\"Alentejo\"

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Poesia

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“Alentejo”“Alentejo”

Poema e Voz de César Salvado

Poema e Voz de César Salvado

Deixei a esperança nos braços

E a fome na estação.

Levei um embrulho de abraços

E um sorriso em cada mão!

Deixei a esperança nos braços

E a fome na estação.

Levei um embrulho de abraços

E um sorriso em cada mão!

Levei um sonho inteiro,

Um homem tem de sonhar!

Não se paga com dinheiro

O que um sonho pode dar!

Levei um sonho inteiro,

Um homem tem de sonhar!

Não se paga com dinheiro

O que um sonho pode dar!

Levei um pé de roseira

Nascido do meu desejo

E uma rama de oliveira

Carregada de Alentejo!

Levei um pé de roseira

Nascido do meu desejo

E uma rama de oliveira

Carregada de Alentejo!

Levei um pão já partidoTão branco como o teu rostoNa outra noite comidoCom lençóis ao nosso gosto!

Levei um pão já partidoTão branco como o teu rostoNa outra noite comidoCom lençóis ao nosso gosto!

Levei o cheiro da terra

Contente por ser lavrada,

Com pardais à nossa espera

Sobre o lance da enxada!

Levei o cheiro da terra

Contente por ser lavrada,

Com pardais à nossa espera

Sobre o lance da enxada!

Levei o trigo ceifado

Onde dormimos a sesta

Nesse Agosto tão amado

Queimando o teu corpo em festa!

Levei o trigo ceifado

Onde dormimos a sesta

Nesse Agosto tão amado

Queimando o teu corpo em festa!

E levei o Outono lento,

Também faz parte de nós;

Quero, à noite, ouvir o vento

E o canto da nossa voz!

E levei o Outono lento,

Também faz parte de nós;

Quero, à noite, ouvir o vento

E o canto da nossa voz!

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