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Homilética - A Arte de Pregar e Falar em Publico Prof. Abdias Barreto. CAPP Centro Apologético Plenitude da Palavra. Página 3 Homilética A Arte de pregar e Falar em Publico CAPP Centro Apologético Plenitude da Palavra MARANATA! Ora Vem Senhor Jesus... Fortaleza - Ce 2015 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. Rm 12, 6-8. Romanos 12:6-8 1ª Tm 4. 1-3.

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MARANATA! Ora Vem Senhor Jesus...

Fortaleza - Ce

2015

De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. Rm 12, 6-8. Romanos 12:6-8 1ª Tm 4. 1-3.

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Título: Homilética – A Arte de pregar e Falar em Publico

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etc.) a não ser em citações breves com indicação da fonte.

Impresso no Brasil

ISBN

CATALOGAÇÃO NA FONTE DO

DEPARTAMENTO NACIONAL DO LIVRO

B2794 © Copyright Barreto, Abdias.

cm 14X2122/2p.

Apologética Cristã, Teologia Sistemática. / Abdias Barreto.

Cristologia – Bibliologia – Religiões.

Educação religiosa – Teologia, Escolas e Cursos.

Fortaleza: 2014.

CDD 232.14

As citações bíblicas foram extraídas da Edição Revista e Atualizada

de João Ferreira de Almeida, publicada pela Sociedade Bíblica.

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SUMARIO

I - DAS POSSIBILIDADES DE SER UM ORADOR:

II - DO APERFEIÇOAMENTO PESSOAL:

QUALIDADES DE UM BOM PREGADOR

O QUE O PREGADOR NÃO DEVE FAZER

A ESTRUTURA E DIVISÃO DO SERMÃO

I - A INTRODUÇÃO

TIPOS DE SERMÕES

a) Sermão Temático:

b) Sermão Textual:

c. Sermão Expositivo

PREPARO E APRESENTAÇÃO DO SERMÃO

O PREPARO DO SERMÃO 18

A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO

O PREGADOR DIANTE DO AUDITÓRIO

Como Preparar Sermões Bíblicos

I. O QUE VOCÊ PRECISA SABER

1. Sobre o Preparo do Sermão:

2. Sobre o Preparo Pessoal:

3. Sobre os Ouvintes:

II. A ESTRUTURA DO SERMÃO

1. Introdução

2. Desenvolvimento do Assunto (Divisões do Tema)

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3. Aplicação

4. Conclusão (Apelo)

5. O que é ?

III. PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO

1 . Temático

2. Textual

3. Expositivo

IV. PREPARANDO O ESBOÇO

V. CUIDADOS A TOMAR

Princípios Básicos para Melhorar sua Pregação

COMO PREGAR SERMÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR

VIDAS

Duas perguntas quanto ao

conteúdo do sermão

CINCO PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO

COMO PREPARAR BONS SERMÕES

ESBOÇOS PARA IDÉIAS DE SERMÕES

CONCLUSÃO

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INTRODUÇÃO

Já apareceram grandes pregadores neste mundo, mas Jesus Cristo é o

modelo de pregador eficiente. Qual era Seu segredo? Seu segredo era

que Suas mensagens não vinham d’Ele mesmo. Ele mesmo afirmou:

“Porque eu não tenho falado por Mim mesmo, mas o Pai, que me

enviou, esse Me tem prescrito o que dizer e o que anunciar”. Jo 12:14.

O segredo do êxito de Jesus em mudar vidas com Sua forma de pregar

é que Sua fonte de inspiração era o Deus Pai. Suas palavras surtiam

efeito.

Transformavam vidas. Através das palavras, Jesus conseguia atrair as

pessoas e levá-las a uma nova experiência de vida, esperança e

confiança em Deus.

Por que as vezes nossos sermões são fracos e pobres em transformar

vidas? Por que não conseguimos levar almas contritas aos pés de

Jesus? Por que as vezes pregamos e nada acontece em nossa vida e na

vida de nossos ouvintes?

É que falta-nos o poder da Palavra de Deus. Jesus estava sempre em

harmonia com a vontade da Palavra de Deus. Deus era Sua fonte em

todos os momentos. “Não tenho falado de Mim mesmo”. Jesus

possuía uma mensagem vinda de fora d’Ele. O Pai conduzia o que Ele

deveria falar. “O Pai, que me enviou, tem prescrito o que dizer e

anunciar.“ Jo 12:49.

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Como pregar de tal forma que transformemos vidas? Poderemos fazê-

lo, quando permitirmos que o Espírito Santo nos guie, iluminando

nossa mente para entendermos as necessidades de nossos ouvintes e

supri-las com o poder da pregação bíblica. “Assim diz o Senhor!” Esta

deve ser a tônica de nossa pregação.

Mostrar aos nossos ouvintes qual a vontade de Deus para eles, e como

podem colocar suas vidas em conformidade com esta vontade; eis a

mais urgente necessidade em nossas pregações.

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CAPÍTULO I

A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO

ORATÓRIA é a expressão pública das ideias por meio de palavras

com um fim de caráter prático.

I - POSSIBILIDADES DE SER UM ORADOR:

“Qualquer pessoa, física e mentalmente capacitada para falar, pode

tornar-se orador eficiente sem que para isso, necessite de dotes de

eloquência. Basta aprender, pelo estudo e pela prática, a desenvolver

suas qualidades naturais e os recursos de saber e experiência.”

Oratória Eficiente de Hoje, pag. 24

“O orador eficiente não é o que exibe qualidades de boa voz,

facilidade de expressão e simpatia pessoal, apenas. O orador eficiente

é o que tendo em vista determinado objetivo, seja informar, persuadir

ou deleitar, plenamente o consegue pela influência que exerce no

auditório.”

II – O APERFEIÇOAMENTO PESSOAL:

“O homem é um ser que se aperfeiçoa. Pela instrução conhece a vida;

pela educação adapta-se à vida; pela cultura, eleva-se na vida... E é a

leitura, principalmente a leitura que oferece ao homem a preciosa

oportunidade de se aprimorar: física, intelectual e moralmente.”

Oratória Sacra, pag. 24

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QUALIDADES DE UM BOM PREGADOR

1. CARÁTER

2. SATISFAÇÃO

3. CORAGEM

4. SAÚDE

5. CONHECIMENTO DE:

a) Jesus

b) Bíblia

c) Natureza Humana

O QUE O PREGADOR NÃO DEVE FAZER

1. Não deve colocar as mãos ou a mão nos bolsos das calças ou paletó.

2. Não deve ficar o tempo todo com o dedo indicador em forma

acusadora.

3. Não deve dar socos na mesa.

4. Não deve ficar abotoando e desabotoando o paletó.

5. Não deve ficar arrumando a gravata.

6. Não deve alisar os cabelos a todo instante.

7. Não deve brincar nervosamente com a gola do paletó.

8. Não deve ficar pondo e tirando o relógio.

9. Não jogar a Bíblia sobre o púlpito depois de lida.

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A ESTRUTURA E DIVISÃO DO SERMÃO

As três divisões de um sermão são:

1. Introdução ou Exórdio

2. Corpo ou Exposição

3. Conclusão ou Epílogo

I - A INTRODUÇÃO

“Cícero definiu a introdução como sendo a oração que prepara o

ânimo do ouvinte para bem receber o restante do discurso. É o cartão

de visitas do orador. Apresenta-o ao público, dizendo da sua

competência e pretensões.”

Oratória sacra, pag, 115

Na introdução o pregador prepara e desperta a mente dos ouvintes

para o assunto a ser abordado e introduz o assunto.

Tipos de Introdução:

a) Direta

b) Indireta

c) Improviso

Evitar na Introdução:

a) Desculpas

b) Sensacionalismo

c) Excesso de Humor

d) Excesso de Humildade

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e) Expressões Rotineiras

TIPOS DE SERMÕES

Os três tipos são:

a) Sermão Temático

b) Sermão Textual

c) Sermão Expositivo

a) Sermão Temático:

1. É aquele cuja divisão das idéias é extraída do tema. Ou aquele cuja

forma ou estrutura resulta das palavras ou idéias contidas no assunto.

2. É o tipo de sermão mais usado por ser o de mais fácil divisão e mais

fácil de ser preparado.

3. É muito apropriado para a evangelização, o ensino das doutrinas, o

estudo bíblico, discussão de temas éticos, etc.

4. A divisão está independente do texto.

a) Uma vez usado o texto, não tem que usar-se mais. A não ser que

contenha a idéia central.

5. É o de mais lógica. O sermão temático é o que mais se presta à

observação da ordem e harmonia das partes.

6. É o mais apropriado para os que estão iniciando no púlpito.

7. Escolhe-se o tema e busca-se em qualquer pane da Bíblia, textos

que apoiem as idéias selecionadas.

8. Exemplos de sermões temáticos:

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Não podemos nos esconder de Deus:

a) Jó 34:21- Seus olhos estão sobre os caminhos dos homens.

b) l Samuel 16:7 - Deus olha o coração.

c) ll Crônicas 16;9 - Jeová contempla para fortalecer.

As quatro ressurreições por Jesus:

a) Ressurreição logo após a morte - Marcos 5:21-23 e 35-43

b) Ressurreição após 24 horas - Lucas 7:11-17

c) Ressurreição após 4 dias - João 11;17; 38-45

d) Ressurreição após vários séculos - João 5:28-29; Ap. 20: 6

Jesus chorou:

a) Por causa do homem - João 11:32.36

b) Por causa de uma cidade - Lucas 19:28; 41-44

c) Por causa do mundo - Mateus 26:36-38; Lucas 22:44

b) Sermão Textual:

1. É aquele cuja divisão (idéias principais) é tirada do texto bíblico.

a) As idéias secundárias podem ser buscadas em outros textos

bíblicos.

2. Este gênero de trabalho para o púlpito faz fixar a atenção numa

parte das Escrituras.

3. É profundamente bíblico e ajuda a levar o ouvinte mais perto do

coração da Bíblia.

4. Obriga o pregador a estudar constantemente a Bíblia.

5. É muito apropriado para as pregações sistemáticas e consecutivas

de livros da Bíblia e de textos isolados.

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6. Geralmente usa-se um ou dois versos.

7. Exemplos de sermões textuais:

Seleção das idéias apenas:

O que Deus espera do cristão: Miquéias 6:8

a) Que pratique a justiça.

b) Que ame a beneficência.

c) Que ande humildemente com o Senhor.

Passos para Deus nos ouvir: II Crônicas 7:18

a) Conversão.

b) Buscá.lo.

c) Humildade.

d) Oração.

Segredo para vitória: Filipenses 3:13 e 14

a) Uma coisa faço.

b) Esqueço-me do que para trás fica.

c) Prossigo para o alvo.

d) Busco o prêmio em Jesus.

Reverência para com Deus: Apocalipse 14:7

a) Temei a Deus.

b) Dai-lhe glória.

c) Adorai-o.

c. Sermão Expositivo

1. “É aquele que surge de uma passagem bíblica com mais de

dois ou três versículos. Teoricamente este tipo de sermão difere do

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sermão textual, principalmente pela extensão da passagem bíblica em

que se baseia; na prática ambos se sobrepõem.

A Pregação de Sermões, pag. 70

2. É o que se ocupa principalmente da exegese ou exposição

completa de um texto, frases ou palavra das Escrituras.

3. A palavra chave é “exposição”, que dá uma idéia de

“explicar”, “por diante de”.

4. O pensamento bíblico ou do escritor bíblico que determina a

essência da pregação expositiva.

5. A pregação expositiva seria a forma mais autêntica da

pregação e segue a prática dos grandes pregadores do passado, como:

Santo Agostinho, Lutero, Calvino,etc.

6. A mensagem expositiva faz mais das Escrituras, contribuindo

para um maior conhecimento bíblico, criando maior interesse na

Bíblia e não nos assuntos. Isto honra as Escrituras e alimente os

ouvintes.

7. “Nos quatro Evangelhos quase todos os parágrafos contêm

material para um sermão expositivo, que pode não ser difícil de

preparar. Especialmente as parábolas se prestam a isso, pois todas elas

evidenciam a imaginação inspirada operando como os fatos da vida.”

A Pregação de Sermões, pag. 74

8. Exemplos de sermões expositivos:

a) Apenas sugerimos as idéias que deverão ser

desenvolvidas pelos alunos do curso.

A importância do cristão para o mundo:

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a) Vós sois o sal da terra - v.13

b) Vós sois a luz do mundo - v,14

c) Resplandeça a vossa luz- Em boas obras - v. 16

Atos gigantes em direção a Cristo: Marcos 10:46-52

a) Assentado junto do caminho (ato de humildade) -

v.46

b) Começou a clamar (ato de coragem) - v. 47

c) Levantou-se (ato de fé) - v.50

d) Seguiu a Jesus (ato de perseverança) - v.52

Subamos a Betel:

a) Tirai os deuses estranhos do meio de vós - v.2

b) Purificai-vos - v.2

c) Mudai os vossos vestidos - v.2

d) E levantemo-nos - v.3

Quando um jovem vai à igreja: Isaias 6:1-8

a) Tem ampla visão de Deus - v. 1-14

b) Reconhece o seu pecado - v. 5

c) Sente necessidade de purificação - v.7

d) Alista-se para o serviço - v.8

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PREPARO E APRESENTAÇÃO DO SERMÃO

1. SERMÃO só é sermão, quando sai do coração, vai para a mente do

pregador e dela para a mente do ouvinte e depois para o seu coração.

a) Sermão é o extravasar do coração.

2. Não pregue sobre a volta de Cristo se você não está de todo coração

querendo que Ele volte,

3. Por isso, desde o preparo do sermão até a sua apresentação, temos

de ter absoluta consciência da presença do Espírito Santo e de uma

comunhão com Cristo.

I. A escolha do assunto:

1. Quatro fatores devem ser levados em consideração para a

escolha do assunto:

a) O interesse de pregador pelo assunto;

b) A competência do pregador para desenvolvê-lo;

c) O interesse do auditório pelo assunto;

d) A oportunidade do fato (condição da época).

2. Verificar a freqüência com que o assunto tem sido pregado

naquela congregação; ou que ângulos do assunto têm sido abordados.

3. Buscar a aprovação de Deus para o assunto através da oração.

4. Defina o tema ou assunto.

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O PREPARO DO SERMÃO

1. Ore e medite para que haja desenvoltura na pregação do

sermão.

2. A primeira preocupação na estrutura do sermão é em preparar

o corpo, depois a conclusão e por último a introdução.

3. Defina a idéia central do sermão.

4. Depois de definida a idéia central, responda para você mesmo

as seguintes perguntas:

a) O que o autor quer dizer com este texto?

b) Que aplicação o autor queria dar ao povo dos seus dias?

c) Que aplicação tem o texto para a minha vida?

d) Que aplicação tem o texto para a congregação onde vou

pregá-lo?

5. Estabelecer as divisões principais do sermão, que chamamos

de “o esqueleto do sermão.”

6. Fazer um rascunho.

7. Descobrir um grupo de pensamentos que sejam úteis no

desenvolvimento do tema.

8. Acrescente as idéias complementares que serão “a carne no

esqueleto”, e que servirão de apoio as idéias principais. Faça uso de

uma chave bíblica para facilitar a desenvoltura do corpo.

9. Veja algumas ilustrações que contribuam para a beleza do

conteúdo.

a) Um sermão sem ilustrações é como um edificio sem janelas.

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b) Deve-se evitar ilustrações longas, sarcásticas, histórias que

ridicularizam ou piadas.

importunas em conexão com seus sermões, pois isso re- dunda em

detrimento da força da verdade presente.A ver- dade deve ser

revestida de linguagem casta e digna e as ilustrações empregadas

precisam ser do mesmo caráter.” O.E- pag. 166

“...De seus lábios não sairá palavra alguma leviana, frívola,

pois não é ele embaixador de Cristo, podador de uma mensagem

divina para as almas que perecem? Toda pilhéria e gracejo, toda

leviandade e frivolidade é dolorosa para o discípulo que carrega a cruz

de Cristo. Atendei à ordem: “Sede santos como Eu também Sou

santo.”

Evangelismo, pags. 206, 207

c) As ilustrações explicam e iluminam:

Despertam e aumentam o interesse.

Ajudam a relembrar a pane prática do sermão.

Fortalecem a idéia central do sermão.

Provêm descanso mental.

Deleitam.

Comovem os sentimentos.

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A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO

O PREGADOR DIANTE DO AUDITÓRIO

a) Suba à plataforma bem preparado, mas dependente do Espírito

Santo.

b) Comece com calma.

c) Prossiga de modo modesto.

d) Não trema.

e) Fale com clareza, sem declamar.

f) Empregue frases curtas e bem claras.

g) Evite monotonia.

h) Seja sempre senhor da situação.

i) Não empregue sarcasmos, expressões maliciosas, nem

provoque risos, pois o pregador é representante de Deus e não de um

circo.

j) Não ataque hostilmente.

k) Ande na plataforma com a devida dignidade.

l) Não ilustre com narrações longas.

m) Não se elogie a si mesmo.

n) Não se afaste do texto ou do tema.

o) Não canse os ouvintes com discursos extensos.

p) Procure suscitar interesse.

q) Fale com autoridade, mas não em tom de mando.

r) Fixe o olhar nos ouvintes.

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s) Não crave os olhos nem no chão, nem no teto, nem tampouco

em algum ouvinte particular.

t) Quando for citar um texto bíblico, cite primeiro o livro, depois

o capítulo e por último o verso.

u) Exalte a Cristo.

“As pessoas não vêm à igreja para ouvir um sermão. Vêm à igreja

esperando que o sermão chegue ao coração, satisfaça as suas

necessidades e modifique a sua vida. As pessoas querem ser mudadas.

Estão cansadas, tão cansadas da vida de fracassos que vivem. Não

querem somente pregação, mas ajuda e se alguém pode dar-lhes esta

ajuda o povo vem”.

Para você que quer ser Líder, pag. 206

“Não se trata de alguém que “toma a hora” ou “ocupa o púlpito”. Isto

não é o que o povo quer. Necessitam de ajuda para viver

vitoriosamente.

Necessitam de ajuda para a difícil viagem da vida. Necessitam de

reprovação, encorajamento, advertência e amor. Necessitam disto

urgentemente, porque a hora é avançada e suas necessidades são

grandes.”.

“O pregador que o povo mais ama é aquele que lhes dá ajuda para sua

vida diária.”

Para você que quer ser Líder pag. 207

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CAPITULO II

Como Preparar Sermões Bíblicos

I. O QUE VOCÊ PRECISA SABER

1. Sobre o Preparo do Sermão:

1.1.É indispensável possuir os seguintes materiais: uma Bíblia, uma

Concordância (Chave Bíblica) e um Dicionário Bíblico.

1.2. O estudo principal deve ser feito na Bíblia, mas há um

importante material de apoio nos livros do Espírito de Profecia e

Comentários Bíblicos em geral.

1.3.O ideal é montar seu próprio esboço evitando mensagens prontas;

é mais difícil, mas é a mensagem de maior poder.

1.4. O semão deve ser simples e claro para que todos compreendam

a mensagem de Deus.

2. Sobre o Preparo Pessoal:

2.1. O fator mais importante no preparo do sertão é o preparo do

pregador.

2.2. Conhecimento, técnicas ou talentos naturais não podem

substituir um coração fervoroso, humilde, consagrado e entregue à

direção de Cristo.

2.3. Só quem está em comunhão com Deus pode influenciar e

inspirar os ouvintes e levá-los ao cresdmento espiritual.

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2.4. O Pregador deve ser uma pessoa de oração. O sermão deve ser

resultado da influência de Deus na mente do pregador em resposta às

suas orações.

2.5. Deve ser um habitual estudante da Bíblia e não apenas usá-la

para preparar o sermão.

3. Sobre os Ouvintes:

3.1. A mensagem deve suprir a necessidade pessoal do ouvinte.

3.2. As pessoas esperam que a mensagem traga solução para seus

problemas.

3.3. Todos tem dificuldades, a mensagem deve trazer alento e

sugerir soluções. Eis alguns dos problemas que as pessoas enfrentam:

a. Solidão.

b. Sentimento de Culpa.

c. Dificuldades Financeiras.

d. Medo do Futuro.

e. Problemas Familiares .

II. A ESTRUTURA DO SERMÃO

1. Introdução

Seu objetivo é despertar o interesse no assunto do sermão e esclarecer

o propósito da mensagem.

2. Desenvolvimento do Assunto (Divisões do Tema)

São as seções principais do sermão. É a distribuição ordenada do

assunto.

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As divisões:

2.1. Tornam as idéias claras.

2.2. Promovem a unidade do assunto.

2.3. Enfatizam os ponto principais.

3. Aplicação

É um dos elementos mais importantes do sermão, é a apresentação

prática da mensagem e a explanação de como torná-la parte do modo

de vida pessoal.

4. Conclusão (Apelo)

É o momento de falar ao coração, solicitando que o ouvinte aceite a

mensagem e decida colocar sua vida em conformidade com a mesma.

4.1. Partes da Conclusão:

a. Recapitulação - Ressalta as idéias principais.

b. Ilustração - Alcança o coração do ouvinte.

c. Apelo - Convite para mudar.

d. Motivação - É o “como” obter a mudança que o apelo sugere.

5. O que é?

5.1. Título do sermão - É a expressão do assunto que será pregado.

5.2. Propósito do Sermão - É a frase que resume toda a idéia que

o sermão vai apresentar.

5.3. Ilustração - É um recurso que toma a mensagem mais clara e

o ouvinte mais suscetível ao sermão. Ela está para o sermão assim

como a janela está para casa.

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A janela permite a entrada de luz, a ilustração possibilita o

esclarecimento da mensagem.

Ilustrar significa “lançar luz”.

III. PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO

1 . Temático

É aquele que apresenta um assunto, doutrina ou verdade Bíblica

independente dos textos usados.Seu conteúdo é totalmente Bíbli-co.É

um assunto Bíblico apoiado por várias passagens da Bíblia.

Exemplo de Sermão Temático:

Causas das Orações não Respondidas

I. Pedir Mal - Rago4:3.

II. Pecado no Coração - Salmo 66:18.

III. Duvidar da Palavra de Deus - Rago 1:6, 7.

IV. Vãs Repetições - Mateus 6:7.

V. Desobediência - Provérbios 28:9.

2. Textual

É aquele que apresenta um texto ou pequena porção da Bíblia. Cada

frase oferece um argumento que aponta para o assunto principal do

texto.

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Exemplo de Sermão Textual:

Dando Prioridade às Coisas Importantes

Texto: Esdras 7:10.

Assunto: O propósito do coração de um homem de Deus.

l. Disposição de Conhecer a Palavra de Deus.

“Esdras tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor”.

1. Numa corte pagã.

2. De maneira completa,

II. Disposição de Obedecer a Palavra de Deus.

“e para a cumprir”.

1. Prestar obediência imediata.

2. Prestar obediência completa.

3. Prestar obediência contínua.

III. Disposição para Ensinar a Palavra de Deus.

“e para ensinar em Israel os Seus estatutos e os seus juízos”.

1. Com Clareza.

2. Ao Povo de Deus.

Observação - As subdivisões foram extraídas do contexto do livro de

Esdras e de passagens que ele conhecia como escriba: Esdras

7:6,11,12,14,21 e 25; Esdras cap. 9 e 10; Josué 1:8; Provérbios

8:34,35; Jeremias 29:13 e Neemias 8:5-12.

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3. Expositivo

É aquele que apresenta o assunto de uma porção maior da Bíblia. A

maior parte do conteúdo provém diretamente da passagem. O esboço

consiste em uma série de idéias que giram em tomo do assunto

principal.

Exemplo de Sermão Expositivo:

A Luta da Fé e a Condição para a Vitória

Texto: Efésios 6: 10-18.

Assunto: Aspectos relacionados com a batalha espiritual do cristão.

l. A Moral do Cristão. v 10 -14a.

1. Deve ser elevada. v 10.

2. Deve ser time. v 11-14a.

ll. A Armadura do Cristão. v 14-17

1. Armas de defesa. v 14-17a.

2. Armas de ataque. v 17b.

lll. A Vida de oração do Cristão. v 18.

1. Deve ser persistente. v 18.

2. Deve ser intercessora. v 18b.

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IV. PREPARANDO O ESBOÇO

1. Escolher a Passagem Bíblica.

Ao escolher a passagem tenha em mente as necessidades espirituais e

temporais da congregação, dificuldades, tensões ou ocasiões especiais.

O texto deve ser apropriado para a ocasião e precisa-se confiar na

direção do Espírito Santo.

2. Estudar o Assunto.

Pesquisar a passagem para não aplica-la fora do contexto.

3. Descobrir o Ponto Principal da Mensagem.

Descobrir o princípio bíblico da mensagem que se aplique a todas as

épocas e a todas as pessoas.

Estabelecer o relacionamento da mensagem com a vida dos ouvintes.

4. Construir do Esboço.

Depois do estudo do assunto, estabelecer as divisões do tema de forma

progressiva, do mais simples para o mais amplo esclarecimento da

verdade bíblica.

5. Preencher o Esboço.

Acrescentar subdivisões para que o assunto seja bem esclarecido.

Onde for próprio ilustrar o assunto, usar a ilustração de forma

apropriada para ajudar no esclarecimento do tema.

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6. Preparar a Conclusão, Introdução e Título.

Enquanto os pensamentos da mensagem estão claros na mente,

preparar a conclusão. A conclusão não deve ser longa, pois a atenção

da maioria dos ouvintes é limitada.

A introdução e o título são feitos por último. Depois de tudo pronto a

visão do assunto é mais clara e é mais fácil preparar estas partes que

despertam o interesse no sermão.

V. CUIDADOS A TOMAR

1. Não Usar Títulos Impróprios.

O título deve estar de acordo com a dignidade do púlpito, não deve ser

sensacionalista ou extravagante.

2. Não Usar Textos fora do Contexto.

Não fazer uma aplicação indevida do texto bíblico, dizendo o que a

Bíblia não diz.

3. Não Preparar Sermões Longos.

4. Não Fugir do Assunto.

5. Não Usar Passagens Bíblicas em Excesso.

6. Não Usar Temos Impróprios para o Púlpito.

O púlpito não é um lugar para contar anedotas.

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DICAS

1. Movimento das mãos

1.1 Abertas: Convite.

1.2 Fechadas: Poder.

1.3. Indicador em riste: Toque ao coração, endereçar.

2. Naturalidade

O público o aceitará mais se for natural, desta forma você passará

credibilidade às pessoas.

3. Avaliação

Peça para sua esposa criticar sua pregação.

4. Estilo

Use seu próprio estilo, não tente imitar alguém.

5. Preparo

Pregar sem esboço não significa pregar sem estudo e preparo.

6. Diversas informações importantes

6.1.Leve a pessoa a comprometer-se com o tema.

6.2.Observe o brilho dos olhos.

6.3.Se uma criança de 6 a 9 anos entender o sermão, todos

entenderão.

6.4.Nenhum sermão deve ser terminado sem um apelo.

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CAPÍTULO III

COMO PREGAR SERMÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR

VIDAS

O sermão não deve ser pregado apenas para informar, mas também

para mudar. Mudança é o inicio do crescimento em todos os níveis.

Tiago, inspirado pelo poder do Espírito Santo, escreveu: “E lembrem-

se: esta mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir.”Tiago

1:22.BV. O pregador tem de ter em mente que seu sermão deve levar

os seus ouvintes a mudarem de atitudes, precisam obedecer não

somente ouvir a Palavra do Senhor.

Salomão também tinha isto em mente quando escreveu: “As palavras

do homem sábio nos forçam a tomar uma atitude. Elas explicam

claramente verdades muito importantes. Os Alunos que aprendem

bem o que os professores ensinam serão sábios.” EM. 12:11 BV.

Tomar atitude de mudar, de permitir ser transformado pelo poder da

Palavra de Deus.

Duas perguntas quanto ao Conteúdo do sermão

1. A quem vamos pregar?

Há muita sabedoria no que o Apóstolo Paulo diz: “Quando estou com

aqueles cuja consciência facilmente os inquieta, não ajo como se eu

soubesse tudo e não digo que eles são tolos; o resultado é que assim

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eles estão dispostos a me deixar ajudá-los. Sim, qualquer que seja o

tipo de pessoa, eu procuro achar um terreno comum com ela, para que

me permita falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isto

para levar o Evangelho a eles e também pela bênção que eu próprio

recebo, quando os vejo ir a Cristo”.

I Cr. 9:22-23. BV.

Precisamos perguntar antes de preparar o sermão:Quais são as

necessidades de meu auditório? Quais suas preocupações? Quais são

suas feridas emocionais? Então procurar apresentar a Cristo como

solução para suas necessidades. Paulo orienta: “... Digam só o que é

bom e útil àqueles com quem vocês estiverem falando, e o que resulte

em bênçãos para eles.” Ef. 4:29. BV.

Na base de nosso cérebro há uma glândula denominada de RAS

(Sistema Ativante Reticular), que faz com que focalizemos uma coisa

por vez. Ou seja, prestamos atenção em uma coisa por vez. Quando

pregamos, é bom entendermos que as pessoas que estão nos ouvindo,

prestam atenção em um assunto por vez. Então, se falamos aquilo que

as interessam faz com que focalizem sua atenção para o assunto e o

entenda; pois sabem que iremos falar aquilo que preencherá suas

necessidades.

Os cientistas dizem que a pessoa focaliza três coisas:

1. Coisas que possuam valor - Aquilo que é de valor para ela.

2. Coisas fora do comum - Aquilo que é extraordinário, espetacular.

3. Coisas que ameaçam - Aquilo que ameaça sua vida.

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O sermão tem de iniciar onde o povo está, para levá-lo onde deveriam

estar. Deus sabe as necessidades do povo e Ele dará ao pregador a

mensagem para suprir as necessidades do povo. A necessidade do

povo é frequentemente a chave, para o que Deus quer que falemos.

2. O que a Bíblia diz sobre suas necessidades?

Jesus, estando em uma sinagoga em Nazaré, deixou clara a missão do

Messias ao ler estas palavras: “O Espírito do Senhor está sobre Mim;

Ele Me nomeou para pregar a Boa Nova aos pobres; mandou-me

anunciar que os presos serão libertados e os cegos verão; que os

oprimidos serão libertados de seus opressores, e que Deus está pronto

a abençoar todos aqueles que vêm a Ele.” Lc. 4:18-19 BV. Não seria

também nossa missão? Não somos embaixadores de Cristo para

pregarmos Sua mensagem ao povo? Que tipo de necessidades Jesus

quer atender através de nossa voz? Que necessidades nossos sermões

têm suprido?

Paulo ao escrever ao ministro da Palavra, Timóteo, diz: “A Bíblia

inteira nos foi dada por inspiração de Deus,e é útil para ensinar o

que é verdadeiro, e nos fazer compreender o que está errado em nossas

vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto.” II Tm.

3:16 BV.

Se aproveitássemos mais as riquezas contidas na Palavra de Deus para

instruirmos e mostramos ao povo o caminho a seguir, teríamos mais

sucesso em ver pessoas rendidas aos pés de Jesus e serem

transformadas pelo poder da Palavra. “A Palavra de Deus está repleta

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de princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os

testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua

atenção particularmente para esses princípios”. Ellen G. White,

Mensagens Escolhidas, Vol. III, pag. 31.

O propósito da vida é transformar o caráter, não ensinar doutrinas. É

urgente a necessidade de pregarmaos de forma que coloquemos diante

do povo, o que a Palavra de Deus diz a respeito de seus problemas.

Como ele pode encontrar em Deus e na Sua Palavra, conforto,

esperança, luz e soluções para suas apreensões e insegurança. Como

pregadores, ensinamos as pessoas que elas precisam melhorar seu

relacionamento com Deus. Que precisam confiar nEle. Mas o grande

dilema é: como? Esta é a pergunta que vai na mente de nossos

ouvintes. Como posso ser melhor? Como posso encontrar soluções

para meus problemas? Como ser fiel a Deus? Como conduzir minha

família nos caminhos do Senhor? Sim, ser bom cristão, mas como?

Precisamos responder estas perguntas com o “Assim diz o Senhor”.

CINCO PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO

I - Qual a maneira mais prática de apresenta-lo?

Se o alvo da pregação é transformar vidas, a primeira preocupação do

pregador deve ser com a aplicação.

a) Um sermão sem aplicação, é um aborto. Paulo ao escrever à Tito,

diz: “Mas quanto a você, defenda a vida decente que acompanha

(ensina viver) o verdadeiro cristianismo”. Tito 2: 1BV.

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A Bíblia é um conjunto de aplicações para a vida. O livro de Tiago é

100% aplicação. Romanos 50% é aplicação. Efésios também contém

50% de seu conteúdo de ensinamentos para a aplicação prática. O que

dizer do sermão da montanha? Não é ele 100% aplicação à vida diária

do cristão? E a sua conclusão apela para que o homem sábio construa

sua casa sobre a rocha e não sobre a areia.

a) Como tomar o sermão prático?

1. Sempre tenha como alvo uma ação específica. Nada se torna

dinâmico antes que se torne específico. O que queremos que a

congregação se torne?

2. Sempre dizer-lhes por quê? Explicar-lhes porque precisam fazer

mudança. Quais os benefícios para eles, para suas famílias, para a

igreja, para a sociedade, em fazer a mudança. As pessoas

secularizadas querem saber como que a mensagem poderá ajudá-las a

mudar a vida para melhor.

3. Mostre para eles, como? Sim, ser um bom cristão, mas como?

Como eles devem fazer para colocar em prática aqueles conceitos que

estão ouvindo? Não podemos dar só o diagnóstico, mas temos que

ministrar o medicamento.

II - Qual a maneira mais positiva de apresenta-lo?

O sábio Salomão inspirado pelo Senhor, diz: “O homem sábio se toma

famoso pelo seu bom senso; um professor que fala com delicadeza e

interesse ensina muito melhor que qualquer outro,” Pv.16:21 BV.

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Devemos pregar de modo agradável e não com raiva. O sermão não

pode dar a idéia de negativismo. Devemos dar uma mensagem

positiva, que possa ajudar o membro a adorar. Não condenar mas

mostrar o caminho da salvação.

Devemos fazer duas perguntas ao prepararmos um sermão:

1. É esta mensagem Boas-Novas?

2. O título do meu sermão sugeri Boas-Novas?

Efésios 4:19, diz: “....transmita graça aos que ouvem”. Ao pregarmos

sobre o 7° mandamento, a ênfase deve ser a fidelidade conjugal e não

o adultério. A bênção da fidelidade para o lar, etc.

III - Qual a maneira mais encorajadora de apresentá-lo?

Vejamos o que a Palavra do Senhor nos diz: “Um coração ansioso

deixa o homem frustrado e derrotado mas uma palavra amiga de

ânimo e simpatia renova as forças. ”Pv. 12:25 BV. “Estas coisas que

foram registradas nas Escrituras há tanto tempo servem para nos

ensinar a paciência e para nos animar, a fim de que aguardemos

esperançosamente o tempo em que Deus vencerá o pecado e a morte.”

Rm. 15:4 BV.

As pessoas que vão a igreja têm três necessidades básicas:

1. Renovar a fé.

2. Renovar a esperança.

3. Restaurar o amor.

Se queremos transformar a vida de pessoas que estão com problemas,

precisamos dizer como podem fazer isto. Mostrar o lado positivo. Dar

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ânimo e esperança para seus problemas. As pessoas precisam saber

que Jesus pode ajudá-las; que não estão longe demais que Deus não as

possa alcançar.

“Há mais pessoas do que pensamos ansiando por encontrar o carinho

para Cristo. Os que pregam a derradeira mensagem de misericórdia,

devem ter em mente que Cristo tem de ser exaltado como refúgio do

pecador”. Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, pag. 158.

As pessoas vivem na expectativa de auto realização (efeito Rozental).

Nossa função como pregadores é cumprir as orientações contidas na

Palavra do Senhor: “Entretanto, aquele que profetiza, pregando as

mensagens de Deus, está ajudando os outros a crescer no Senhor,

animando-os e confortando-os”. I Cr. 14:3 BV.

IV - Qual a maneira mais simples de apresentá-lo?

O Apóstolo Paulo sabia o que era pregar com simplicidade, ele

escreveu:“Queridos irmãos, mesmo quando estive com vocês pela

primeira vez, não usei palavras empoladas nem idéias pomposas para

lhes apresentar a mensagem de Deus. Decidi-me a falar só de Jesus

Cristo e de Sua morte na cruz. Fui até a vocês em fraqueza - temeroso

e trêmulo,e a minha pregação foi muito simples, não com abundante

oratória e sabedoria humana; entretanto, o poder do Espírito Santo

estava em minhas palavras, provando a todos quantos as ouviram que

a mensagem vinha de Deus. Fiz isso, porque desejava que vocês

tivessem uma fé firmemente baseada em Deus, e não em grandes

idéias de algum homem”. l Cr. 2:1-5 BV. O mesmo Paulo ao escrever

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à Tito, diz: “Sua linguagem deve ser tão sensata e equilibrada que

alguém que quiser questionar, sinta vergonha de si mesmo, porque não

haverá nada a censurar em tudo o que você diz”. Tito 2:8 BV.

Como tomar o sermão simples? Temos algumas formas de tomar

nossos sermões simples, de tal forma que as pessoas possam entendê-

lo sem perder o conteúdo.

1. Condensar a mensagem em uma única sentença.

2. Evite os termos teológicos. Ex: Sotereologia, etc.

3. Conserve simples o esboço.

4. Faça de suas aplicações os pontos fortes de seu sermão.

Aqui está a chave para pregar de forma que se transforme vidas. O que

mais uma pessoa se lembra de um sermão, são suas principais

divisões. Torne-as passos para a ação.

Como se faz isto?

Inclua um verbo nas divisões. Procure mostrar o que as pessoas devem

fazer para melhorar ou mudar de vida.

Vejamos um exemplo em Tiago 3:13-18.

Idéia Textual: Sabedoria.

Idéia do Sermão: Relacionando-se sabiamente com os outros.

Interrogativa: Como relacionar-se sabiamente com os outros?

Idéia Central: O cristão pode relacionar-se sabiamente uns com os

outros seguindo os passos da sabedoria.

I - Se eu sou sábio- não comprometo minha integridade. v 17.

II - Se eu sou sábio - sou pacificador, não vou provocar sua ira. v 17.

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III - Se eu sou sábio - não serei indulgente, não vou minimizar seus

sentimentos. v 17.

IV - Se eu sou sábio- eu não vou criticar suas sugestões. v 17.

V - Se eu sou sábio - eu não darei ênfase ao seus erros. v 17.

VI - Se eu sou sábio - eu não vou encobrir minhas fraquezas. v 17.

VIl - Seu eu sou sábio - em Jesus encontro toda fonte de sabedoria.

Col.2:3

Outro exemplo:

Texto: Mt 4 :1.1 1.

Idéia Textual: Tentação.

Idéia do Sermão: A tentação para pecar é nossa sorte comum.

Sentença: A tentação, que se resiste vitoriosamente, pode ser um meio

para bênção espiritual.

Tese: Pode-se resistir vitoriosamente à tentação.

Interrogativa : Como pode-se resistir a tentação?

Transição: À semelhança de Cristo, devemos preencher certas

condições. (palavra chave: “Condições”)

I - Temos que conhecer a Palavra de Deus. (“Está Escrito”)

II - Temos que crer na Palavra de Deus. ( “Está Escrito”)

III - Temos de obedecer a Palavra de Deus. ( “Está Escrito”)

Conclusão: Se nós, como Crísto no deserto, conhecermos.., crermos...

obedecermos..., também nos erguremos em triunfo.

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V - Qual a maneira mais pessoal de apresenta-lo?

As idéias precisam ser pessoais para que se tornem em ação. É muito

importante sabermos como transmiti uma mensagem na qual estamos

comprometidos com nossos ouvintes.

Temos três classes de pregadores:

1. Pregadores que manipulam por meio de monólogo.

2. Pregadores que transmitem informações.

3. Pregadores que comunicam relacionamento.

Como pregadores precisamos ser Bíblias vivas. Nossa voz deve ser a

voz de Deus comunicando o relacionamento que Deus deseja ter com

o pecador, Somos portadores de Boas Novas de salvação, e as pessoas

esperam ver qual o caminho pelo qual se salvar. Ao transmitirmos a

mensagem de Deus, não podemos deixar dúvidas na mente de nossos

ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que alguém poderá estar

ouvindo a advertência divina. Não basta gostar de pregar, precisamos

amar os ouvintes.

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CAPÍTULO IV

COMO PREPARAR BONS SERMÕES

1. Junte dados. A fonte de pesquisa é a Bíblia. Mas é necessário uma

Bíblia com referências e notas marginais. Ter uma boa concordância,

Dicionário da Bíblia, Atlas bíblico e Comentário. Anote tudo o que

encontrar sobre o assunto que está sendo pesquisado.

2. Faça uma breve, mas inteligente análise do texto. Isto dará

segurança ao pregador ao transmitir sua mensagem.

3.Faça um esboço procurando responder as seguintes perguntas:

Que lições estão contidas no texto? Qual a palavra chave? Sobre o que

o autor está falando? Qual era o contexto histórico? Em que este

sermão ajudará meus membros?

4. Ore pedindo ao Espírito Santo iluminação para entender a

passagem escolhida e que a mensagem possa ser transmitida de tal

forma, que as necessidades dos ouvintes sejam atendidas.

“Um sermão sem propósito e progressão reconhecível pode levar à

confusão, e não à convicção e decisão”. Charles W. Koller, Pregação

Expositiva Sem Anotações, pág.71.

Um sermão para que possa ser entendido deve ter bem definido os

seguintes passos:

1. Título ou Tema.

a) Este Título ou Tema deve ser breve. A brevidade tem a capacidade

de prender a atenção.

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b) Deve ser atraente. O título de um livro quando é sugestivo, atrai o

leitor levando-o a comprá-lo e se interessar de lê-lo.

c) Deve estar em harmonia com todo o sermão.

d) Deve ser reverente e sacro.

e) Deve estar relacionado com as necessidades da congregação.

2. A introdução.

a) Deve preparar a congregação para ouvir a Palavra do Senhor e

deixar claro a importância desta mensagem. Se quiser-mos atenção

durante todo o sermão, precisamos criar interesse já na introdução.

b) Deve se deixar claro a idéia central do sermão. Qual o objetivo

do sermão?

3. Os Pontos Principais ou Corpo do Sermão (em algarismos

romanos).

a) Deve ser em forma de uma sentença.

b) Deve ser tirado da idéia central do sermão.

c) Deve ter uma seqüência lógica.

d) Deve ter um crescimento de idéias para chegar a um final

glorioso.

e) Deve ter como base e ser fortalecidos pela Palavra de Deus.

4. Subdivisões. (em algarismos arábicos).

5. Ilustrações.

As ilustrações são consideradas as janelas do sermão. Mas cuidado

para que seus ouvintes não saiam por estas janelas e não voltem mais.

Cuidados que devemos ter com as ilustrações:

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a) As ilustrações devem estar de acordo com o assunto do

sermão.

b) Devem ser verídicas.

c) Que sejam rasuàveis.

d) De bom gosto.

6. Conclusão.

A conclusão deve responder a pergunta da congregação: Que faremos?

Esta pergunta deve ser provocada pelo sermão. Os nossos ouvintes

precisam saber como mudar de vida. E agora perguntam: Sim, mas

como? Que faremos para colocar estes conceitos bíblicos em prática?

A conclusão deve refletir a nossa proposta para o sermão. Devemos

levar a mente de nossos ouvintes para o objetivo, o alvo proposto

durante o sermão. A conclusão precisa levar as pessoas a um

compromisso de mudança de atitude, de comportamento, de vida.

ESBOÇOS PARA IDÉIAS DE SERMÕES

Estes esboços são apenas esqueletos que precisarão ser completados,

enxertados com conteúdo e isto deixaremos que cada um faça

conforme sua criatividade e entendimento do texto.

Esboço I

Texto: I Cr. 10:13

Idéia do Sermão: Deus é Fiel Quando Você é Tentado

Pergunta: Como Deus é fiel quando você é tentado?

Divisões:

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I - Deus é fiel tomando a tentação previsível.

II - Deus é fiel em manter a tentação dentro de limites.

III - Deus é fiel em prover uma maneira para sairmos da tentação.

Esboço II

Texto: Lc 1 8:1.8

Idéia do Sermão: O Poder da Oração

Divisões:

I . A oração poderosa é perseverante (v 3-5)

II - A oração poderosa é pública (v 3-6)

III A oração poderosa é oportuna (v 3)

IV - A oração poderosa é comovente (v 3-7)

V - A oração poderosa é persistente (v 5.8)

Esboço III

Texto: I Jo 4:1 1

Idéia do Sermão: A Verdade Sobre o Amor

Divisões:

I - Fonte do Amor

II - Manifestação do Amor

III - Reprodução do Amor

VI - Aperfeiçoamento do Amor

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Esboço IV

Texto: 1Co 13

Idéia do Sermão: A Excelência do Amor

Divisões:

I - O Amor Toma os Dons da Vida Úteis

II - O Amor Toma as Relações da Vida Bela

III - O Amor Toma as Contribuições da Vida Eterna

Esboço V

Texto: Col 1 :9-13

Idéia do Sermão: Crescimento na Graça

Divisões:

I - Conhecendo a Vontade de Deus

II - Na Obediência aos Seus Mandamentos

lll - Alegria de Sua Presença

lV - Submissão a Sua Dispensação

V - Gratidão por Suas Misericórdias

Princípios Básicos para Melhorar sua Pregação

Auto Avaliação.

Em forma de perguntas avalie o seu desempenho no ministério da

pregação.

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1. Para que seu sermão seja compreendido em público, em

primeiro lugar:

[ ] A mensagem deve estar clara para você.

[ ] O sermão deve estar bem esboçado.

[ ] O sermão deve ter boas ilustrações.

2. O que o povo pensa quando você está pregando?

[ ] O que mais gosto neste pregador?

[ ] O que há nesta mensagem para mim?

[ ] Preciso aprender alguma coisa deste sermão?

3. Qual deve ser seu primeiro objetivo ao pregar?

[ ] Convencer e persuadir as pessoas.

[ ] Provar que a mensagem está baseada na Bíblia.

[ ] Ser Compreendido.

4. O que motiva as pessoas ao ouvirem o sermão?

[ ] Você as convenceu com seus argumentos.

[ ] Elas serem beneficiadas.

[ ] O fato de ouvirem um pregador eloqüente.

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5. A Diferença entre o discurso e o sermão é:

[ ] O Discurso é a exposição de um tema, enquanto o sermão

persuade e leva pessoas à ação.

[ ] O discurso é mais didático, o sermão é espiritual.

[ ] O sermão usa ilustrações, o discurso não.

6. Quando você cresce como pregador?

[ ] Quando grava o sermão em vídeo para assisti-lo.

[ ] Quando observa a reação do povo ao pregar.

[ ] Quando grava o sermão para observar o tom de voz que usou

para apresentar o tema.

7. Como pregar com esboço?

[ ] Usar só palavras chaves que destaquem os pontos principais.

[ ] Escrever todo o sermão e sublinhar as bases chaves.

[ ] Digitar o esboço no computador e ter uma cópia impressa para

facilitar a leitura.

8. Como envolver o auditório?

[ ] Fazer muitas perguntas.

[ ] Usar ilustrações visuais envolvendo o público. (Segurando

faixas, cartazes, etc.)

[ ] Usar palavras que tornem a mensagem pessoal. (Técnica você

e Eu“)

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9. As melhores ilustrações são adquiridas:

[ ] Nos livros.

[ ] Na observação da vida das pessoas e das circunstâncias.

[ ] Nos jornais, revistas e noticiários.

10. A Música é importante para:

[ ] Que o público tenha a oportunidade de ouvir um canto sacro.

[ ] Reforçar a mensagem do sermão.

[ ] Alcançar partes do coração onde a palavra falada não consegue

atingir.

11. O apelo eficaz é o que apela:

[ ] Só para a razão.

[ ] Só para a emoção.

[ ] Para ambas.

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CONCLUSÃO

Como pregadores, somos os porta-vozes de Deus diante dos homens.

E como tais, devemos ter a preocupação de representar a Voz

Original, ou seja, a Voz de Deus. Devemos pregar apenas aquilo que o

Senhor disse. Nossa pregação não pode possuir aquilo que o Senhor

não disse.

Fomos chamados como pregadores, para ajudarmos as pessoas a

mudarem de vida. Era isto que Jesus procurava fazer. Via em cada

pessoa um potencial, alguém que poderia ser uma bênção. As palavras

de Jesus davam alento às pessoas, mostrando-lhes que Deus as amava.

Ao nos preocuparmos em preparar e pregar sermões capazes de

transformar vidas, passaremos a amar as pessoas e nos identificar com

seus problemas. Este tipo de mensagem só pode sair de uma mente em

comunhão constante com Deus e Sua Palavra. Se quesermos ajudar as

pessoas a mudarem de vida, primeiro teremos que ir à Fonte das

soluções dos problemas da vida - Jesus Cristo. A Sua Palavra é vida.

Nela encontramos o lenitivo para as almas que clamam por um Deus

real e que atende suas necessidades.

Que sejamos homens de oração em busca de poder, homens da

Palavra, para podermos representar bem a Deus e seu caráter diante de

nossos ouvintes.

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REFERENCIAS BIBLIORAFICAS

Almeida, Manual de Hermenêutica Sagrada (São Paulo: Casa

Editora Presbiteriana, (1979).

J. D. Crane, Manual para Pregadores Leigos (Rio de Janeiro:

JUERP, 1976 ).

A. Nobre, Manual do Pregador (São Paulo: Casa Editora

Presbiteriana, 1955).

J. Braga, Como Preparar Mensagens Bíblicas (São Paulo: Vida,

1987).

D. O. Fuller, Spurgeon Ainda Fala (São Paulo: Vida Nova, 1989).

J. Knox, A Integridade da Pregação (São Paulo: ASTE, 1964).

P. H. Kelley, Mensagens do Antigo Testamento Para os Nossos

Dias (Rio de Janeiro:

JUERP, 1980).