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Porto Sines de REVISTA REVISTA DO PORTO DE SINES Nº 35 TRIMESTRAL DEZEMBRO 2003 A linha-férrea de velocidade alta para mercadorias vai permitir a concretização do Plano Estratégico De Sines a Madrid Influência Ibérica Segurança e ambiente Segurança e ambiente Situações de emergência estão acauteladas Cochin Cochin O “bom porto” dos portugueses na Índia Na véspera da quadra natalícia Na véspera da quadra natalícia Música Sacra anima Sines O “bom porto” dos portugueses na Índia Música Sacra anima Sines Situações de emergência estão acauteladas

Revista APS N.º 35 – Dezembro 2003

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Porto Sinesde

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A R E V I S T A D O P O R T O D E S I N E S Nº 35 TRIMESTRAL DEZEMBRO 2003

A linha-férrea de velocidade altapara mercadorias vai permitir

a concretização do PlanoEstratégico

De Sines a MadridInfluência Ibérica

Segurançae ambienteSegurançae ambienteSituações de emergênciaestão acauteladas

CochinCochinO “bom porto”dos portugueses na Índia

Na véspera daquadra natalíciaNa véspera daquadra natalíciaMúsica Sacra anima Sines

O “bom porto”dos portugueses na Índia

Música Sacra anima SinesSituações de emergênciaestão acauteladas

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Ficha técnica“Porto de Sines” nº 35

DirectoraAna Maria Viegas

PropriedadeAdministração do Porto de Sines

Contribuinte nº 501 208 950Sede: Apartado 16 - 7520-953 SinesTel.: 269 860 600 - Fax: 269 860 790

Editores

Avª João Crisóstomo, 30 - 4º1050-127 LisboaTel.: 21 351 19 91 - Fax: 21 315 57 19E- mail: [email protected]

LPMcomM a r k e t i n g I n s t i t u c i o n a l

3 Cimeira IbéricaSines em “alta velocidade”

7 IP8 em 2007Sines, Beja, Espanha por estrada

8 Comércio marítimo entre Portugale o Brasil

10 Segurança e AmbienteManual de normas para situaçõesde emergência

11 Vasco da GamaDe Sines a Cochin

14 Portos do mundoCochin

16 Música Sacra nas vésperas de Natal

17 Notícias

20 Porto de Sines é notícia

Sumário

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Sines em “alta velocidade”

Cimeira Ibérica

No final do encontro, o Primeiro--Ministro Durão Barroso afirmou queo plano estratégico ferroviário «temuma lógica ibérica, mas também deequilíbrio entre o norte e o sul dopaís».Essa terá sido igualmente a razãoporque foram determinadas quatroentradas em Espanha, em lugar dosmodelos equacionadosanteriormente: Madrid combifurcação para Porto e Lisboa ouLisboa e Porto com uma ligaçãoprópria à capital espanhola.As quatro entradas de Portugal emEspanha definidas na RedeFerroviária do Século XXI são Vigo,Salamanca, Badajoz e Huelva.Duas destas entradas - Salamancae Badajoz - serão contempladascom linhas de «Velocidade Alta»exclusivamente destinadas amercadorias, vindo beneficiardirectamente a actividade portuárianacional: os portos de Aveiro eLeixões, a Norte, e o Porto deSines, a Sul.

Trata-se de uma linha de«velocidade alta», exclusivamentedestinada ao transporte demercadorias, em que os comboiospoderão circular a uma velocidadesituada entre os 220 e os 250 kmpor hora e que vem dotar Sines domeio de acesso que lhe faltava parachegar àquele que é, sem dúvida, oseu mais importante mercadonatural: o centro de Espanha.A existência de uma linha-férrea dealta velocidade para mercadorias, aligar Sines com Madrid, passandopor Puertollano, cidade situadaentre Madrid e Málaga, no distritode Ciudad Real, será assim umpasso determinante para aconcretização do Plano Estratégicodo Porto de Sines.O acordo firmado entre Portugal eEspanha para o mapa do traçadoferroviário da Península Ibérica foi odossier mais importante negociadopelos governos de Portugal eEspanha durante a cimeira deNovembro.

As decisões da última CimeiraIbérica, que reuniu na Figueira daFoz, nos dias 7 e 8 de Novembro, osprimeiros-ministros de Portugal eEspanha, Durão Barroso e JoséMaria Aznar, vão beneficiar o Portode Sines. Ficou calendarizado, para2007/8, o início da exploração deuma linha de mercadorias que ligaráSines a Madrid, passando por Elvas,Badajoz e Puertollano.

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Por sua vez, o Ministro da ObrasPúblicas Transportes eComunicações, CarmonaRodrigues, adiantou à imprensa,após a cimeira, que as linhas de«Alta Velocidade» e de «VelocidadeAlta» de conexão a Espanha estarãoem construção em 2006, de forma areceberem verbas do Fundo deCoesão.Sines (e o transporte demercadorias) mereceu, neste plano,a prioridade das prioridades. Oplano acordado entre os dois paísescalendariza para 2007/8 o início daexploração da linha de mercadoriasque ligará Sines a Madrid, passandopor Elvas, Badajoz e Puertollano. Aslinhas de Alta Velocidade (parapassageiros ou mistas) só ficarãooperacionais mais tarde.Apesar destas ligações paramercadorias estarem definidas noâmbito das ligações ferroviáriasditas «convencionais», o certo é queo trajecto entre Casa Branca e Évoraserá concebido em bi-bitola,preparado para a “velocidade alta”.Em Évora, esta linha que cruzará oAlentejo a mais de 220 Km por hora,

vai ficar ligada à linha de TGVLisboa/Madrid, passando porBadajoz, a qual, no âmbito daslinhas mistas, foi igualmenteconsiderada como prioritária,estando a sua conclusão previstapara 2010.Nas ligações definidas como TGV(linhas de Alta Velocidade)poderão circular comboios a cercade 300/350 Km/hora. Nas linhas deVelocidade Alta, mas que não sãoTGV, como será o caso da ligaçãoSines/Madrid para mercadorias, oscomboios poderão circular a umavelocidade situada entre os 220 eos 250 km/hora. No entanto, tão oumais importante que a velocidadea que os comboios poderãocircular, é o traçado da nova linhaferroviária, propriamente dita.

Viabilização do PlanoEstratégico de Sines

O problema dos acessosexteriores ao Porto de Sines temsido um dos factores apontadoscomo o maior obstáculo ao seudesenvolvimento como porto de

As datas previstas

De acordo com o mapa dosServiços de Mercadoriaspresentemente prestados pelaCP, uma mercadoria que saiade Sines por linha-férrea, hoje,tem que fazer o seguintepercurso até chegar até àfronteira de Elvas comBadajoz:1º Troço: (na direcção Oeste//Este): Sines, S. Bartolomeuda Serra, Ermidas do Sado;2º Troço: (na direcção Sul/ /Noroeste): Ermidas do Sado,Vale do Guiso, Poceirão (pertode Setúbal);3º Troço: (na direcção Oeste//Este): Poceirão, TorreGadanha, Évora;4º Troço: (na direcçãoNordeste): Évora, Portalegre;5º Troço: (Na direcçãoSudeste): Portalegre, Elvas.Só depois deste percursosinuoso é que a mercadoriaentra em Espanha, pelafronteira de Badajoz.

Passageiros ou Mistos• Porto / Vigo - 2009• Lisboa / Madrid - 2010• Porto / Aveiro / Salamanca

2015• Elvas / Faro / Huelva - 2018

Mercadorias• Aveiro / Salamanca / Irún

(fronteira francesa)até 2008

• Sines / Badajoz / Madridaté 2007/2008

O percurso actual

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referência à escala ibérica, bem comopara a viabilidade de novas áreas denegócios. A existência de bons acessospara mercadorias, nomeadamente aomercado espanhol, é assim uma peçafulcral no desenvolvimento daactividade do Terminal de Contentores(Terminal XXI), sendo tambémdeterminante na conquista do interessedos investidores para o projecto da ZALportuária (Zona de ActividadesLogísticas).O Programa Neptuno (Plano Estratégicodo Porto de Sines) indica, como um dosprincipais vectores de mudança, aevolução do modelo passado,basicamente centrado na vocaçãoenergética, para um novo modeloaberto à diversificação de actividades eao desenvolvimento de novos negócios,para que esta infra-estrutura portuáriase consolide enquanto «activoestratégico do desenvolvimento regionale nacional».No que toca à diversificação eimplementação de novos negócios, olançamento e desenvolvimento doterminal de contentores – Terminal XXI –e a criação de uma grande Zona deActividades Logísticas (ZAL) surgemcomo as duas grandes apostas pararedireccionar o papel do porto etransformá-lo num «activo estratégicode desenvolvimento nacional».Este caminho para a diversificaçãodeverá contudo ser feito sem prejuízoda consolidação e aprofundamento davertente energética. Neste domínio,assume particular importância aabertura do Terminal de Gás NaturalLiquefeito (GNL), o qual irá reduzir adependência actual do Gás Naturalproveniente do Magreb através deEspanha, por gasoduto.No que toca à diversificação daactividade do porto, é dada relevânciaao alargamento da actividade doTerminal Multipurpose a outras cargas,para além do carvão e, como nãopoderia deixar de ser, aodesenvolvimento da exploração doTerminal XXI, em conjunto com umaZona dedicada a Actividades Logísticas.

Terminal e Comboiospara o Século XXI

Neste contexto, o Terminal deContentores reúne condições para setornar num grande motor dodesenvolvimento da actividade do Portode Sines e da própria Região, no que

REDE FERROVIÁRIAPARA O SÉCULO XXIConsta de umdocumentoapresentadopelo␣ Ministériodas Obras Públicas,Transportese Habitação, em 10de Novembro de 2003.

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No âmbito do documento apresentado no dia 10 deNovembro último pelo Ministério das Obras PúblicasTransportes e Habitação, em Penafiel, realça-se a elevadacomponente do financiamento europeu da Rede Ibérica,a qual será feita da seguinte forma:

• 30 a 40% - Fundos de Coesão;• 15 a 20% - FEDER;• 15 a 30% - PPP (Parcerias Público Privadas);• 15 a 20% - BEI (Banco Europeu de Investimento);• 05 a 10% - TEN-T (Trans-European Network for Transport);• 10 a 20% - Orçamento de Estado.

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toca à vertente dos novosnegócios. No que toca ao tráfegode transbordo de contentores(transhipment) a actividade poderádesenvolver-se tendo por base asinfra-estruturas intra-portuárias jáexistentes.Mas o desafio com vista aassegurar as condiçõesnecessárias para uma boarentabilização do tráfego comdestino final, ou origem, no Portode Sines (transhipment) passa porum acesso eficaz a mercadosmais vastos de consumo eprodução de mercadorias. Sóassim se poderá tirar o plenopartido da extraordinária posiçãogeográfica de Sines, no que tocaàs rotas marítimas internacionais:cruzamento das rotas do Pacífico/Médio Oriente/Europa com asrotas do Atlântico.A melhoria das acessibilidadesexternas, através da anunciadacriação de uma linha demercadorias de velocidade altaque liga Sines (e o Alentejo) a trêsimportantes regiões económicasde Espanha - Extremadura,Castela e La Mancha e Madrid - iráalargar o mercado natural deSines a uma área de influênciaibérica, tendo em consideraçãoque Madrid é geograficamentemais próxima de Sines do que damaioria dos outros portosespanhóis.

Neste contexto, as premissas danova Rede Ferroviária deverão:• Contribuir para o re-ordenamento

do Território;• Potenciar a procura existente

(reduzindo sustentadamente ostempos de percurso);

• Combater a interioridade e asassimetrias regionais;

• Complementar a rede ferroviáriacomo sistema;

• Flexibilizar e fasear osinvestimentos (tendo em atençãoas necessidades e as reaiscapacidades do País);

• Integrar a rede ferroviáriainternacional.

As poupanças ambientais, o tempo«porta a porta», a frequência, opreço e a segurança são outras dasvantagens comparativasdemonstradas pela rede ferroviáriaface a outras alternativas detransporte terrestre, como é o casodo rodoviário.

Rede Ferroviáriapara o Século XXI

A Rede Ferroviária para o SéculoXXI, apresentada pelo Ministério dasObras Públicas Transportes eHabitação, na sequência da CimeiraIbérica, tem por ponto de partidavárias constatações relativas aosistema ferroviário actualmenteexistente, nomeadamente:• A tendência para o seu

desaparecimento;• Uma quota de mercado cada vez

menor;• O (des)ajuste à redistribuição

populacional;• O estar praticamente desligado da

rede europeia.

Como razões fundamentadoras dacriação de uma nova RedeFerroviária, aponta-se, ainda:• Congestionamento dos acessos

rodoviários (aos grandes centrosurbanos e ao longo de extensõessignificativas dos principais eixosrodoviários);

• Competitividade no espaço ibéricoe europeu;

• Reequilíbrio dos modos detransporte – maiorsustentabilidade;

• Razões ambientais e energéticas;• Questões de segurança;• Necessidade de garantir padrões

de mobilidade idênticos aosexistentes na União Europeia.

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IP8 concluído em 2007

Sines, Beja, Espanhapor estrada

O Ministro das Obras Públicas Transportes e Habitação, CarmonaRodrigues anunciou, dia 28 de Novembro, em Beja, que o IP8, a ligaçãorodoviária entre Sines, Beja e a fronteira espanhola, estará concluído nosegundo semestre de 2007. Trata-se da segunda boa notícia dada peloGoverno, durante o mês de Novembro, em matéria de acessibilidadesexternas ao Porto de Sines.Carmona Rodrigues falava durante a Conferência Regional sobreAcessibilidades do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, uma iniciativapromovida pela Associação de Municípios do Distrito de Beja (AMDB) emque participaram a generalidade dos responsáveis municipais e entidadesenvolvidas nos projectos.Porto de Sines, Aeroporto de Beja, Rede Rodoviária e Rede Ferroviáriaforam os quatro grandes temas desta Conferência Regional. O encontrocontou com as presenças e intervenções dos presidentes das entidadesdirectamente envolvidas nos projectos: Presidente da APS, Monteiro deMorais, Presidente da EDAB (Aeroporto de Beja), Santos Nicolau,Presidente da REFER, Braamcamp Sobral e Presidente do Instituto daEstradas de Portugal (IEP), Sousa Marques.Durante esta conferência, o Presidente da APS, Monteiro de Morais, fezuma intervenção sobre o Porto de Sines, num painel moderado peloPresidente da Câmara de Mértola, Jorge Pulido Valente.Na sessão de abertura participaram o Ministro das Obras PúblicasTransportes e Habitação, Carmona Rodrigues e o Presidente daAssociação de Municípios do Distrito de Beja (AMBD), José Maria PrazeresPós-de-Mina.Participaram ainda nesta conferência, como moderadores dos debates,José Carreira Marques (Presidente da Câmara de Beja), António Paiva(presidente da Câmara do Alvito) e António Sebastião (Presidente daCâmara de Almodôvar).

Em declarações à Revista doPorto de Sines, Monteiro deMorais congratulou-se pelasduas grandes medidas, emmatéria de acessibilidades feitaspelo Governo durante o mês deNovembro, realçando aimportância das mesmas no quetoca ao reforço do interesse dosinvestidores. Os projectos dediversificação de actividade queestão em curso em Sines são«estruturantes para odesenvolvimento económico esocial da Região do Alentejo».«Esta ligação rodoviária,associada à linha-férrea paramercadorias entre Sines eMadrid, cuja conclusão se prevêpara 2007/2008, são duas peçasfulcrais para a concretização doPlano Estratégico do Porto deSines», realçou o Presidente daAPS, Monteiro de Morais.

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O Presidente da APS, Monteiro de Morais, está convictode que existem boas condições para que seestabeleçam ligações comerciais entre o Porto de Sinese agentes económicos brasileiros que actuem nodomínio do comércio externo, nomeadamente nossectores da logística, do transporte marítimo e daoperação portuária.Durante uma conferência sobre infra-estruturaseuropeias que decorreu dia 11 de Novembro, em SãoPaulo (Brasil), no âmbito do certame «Portugal deRelance», o Presidente da APS apresentou as vantagensda infra-estrutura portuária actualmente existente emSines e defendeu o estreitamento das relaçõesinstitucionais entre as autoridades portuárias brasileirase o Porto de Sines.«O Porto de Sines, com as suas actuais valências e comos investimentos realizados e a realizar, é um portodotado de terminais especializados para todo o tipo detráfegos, que dadas as suas excepcionais condições deacessibilidade marítima e a existência de vastosespaços disponíveis para a instalação de actividadesindustriais e logísticas, se afirma como um portoimportante na rede de transportes da União Europeia,tendo ainda no domínio dos contentores um papelimportante a desempenhar no palco do tráfegomundial», afirmou o Presidente da APS, realçando

Monteiro de Morais defendeaproximação do comérciomarítimo entre Portugale o Brasil

O encontro decorreu no âmbito docertame «Portugal de Relance – A Viagem- O Encontro Entre Dois Povos »,promovido pela Cooperativa deActividades Artísticas «A Árvore», umaentidade com 38 anos de existência.O Projecto «Portugal de Relance» visa apromoção de um conjunto de iniciativasagrupadas em torno do tema, as quaisterão lugar sob a forma de exposição eseminários em três cidades brasileiras, S.Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba/Baia.

igualmente as particularidades da situação fisiográfica egeoestratégica: um porto de águas profundaslocalizado no ponto mais ocidental da Europa e nocruzamento das principais rotas marítimas.Assim, acrescentou, «estamos em boas condições paraestabelecer ligações comerciais com os agenteseconómicos brasileiros, que actuam no domínio docomércio externo, nomeadamente nos sectores dalogística, do transporte marítimo e da operaçãoportuária, bem como com as autoridades portuáriasbrasileiras que considerem útil e conveniente oestreitamento da ligação institucional com o Porto deSines».Durante a sua apresentação, Monteiro de Moraiscomeçou por realçar que «o domínio dos transportestem um papel fundamental na comunicação entre ospovos, desempenhando, neste contexto, o transportemarítimo, um papel crucial», recordando, a estepropósito, o quanto ele foi determinante nas relaçõesentre Portugal e o Brasil.«É natural vir-nos à memória a importância que otransporte marítimo teve, permitindo a articulação entreestes dois espaços, que desde a origem dos temposestiveram afastados por um mar difícil de praticar»,disse, acrescentando: «é legítimo sentirmos, um forteorgulho de terem sido os nossos navegadores quealteraram esta condição, permitindo estabelecer acomunicação entre estes dois continentes».Mas, de acordo com Monteiro de Morais, os conceitossobre transporte estão em permanente mutação e hoje,face à profunda transformação que ocorreu no mundo,por razões que se sintetizam na palavra globalização, amobilidade de pessoas e mercadorias teverecentemente, e prevê-se que venha a ter no futuro, umcrescimento explosivo.Mas, mais do que o crescimento, «outros conceitos têmhoje um significado específico importante no sector dostransportes, em particular os da logística e da intermodalidade, bem como o estabelecimento de redesarticuladas e infra estruturas localizadas em pontos departicular importância geoestratégica», considerou.Nesta perspectiva, realçou a existência de condiçõesmuito favoráveis para a afirmação dos países deexpressão portuguesa, se conseguirem definir umaestratégia comum, uma vez que «dispõem de uma

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Portos do MundoPortugal de relance

localização privilegiada no mundo, permitindo oestabelecimento de redes de infra-estruturas com umagrande importância para a mobilidade de pessoas emercadorias».«A aproximação dos sistemas portuários português ebrasileiro, adquire uma grande importância e todos osesforços devem ser feitos no sentido de desenvolveresta aproximação», defendeu, apontando o facto de o«sistema portuário brasileiro ser fundamental parasustentar e dinamizar o comércio externo do país quetem um potencial de expansão inesgotável».Pelo seu lado, o sistema portuário português pode etem condições excepcionais para servir a entrada dosprodutos brasileiros na Europa, dispondo de umconjunto de portos ao longo da costa, com funçõesdiversificadas, que possibilitam o desempenho dessepapel.Naturalmente que as infra-estruturas são o suporte físicoque permite a existência de uma rede de comunicação.Mas, obviamente, só os agentes económicos que nelasoperam possibilitam a criação das condições para queas mesmas desempenhem a sua função.Realçando opapel da Língua Portuguesa enquanto elo decomunicação adicional, entre empresários portuguesese brasileiros, Monteiro de Morais concluiu que, destaforma, «estamos perante um quadro de condiçõesperfeitas que propiciam, na área do transporte marítimoe do sector portuário, o enquadramento ideal para oENCONTRO ENTRE OS DOIS POVOS».

O futuro de Sines

O Presidente da APS explicou aspotencialidades que se apresentamactualmente em Sines, na sequência doseu plano estratégico de consolidação ediversificação de actividades com aconstrução do Terminal de Gás NaturalLiquefeito, que reforçará a sua posiçãocomo porto energético estratégico bemcomo do Terminal de Contentores (TerminalXXI) que significará o início do negócio demovimentação de contentores.Descreveu pormenorizadamente asvalências de Sines, dando particulardestaque ao «porto comercial»: TerminalPetroleiro (em fase de concessão),Terminal Petroquímico (concessionado àBorealis), Terminal Multipurpose(concessionado à Portsines), Terminal deGás Natural Liquefeito (concessionado àTransgás) e Terminal de Contentores(concessionado à PSA).O desenvolvimento da Zona de ActividadesLogísticas de Sines, cuja localização seapresenta espacialmente como bipolar foioutro dos aspectos que mereceu particularatenção no âmbito da apresentação feitapelo Presidente da APS que destacou,ainda a vertente das actividadestradicionais e lúdicas, marcadas pelaexistência de um Porto de Pesca e umPosto de Recreio.

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O Plano foi apresentado peloresponsável da Unidade deSegurança e Ambiente, Cte. JoséBrazuna Fontes, e tem por base aexistência de uma estruturacomposta por um Centro deOperações de Emergência (COE) eum Núcleo de Operações deEmergência (NOE).Na ocasião, o responsável pelaunidade apresentou as listas deprocedimentos tipo para acorrer adiferentes situações. Foram elas aslistas de procedimentos de alerta(LPA), procedimentoscomplementares (LPC) e as listas deprocedimentos para acorrer aincidentes de âmbito tecnológico(LPT), de âmbito natural (LPN) e deâmbito social (LPS).

Em situações de emergência, osresponsáveis pelos diferentesnúcleos orgânicos da Unidade deSegurança e Ambiente, ou os seussubstitutos, ao serem alertados outomarem conhecimento de umaocorrência, deverão:• colocar em alerta a estrutura

operacional da respectiva unidadeorgânica, incluindo os prestadoresde serviços externos,estabelecendo os canais decomunicação que entenderemadequados;

• contactar e/ou comparecer noCentro Operacional deEmergências (COE).

• Núcleo de ApoioOperacional (NAO)

OPERAÇÕES MARÍTIMAS (OPM)Sempre que seja previsível anecessidade de afastamento (largar/suspender) de navios, elabora o plano,definindo os meios necessários epromovendo a obtenção destes. Prevêe identifica os recursos necessários,assegurando a sua convocaçãoatempada. Dirige e acompanha aexecução do plano.

PILOTAGEM (PLT)Elabora o plano com a unidade deOperações Marítimas, definindo osmeios necessários.Acompanha a execução do plano.

GESTÃO DE CONCESSÕES (GCO)Assegura as ligações com asconcessionárias/licenciadas, a nível degestão, incluindo DEE e GIR (enquantounidades equiparadas a concessões).Assegura a coordenação das unidadesDEE e GIR e a ligação das mesmas aoCOE (enquanto unidades internas deapoio).

• Núcleo de Manutenção (NOM)

O NOM dispõe de três sub-núcleos(manutenção, infraestruturas ecomunicações), que actuarão nasrespectivas áreas.Planeia a intervenção.Assegura a obtenção dos recursos.Dirige e acompanha a evolução dostrabalhos.

• Núcleo de Logística (NOL)

Fornece os materiais disponíveis emarmazém.Disponibiliza o reforço dos meios detransporte que se revelem necessáriospara os restantes núcleos.Apoia a nível logístico a estruturaoperacional, desenvolvendo as acçõesnecessárias – aquisição de bens eserviços ou outras.

• Terminal Petroleiro (TP)

Promove a interrupção imediata dasoperações em curso, o isolamento decircuitos e providencia a activação deuma estrutura de resposta, destacandoum elemento de ligação para junto doNúcleo de Operações de Emergência.

• Gestão Integradade Resíduos (GIR)

Sempre que seja previsível anecessidade de recepção de resíduosprovenientes das operações decombate a derrames, providencia aactivação de uma estrutura deresposta, destacando um elemento deligação para junto do Núcleo deOperações de Emergência.

• Distribuição de EnergiaEléctrica (DEE)

Providencia a activação de umaestrutura de resposta, destacando umelemento de ligação para junto doNúcleo de Operações de Emergência.

Manual de Normas para situaçõesde Emergência

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O Plano deEmergência Internodo Porto de Sinesfoi apresentado,no passado dia 13de Novembro àschefias de primeiralinha da APS erespectivossubstitutos.

Segurança e Ambiente

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Vasco da Gama

Vasco da Gama nasceu em Sines,em 1468. Era o segundo filho dofidalgo Estêvão da Gama. O filhoprimogénito era Paulo da Gama. Avida trouxe-lhe a fama, glória e uminesquecível lugar na História dePortugal, por ter conseguido dobraro Cabo da Boa Esperança, terdescoberto o Caminho Marítimopara a Índia e ter entrado na barrado Tejo com a primeira frotaportuguesa carregada deespeciarias.Após a descoberta da Índia, o ReiD. Manuel I doou-lhe a Vila de Sinese o direito a usar o título de Dom.Foi Almirante dos Mares da Arábia,Pérsia e Índia e de todo o Oriente,Conde da Vidigueira e Vice-Rei da

De Sines a Cochin

Índia. D. Vasco da Gama morreu naNoite de Natal de 1524, em Cochin(Sudoeste da Índia), num local que,de acordo com várias fontesbibliográficas, podemos considerarcomo o principal porto de abrigodos portugueses na Região deMalabar.1498 é o ano de referência daHistória dos DescobrimentosPortugueses. Vasco da Gamachega à Índia, mais concretamentea Calecute, a 20 de Maio. Tinhamdecorrido nove meses de viagem,entre a partida de Lisboa e achegada à Índia. Nove meses deviagem por «mares nunca dantesnavegados», conforme as palavrasdo poeta Luís de Camões.

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Chegar, por fim, à cobiçada Índiadas especiarias e mercadorias rarasé uma das facetas mais conhecidasda nossa Epopeia Marítima e que fazde Vasco da Gama o seu grandeprotagonista.Dotado de um enorme carisma,valentia e capacidade de comandoe, segundo algumas narrativas, atémesmo de alguma ferocidade eimpiedade, Vasco da Gama não teriaconseguido, porém, chegar a «BomPorto» sem os apoios e hábeisdiligências de muitos outros notáveisda História de Portugal e da Índia,que menos facilmente nos chegam àmemória.De facto, na sua primeira expediçãotriunfante à Índia, Vasco da Gamachegou a um porto que nunca foiamistoso para os portugueses. EmCalecute, hoje Calicut, cidadesituada no Estado de Kerala(Sudoeste Indiano), a Sul de Goa e aNorte de Cochin, Vasco da Gamaenfrenta a hostilidade do Samorimda cidade.É recebido, mas não se entendem.Vasco da Gama chega a sersequestrado no Palácio do Samorimde Calecute. Terão sido três mesesinóspitos vividos nas terras doSamorim que protegia os interesses

Cochin: o «Bom Porto»dos portugueses na Índia

Cochin, hoje conhecida por «Rainha do Mar Arábico», foi, desde24 de Dezembro de 1500, uma grande aliada dos portuguesesna Índia, muito antes de Goa, Damão ou Diu. No século XVI, foi olocal onde nasceu a primeira Feitoria e a primeira Fortaleza dePortugal na Índia.Esta cidade é hoje dada a conhecer, mundialmente, como umaterra de natural hospitalidade, principal centro marítimo de Keralapor inumeráveis séculos, onde as construções ao longo dasmargens da água testemunham a antiga presença dosportugueses.

De Sines a Cochin

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dos comerciantes árabes echineses ali instalados.Segundo alguns relatos da época,terá sido a generosidade e bomsenso de Paulo da Gama, o seuirmão mais velho, que salvou o êxitoda expedição e a vida a «D. Vasco».Os mercadores árabes e chinesesnão queriam negócios com osportugueses e exercem pressõesjunto do Samorim. Dão-se capturase trocas de reféns de ambos oslados.Paulo da Gama, contrariandoordens recebidas, terá conseguido

resgatar o irmão a troco deespeciarias, roupas, manilhas eestanho. Algumas destasmercadorias tinham sidoconseguidas nos portos e paragensque antecederam a chegada àÍndia, na costa de Moçambique. Em29 de Agosto a frota portuguesalarga de Calecute, mas sem tratadocomercial.Paulo da Gama, também natural deSines, morre na viagem de regressoa Lisboa, na Ilha Terceira dosAçores, vítima de doença. Vasco daGama envia o resto da frota para

Foi na Igreja de SãoFrancisco em Cochin queVasco da Gama foisepultado pela primeiravez, na noite de Natal de1524. O chão desta igrejaestava pavimentado compedras de sepulturas, asquais foram removidas em1887 e fixadas às paredes,onde ainda estão. A Igrejade São Francisco faz hojeparte do patrimóniohistórico e museológico dacidade de Cochin.

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Lisboa para dar «as novas a El-reiD. Manuel» e acompanha osúltimos momentos do irmão, na IlhaTerceira.Vasco da Gama só chega a Lisboaem finais de Agosto de 1499. Érecebido triunfalmente. E, muitoembora ainda não trouxesseespeciarias e outras mercadoriasraras, estava vencido o primeirodesafio: fora descoberto o CaminhoMarítimo para a Índia. Sabia-seagora que o comércio entreOcidente e Oriente, através dosmares, era possível.À chegada são-lhe atribuídas váriasbenesses reais, entre elas adoação da Vila de Sines e o direitoa usar o título de Dom. A ligação deVasco da Gama a Sines pode serainda hoje testemunhada naErmida de Nossa Senhora dasSalvas, que mandou construir, e nolocal onde existia a casa ondenasceu, na Rua Vasco da Gama.

A primeira Feitoriaportuguesa na Índia

Quem comandava a frota quechegou a Cochin na véspera deNatal de 1500, era Pedro AlvaresCabral, o descobridor do Brasil. Naaltura, o Rajá de Cochin autorizou ainstalação de uma Feitoriaportuguesa. Pedro Alvares Cabralregressa a Lisboa, mas ficam noSul da Índia 30 portugueses equatro padres Franciscanos.Em 1502 chega a Cochin uma novaexpedição portuguesa sob ocomando de Vasco da Gama. Aamizade com o Rajá da Cidade érenovada. Quando Vasco da Gamaregressa a Portugal, já existiamalianças políticas e comerciais naÍndia. A 10 de Novembro de 1503, afrota de Vasco da Gama entra nabarra do Tejo. Desta vez, trazia abordo uma carga avultada deespeciarias. É o início do sucessocomercial do «Empreendimento de

Portugal no Oriente». O pequenoreino lusitano começa a deslumbrara Europa com os troféus dasDescobertas. No espaço de umadécada, D. Manuel conquista asimpatia da Santa Sé.

Terceira e última viagemde Vasco da Gama

A 9 de Abril de 1524, a pedido deD. João III (filho de D. Manuel) e naqualidade de Vice-rei da Índia,Vasco da Gama inicia uma terceiraviagem ao Oriente. Em Portugal,corriam intrigas sobre alegadoscomportamentos menos própriosdos fidalgos lusitanos que viviam noSul da Índia. Vasco da Gama terásido incumbido de pôr fim aalegados «desmandos e abusos».Com 56 anos, uma idade muito

avançada para a época, D. Vascojá estaria, porém «cansado evelho». Governa apenas trêsmeses. Morre na Noite de Natal de1524, em Cochin, onde ésepultado. Só mais tarde o seucorpo seria transladado para oReino. Séculos depois, os seusrestos mortais são sepultados noMosteiro dos Jerónimos, ao ladodos de Luís de Camões, o poetaque mais glorificou a EpopeiaMarítima Portuguesa.

FONTES:HISTÓRIA DE PORTUGAL, EDIÇÃO MONUMENTAL

DA PORTUCALENSES EDITORA

SINESDIGITAL

GEOCITIES.COM

WWW.SIVANANDA.ORG.BR/TURISMO/KERALA.PHP

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Portugal deslumbra a Santa Sé

“Não podemos esquecer a célebre embaixada queD. Manuel enviou ao Papa, em 1514; dos presentes faziamparte um elefante da Índia, um cavalo persa e uma onça decaça, que assombraram Roma. Dois anos depois, enviava orei ao Pontífice um rinoceronte, «cousa tam nova e nestaspartes nunca vista e case nom achada nos livros»”.

IN: HISTÓRIA DE PORTUGAL,EDIÇÃO MONUMENTAL DA PORTUCALENSES EDITORA

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Porto de CochinCochin é um porto com uma situação geográficaprivilegiada para o desenvolvimento do comérciomarítimo entre as rotas orientais e ocidentais,apresentando ainda como vantagens o facto depossuir boas ligações terrestres (terminalferroviário) e um bom aeroporto. A autoridadeportuária, com o apoio do governo da Índia,prepara-se para lançar aqui um ambiciosoprojecto de modernização que contemplainvestimentos estimados em 93 milhões de rupias,um valor superior a 17,5 milhões de euros (cercade 3,5 milhões de contos).

No âmbito do programa de modernização da infra--estrutura portuária que o Cochin Port Trustpretende implementar, através de participações dosector privado ou «joint-ventures», destacam-se:

• Estabelecimento de um Terminal Internacionalde Transbordo de Contentores;

• Construção de um Terminal de GNL e LPG(Petróleo e Gás Natural);

• Construção de um Terminal Internacional deCarvão.

Presentemente, em termos comparativos,poderemos dizer que os movimentos do Porto deCochin são muito inferiores aos dos grandesportos do mundo, podendo equiparar-se, emordens de grandeza, ao verificado em portosportugueses como Lisboa e Leixões.

Trata-se um porto multi-usos com umaadministração autónoma designada por CochinPort Trust. Está localizado na Ilha de Willingdon, noSudoeste da Índia. A entrada no porto faz-seatravés do estreito de Cochin junto ao topo depenínsula onde se situam duas localidades aindamarcadas pela presença dos portugueses noséculo XVI: Vypeen e Forte de Cochim.

Redes de pesca chinesas

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Portos do Mundo

A infra-estrutura portuária é rentável e estápreparada para movimentar vários tipos de carga,com terminais para contentores, granéis sólidos elíquidos, entre outros. As formalidades relativas aomovimento de mercadorias e despachoalfandegário beneficiam de um moderno sistemainformático.

Em 2002, o movimento do porto foi superior a 12milhões de toneladas. O movimento de contentoresesteve próximo dos 152 mil TEU’s. As receitas daactividade portuária, em moeda local foram 187,06Crores. Na Índia 1 Crore equivale a 10 milhões deRupias, o que, em termos de moeda europeia,equivale a cerca de 189 mil euros (37.800 contos).As receitas do Porto de Cochin terão, assim,ultrapassado os 35,3 milhões de euros (mais de 7milhões de contos) em 2002.

Portos do Mundo

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Os habitantes de Sines e deSantiago do Cacém têm, este ano,o privilégio de poder ouvir MúsicaSacra no fim-de-semana queprecede as celebrações de Natal.Sábado, dia 20 de Dezembro, naIgreja Matriz de Sines, o grupovocal Olisipo interpreta o tema «ONatal Renascentista na PenínsulaIbérica: Manuel Cardoso, Moragoe Rimonte». Domingo, 21 deDezembro, na igreja Matriz deSantiago do Cacém, o grupoEnsemble Alpha fará umaapresentação da «Música de DoisMundos: Oriente e Ocidente». Osdois concertos têm entrada livre.Organizados pela Associação Artedas Musas em parceria com oDepartamento do PatrimónioHistórico e Artístico da Diocese deBeja, estes dois concertosintegram-se no «Terras SemSombra – 1º Festival de MúsicaSacra do Baixo Alentejo»,encerrando dois meses de umainiciativa inédita, financiada peloMinistério da Cultura e Instituto

músicos profissionais, sendo atemática desta primeira edição AVoz na Música Antiga. O Festival,que decorre entre 8 de Novembroe 21 de Dezembro, é itinerante,apresentando um concerto em 8municípios do Baixo Alentejo.Durante a conferência de aberturadeste Festival, que teve lugar nodia 8 de Novembro, na PousadaHistórica de São Francisco, emBeja, o Prof. Doutor Rui Vieira Nery(Universidade de Évora) elogiou ainiciativa. Vieira Nery salientou opapel do evento no incentivo àformação de novos públicos,através de uma propostadescentralizada em territórios eespaços do país carenciados depropostas culturais de âmbitonacional, fomentando,simultaneamente, o contacto comos espaços patrimoniais, de modoa potenciar um novo modo defruição e uma nova motivaçãocultural na preservação evalorização do património históricoe artístico nacional.

Música Sacranas vésperas de Natal

Quero saudarconvictamente todos osresponsáveis artísticos,músicos participantes,promotores institucionaise patrocinadores destainiciativa, e fazer votos deque ela se venha aenraizar e constituir umpilar regular da vidacultural do Baixo Alentejo.E quero desejar a todosos que vierem a assistir aestes concertos umaexperiência memorável departicipação no ritualmágico de renovação daVida que é sempre omomento da criaçãomusical.

RUI VIEIRA NERYEXCERTO DO PREFÁCIO

DO PROGRAMA DO 1º FESTIVALDE MÚSICA SACRA DO BAIXO

ALENTEJO

Música Sacra

das artes e co-financiada peloPOC (Programa do Fundo Europeude Desenvolvimento Regional).A Administração do Porto de Sinesteve a honra de se associar,através de uma acção demecenato, a esta 1ª edição dofestival «Terras Sombra»,contribuindo, assim, para quemuitas pessoas que vivem longedas cidades que têm uma maioroferta de programas culturais,pudessem usufruir e tomarcontacto com a Música Erudita.Esta iniciativa recebeu o amploapoio das Câmaras Municipais daRegião (Almodôvar, Beja, Cuba,Moura, Odemira, Santiago doCacém, Sines e Vidigueira), dosgovernos civis de Beja e Setúbal,da Região de Turismo da PlanícieDourada e ainda de empresascomo a Goldberg Ediciones e EDIAEmpresa de Desenvolvimento eInfra-estruturas do Alqueva.Este Festival trouxe à Região umconjunto de 8 concertos de músicaerudita nacional, interpretados por

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Apoiado na sua especial vocação einegável interesse pela área dasnovas tecnologias, cedoperspectivou, desenvolveu esistematizou aplicaçõesinformáticas, até então inexistentes,que permitiram que, gradualmente,os serviços internos e oatendimento público decorressemcom maior celeridade e eficiência.Esta iniciativa, posteriormenteadoptada pelas diferentescapitanias do DepartamentoMarítimo do Centro, assumiuparticular relevância, para além dosseus inegáveis méritos próprios, porter sido, numa segunda fase, e nasequência de ensinamentosentretanto recolhidos, a génese deuma aplicação informáticaintegrada e tecnologicamente maisavançada, desenvolvida eactualmente já disponível noDepartamento Marítimo do Centro.

Apesar da relevância que a suaintervenção assumiu no âmbito daorganização e da modernização,não pode ser ignorada a acção docomandante Amado de Matosnoutras áreas de intervenção,nomeadamente na representação e

Louvor ao Cte.Amado de Matos

relacionamento externos, nacomponente operacional e naevidente melhoria das condições detrabalho e bem-estar do pessoal.Será quase redundante referir, faceao desempenho evidenciado e àsqualidades pessoaisdemonstradas, o respeito, aadmiração e a estima que ocomandante Amado de Matosgranjeou junto de todos aquelesque com ele privaram.

É pois, com muito gosto e inteirajustiça que, ao abrigo dacompetência que me confere oartigo 21º do Regulamento daDisciplina Militar, louvo o 816173CFR, Carlos Alberto São JoséAmado de Matos, pelas suasqualidades profissionais de caráctere pelo excelente nível dedesempenho obtido durante os trêsanos em que exerceu osimportantes cargos de Capitão doPorto de Sines e, por inerência, deComandante Local de Sines daPolícia Marítima, contribuindo,assim, fortemente, para a eficiênciae o prestígio destes órgãos e, porconsequência, da AutoridadeMarítima Nacional e da Marinha».

«Durante estes três anos, ocomandante Amado de Matosevidenciou um conjunto dequalidades profissionais, humanase de carácter dignas do maiorrealce, com especial relevo para oseu profundo sentido do dever,elevado espírito de cooperação,conduta irrepreensível, invulgarcapacidade de iniciativa ecomprovada eficáciademonstrados na análise,tratamento e resoluções dasquestões, mais ou menoscomplexas ou sensíveis, rotineirasou emergentes, decorrentes doexercício daqueles dois cargos.

Desde o início da sua comissão, ocomandante Amado de Matosperspectivou a necessidade depromover a alteração de métodose hábitos de trabalhoultrapassados e dotar a Capitaniado Porto de Sines e o ComandoLocal da Polícia Marítima com osinstrumentos indispensáveis aoseu funcionamento, numaperspectiva de modernidade que,inegavelmente, não possuíam, masque os tempos actuais nãodispensam.

Carlos Alberto São José Amado de Matos exerceu,durante os últimos três anos, os importantes emuito sensíveis cargos de Capitão do Porto de Sinese, por inerência, de Comandante Local de Sines daPolícia Marítima. Por vontade própria, passou àsituação de reserva. No dia 18 de Novembro, oChefe do Departamento Marítimo do Centro,Capitão de mar-e-guerra Duarte José de CastroCenterno, concedeu-lhe o Louvor que seguidamentese transcreve.

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Uma delegação do GrupoParlamentar do Partido ComunistaPortuguês (PCP), chefiada pelodeputado Carlos Carvalhas. Estadelegação deslocou-se a Sines dia 11de Novembro e veio inteirar-se doandamento dos importantes projectosem curso no porto. Reuniu com aAdministração da APS e fez uma visitaao Terminal XXI.

O Porto de Sines recebeu

Uma comitiva empresarial chefiadapela Embaixada da República da Coreia,no dia 26 de Novembro. O objectivo desta visitafoi dar a conhecer as potencialidades do Portode Sines - Terminal de Contentores, Terminal de GNLe futura Zona de Actividades Logísticas.

A Comitiva integrava:• SE Embaixador Kyong Bo Choi.• Primeira Secretária da Embaixada, Drª Dong

Wong Park.• Sr. Jae Hyun Park - LG Electronics Co.• Sr. Kee Ho Lee - Samsung Electronics Co.• Sr. Rae Jin Lee - Halla Climate Control Co.• Henrique Baratas - Halla Climate Control Co.

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A nova administração da CP, quereuniu com o Conselho deAdministração da APS no decorrer deuma visita que efectuou ao Porto deSines no passado dia 21 de Novembro.

O Cte. Jorge de Matose Sá é o novo Capitãodo Porto de Sines,em substituiçãodo Cte. Amadode Matos. A cerimóniade posse teve lugardia 21 de Novembrono Salão Nobreda Capitaniado Porto de Sines.

Novo Capitão do Porto

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Porto de Sines é notícia

CARGO1 de Setembro 2003

DIÁRIO ECONÓMICO7 de Novembro 2003

EXPRESSO1 de Novembro 2003

COMÉRCIO DO PORTO23 de Novembro 2003

JORNAL DE NEGÓCIOS2 de Dezembro 2003

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Porto de Sines

Sobre o Mar,

No meio do Mundo

É este o canal de navegação de acesso ao nossoporto e aos seus terminais. As vizinhas zonas

logística e industrial apresentam áreas únicas noPaís. À localização estratégica no Oceano Atlântico

e à facilidade de acessos marítimos, acresce oespaço sem horizontes. Ao mar e à terra, une-os

uma estrutura portuária moderna e bemapetrechada.