Upload
luis-rasquilha
View
295
Download
4
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Artigo Inovação na Buzzmedia de Set 2014
Citation preview
http://buzzmedia.controlinveste.pt/artigos-‐de-‐opiniao/124/luis-‐rasquilha/inovacao-‐outra-‐forma-‐de-‐dizer-‐pensar-‐e-‐agir-‐para-‐crescer
Inovação: Outra forma de dizer “pensar e agir para crescer”
Na maior parte das vezes em que se fala de inovação, muita gente assume que ela é algo que ocorre somente no plano tecnológico, deve ser extremamente disruptiva para ser reconhecida como tal, leva imenso tempo para ocorrer e envolve orçamentos astronómicos ao alcance apenas dos países mais desenvolvidos. E acreditar que isto seja verdade é um dos maiores erros que qualquer quadro ou gestor de uma empresa pode cometer, já que a inovação é, fundamentalmente, um estado de espírito, pode ocorrer verticalmente ou horizontalmente em qualquer empresa e é, na maioria esmagadora dos casos, evolutiva e não custa caro. Praveen Gupta, um dos experts mundiais em inovação, define a sua existência como “A capacidade de se conseguir ser criativo no momento certo”. Para a Ayr Consulting, Inovação define-‐se como:
Ou seja, não há inovação sem que antes se possam ter ideias, e a criação de uma cultura de geração de ideias dentro de uma empresa á algo não somente fundamental para que ela cresça e se destaque como também é perfeitamente possível, sempre e quando existam as condições para tal e que o seu objectivo seja entendido claramente. Ideias que criem apenas “novidades” não é inovação. Ideias que acrescentem valor, sim. Portanto, a Inovação serve o desenvolvimento de processos, produtos, serviços ou soluções, traduzindo-‐se na atribuição de valor acrescentado, para quem vende seja para quem compra algo e é representada pela seguinte fórmula:
A Inovação enquanto forma também não é complicada, e assenta, fundamentalmente, em apenas 3 tipos:
1. Incremental – A mais frequente
Inovação de desenvolvimento assente nas alterações relativamente menores nos produtos ou nos serviços já existentes, constituindo-‐se como alavanca para a posição dominante dos líderes dessa indústria.
2. Radical – O menos frequente Inovação assente em novas pesquisas e em novos paradigmas e descobertas, dando lugar à descoberta de novos mercados e novas aplicações. É a base para o surgimento de novas empresas no mercado ou para a redefinição de indústrias problemáticas.
3. Arquitectural Inovação onde a base não muda. Não é tão radical mas é suficientemente significativa para criar novas oportunidades de negócio em mercados ou vantagens competitivas. Permite alavancar as competências e as capacidades ainda que assentes numa base já existente.
Outra noção equivocada com relação à Inovação reside em acreditar que uma pessoa para ser inovadora ou deve ser um génio ou então um executivo de personalidade forte que impõe as suas visões e ideias a outros. Isto é falso na medida em que há muitos poucos génios de verdade e de nada adianta impor uma idéia a quem quer que seja caso ela não esteja fundamentada, do princípio ao fim. O que é essencial, para pessoas e empresas poderem inovar é ter e cultivar: 1. Uma atitude predisposta para a ação, para a mudança e para a disruptividade com os pensamentos convencionais; 2. A habilidade cognitiva, jogando com a arte de combinar o impensável, observações e ideias dispersas, identificando oportunidades; 3. A Observação ampla e direcional que permite revelar ângulos diferentes, tal como uma mosca; 4. O perguntar, mesmo que gere irritação e desconforto entre os mais resistentes à mudança e mais acomodados à situação; 5. O experimentar sempre e descobrir novas direções; e 6. Estabelecer contactos em rede com pessoas diversas e fora do nosso grupo mais exclusivo. Quem tiver e praticar as características acima pode não somente ser inovador como também ajudar na criação e manutenção de uma cultura forte de inovação dentro de uma empresa. Mas para que uma cultura real de Inovação ocorra, terá que fazer um pouco mais e “sujar as mãos”, ter um “espírito contracorrente”, desafiar constantemente a ”ordem natural das coisas” e reproduzir o “efeito dominó” nas empresas: começando por mudar as pessoas, uma a uma, mudando depois as organizações e até as instituições e, depois, os países. Em suma, a Inovação não é privilégio de poucos nem custa muito para ocorrer, mas é, em essência, um processo contínuo e crescente, suportado pela observação de Tendências como factor de crescimento sustentado para as empresas, para os consumidores e para as sociedades como um todo.