Estudos do evangelho 6

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Olá, sou Leonardo Pereira e esse é mais um estudo do evangelho dentro do nosso projeto Quartas com evangelho - Grupo Espírita Lamartine Palhano Jr em Vitória do ES visite meu canal no youtube: www.youtube.com/leogelp12 e www.youtube.com/gelpalhano

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Estudos do EvangelhoCapítulo 5 – Bem aventurados os aflitos - Instruções

dos Espíritos

Leonardo Pereira

Instruções dos Espíritos VIII – A MelancoliaIX – Provas Voluntárias e Verdadeiro Cilício

O evangelho e o Livro dos Espíritos

VIII – A MelancoliaFRANÇOIS DE GENÉVE

Bordeaux

O que é a melancolia?

Para Freud, “os traços mentais

distintivos da melancolia são um desânimo profundamente penoso, a

cessação de interesse pelo mundo externo, a perda da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer

atividade e

uma diminuição dos sentimentos

de autoestima a ponto de encontrar expressão em auto recriminação e auto envilecimento, culminando numa expectativa delirante de

punição” (4).

4 ) FREUD, S. – Obras completas – Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIV – “Luto e Melancolia”(1917[1915]). Pág. 250.

25 – Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e

vos faz sentir a vida tão amarga?

É o vosso Espírito que aspira à felicidade e à

liberdade, mas, ligado ao corpo que lhe serve de

prisão, se cansa em vãos esforços para escapar.

E, vendo que esses esforços são inúteis, cai no desânimo, fazendo o corpo sofrer sua influência, com a

languidez, o abatimento e uma espécie de apatia, que de vós se apoderam, tornando-vos

infelizes.

Perda do Entusiasmo!

Entusiasmo (do grego en + theos, literalmente 'em Deus')

Existem dois tipos de entusiasmo: endógeno, que é gerado dentro do

próprio indivíduo; e o exógeno,

que depende de um estímulo

externo, chamado comumente de

motivação!

Fé Divina

Phides

Fé Humana

O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa?

920.- LE

— Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas

dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz, quanto se

pode ser na Terra.

A felicidade terrena é relativa à posição de cada um; o que e suficiente para a felicidade de um faz a desgraça de outro. Há, entretanto, uma medida

comum de felicidade para todos os homens?

922.- LE

- Para a vida material, a posse do necessário; para a vida moral, a

consciência pura e a fé no futuro.

A civilização, criando novas necessidades, não é a fonte de novas

aflições?

926.- LE

— Os males deste mundo estão na

razão das necessidades artificiais que criais para vós mesmos. Aquele que

sabe limitar os seus desejos e ver sem cobiça o que estafara das suas

possibilidades, poupa-se a muitos aborrecimentos nesta vida. O

mais rico é aquele que tem menos necessidades

Invejais os prazeres dos que vos parecem os felizes do

mundo Mas sabeis, por acaso, o que lhes está reservado?

Acreditai no que vos digo e resisti com energia a essas

impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos

os homens, mas não a busqueis neste mundo.

Agora, que Deus vos envia os seus Espíritos, para vos

instruírem sobre a felicidade que vos está reservada, esperai

pacientemente o anjo da libertação, que vos ajudará a romper os laços que mantém

cativo o vosso Espírito.

Pensai que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra,

uma missão de que já não podeis duvidar, seja pelo

devotamento à família, seja no cumprimento dos diversos

deveres que Deus vos confiou.

Em que consiste a missão dos Espíritos

encarnados?

573. - LE

— Instruir os homens, ajudá-los a avançar, melhorar as suas

instituições por meios diretos e materiais. Mas as missões são mais

ou menos gerais e importantes. Aquele que cultiva a terra cumpre

uma missão, como aquele que governa ou aquele que instrui.

Tudo se encadeia na Natureza; ao mesmo tempo que o

Espírito se depura pela encarnação, também concorre por

essa forma para o cumprimento dos desígnios da Providencia. Cada

um tem a sua missão neste mundo, porque cada um pode ser

útil em algum sentido

E se, no curso dessa prova, no cumprimento de vossa tarefa, virdes tombarem sobre vós os cuidados, as inquietações e os

pesares, sede fortes e corajosos para os suportar. Enfrentai-os decisivamente, pois são de curta duração e

devem conduzir-vos junto aos amigos que chorais, que se

alegrarão com a vossa chegada e vos estenderão os braços, para vos conduzirem a um

lugar onde não têm acesso às amarguras terrenas.

O Espírito que se encarna para cumprir uma missão tem as mesmas apreensões

daquele que o faz como prova?

580. - LE

— Não; ele tem experiência.

IX – Provas Voluntárias e Verdadeiro Cilício

UM ANJO DA GUARDAParis, 1863

Cilício era uma túnica, cinto ou cordão de crina, que se trazia sobre a pele para

mortificação ou penitência.O termo vem do latim cilicinus que quer

dizer feito de pêlo de cabra, ou cilicium que quer dizer tecido áspero ou grosseiro de pelo de cabra ou vestido de gente pobre. Hoje é conhecido como forma de mortificação voluntária ao lado

do jejum e abstinência dentre outras formas.

26 – Perguntais se é permitido

abrandar a vossas provas. Essa pergunta lembra estas outras:

É permitido ao que se afoga procurar salvar-se?

E a quem se espetou num espinho, retirá-lo?

Ao que está doente, chamar um médico?

As provas têm por fim exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação.

Um homem pode nascer numa posição penosa e difícil,

precisamente para obrigá-lo a procurar os meios de vencer as

dificuldades.

O médico consiste em suportar sem murmurações as

consequências dos males que não se podem evitar, em preservar na

luta, em não se desesperar quando não se sai bem, e nunca em deixar as coisas correrem, que seria antes

preguiça que virtude.

O instante em que o Espírito deve encarnar-se é para ele um instante solene? Cumpre ele

esse ato como coisa grave e importante?

340.. - LE

— É como um viajante que embarca para uma travessia perigosa e não sabe se vai encontrar a morte nas vagas que afronta.Comentário de Kardec: O viajante que embarca sabe a que perigos se expõe, mas não sabe se naufragará. Assim se dá com o Espírito: ele conhece o gênero de provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá.

Há uma grande distinção a fazer. Quanto a vós, pessoalmente,

contentai-vos com as provas que Deus vos manda, não aumenteis a

carga já por vezes bem pesada;.

aceitai-as sem queixas e com fé, eis tudo o que Ele vos pede. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem propósito, porque tendes

necessidades de todas as vossas forças, para cumprir vossa missão

de trabalho na Terra.

Torturar voluntariamente, martirizar o vosso corpo, é infligir a

lei de Deus, que vos dá os meios de sustentá-lo e de fortalecê-lo.

Debilitá-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não

abuseis: tal é a lei.

O abuso das melhores coisas traz as suas

punições, pelas consequências inevitáveis.

Que pensar do homem que procura nos excessos de toda espécie um refinamento

dos seus gozos?

714.- LE

— Pobre criatura que

devemos lastimar e não invejar, porque está bem

próxima da morte!

É da morte física ou da morte moral que ele se aproxima?

714 – a) .- LE

— De uma e de outra.• Comentário de Kardec: O homem que procura, nos excessos de toda espécie um

refinamento dos gozos coloca-se abaixo dos animais, porque estes sabem limitar-se à

satisfação de suas necessidades. Ele abdica da razão que Deus lhe deu para guia e quanto maiores forem os seus excessos maior é o império que concedeu a sua natureza animal sobre a espiritual. As

doenças, a decadência, a própria morte, que são a consequência do abuso, são

também a punição da transgressão da lei de Deus.

Bem outra é a questão dos sofrimentos que uma pessoa se impõe para aliviar o próximo. Se suportardes o frio e a fome para agasalhar e alimentar aquele que

necessita, e vosso corpo sofrer com isso, eis um sacrifício que é

abençoado por Deus.

Vós, que deixais vossos toucadores perfumados para levar consolação aos aposentos infectos;

que sujais vossas mãos delicadas curando chagas; que vos privais do sono para velar à cabeceira de um

doente que é vosso irmão em Deus; vós, enfim, que aplicais a vossa saúde na prática das boas

obras, tendes nisso o vosso cilício, verdadeiro cilício de bênçãos,

porque as alegrias do mundo não ressecaram o vosso coração. Vós

não adormecestes no seio das voluptuosidades enlanguescedoras

da fortuna,

mas vos transformastes nos anjos consoladores dos

pobres deserdados.

Mas vós que vos retirais do mundo para evitar suas seduções e viver no isolamento, qual a vossa utilidade na Terra? Onde está a

vossa coragem nas provas, pois que fugis da luta e desertais do

combate? Se quiserdes um cilício, aplicai-o à vossa alma e não ao

vosso corpo;

mortificai o vosso Espírito e não a vossa carne;

fustigai o vosso orgulho; recebei as humilhações sem vos queixardes;

machucai vosso amor próprio; insensibilizai-vos para a dor da

injúria e da calúnia, mais pungente que a dor física.

Eis aí o verdadeiro cilício, cujas feridas vos serão contadas, porque

atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de

Deus.

*BERNARDINEspírito protetor, Bordeaux, 1863

27 – Deve-se pôr termo às

provas do próximo, quando se pode, ou devemos, por respeito aos desígnios de

Deus, deixá-las seguir o seu curso?

Já vos dissemos e repetimos, muitas vezes, que estão na terra de

expiação para completarem as vossas provas, e que tudo o que vos acontece é consequência de vossas existências anteriores, as parcelas da dívida que

tendes a pagar.Mas este pensamento provoca em

certas pessoas reflexões que devem ser afastadas, porque podem ter

funestas consequências.

Lei de Ação e Reação

X

Karma

Pensam alguns que, uma vez

quase está na Terra para expiar, é necessário que as provas sigam o

seu curso. Há outros que chegam a pensar que não somente devemos

evitar atenuá-las, mas também devemos contribuir para torná-las mais proveitosas, agravando-as. É

um grande erro.

Sim, vossas provas devem seguir o

curso que Deus lhes traçou, mas acaso conheceis esse curso? Sabeis até que ponto elas devem ir, e se vosso Pai Misericordioso não disse ao sofrimento deste ou daquele vosso irmão: “Não irás além disto?”

Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento

de suplício, para agravar o sofrimento do culpado, mas

como bálsamo consolador, que deve cicatrizar as chagas abertas

pela sua justiça?

Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

886) .- LE

— Benevolência para com todos, indulgência para as

imperfeições alheias, perdão das ofensas.

Comentário de Kardec: O amor e a caridade são o complemento da lei de

justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que

desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-

vos uns aos outros, como irmãos”.

Não digais, portanto, aos verdes um irmão ferido: “É a

justiça de Deus, e é necessário que siga o seu curso”, mas dizei,

ao contrário: “Vejamos que meios nosso Pai misericordioso

me concedeu, para aliviar o sofrimento de meu irmão.

Vejamos se o meu conforto moral, meu amparo material, meus

conselhos, poderão ajudá-lo a transpor esta prova com mais força,

paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas

mãos os meios de fazer cessar este sofrimento; se não me deu, como

prova também, ou talvez como expiação, o poder de cortar o mal e

substituí-lo pela benção da paz”.

Alerta aos Espíritas

Auxiliai-vos sempre, pois em vossas provas mútuas, e jamais vos

encareis como instrumentos de tortura.

Esse pensamento deve revoltar todo homem de bom coração,

sobretudo os espíritas. Porque o espírito mais que

qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de

Deus.

O espírita deve pensar que sua vida inteira tem de ser um ato de amor e de

abnegação, e que por mais que faça para contrariar as decisões do Senhor,

sua justiça seguirá o seu curso.

Ele pode, pois, sem medo, fazer todos os esforços para aliviar o amargor da expiação, porque somente Deus pode cortá-la ou prolongá-la, segundo o que

julgar a respeito.

Não seria excessivo orgulho, da parte do homem, julgar-se com o

direito de revolver, por assim dizer, a arma na ferida?

De aumentar a dose de veneno para aquele que sofre, sob o pretexto de que essa é a sua

expiação

Oh!, considerai-vos sempre como o instrumento escolhido para fazê-la

cessar.

Resumamos assim: estais todos na Terra para expiar; mas todos, sem

exceção, deveis fazer todos os esforços para aliviar a expiação de vossos irmãos, segundo a lei de amor e

caridade.

• SÃO LUIS - Paris, 1860

28 – Um homem agoniza, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que o

seu estado é sem esperança.

É permitido poupar-lhe alguns instantes de agonia, abreviando-lhe

o fim?

Eutanásia

Mas quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus?

Não pode ele conduzir um homem até a beira da sepultura, para em seguida retirá-lo, com o fim de fazê-lo examinar-se a si mesmo e modificar lhe os pensamentos?

E.Q.M

A que extremos tenha chegado um moribundo, ninguém pode

dizer com certeza que soou sua hora final.

A ciência, por ação, nunca se enganou nas suas previsões?

Bem sei que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperados. Mas se não há

nenhuma esperança possível de um retorno definitivo à vida e à saúde,

não há também inúmeros exemplos de que, no momento do último suspiro, o doente se reanima e

recobra suas faculdades por alguns instantes?

Pois bem: essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, pois ignorais as reflexões que o seu Espírito poderia ter feito nas

convulsões da agonia, e quantos tormentos podem ser poupados

por um súbito clarão de arrependimento.

O materialista, que só vê o corpo, não levando em conta a existência da alma,

não pode compreender essas coisas. Mas o espírita, que sabe o que se passa além

túmulo, conhece o valor do último pensamento. Aliviai os últimos

sofrimentos o mais que puderdes, mas guardai-vos de abreviar a vida, mesmo que

seja apenas um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no

futuro.

SÃO LUIS - Paris, 1860

29 – Aquele que está desgostoso da vida, mas não querendo abreviá-la, será

culpado, indo procurar a morte num campo de batalha, com o pensamento

de torná-la útil?

Quer o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre o de

abreviar a vida, e por conseguinte, há o suicídio de intenção, embora

não haja de fato. O pensamento de que a sua morte servirá para

alguma coisa é ilusório, simples pretexto, para disfarçar a ação

criminosa e desculpá-los aos seus próprios olhos.

Se ele tivesse seriamente o desejo de servir à pátria, procuraria antes viver para dedicar-se à sua defesa, e não

morrer, porque uma vez morto já não serve para nada. A verdadeira

abnegação consiste em não temer a morte quando se trata de ser útil, em

enfrentar o perigo e oferecer o sacrifício da vida, antecipadamente e sem pesar,

se isso for necessário.

Mas a intenção premeditada de procurar a morte,

expondo-se para tanto ao perigo, mesmo a serviço, anula o mérito da ação.

SÃO LUIS - Paris, 1860

30 – Um homem se expôs a um perigo iminente para salvar a vida de um

semelhante, sabendo que ele mesmo sucumbirá; isso pode ser considerado

como suicídio?

Não havendo a intenção de procurar a morte, não há suicídio, mas devotamento e abnegação,

mesmo com a certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza? Quem diz que a Providência não

reservará um meio inesperado de salvação, no momento mais

crítico?

Não pode a salvar até mesmo aquele que estiver na boca de um canhão? Pode ela, muitas vezes, querer levar a prova da

resignação até o último limite, e então uma circunstância

inesperada desvia o golpe fatal.SÃO LUIS - Paris, 1860

31 – Os que aceitam com resignação os seus sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e com vistas à sua

felicidade futura, não trabalham apenas para eles mesmos, e podem

tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros?

Esses sofrimentos podem ser proveitosos para outros, material e moralmente. Materialmente, se, pelo

trabalho, as privações e os sacrifícios que se impõem

contribuem para o bem-estar material do próximo.

Alerta aos Espíritas

Moralmente, pelo exemplo que dão, com sua submissão à vontade

de Deus.

Esse exemplo do poder da fé espírita pode incitar os infelizes à

resignação, salvando-os do desespero e de suas funestas consequências para o futuro.

Uma linda noite e uma Feliz Semana!

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