade

não deve ser sobrepujada pela pressão popular, mas

seguir o processo regular. O princípio de Trajano

norteou os outros imperadores.

MMaarrccoo AAuurréélliioo ((116611--118800)) – calamidade e peste

(167); primeiras invasões germânicas; a multidão

procurava as ímpios que provocaram a cólera dos

deuses; recrudescimento das perseguições. Rescrito

de 167; exílio aos nobres e morte aos plebeus que

perturbam a paz introduzindo novos cultos.

Inflexibilidade e desprezo ao cristianismo. No

período acontece o martírio de São Justino.

SSEEGGUUNNDDOO PPEERRÍÍOODDOO ((SSÉÉCCUULLOOSS IIIIII –– IINNÍÍCCIIOO

DDOO IIVV)) -- OO FFAATTOORR PPOOLLÍÍTTIICCOO

O fator político tornou-se preponderante; o

refinamento da técnica visava afastar o perigo

cristão; a iniciativa partiu dos imperadores, com leis

que golpeavam categorias de cristãos ou toda a

Igreja.

FFoorrmmaaççããoo && EEssppiirriittuuaalliiddaaddee

- 5 -

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 55

SSeeppttmmiinniioo SSeevveerroo ((119933--221111)) – desordens

populares; influência dos intelectuais (Celso);

recrudescência do movimento apocalíptico e

rigorismo; pretensões estatais (defesa e familia).

Proibição do proselitismo ao judaísmo e ao

cristianismo. Perseguição que atingiu os neófitos e

catecúmenos. Determinou que não houvesse

catequistas nem catecúmenos (política de

repressão). Mártires do período Santa Perpétua e

Santa Felicidade e Clemente de Alexandria.

IImmppeerraaddoorreess ssíírriiooss ((221111--223355)) – por certo

sincretismo na corte imperial, houve até simpatia

pelo cristianismo.

MMaaxxiimmiinnoo TTrráácciioo ((223355--223388)) – perseguição aos

chefes da Igreja; ordem de matar os bispos, como

responsáveis pela pregação evangélica.

DDéécciioo ((224499--225511)) – militar enérgico e pouco culto

que tentou uma política de restauração das antigas

tradições contra os perigos do império (bárbaros,

tendências orientalizantes causadoras da

imoralidade difusa, e os cristãos). Perseguição geral

e sistemática: obrigação de prestar um ato de culto

pagão, num dia determinado e perante uma

comissão, que emitia certificados (libellus). Os

apóstatas: os thurificati ou sacrificati ofereceram

um verdadeiro sacrifício, os libellatici compraram o

certificado. Período em que acontece o martírio de

Santa Águeda.

VVaalleerriiaannoo ((225533--226600)) – dificuldades econômicas.

Edito de 257: os bispos e sacerdotes deveriam

sacrificar, sob pena de exílio; proibição de visitas

aos cemitérios e de reuniões cultuais, sob pena de

morte. Edito de 258: suplício imediato aos bispos

renitentes; confisco de bens, trabalhos forçados e,

em caso extremo, a morte às demais categorias.

Neste período acontece o martírio de São Lourenço,

cuja data é celebrada em 10 de agosto.

GGaalliieennoo ((226600--226677)) – filho de Valeriano, restituiu

aos cristãos os cemitérios e locais de culto

confiscados. Tal medida equivalia a um verdadeiro

edito de tolerância.

DDiioocclleecciiaannoo ((228844--330055)) – quatro editos em 303:

obrigatoriedade do sacrifício, sob pena de morte;

confisco dos cemitérios; os sacerdotes deveriam

entregar as Escrituras Sacras; destruição de igrejas.

Tais editos vigoraram até 311; a fase crucial

ocorreu entre 303-305. Perseguição violenta,

especialmente no oriente, mas que não encontrou

apoio da multidão. Diocleciano foi o mais feroz

perseguidor dos cristãos. No período sofreram o

martírio Santa Luzia e Santa Inês.

GGaalléérriioo ((330055--331111)) – edito de tolerância (311, na

Nicomédia): reconhecimento explícito da falência

das perseguições; liberdade de culto aos cristãos,

mas sem restituição de seus bens.

OS PAPAS DO TEMPO DA PERSEGUIÇÃO

São estes os Papas que governaram a Igreja desde a

ascensão de Jesus ao céu até a conversão do

Imperador Constantino. Período Nome Descrição

Até 67 Pedro crucificado no governo de Nero

67-76 Lino decapitado pelo cônsul Saturnino

77-88 Anacleto morto no governo de Domiciano

89-98 Clemente morreu exilado no governo de Trajano

98-105 Evaristo morto no governo de Trajano

106-115 Alexandre I degolado no governo de Trajano

116-125 Sisto I morto no governo de Adriano

125-136 Telésforo morto no governo de Adriano

137-140 Higino não se sabe como morreu

141-155 Pio I não se sabe como morreu

156-166 Aniceto morto no governo de Marco Aurélio

167-174 Sótero morto no governo de Marco Aurélio

175-189 Eleutério morto no governo de Marco Aurélio

189-199 Vitor I morto no governo de Septímio Severo

199-217 Zeferino morto no governo de Septímio Severo

217-222 Calisto I atirado a um poço

222-230 Urbano I morto no governo de Alexandre Severo

230-235 Ponciano deportado para a Sardenha

235-236 Antero morto no governo de Maximino

236-250 Fabiano morto no governo de Décio

251-252 Cornélio deportado para Centuncellae

253-254 Lúcio I não se sabe como morreu

254-257 Estêvão I degolado no governo de Valeriano

257-258 Sisto II decapitado no governo de Valeriano

259-268 Dionísio morte natural, governo de Galieno

269-274 Feliz I morte natural

275-283 Eutiquiano morte natural

283-296 Caio não se sabe como morreu

296-304 Marcelino morto no governo de Diocleciano

307-309 Marcelo I morte no governo de Diocleciano

309-310 Eusébio provavelmente martirizado

311-314 Melcíades morte natural

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 66

FFIIMM DDAASS PPEERRSSEEGGUUIIÇÇÕÕEESS

As perseguições termnaram com o Edito de Milão

por Constantino, mas já em 311 há um Edito de

Tolerância pelo Imperador Galério.

Fazendo-se um balanço das perseguições, podemos

encontrar aspectos negativos e aspectos positivos.

Os aspectos negativos foram dois:

1) Tolheu, cortou, dificultou a difusão do

cristianismo;

2) As pessoas que renunciaram à fé (apóstatas).

Já os aspectos positivos foram quatro:

1) Mártires na Igreja (aquele que morre

professando e defendendo a fé);

2) Apesar das perseguições aumentava a força

dos cristãos;

3) Grande número de conversões;

4) Criou-se a mentalidade de que o martírio é o

grande ideal de santidade. (santo = mártir).

Fica ainda a questão de quantos foram perseguidos.

Os historiadores vão a dois extremos. Mas, o

consenso diz que foi em torno de 100.000 cristãos.

AAppóóssttoollooss – Doze que Jesus escolhe para serem

enviados em missão.

DDiissccííppuullooss – Os seguidores, doze e os seguidores.

PPaaddrreess aappoossttóólliiccooss – seguidores, continuadores,

sucessores dos apóstolos. Ex.; São Policarpo,

Clemente Romano, Inácio de Antioquia, Pápias

(primeira pessoa que fez dos quatro evangelhos um

evangelho só).

PPaaddrreess aappoollooggeettaass – (Apologistas) – tem um

momento histórico entre 100 e 200 d.C.. Qual o

papel deles:

1) Defender os cristãos das acusações que

recebiam tanto do Império Romano como

dos judeus;

2) Defender a doutrina cristã diantes das

primeiras heresias que estavam aparecendo

(judaizantes, gnosticismo, montanismo etc);

3) Lançar a semente da teologia (começa a

aparecer uma teologia embrionária, com seus

primeiros tratados como Cristologia,

Trindade, Espírito Santo.

OOss PPaaddrreess ddaa IIggrreejjaa –– PPaattrrííssttiiccaa – (estudar os

santos padres – sua vida e sua obra). Santo

Atanásio, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São

Basílio Magno, São Jerônimo.

DDiiddaaqquuéé

Primeiro Livro de Teologia escrito pelos primeiros

cristãos. Por volta do ano 90 d.C.. Dentro do

período da formação do NT.

Didaqué – palavra grega que significa ensino,

ensinamento, instrução, catequese. Está dividida em

três partes:

1ª Parte – Trata de questões éticas e morais (1 – 6).

Desenvolve o tema chamado dois caminhos: o do

bem e o do mal.

2ª Parte – Trata do aspecto litúrgico – já

mencionam aqui as celebrações do sacramento do

batismo, da eucaristia, do jejum e oração. Duas

observação são necessárias: a) A eucaristia era

celebrada dentro de uma refeição comum. Quem

podia participar dessa celebração eram os

batizados; b) Este documento (didaqué) apresenta

estes elementos da vida cristã: 1) Batismo; 2)

Eucaristia; 3) Jejum e 4) Oração (7 – 10).

3ª Parte – Apresenta algo sobre a disciplina ou

conduta sobre os missionários.

Qual é a importância da didaqué?

1) Ela descreve a vida cotidiana dos primeiros

cristãos. É um testemunho vivo dos primeiros

cristãos;

2) Aqui nós temos já a primeira atualização ou

hermenêutica (interpretação) bíblica. É interpretada,

atualizada.

3) Encontramos aqui os primeiros vestígios da

celebração de três sacramentos: batismo, eucaristia

e confissão ou penitência;

4) Que imagem da Igreja aparecer? Uma Igreja de

missionários itinerantes. Uma Igreja missionária.

CCaarrttaa aa DDiiooggnneettoo

Não sabemos o autor, nem quando foi escrita, nem

o lugar. (Séc. I) A carta a Diogneto é um breve

documentário da antiguidade cristã, cujo autor, data

e origem constituem ainda objeto de vivas

discussões. Seu conteúdo, porém, é analisado em

numerosos estudos. Dedicado a um ilustre

personagem pagão, Diogneto, este documento de

12 capítulos, mais uma exortação final, se situa

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 77

entre as mais belas apologias do cristianismo face

ao judaísmo e ao paganismo. O cristianismo é

descrito numa linha de inserção no mundo secular,

onde o cristão é um entre os demais, construindo o

mundo, sem ser do mundo. A imagem que

apresenta do cristão é sublime e especialmente

válida em nossos dias.

PPaaddrreess AAppoollooggeettaass – Qual a sua importância. A

primeira é a passagem dos padres apostólicos para

apologetas (100 200 d.C.) Fazer a ponte ou

passagem do período dos padres apostólicos para os

apologetas. Ele começam a enfrentar algumas

heresias. Heresia – significa afirmar uma doutrina

contrária ao cristianismo. Todas elas são heresias

no campo da cristologia (sobre as duas naturezas de

Cristo). Como juntar as duas naturezas? Como

entender que Jesus era humano e ao mesmo tempo

divino? Cisma – divisão, rompimento. O primeiro

Cisma da Igreja aconteceu em 1054 entre a Igreja

do Oriente e do Ocidente. Embora alguns digam

que o primeiro Cisma teria ocorrido entre o

Judaísmo e o Cristianismo. O 2º cisma é o de

Lutero em 1519 (Séc. XVI) com a publicação das

90 teses com a Igreja de Roma. E a partir de Lutero

– as Igrejas históricas – Anglicana, Metodista,

Batista, Presbiteriana. Um cisma na idade média e

um na idade moderna. Apostasia – é deixar a fé ou

negar a fé. A segunda importância – eles começam

a elaborar os primeiros trabalhos.

de Teologia. É uma teologia embrionária. Não são

grande tratados. E os assuntos são sobre o Espírito

Santo, Maria e a Trindade.

Da exortação apostólica Familiaris Consortio

a nossos dias ( III ) O aprofundamento teológico e pastoral do matrimônio

e da família segundo o Magistério

BB)) BBeennttoo XXVVII

Durante esses seis últimos anos, o Papa Bento

XVI dedicou numerosas intervenções públicas à

questão do amor e da instituição familiar. Claro,

o conjunto desses textos se insere numa perfeita

continuidade com o Magistério de João Paulo II,

e seria uma tentativa artificial querer salientar, a

todo custo, diferenças hipotéticas entre as duas

abordagens. Contudo, existem pontos de insis-

tências peculiares a cada uma destas. Grosso

modo, nota-se em João Paulo II, filósofo e mo-

ralista, uma ampla reflexão sobre a natureza do

homem, suas aspirações pessoais ao amor, sobre

a diferenciação sexual, sobre o desejo humano e

a estrutura da sexualidade, sobre o mistério da

mulher e sua dignidade, sobre a paternidade e a

maternidade. O conjunto é estudado numa pers-

pectiva que valoriza, como já ressaltamos, o de-

sígnio do Criador. A grandeza do consilium Dei,

retomando sua expressão, é contemplado em

seus dinamismos mais profundos e nas finalida-

des mais escondidas da natureza humana. A a-

bordagem antropológica é o meio de desvendar

a vontade divina para o homem. A moral é a or-

denação dos meios que o homem é chamado a

utilizar, para responder sua vocação à comu-

nhão. Existe uma verdade do amor, à qual o ho-

mem e a mulher se submetem, encontrando, nes-

ta submissão, a chave da felicidade que buscam.

Para Bento XVI, o mistério do amor nos revela

algo do amor de Deus. Sua abordagem, por con-

sequência, é mais imediatamente teológica, e até

contemplativa. Escolheremos dois textos que

nos parecem exemplificar essa observação e re-

vestir-se de uma importância maior.

Page 8: Boletim da Pastoral Familiar - Regional Sul II - maio-2012

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 88

DDeeuuss ccaarriittaass eesstt

A primeira encíclica do pontificado não tem a

intenção de adentrar o amor humano, mas a ca-

ridade divina. Contudo, nenhum observador dei-

xou de destacar a amplitude da reflexão sobre a

clássica dialética entre eros e ágape, nos primei-

ros números do texto. O objetivo desta explana-

ção não é aprofundar o amor conjugal e familiar,

mas esclarecer melhor o amor de Deus, nos dois

sentidos do termo: o amor que Deus tem pelo

homem e o amor que o homem tem por Deus. O

amor entre o homem e a mulher aparece como o

arquétipo do amor por excelência1. A retomada

do termo clássico Eros parece substituir-se à ex-

pressão experiência amorosa, analisada com

tanta freqüência nas Catequeses de João Paulo

II. Sem ser perfeitamente idênticas, eros e expe-

riência do amor se sobrepõem, pois que, real-

mente, encontra-se uma experiência concreta na

origem de todo amor. Ao amor entre o homem e

a mulher, que não nasce do pensamento, mas,

por assim dizer, impõe-se ao ser humano, a

Grécia Antiga denominara eros2. Na visão de

Bento XVI, o eros só é compreendido, quando é

plenamente realizada a união entre corpo e espí-

rito. Aos olhos do Pontífice, existe uma verda-

deira maturação do Eros, que ele denomina pu-

rificação. João Paulo II utilizava o termo mais

técnico de integração dos dinamismos corporais

aos dinamismos espirituais. Quando esta unifi-

cação é bem-sucedida, harmoniosa, o espírito e a

matéria recebem dela, segundo os termos do Pa-

pa, uma nobreza nova. Atrevemo-nos a dizer

que tal afirmação é revolucionária, numa forma

extremamente sutil: longe de diminuir a quali-

dade do amor, eros pretende elevar-nos em êxta-

se, até o Divino3.

Na realidade, eros e ágape não podem jamais

ser dissociados. Isto é verdadeiro para o homem,

porque também é verdadeiro para Deus. O amor

de Yahvé pelo Povo eleito é inteiramente eros e

ágape, assim como o é o amor de Cristo pelos

homens. Desta forma, existe uma implicação

dupla: O matrimônio fundado sobre um amor

1 BENOIT XVI, Lettre encycl. Deus Caritas Est (25 décembre 2005), 2

2 Id., Deus Caritas Est, 5.

3 Ibid.

exclusivo e definitivo torna-se o ícone da rela-

ção de Deus com seu povo e vice-versa: a ma-

neira pela qual Deus ama torna-se a medida do

amor humano. Para concluirmos neste ponto,

podemos dizer que a encíclica Deus Caritas Est

oferece uma importante chave de leitura para

decifrar-se o desígnio de Deus sobre o amor

humano, mesmo se essa não é a intenção do tex-

to. Quando recebeu os participantes no Congres-

so sobre a herança de João Paulo II sobre o ma-

trimônio e a família, por ocasião do 25º aniver-

sário da fundação do Instituto João Paulo II,

Bento XVI retomou essa passagem da encíclica,

acrescentando que ela consistia numa pista, ain-

da a ser largamente explorada4.

AA hhoommiilliiaa pprroonnuunncciiaaddaa eemm

VVaalleennççaa,, aa 99 ddee jjuullhhoo ddee 22000066

O segundo texto que poderíamos reler é a homi-

lia pronunciada por ocasião das Jornadas Mun-

diais das Famílias, em julho de 2006. Além dos

diversos elementos retomados do Magistério de

João Paulo II, o Papa Bento XVI insiste, de ma-

neira peculiar, sobre a família como um lugar de

transmissão da fé. Por outro lado, pelo fato de

ser uma mistura de diferentes gerações, compro-

va-se que a família é a guardiã de um patrimônio

de tradições. Desde o início de seu Pontificado,

Bento XVI desenvolveu, várias vezes, o tema

das tradições e das raízes cristãs, que sociedades

inteiras parecem abandonar ou renegar. A famí-

lia é o lugar de uma educação primordial à co-

munhão. As sociedades cristãs não podem, sem

se expor ao abandono, suprimir, em si mesmas,

o que contribuiu para a sua formação. Na homi-

lia de Valença, o Papa não enuncia o conjunto

destes temas, mas fornece seus fundamentos.

Por exemplo, escreve: quando nasce um filho,

através da relação com seus pais, ele começa a

integrar uma tradição familiar que possui raízes

ainda mais antigas. Junto com o dom da vida,

ele recebe todo um patrimônio de experiências5.

4 Discorso in occasione del XXV Anniversario dalla Fondazione del

Pontificio Istituto Giovanni Paolo II per Studi su Matrimonio e Famiglia

(11 maggio 2006), in Il Vangelo della Famiglia e della Vita. Interventi

del Santo Padre Benedetto XVI nei primi due anni del Suo pontificato,

Libreria Vaticana, Città del Vaticano 2007, pp 14-16. 5 BENOIT XVI, Homélie du 9 Juillet 2006, in Il Vangelo della Famigli-

a…, p 28.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 99

Existe um dever, para os pais, de ajudar o filho a

descobrir sua verdadeira identidade de cristão; a

ele, encontra-se ligada a educação à liberdade

moral.

Os discursos pronunciados em janeiro de 2006 e

janeiro de 2007, por ocasião da inauguração do

ano judiciário, diante dos membros do Tribunal

da Rota Romana.

Estes discursos mostram que a preocupação com

a verdade teológica do amor humano também se

exprime em matéria jurídica. Por exemplo, o

Papa diz que o processo canônico de anulação

do matrimônio constitui, essencialmente, um

instrumento para aceitar a verdade sobre o laço

conjugal. Seu objetivo constitutivo não é, por-

tanto, complicar inutilmente a vida dos fiéis,

mas prestar serviço à verdade: em sua estrutura

essencial, o processo é um instituto de justiça de

paz. De fato, o objetivo do processo é a declara-

ção da verdade6.

No discurso de janeiro de 2007, Bento XVI es-

tabelece uma ligação entre a verdade jurídica e a

verdade pastoral. Não há oposição entre as duas

verdades distintas. De maneira original, ele reú-

ne, igualmente, o positivismo jurídico e o relati-

vismo cultural, observando que a expressão ver-

dade do matrimônio perde seu sentido, tanto

numa quanto noutra perspectiva, as quais contri-

buem para uma formalização social dos laços

afetivos.

AA eexxoorrttaaççããoo ppóóss--ssiinnooddaall

SSaaccrraammeennttuumm CCaarriittaattiiss

Por fim, o último texto que desejamos citar aqui

é, indubitavelmente, o mais importante. Trata-se

da exortação pós-sinodal Sacramentum caritatis,

que contém, sucessivamente, três parágrafos

consagrados, em primeiro lugar, à Eucaristia

como sacramento nupcial; e, em seguida, ao laço

que une a Eucaristia ao matrimônio, de um lado

pela unicidade, de outro, pela indissolubilidade

deste sacramento. O primeiro parágrafo (nº 27)

serve de fundamento aos outros dois: a Eucaris-

tia reforça, de maneira inesgotável, a unidade e o

amor indissolúveis de todo matrimonio cristão.

6 Ibid. 58

Neste último aspecto, em virtude do sacramento,

o laço conjugal é intrinsecamente ligado à uni-

dade eucarística entre o Cristo Esposo e a Igreja

esposa. A referência pauliniana a Efésios 5, 31-

32 é perfeitamente clássica. Todavia, o mais ori-

ginal é haver tirado, desta Palavra, duas implica-

ções imediatas, decisivas no plano pastoral, so-

bre dois temas que o Sínodo não conseguiu evi-

tar: a questão da poligamia e a questão dos di-

vorciados em segunda união. Por conseguinte, o

parágrafo 28 fundamenta, com muita sutileza de

expressão, a incompatibilidade entre a prática

poligâmica, referindo-se à qualidade exclusiva

da união Cristo-Igreja: o laço fiel, indissolúvel e

exclusivo, que une Cristo e a Igreja, e que en-

contra sua expressão sacramental na Eucaristia,

descobre esse dado antropológico original, pelo

qual o homem deve ser unido, de modo definiti-

vo, a uma só mulher, e vice-versa.

O assunto dos divorciados em segunda união é

abordado com a mesma delicadeza: se a Eucaris-

tia exprime a irreversibilidade do amor de Deus,

no Cristo, por sua Igreja, compreende-se por que

esta impõe, ao sacramento do matrimônio, esta

indissolubilidade, à qual todo amor verdadeiro

não pode deixar de aspirar. A norma do não a-

cesso à Eucaristia, oriunda de Familiaris Con-

sortio, é repetida, mas ressaltando-se que as dis-

posições jurídicas não poderiam ser compreen-

didas como estando em contradição com as pre-

ocupações pastorais, em razão de que direito e

pastoral têm um ponto de encontro, no amor pe-

la verdade. Como já expomos acima, o mesmo

argumento será retomado, alguns meses mais

tarde, no discurso pronunciado diante do Tribu-

nal da Rota romana. Interessante observar esta

abordagem augustiniana, que consiste em bus-

car, até as profundezas da interioridade (amor

pela verdade), as fontes do ordenamento jurídi-

co. Dois textos, ainda mais recentes, porquanto

datam de apenas alguns meses, mostram a aten-

ção constante, com a qual o Sucessor de Pedro

exalta uma visão equilibrada do amor humano e

de suas expressões. O primeiro é o discurso pro-

nunciado em 13 de maio de 2011, durante a Au-

diência concedida aos participantes do encontro

internacional, organizado por ocasião do 30º a-

niversário de Familiaris Consortio, pelo Institu-

to Pontifical João Paulo II de estudos sobre o

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1100

Por isso, nunca se perca de vista que a

Palavra de Deus está na origem do

matrimônio (cf. Gn 2,24) e que o próprio

Jesus quis incluir o matrimônio entre as

instituições do seu Reino (VD, 85)

matrimônio e a família. O Santo Padre falou

longamente sobre o corpo, salientando a ligação

constitutiva deste último com o Criador, e ob-

servando que, ao ser amputado desta dimensão

filial, consequentemente, o corpo se rebela con-

tra a pessoa. Bento XVI vê, justamente na famí-

lia, o lugar onde a teologia do corpo e a teologia

da família se interpenetram.

No dia 5 de junho de 2011, foi com palavras

extraordinariamente fortes que ele se dirigiu às

famílias reunidas durante a Eucaristia em Za-

greb, na Croácia. Após haver evocado a men-

talidade, segundo a qual é absolutizada a li-

berdade sem nenhum compromisso, obscure-

cendo, por conseqüência, a qualidade dos rela-

cionamentos interpessoais e dos valores hu-

manos mais profundos, o Papa exortou as fa-

mílias presentes nos termos seguintes, com os

quais me agrada conclui esta intervenção:

―Somos chamados a opor-nos a tal mentali-

dade; assim como é expresso pela Igreja, o tes-

temunho e o compromisso das famílias cristãs,

vosso testemunho concreto, é muito importan-

te, especialmente quando afirmam a inviolabi-lidade da vida humana, da concepção até à

morte natural, e os valores peculiares e insubs-

tituíveis da família, fundada sobre o matrimô-

nio, bem como a necessidade de legislações

em favor da família, em sua missão de acolher

sua prole e educá-la. Caras famílias, sede cora-

josas! Não sucumbais a esta mentalidade secula-

rizada, que propõe a coabitação como prepara-

ção ao casamento, ou mesmo como seu substitu-

to! Mostrai, pelo testemunho de sua vida, que é

possível, como Cristo, amar ser reserva, e não

temais em comprometer-se com outra pessoa!

Caras famílias, alegrai-vos com vossa paterni-

dade e vossa maternidade! A abertura à vida é

um sinal de abertura ao futuro, de confiança no

futuro, justamente na medida em que o respeito

da lei natural libera as pessoas, ao invés de hu-

milhá-las!‖

Em suma, podemos dizer, com a prudência que

se impõe, que o conjunto de intervenções de

Bento XVI situa-se no seguimento natural do

Magistério de João Paulo II, com uma ênfase

menor, decerto, sobre a argumentação de essên-

cia moral, e com dois pontos de insistência: a o-

rigem sacramental e o alcance sobrenatural dos

laços de comunhão conjugal e familiar; além

disto, o bem comum que as instituições do ma-

trimônio e da família representam para a socie-

dade dos homens. Visto que é urgente enfrentar

as evoluções legislativas que, em sua totalidade,

seguem a vertente de uma privatização dos laços

familiares, a importância social e política de tais

laços deveria ser, indubitavelmente, objeto espe-

cial de novos aprofundamentos, nos meses e nos

anos vindouros.

Obrigado por sua atenção!

†Jean Lafitte

Secretário do Conselho Pontifical pela Família

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1111

SSeeddnniirr ee MMaarriisstteellaa((**))

Por onde vamos, ouvimos o pedido dos a-gentes de pastoral e de movimentos, (às ve-zes seguido de queixa) de que os padres não têm ajudado a implantar o Setor Casos Es-peciais da Pastoral Familiar em suas paró-quias. O pedido é justo, já que na verdade ninguém pode negar a importância do sim de um padre para o desenvolvimento de qualquer projeto. Não importa tanto se o padre estará, ou não, à frente do trabalho, a maioria dos fiéis fica a espera de sua apro-vação. E quando isso não acontece, tudo fica muito mais difícil, a ponto de muitos agen-tes desistirem da ação e o projeto ser enga-vetado.

O que temos explicado a estes agentes é que se faz necessário, nesta situação, ter paciên-cia e compreensão com os padres. Afinal, é preciso lembrar que não somos os únicos a “incomodar” o padre como nossos pedidos. É preciso lembrar também que não fácil es-tar à frente de uma paróquia. Esta diversi-dade de ações pastorais da Igreja, ao mesmo tempo em que é uma riqueza, é também motivo de muita preocupação, já que o pa-dre, para aprovar qualquer projeto, por

mais simples que ele seja, precisa saber se ele está em conformidade com a doutrina da Igreja, precisa saber se ele será realmente executado e quem vai estar a frente deste projeto. Ele é o responsável pelo rebanho e não pode correr riscos. Quanto a analisar cada projeto, vai depender do tempo dispo-nível deste presbítero. O que temos verifica-do é que a maioria está sobrecarregada. Nada mais nos resta, então, a não ser orien-tar esses agentes para que rezem para que Deus providencie um momento oportuno para que estes padres consigam, com calma, saber do que se trata esta implantação e de a importância de que ela ocorra em sua paró-quia, e usem este tempo de espera para se formar. Em União da Vitória, Apucarana e mais recentemente e, Ponta Grossa, Deus já nos atendeu, e encontros com os padres a-conteceram. A pedido dos bispos, todos os presbíteros destas dioceses foram reunidos para conhecer e debater a proposta de ação

do Regional Sul II.

Mas porque os padres são tão importantes neste trabalho?

Primeiro, porque para “meter a colher” em briga de marido e mulher se faz necessária certa “autoridade”. As feridas que serão

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1122

descobertas são muito profundas e geral-mente só aparecem em confessionários, isso quando aparecem! Não dá para esperar que alguém, com tranquilidade, fale para pesso-as de seu convívio que se separou porque ti-nha tendências homossexuais, ou que o atu-al companheiro esta bolinando as enteadas, que traiu ou foi traído. As feridas são muito íntimas, mas ao mesmo precisam ser conhe-cidas para que recebam o tratamento ade-quado.

Outro motivo para a presença, mesmo que indireta do padre neste trabalho, é que ele, querendo ou não, é o representante oficial da Igreja para esta pessoa que está em difi-culdades, afastada e/ou em uma situação ir-regular.

Uma acolhida do padre significa a acolhida oficial da Igreja. Um abraço ou um simples sorriso do padre significa uma aceitação ofi-cial da Igreja. Se ele não acolhe, no enten-dimento da maioria destas pessoas, é a Igre-ja que está lhe dando as costas. Não é nossa intenção que isso se perca. Ao mesmo tempo em que orientamos que a I-greja é muito mais que a opinião ou o gesto de um único presbítero, também reforçamos a importância e o valor da hierarquia e de cada padre por serem eles o nosso elo de li-gação com os sacramentos. Por tudo isso é de fundamental importância que o clero acompanhe de perto este trabalho. A todos os que queiram se dedicar a ele, por favor, sejam muito bem vindos.

Mas é preciso dizer também que temos a consciência de que isso nem sempre é possível e não é nossa intenção arrumar mais trabalho

para padres já atarefados. A nossa missão é formar leigos para que estejam prontos para este trabalho de acolhida, orientação e rein-serção destes casais na Igreja, mas, para que isso seja possível, precisamos que os Padres e Bispos avalizem esta ação pastoral. Falem deste trabalho nas missas, apresentem estes agentes de pastoral à comunidade, encami-nhem para eles os casais em situação irregular e toda e qualquer situação que se enquadre neste Setor. Precisamos ainda que, sempre que possível, estejam presentes nos eventos organizados por este setor, se não com uma palestra, ou a celebração de uma Missa, ao menos para dar uma palavra amiga e de aco-lhida a todos aqueles que estão sendo chama-dos a esta reinserção na Igreja.

Importante também que aqueles padres, que não concordam com algum ponto da doutrina Católica sobre a maneira de se tratar estes problemas “espinhosos” abordados pelo Setor Casos Especiais, não exponham seus pontos de vista, abertamente na comunidade, nem tomem nenhuma iniciativa de acolhida que esteja em desacordo com o que nos ensinam a tradição, o evangelho, o Catecismo e o Código de Direito Canônico. Apesar da inegável boa intenção destes padres, o que se tem verifica-do é que este tipo de atitude, além de não aju-dar essas pessoas já tão feridas pelas circuns-tâncias da vida, ainda causam uma grande confusão, e geram um distanciamento ainda maior da comunidade eclesial. Não despre-zamos nenhuma opinião, mas defendemos que se busquem sempre momentos e locais propícios para que se estabeleçam debates so-bre o tema.

A coordenação do Regional Sul II se põe a disposição para qualquer esclarecimento ou para agendamento de formações de agentes ou esclarecimentos ao clero.

Por fim pedimos a cada presbítero e cada bis-po, seja nosso intercessor, clame sempre a Deus por cada agente de pastoral e principal-mente por este trabalho de implantação do Setor Casos Especiais.

(*) Sednir Edely Tápia e Maristela Pezzini Tápia são os coordenadores do Setor Casos Especiais da Pastoral Familiar do Regional Sul II da CNBB

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1133

DDiiaa IInntteerrnnaacciioonnaall ddaa FFaammíílliiaa:: 1155 ddee mmaaiioo

Dia 15 de maio é o dia Internacional da Família e para comemorar essa data, acontecerá dia 11 de maio na praça da Catedral em Campo Mou-rão, um show com o cantor Antonio Cardoso. Sua mensagem , é pa-ra um tempo de resgate de valores familiares e os três elementos prioritários na Diocese de Campo Mourão: Família, Catequese e Juven-tude estarão inseridos neste show, que Anto-nio Cardoso transforma em uma celebração ao amor de Pais e Filhos, entrelaçando pe-quenas histórias e a mística do mês de maio que permeia a nossa jornada catequética na

Igreja. Este show é um presente da Diocese de Campo Mourão, através do 19º Plano Dio-cesano da Ação Evangelizadora, a todos a-queles que vivem a sua vocação tendo como retaguarda a família. Este evento é diocesano e esperamos a participação de todas as pa-róquias.

No site: hhttttpp::////wwwwww..ccaarrddoossoosshhooww..ccoomm..bbrr//, tem outras informações sobre o cantor e seu tra-balho.

SSaannttaa GGiiaannnnaa

Gianna era ardorosa defensora da vida, so-bretudo das crianças, nascituras ou já nasci-das. Defendia corajosamente o direito de a

criança nascer. Dizia: "O médico não se deve intrometer... O direito à vida da criança é i-gual ao direito à vida da mãe. O médico não pode decidir. É pecado matar no seio mater-no!.." A quarta e a quinta gravidez de Gianna termi-naram em aborto espontâneo no segundo mês, sem explicação aparente. Em 1961 Gianna se vê grávida pela sexta vez. Como médica, sabia muito bem as complica-ções e os riscos da nova gravidez. Mas isto de modo algum diminuiu o amor por este filho, amado e desejado como os outros. Um enorme tumor tomara conta de seu úte-ro. Havia necessidade de extirpá-lo. A cirurgia proposta para o caso era a histerectomia

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1144

(remoção do útero). O objetivo da cirurgia não era matar a criança, mas sim retirar o ór-gão canceroso onde, por acaso, estava a cri-ança. Aliás, esta cirurgia deveria ser feita mesmo se Gianna não estivesse grávida. A morte da criança não era querida como fim nem como meio para salvar a mãe. Era ape-nas um segundo efeito da cirurgia. Fazer a operação, neste caso, não seria um pecado. Mas Gi-anna, livre e heroicamente recusou-se. Dizia ela: "a mãe dá a vida pelo filho". Depois de enormes sofri-mentos, no dia 21 de abril de 1962, o cirurgião fez uma cesariana e retirou do ventre de Gianna uma cri-ança de quatro quilos e meio. Era uma menina! Seu pai lhe daria no batis-mo o nome de Gianna E-manuela. "Gianna" em homenagem à mãe. "Emanuela", que quer di-zer "Deus conosco", para louvar a presença de Deus entre os homens. Gianna tanto pedira, tanto desejara aquela criança para o enriquecimento do seu lar, de sua família... Agora não a pode possuir. Tem que deixá-la... como a árvore que produz o fruto mas não tem o direito de comê-lo, assim esta mãe sabe que não poderá gozar da pre-sença de Emanuela. Ela revela para sua irmã missionária, que aca-bara de chegar da longínqua Índia, Irmã Ma-dre Virgínia: "Finalmente estás aqui! Se soubesses, Ginia, quanto se sofre por ter de morrer quando se deixam os meninos todos pequeninos..." No dia 25 de abril, Gianna faz a seguinte con-fidência a seu esposo: "Pietro, agora estou curada. Pietro, estava já no além e se soubesse o que eu vi... Um dia dir-te-ei. Mas como éramos demasiado feli-

zes, estávamos muito bem, com nossos meni-nos maravilhosos, cheios de saúde e de graça, com todas as bênçãos do céu, mandaram-me cá abaixo para sofrer ainda, porque não é jus-to apresentar-nos ao Senhor sem sofrimen-tos". "Desde aquele momento - diz Pietro - estou certo, Gianna nunca cessou, nos seus sofri-

mentos, nas suas agonias, o seu colóquio com o Se-nhor e a sua comunicação com o Céu. Já não desejava que a acariciasse e a bei-jasse. Já pertencia ao Céu". Morreu no dia 28 de abril de 1962, uma semana de-pois de dar à luz sua última filha. Em 1972 foi iniciada a cau-sa de beatificação de Gian-na Beretta Molla. Em 1980, no dia do aniversário de sua morte, o Arcebispo de

Milão decretou a introdução de sua causa. Em 1992, o Papa João Paulo II reconheceu um milagre acontecido com Lúcia Silva Cirilo em Grajaú - Maranhão - por intercessão de Gian-na. No dia 24 de abril de 1994 o Santo Padre de-clarou Gianna bem-aventurada. No dia 4 de outubro de 1997, no 2º Encontro Mundial do Papa com as famílias, Gianna E-manuela, que hoje é médica como a mãe, es-tava no Rio de Janeiro, no estádio do Maraca-nã, na presença do Santo Padre e de 200.000 pessoas. Elevou uma oração a sua mãe, a Bem-aventurada Gianna Beretta Molla, agra-decendo-lhe por lhe ter dado a vida duas ve-zes: pela geração e pelo martírio. O momento foi emocionante. Santa Gianna Molla foi canonizada no dia 16 de Maio de 2004.

Texto retirado do site:

http://www.vida-humana.org/santa.gianna.htm

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1155

PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr rreeaalliizzoouu rreettiirroo ccoomm ccaassaaiiss eemm sseegguunnddaa uunniiããoo

Por Luiz Carlos Bittencourt

A Pastoral Familiar da Concatedral Nossa Senhora

da Glória (Diocese de Palmas-Francisco Beltrão),

realizou Retiro com Casais em Segunda União, no

dia 15 de abril, no Centro Comunitário Pedro

Granzoto.

Teve início às 8h30min encerrando às 17h com

Missa. Temas abordados: ser igreja (Pe. Geraldo

Macagnan), comunhão espiritual (Pe. Dilonei Pe-

dro Muller), nulidade matrimonial (Ir. Clara Meg-

giolaro), testemunho de um casal em segunda uni-

ão (Leonir e Eliane), Missão da Pastoral Familiar

(Anézia Bonetti), Leitura Orante (Pastoral Famili-

ar) e conceito de casal em segunda união (Pe. Val-

decir Bressani).

O retiro encerrou com celebração de santa Missa

presidida pelo Pe. Valdecir Bressani. O encontro

teve a participação de 50 casais.

A finalidade da Igreja junto aos divorciados e re-

casados tem como objetivo acolher e evangelizar

os casais em 2ª união, a fim de que eles não se sin-

tam separados da Igreja.

O acontecimento levou aos casais palavras acolhe-

doras do Evangelho de Jesus Cristo e do Magisté-

rio da Igreja, apresentando-lhes o Deus que é a-

mor, cheio de misericórdia, que ama tanto o justo

como o pecador e que está sempre pronto a perdo-

ar.

O evento buscou refletir com os casais sobre a si-

tuação em que se encontram nessa segunda união,

sobre o amor pleno de Deus e o acolhimento de

Jesus, que vai ao encontro da ovelha perdida, so-

bre o verdadeiro sentido da vida, o perdão, a bele-

za da vida de oração e o exercício da comunhão

espiritual.

Tudo isso para despertá-los e integrá-los à comu-

nidade paroquial, estimulá-los a participarem das

atividades religiosas, pastorais, sociais e caritati-

vas da paróquia e fornecer-lhes pistas concretas

para perseverarem.

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1166

DDiioocceessee ddee SSããoo JJoosséé ddooss PPiinnhhaaiiss pprroommoovvee ccuurrssoo iinntteennssiivvoo ddoo IINNAAPPAAFF

os dias 21 e 22 de abril no Centro Pasto-ral da Paróquia São Cristovão em São José dos Pinhais foi dado início ao curso

intensivo presencial do INAPAF Instituto Nacio-nal de Família e da Pastoral Familiar com a par-ticipação de 38 casais sob a orientação do ca-sal coordenador nacional da INAPAF Bosco e Eunides.

A 1ª etapa chamada Visão Global objetiva rea-valiar a nossa fidelidade a Deus, motivar as li-deranças para a formação e serviço da Pastoral Familiar, aprofundar reflexões sobre problemas que desestruturam nossas famílias e estudar as causas e os fatores históricos envolvidos, en-tender a especificidade da Pastoral Familiar e refletir sobre a metodologia e conteúdos priori-tários para a realização de Pastoral Familiar em nossas comunidades.

Casais agentes de Pastoral interagem com o casal apresentador da forma-ção

A necessidade do resgate da dignidade da pes-soa humana bem como a exposição de suas ne-cessidades básicas: ser amado, ser valorizado, o sentimento de pertença e a transparência foi um dos pontos de destaque da apresentação feita no primeiro dia de formação.

No primeiro dia também foi refletida a ausência paterna na educação dos filhos bem como as su-as consequências . Os meninos tem que aprender a ser homem e a ser pai, mas com a ausência da figura paterna muitos não têm o referencial.

O segundo dia de formação foi direcionado à a-presentação da Pastoral Familiar como uma res-posta da igreja às causas de problemas que agri-dem a família, sua finalidade, organização, méto-dos e principais conteúdos, sua abrangência e as articulações necessárias.

Eunides apresenta a estrutura de uma Comissão Paroquial de Pastoral Familiar

No final da formação foi feito um trabalho em grupo onde dez equipes escolheram três objeti-vos prioritários para o trabalho pastoral visando solucionar ou pelo menos minimizar as causas dos problemas que afetam a família, indicando os recursos e materiais que vão precisar para a execução destes objetivos. A etapa seguinte será realizada nos dias 23 e 24 de junho de 2012, também na paróquia São Cristovão.

por Faustino e Eloina

N

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1177

22oo SSiimmppóóssiioo NNaacciioonnaall ddaa FFaammíílliiaa

ddeessttaaccoouu oo ttrraabbaallhhoo ee aa vviiddaa ffaammiilliiaarr

Mesa de abertura do 2º Simpósio

Sábado, 28/abr, aconteceu o 2º Simpósio Na-cional da Família, em Aparecida/SP, no Centro de Eventos pe. Vítor Coelho, local onde estavam

reunidos os bispos da CNBB em sua 50ª As-sembleia Geral, na área do Santuário Nacional, que abriga também a Basílica Nacional de Apa-

recida e o Centro dos Romeiros.

O evento teve início às 8h, com a composição da mesa: dom Raymundo Damasceno, presi-

dente da CNBB e arcebispo de Aparecida; dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão E-piscopal Pastoral para a Vida e a Família e bispo

de Camaçari (BA); dom Joaquim Justino Carrei-ra, membro da Comissão Episcopal Pastoral pa-ra a Vida e a Família e bispo de Guarulhos (SP);

pe. Rafael Fornasier, assessor nacional da Pas-toral Familiar a serviço da Vida; pe. Wladimir Porreca, assessor nacional da Pastoral Familiar

a serviço da Família; o casal Vera e Raimundo (Tico) Veloso Leal, coordenadores nacionais da Pastoral Familiar; e o casal Marivone e Volnei Exterkoetter, vice coordenadores nacionais da

Pastoral Familiar. Dom Damasceno dirigiu pala-vras de acolhida aos participantes do Simpósio. A seguir foi rezada a oração inicial pela equipe

do Regional Sul-1 e a entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida que foi acolhida por dom Damasceno.

O evento teve como atração principal duas con-ferências, sendo a primeira com o dr. Marcio Pochmann, na parte da manhã, e a segunda, no

período da tarde, proferida pelo pe. Zezinho, scj.

Dr. Marcio Pochmann falando aos participantes do 2º Simpósio

Dr. Pochmann falou sobre a relação da família com o trabalho e apresentou um panorama his-tórico do trabalho na família e as perspectivas

que atualmente estão sendo apresentadas às novas gerações. A exposição foi apresentada em três partes: a primeira sobre as transforma-

ções da família no decorrer do tempo; a segun-da parte, dados e informações sobre a trans-formação da relação entre família e trabalho; e

a última parte, os desafios que a família tem à frente conforme toda a situação do trabalho.

Ao centro: Clarice e Paulo do Regional Sul II

Após a conferência do dr. Pochmann, a palavra foi dada aos bispos presentes, entre eles estava

dom Emílio Pignoli, Referencial da Pastoral Fa-miliar do Regional Sul-1, e dom Eduardo, Presi-dente da Comissão Pastoral para a Juventude,

que falou sobre a importância da família para a juventude, da Jornada Mundial que será reali-

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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul II 1188

zada no Brasil em 2013 e apresentou o subsídio

“Aos Jovens com Afeto”.

Imagem de Santa Gianna no Santuário Nacional de Aparecida

A apresentação musical da manhã ficou a cargo

do Grupo Ir ao Povo, do cantor Antônio Cardoso e do padre Ezequiel, de Caxias do Sul (RS).

Dom Antonio Augusto Dias Duarte, bispo auxili-

ar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família fez a oração do Ângelus e deu a bênção

antes do almoço.

Pe. Zezinho, scj, falando aos participantes do 2º Simpósio

Após o intervalo para o almoço, o Simpósio re-

tornou com a entronização da imagem de Santa Gianna e a conferência de pe. Zezinho, scj. O momento dedicado ao padre foi aberto pelo ca-sal Susana e Ennes Gomes, de Valinhos (SP),

que cantaram e introduziram os participantes à palestra do presbítero. Eles deram um testemu-nho de família e de amor, que ao longo de 21

anos de casamento geraram 5 filhos.

A seguir, Pe. Zezinho iniciou sua fala onde enfa-tizou a importância do exercício do amor no re-

lacionamento. Lembrou que o humor, o bom

humor, é base para o amor. Enfatizou também a necessidade dos agentes de pastoral conhece-rem mais a Palavra de Deus, os documentos do Magistério da Igreja e a própria realidade de

nossos dias através da leitura. Sua exposição levou os participantes do Simpósio a refletirem como se pode chegar à festa se não existem

muitos motivos dentro da família para que ela se realize. O padre apresentou uma série de li-vros e subsídios e iniciou e terminou sua expo-

sição desejando: “O Senhor esteja convosco”.

Os participantes em ação

A animação da tarde ficou por conta do trio Typ Vox, do cantor Emerson Jean e do Grupo Cha-

mas.

O evento foi encerrado com a bênção de dom Joaquim Justino Carreira.

Os participantes encaminharam-se, então, para a Basílica Nacional, onde participaram da Missa do Encontro, presidida por dom Eduardo.

Dom Eduardo

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O Santuário Nacional acolheu neste final de semana, 28 e 29 de abril, o 2º Simpósio Na-cional das Famílias e a 4ª Peregrinação Na-cional das Famílias.

Este ano, o Simpósio teve como tema "A Família: o trabalho e a festa", o mesmo do Encontro Mundial das Famílias, que será realizado em Milão, com a presença de Ben-to XVI, nos dias 30 de maio a 3 de junho.

A estimativa geral é que 1700 pessoas te-nham participado do Simpósio e 120 mil pessoas da Peregrinação. Além disso, 13 bispos e 50 padres acompanharam de perto os dois eventos.

A programação da 4ª Peregrinação Nacional da Família contou com missas, orações e pregações dos bispos convidados. A missa das 10h do domingo foi presidida pelo bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e a Família da CNBB, dom João Carlos Petrini.

Em sua homilia, dom Petrini falou sobre os muitos caminhos que o mundo oferece às pessoas e que a verdadeira paz só se encon-tra no caminho de Jesus. "A melhor respos-ta dos dramas da vida não é fugir dos pro-blemas, mas enfrentá-los com amor. O amor vence o ódio e o desespero", afirmou.

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O presidente da Comissão Episcopal falou aos pais presentes sobre os programas de televisão banais, bares e alcoolismo que na-da acrescentam na vida e na educação de seus filhos.

"Precisamos de pais e mães que se doem pe-los seus filhos, pelas suas famílias. Seguir Jesus é aprender amar com fidelidade. Que possamos aprender com Maria a sermos fi-éis aos nossos compromissos", afirmou.

"No Santuário Nacional de Aparecida, po-demos admirar a sua beleza, suas orações, cantos e pinturas. Como disse o Beato João Paulo II, a nossa família também é um san-

tuário e pode ser admirada por suas bele-zas", acrescentou dom Petrini.

Reforçando a reflexão sobre o tema do 2º Simpósio Nacional da Família ‘Família: Trabalho e Festa’, dom Petrini fez um convi-te aos casais para que possam viver de ma-neira equilibrada no trabalho, na família, nos momentos de convivência para que não falte tempo para a dedicação aos filhos.

Outro evento que aconteceu em Aparecida foi o 1º Encontro de Jovens Peregrinos, que, segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB, padre Wladimir Porreca, foi um sucesso.

Fonte: CNBB

Uma pequena amos-tra em imagens da presença de repre-sentantes da Pasto-ral Familiar do Re-gional Sul II no 2º Simpósio e na 4ª Peregrinação Na-cional das Famílias. Diocese de Umua-rama, São José dos Pinhais, Londrina, Curitiba, das pro-víncias Eclesiásticas de Londrina e Curi-tiba.

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Nos dias 28 e 29 de abril, a Pas-

toral Familiar do Decanato Pi-

nhão, Diocese de Guarapuava, pa-ticipou do II SIMPÓSIO NA-

CIONAL DAS FAMÍLIAS e IV

PEREGRINAÇÃO NACIONAL

DAS FAMÍLIAS em Apareci-da/SP. Estiveram presentes, repre-

sentando o Decanato Pinhão, a

Pastoral Familiar dos municípios de Turvo, Prudentópolis e Pinhão,

além da presença do assessor do

Decanato, Padre Elizeu Nahn e do

coordenador do Decanato Marcio. Também participaram da Peregri-

nação integrantes da Pastoral Fa-

miliar da Paróquia Santa Terezi-

nha de Guarapuava, representando o Decanato Centro.

No sábado (28) os agentes pasto-

rais participaram do II Simpósio

das Famílias durante todo o dia,

que se encerrou com a Santa Mis-sa às 18h, seguida pela Procissão

Luminosa, que partiu da Basílica

Nova de Nossa Senhora Apareci-

da até a Basílica velha.

O Tema abordado no Simpósio foi

“ A Família, o Trabalho e a Fes-

ta”.

De acordo com o assessor da Co-

missão Episcopal para Vida e Fa-

mília da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre

Wladimir Porreca, diante dos de-

safios todos que nós temos, é pre-

ciso deixar bem claro que a pro-posta de amor, de relacionamento,

de valorização do ser humano em

primeiro lugar, só depois vem o trabalho e as outras situações.

“O ser humano deve ser valoriza-

do, amado acima de qualquer situ-ação ou transformação que possa

ocorrer no mundo de hoje”, acres-

centou.

Padre Zezinho, que abordou o te-ma “A Família e a Festa” ressal-

tou a importância do exercício do

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amor no relacionamento e na fa-

mília, e o desafio em manter o

vínculo familiar frente às novas gerações, acostumadas com a faci-

lidade de que com um “click” ob-

tém com facilidade quase tudo que desejam.

O bispo de Ourinhos, Dom Sal-

vador Paruzzo falou da motivação

da Peregrinação: “A Igreja é com-posta pelas famílias e nesse senti-

do precisamos promover iniciati-

vas como esta para proporcionar momentos de convivência, parti-

lha e comunhão”, acrescentou.

No domingo (29) os agentes pas-torais participaram das Celebra-

ções Eucarísticas no Santuário

Nacional, que foram todas dirigi-

das com reflexão sobre a impor-tância da família, do trabalho e da

sua convivência nos momentos de

lazer.

A missa das 10h foi presidida pe-lo bispo de Camaçari (BA) e pre-

sidente da Comissão Episcopal

para Vida e Família da CNBB,

Dom João Carlos Petrini.

Em sua homilia, Dom João Carlos

Petrini falou sobre os muitos ca-

minhos que o mundo oferece as

pessoas atualmente e que a verda-deira paz só se encontra no cami-

nho de Jesus. “A melhor resposta

dos dramas da vida, não é fugir

dos problemas, mas enfrentá-los com amor. O amor vence o ódio e

o desespero”, afirmou.

“Precisamos de pais e mães que se

doem pelos seus filhos, pelas suas famílias. Seguir Jesus é aprender

amar com fidelidade. Que possa-

mos aprender com Maria a sermos

fiéis aos nossos compromissos”, afirmou.

A coordenação do Decanato Pi-

nhão agradece a todos que estive-ram nesta Peregrinação, cientes da

importância que a família tem nos dias de hoje como base e sustentá-

culo da sociedade, mesmo enfren-

tando inúmeros desafios que vão

contra os verdadeiros valores da

família cristã.

Agradecimento especial aos coor-

denadores da Pastoral Familiar de Turvo, Júlio, Eliane e família; de

Prudentópolis, Rubens e Renilce;

do Pinhão, Agenor e Jardelina; ao

casal coordenador da Paróquia Santa Terezinha de Guarapuava

Alan e Geovana; e ao assessor do

Decanato Pinhão Padre Elizeu. Que Deus e Nossa Senhora sem-

pre estejam abençoando suas fa-

mílias.

Marcio e Nivia Coordenadores Pastoral Fami-

liar – Decanato Pinhão - Dioceses de Guarapuava