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Profa. Dra. Laura Glüer ABRP, dezembro de 2015

Pesquisa de Mapeamento das Agências de Comunicação Corporativa no RS: características, mercado, atuação e profissionais

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Profa. Dra. Laura Glüer ABRP, dezembro de 2015

O mercado das agências

• Muitas assessorias hoje se autodenominam AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO.

• De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (ABRACOM), o Rio Grande do Sul conta atualmente com 70 agências ativas e o mercado passa por um momento de expansão.

Objetivo da pesquisa

Identificar características, mercado, atuação e perfil profissional destas agências de comunicação no Estado, no intuito de aprofundar o conhecimento sobre o setor.

Metodologia

• Realizar um mapeamento das agências de comunicação corporativa atuantes no Rio Grande do Sul, ao longo do ano de 2015, por meio de técnicas de pesquisa quantitativa (questionário online para as empresas) e qualitativa (grupos focais com empresas da capital e região metropolitana), além da análise de documentos e pesquisa bibliográfica sobre o tema da comunicação corporativa.

Etapa quantitativa

• O questionário compreende a coleta de dados sobre (a) composição e estrutura das empresas (número de funcionários, formação profissional, gênero e idade, faturamento anual, etc) e sobre (b) os serviços prestados e a relação empresa-mercado. Sua aplicação está ocorrendo desde 24 de agosto. O prazo de fechamento da coleta foi ampliado até 22 de dezembro.

Resultados preliminares

• Não há plano de negócio na maioria das agências; • São pequenas empresas, tanto no faturamento quanto na

estrutura funcional; • Contratação por projeto ou fee mensal; • O RS aparece como mercado predominante de atuação; • Principais serviços prestados: Assessoria de imprensa; Produção de conteúdo para publicações impressas e eletrônicas, para

rádio e TV corporativa; Desenvolvimento e manutenção de conteúdo em sites e portais

corporativos; Treinamento de porta vozes (media trainning) e treinamentos de

comunicação; Gestão de relacionamento com mídias sociais; Comunicação interna.

Etapa qualitativa

• Os grupos focais foram realizados no dia 28 de agosto de 2015.

• Foram realizados dois grupos focais – um com empresas filiadas à ABRACOM e outro com empresas não associadas.

• O grupo ABRACOM teve dois participantes (Enfato Comunicação e Martha Becker Comunicação), com mediação da pesquisadora Tânia Almeida.

• O grupo de não associados teve também dois participantes (DivulgAção Assessoria e Moglia Comunicação), com mediação da pesquisadora Laura Glüer.

GRUPOS FOCAIS PRINCIPAIS IDEIAS

A área da comunicação corporativa

“Eu acho que o trabalho de comunicação corporativa está intimamente ligado à questão de relacionamento e a comunicação estratégica. Trabalhar a comunicação estratégica focada na questão organizacional. Mas, hoje, cada vez mais diversificado e atuando em conjunto Relações Públicas e Jornalismo”

“Hoje a gente também tem que entender como vender melhor uma ideia e como ativar uma ação diferenciada pra encantar públicos que são de interesse do cliente, buscar soluções de comunicação, atendendo da melhor forma o cliente”

“Cada vez mais que, inicialmente, o pedido que chegava era assessoria de imprensa. E o mercado nos via como uma empresa de assessoria de imprensa. Hoje, este conceito está muito modificado. Já nos enxergam como uma agência de comunicação corporativa”

Perfil dos profissionais

“Tem que ser uma pessoa extremamente segura, com bom texto, bastante criativa. Tem que ser humilde para ouvir algumas questões que o cliente ou o próprio colega traz. Tem que ter facilidade de relacionamento. Precisa também ser muito ágil, comprometido. Hoje cada vez mais a gente sente a necessidade do domínio da língua, no mínimo um inglês. E, acima de tudo, tem que gostar muito do que faz”

“Precisa ter uma visão macro da comunicação, para poder desenvolver um planejamento. Saber organizar e acompanhar um projeto do início ao fim, porque em geral o profissional que atua no atendimento atende mais de uma conta. A formação ideal mescla as expertises de Relações Públicas e de Jornalismo”

“Profissionais de RP chegam lá no escritório com fragilidades bem grandes de texto, dificuldade de detectar o que é notícia. Os jornalistas são mais assertivos na questão da construção de um lead, título, manchete. O RP, no entanto, já tem um perfil mais organizacional, de desenvolver processo, de identificar oportunidades, de planejar. Então não existe um perfil pronto”

Demandas & Desafios

“A demanda teve uma revolução nos últimos anos, de adequação às novas mídias, e também no impacto que as empresas hoje percebem em relação à sua vulnerabilidade”

“Há uma série de novos serviços, desde a preocupação com a questão da sustentabilidade, de realizar projetos de impacto ambiental, que precisam falar com a comunidade, que esclareçam suas contrapartidas, tem uma pressão popular muito maior. As ferramentas ampliaram muito ”

“Antes, nós éramos os proativos neste processo. Partia da agência pautar os veículos. Nós que tínhamos que mandar release, fazer o follow, mandar press kit, construir a pauta. Hoje isso cresceu e os próprios veículos já nos buscam. Tornou-se um caminho de duas vias”

“Eu acho que a gente ainda concorre com as agencias digitais, por serem especializadas nesse foco e já nasceram como agências digitais. Porém, as novas agencias focadas no digital não têm, sem querer desmerecer, a vivencia da assessoria de imprensa, da gestão de crise”

“Vejo uma tendência muito forte de segmentação de nichos. Então, por exemplo, há assessorias hoje só para esporte, só para gastronomia. Especializações. Agências focadas”

Conclusões

• Mercado multifacetado

• Profissional híbrido para atuar neste mercado

• Oportunidade para a área de Relações Públicas – qualificar a formação na área de notícia (jornalismo no nível da fonte)

• Oportunidade para a área de Jornalismo – qualificar a formação na área de planejamento

• Necessidade de diálogo – convivência pacífica entre Jornalistas e RPs

Competência

REFERÊNCIAS

• DUARTE, Jorge (org). Assessoria de Imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica. São Paulo: Atlas, 2002.

• KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações públicas e modernidade – Novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus Editorial, 1997.

• LOPES, Marilene. Quem tem medo de ser notícia? São Paulo: Makron Books, 2000.

• PINHO, J. B. Relações Públicas na internet: técnicas e estratégias para informar e influenciar públicos de interesse. São Paulo: Summus, 2003.

• Sites consultados: • http://perfildojornalista.ufsc.br/ Acessado em 14/04/2013. • http://www1.abracom.org.br Acessado em 12/11/13.

Muito obrigada