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Imagem e comunicação

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Índice

1 Introdução.....................................................................03

1.1Semiologia gráfica.......................................................04

2 Elementos de linguagem visual....................................05

2.1 Ponto..........................................................................06

2.2 Linha..........................................................................09

2.3 Cor..............................................................................11

2.4 Forma ........................................................................14

2.5 Textura.......................................................................16

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Introdução

A Linguagem visual é aquela que articula palavras e informações a través de uma

imagem para comunicar uma ideia ou pensamento. A imagem é um código de

comunicação tanto quanto a escrita ou a comunicaçaõ verbal.

Se no processo da leitura ou da comunicação verbal há a todo momento a criação de

imagens verbais através do pensamento, da mesma forma acontece na direção oposta, a

imagem produz palavras , sons e também comunica através da sua linguagem.

Apartir deste conceito que se entende a "linguagem visual", os elementos da linguagem são

determinados através dos elementos de arte e princípios de design.

Veremos que a leitura das composições visuais não diferem em nada da extrutura da

linguagem escrita, pois também se apresentam de forma linear permitindo sua leitura.

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Semiologia gráfica e outras ciências

O que permitiu a leitura das imagens de forma mais abrangente, foram ás várias ciências

que surgiram e auxiliaram o estudo mais profundo das imagens.

A semiologia elaborada por Ferdinand de Saussure, é uma ciência geral que estuda todos

os sistemas de signos e todos os sistemas de comunicação, já a Semiologia Gráfica é uma

teoria do design de informação apresentado por Jacques Bertin em seu livro de 1967,

Semiologie Graphique. Esta teoria é considerada "um quadro para a análise e

representação de dados em papel.

Bertin (1967) afirma que toda e qualquer relação entre os objetos a serem representados

podem ser expressos por seis variáveis visuais; Bertin reconheceu seis variáveis visuais:

tamanho, tonalidade (valor), cor, forma, orientação e granulação. Mas geralmente, apenas

as quatro primeiras são utilizadas com maior freqüência.

A Gestalt também contribuiu muito para a leitura dos signos, ela afirma que o princípio de

que vemos as coisas sempre dentro de um conjunto de relações.

A Teoria da Gestalt afirma que a primeira sensação já é de forma, já é global e unificada.

Não vemos partes isoladas, mas relações. Para nossa percepção, que é resultado de uma

sensação global, as partes são inseparáveis do todo”.

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Os elementos da Linguagem Visual

Os elementos da linguagem visual foram determinados apartir da definição que todas as

imagens são formadas de diversos elementos comuns para serem construídas.

Ponto, linha, cor, forma, textura...

Se prestarmos atenção a um desenho, encontraremos todos estes elementos diluídos na

sua composição em maior ou menos escala. E através de um estudo sobre estes elementos

e seus aspectos simbólicos é possível definir um tipo de leitura destas imagens.

A seguir vou apresentar um resumo sobre cada um destes elementos e alguns aspectos

psicológicos relacionados a ciencia da Semiologia da Gestalt como já citadas

anteriormente. Este é o ponto de partida para qualquer estudante que deseja iniciar um

estudo mais profundo sobre as imagens como signos de leitura na comunicação.

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2.1 Ponto

Sendo o elemento visual mais simples e necessário, o ponto é uma forma visual que

também serve para definir outras formas bidimensionais ou tridimensionais que pode dar

sensação de proximidade ou ilusão de cor ou tom. “Quando fazemos uma marca, seja com

tinta, com uma substância dura ou com um bastão, pensamos nesse elemento visual com

um ponto de referência ou um indicador de espaço” .

Bueno (2008), considera que quando observamos, no céu imenso, um ponto de luz, ele nos

chama atenção, logo direcionamos fixamente nossos olhos, e surge sempre um

questionamento. Num papel vazio, temos a sensação de estar sempre procurando algo,

como se nossos olhos buscassem um lugar para se deterem. Um pequeno ponto já nos leva

a soltar nossa imaginação e viajar.

A figura é formada por uma sucessão de pontos ou pixels.

Isso sem dizer também que é com ele que tudo começa, ou seja, ao tocarmos o lápis no

papel, antes de qualquer outro movimento, num simples contato, encontramos um ponto.

Trabalhamos com ponto, podemos obter efeitos de luz e sombras, volume ou

profundidade.

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Gestalt é uma descrição geral para os conceitos que fazem a unidade e a variedade possível

em design. É uma palavra alemã que pode ser traduzido como "todo" ou "forma". Teoria da

Gestalt está envolvido com a percepção visual e psicologia da arte, entre outras coisas. Está

relacionada com a relação entre as peças e o total de uma composição.

Encerramento A mente fornece as peças que faltam em uma composição.

Continuação O olho continua na direção que vai

Similaridade O que um itens parece e como que os efeitos gestalt.

Proximidade Onde os itens estão em relação uns com os outros e como que os efeitos da

gestalt. Alinhamento Alinhando objetos para organizar e formar grupos.

Em artes gráficas, ponto é a medida na qual é fundido todo material tipográfico. Em

geometria ele é representado pelo cruzamento de duas linhas. Para ser usado como

elemento decorativo pode ser considerado em uma circunferência ou circulo de pequenas

dimensões.

Se o olhar percorre uma página vazia, limitado, logo que se encontra um ponto, vista fixa

sobre ele. Utilizado sozinho, o ponto nos da pouco efeito decorativo, mas repetido ou

combinado com outras figuras, ele pode nos oferecer um. O ponto é a representação da

partícula geométrica mínima da matéria e do ponto de vista simbólico, é considerado como

elemento de origem.

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Domingo na Ilha da Grande Jatte» de Georges Seurat

Como Elemento Visual, o ponto possui formato, cor, tamanho e textura. Suas

características principais são: Tamanho - devendo ser comparativamente pequeno, e o

Formato - devendo ser razoavelmente simples.

O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima.

Quando fazemos uma marca, seja com tinta, com uma substância rígida como um bastão,

pensamos nesse elemento visual como um ponto de referência ou um indicador de espaço.

Qualquer ponto possui um grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele

naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer.

Como Elemento Conceitual, um ponto indica posição. Não tem comprimento nem largura.

Pode representar o início e o fim de uma linha e está onde duas linhas se cruzam. Ele é um

“ser vivo”. A unidade mínima da presença. Estamos muito acostumados a usá-lo na escrita,

como agora, mas ele tem outras posições, além desta.

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2.2 Linha

Linha vem do latim linẽa, é um termo com multiplas acepções .Pode-se dizer que uma

linha nada mais é do que uma cadeia de pontos. Os pontos possuem grande poder de

atração visual sobre o olho.

A linha conduz o olhar para a direção que ela conduz, assim dependendo da linha ela pode

trazer diversos significados dentro de um glossário de subjetividades que englobam a

leitura visual

.

Na natureza, as formas arredondadas são mais comuns, pois, em estado natural, o mundo

os planetas e diversas outras formas se apresentam de forma arredondada. Já a reta e o

quadrado são mais raros, ainda que podemos citar a linha do horizonte.

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Como vimos também os pontos criam linhas imaginárias pois a visão tende a ligar os

pontos criando as linhas.

A proximidade de linhas na imagem cria uma ilusao na percepção que faz com que essas

partes pareça agrupada e unificadas produzindo fechamentos e criando formas.

Edvard Munch, O grito

O Grito de Edvard Munch não explora apenas a psicologia da cores do expressionismo,

mas também explora a sinuosidade das linhas para dar movimento a obra.

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2.3 Cor

A cor é um elemento fundamental na linguagem visual, a cor transmite mensagens e

sensações, a cor passa uma informação e traz sugestões psicológicas.

O impressionista no Século 17 foram os percussores de um tipo de pintura que explorava a

cor dos objetos em meio suas variações sob a exposição e influência da luz.

Impressão, Sol Nascente, de Monet (1872)

As cores são definidas como sendo a sensação de um impulso elétrico sobre o orgaõ da

visão. O cérebro interpreta os sinais eletro nervoso vindos do olho, resultantes da emissão

da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa, por meio de ondas

eletromagnéticas. A luz branca incide sobre os objetos que por sua vez rebate esta luz em

forma de cor.

Na teoria da cor podemos falar de cor luz e cor pigmento, na cor pigmento ao misturarmos

três cores azul, amarelo e vermelho, obtemos a cor preta.

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Mas a cor luz ao ser misturada acontece algo quase que surpreendente, se obtêm a cor luz

branca. É possível compreender esta particularidade da cor luz quando a luz branca

atravessa um prisma.

Quando olhamos para uma maçã, enxergamos a cor vermelha isto ocorre pelo fato que ela

absorve todas as outras corem e reflete apenas o vermelho.

Assim acontece com todos os outros objetos e elementos que existem na natureza.

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Já quando um objeto possui cor branca é porque ele reflete todas as cores que incidem

sobre ele, a luz branca proveniente do Sol que chega até à Terra é uma soma de todas as

cores, quando ela reflete sobre as gotículas das nuvens ela se decompõe no formato de

arco-íris.

A psicologia das cores.

A cor como informaçãoprecisa ser estuda dentro do aspecto da psicologia das cores, que

atribui caráter psicológico para cada uma das cores. A cor como informação de Luciano

Luciano Guimarães estuda a complexidade que envolve a cor como informação que

adquire vários significados simbólicos e psicológicos nas diversas culturas, como parte da

comunicação humana.

Ele investiga os processos de percepção e comportamentos ligados a cor para a geração de

significados. E compreendemos que a psicologia das cores pode variar dentro das mais

diversas culturas adquirindos significados simbolicos e psicológicos diferentes.

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2.4 Forma

Em "Sintaxe da linguagem visual", Dondis (1997)4 relata que a linha descreve uma forma,

na linguagem da artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. A gestalt define

algumas leis que definem os aspectos psicológicos das formas como apresentadas a seguir:

Existem três forma básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero, cada um com

suas características específicas, e a cada um é atribuído uma grande quantidade de

significados, mas as formas adquirem significados através de nossas próprias percepções

psicológicas e fisiológicas.

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Muitos impressos são decorados somente por pontos simetricamente ou livremente

dispostos. O ponto pode ser disposto em alinhamento horizontal, vertical, inclinado etc,

assim como em proporções variadas.

Também pode ser combinado com linha reta, quebrada, curva ou figuras geométricas. O

ponto em sucessão continua forma uma linha. Na verdade, tudo começa com um ponto.

Para que possamos observar o simbolismo de uma estrutura gráfica é necessário começar

pelo elemento mais simples que compõe a matéria, o PONTO.

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2.5 Textura

Segundo Dondis (1991)4 ., a textura é o elemento visual que com frequência serve de

substituto para as qualidades de outro sentido, o tato.

Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tato quanto

da visão, ou ainda mediante uma combinação de ambos.

La Divina Comedia de Gustave Dore

As ilustrações gráficas de Gustave Dore apresentam diversas texturas que compoem e

definem o aspecto visual dos elementos da natureza.

Le Petit Poucet de Gustave Dore

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As ilustrações de Gustav Dore passam as informações táteis dos objetos apenas pela

informação do olhar. Dentro do aspécto prático o julgamento do olho costuma ser

confirmado pela mão através da objetividade do tato.

Dondis afirma que é possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas

óticas, como no caso das linhas de uma página impressa, dos padrões de um determinado

tecido ou dos traços superpostos de um esboço.

O autor relata também que onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas

coexistem, não como tom e cor, que são unificados em um valor comparável e uniforme,

mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma sensação

individual, ainda que projetemos sobre ambos um forte signicado associativo.

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Referências Bibliográficas

DONDIS, Donis A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997,

p. 51-83

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo: Annablume, 2000

Gomes Filho, J. (2000). Gestalt do objeto. Sistema de leitura Visual da Forma.

São Paulo: Escrituras Editora.

http://daphne.palomar.edu/design/gestalt.html#anchor1123302