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ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: [email protected]

Comentários referentes ao período entre 07/08 a 13/08/2009

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1 Daniel Claudy da Silveira2

1 Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,

coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA. 2 Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI.

DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ

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Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT Produto

Data

GRÃO DE SOJA (US$/bushel)

FARELO DE SOJA (US$/ton. curta)

ÓLEO DE SOJA (cents/libra peso)

TRIGO (US$/bushel)

MILHO (US$/bushel)

7/8/2009 11,84 374,50 36,78 4,89 3,22

10/8/2009 11,70 367,20 36,49 4,94 3,24

11/8/2009 12,16 383,20 38,02 4,85 3,26

12/8/2009 12,16 388,00 38,47 4,90 3,30

13/8/2009 11,87 390,90 37,54 4,81 3,24

Média 11,95 380,76 37,46 4,88 3,25

Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.

Médias semanais* (compra e venda) no mercado de lotes brasileiro - em praças selecionadas (em R$/Saco)

SOJA Var. % relação média anterior

RS - Passo Fundo 48,65 -0,82

RS - Santa Rosa 48,15 -0,52

RS - Ijuí 48,15 -0,52

PR - Cascavel 49,00 -0,10

MT - Rondonópolis 45,18 1,14

MS - Ponta Porã 46,00 1,43

GO - Rio Verde (CIF) 45,90 0,66

BA - Barreiras (CIF) 42,50 -1,05

MILHO Var. % relação média anterior

Argentina (FOB)** 157,60 0,25

Paraguai (FOB)** 110,00 2,33

Paraguai (CIF)** 155,00 11,11

RS – Erechim 19,00 4,97

SC – Chapecó 20,00 0,70

PR – Cascavel 17,12 1,60

PR – Maringá 17,05 -1,16

MT – Rondonópolis 12,75 0,79

MS – Dourados 14,90 -0,67

SP – Mogiana 17,43 -0,34

SP - Campinas (CIF) 19,51 0,26

GO – Goiânia 15,97 -1,72

MG – Uberlândia 17,01 -2,07

TRIGO*** Var. % relação

média anterior

RS - Carazinho 437,00 -0,68

RS – Santa Rosa 437,00 -0,68

PR – Maringá 507,00 -2,87

PR - Cascavel 500,50 -2,44

* Período entre 07/08 e 13/08/09 Fonte: CEEMA com base em dados da Safras & Mercado. ** Preço médio em US$ por tonelada. *** Em Reais por tonelada

Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul

Produto milho

(saco 60 Kg) soja

(saco 60 Kg) trigo

(saco 60 Kg)

R$ 17,22 44,02 22,28

Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS.

Preços de outros produtos no RS

Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul

Produto 13/08/2009

Arroz em casca (saco 60 Kg) 27,46

Feijão (saco 60 Kg) 66,98

Sorgo (saco 60 Kg) 13,70

Suíno tipo carne (Kg vivo) 1,68

Leite (litro) cota-consumo (valor bruto) 0,65

Boi gordo (Kg vivo)* 2,69 (*) compreende preços para pagamento em 10 e 20 dias Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS.

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MERCADO DA SOJA As cotações da soja, durante a semana, romperam o teto dos US$ 12,00/bushel, chegando a se fixar em US$ 12,16/bushel para o primeiro mês cotado. Todavia, esse mês (agosto) sai do mercado neste final de semana, sendo natural que ajustes de posições levem a estas fortes oscilações. A partir de agora interessa a cotação de setembro e, particularmente, novembro. Estas, embora igualmente em alta, se fixaram em valores bem mais baixos, confirmando a tendência que apontávamos nas últimas duas semanas e dando sequência a um movimento observado desde junho passado. Tanto é verdade que o fechamento desta quinta-feira (13), para setembro, voltou a registrar recuo, com o bushel batendo em US$ 10,65. Na prática, cotações mais baixas nesses meses futuros retratam a tendência de uma safra cheia nos EUA, mesmo tendo o relatório do USDA, divulgado neste dia 12/08, reduzido um pouco os volumes a serem colhidos e do estoque final. Efetivamente, o relatório indicou agora uma colheita final de 87 milhões de toneladas, contra 88,7 milhões apontadas em julho. Isso se deve a uma redução estimada na produtividade, na medida em que a mesma está agora fixada em 2.804 quilos/hectare, contra 2.864 quilos indicados em julho. Causa um pouco de estranheza essa produtividade já que as condições das lavouras continuam muito boas, com percentuais acima da média histórica. Provavelmente uma revisão para cima ocorra no relatório de setembro, previsto para o dia 11/09, fato que elevará novamente a produção final. Os estoques finais nos EUA ficaram agora em 5,72 milhões de toneladas, com redução de 16% sobre o indicado em julho. Com isso, o patamar de preços em que o mercado deverá funcionar, no ano comercial 2009/10 (setembro/09-agosto/10) foi elevado para US$ 8,40 e US$ 10,40/bushel. Ou seja, as cotações atuais do mês de setembro, em Chicago, estão na parte superior do parâmetro. Lembramos que as médias de 2007/08 e 2008/09 ficaram, respectivamente, em US$ 10,10 e US$ 10,00/bushel. O relatório ainda indicou que a produção mundial de soja será de 242,07 milhões de toneladas neste próximo ano comercial. Isso representa 1,66 milhão abaixo do indicado em julho, porém, ainda 31,45 milhões de toneladas acima do registrado no ano anterior. Os estoques finais mundiais chegariam a 50,3 milhões de toneladas ou 9,32 milhões acima do ano anterior. A produção brasileira continua sendo projetada em 60 milhões de toneladas, enquanto a Argentina atingiria 51 milhões. Por sua vez, a produção chinesa chegaria a tão somente 15,4 milhões de toneladas. Aliás, as importações anuais da China foram mantidas em 38,1 milhões de toneladas, contra 39,1 milhões em 2008/09. Assim, embora aparentemente altista, Chicago se comportou de forma baixista após o anúncio do relatório (exceção feita ao mês de agosto por motivos que já comentamos acima). Isso ocorreu porque o mercado já havia precificado o relatório, inclusive com alguns especuladores apostando em recuo maior na produção a ser anunciada. Dito isso, importante se faz indicar que, pela primeira vez depois de algumas semanas, as condições das lavouras nos EUA pioraram um pouco. Assim, até o dia 09/08, as

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mesmas estavam com 66% entre boas a excelentes (67% na semana anterior); 25% regulares e 9% entre ruins e muito ruins (8% na semana anterior). Por sua vez, 86% das mesmas estão em floração e 55% em frutificação. Paralelamente, os embarques de soja pelos EUA, na semana encerrada em 06/08, chegaram a 261.400 toneladas, contra 136.900 toneladas na semana anterior. Com isso, o acumulado do ano comercial, desde setembro/08, chega a 32,56 milhões de toneladas, contra 29,69 milhões no mesmo período do ano anterior. Já os registros de exportação, na semana encerrada em 06/08, ficaram em 1,02 milhão de toneladas, sendo 259.500 toneladas da safra atual e o restante da safra nova. No acumulado do ano comercial, iniciado em setembro passado, o volume chega a 35,78 milhões de toneladas, contra 31,56 milhões em igual período do ano anterior. O prêmio no Golfo fechou a semana entre US$1,15 e US$ 1,40/bushel. Na Argentina, o mercado continuou estagnado, com poucos negócios. O prêmio em Rosário ficou entre US$ 1,80 e US$ 2,30/bushel. Já em Rotterdam, a tonelada CIF para os pellets da Argentina e do Brasil ficou em US$ 442,00 e US$ 449,00 respectivamente, para agosto/setembro. No mercado mundial, destaque ainda para as exportações de óleo de palma pela Malásia, as quais tiveram um incremento de 700.000 toneladas no primeiro semestre de 2009. No mercado brasileiro, as cotações permaneceram nos níveis da semana anterior, havendo alguns recuos nos lotes. A movimentação baixista em Chicago, para os meses futuros, acabou sendo compensada pela valorização do dólar que, mesmo pequena, trouxe as cotações para níveis entre R$ 1,80 e R$ 1,85, tendo chegado mesmo a R$ 1,86 em alguns momentos da semana, antes de fechar a R$ 1,83 nesta quinta-feira (13). Assim, no balcão gaúcho o saco ficou em R$ 44,02 ao produtor, enquanto os lotes recuaram para valores entre R$ 48,25 e R$ 48,75/saco. Nas demais praças do país, os lotes giraram entre R$ 42,25 em Barreiras (BA) e R$ 49,25/saco em Cascavel (PR). A safra nova começa a indicar base de preço em dólares, com Minas Gerais apontando preços entre US$ 18,00 e US$ 19,00/saco; Bahia US$ 18,20/saco e Maranhão US$ 18,50. No Rio Grande do Sul, o interior trabalha com R$ 41,00/saco na compra. Todos para 30 de abril de 2010. No Paraná, preços de safra nova a R$ 43,00 e R$ 43,30/saco, para entrega em 15 de março. A julgar pela tendência do dólar e as condições de mercado atualmente, esses preços são interessantes, pois em caso de safra cheia a tendência é de preços provavelmente mais baixos. Sobretudo se Chicago confirmar a projeção de trabalhar entre US$ 8,50 e US$ 10,50/bushel. Num exercício de projeção, considerando Chicago, em abril de 2010, a US$ 9,50/bushel e um câmbio a R$ 1,90, será plausível esperar que o saco de soja, no balcão gaúcho, por exemplo, seja cotado a R$ 35,60 para aquele mês. É importante lembrar que, geralmente, os prêmios em nossos portos, no período de safra, recuam

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abaixo de um dólar por bushel. Assim, em safra normal, e nestas condições de câmbio e Chicago, poderemos assistir facilmente os preços da soja, no balcão gaúcho, girando entre R$ 35,00 e R$ 40,00/saco no momento da colheita, podendo haver momentos de recuo ainda maiores. Obviamente, em isso ocorrendo, o desconto das margens das empresas compradoras jogará um papel importante na definição do preço final, devendo haver muita prática do chamado “preço político” e/ou “preço que cubra apenas as despesas”. Isso se as empresas tiverem fôlego para sustentar tal política, após a crise econômico-financeira que estão passando desde o segundo semestre de 2008. Nesse momento (entressafra), os lotes variam entre US$ 1,95 e US$ 2,20/bushel, estando em níveis excepcionalmente elevados, fato que ajuda a sustentar os preços internos nos atuais níveis. Nesse sentido, e mantendo a tradição, os produtores de soja do Mato Grosso estão se adiantando e realizando comercialização antecipada de forma mais aguda neste ano. Estima-se, segundo o Imea, que 150.000 toneladas já tenham sido negociadas, para entrega em fevereiro de 2010. Naquele Estado, regiões em torno da BR 163, estão cotando a soja futura entre US$ 16,00 e US$ 17,00/saco, sendo que em Primavera do Leste e Campo Verde os preços chegaram a US$ 18,00/saco. Em o dólar chegando a R$ 1,90 no início do próximo ano, esses valores representam de R$ 30,40 a R$ 34,20/saco. Abaixo seguem os gráficos da variação de preços da soja e seus derivados no período de 17/07 a 13/08/2009.

Gráfico da Variação das Cotações da Soja entre 17/07 e 13/08/09

(CBOT)

9,10

9,45

9,80

10,15

10,50

10,85

11,20

11,55

11,90

12,25

17/07 a

23/0

7/09

24/07 a

30/0

7/09

31/07 a

06/0

8/09

07/08 a

13/0

8/09

Período Semanal

US

$/b

ush

el

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Gráfico da Variação das Cotações do Farelo de Soja entre 17/07 e

13/08/09 (CBOT)

287,50

300,00

312,50

325,00

337,50

350,00

362,50

375,00

387,50

17/07 a

23/0

7/09

24/07 a

30/0

7/09

31/07 a

06/0

8/09

07/08 a

13/0

8/09

Período Semanal

US

$/T

on

ela

da C

urt

a

Gráfico da Variação das Cotações do Óleo de Soja entre 17/07 e

13/08/09 (CBOT)

31,50

32,25

33,00

33,75

34,50

35,25

36,00

36,75

37,50

38,25

17/07 a

23/0

7/09

24/07 a

30/0

7/09

31/07 a

06/0

8/09

07/08 a

13/0

8/09

Período Semanal

Cen

ts/L

ibra

Peso

MERCADO DO MILHO As cotações do milho em Chicago apresentaram pequena queda durante a semana, com o fechamento desta quinta-feira (13) ficando em US$ 3,24/bushel, após US$ 3,30 na véspera.

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O motivo principal é o bom andamento da safra nos EUA, comprovada pelos números do relatório do USDA, que até surpreenderam um pouco. O mesmo, anunciado em 12/08, indicou um significativo aumento da produção norte-americana, agora projetada em 324,2 milhões de toneladas, contra 312,3 milhões indicados em julho. Isso se deve a um ajuste para cima na produtividade média, projetada agora em 10.014 quilos/hectare. Com isso, os estoques finais foram revistos para cima igualmente, passando agora a 41,2 milhões de toneladas. Assim, o patamar de variação de preço, para o bushel, no ano 2009/10, ficou entre US$ 3,10 e US$ 3,90/bushel, perdendo 25 centavos de dólar por bushel em relação a julho. O mesmo já está abaixo das médias obtidas em 2007/08 (US$ 4,20/bushel) e 2008/09 (US$ 4,05/bushel). Em termos mundiais, o relatório apontou uma produção de 796,33 milhões. Esse volume representa 0,82% acima do indicado em julho. Os estoques finais mundiais subiram para 141,49 milhões de toneladas. A produção da Argentina permaneceu projetada em 15 milhões de toneladas, enquanto a brasileira chegaria a 54 milhões de toneladas. Nesse último caso, algo difícil de ocorrer caso se confirme o recuo na área semeada. Confirmando a tendência de safra importante nos EUA, o relatório de acompanhamento de safra do USDA apontou que, até o dia 09/08, as condições das lavouras locais estavam em 68% entre boas e excelentes, contra 61% na média histórica. As exportações semanais, por parte dos EUA, atingiram a 834.000 toneladas, sendo considerada baixa pelo mercado. Ou seja, diante de exportações menores, o mercado interno dos EUA terá que aumentar o consumo, sob pena dos preços não reagirem diante de uma safra cheia. Entretanto, para isso, é preciso ocorrer um aumento no consumo e exportações de carnes, leite e derivados, pois é aí que o milho encontra saída sob forma de consumo direto (silagem) ou ração. E isso, diante da crise mundial que apenas se encontra no fundo do poço (parou de piorar), pode não ocorrer tão cedo. Enfim, não se pode esquecer que daqui a um mês teremos a pressão da colheita naquele país, a qual deve durar um bom tempo. Na Argentina, a tonelada fechou a semana em US$ 157,00 FOB, enquanto no Paraguai a mesma chegou a US$ 110,00. No mercado brasileiro, novamente tivemos uma semana com variabilidade nos preços, havendo regiões com novos recuos, enquanto outras se estabilizaram. Considerando a média semanal, destaque para o norte do Estado do Rio Grande do Sul que registrou um aumento de 4,97% na semana, com os lotes alcançando R$ 19,00/saco. (cf. tabela no início deste informativo) A média gaúcha, no balcão, fechou a semana em R$ 17,22/saco, enquanto os lotes giraram, nas demais praças, entre R$ 12,35/saco em Rondonópolis (MT) e R$ 20,00/saco em Chapecó (SC). Na exportação, compradores entre US$ 160,00 e US$ 165,00/tonelada. O mercado continua pressionado pela safrinha e pelas dificuldades na exportação. Além disso, o travamento dos leilões oficiais, por falta de liberação de recursos de parte do Tesouro Nacional, complicou um pouco mais a situação em algumas regiões, particularmente no Centro-Oeste.

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Por enquanto, a tendência continua sendo de preços nestes níveis, havendo possibilidade de recuperação na medida em que se confirmar a forte redução projetada na área da futura safra. Mas isso ainda pode demorar! Por enquanto, a pressão de venda e oferta é a tônica. Somente na região Centro-Oeste, o governo precisaria retirar ainda 3 milhões de toneladas para aliviar o mercado. Paralelamente, o sorgo esteve cotado a R$ 11,50/saco em Minas Gerais e R$ 13,70/saco no Rio Grande do Sul. A semana terminou sem grandes definições quanto ao retorno dos leilões oficiais. Ao mesmo tempo, os preços na importação, no CIF indústrias brasileiras, atingiram a R$ 26,95/saco para o produto dos EUA, em agosto. Para o mesmo mês, o produto da Argentina ficou em R$ 24,60/saco. Já para setembro o produto do vizinho país atingiu a R$ 24,94/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá atingiu a R$ 16,95/saco para agosto; R$ 17,45 para setembro; R$ 17,70 para outubro; R$ 17,83 para novembro; R$ 18,26 para dezembro; R$ 18,60 para janeiro; R$ 17,96 para fevereiro e R$ 19,68/saco para março/2010. Enfim, o Mato Grosso se aproxima do final da colheita da safrinha, faltando cortar ao redor de 15% da área. A produtividade média, até o início da segunda semana de agosto, era estimada em 4.232 quilos/hectare. Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período de 17/07 e 13/08/2009.

Gráfico da Variação das Cotações do Milho entre 17/07 e 13/08/09

(CBOT)

3,00

3,05

3,10

3,15

3,20

3,25

3,30

3,35

3,40

3,45

3,50

17/07 a

23/0

7/09

24/07 a

30/0

7/09

31/07 a

06/0

8/09

07/08 a

13/0

8/09

Período Semanal

US

$/b

ush

el

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MERCADO DO TRIGO As cotações do trigo em Chicago acabaram recuando nesta semana de agosto, fechando a quinta-feira (13) em US$ 4,81/bushel. Como se nota, o mercado rompeu o piso dos US$ 5,00, o qual se manteve durante todo este ano de 2009, exceção feita à segunda semana de julho. Ou seja, estamos diante de cotações as mais baixas dos últimos tempos em Chicago! O mercado internacional está pressionado pela colheita nos EUA e, agora, pela revisão para cima dos números desta colheita, além dos estoques finais. Efetivamente, o relatório de oferta e demanda, anunciado pelo USDA no dia 12/08, indicou uma produção final nos EUA de 59,4 milhões de toneladas, contra 57,5 milhões em julho. Mesmo assim, é bom lembrar que tal produção está distante das 68 milhões de toneladas obtidas no ano anterior. Quanto aos estoques finais naquele país, os mesmos passaram a 20,2 milhões de toneladas, ou seja, 5,2% acima do indicado em julho. Com isso, o parâmetro de preços, para o ano 2009/10, foi reduzido em 10 centavos de dólar por bushel, ficando agora entre US$ 4,70 e US$ 5,70/bushel. Isso significa que os preços atuais estão nos níveis mais baixos do novo parâmetro indicado, havendo claras possibilidades de alguma recuperação no médio prazo. Em termos mundiais, o relatório apontou uma produção mundial de 659,3 milhões de toneladas, com a mesma superando em 3 milhões de toneladas o volume indicado em julho. Para os estoques finais, os mesmos são projetados agora em 183,6 milhões de toneladas, contra 181,3 milhões em julho. Lembramos que na safra passada (2008/09) o volume colhido foi de 682,4 milhões de toneladas e os estoques finais bateram em 169,5 milhões. Ou seja, apesar de uma produção menor, os estoques finais tendem a crescer em 2009/10 em função de um consumo proporcionalmente menor. Isso indica que, talvez, haja uma correção nesses números nos próximos meses. O relatório apontou a produção da Argentina em apenas 8,5 milhões de toneladas, reduzindo em um milhão de toneladas o apontado em julho (mesmo assim abaixo do que o mercado local espera da nova safra). Igualmente indicou 5,7 milhões de toneladas para a futura safra brasileira, assim como 23 milhões para a Austrália e 22,5 milhões de toneladas para o Canadá (nesse caso, menos um milhão de toneladas em relação a julho). Enfim, as vendas líquidas de trigo, por parte dos EUA, na semana encerrada em 06/08, alcançaram 479.100 toneladas, contra 552.800 toneladas da semana anterior. O maior comprador foi novamente o Japão, com 83.600 toneladas. Ainda em termos mundiais, a União Europeia projeta colher um total de 130 milhões de toneladas de trigo em 2009/10, com a mesma ficando 7% abaixo do volume colhido no ano anterior, porém, 3,5 milhões de toneladas acima do projetado em fevereiro passado. Nesse momento, se desenvolve a colheita do trigo na Europa. Na Argentina, onde o plantio do trigo está praticamente encerrado, graças as recentes chuvas ocorridas, as condições das lavouras estão muito variáveis, dependendo da região de produção. Assim, está difícil estimar o que poderá ser a safra daquele país. Por enquanto, o último número divulgado pela Bolsa de Rosário dá conta de uma

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colheita de apenas 7,4 milhões de toneladas. Bem abaixo do que o USDA está apontando (8,5 milhões) e do que foi colhido no ano anterior (8,7 milhões de toneladas). Se tal volume se confirmar, como já indicamos na semana anterior, o vizinho país terá apenas 1,4 milhão de toneladas disponível para exportação em 2010, já que o consumo interno do cereal é estimado em 6 milhões de toneladas. Para a exportação, a indicação de preços no vizinho país dá conta de valores entre US$ 260,00 e US$ 270,00/tonelada. No Uruguai, a tonelada esteve a US$ 275,00 e no Paraguai a US$ 245,00. Em junho, a Argentina teria exportado 188.739 toneladas do cereal, contra 94.956 toneladas embarcadas em junho de 2008. No primeiro semestre de 2009 o Brasil foi o maior importador do produto disponível argentino, alcançando 2,2 milhões de toneladas, seguido do Irã e do Peru. Já os embarques de farinha de trigo por parte dos argentinos chegou a 21.157 toneladas em junho, contra 46.009 toneladas um ano antes. (cf. Safras & Mercado) No mercado brasileiro, infelizmente para os produtores rurais, os preços voltaram a recuar. O balcão gaúcho fechou a semana com a média de R$ 22,28/saco, enquanto os lotes caíram para R$ 425,00/tonelada. No Paraná, os lotes recuaram para valores entre R$ 497,50 e R$ 505,00/tonelada. A aproximação da colheita paranaense, prevista para setembro, deverá pressionar ainda mais para baixo tais preços, salvo se houver confirmação prática de quebra importante na produção daquele Estado em função do excesso de chuvas e das geadas. Diante das dificuldades de preço, o Ministério da Agricultura vem adotando um discurso de garantir os preços mínimos estipulados. O mercado quer saber como isso será feito e se coloca na expectativa, sem a realização de muitos negócios no momento. O Paraná ainda contabiliza a possibilidade de uma safra de 3,2 milhões de toneladas, porém, já há confirmação de quebra de 12% em função das geadas e outros 10% no oeste do Estado em função das chuvas. Além disso, o retorno do calor forte, após a umidade, está gerando um aumento das doenças fúngicas, podendo gerar novas perdas de produtividade. Em síntese, seria de bom alvitre projetar a safra paranaense, no momento, ao redor de 2,5 a 2,7 milhões de toneladas, sem considerar a perda de qualidade do produto colhido. No Rio Grande do Sul, as fortíssimas geadas do final de julho causaram alguns estragos. Associou-se a isso a chuvarada do último final de semana (mais de 170 mm em 48 horas em muitas regiões produtoras) e o retorno do forte calor (mais de 25 graus no final desta atual semana) e temos um quadro que começa a preocupar muitos produtores. A vantagem é que a grande maioria dos produtores vem praticando o plantio direto, fato que diminui os riscos de erosão e protege mais a planta. Em termos específicos de mercado, o câmbio, ao redor de R$ 1,83 no momento, com tendência de novas valorizações do Real, é o ponto central. O mesmo favorece as importações de fora do Mercosul. A tal ponto que hoje o produto dos EUA pode chegar nos moinhos paulistas a R$ 574,00/tonelada. O produto paranaense, para competir na mesma realidade, terá que ser pago ao produtor ao redor de R$ 500,00/tonelada, o que já está acontecendo. Se tal conta fosse feita com o dólar do início de março, quando o mesmo chegou a quase R$ 2,50, o produto paranaense poderia ser negociado a R$ 670,00/tonelada no interior do Estado. (cf. Safras & Mercado) Ou seja, em função do

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câmbio e da consequente revalorização do Real, o produtor paranaense, em cinco meses, já perdeu R$ 170,00/tonelada ou R$ 10,20/saco. Proporcionalmente, o mesmo raciocínio pode ser feito para o trigo gaúcho, embora esse encontre mais dificuldades para ser posto em São Paulo. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, o Brasil fechou o ano comercial tritícola 2008/09 (agosto/julho) com importações de 6,5 milhões de toneladas, sendo 5,6 milhões em grãos (da Argentina veio 71% desse total, o Paraguai forneceu 10%, o Uruguai outros 10% e os EUA 7%; o Canadá entrou com 78.110 toneladas e o Líbano.... com 14 toneladas). Outras 845.000 toneladas de farinha e 7.000 toneladas de pré-mistura igualmente foram importadas. A oferta total, em equivalente-grão, considerando a produção de 6 milhões de toneladas, acabou ficando em 12,86 milhões de toneladas para um consumo de 10,95 milhões. Com isso, o país ingressa no novo ano comercial com um estoque de 1,99 milhão de toneladas, contra apenas 415.000 toneladas no ano anterior. Essa realidade permite duas conclusões: o país terá menos necessidade de importação, num momento em que a Argentina enfrenta grandes problemas de oferta; e os preços internos encontrarão dificuldades para subir, podendo ainda baixar mais, caso o governo nada faça e/ou não haja uma correção para baixo na futura oferta, motivada pelos problemas climáticos. Ou seja, a possibilidade de melhoria nos preços em 2010, em função da redução na safra mundial e particularmente da safra argentina, fica comprometida. Especialmente se o câmbio permanecer nestes níveis e Chicago não se recuperar de forma que possa forçar um aumento nos preços internacionais do produto. Enfim, o governo anuncia dois novos leilões de Valor de Escoamento do Produto (VEP), para o dia 20/08. No total serão oferecidas 60.000 toneladas destinadas às regiões Norte e Nordeste do país. A semana terminou com a importação, no CIF Sudeste brasileiro, valendo US$ 302,28/tonelada para o produto procedente dos EUA; US$ 323,60/tonelada para o produto oriundo da Argentina; e US$ 313,46/tonelada para o produto do norte do Paraná. Ao câmbio desta quinta-feira (13) estes valores equivalem a, respectivamente, R$ 33,19/saco, R$ 35,53/saco e R$ 34,42/saco. Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 17/07 e 13/08/2009.

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Gráfico da Variação das Cotações do Trigo entre 17/07 e 13/08/09

(CBOT)

4,60

4,70

4,80

4,90

5,00

5,10

5,20

5,30

5,40

17/07 a

23/0

7/09

24/07 a

30/0

7/09

31/07 a

06/0

8/09

07/08 a

13/0

8/09

Período Semanal

US

$/b

ush

el