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Profª Drª Cândida Almeida tecnologia - cibercultura - arte - design e criação ARTE E TECNOLOGIA referências estéticas e históricas de grupos e movimentos de arte a partir da segunda metade do século XX

Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX

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Page 1: Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX

Profª Drª Cândida Almeidatecnologia - cibercultura - arte - design e criação

ARTE E TECNOLOGIAreferências estéticas e históricas de grupos e movimentos de

arte a partir da segunda metade do século XX

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https://vimeo.com/37074698

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Grupo Fluxus (1961)

A própria vida pode ser vivenciada como arte.

Idealizador: George Maciunas (1931 - 78)

Um grupo informal, internacional, mutante. Uma comunidade em expansão.

Derivação do movimento neodadá.

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Grupo Fluxus (1961)

Multimidiático / Transmidiático

Opunha-se aos valores burgueses

Questionava o individualismo Rechaçava as galerias de arte

Valorização da criação coletiva

Era integrado por artistas de várias partes do mundo, como os alemães Joseph Beuys e Wolf Vostell, o coreano Nam June Paik, o francês Bem Vautier, e japonesa Yoko Ono, entre

outros.

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Grupo Fluxus (1961)

A origem do Fluxus situa-se em torno das aulas de música experimental ministradas por John Cage na

New School for Social Research. O músico, na tentativa de criar composições não-narrativas e aleatórias,

incorporando ruídos e interferências do meio, inspirou os artistas na tentativa de dialogar com o cotidiano em

seus trabalhos.

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Grupo Fluxus (1961)Manifesto

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Grupo Fluxus (1961)

ASCOLTA

https://www.youtube.com/watch?v=rZRpjFtzJpo

https://www.youtube.com/watch?v=Y9dTjUtRIR4

Piano Piece by George Maciunas excerpt

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A arte experimental da segunda metade do

Século XX

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As artes participativas

“A partir dos anos 1960 é possível encontrar, de forma mais explicativa, trabalhos que procuram colocar em

debate a visão contemplativa do observador em relação ao objeto estético e ao espaço ilusionista. Minimalismo, arte cinética, Grupo Fluxus e instalações são alguns dos

nomes que poderíamos citar como referência a essa arte mais participativa, que, ao romper com o mutismo

contemplativo preconizado pela arte tradicional, muitas vezes chama o público a explorar a obra de arte com a

utilização de outros sentidos além do olhar”(Priscila Arantes, 2012, p.36)

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cultura de massa, propaganda, consumismo, tecnologias

Arte pop:

Richard Hamilton - O que será que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? 1956 Roy Lichtenstein - In the car 1963

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cultura de massa, propaganda, consumismo, tecnologias

Arte pop:

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estruturas geométricas aparentemente simples, questionando, principalmente o espaço

Arte minimalista: arte elementar, arte estruturalista

Dan Flavin - Instalação com lâmpadas fluorescentes, 1974

Donald Judd - sem título, 1969

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Durante a guerra, o artista, após queda de avião, foi salvo pelos tártaros que envolveram seu corpo com feltro e

gordura. Esses materiais viraram símbolos artísticos da sobrevivência

Arte conceitual: arte da ideia

Joseph Beuys - A matilha, 1969 Piero Manzoni - Merd d'artist, 1961

Exaltou, rotulou, numerou e assinou 90 latas com seu próprio cocô. As latas,

vedadas mecanicamente, foram vendidas pelo seu peso, usando a

cotação diária do ouro.

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Videoarte

Popularização da televisão no final dos anos 60

Desenvolvida sob influência de diversas formas de expressão artísticas mais críticas.

A videoarte deve ser lida na esteira das conquistas minimalistas, mas também da arte pop, pela sua recusa em

separar arte e vida por meio da incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema.

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Videoarte

Na década de 70, depois de explorar as

potencialidades da escultura, o norte-

americano Gary Hill se voltou para a videoarte,

promovendo desde então a integração entre arte e novas

tecnologias.

https://www.youtube.com/watch?v=gDKam16nZUc

1977

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Videoarte

Hibridismos e exploração de outras mídias em conjunto com o audiovisual: happenings, performances e instalações,

por exemplo.

Pioneiros e principais artistas da videoarte: Wolf Vostell (do Fluxus), Nan June Paik, Bill Viola.

A televisão na mira da arte pela primeira vez. Os videoartistas se apropriaram da linguagem televisiva para

denunciar os perigos do seu uso cultural popular.

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Videoarte

Nam June Paik e a produção de imagens sintéticas

“Tudo é invenção pura, tudo se produz a partir de um endereçamento eletrônico artificialmente produzido. (…)

Não é imagem que me interessa, mas a fabricação da imagem: as condições técnicas e materiais de sua

fabricação, ou, dito de outra forma, a exploração vertical e horizontal das linhas de varredura.” (Paik apud Fargier,

1979, p. 12)

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Videoarte

https://www.youtube.com/watch?v=VEAUjFLSqXY

https://www.youtube.com/watch?v=7UXwhIQsYXY

Nam June Paik pioneiro na produção de imagens sintéticas

Televisão com inversão dos sinais de televisão, deu as diretrizes para os experimentos em videoarte. Formaram-se as primeiras imagens não-figurativas da TV.

Imagens modificadas com imãs

https://www.youtube.com/watch?v=3Kr4CoU3G04

https://www.youtube.com/watch?v=Z3cIW2fjX9I

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Videoarte

https://www.youtube.com/watch?v=fFX0cMYvtE8&list=PL21exUZ3uX4DZQarlls-

qj4dTJt25QMjJ&index=2

https://www.youtube.com/watch?v=Gqf_cuDf9qI

Bill Viola

https://www.youtube.com/watch?v=16qj5ChFA_k

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Videoarte

"A videoarte parte da ideia de espaço como campo perceptivo, defendida pelo minimalismo quando enfatiza o ponto de vista do observador como fundamental para a apreensão e produção da obra. Mas, se o trabalho de arte na perspectiva minimalista é definido como o resultado de relações entre espaço, tempo, luz e

campo de visão do observador, o uso do vídeo almeja  transformar de modo radical as coordenadas desse campo perceptivo, dando novo sentido ao espaço da galeria e às relações do observador com a obra. Colocado numa posição intermediária entre o espectador do cinema e o da galeria, o observador/

espectador da obra é convocado ao movimento e à participação". (in Itaú Cultural )

Fractals - o vídeo explorando as formas e os princípios da natureza pela matemática. Computer art.

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Videoarte no Brasil

Outras referências de videoarte

Sandra Koguthttps://www.youtube.com/watch?v=zXUwjd8W6vU

Éder Santoshttp://tvuol.uol.com.br/video/metropolis--eder-santos-expoe-cinema-em-sao-paulo-04029C346CCCC933A6

Otávio Donascihttps://www.youtube.com/watch?v=Vu_HGf_OhEs

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Videoarte

Videoarte no Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=MnOVW16_ihg

Regina Silveirahttps://www.youtube.com/watch?v=tlIlccI8Y9Q

https://vimeo.com/92234588 João Castilho

http://site.videobrasil.org.br

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Algumas obras videográficas contemporâneas para servirem de exemplo

e inspiração

https://vimeo.com/79207239An Instagram short film

Supermercado

https://vimeo.com/37074698

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A discussão sobre arte e tecnologiaA poesia concreta

Grupo Noigrandres

Décio PignatariHaroldo de CamposAugusto de Campos

Manifesto: Plano piloto para Poesia Concreta (1958)

Ruptura da poesia convencional de interpretação pautada na palavra. A poesia concreta assume a página, a forma e traz o

universo visual para diálogo com a palavra, estendendo e complexificando o significado da poesia, para além dos signos

verbais. Projeto verbivocovisual.

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A discussão sobre arte e tecnologiaA poesia concreta

Décio PignatariBeba Coca-Cola, 1957

https://www.youtube.com/watch?v=JrKG0xfPLj0

Tradução intersemiótica

audiovisual

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A discussão sobre arte e tecnologiaA poesia concreta

Haroldo de CamposNasce morre,

1958

https://www.youtube.com/watch?v=WXuRsJZsl4E

Tradução intersemiótica audiovisual

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A discussão sobre arte e tecnologiaA poesia concreta

Augusto de Campos

Luxo/Lixo, 1965

https://www.youtube.com/watch?v=yM8h9Ak5_tw

Tradução intersemiótica audiovisual

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A discussão sobre arte e tecnologia

As artes participativas: happenings, instalações, intervenções, performances

Segundo Walter Zanini (in Domingues, 1997, p. 233), dois fatores são fundamentais para a contextualização dessas

poéticas artísticas:

- A crise dos suportes tradicionais com a difusão de novos materiais e técnicas industriais. Provocada pela intensificação da

cultura urbana.

- Ruptura da concepção de arte enquanto objeto. Nesse sentido, pode-se considerar que a arte vai muito além do que a

obra.

Page 29: Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX

A discussão sobre arte e tecnologia

As artes participativas: happenings, instalações, intervenções, performances

As obras, passam a ter um caráter sensorial aprofundado.Relação de intimidade com o público que, é um ator, da relação

artística. Segundo Ferreira Gular (1999)

O espectador - que já então não é apenas o espectador imóvel - é chamado a participar ativamente da obra, que não se esgota, que não se entrega totalmente, no mero ato contemplativo: a obra

precisa dele para se revelar em toda a sua extensão. Mas aquela estrutura móvel possui uma ordem interna, exigências, e por isso

não bastará o simples movimento mecânico da mão para revelá-la. Ela exige do espectador uma participação integral, uma vontade de

conhecimento e apreensão. (p.256)

Page 30: Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX

A discussão sobre arte e tecnologia

As artes participativas: happenings, instalações, intervenções, performances

Lygia Clark - BichosEsculturas metálicas interativas, articuláveis. Criados nos anos 60,

mas tiveram impacto até os anos 80. Manipulação dos bichos: https://www.youtube.com/watch?v=K9ZIrXlPI6c

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A discussão sobre arte e tecnologia

As artes participativas: happenings, instalações, intervenções, performances

Helio Oiticica - Parangolés

Autodenominada pro Hélio Oiticica como “antiarte”. Elemento vestível que se apresenta com o movimento do corpo. Incorporação.

https://www.youtube.com/watch?t=115&v=yGYHJaGXHOU

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Arte e mídia segundo Arlindo Machado

Arlindo Machado defende o termo ARTEMÍDIA designando as formas de expressões artísticas que exploram e potencializam

os recursos tecnológicos das mídias e seus canais de transmissão.

Stricto sensu, o termo compreende, portanto as experiências de diálogo, colaboração e intervenção crítica nos meios de comunicação de massa. Mas, por extensão, abrange também quaisquer experiências artísticas que

utilizem os recursos tecnológicos recentemente desenvolvidos, sobretudo nos campos da eletrônica, da

informática e da engenharia biológica. (Machado, 2010, pos. 27 de 842)

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Arte e mídia segundo Arlindo Machado

Arlindo Machado defende o termo ARTEMÍDIA designando as formas de expressões artísticas que exploram e potencializam

os recursos tecnológicos das mídias e seus canais de transmissão.

O que faz, portanto, um verdadeiro criador,em vez de simplesmente submeter-se às determinações do aparato técnico, é subverter continuamente a função da máquina ou do programa que ele utiliza, é manejá-los no sentido

contrário ao de sua produtividade programada. (Machado, 2010, pos. 100 de 842)

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Arte e mídia obras contemporâneas

Daniel Rozin, “PomPom Mirror,” 2015

https://vimeo.com/128375543

Page 35: Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX

Arte e ciência: obras contemporâneas

Fabian Oefner

https://www.youtube.com/watch?v=FAs6ILaXSPM

Page 36: Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX

Arte e ciência: obras contemporâneas

Fabian Oefner

https://www.youtube.com/watch?v=Mh3_wYHdeVs&list=PL6GmfX3_kGy7A55UzEBCqtTMjPvNiQ6Di&index=2

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANTES, Priscila. @rte e mídia: perspectivas da estética digital. São Paulo: Editora Senac, 2012

DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimento: guia enciclopédico da arte moderna. São Paulo: Cosac Naifa, 2010

DOMINGUES, Diana. A arte no século XXI - A humanização das tecnologias. São Paulo: Unesp, 1997

GULLAR, Ferreira. Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revan, 1999