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Português II 1 Curso pH © MÓDULO 1 A LINGUAGEM E O TEXTO CONCEITOS FUNDAMENTAIS GABARITO 1. “… todas sabemos …” 2. “… doce organograma …” 3. No primeiro caso, o valor da barra é de acréscimo, enquanto no segundo caso, o valor do hífen é de comparação. 4. a) A presença marcante de adjetivos ou de sensações visuais, auditivas; o uso do imperfeito do indi- cativo; a unidade temporal. b) “... silêncio doce tudo envolvia...”; “Conceição lia, com os olhos escuros intensamente absorvidos na brochura de capa berrante.” 5. Um dentre os exemplos de função referencial: “... e logo está a Cintura Industrial, quase tudo parado, só umas poucas fábricas ...” “... e agora a triste Cintura Verde, as estufas pardas, cinzentas, lívidas ...” Um dentre os exemplos de função expressiva: “... que parecem fazer da laboração contínua a sua religião ...” “... por isso é que os morangos devem ter perdido a cor, não falta muito para que sejam brancos por fora como já o vão sendo por dentro e tenham o sabor de qualquer coisas que não saiba a nada ...” 6. O pronome lhe indica que o personagem principal é o possuidor da louça ou indica posse. Um dentre os fragmentos: “... de repente, sem avisar, apertou-se-lhe o coração a Cipriano Algor, ...” “... o cão subia-lhe a os braços, ...” “... e lambia-lhe a cara ...” 7. “... Viremos agora à esquerda, lá ao longe, onde se veem aquelas árvores, sim, aquelas que estão juntas como se fossem um ramalhete, ...” “... que a água desta fonte não poderá matar-te a sede naquele deserto, ...” 8. Mas há tantas músicas esperando ser escritas! Estilização. 9. Dois dentre os exemplos de reescritura: A vela, porque ilumina, é uma vela alegre. A vela, visto que ilumina, é uma vela alegre. causa A vela, por iluminar, é uma vela alegre. A vela, enquanto o ilumina, é uma vela alegre. A vela, ao iluminar, é uma vela alegre. tempo A vela, iluminando, é uma vela alegre. Pré-vestibular Português II 1º Bimestre

Gabarito 1o. bim português ii

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Português II 1 Curso pH

© MÓDULO 1 A LINGUAGEM E O TEXTO CONCEITOS FUNDAMENTAIS

GABARITO

1. “… todas sabemos …”

2. “… doce organograma …”

3. No primeiro caso, o valor da barra é de acréscimo, enquanto no segundo caso, o valor do hífen é de comparação.

4. a) A presença marcante de adjetivos ou de sensações visuais, auditivas; o uso do imperfeito do indi-cativo; a unidade temporal.

b) “... silêncio doce tudo envolvia...”; “Conceição lia, com os olhos escuros intensamente absorvidos na brochura de capa berrante.”

5. Um dentre os exemplos de função referencial: • “...elogoestáaCinturaIndustrial,quasetudoparado,sóumaspoucasfábricas...” • “...eagoraatristeCinturaVerde,asestufaspardas,cinzentas,lívidas...” Um dentre os exemplos de função expressiva: • “...queparecemfazerdalaboraçãocontínuaasuareligião...” • “...porissoéqueosmorangosdevemterperdidoacor,nãofaltamuitoparaquesejambrancos

porforacomojáovãosendopordentroetenhamosabordequalquercoisasquenãosaibaanada ...”

6. O pronome lhe indica que o personagem principal é o possuidor da louça ou indica posse. Um dentre os fragmentos: • “...derepente,semavisar,apertou-se-lheocoraçãoaCiprianoAlgor,...” • “...ocãosubia-lheaosbraços,...” • “...elambia-lheacara...”

7. • “...Viremosagoraàesquerda,láaolonge,ondeseveemaquelasárvores,sim,aquelasqueestãojuntas como se fossem um ramalhete, ...”

• “...queaáguadestafontenãopoderámatar-teasedenaqueledeserto,...”

8. Mashátantasmúsicasesperandoserescritas! Estilização.

9. Dois dentre os exemplos de reescritura:

• Avela,porqueilumina,éumavelaalegre. • Avela,vistoqueilumina,éumavelaalegre.causa • Avela,poriluminar,éumavelaalegre.

• Avela,enquantooilumina,éumavelaalegre. • Avela,aoiluminar,éumavelaalegre.tempo • Avela,iluminando,éumavelaalegre.

Pré-vestibularPortuguês II

1º Bimestre

Page 2: Gabarito 1o. bim   português ii

Curso pH 2 Português II

• Avela,seilumina,éumavelaalegre. • Avela,casoilumine,éumavelaalegre.condição • Avela,desdequeilumine,éumavelaalegre.

• Avela,ámedidaqueilumina,éumavelaalegre.proporção • Avela,áproporçãoqueilumina,éumavelaalegre.

10. a) “a obrigatoriedade do diploma do jornalista para quem exerce a profissão” b)Oenunciadormostra-sefavorávelàdecisãodoSupremoTribunalFederal,queacaboucoma

exigência de curso superior específico para alguém trabalhar com a atividade jornalística. Ele considera essa exigência uma “excrescência”, “herança da ditadura militar”, cujo “ridículo” foi exposto por uma “comparação brilhante de Gilmar Mendes”, que associou a exigência do diplomadejornalistaàpitorescasituaçãoemque“todaequalquerrefeição”devesseserpre-paradaporpessoasquecursaram“umafaculdadedeculinária”.

11. a) Overbo“poder”estáflexionadonopluralconcordandocomosujeitocomposto“ojornalismoealiberdadedeexpressão”.Aforma“pensados”estánomasculinopluralporqueconcordacomsubstantivos de gêneros diferentes

(“jornalismo” é masculino e “liberdade” é feminino, prevalecendo o masculino na concordância nominal).

b) O exemplo do chef,transpostoparaojornalismo,podeserassimtraduzido:Umexcelentejorna-listacertamentepoderáserformadonumafaculdadedejornalismo,oquenãolegitimaoestadoa exigir que toda e qualquer matéria seja escrita por profissional registrado mediante diploma de cursosuperiornessaárea.

12. a) “Aonde elefoi?”e“Vaiaonde forpreciso!” Nanormacultacanônicaháumaoposiçãoentre“onde”,advérbioquedesigna“lugarem que” se

situa ação ou processo e “aonde” (preposição “a” + advérbio “onde”), que indica “lugar a que” se dirige a ação, seu ponto de destino.

Exemplos: Hotel onde nos hospedamos. Hotel aonde nos dirigimos. b) “Vocêconhece-o...”ou“Vocêo conhece...” O pronome pessoal na forma reta “ele” com função de objeto direto é típico da informalidade. O

usual, na norma culta, é o pronome oblíquo “o”. Nós temos camisa para o frio? Compreendemos que a banca, ao exigir o uso da “norma padrão”, tenha pensado no grau maior

de formalidade. O uso de “a gente” incluindo a primeira pessoa do plural é marca de informali-dade;nanormacultacanônicaseusa“nós”.Acombinação“pro”(preposição“para”+artigo“o”)também é informal; o uso “para o” é seu correlato formal.

13. a) No texto da revista Veja,reconhece-seumaevidentereferênciaàcorrenteultrarromântica,tam-bémconhecida comogeraçãobyronianadaquelemovimento literário, quemarcoupresençanas décadas de 1850 e 1860. Os representantes dessa 2a fase da poesia romântica brasileira produziramobrasdeteormórbido,emqueseacentuamogostopelotédio,asolidãonoturna,ainsatisfaçãoamorosaeocultodanoite,temáticasincitadaspelomaldoséculo.

b) Osversos“Quantaglóriapressintoemmeufuturo!/Queauroradeporvirequemanhã!/Euper-derachorandoessascoroas/Seeumorresseamanhã!”,dopoemadeÁlvaresdeAzevedo,podemservistoscomoilustraçãodo“fimprecoce”dosautoresromânticos,enfatizadoporManoelCar-los em seu texto. A estrofe citada exemplifica, por um recurso fantasioso de autocontemplação, a angústiadessespoetasperanteaideiadamorte.

14. a) Osdoistextosexploramamesmatemática:amudançadascoisas.Essaideiaéexplicitadanosseguintestrechos:“Muda-seoser,muda-seaconfiança;/Todoomundoécompostodemudança” (texto 1); “elas [as pessoas] vão sempre mudando” (texto 2). No entanto, convém explicitar que esse tema é tratado de forma diferenciada em cada um dos textos. O eu lírico do poema camoniano vê com pessimismo as mudanças que se operam no mundo, porque constata que elas são geradoras de um mal cuja dor não pode ser superada (“Do mal ficam as

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Português II 3 Curso pH

mágoasnalembrança”)eaindaconsideraqueaocorrênciadobem,apenashipotética(“sealgumhouve”),podetrazermaissofrimentoaodeixar“saudades”.JáonarradordeGrande sertão: veredas vêasmudançascommaisotimismo,aoqualificá-lascomoalgo“importantee bonito”.

b)Depoisdesuareflexãoarespeitodasmudançasaqueavidahumanaestásubmetida,Riobal-do, o narrador de Grande sertão: veredas,passaatecercomentáriossobreDeuseodiabo:“E,outracoisa:odiabo,éàsbrutas;masDeusétraiçoeiro!”IssosignificareconhecerqueDeuseo diabo exploram estratégias opostas em seu esforço de dirigir (e mudar) a vida humana. En-quantoodiaboage“àsbrutas”,istoé,deformamaisviolentaeexplícita,Deusatua“naleidomansinho”,oquesugeremaiorsutileza.Aaçãodivinasedáporintermédiodemilagresnemsemprereconhecidospeloserhumano;daídizerque“Deusétraiçoeiro”–adjetivodestituídodosentidonegativohabitualerevestidodecargapositiva,associadoàbondadenaconduçãodo destino humano.

15. “...seusdetratores,pessoasquenãoamamoRiodeJaneiro,” “...copacabanização–paradesignartudoderuimquepodeaconteceraumbairro,”

16. B

17. C

18. B

19. D

20. D

21. C

22. A

23. A

24. C

25. B

26. A

27. D

28. B

29. A

30. C

31. OtextodeJaguardiscuteacontradiçãoentreaeuforiapelavitóriadaseleçãodefutebol(“avanteseleção”)earealidadepolíticadopaísem1970(asfeiçõesdepobrezadospersonagens,aposiçãoda bandeira brasileira, as condições de moradia), apontando a falta de perspectiva quanto ao futuro, centradanapergunta:“Eagora,José?”.

32. a) ABíblia/textobíblico/textoreligioso b)Folhadeparreira,cobra,maçã,Eva,Adão c) Gabriel, costelas

33. a) Vocativo,empregoda2a pessoa verbal e o modo imperativo. b) Nosdoisparágrafosiniciais,oemissorfala sobreSãoCosmeeSãoDamião,privilegiandoafun-

ção referencialdalinguagem.Nosdemaisparágrafos,aose dirigiraossantos,oemissorfazusoda função apelativa da linguagem.

34. a) O uso do diminutivo, o uso do aumentativo, o emprego da primeira pessoa (por meio do pronome “nosso”) e a adjetivação.

b) Emotiva.

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Curso pH 4 Português II

© MÓDULO 2 SEMÂNTICA

GABARITO

1. D

2. B

3. C

4. A

5. A

6. a) comprão/pagala/dirija-se mossa/escriptorio/duvida b)compram/pagá-la/dirigir-se moça/escritório/dúvida

7. No 2, trabalhador escravo, não remunerado, portanto. No 3, trabalhador remunerado, com experiência em carteira. No4,valorizaçãodaaparênciafísica.

8. Ausênciadereferente(rua,número,telefone). Presençadepersonagens(anunciadosnosdoisúltimosparágrafos).

9. OalunodeveráidentificaraintertextualidadepropostapelotextodeAdéliaemrelaçãoaotrechodeDrummond,destacandoapresençadaparódiacomorecursoestilísticoeadiferenciaçãodoeulíricoem ambos os poemas.

10. Duasexpressõescristalizadassãoevocadasnotítulo,asaber,“comlicença”e“licençapoética”.Ojogo de palavras permite condensar uma série de aspectos presentes no poema. A expressão “com licença”evocaa ideiadepedidodepermissão,associávelnopoema,entreoutrascoisas,àapro-priaçãodotextodeumoutropoetaeàcaracterizaçãodacondiçãoaindasubmissadamulher.Jáa expressão licença poética remeteàsliberdadesespeciaisfranqueadaspelalinguagempoética,aoespaço aberto pela poesia para a transgressão e para o inusitado.

11. Osdoistraçosaparecemnaparódiadodiscursoreligioso.Avertente‘destrutiva’podeserobser-vadanadesconstruçãodo“PaiNosso”;a‘construtiva’ficaevidentenareconstruçãopoéticadessaprece, acrescentando-lhe novos elementos, que garantem a dimensão estética do poema.

12. O autor privilegia o sentido (i), “sentimento de dignidade pessoal”, na medida em que afirma, repe-tidasvezes,queoorgulhotemorigememumaconvicçãointeriordosprópriosméritos,doprópriovalor.

13. a) “Mas o homem vaidoso deveria saber que a alta opinião dos outros, alvo de seus esforços, se ob-témmaisfacilmenteporumsilênciocontínuodoquepelapalavra,mesmoquandoháparadizeras coisas mais lindas.” (linhas 10-14)

b) “Nãoéorgulhosoquemquer;pode-se,nomáximo,simularoorgulho,mas,comotodopapeldeconvenção,nãolograrásersustentadoatéofim.”(linhas14-17)

14. Comaexpressão“estapersuasão”,faz-sereferênciaàconvicçãoqueovaidosodesejadespertarnosoutros de sua superioridade em todas as coisas.

15. Espera-sequeoalunoestabeleçaarticulaçõeslógicasentreosvocábulosqueselecionaránosdoiscontextosdesignificação–“rios”e“discurso”–eainterpretaçãoconstruída.

16. a) Aexpressão“dicionária”podeserentendidanocontextodopoemacomoremetendoaoestadodapalavra antes de seu uso no fluxo da linguagem, quando ganha vida ao se combinar com outras palavras.“Enfrasem”,porsuavez,associa-seànoçãodeinterligação.Poçosqueseenfrasamsãopoçosqueseintercomunicam,queseinterrelacionamnumprocessoanálogoaoqueocorrecomas palavras no âmbito do discurso.

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Português II 5 Curso pH

b) dicionária:apalavra“dicionário”,normalmenteumsubstantivo,éusadacomoadjetivo,concor-dandoemgêneroenúmerocomosubstantivo“situação”.

enfrasem: a partir de um substantivo, “frase”, criou-se um verbo, “enfrasar”, pelo acréscimo do prefixo “en-” e do sufixo “-ar”.

17. Háhojeumadistinçãobastanteacentuadaentreafiguradoproprietárioeafiguradoadministrador.Issonãosignificaqueoproprietárionãopossaadministrarsuaempresa,massimquedevefazê-lode acordo com técnicas gerenciais.

18. Noenunciado(a),overbopodertrazaideiadetercapacidade,eno(b),depossibilidade.

19. Há(Existe)umapalavraqueconheçomasquenãoconsigolembrar(recordar).

20. a) Umadaspossibilidadesdeleituraseriaconsiderarotermodoneurocientistacomopacientedaação, ou seja, nesse caso, o neurocientista foi indicado (indicaram o neurocientista; alguém indi-cou o neurocientista), e esse fato trouxe benefícios para a pesquisa. A outra possibilidade seria reconhecerotermodoneurocientistacomoagentedaação,istoé,oneurocientistafezaindicação(indicoualgo/alguém)eessaindicaçãofeitaporeletrouxebenefíciosparaapesquisa.

b) Aindicaçãoqueoneurocientistafeztrouxebenefíciosparaapesquisa./Ofatodeteremindicadooneurocientistatrouxebenefíciosparaapesquisa/Aindicaçãofeitapeloneurocientistatrouxebenefícios para a pesquisa.

21. a) Mantenha-se informado. b) Não guarde ressentimentos. Desconsidere fatos passados.

22. Assimcomoaboacomunicação,odomíniodainformáticaedeidiomasosão.

23. a) Vivaopovobrasileiro! b)Depoisdeduashoras,ooperárioafinalconseguiufixaraviga.

24. a) Dispensáveis c) Maliciosas b)Suspeito d) Ponderadas

25. a) As normas de etiqueta devem ser conhecidas. b) Deve-se ler sobre estratégias de carreira.

26.

Estado de espírito Comportamentos sociais Providênciaspráticas

a) Mantenha o bom humor. a) Procure se relacionar bem com todos. a) Compre malas resistentes.

b)Interesse-sepelonovo. b)Cumpraoshorários combinados.

b)Tenhaseusdocumentossempreàmão.

27. E

28. a) Otermo“bexigas”podefazerreferênciasabalõesdegás,erupçõesdapeledecorrentesdavaríolaepartedoaparelhourinário.

b) O emprego do sinônimo “balão” em “600 balões”. c) Balonismo.

29. a) Não.“Literalmente”significarigorosamente.Nenhumagíriaoutermoconotativo(“dança”emIe“apagadas”emII)podemserinterpretadoscomrigor,vistoquemúltiplassignificaçõessempreestão presentes.

b) “Apagadas”.Háambiguidade:asmulheresdosdirigentesdoKremlintinhamumpapelinexpres-sivonasociedaderussa(vejaocontrasteentreRaísa–“ela”,esposadeGobartchev–easesposasdosoutros líderesrussos).Alémdisso,muitas foramassassinadas.ConhecimentosdeHistóriaauxiliariam na resposta dessa questão.

30. a) Assim como o aço da navalha, A tua saudade (também) corta. b) Haveriaprejuízoporqueasinterjeições“ai,ai”reverberamotermo“atrapaia”,comoverdadeiro

eco.

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Curso pH 6 Português II

31. O título do poema de Cacaso e seus dois primeiros versos remetem a um amor predestinado, idea-lizado.Odesejoderealizaçãodesseamor,entretanto,édesmontadopeloterceiroverso,quetrazacontingênciadarealidade.Essaironiadestrutivaécaracterísticadodiscursoparódico.

32. Aessênciaaqueserefereonarradorcorrespondeaumavisãopositivadiantedosfatos.Quantoàvariação de forma, a primeira expressão é constituída de um adjetivo (“estupendo”), a segunda, de umsubstantivoeumadjetivo(“solglorioso”),eaterceira,deumsubstantivomaislocuçãoadjetiva–preposição e substantivo (“delícia de vida”).

33. a) A passagem em que a percepção do narrador em relação aos fatos narrados não coincide com a dopersonageméaseguinte:“(...)porémoutrasvezesanaturezamostrava-secarrancuda”.

b) No sentido literal, a expressão “mau tempo” limita-se a informar as condições atmosféricas, en-quanto, no sentido figurado, indica dificuldades, adversidades de toda ordem.

© MÓDULO 3 DISSERTAÇÃO I

GABARITO

1. a) Mentira; equívoco; raciocínio incorreto. b) Suaopiniãoédequeasconquistasreaisdasmulheresnãoforamacompanhadasdodevidoreco-

nhecimento social. c) Oconteúdodeumafrasepodeserfactualouopinativo;alinguagememumafrasepodeserpesso-

alouimpessoal.Trata-sedecaracterísticasrelativamenteindependentesentresi.Assim,umaopi-nião pode ser transmitida com linguagem impessoal, situação em que o “falante” trata seu ponto devistacomosefosseverdadeuniversal,buscandocredibilidade–oqueétípicodadissertação.

2. Pode-se inferir que o trabalho doméstico de muitas mulheres estimula o desenvolvimento de habili-dades administrativas.

3. a) Adição; continuidade b)Tempo c) Concessão d) Conclusão e) Causa

4. Sugere-sequeasprópriasmulherestrabalhemnosentidodeinverterapercepçãosocialqueosho-mens têm delas, mostrando que seu suposto defeito (fragilidade) é, a rigor, uma qualidade.

Análise de Textos e Fenômenos Linguísticos

1. a) Atemáticacentraldotextoéoaniversáriode70anosdeCarlosDrummonddeAndrade. b) 1o–lançamentodopoema;2o–abombaatômica;3o–proclamaçãodaindependência;–aniversá-

rio do poeta.

2. Não se trata de uma ironia. Na verdade, trata-se de um elogio, pois, na época em que o poema foi escrito, Drummond estaria com cerca de 20 anos de idade. Quintana deseja, realmente, evidenciar a precocidade do poeta.

3. a) O estado de inconformismo quanto ao senso de conservadorismo dos escritores tradicionais. b) Pela atribuição, aos substantivos encanto e gozo, do grupo indiferença a todos os cânones e, a

seguir, a cara com que ficavam os canônicos, indicando a sua perplexidade em relação ao poema de Drummond.

4. a) Trata-sedaperguntafeitanoquartoparágrafo. b) Porexemplo,nosextoparágrafo:Sim, meninos, vamos gazear todas as escolas!;ounopenúltimo:

Continue, Carlos, continue...

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Português II 7 Curso pH

5. OtextodeveráconteraideiadequeseriainadequadotentarcaracterizarDrummonddealgumaforma,umavezqueeleguardavaemsiaessênciadapoesia,mostrando-seumpoetaextremamentesubstantivo.

6. a) Trata-se do Dia do Fico, com a frase: Seéparaobemdetodosefelicidadegeraldanação,digamao povo que fico (D. Pedro I).

b)Porsemelhança,aassociaçãosedácomaproclamaçãodaindependência.

7. C

8. C

9. Autoritarismo Exclusão social Seasociedadenãoparticipadaconstruçãodas leisedas instituições,produz-seumaestranheza

entre sociedade, estado e instituições, o que gera a transgressão. Segundooentrevistado,noBrasilaindaprevalecemosinteressesindividuais,oudegrupo,sobreos

coletivos, mais gerais. O mesmo cidadão que critica a corrupção e a troca de favores no Congresso Nacional e acha que

todosospolíticossãocorruptospornatureza,àsvezestopaofereceruma“caixinha”paraopolicialqueoflagroufazendoumaultrapassagemproibida.

10. Umadaspossibilidades: • Tudonaquelacidadedependiadaforçapessoal. • NãohaviagrandesassaltantesnaBahia,diziam,masquasetodosfurtavamumpouquinho. • Alguns salteadoresdeestradas, raros ladrõesviolentosoucortadoresdebolsasandavampor

ali,porémumadesonestidadeimplícitaeconstantefaziapartedoprocedimentodaspessoas.AassociaçãoentreofragmentoescolhidoeotextoIfunda-senadisseminaçãodocomportamentotransgressorentretodaapopulaçãoe/ounoapontamentodoindividualismocomoposturapre-dominante, acima dos interesses coletivos.

11. Umadaspossibilidades: • contraste • concessão • oposição Umadaspossibilidades: • E,emborafosseaindademanhã,algunsvinhamtrôpegos. • E,apesardeseraindademanhã,algunsvinhamtrôpegos.

12. Emprego das aspas Discurso indireto livre Umdosexemplos: • “Estacidadeacabou-se” • “NãoémaisaBahia.” • “Antigamente,haviamuitorespeito.” • “Hoje,atédentrodapraça,nasbarbasdainfantaria,nasbochechasdosgranachas,nafrenteda

forca,fazemassaltosàvista.” Umdosexemplos: • Eramuitomaisdifícilviverali. • Porquevoltara?

© MÓDULO 4 OS TEMAS I

GABARITO

Proposta a) Paradoxo b) Na estrofe 5, o paradoxo revela que, na opinião do eu lírico, a realidade é absurda, incompreensí-

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Curso pH 8 Português II

vel,inconcebível,estranhaouesquisita.(Oalunopoderáutilizarapenasumadasqualificaçõesoutermos equivalentes)

Análise de Textos e Fenômenos Linguísticos

1. E

2. B

3. D

4. C

5. D

6. E

7. C

8. Umadaspossibilidades: • Então não há verdade absoluta? • Vale o everything goes de alguns pós-modernos? • Quer dizer, o “vale tudo”? Não é o vale tudo. Segundooautor,háumaregrabásicaquesecontrapõeaovale tudo: é preciso manter relações

comosoutroserespeitá-losemsuadiferença.

9. Umadasrelaçõeseumadasrespectivasreescrituras: • Causa –Elesnãopodemserpensadosindependentementeunsdosoutrosvisto que todos são portado-

res da mesma humanidade. –Elesnãopodemserpensadosindependentementeumdosoutrosjá que todos são portadores

da mesma humanidade. –Comotodossãoportadoresdamesmahumanidade,elesnãopodemserpensadosindependen-

temente uns dos outros. • Explicação –Elesnãopodemserpensadosindependentementeumdosoutros,pois todos são portadores da

mesma humanidade.

10. Oparágraforeforçaaideiacentraldaargumentaçãodoautorpormeiodaexemplificaçãocomele-mentoshistóricos.

11. Aexistênciadehipócritasdentreosquedefendiamaaboliçãodaescravatura.AcontrataçãodePancráciocomoassalariadonaverdadeomantémsobodomínioeaexploraçãodoseuantigodono,agora patrão.

12. Opersonagemfazumacomparaçãoindevida,associandoocrescimentodosalárioaocrescimentobiológicodeumserhumano.

© MÓDULO 5 OS TEMAS II

GABARITO

Análise de Textos e Fenômenos Linguísticos

1. Ovocábuloex-cineclubista resulta da aplicação de quatro processos de formação de palavras: redu-ção/abreviaçãovocabular(cine!cinema), composição (cine + clube), derivação sufixal (cineclube + ista) e derivação prefixal (ex + cineclubista).

2. Asequênciadeespaçosetempos–antesedepoisdeassistiraofilme,dentro(1o e 2o períodos) e fora

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Português II 9 Curso pH

do cinema (do 3o ao 5operíodo)–manifesta-senapredominânciadeestruturascoordenadas,justa-postas,semprenopassado,numasequênciarápidadeações(rosnou, passou as narinas pelas man-gas, levantou-se, assistiu ao filme), e com rupturas (aquele homem meio estrábico [...], aquele homem, sim, [...]).Esseselementossintáticossãoalgunsdosrecursosqueprocuramreproduzir,naescrita,alinguagemcinematográfica.

3. O desfecho do texto confirma o aforismo de Drummond. A afirmativa de que o personagem, tendo jásaídodocinema,não soube mais voltarindicaqueeleestátãoabsorto na realidade ficcional que nãoconsegueretornarasuaprópriarealidade.

4. Orecursoformalqueexpressaahipóteseéofuturodopretérito(“gostaria”).

5. Noprimeiromomento,ostermosrepetidos–“nofundo,nofundo”–remetemparaainterioridade,paraaalmahumana.Nosegundomomento,ostermosrepetidosremetemparaopassado–“pratrás,pratrás”–eparaseuesvaziamento–“nada,nadamais”.

6. Os dois recursos linguísticos que provocam o humor são a personificação e o uso do diminutivo.

7. Na expresso eterno relance,oprimeirovocábulo(eterno) evoca o que é permanente, infinito, atem-poral,oqueserepete;osegundovocábulo(relance)remeteaoqueétransitório,fugaz,fragmentadonotempo.Acombinaçãodessesvocábulosrevelaatensão,experimentadapelopersonagem,quantoàpassagemdotempo.

8. Os tempos verbais empregados são o presente e o futuro do pretérito. O primeiro expressa a experiên-ciaconcretizadapeloeupoéticoeosegundoexpressaaexperiênciaprojetada,ahipótese,odesejo.

9. No texto, a vida na infância e a vida na velhice se assemelham quanto ao aproveitamento intenso de cada instante. Os recursos linguísticos que expressam essa semelhança são o uso da expressão comparativa tal e qual eoempregodovocábulotambém.

10. NotextoI,aexpressãotrinta segundos representa uma possibilidade rara de experimentar a vida emsuaplenitude.NotextoII,aexpressãocinco minutos representa o tempo usual, cotidianamente experimentado pelo sujeito.

11. Ocorpo“enlouqueceu”porquefoienganadopelosórgãosdossentidos–aaudição(ouvidos),avisão(olhos), o tato (mãos) e o paladar (boca).

12. NotextoI,oprópriocorpotransmite,revelaosilêncio.NotextoII,ocorpoimpedeapercepçãodosilêncio; é preciso calar o corpo para ouvir o silêncio.

13. Ousodepronomesnãocorrespondeànormaculta,porqueopoemaemE.pertenceaoMovimentoModernista, que se propôs a romper com os padrões tradicionais.

14. temposimemoriais/hoje eueragrego/hojesoumoçomoderno temposmodernos/heróisdaParamount pretérito/presente

© MÓDULO 6 A ARGUMENTAÇÃO (1a parte)

GABARITO

1. a) Estratégia da comparação com época anteriores; Estratégia de causa e efeito; b) Estratégia do confronto entre duas realidades diferentes. c) Estratégia dos argumentos consensuais. (Não necessitam de comprovação)

2. Sabe-sequeovotofacultativojáéadotadopelamaioriadospaísesdesenvolvidos,oquecaracterizaoaperfeiçoamentodelaçosdemocráticosentreapopulaçãoeoEstado.Umavezqueédadaaliber-

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Curso pH 10 Português II

dadedeescolhaparatalfunção,ficaclaroqueosistemapolíticonãoagedemodototalitárioparacom seus respectivos civis. Entretanto, no caso do Brasil, o processo se daria de maneira inversa, pois adotar o voto facultativo seria deixar fracassar a democracia que ainda vem sendo conquistada efortalecida.Paraopassadohistóricoherdadopelobrasileiro,ovotoobrigatórioé,sim,umaneces-sidade,jáqueosistemapolíticoaindasofreconsequênciasdeumademocraciarecenteefrágil,mascom esperança de progresso.

3. Pode-seafirmaraindaqueaprópriacondiçãosocialdaquelesquehabitamossertõeséinfluen-ciadoraparaqueoproblemadasecacontinueaexistir.Vistoqueestesnãopossuemmoradianemalimentaçãodenívelsatisfatório,ficadifícilqueosmesmosempenhem-separatentarmelhorarasituaçãodessaárea.Considerando,pois,estefato,énecessárioquehajaumapoioprovenientedas demais regiões do país, seja ele através de recursos ou mesmo da presença física, para ten-tarextinguir-setalquadro,quejáéalarmante.Umprincípiodeiniciativasdestetipojápôdesernotado a partir da criação de superintendências locais, que visam solucionar o problema mais especificamente.

4. a) Alinhaargumentativadessaredaçãoseconstróisobreumaideiaquenorteiatodootexto:adequeoBrasilécaracterizadoporuma“históriadedistorções”,porum“festivaldeenganações”,cujasconsequênciasdeterminamoBrasildehoje.Ocandidatosoubeorganizarosváriosfatospertinentes para construir sua argumentação nesse sentido.

b) Umexemplodissoestánoparágrafo2.Ocandidatotomaascaracterísticasdacolonizaçãocomocausadorasdasituaçãoatual.Sehojeexistedependênciaeconômica,elaera“inevitável”,segun-doocandidato,dadaaformapelaqualoBrasilfoiexploradopelametrópole.Alémdisso,citaasdesigualdadessociaisiniciadasjánaépocadacolôniaequehojeconstituem“marcaregistrada”danação.Eainda:“Aopressãosocial,comoúnicointeressedepreservarahegemoniadeumapequenaelite,éoberçodasterríveisinjustiçasquecaracterizamasociedade”.

c) Respostapessoal.

5. Foiescolhidooargumento01:A maneira atual de acessar os bens culturais permite que o contato com os mesmos seja democratizado, não restrito aos que podem, de fato, pagar por eles.

Nãohácomonegarqueoacessoàsdiferentestecnologiasfezcomqueaumentassetambémopoderde difusão das culturas. Pode-se observar a disseminação de grupos, escritores, artistas em geral até por camadas sociais menos privilegiadas. Com o advento da internet e de outras mídias, muitas produçõeseobraspassaramaserconhecidas,discutidas,apreciadasevalorizadas.Defato,umpro-cessoquefavoreceedemocratizaacultura.

6. A1–Nãohádúvidasdequejáseconsagrou,nacontemporaneidade,avisãodemocráticaebenevo-lentedequeoserrossãonãoapenaspositivos,masessenciais,jáquepermitemoconhecimentoeo aperfeiçoamento de um defeito para que o mesmo não volte a ocorrer. No entanto, tal posiciona-mento–ingênuo–nãolevaemconsideraçãoqueosdefeitos,alémdeincorrigíveis,podemserfatais.Umavezquecadasituaçãoéúnicaeimpassíveldeserrevivida,nãoháconsertoparaasfalhas,pois,pormaisqueposteriormentesepossafazerdiferente,naquelecasoespecífico,perde-seaoportuni-dadedeacertareessaéirrecuperável.

A2–Apartirdisso,nomomentoemqueéiniciadaumacriaçãohumana,énecessáriocertificar-sedequeosseusinventorespartiramdeiniciativasestáveisenãodefeituosasemsuaessência.Afinal,desde seu início, um processo de desenvolvimento, seja em questões concretas ou abstratas, vai car-regarcaracterísticasque,comotempo,ficarãoconcretas,logo,estagnadas.Issosignificaquetodacriaçãobaseadaemprincípiosequivocadoseimprodutivoslevaráconsigoe,portodooseutrajeto,elementos também defeituosos. Para comprovar tal raciocínio, pode-se citar o estabelecimento de sistemas políticos implantados de maneira incompatível com a cultura do local em questão, como é o caso do Brasil que, durante séculos, sofre, repetidamente, com as consequências de ter tido que se adequar a obrigações não genuinamente brasileiras.

A3–Referindo-se,ainda,aosequívocoshumanos,pode-seafirmaraineficiênciadasubjetividadena busca por afirmações estritamente certas. Essa incompatibilidade é comprovada na medida em queavidacotidianaéconcretaebaseadaemfatoserelaçõespalpáveis,quecompõemoestabe-lecimentoderegrasevaloresessenciaisàcoletividade.Logo,aquelequeseprendeàabstraçãodopróprio imaginárioestá,constantemente,arriscando-seàalienaçãoeà fugadarealidade.Odistanciamento da verossimilhança cotidiana acarreta, inclusive, uma espécie de exclusão social, poisafastaoindivíduodavivênciapráticaeconcreta,necessárioàsuainclusãojuntoaosdemaisintegrantes do corpo social.

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Português II 11 Curso pH

OBS–Oalunopode,emvezdecriaroutrotópicofrasalparaoparágrafo,utilizarosquejáforamapresentadosnaquestão.Nessecaso,foiselecionadaaseguintesequência:C–A–B.Noentanto,issopodeservariáveldeacordocomaargumentaçãoindividual.Éessencial,também,ousodeco-nectivos e elementos coesivos.

Análise de Textos e Fenômenos Línguísticos

1. A visão importada da esquerda brasileira, segundo a qual o progresso era efeito direto da economia, e a emancipação do povo e o atendimento das necessidades dos pobres eram consequência do cres-cimento econômico.

2. Para Cristovam, o governo assumiu o poder, mas perpetuou os erros dos governos anteriores. Em vezdeassumirumapolíticaderevolução,preferiuàdagenerosidade.Darassistênciasimplesmente,emvezdaeducação.

3. Noquintoparágrafo,utiliza-seumacomparaçãoentremedidastomadasemanosdiferentes;comisso, o autor consegue mostrar que tais erros são mantidos no governo atual, defendendo a tese de que algo precisa mudar.

4. Títulodadoemfunçãodaironiaapresentadapeloautor.Naverdade,eletentaencontrarum“culpa-do” para o descaso com a educação.

5. a) Gênero é uma construção social, porque resulta de arranjos sociais em determinado tempo e con-texto sociocultural.

Respostasaceitas: 1. Gênero é uma ferramenta analítica importante para se avaliar como as características sexuais

sãorepresentadasouvalorizadasemumadeterminadasociedadeoumomentohistórico. 2.Aformacomoseapresentamascaracterísticassexuais,oquesedizsobreoquesepensasobre

elas define o que é masculino e feminino. 3. Não são as características sexuais que distinguem o que é masculino e feminino, mas a forma

comoessascaracterísticassãorepresentadasevalorizadasemumasociedadeemomentohis-tórico.

b) Argumentos aceitos: –Asdesigualdadesentresujeitosdasociedadenãosãodeterminadaspordiferençasbiológicas,

mas construídas socialmente. –Asdiferençasentremasculinoefemininoestãonasdiferentesformascomqueascaracterísticas

sexuaissãorepresentadasnasociedadeeemdadomomentodahistória,tantoentredeferentessociedades quanto no interior de uma mesma sociedade.

–Gênerossãodiferentesdepapéispreestabelecidos,masasconstruçõeseoaprendizadodepa-péis criam expectativas em termos de comportamentos, femininos e masculinos, adequados e não adequados.

–Porseremconstruçõessociais,éimportanteobservarcomoascaracterísticassexuaissãotra-duzidasparaapráticasocialecomosãoinseridasnosprocessoshistóricosdeconstruçãodofeminino e masculino.

6. O aluno deveria construir um verbete para o conceito de gênero, a partir do texto de Guacira Lopes Louro,obedecendoàscaracterísticasdessegênerodotexto.Textosquenãoapresentaramessasca-racterísticasformaiseconceptuaisforampenalizadasem2,5.Foiobservado,também,aredaçãodoverbete.

7. AtesecentraldotextoIéaseguinte:todaculturadeterminadealgummodoospapéisdoshomense das mulheres; a crença “em um temperamento inato ligado ao sexo não era universal”.

8. a) O referente do pronome “o” é (toda cultura) determinar de algum modo os papéis dos homens e das mulheres.

b) Aspassagensqueapresentamareferidacontradiçãosãoasseguintes:(1)“NosTchambuli,porsuavez,pescadoreslacustreseamantesdasartes,haviaumainversãodasatitudessexuais:amulherseriaoparceirodirigente,dominadoreimpessoal,eohomem,menosresponsáveleemocional-mente dependente.”; (2) “Essa conclusão seria reforçada pela inversão da posição de dominância entre os sexos no terceiro povo estudado.”

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Curso pH 12 Português II

9. Asexpressõesdetemporalidadequesituamosquatroestágiosdepercepçãodonarradorsãoasseguintes:

–1oestágio:“quandomenino,aosquatroanosdeidade”OU“quandomenino”OU“aosquatroanosde idade”.

–2oestágio:“quando,maistarde,pudeperceberformasmaiscomplexasdepapéissociaisecompor-tamentosexual”OU“maistarde”OU“quandopudeperceberformasmaiscomplexasdepapéissociais e comportamento sexual”.

–3oestágio:“umdia”OU“naquelatardedesol” –4oestágio:“hoje”

10. Noprimeiroparágrafodotexto,ovocábulo“homem”éempregadocomosignificadodeindivíduodosexomasculino,enquanto,noúltimoparágrafo,osignificadodovocábuloperdeoenquadramen-todegênero/sexoepassaaremeterapessoa,serhumano.

11. O verso que contém o conectivo de que trata o enunciado da questão é o seguinte: “para a larga expansãododesejadosurto,”.Nesseverso,oconectivo“para”extrapolaosentidode finalidade/movimento e alcança efeito de relação ou comparação ou proporcionalidade (o infinito é curto em relação/emcomparação/emproporçãoàlargaexpansãododesejadosurto).

12. A concepção de casamento para as mulheres referidas no verso 1 propõe a recusa de funções tra-dicionalmente femininas. Para o eu lírico, a concepção não põe em causa a delimitação de papéis, tendo em vista que casamento é lugar de encontro, partilha.

13. NotextoSermulher,ohomemécaracterizadocomo“senhor”/dominador,enquantonotextoCasa-mento,eleécaracterizadocomocompanheiro/parceiro.

14. Os versos que, em confronto, comprovam a afirmação são os seguintes: “O que eu escrevi não conta.”(verso8)e“recolheimeupobreacervo,”(verso6)OU“Oqueeuescrevinãoconta.”(verso8)e“Retomaiminhaspalavras,”(verso10)(Ocandidatodeveráselecionarapenasumdosparesdeversos.)

15. No poema “Cidade Prevista”, a realidade de ausência e de falta tem valor positivo, pois assinala a inexistência daquilo que limita, que cerceia, que constrange ou que causa desconforto e desavença. (Naresposta,ocandidatopoderáindicarapenasumdoselementoscaracterizadores,enumerados,na formulação acima, a partir de “assinala a inexistência”.)

16. Em“CidadePrevista”,aconfiguraçãodarealidadepresenteresultadeumaoposiçãoimplícitaàca-racterizaçãodarealidadeprevista.

17. a) O efeito cômico é dado pela possibilidade de Kerr e Peck poderem ser associados, pela semelhan-ça sonora, a quer e peque,oqueresultanaalteraçãodeclassegramatical–desubstantivo(pró-prio)averbo–e,consequentemente,defunçãosintática.

b) Osvocábulospeque e santinho passam a integrar o mesmo campo semântico, ao estabelecer uma relação de contraste entre pecado e santidade.

18. a) Duasparáfrasesqueexplicitamossentidospossíveisseriam: Não há apenas uma medida que o governo possa tomar, ou seja, existe mais de uma medida

que o governo possa tomar. Não há nenhuma medida que o governo possa tomar,ouseja,nãohámedidaalguma que o

governo possa tomar. b) No primeiro enunciado, a ambiguidade advém da dupla possibilidade de combinação da palavra

“só”,bemcomododuploescopodanegação.Numsentido,apalavra“só”associa-seaonumeral“uma”eanegaçãoincidesobre“háumasó”:não[háumasó],háduasoumaismedidas.Nooutrosentido,apalavra“só”associa-seaosubstantivo“medida”eanegaçãotemcomoescopoaex-pressão“háumasómedida”:não[háumasómedida],ouseja,nãoháumaúnica medida, nega-se aexistência(há)dequalquermedida(nemumasequer).

Nosegundoenunciado—“Nãoháumamedidaquesóogovernopossatomar”—pode-seobser-varque,primeiramente,portersidodeslocadaparaasegundaoração,apalavra“só”fogeaoes-copodanegação;emsegundolugar,nãoháduplapossibilidadedecombinação,istoé,apalavra“só”estáassociadaunivocamenteàpalavra“governo”,indicandoquenãoháumamedidaqueapenas o governo possa tomar.

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Português II 13 Curso pH

© MÓDULO 7 A ARGUMENTAÇÃO (2a parte)

GABARITO

1. a) explicação + exemplificação Deve-seperceberqueaConstituiçãode1988,tambémchamadadeCidadã,asseguraodireitoà

liberdadedeimprensa.Entretanto,émisteracompreensãodequeoexercícioarbitráriodessagarantia pode acarretar o descumprimento de um princípio que é assistido pela nossa Carta Mag-na.Umcasoqueilustrabemessaquestãoéodovídeo,divulgadonainternet,contendocenasdeconjunçãocarnalenvolvendoamodeloDanielaCicarelli,ferindoàproteçãoaodireitodeimagem.Comisso,nota-sequeessaliberdadeprecisaserfiscalizadae,seforocaso,censurada,afimdeevitar abusos dos meios de comunicação.

Explicação + citação

Voltaireafirmou:“Possonãoconcordarcomassuasideias,masdefendereiatéamorteoseudi-reitodedizê-las.”Nessesentido,énecessáriocompreenderqueadiscordânciadasideiasveicula-dasemsistemasmidiáticosnãopodefazercomqueestas,deformaalguma,sejamcoibidaspelosimplesfatodesematerializaremdeformacontráriaadeterminadopensamentoouideologia.Talpremissavalidaaconcepçãodequeosmeiosdecomunicaçãodevemseautorregular,comointuitodeevitarumacircunstânciaantidemocráticanadifusãodeinformaçõeseacontecimentos.

b) Chega-seaconclusãodequeoensinopúblicoédeótimaqualidade.Jánosegundocaso,poder--se-iadizerqueoensinopúblicoéregular,vistoque50%doscandidatosforamaprovados.Noprimeirocaso,esseíndiceatingeamarcade98%.

2. b) Premissainicial:Oregimedegovernomaiseficazéaquelequemelhoratendeosanseiosdopovo. Premissaintermediária:aliberdadedeexpressãoéumdosmaioresanseiosdopovo. Premissaintermediária:ademocraciaéoúnicoregimequegarantedeformaplenaaliberdadede

expressão. Conclusão:ademocraciaéoregimemaiseficaz. c) PremissaInicial:Ajuventudenãoéengajada. PremissaIntermediária:Ajuventudeéengajada,masnãoemmanifestaçõeseempasseatas. Conclusão:Aparticipaçãoatualdojovemédiantedeumcenáriomultifacetado.

3. b) Evidência(s):aconsciênciaecológicadapopulaçãoémaiorempaísesquepromovemcampanhaseficazesafavordomeioambiente.

Conclusão:aeducaçãoeaconscientizaçãodopovosãoessenciaisparaamanutençãodenossoplaneta.

Análise de Textos e Fenômenos Linguísticos

1. A

2. A

3. B

4. C

5. C

6. Ele é a favor da diminuição da maioridade penal. Oalunopodeapresentarqualquerumdosargumentosutilizadospeloautor,como,porexemplo,“O

caso de Embu-Guaçu é de fato horrível. Mas não se pode pactuar, por isso, com aqueles que agora querem disseminar ainda mais horror e barbárie (...)” ou “Dois terços dos presos no Brasil têm entre 18 e 24 anos. A enorme maioria é destituída de tudo, de educação, saúde, lazer, de trabalho e moradia, de humanidade e futuro”.

7. Sim.Durantetodootexto,oautortentamostrarqueareduçãodamaioridadepenalnãoéasolução,pois precisamos oferecer melhores condições de vida aos adolescentes e não puni-los com as mes-masbarbáriesquecometeram.

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Curso pH 14 Português II

8. Conclusão: “é inadmissível submeter um adolescente à tortura e à morte, mesmo que por meio do governo.”

9. FazendoumaanalogiacomaatitudedeBronsonnosfilmes,oautormostraquenãopodemosfazerjustiçacometendoosmesmoserrosquequemestásendopunidocometeu.Dessemodo,arriscamo--nos a nos tornar justamente o que estamos julgando como errado.

10. O aluno deve oferecer um argumento que refute o enunciado. Ex.: Com a melhora das condições dospresídios(maisinvestimentos),nãohaveriabarbárienosistemapenitenciário,possibilitandoadiminuição da maioridade penal.

11. Paraqueamentesejasaudável,éprimordialquehajaadequaçãodocontroledamentesobreocorpo.

12. OpovodeOssevaolepnãosepreocupaemterpontodevistaemrelaçãoàquelesqueteriamavisãonormal do mundo.

13. a) Osseguintessintagmasnominaiscaracterizamo“povoprimitivo”:vidaorganizada;povofeliz;(povo)decabeçamuitosólidaemãosreforçadas;cabeçamuitosólida;mãosreforçadas;coisasaladas; (coisas) cheias de sabedoria; vida longa; os cabecences-parabaixo.

b) Os sintagmas em (a)recebem,notextoII,conotaçãopositiva–vinculadaafelicidade,sabedoria,organização,longevidade–,oquecontrastacomacaracterizaçãonormalmenteatribuídaa“povoprimitivo”.

14. a) Osprocessosdeformaçãoutilizadosforamcomposiçãoporjustaposiçãoederivaçãosufixal. b) Os observadores criaram um neologismo que não vai além do nível descritivo superficial porque

eles não conseguiram alcançar um conhecimento aprofundado, conclusivo a respeito do povo de Ossevaolep.

15. ArelaçãoentreaterceirasuposiçãodotextoIeoestilodevidadopovodeOssevaolep,notextoII,traduz-sedaseguinteforma:oandardecabeçaparabaixoécontroladocomaadequaçãonecessáriaparaumavidaorganizadaefeliz.

16. a) O eu lírico encontra-se em crise por se sentir completamente deslocado (inadequado, desajusta-do)emrelaçãoàcoletividade,aomundo.

b) A solução proposta é render-se ao mundo: o eu lírico mostra que é melhor seguir mudo o caminho dacoletividadedoqueficarsó.

17. Osvocábulosqueconstroemimagensvinculadasaocamposemânticodetravessiasãoosseguintes:ando, vou(-me), seguir, andam, anda, erra (verbos); passadas, vias, caminho, pisadas, atalho (subs-tantivos).

18. OsignificadodeloucuranotextoIVestárelacionadoàcondiçãoeàprópriaatividadedoserpoeta:louco é o poeta e loucura é a poesia.

19. Aterraésempreanegraalgemadopoeta/aextremaDesventuraprendeopoetanaterra(ounaalgema) ou Aterraésempreanegraalgemadopoeta/prendeopoetanaterra(ounaalgema)aextrema Desventura

20. a) O fluxo de consciência é um recurso narrativo que consiste em recriar a sucessão de pensamen-tos,sensaçõeselembrançasemumplanopsicológicoquenãosereduzàlógicaconvencionaldodiscurso. No excerto, esse efeito é obtido por meio do polissindeteísmo (repetição do conectivo “e”),dareiteraçãoanafóricadaflexãoverbal“estava”,daausênciadepontuaçãoedautilizaçãodeespaçamento dilatado, que sugere a fragmentação do discurso. Além disso, o adjunto adverbial “derepente”,empregadoduasvezesnomesmoperíodo,sugeremudançaabruptadeestadosemcausa explícita.

b) Odiscursodireto,expedientedecitaçãoemqueonarradorintroduzodiscursoalheioreprodu-zindo-oliteralmente,ocorrenostrechos“deixedepreguiçamenino!”e“vocênãoquermesmoalmoçar?”, nos quais o enunciador apresenta as interpelações de sua mãe.